quinta-feira, 23 de julho de 2020

Hoje na História: em 23 de julho de 1932 morria Santos Dumont

Santos Dumont (1873-1932) foi um inventor brasileiro. "O pai da aviação". Com o "14-Bis", executou, em Paris, o primeiro voo em um aparelho mais pesado que o ar.


Alberto Santos Dumont (1873-1932) nasceu na Fazenda Cabangu, em João Gomes - hoje Santos Dumont, Minas Gerais, no dia 20 de julho de 1873. Filho de Henrique Dumont, engenheiro francês e plantador de café, e de Francisca Santos Dumont, de origem portuguesa.

Seu avô, François Dumont, joalheiro francês, veio para o Brasil em meados do século XIX e escolheu Diamantina para morar. Santos Dumont teve cinco irmãs e dois irmãos. Entre os homens, era o caçula da família. Aprendeu a ler com sua irmã Virgínia. Estudou no Colégio Culto à Ciência, em Campinas, depois no Instituto dos Irmãos Kopke e no Colégio Morethzon, no Rio de Janeiro.

Em 1891, acompanhado da família, Dumont visitou a França pela primeira vez. No fim do século XIX, o motor a gasolina era a sensação das exposições em Paris. Santos Dumont ficou fascinado, pois sempre se interessou por mecanismos.

Seu sonho, desde criança, era criar um aparelho que permitisse o homem voar controlando seu próprio curso. Passou a adolescência lendo Júlio Verne, observando os pássaros e estudando sua constituição física.

Em 1892, após seu pai adoecer e adiantar parte da herança aos filhos, Dumont mudou-se para Paris e começou a oportunidade de construir as próprias aeronaves. Lá, ele fez contato com baloeiros, como Albert Chapin, que viria a se tornar mecânico de seus inventos.

Em Paris, Santos Dumont se aprofundou nos estudos, principalmente em mecânica e no motor de combustão, pelo qual se apaixonou à primeira vista. Seu primeiro Balão, o “Brasil”, com apenas 15 kg ganhou altura, mas dependia do vento para se movimentar.  A dirigibilidade era o que realmente interessava a Santos Dumont e as pesquisas continuaram.

Depois de muitos estudos, mandou construir o "nº1", primeiro de uma série de "charutos voadores" motorizados. No dia 20 de setembro de 1898, sob o comando do inventor, o balão subiu aos céus, chegando à altura de 400 metros e retornando ao mesmo ponto de partida.

Construindo diversos balões sucessivamente e realizando experiências, Santos Dumont foi desenvolvendo os mistérios da navegação aérea. O balão "Nº3" já possuía um motor a gasolina.

Contornando a Torre Eiffel


Em 1900, o milionário francês Deutsch de la Meurthe lançou um desafio aos construtores de dirigíveis: "Aquele que conseguir partir do Campo de Saint-Cloud, fazer à volta a Torre Eiffel e voltar ao ponto de partida em 30 minutos, ganhará 100.000 francos".

Após tentativas com cinco dispositivos – incluindo o dirigível n.º 5, cujo voo terminou em um acidente que quase lhe tirou a vida, Dumont cumpriu a missão em 1901, pilotando o balão "n.º 6", com um motor de 16 HP, deu a volta à Torre Eiffel.

Balão n. 6 (volta à Torre Eiffel)

Ao ganhar o Prêmio Dustche, distribuiu metade entre seus mecânicos e auxiliares e a outra metade Santos Dumont destinou aos necessitados.

O balão "n.º7", que foi projetado para corrida, nunca chegou a competir, pois não tinha concorrente. O "n.º 8" não existiu. Com o "n.º 9", Dumont começou a transportar pessoas nos voos que fazia.

Uma de suas passageiras era a cubana Aída de Acosta, que se tornou a primeira mulher no mundo a voar. De tanto cruzar os céus de Paris com o número nove, recebeu o apelido de "Le Petit Santos". O "n.º 10", maior que os outros, foi denominado "um dirigível ônibus", pelo próprio Santos Dumont.

O 14 Bis


Com o "14 Bis", uma "aeronave mais pesada que o ar", o brasileiro cumpriu alguns desafios em exibições públicas nos arredores de Paris. No dia 23 de outubro de 1906, realizou um voo de 60 metros.


O segundo desafio se deu no dia 12 de novembro de 1906, quando o "14 Bis", com um motor de 50 cavalos de potência, partiu do Parque de Bagatelle e subiu a uma altura de 6 metros, percorrendo 220 metros, tendo como testemunha os membros da comissão do Aeroclube da França. 

Em 1908, Santos Dumont constrói o "Demoiselle", cujo desenho serviria de modelo a todos os projetistas que se seguiram. Tudo nela era obra de Dumont, inclusive o motor. Em 1910, na primeira exposição da Aeronáutica realizada no Grand Palais de Paris, o "Demoiselle" foi um sucesso.

Ainda em 1910, Dumont encerrou sua carreira. Passou a supervisionar as indústrias que surgiram na Europa. Doente, resolve voltar ao Brasil. No dia 8 de dezembro de 1914, ao ver seu invento ser usado para bombardear a cidade de Colônia, se decepciona.

No Brasil, sua tristeza aumentou quando o aeroplano foi usado durante a revolução de 1932 em São Paulo.

Com esclerose múltipla e depressão, Santos Dumont se suicida em um hotel no Guarujá.

Alberto Santos Dumont faleceu no Guarujá, São Paulo, no dia 23 de julho de 1932. Deixou dois livros: "Dans-L'air" (1904) e "O que Vi e o que Nós Veremos" (1918).

Fonte: ebiografia / Imagens: Reprodução

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quarta-feira, 22 de julho de 2020

Aeronave cai e vai parar no telhado de empresa de mineração em São João del Rei (MG)

De acordo com os bombeiros, piloto fraturou as duas pernas. Empresa atingida fica próxima ao aeroporto da cidade.



Uma aeronave de pequeno porte, do tipo planador, caiu sobre o telhado de uma empresa de mineração na manhã desta quarta-feira (22), em São João del Rei, no Campo das Vertentes. A empresa está localizada no km 94 da BR-383, próximo ao Aeroporto Municipal Prefeito Octávio de Almeida Neves.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, na hora do acidente estava apenas o piloto, de 66 anos, que foi encontrado consciente e com fratura nas duas pernas e ferimentos nos braços. Ele foi levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Santa Casa de Misericórdia em São João del Rei.

Oito militares foram mobilizados para o resgate do avião no telhado. Para conseguir chegar até a vítima, os bombeiros precisaram usar uma plataforma elevatória.

Segundo as primeiras informações, o piloto sobrevoava o aeroporto e, quando se preparava para pousar, perdeu o controle do avião e caiu. A empresa onde a aeronave foi parar é a AMG Mineração. Veja abaixo a nota na íntegra. Na hora do acidente, nenhum funcionário foi atingido.


Conforme o sargento Santos, chefe da equipe que atendeu a ocorrência, a vítima estava presa em uma altura muito grande.

"Foi necessário o uso da um braço mecânico elevatório para içar os militares, permitindo, assim, acesso seguro até a aeronave. O homem estava bastante agitado e confuso e apresentava lesões nas duas pernas. Nós retiramos ele de lá, imobilizamos e encaminhamos para uma equipe do Samu", explicou.

O G1 também procurou a administração do Aeroporto Municipal Prefeito Octávio de Almeida Neves, que informou por telefone que o modelo do avião é um anfíbio - que também pode decolar e pousar sobre a superfície da água.

O Corpo de Bombeiros informou que o piloto é um engenheiro civil registrado no Conselho de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (CREA-RJ) e que o planador seria uma fabricação caseira do piloto.

A aeronave ainda está no local e equipes da Polícia Civil foram acionadas, mas aguardam a presença de militares da Aeronáutica para realizar a perícia e assumir a investigação.

A reportagem procurou a Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) para saber mais informações sobre a aeronave, bem como o piloto, mas até a última atualização desta matéria ainda não havia retorno.

Nota da AMG Mineração

"Viemos por meio deste informar sobre o incidente que aconteceu hoje, 22/07/2020, com uma aeronave modelo ultraleve em um dos galpões das operações da AMG Brasil, em São João Del Rei. Salientamos que nenhum dos nossos empregados sofreu qualquer dano. Todos encontram-se bem e seguros. Nosso setor interno de segurança juntamente com a nossa Brigada de Emergência atuou de imediato.

Fizeram o primeiro atendimento ao piloto da aeronave, identificando-o consciente. Posteriormente, nossas equipes acionaram a Polícia Militar, SAMU e Corpo de Bombeiros. Com a chegada do SAMU, o piloto logo foi encaminhado para atendimento médico. Inteiramos que a AMG possui uma equipe de Brigada de Emergência treinada e bem equipada, o que possibilitou uma ação rápida e eficiente. Inclusive, enfatizamos que os nossos equipamentos foram utilizados pelo Corpo de Bombeiros, e de grande valia para o resgate do piloto e da retirada da aeronave".

Fontes: G1 / DeFato - Fotos: Corpo de Bombeiros de MG

Avião experimental faz pouso forçado em Xaxim (SC) após ficar sem combustível

No início da tarde de terça-feira (21), um avião monomotor fez um pouso forçado em uma lavoura na Linha Canarinho, no interior de Xaxim, no Oeste de Santa Catarina.



A moradora Anita Ferreira Tura disse que viu o momento em que avião fez o pouso na plantação. “Ele ficou fazendo voltas aqui e pousou na lavoura de feijão”, contou. Segundo a mulher, a aeronave era ocupada apenas pelo piloto. 


Já o jovem Deivid Coser, de 18 anos, contou à reportagem que acompanhou a situação de perto e conversou com o piloto. “Ele falou que estava voando em uma altitude elevada quando o avião começou a falhar, aí baixou para realizar a manobra. Quando viu a lavoura percebeu que dava para fazer o pouso”, contou rapaz.

Coser diz que a aeronave saiu de Curitiba (PR) e seguia para Porto Alegre (RS). No plano de voo, segundo ele, estava programado um pouso para abastecimento em Chapecó, contudo, não houve tempo. 


Após reabastecer a aeronave modelo Bravo 700, o piloto seguiu o destino, sem problemas, perto das 15h. “Tinha um pessoal do aeroporto dando apoio via rádio para ele”, completou Deivid, que ainda filmou a decolagem.

Fonte: jrregional.com.br / Fotos: Deivid Coser/ND

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