![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBJZz1HwnWlnj7-ZCaa3vXgAG2GmvLQhgjRrA6EKe4hr6LSu59HcW_ZswRH9xVXXOf6K-ZhLlUl_-bCqRxxjiiRNokou7LKicpEYbBhdPIS2OIg9my_5bHiWegMOpvJd6-Ug0ItE_DFuU/s400/capricorn_one_intro.jpg)
Para mim, esse evento ia passar meio batido se não fosse pelo meu colega e chapa Cláudio Pucci, que escreveu na concorrência um excelente texto falando sobre a fantasiosa conquista do espaço feita pelo cinema.
Depois de ler o texto, eu só achei que para ficar completo faltou na relação um obscuro filme do final dos anos 1970 onde, desta vez, o homem viaja para Marte, mas não pisa exatamente no planeta vermelho.
Capricórnio 1 (Capricorn One - 1978), escrito e dirigido por Peter Hyams (Outland, 2010, Fim dos Dias), conta a história da primeira missão tripulada para Marte onde — nos segundos finais — os três astronautas (entre eles, O. J. Simpson, ainda na época em que era bom moço) são arrancados do foguete (que decola vazio) e são secretamente enviados para uma base no meio do deserto.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6isMJY7MSiPqmEzy1IoBrtxLr9vPXRlBHlEoiE0FpHK284qfaupxdHymedJlYUaZL25hHnRSBEWjseqwQ5aIDsTyzCaXKB3klDh7zJ7gigMFNXU5TJluL9dphGEMa_qaCJrRh8MpoVyc/s400/capricorn_1d.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCpcYSuygcDIIOXwcKWL9Lplu9FTW2yrpDo1rHarvwfwmhlUamPS09DVU7BPBx2FK6EURnAVkc2BI6ob-Zp-uT2RxdjZZ3x7RHMAFZ8PqL1OCmB4qhRY5HYV1NQ2tRaODkQ419be5bWqc/s400/capricorn_1c.jpg)
Mas ainda bem, ele era amigo de um jornalista abelhudo que começa a investigar o seu desaparecimento e acaba descobrindo toda a trama. E o resto todo mundo pode adivinhar: soco, tiro, pancadaria, perseguição de carro, helicóptero, jatinho executivo e até biplano. No fim, os mocinhos vencem os bandidos e tudo acaba bem.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh29zPSkJQWDRaKDNS4vZzBU1hKWO3vGM3YszuBaTjk8hkmH3j7VR8ksRUs6WNg3q88r4QlqCeI_pV_r1e-I53owG2pM8gcm_fLgisfl_tW8ncdD1ThvXRyhDo3CLVxkEAMLzdfsQr_Zno/s320/dark_moon_book_a.jpg)
Eu já vi alguns documentários e textos sobre esse assunto e a minha opinião é que os whistle-blowers concentram demais seus argumentos em fatos pontuais como uma foto, uma cena, informações científicas etc. Mas o conjunto da obra não consegue criar um cenário completo que consiga explicar como toda a missão foi fraudada.
E se levarmos em consideração aquele ditado que diz que “segredo entre três só matando dois” e que passados mais de 40 anos nenhum astronauta abriu o bico dizendo que tudo foi encenação, acho que devemos dar um crédito para esses caras que colocaram o deles na reta numa aventura tão arrojada como foi o projeto Apollo.
O engraçado é que os defensores do Moon Hoax até usam o fato que todos os astronautas da Apollo voltarem vivos para a Terra (incluindo a micada Apollo 13) como algo a ser visto com desconfiança, principalmente depois das recentes tragédias com o ônibus espacial.
Acho que no final das contas, eles só foram mais sortudos.
Trivia:
A câmera fotográfica usada na missão Ap0llo era uma Hasselblad sueca especialmente adaptada, uma escolha que a americana Kodak americana nunca engoliu, já que foi uma grande jogada de publicidade. Outro caso célebre foi o Omega SpeedMaster, que também deixou pra trás outra empresa americana — a Bulova — que na época já tinha um moderno relógio de pulso com o avançado sistema Accutron (um mecanismo eletrônico com diapasão). Depois eles tiveram alguma compensação, já que o relógio do painel de controle da cápsula espacial usou um mecanismo Accutron.
Fonte: Mário Nagano (Zumo) - Fotos: Divulgação