domingo, 9 de agosto de 2020

História - Aconteceu há 50 anos: 9 de agosto de 1970 - Tragédia em Cuzco

Era 9 de agosto de 1970, um domingo, e o voo 502 estava originalmente programado para partir de Cuzco às 8h30, mas já que muitos dos membros do grupo americano de intercâmbio do ensino médio queriam visitar o artesanato nativo Pisac nas proximidades mercado antes de partir para Lima, a companhia aérea adiou o horário de saída para 14h45.

O Aeroporto de Quispiquilla, que mudou de nome para Aeroporto Internacional Alejandro Velasco Astete , está localizado a cerca de 4,8 quilômetros (3 milhas) a leste-sudeste da cidade de Cusco , em um pequeno vale no alto dos Andes , a uma altitude de 3.310 metros (10.860 pés) acima nível médio do mar. 

O terreno montanhoso mais alto circunda o aeroporto da pista leste-oeste em todas as direções. Como era agosto, era inverno no Peru , assim como no resto do hemisfério sul.

Alunos embarcando no voo condenado

Por volta das 14h55, o turboélice quadrimotor Electra começou sua corrida de decolagem para oeste. Em algum ponto durante a corrida de decolagem ou subida inicial, o motor número três falhou e pegou fogo. 

A tripulação continuou a decolagem e a subida, de acordo com o procedimento padrão, usando a potência dos três motores restantes. 

O piloto comunicou por rádio a torre de controle declarando uma emergência, e a torre de controle liberou o voo para um pouso imediato. 

O motor número três foi envolvido pelas chamas quando a tripulação retraiu os flaps e manobrou o avião para uma curva à esquerda de volta à pista. 

O avião entrou em uma inclinação de 30-45 graus, então perdeu altitude rapidamente e caiu em um terreno montanhoso a cerca de 2,4 quilômetros (1,5 mi) a oeste-sudoeste da pista, acima da vila de San Jerónimo. 

O combustível a bordo pegou fogo e matou 7 tripulantes e os 92 passageiros. Apenas o co-piloto Juan Loo, de 26 anos, foi encontrado nos destroços da cabine do piloto gravemente queimado, mas vivo. Dois trabalhadores agrícolas morreram em solo.

Mais da metade dos passageiros pertencia a um único grupo, patrocinado pelo programa de intercâmbio estudantil International Fellowship sediado em Buffalo, Nova York, consistindo de 49 estudantes americanos de intercâmbio do ensino médio, junto com seus professores, familiares e guias, que estavam retornando de uma visita à vizinha Machu Picchu para suas famílias anfitriãs na área de Lima. A filha do prefeito de Lima também acompanhava o grupo. Os passageiros peruanos incluíam um casal em lua de mel.

O voo 502 da LANSA (Lineas Aéreas Nacionales S.A.) foi um realizado pelo Lockheed L-188A Electra, prefixo OB-R-939.

O governo peruano investigou o acidente e em seu relatório final concluiu que a causa provável do acidente foi a execução indevida de procedimentos de desligamento do motor pela tripulação de voo, com fatores que contribuíram para carregamento indevido da aeronave e procedimentos de manutenção inadequados por parte do pessoal da empresa. 

Também houve evidência de encobrimento e falsificação de registros de manutenção crítica por funcionários da LANSA durante o processo de investigação. 

O governo peruano posteriormente multou a LANSA e alguns de seus funcionários e, como consequência, suspendeu a licença de operação da companhia aérea por 90 dias.

Cerca de um ano após o acidente, um monumento - uma grande cruz branca com uma placa de identificação anexada - foi erguido no local do acidente para homenagear as vítimas do voo 502. 

O co-piloto Juan Loo, único sobrevivente da tragédia

Em 2006, por causa do desenvolvimento invasivo, o proprietário peruano do terra onde o memorial estava originalmente localizado, sob pressão do Senador dos EUA por Nova York, Charles E. Schumer , do Departamento de Estado dos EUA e do Consulado Geral dos EUA no Peru, concordou em realocar o memorial para 46 m (150 pés) para proteger o local.

Fonte: Wikipedia - Fotos: @AirCrashMayday

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sábado, 8 de agosto de 2020

Avião monomotor faz pouso forçado próximo ao aeroporto de Gurupi (TO)

O avião monomotor Embraer EMB-720D Minuano, prefixo PT-VIF, precisou fazer um pouso forçado em uma estrada rural de Gurupi, na região sul do estado do Tocantins, na manhã deste sábado (8). 

Imagens feitas no local mostram que o avião ficou com a barriga no chão e chegou a atingir uma cerca às margens da estrada rural, próxima do aeroporto de Gurupi. 

A aeronave não pegou fogo, mas o Corpo de Bombeiros foi chamado e precisou atuar para conter um vazamento de combustível em uma das asas.

Os bombeiros jogaram uma mistura de água e espuma para fazer o resfriamento do avião e evitar o risco de explosão.

O piloto relatou aos bombeiros que percebeu falhas no motor logo que decolou. Antes, ele havia acabado de abastecer.

O avião levava apenas o piloto, o copiloto e uma terceira pessoa. Ninguém se feriu.

Fontes: ogirassol.com.br / G1 - Fotos: Corpo de Bombeiros

História: Aconteceu em 8 de agosto de 1989 - Acidente aéreo na Nova Zelândia deixa 10 mortos

O avião Britten-Norman BN-2A-26 Islander, prefixo ZK-EVK, operado pela Aspiring Air, partiu de Wanaka em um voo panorâmico VFR para Milford Sound, ambas localidades da Nova Zelândia, mas não conseguiu chegar ao seu destino. 

Os destroços da aeronave foram posteriormente localizados em um terreno montanhoso íngreme, coberto de neve, em elevações de até 5400 pés. 

Após o impacto inicial, grande parte da aeronave, incluindo a fuselagem, caiu em penhascos íngremes.

O piloto e os nove passageiros morreram no local. A causa do acidente não foi determinada.

Clique AQUI para ler o Relatório Oficial do acidente [em .pdf - em inglês]

Fonte: ASN 


Avião Canadair cai durante combate a incêndio na Espanha

O avião Canadair tinha acabado de fazer uma manobra de 'scooping' e caiu durante a operação,sofrendo um incêndio na cabine. A vítima mortal é um português de 65 anos e o outro tripulante, em 'estado grave', é espanhol e tem 39 anos.O acidente aconteceu em território espanhol.

A aeronave Canadair CL-215-1A10, prefixo EC-HET, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, caiu pouco depois das 11h na zona de Lindoso, no Parque Nacional Peneda-Gerês, na Espanha, enquanto combatia um incêndio no local, provocando um morto e ferido muito grave. 

O meio aéreo estava a operar na zona e após a 'manobra de scooping', um abastecimento de 5 mil litros de água na barragem, preparava-se para descarregar o líquido numa manobra de loop (operação bastante curvada para deixar a água em cima do fogo). 

Esta manobra revela-se mais difícil em zonas de orografia muito acentuada o que poderá justificar o acidente do Canadair, segundo o comandante no posto de comando.

Fonte da empresa que opera os aviões Canadair conta que as aeronaves estavam estacionadas na base de Castelo Branco e que a tripulação é constituída por um piloto português e um copiloto espanhol. 

Os pilotos foram encontrados em paragem cardiorrespiratória e sujeitos a SAV (Suporte Avançado de Vida) de insistência. Em declarações ao Expresso pouco depois das 13h, o Comandante de Permanência às Operações, Pedro Araújo, afirmou que os dois tripulantes estavam a ser avaliados e estabilizados por equipas médicas no local. 

Foram enviados dois helicópteros do INEM e dois da Força Aérea, além dos meios já existentes no local. Pedro Araújo confirmou ainda que "o Canadair tinha todas as condições para operar naquela zona", uma vez que é um "avião bombardeiro pesado", e que, desde as 08h40, "já tinha feito varias descargas" naquele teatro de operações.

Entretanto, foi declarado o óbito de um dos pilotos a bordo do Canadair. Segundo fonte da Proteção Civil, o piloto, de nacionalidade portuguesa, de 65 anos, morreu no local, apesar das tentativas realizadas pelos elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), enquanto o segundo piloto, de nacionalidade espanhola e de 39 anos, foi assistido no local e transportado em "estado grave" para o Hospital de Viana do Castelo.

Dezenas de operacionais portugueses e espanhóis estão este sábado a combater o incêndio nas margens da barragem do Alto Lindoso. O fogo está ativo numa zona de acesso muito difícil e está a ser combatido maioritariamente a pé, através de ferramentas manuais. Não é até ao momento conhecido o local em que o incêndio começou, tendo o CDOS recebido o alerta do lado português pelas 5h19 da madrugada.

De acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), há 106 operacionais no terreno, apoiados por 29 meios terrestres e 10 meios aéreos — alguns dos quais apenas de coordenação. Não há povoações em perigo, quer em Portugal quer em Espanha. O incêndio afeta a freguesia de Lindoso, concelho de Ponte da Barca, e Lindos, em Espanha.

As previsões de muito calor e vento forte para este sábado levam as autoridades a manter-se alerta para novas ignições e reacendimentos em incêndios combatidos nos últimos dias. O estado de alerta especial foi prolongado pelo governo até ao final de domingo. Neste momento, e durante a totalidade do fim de semana, há três centenas de militares em missões de vigilância e patrulhamento.

Canadair é o avião indicado para atuar em incêndios como o do Gerês? Peritos dizem que não

Uma manobra difícil, executada por um avião que não tinha capacidade de trabalho para uma zona montanhosa como o Gerês. O acidente do Canadair quando combatia um incêndio no Parque Natural da Peneda Gerês, junto à Barragem do Lindoso, parece ter resultado de falta de potência, quando o avião procedia à descarga de água na frente do incêndio. A Proteção Civil garante, contudo, que a aeronave era adequada a esta operação.

De acordo com vários especialistas da Proteção Civil e da Autoridade Nacional de Aeronáutica Civil, que preferem falar sob anonimato até que sejam conhecidas as averiguações preliminares do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários a quem cabe o inquérito ao sucedido, explicam que “aquele avião não tem capacidade de trabalho para uma zona daquelas. O Canadair possui uma estrutura muito pesada, com pouca capacidade de potência extra, ou seja, em terrenos de grande declive, facilmente lhe falta potência para conseguir fugir à inclinação”, explicaram ao Expresso vários pilotos.

O avião tinha feito o scooping, abastecimento de 5 mil litros de água na barragem, e preparava-se para descarregar, o que “implica uma manobra bastante curvada para deixar a água em cima do fogo, o que é mais difícil em zonas de orografia muito acentuada”. 

São estas condicionantes que explicam “o motivo pelo qual deve operar em perpendicular ao terreno, mas tem a desvantagem de a água ser lançada muito longe da base das chamas”. Um dos peritos ouvidos pelo Expresso constatou, pelas fotos já disponibilizadas, “que aparentemente o avião estaria a operar em paralelo, o que, pode explicar a falta de potência extra para vencer a inclinação, uma vez que o combate estava a ser feito em sentido ascendente, do sopé para cumeada”.

Porém os mesmos especialistas garantem que “cabe sempre ao piloto comandante tomar as decisões e se tem capacidade de atuação num incêndio de montanha, com uma orografia acentuada”.

Ao Expresso, o Comando Nacional da Proteção Civil garantiu que o avião “tinha condições para operar naquela zona. Estava em serviço deste as 08h40 e já tinha feito várias descargas””. Pedro Araújo, comandante de permanência às operações da Proteção Civil, acrescentou que se trata de “avião bombardeiro pesado, com potencia para este teatro de operações”.

Fontes: ASN / Expresso.pt - Fotos: @Incendiosgalic1/twitter

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