sábado, 30 de maio de 2009

Ameaça nuclear redefiniu as relações internacionais após a Segunda Guerra

Possuir a tecnologia atômica passou a ser elemento de ameaça.

Desde 1947, relógio criado por cientistas 'conta minutos' para o apocalipse.

Nesta semana, um teste nuclear feito pela Coreia do Norte voltou a levantar temores sobre o possível uso destrutivo da tecnologia atômica, que poderia levar a uma guerra mundial de grandes proporções. A ameaça do líder norte-coreano Kim Jong-il, no entanto, não é nova. Nem a dele e nem a de outras nações nucleares como Irã, Índia, Paquistão e EUA.

Meteorologista na Coreia do Sul mostra o abalo sísmico provocado nesta segunda-feira (25) pelo teste nuclear norte-coreano - clique para ampliar

Depois que o mundo se deparou com a realidade dos efeitos atômicos nas cidades japonesas de Hiroshima e de Nagasaki, no fim da Segunda Guerra Mundial, as nações passaram a ter um elemento a mais para jogar na balança de poder: quem tem a bomba ganha de quem não tem. Apenas duas décadas após 1945, Inglaterra, União Soviética, China e França já tinham seus programas nucleares. A partir daí, Israel, Índia, Paquistão e Coreia do Norte também investiram na tecnologia.

Conheça a história das Coréias

Mapa da Coréia do Norte - Arte G1 - clique para ampliar

"As armas nucleares remodelaram a política internacional e nosso entendimento de guerra. A posse da bomba se tornou um símbolo instantâneo de 'grande poder'", explica o especialista em relações internacionais e professor da American University Peter Howard, em entrevista ao G1.

Veja fotos da crise nas Coreias

"Os Estados adquirem armas nucleares por duas razões: status e segurança. Nações nucleares são grandes potências e devem ser tratadas com um certo respeito e diferença. Dois exemplos atuais disso são o Irã e a Coreia do Norte. Ambos querem ser levados a sério e procuram a capacidade de deter uma potencial ação militar de forças externas - leia-se EUA. A proteção nuclear também pode ser usada como provocação."

Os mísseis norte-coreanos - Ilustração: militarypictures.info - clique para ampliar

O auge do perigo

Apesar de hoje isso ser visível nas constantes ameaças da Coreia do Norte e do Irã, o período da história que mais viu essa ameaça de perto foi a Guerra Fria. Nesse período de constantes ameaças, as hostilidades entre os EUA e a ex-União Soviética (URSS) se baseavam na questão atômica. Segundo o Boletim dos Cientistas Atômicos (publicação criada em 1945 por um grupo de pesquisadores), na metade dos anos 1960, o arsenal americano era de 30 mil ogivas, e em 1980 a URSS tinha cerca de 40 mil. Como comparação, hoje, EUA e Rússia têm aproximadamente mil artefatos nucleares prontos para serem lançados.

Vista aérea mostra área de mísseis em Cuba, em outubro de 1962 - clique para ampliar

O mais perto que o mundo esteve de uma guerra nuclear foi provavelmente durante a Crise dos Mísseis, em 1962, quando os EUA e a URSS acabaram conseguindo contornar a situação criada pelos artefatos em Cuba. "Os americanos tinham a invasão de Cuba como uma opção séria, e os soviéticos estavam armados com ogivas nucleares na ilha, autorizados a usá-las", afirmou Howard.

O professor de ciência política da Universidade de Indiana e autor de "Nuclear Proliferation in South Asia: Crisis Behaviour and the Bomb", Sumit Ganguly, concorda com a ideia do auge da Crise dos Mísseis. "Acredito que o perigo do uso nuclear é muito menor hoje do que nessa época da Guerra Fria."

Ameaça constante

Com a queda do muro de Berlim e o fim da União Soviética, a problemática nuclear se dissolveu, passando a afetar regiões específicas, como a Índia, o Paquistão e as Coreias. "A briga constante entre essas duas nações nucleares pela fronteiriça Caxemira levantou ameaças de uma guerra nuclear. O conflito de Kargil, em 1999, foi particularmente tenso, com dúvidas a respeito de quão perto o Paquistão esteve de usar seus artefatos nucleares."

Com o passar dos anos, o know-how nuclear e os materiais necessários para o uso da bomba viajaram por diversos países. Hoje, segundo especialistas, há ainda a ameaça de que terroristas consigam produzir armas atômicas. Segundo o Boletim dos Cientistas Atômicos, o urânio enriquecido (um dos materiais para a bomba) pode ser encontrado em mais de 40 países ainda sem poder nuclear.

A Agência Nacional de Energia Atômica estima que de 20 a 30 países têm capacidade ou intenção de produzir armas atômicas, enquanto as principais potências nucleares continuam modernizando seus arsenais.

Minutos para o apocalipse

Em 1947, dois anos após as bombas de Hiroshima e Nagasaki, um grupo de cientistas fundou nos EUA uma revista sobre o tema nuclear. Junto com a publicação, eles criaram um relógio simbólico que media os "minutos" que faltariam para uma possível guerra nuclear de proporções gigantescas no mundo. A meia-noite seria o fim dos tempos, segundo o Boletim dos Cientistas Atômicos. "O relógio simboliza a urgência do perigo nuclear que os fundadores da revista estão tentando alertar para o público e para os líderes mundiais", afirma o site do grupo (em inglês).

Desde o começo do relógio, periodicamente os pesquisadores alteram seus ponteiros, para mais ou menos perto da meia-noite. Hoje ele marca 23h55. O mais perto que ele esteve do apocalipse foram dois minutos a menos, em 1953 , quando os EUA decidiram seguir com seu projeto da bomba de hidrogênio e a União Soviética testou mais artefatos atômicos. Acompanhe abaixo os principais lances do relógio:

Veja: O relógio do Apocalípse

Fontes: Giovana Sanchez (G1) / Jorge Tadeu (Desastres Aéreos) - Fotos: AFP

China pede ‘cabeça fria’ na questão nuclear da Coreia do Norte

Cingapura recebe conferência regional sobre segurança.

EUA falam em retaliação enérgica em caso de ataque norte-coreano.


A China pediu calma neste sábado (30) à comunidade internacional ante as atividades nucleares da Coreia do Norte, em uma conferência regional sobre segurança em Cingapura.

"A península coreana deve avançar para a desnuclearização e esperamos que todas as partes interessadas mantenham a cabeça fria e respondam de forma comedida ao problema", afirmou o tenente-general chinês Ma Xiotian.

Depois de um novo teste nuclear na segunda-feira, condenado pelo Conselho de Segurança da ONU, a Coreia do Norte, que ameaçou atacar a Coreia do Sul, lançou seis mísseis de curto alcance.

Além disso, fotos de satélite espião revelaram a circulação de veículos em duas áreas de lançamento de mísseis na Coreia do Norte, o que sugere que Pyongyang se prepara para lançar um projétil balístico de longo alcance.

Da esquerda para direita: o ministro da Defesa do Japão, Yasukazu Hamada, o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, e o ministro da Defesa da Coreia do Sul, Lee Sang-hee dão as mãos em encontro em Cingapura

Na mesma conferência, o secretário de Defesa americano, Robert Gates, advertiu de forma enérgica a Coreia do Norte sobre as atividades nucleares e afirmou que Washington está disposto a reagir se Pyongyang ameaçar os Estados Unidos ou seus aliados na Ásia.

"O programa nuclear da Coreia do Norte constitui uma ameaça para a paz e a estabilidade regionais. Não ficaremos com os braços cruzados enquanto a Coreia do Norte se dota da capacidade de destruir qualquer objetivo na Ásia, ou nós mesmos", destacou o diretor do Pentágono.

Tom conciliador

Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão apostaram nesse sábado pela via multilateral para frear a ameaça das ambições nucleares da Coreia do Norte.

Esta via multilateral ficou acertada pelo secretário de Defesa dos EUA e seus colegas sul-coreano, Lee Sang-hee, e japonês, Yasukazu Hamada, depois de reunião na conferência asiática de segurança realizada em Cingapura.

Cada um dos ministros leu um breve comunicado no qual reafirmou seu compromisso de trabalhar junto com os outros, em uma frente comum para conseguir o objetivo de desmantelar as armas nucleares da península coreana, uma ameaça para a paz e a segurança na região.

"Se a Coreia do Norte pensa que desta vez vai ser recompensada por seus erros, está completamente enganada", indicou Lee.

Não participaram do pronunciamento representantes de China e Rússia, os outros dois países que, além da Coreia do Norte, fazem parte das conversas de seis lados sobre o problema atômico coreano.

A corrida nuclear norte-coreana: CLIQUE AQUI.

Fonte: G1 (com agências) - Foto: Wong Maye (E/AP)

Coreia do Norte prepara míssil de longa distância

Satélites espiões observaram sinais de que a Coreia do Norte prepara o transporte de um míssil de longa distância para um local de testes, disseram autoridades da Coreia do Sul neste sábado. Desde o teste nuclear subterrâneo da última segunda-feira, a Coreia do Norte testou seis mísseis de curta distância, em uma demonstração de força, e anunciou que não irá mais honrar o armistício de 1953 que suspendeu os conflitos de guerra com a Coreia do Sul.

O recluso Estado comunista parece estar se preparando para transportar por via férrea um míssil de longa distância de uma fábrica de armas próximo a Pyongyang para a base de lançamento de Musudan-ni, no nordeste do país, declarou um oficial do Ministério da Defesa da Coreia do Sul. Imagens foram capturadas por satélites norte-americanos, disse o oficial, que não pôde se identificar.

A Coreia do Norte levará duas semanas para concluir os preparativos ao lançamento, reportou a agência de notícias sul-coreana Yonhap, citando um oficial não identificado do serviço de inteligência. Autoridades de Washington disseram ontem ter repassado informações sobre indicações de aumento das atividades na base de testes de mísseis, mas não ofereceram detalhes. A agência de notícias Yonhap afirmou que o tamanho do míssil é similar a um foguete de longa distância que a Coreia do Norte testou em abril. Peritos afirmam que o míssil de três estágios tem potencial para atingir uma distância de mais de 6,7 mil quilômetros, colocando o Alasca em risco.

Segundo o professor da Universidade de Estudos da Coreia do Norte em Seul, Yang Moo-jin, o Norte deve disparar o míssil logo após o Conselho de Segurança das Nações Unidas adotar uma resolução criticando o mais recente teste nuclear do país. Segundo um documento prévio obtido pela agência de notícias Associated Press ontem, a resolução deverá pedir a aplicação imediata das sanções impostas após o primeiro teste nuclear em 2006. Entre elas, estão um embargo parcial de armas, suspensão da venda de bens de luxo e revistas das embarcações para verificar se transportam armas ou material ilegal. Estas sanções foram executadas esporadicamente e muitos dos 192 países das Nações Unidas as ignoraram. A China, entre os países que deixaram de cumprir as sanções contra a Coreia, demonstrou apoio à crítica dos países ao teste nuclear de segunda-feira.

Fonte: Associated Press via estadao.com.br

Airbus celebra 40º aniversário em ano de grandes quedas nas vendas

O consórcio aeronáutico europeu Airbus celebrou ontem o 40º aniversário do acordo franco-alemão que permitiu o lançamento do programa A300, considerado o ponto de partida da cooperação europeia na indústria aeronáutica.

Esta aliança foi a pedra fundamental para a criação desta companhia europeia, controlada desde 2006 pela empresa EADS, e que atualmente conta com a participação de França, Alemanha, Reino Unido e Espanha.

O presidente da Airbus, Tom Enders, destacou em comunicado que, "há 40 anos, o mercado era dominado pela indústria americana. Por isso, começar o programa A300 foi uma decisão estratégica valente".

No entanto, o diretor comercial da companhia europeia, John Leahy, declarou no último dia 11 que as vendas da Airbus cairão neste ano devido ao desaquecimento da economia mundial, que afetou severamente o setor aéreo.

Leahy também previu que o número de aviões comercializados pela filial da EADS pode ficar abaixo de 300, mas explicou que a situação não é tão ruim como muitos pensam.

Além disso, os atrasos no programa do avião de transporte militar A400M podem custar 1,4 bilhão de euros à EADS, apesar de seu presidente, Louis Gallois, ter dito na semana passada que não exclui a possibilidade de um primeiro voo deste modelo antes do final de ano.

Em meio a este panorama, a Airbus lembra hoje o começo de uma verdadeira corrida na indústria aeroespacial civil na qual a Europa decidiu fazer frente à gigante americana Boeing, que também está severamente afetada pela atual crise.

Fonte: EFE via G1

Espanha: Cerco a Zapatero por uso de aviões oficiais

LÁ COMO CÁ

Polémica «embaraça» primeiro-ministro português José Sócrates, que não esclarece se usou avião do Estado espanhol para ir a comício do PS

O avião Falcon da Força Aérea Espanhola

José Luis Zapatero está a ser muito contestado em Espanha por utilizar aviões militares para se deslocar a comícios do Partido Socialista espanhol, noticia o El Pais. O chefe de Governo e líder do PSOE viajou sábado de Valência para Coimbra num Falcon da Força Aérea espanhola para participar num comício do PS, retribuindo assim a presença de José Sócrates no comício do PSOE em Valência.

O primeiro-ministro espanhol repetiu o procedimento, no domingo, quando se deslocou a um comício do partido em Sevilha. Zapatero acabou por despertar a fúria do principal partido da oposição, o Partido Popular (PP), que o acusa de «burlar» os espanhóis ao utilizar meios oficiais em viagens partidárias. Indiferente às críticas, Zapatero desafiou quinta-feira o PP, ao viajar para as Astúrias, outra vez num avião militar.

O El Pais sublinha que a atitude do primeiro-ministro espanhol não é de estranhar, já que Zapatero recusou quinta-feira, no Parlamento, responder às críticas de Mariano Rajoy, líder do Partido Popular (PP), «por respeito à instituição que é a presidência do Governo, aos anteriores primeiros-ministros e aos futuros».

Voos em aviões militares na mira

A polémica sobre a utilização do Falcon por parte de Zapatero estalou, no início da semana, por iniciativa do PP. O Governo espanhol explicou que Zapatero faz o mesmo que os antecessores e que as viagens que tem feito não são como candidato a nenhuma eleição, sublinhando que ele não é candidato ao Parlamento Europeu. O Executivo espanhol sublinha as razões de segurança que envolvem todas as deslocações do primeiro-ministro, sobretudo por causa da ameaça da ETA.

O assunto já foi discutido no Congresso espanhol, com o PP, pela voz do líder parlamentar, a pedir a lista de «todas as autorizações de uso dos aviões militares pelo Presidente do Governo entre os anos de 2005 e 2009».

Sócrates e Zapatero

Sócrates distancia-se da polémica

A polémica que envolve o primeiro-ministro espanhol «embaraça» de alguma forma o homólogo português, José Sócrates, refere esta sexta-feira o Sol. O gabinete de Sócrates não esclareceu como é que o líder do PS regressou sábado a Portugal para participar no comício em Coimbra com Zapatero, depois de ter participado no congresso do PSOE em Valência, noticia o semanário.

A dúvida coloca-se porque Zapatero ofereceu boleia a Sócrates no Facon do Estado espanhol. Em resposta ao Sol, o gabinete do primeiro-ministro apenas disse que Sócrates «não usou nenhum meio do Estado português nas suas deslocações» . E garantiu que o líder do PS seguiu para Madrid num voo da TAP, na noite de sexta-feira.

Fonte: IOL Diário (Portugal)

Rio Linhas Aéreas inicia nova rota em Curitiba

Começou a operar nesta sexta-feira (29) a primeira empresa de transporte aéreo de cargas com base em Curitiba. A Rio Linhas Aéreas e a Smart Cargo fizeram uma parceria para atuar no segmento de logística e distribuição de cargas, com foco inicial no mercado nacional. O lançamento da nova empresa aconteceu nesta quinta-feira (28), no hangar da Jetsul Transportes, no aeroporto Afonso Pena.

"A região de Curitiba estava mal servida em rotas cargueiras e nós criamos um canal para dar agilidade ao escoamento da produção, a exportação e a importação das empresas de alta tecnologia do parque industrial local, que fornecem produtos de alto valor agregado, com baixo peso e volume", afirma Mauro Martins, diretor da Rio. "Nosso empreendimento é uma prova da confiança no potencial do Paraná e de Curitiba, que é o 5º maior pólo cargueiro internacional do país e ocupa apenas o 10º posto no mercado doméstico."

"A falta de uma empresa para fazer o escoamento por via aérea era uma grande dificuldade logística do empresariado local, que começa a ser resolvida, oferecendo um bom ganho de tempo", afirmou o presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento, Juraci Barbosa Sobrinho, presente ao lançamento. A Agência está trabalhando em um projeto para desenvolver um polo logístico em Curitiba, como um dos compromissos dos contratos de gestão implantados pelo prefeito Beto Richa na administração municipal.

"Este é um passo arrojado e muito importante, que o mercado demandava em termos de logística, e dará um impulso aos nichos de fabricação que Curitiba tem com produtos de alto valor agregado e baixo peso, como centralinas, bicos injetores, celulares, pescas para computador", disse o presidente regional do Sindicato da Indústria de Componentes para a Indústria Automotiva no Paraná (Sindipeças), Benedito Kubrusly.

O presidente da Associação das Empresas da Cidade Industrial de Curitiba, Marino Garofani, afirmou que o novo serviço resolve parte do gargalo logístico de Curitiba, dando maior agilidade e rapidez ao transporte, que é um fator decisivo para a competitividade. "Mas a solução definitiva virá apenas com a construção de uma terceira pista no aeroporto Afonso Pena, mais longa que a atual, para termos um aeroporto competitivo", defendeu.

A nova companhia começa com uma aeronave, um Boing 727-200, com capacidade para 26 toneladas, e deve ter mais uma em seis meses, cada uma voando 250 horas mês, transportando todo tipo de carga. No momento a operação da Rio com a Smart envolve 190 empregados e aproximadamente 30 veículos para fazer a logística de distribuição em terra. O faturamento pode chegar a R$ 70 milhões ao ano. Em um ano a intenção é ter de quatro a seis aeronaves. Uma das facilidades oferecidas pela Rio será o alfandegamento das cargas.

Fonte: smcs@smcs.curitiba.pr.gov.br - Foto: divulgação

"Porta-aviões" dos EUA no Atlântico - América à escala da Base das Lajes

“Uma América em ponto pequeno”. Duma forma metafórica é como os terceirenses, e os próprios militares norte-americanos e familiares que por lá vivem e trabalham, observam a Base das Lajes, na Praia da Vitória.

A Base das Lajes funciona como uma espécie de “porta-aviões” dos EUA no Atlântico desde há meio século.

Actualmente partilhada pelas forças aéreas de Portugal e dos Estados Unidos, a unidade militar teve a sua primeira pista de aterragem de terra batida em 1934.

Os ingleses foram os primeiros utilizadores estrangeiros da Base, tendo construído uma pista para receber aviões pesados em 1943, em plena II Guerra Mundial.

A utilização por parte dos EUA começou em 1946.

A partir daí as Lajes garantiram apoio ao lançamento de forças vindas de terras do “Tio Sam” para intervenções militares na Europa e Médio Oriente.

A sua importância atingiu o ponto mais alto nos tempos da “Guerra Fria”, numa época em que para a América era imperioso vigiar, de perto, todos os passes do grande inimigo europeu – a União Soviética.

Pelas suas pistas passaram milhares de homens e aviões (cargueiros, abastecedores e caças) com destino a palcos bélicos tão díspares como o Líbano (1958), Congo (1961), Guerra do Yom Kippur – entre Israel e países árabes (1073) e, mais recentemente, na Guerra do Golfo (1991) e intervenções no Afeganistão.

A 16 de Março de 2003, teve lugar a Cimeira das Lajes, com a participação dos líderes norte-americano, George Bush, britânico, Tony Blair, espanhol, José Maria Aznar, e português, Durão Barroso, que culminaria com a intervenção militar anglo-americana no Iraque com vista à destituição do ditador Saddam Hussein.

Porém, é preciso referir que a importância da Base das Lajes no dispositivo estratégico militar dos EUA foi reduzida com o desmantelamento do “Bloco de Leste”.

Com a queda do Muro de Berlim, associada aos ganhos de autonomia resultantes de inovadoras técnicas de abastecimento em pleno voo, regista-se uma clara diminuição na utilização das pistas da Base das Lajes.

O número de efectivos militares americanos, bem como os portugueses ao serviço das Feusaçores, baixou consideravelmente. Nas décadas de 60 e 70, o número de tropas chegou a atingir três milhares, sendo que actualmente estão destacados nas Lajes cerca de 1100 militares (150 dos quais civis) que, com os seus dependentes, somam uma população que ronda as duas mil pessoas.

De qualquer modo, a importância da Base é ainda tida como fundamental para a economia e sociedade da Terceira, uma ilha com menos de 60 mil habitantes.

O destacamento norte-americano da Base das Lajes gastou no ano passado 68,1 milhões de euros na aquisição de bens e serviços no comércio local, o que representou uma quebra de 15,3 milhões relativamente a 2007.

Cerca de mil portugueses estão ao serviço da Base, que foi sempre vista pelos terceirenses quase como um prolongamento da própria América, pais que representa o principal destino da emigração açoriana.

Televisão e Coca-Cola

Graças à Base das Lajes, por exemplo, os moradores das freguesias mais próximas tiveram acesso aos canais de televisão dos EUA, muito antes da criação do único canal regional – a RTP/Açores.

Outra “descoberta” proporcionada pela Base foi o sabor da famosa Coca-Cola, bebida que o ditador português António Oliveira Salazar não via com bons olhos em território nacional...

No rasto da memória surge também a possibilidade única de comprar, a preços muito acessíveis, artigos de marcas tão emblemáticas como a “Levis Strauss” ou a “Converse All Stars”.

Sobretudo nas décadas de sessenta e setenta do último século, o envolvimento dos norte-americanos com a população local era intenso.

Sem grandes alternativas de âmbito social, era hábito ver-se, na então vila da Praia da Vitória, serões musicais animados pelos discos de vinil de grandes nomes da música dos EUA, que tinham o selo “Made in Base das Lajes”.

A Terceira foi, com o tempo, abrindo-se ao exterior. O contacto com a população americana diluiu-se um pouco. As novidades do BX (o Base Exchange, um armazém que vende de tudo) passaram a existir nos estabelecimentos comerciais que proliferam pela ilha.

Os canais de TV americanos, e muitos outros estrangeiros, entram pelas casas via Cabo. Não há qualquer antipatia pelos ilustres hóspedes norte-americanos, mas, na verdade, o fascínio da Base das Lajes já não faz brilhar os olhos dos habitantes da maior ilha do Grupo Central dos Açores.

Aliás, pela parte dos responsáveis militares dos EUA estacionados na Base das Lajes, é um imperativo de honra manter o bom relacionamento com a população local.

Todos os anos, em Junho, é levado a cabo o Dia de Apreço à Comunidade, vulgarmente designado por “Dia da Entrada Geral”, e que consiste na abertura total das portas da base militar a todos os interessados, que, entre muitos atractivos, podem entrar em aviões que só parecem existir em filmes como o “Top Gun”. As crianças adoram...

A comodidade proporcionada aos militares, e seus familiares, dos EUA na Base das Lajes é evidente para lá dos muros da “65TH Air Field”, nas áreas habitacionais.

O cenário tenta recriar, o mais fielmente possível, uma qualquer cidade em verdadeiro solo americano.

Situada a cinco quilómetros da cidade da Praia da Vitória, a Base proporciona serviços de educação, saúde e recreativos aos seus moradores.

Na Base das Lajes são festejadas fervorosamente datas tão significativas para os norte-americanos como o Dia da Independência (4 de Julho) ou o Dia de Acção de Graças.

Os clubes militares e civis proporcionam agradáveis horas de lazer e até o serviço religioso, nos mais diferentes credos, é assegurado num templo existente para o efeito.

Para que tudo tenha a chancela genuína do “Tio Sam”, não faltam lugares que vendem hamburguers ou hot dogs (cachorros quentes) e, muito menos, o indispensável clube de bowling.

A ligação à terra natal não é assim perdida nos 15 meses de destacamento na Base das Lajes (para os militares solteiros) ou dois anos, renováveis por mais um, para os casados.

Acresce que são os próprios americanos a fazerem questão de travar um conhecimento mais aprofundado com a ilha, as suas gentes e costumes.

Marcam presença assídua nos principais espaços comerciais da ilha, sobretudo à procura de legumes e produtos lácteos, nas zonas balneares e numa das manifestações culturais mais referenciadas da ilha Terceira – as toiradas à corda.

A sua curiosidade pelos toiros, criados no mato, nem sempre é conciliável com a prudência. Às vezes, de tantos quererem aproximar-se para tirar a melhor foto ou filmagem do animal, acabam por sentir na pele a sensação deveras desagradável de uma marrada...

É de salientar que alguns militares americanos, bem como aqueles que desempenham funções civis, preferem morar fora da Base das Lajes, optando pela Praia da Vitória ou freguesias próximas.

Esta opção não representa mais encargos financeiros, uma vez que o próprio Ministério da Defesa dos EUA concede ajudas de custo que dão, na esmagadora maioria dos casos, para pagar as rendas das casas.

É curioso notar que um dos factores que levam à “fuga” da Base tem a ver com os animais domésticos. Na realidade, na unidade militar cada família não pode possuir mais do que dois animais, imposição que, logicamente, não se faz sentir nas casas arrendadas pelos terceirenses.

Fonte: João Rocha (A União - Portugal) - Foto: João Costa (Fotaçor)

Grupo Emirates anuncia resultados do ano fiscal 2008-2009

Apesar dos desafios econômicos que afetaram a indústria do turismo e aviação, o Grupo Emirates anunciou lucro pelo 21º ano consecutivo. Durante o ano fiscal que terminou dia 31 de março de 2009, o grupo lucrou US$ 406 milhões, 72% a menos que no ano passado, quando atingiu o recorde de US$1,45 bilhão. Os números espelham o impacto da recessão global e da alta recorde do preço do combustível nos primeiros seis meses do ano.

Frota da Emirates no Terminal 3, no Aeroporto Internacional de Dubai

Por outro lado, o faturamento do Grupo Emirates reflete o resultado dos esforços bem empregados no crescimento da empresa, atingindo US$ 12,6 bilhões, um aumento de 10,4% em comparação ao ano anterior, quando fechou com US$ 11,4 bilhões.

O saldo em caixa também permaneceu estável com US$ 2,4 bilhões, em relação aos US$ 3,8 bilhões do ano fiscal de 2007-2008. No ano fiscal de 2008/2009 o grupo estima que sua contribuição para a economia dos Emirados Árabes Unidos tenha atingido US$ 16 bilhões.

"Nós chegamos ao 21º ano consecutivo de lucro líquido e, embora o valor seja 72% inferior em relação ao ano passado - quando tivemos o maior lucro da nossa história - alcançamos um resultado satisfatório, dadas as circunstâncias atuais", afirmou HH Sheik Ahmed bin Saeed Al-Maktoum, Presidente e CEO da Emirates Airline (foto). "Ninguém esperava este nível de recessão global, nem imaginava o impacto que ela teria sobre os países atingidos. A Emirates continua trabalhando para driblar o declínio e tem reagido rapidamente à instabilidade do cenário econômico", completou.

O Sheik Ahmed também enfatizou os planos da Emirates em continuar expandindo a frota, com 18 novas aeronaves por chegar no próximo ano. "Continuaremos em frente com nosso plano de expansão de frota e de rotas. Nós mantemos as bases do negócio bem alinhadas e monitoradas, por isso não tivemos problemas financeiros impedindo nosso crescimento. Na verdade, já garantimos as finanças para a metade da entrega de nossa frota no ano que vem".

Parte do Grupo Emirates, a receita da Emirates Airline atingiu US$ 12 bilhões, um aumento de 9,9% em comparação aos US$10,95 bilhões do ano passado. O lucro da companhia aérea foi de US$ 268 milhões, 80,4% mais baixo em comparação ao ano fiscal 2007-2008, quando a empresa aérea obteve um lucro recorde de US$1,37 bilhões.

Fonte: Mercado & Eventos - Fotos: divulgação

IATA aprova companhia aérea angolana TAAG

Peritos da UE são esperados em Angola na próxima semana para inspeccionarem a companhia aérea angolana.

A Transportadora Aérea Angolana, TAAG, passou com resultados “bastante positivos” no exame da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA).

Segundo fonte da agência Angop, não identificada, a avaliação, realizada no decorrer da semana passada, foi positiva, apesar de ter deixado alguns itens em aberto, que não especificou, mas que” não perigam a segurança das operações, pois podem ser resolvidos a curto prazo”, apontou.

Este tipo de exames enquadrado na reestruturação da companhia, visa apenas a identificação dos seus pontos fracos e, em princípio, não devem influenciar na tomada de decisão da União Europeia (UE).

A decisão da IATA não deverá influenciar a Comissão da UE, a quem cabe retirar ou manter a TAAG na lista das companhias proibidas de operar no seu espaço aéreo.

A decisão está nas mãos dos peritos da UE que são esperados, em Luanda, no dia 8 de Junho, numa visita de trabalho de cinco dias e que inclui deslocações ao Instituto Nacional de Aviação Civil (INAVIC) e à TAAG, para constatar o desempenho desta última, revelou.

A esta equipa técnica caberá transmitir o parecer sobre o desempenho da TAAG à plenária dos 27 membros da União, a ter lugar em Julho próximo, e que ditará então os destinos da transportadora angolana de bandeira, em relação aos céus da Europa.

A Comissão Europeia incluiu, em Julho de 2007, a TAAG na lista das companhias proibidas de voar para a Europa. Desde então, esta recorre a aeronaves alugadas à companhia sul-africana, SAA, e outras para cobrir as suas ligações com o velho continente.

Fonte: África 21

Líderes europeus da aviação juntam-se para debater impacto da crise no setor

Os líderes das principais companhias aéreas europeias da AEA (Association of European Airlines) reuniram esta quinta-feira em Bruxelas, para debater o impacto da recessão econômica no setor da aviação.

A Assembleia da Primavera da AEA foi presidida por Ivan Misetic, presidente e CEO da Croatia Airlines e chairman da AEA para 2009 que destacou que “não se sabe quando a crise irá passar mas sabe que terá repercussões severas em todos os modelos de negócio das companhias aéreas”, acrescentando que “o volume de passageiros está em queda e que o mercado aéreo sofreu de forma que só pode ser descrita como um colapso”, diz um comunicado da AEA.

Os executivos membros da AEA concordaram que as condições actuais do mercado não dão indicações de quando a situação poderá recuperar e que as repercussões se estenderão “muito além de 2009”.

O presidente da AEA referiu que “esta não é uma situação cíclica numa indústria que está acostumada a ciclos económicos, defendendo que se trata de “uma questão estrutural à qual as companhias se devem adaptar de forma estrutural”.

O CEO expressou ainda preocupação que os aeroportos e os serviços aeroportuários continuem a aumentar as suas taxas enquanto a indústria é sujeita a um programa caro de regulamentos operacionais desnecessários que sobrecarregam de forma inaceitável as companhias até em tempos mais positivos, referindo que esta era uma visão partilhada pela Comissão Europeia.

“Não queremos ajuda do estado, mas quando os reguladores perceberem as implicações da crise na indústria, para os consumidores europeus e para os negócios europeus, vão reconhecer que existem áreas em que podem apoiar e aliviar”, ” disse Misetic citado no comunicado.

Neste aspecto a suspensão da perda de slots (horários de aterragem e descolagem de voos) não utilizados foi bem acolhida como fonte de flexibilidade operacional, mas a decisão de não a estender ao inverno, quando a procura é menor foi considerada inexplicável devendo o assunto ser tratado com a maior urgência (clique para ver também Low costs e aeroportos discordam/ Parlamento europeu aprova suspensão da perda de slots não utilizados).

O CEO referiu ainda que no sector da aviação é “desesperadamente importante” que os accionistas enfrentem a crise juntos e encontrem soluções conjuntas tendo por isso estado presente na reunião um representante do aeroporto de Munique que concordou que todo o sector aéreo deveria cooperar na identificação e assegurar ganhos de eficiência.

Fonte: PressTur (Portugal)

King Air bateu em árvore antes da queda em Trancoso

Piloto optou por fazer quase todo o trajeto de forma visual e não há indícios de problemas mecânicos

Foto do sepultamento do empresário Roger Wright, no cemiterio do Morumbi, em SP

Após uma semana de investigação, a Aeronáutica já conseguiu traçar a provável dinâmica do acidente com o King Air B-350, que caiu no dia 22 em Trancoso, no sul da Bahia, matando as 14 pessoas a bordo. A degravação da caixa-preta, concluída na terça-feira, indica que aproximadamente um quilômetro antes do aeroporto privado Terravista, o avião que transportava o empresário Roger Ian Wright e sua família se chocou com uma árvore, conforme adiantou a coluna Direto da Fonte, de Sônia Racy, na sexta-feira. O bimotor ainda voou desgovernado por cerca de 800 metros, até cair a 197 metros da cabeceira da pista.

Pelo áudio do gravador de voz da cabine, não há indícios de que o avião tenha apresentado problemas mecânicos antes do choque. Inicialmente, os peritos suspeitavam que um dos motores teria falhado, uma vez que as hélices encontradas em meio aos destroços apresentavam diferentes deformidades - enquanto uma parecia estar funcionando no momento em que o King Air bateu no solo, a outra aparentava já não ter rotação. Os dois motores continuam sendo inspecionados no Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), em São José dos Campos, e não há prazo para a apresentação de um parecer final.

O motivo do choque com a árvore não está completamente esclarecido. Mas tudo indica que o acidente se enquadre numa ocorrência denominada CFIT (sigla em inglês para Colisão com o Solo em Voo Controlado), a segunda mais frequente na aviação geral (táxi aéreo e jatos executivos). Entre 1999 e 2008, segundo dados do Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), os choques com obstáculos em voo responderam por 24,4% dos acidentes com aviões de pequeno porte no País, só atrás de falha de motor em voo (28,9%).

Os casos de CFIT costumam ocorrer com tripulações experientes e acostumadas a fazer determinados trajetos. O excesso de confiança, explicam especialistas em aviação, pode causar a chamada "perda da consciência situacional" - provocada pela combinação de falhas de planejamento e de julgamento dos pilotos, associada a condições meteorológicas adversas. O quadro, ao menos por enquanto, se encaixa perfeitamente no cenário do acidente com o King Air.

A leitura da caixa-preta permitiu também aos peritos rever o papel da meteorologia no acidente. No dia seguinte à tragédia, a Aeronáutica, baseada em depoimentos de testemunhas, disse que a chuva não teria contribuído para a queda do avião. Entretanto, o gravador de voz revelou que, num dos últimos contatos com o operador de rádio do Terravista, a tripulação foi alertada sobre o aumento da chuva. Ainda assim, o piloto Jorge Lang Filho, de 56 anos, prosseguiu com a aproximação visual.

Lang Filho conhecia bem a rota entre São Paulo e Trancoso - levava a família Wright para o condomínio ao menos duas vezes por mês. Seu plano de voo estava dividido em duas "etapas" a partir de Congonhas: um trecho de 80 quilômetros sob coordenação do controle de voo e o restante de forma visual. Durante quase todo o trajeto, não se ouve nada de anormal, até o estrondo causado pelo choque com a árvore. Surpreso, o piloto pergunta em voz alta o que teria sido aquilo. Apesar das tentativas, não consegue mais estabilizar o bimotor, que caiu segundos depois. Ainda não se sabe quais as avarias causadas pela colisão, mas são três as hipóteses estudadas - danos ao motor, aos controles direcionais instalados nas asas do avião ou mesmo as duas coisas juntas.

RECONSTRUÇÃO

Na quarta-feira, após tomarem conhecimento do conteúdo da caixa-preta, militares do 2º Serviço Regional de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Seripa-2), sediado em Recife, voltaram ao cenário do acidente em busca de mais destroços que os ajudasse a reconstruir a colisão. Os peritos sobrevoaram a área próxima ao aeroporto e, com a ajuda de um mateiro, refizeram a pé o provável percurso do avião. Constataram que a vegetação contra a qual o King Air se chocou fica em um morro, 60 metros acima do nível da pista. As árvores dos arredores estão dentro do "gabarito de segurança" e, portanto, não interferem nas operações.

A degravação dos dados da caixa-preta confirma as declarações de testemunhas no dia seguinte à queda, que disseram ter visto o avião "fora de lugar" quando se aproximou da pista.

Fonte: Bruno Tavares e Vitor Hugo Brandalise (O Estado de S. Paulo) - Foto: Sergio Castro (AE)

Helicóptero resgata homem que caiu em rio em Portugal

Só a intervenção de um helicóptero russo Kamov conseguiu descobrir, e resgatar, um homem que ontem caiu ao rio, em Mouraz, no concelho de Tondela, no Distrito de Viseu, região Centro de Portugal.

O indivíduo, de 50 anos, não foi almoçar a casa e a família resolveu comunicar o seu desaparecimento. Encontraram-no muitas horas depois, caído num socalco do rio, onde estava a trabalhar.

O homem "estava a limpar uma mata junto ao rio e caiu a meio da manhã", contou Manuel João, amigo da vítima e um dos muitos que acorreram ao local depois de ter sido dado o alerta do seu desaparecimento, cerca das 13.00 (hora local) desta sexta-feira (29).

"Foi a mulher, que estranhou o atraso do homem para o almoço, quem nos alertou", contou o comandante dos Bombeiros de Tondela. Rui Coimbra adiantou que o homem "caiu num socalco e daí para o riacho, onde foi encontrado".

Depois de ter sido localizado, foi accionado o Kamov da Protecção Civil, enquanto os bombeiros "retiraram o homem, que estava num local de difícil acesso, para um descampado. Depois foi levado de helicóptero para os hospitais da Universidade de Coimbra". O homem "apresentava vários traumatismos", concluiu o comandante.

Fonte: Amadeu Araújo (Diário de Notícias - Portugal)

Pelo ar, com mais estilo

Os alto executivos ganharam agora uma oção bem fashion para viajar pelos céus das grandes metrópoles: o primeiro Helicóptero by Hermès, fabricado pela Eurocopter, principal associado da brasileira Helibras.

Ele acaba de ser entregue a uma empresa de aviação de luxo dos Emirados Árabes, a Falcon Aviation Services. O modelo customizado do EC135 foi criado com a mais moderna tecnologia disponível e concebido a fim de satisfazer as necessidades (e caprichos) dos passageiros mais exigentes.

Interessante é o baixo nível de ruído da aeronave, que lhe permite operar em ambientes urbanos, durante o dia e à noite, além de não incomodar os passageiros. A espaçosa cabine para quatro passageiros, que possui um amplo compartimento de bagagens, é toda revestida do “Toile H”, tecido emblemático da marca Hermès, utilizado desde a década de 1920 para confeccionar seus acessórios de viagem.

Os superconfortáveis assentos em couro, por sua vez, podem ser desfrutados com a devida privacidade, já que estão separados da cabine de controle por uma lâmina de vidro. As cores minimalistas do exterior, que também dão o tom interno do helicóptero, revelam claramente a assinatura de Hermès aliada à avançada tecnologia da Eurocopter.

Clique sobre as fotos para ampliá-las

Fonte: Fernando Souza Filho (PC Magazine Brasil) - Fotos: wejetset.com

Galeão e Viracopos, movimento em alta. Infraero anuncia investimentos

O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), registrou um aumento considerável, de quase 100%, no movimento de passageiros do primeiro quadrimestre deste ano, comparado ao mesmo período de 2008. Com os novos voos implantados, subiu em 93,7%.

O Tom Jobim (Galeão), teve 6,6% de crescimento. Mesmo com a liberação de novas operações no Santos Dumont, não aconteceu o até temido esvaziamento de voos no aeroporto internacional do Rio.

Comemorando estes números de variação positiva, a Infraero amplia os investimentos nos dois aeroportos que deverão somar mais de R$ 1,5 bi até o ano de 2012. Para o presidente da estatal, Cleonilson Nicácio Silva, “a Infraero segue preparando Viracopos para ser, daqui a 20 anos, o maior complexo aeroportuário da América do Sul. Quanto ao Galeão, é um aeroporto que oferece excelentes condições operacionais e está ficando cada vez melhor com as reformas.”

De janeiro a maio deste ano, a Infraero já investiu R$ 17,89 milhões em adequações priorizadas no projeto de remodelagem do Galeão, onde as melhorias no Terminal 1 e as obras de conclusão do Terminal 2 exigirão R$ 690 milhões.

Viracopos espera por duas grandes novidades, o terminal de passageiros e a nova pista. R$ 905 milhões com recursos do PAC e da própria empresa. A pista deverá estar pronta até 2013.

Fonte: AE via Brailturis

Pela primeira vez em 10 anos, ISS tem tripulação completa

Tripulação inclui dois russos, um americano, um canadense, um belga e um japonês; estação está 81% pronta

A Estação Espacial Internacional, vista no monitor de navegação da cápsula Soyuz

A Estação Espacial Internacional (ISS) acaba de ter uma explosão populacional. Uma cápsula russa Soyuz levando três novos moradores ligou-se ao complexo orbital nesta sexta-feira, 29. Com três outros astronautas já a bordo da Estação para saudá-los, agora a ISS tem uma tripulação completa de seis pela primeira vez em seus dez anos de história.

E mais, cada um dos principais parceiros da ISS está representado a bordo. A tripulação completa inclui dois russos, um americano, um japonês, um canadense e um belga.

"É um dia histórico. E também é um dia muito feliz por aqui". disse o recém-chegado canadense, Bob Thirsk. "Temos um incrível potencial para sucesso. Isto vai ser incrível. Vocês não viram nada ainda".

Quando o ônibus espacial Endeavour e sua tripulação de sete chegar à ISS dentro de algumas semanas, um total de 13 pessoas estarão a bordo, mas esse recorde populacional será provisório.

A nave Soyuz havia partido do Casaquistão na quarta-feira, 27, e estacionou na ISS enquanto as duas naves voavam 350 quilômetros sobre a costa da China.

A Nasa espera que a produção científica a bordo da estação triplique. Até agora, com as tripulações de dois ou três astronautas apenas, os astronautas tinham de passar a maior parte do tempo apenas garantindo que todos os sistemas responsáveis por mantê-los vivos funcionassem.

Também haverá um ganho psicológico. Especialistas dizem que três não é um bom número para a tripulação, porque existe o risco de um dos astronautas se sentir isolado dos outros dois.

A primeira tripulação da ISS chegou ao espaço em 2000, dois anos depois de a primeira seção da estação ter sido lançada em órbita. Até hoje, nunca houve mais de três tripulantes permanentes, e depois do desastre do ônibus espacial Columbia, a ocupação da estação caiu para dois, por conta do período em que os ônibus espaciais ficaram no solo, passando por revisão de segurança.

A ISS desde então cresceu para nove cômodos, três deles, laboratórios completos, e agora está 81% completa. Há cinco quartos de dormir, dois banheiros, duas cozinhas e duas pequenas academias de ginástica.

Outro quarto e mais aparelhos de ginástica chegarão em agosto, e uma mesa de jantar grande o bastante para que todos os seis tripulantes possam comer juntos será lançada no início de 2010.

Esses grandes movimentos de carga terminarão, no entanto, quando os ônibus espaciais forem aposentados, no fim de 2010. A Nasa espera montar um grande estoque de peças sobressalentes a bordo da estação antes que isso aconteça.

A Nasa dependerá de naves russas para levar astronautas americanos à ISS até que sua nova geração de naves tripuladas, a Órion, fique pronta. Nesta sexta-feira, a agência espacial russa anunciou a assinatura de um contrato de US$ 306 milhões com a Nasa para levar astronautas à ISS em 2012.

Fonte: Associated Press via estadão.com.br - Foto: Reuters

Falta de combustível extra adia resgate da FAB no Piauí

O helicóptero da FAB só deverá partir hoje para Cocal

Um helicótero da Força Aérea Brasileira (FAB) que deveria voar de Teresina para o município de Cocal, no Piauí, na tarde desta sexta-feira, desistiu da viagem devido à falta de combustível extra para abastecimento na cidade afetada pelo desastre. A aeronave, que foi chamada para resgatar os sobreviventes do acidente na barragem Algodões I, em Cocal, vai esperar até hoje para iniciar as buscas e ajudar na distribuição de alimentos e medicamentos.

O helicóptero, com oito homens a bordo, está parado desde as 13h30 no hangar do governo ao lado do aeroporto de Teresina. O comandante do helicóptero, major Volney Osmari, comunicou o problema à Defesa Civil e a setores do governo. Depois de checar se seria possível abastecer o aparelho na cidade de Parnaíba, no litoral do Piauí, a equipe resolveu embarcar só na manhã do sábado.

"A Petrobras e o governo do Estado vão disponibilizar combustíveis a partir de amanhã direto a Cocal para abastecer a aeronave", informou o comandante. Saindo de Teresina sem combustíveis a bordo, o avião da FAB seria quase inútil. O H-60L Black Hawk consome 600 l por hora. Descontando as duas horas de deslocamento entre Teresina e Cocal, a aeronave teria apenas uma hora de trabalho de resgate na cidade.

O helicóptero militar do 8º Grupo de Aviação com sede em Manaus fará o resgate de pessoas, distribuição de alimentos e água, e demais ações necessárias que estiverem ao seu alcance. Ele tem capacidade para 15 pessoas e suporta 2 t.

A Defesa Civil divulgou no final da tarde de hoje que permanece o número de cinco as vítimas fatais por causa do rompimento da barragem e que quatro pessoas estão desaparecidas.

Fonte: Yala Sena (Terra)

Exército vai comprar novos radares

A ORBISAT anunciou nesse mês a venda de cinco radares de vigilância aérea e terrestre a baixa altura para o Exército Brasileiro e um para o Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM), mas não revelou o valor estimado dos dois contratos. O preço médio de mercado de um equipamento similar ao vendido pela ORBISAT varia em torno de US$ 2 milhões a US$ 3 milhões.

Concepção artística do Radar ‘SABER M-60’, desenvolvido pela ORBISAT conjuntamente com o CTEx

O radar objeto das negociações é o "SABER M-60" (Sistema de Acompanhamento de Alvos Aéreos Baseado em Emissão de Radiofreqüência), que foi desenvolvido pela ORBISAT em conjunto com o Centro Tecnológico do Exército (CTEx), e testado pelo Exército. Ele deve atender aos fins específicos do projeto "Amazônia Protegida", cujo objetivo principal é o reaparelhamento dos pelotões de fronteira com equipamentos que permitam efetuar o monitoramento do território brasileiro de uma maneira mais ampla e precisa.

O "SABER M-60" possui alcance de 60 km, fornece informações tridimensionais (azimute, distância e elevação) dos alvos aéreos, além de informações derivadas como velocidade e direção de vôo. Possui capacidade de acompanhar até 40 alvos simultâneos, classificá-los como helicópteros (inclusive o seu tipo) ou aviões, e identificar se é um alvo amigo ou não. O Brasil é considerado um dos cinco países do mundo que dominam o desenvolvimento desse tipo de radar.




Pesando em torno de 250 kg, o "SABER M-60" em função da sua modularidade pode ser transportado por uma viatura leve ou por um helicóptero, como carga interna ou externa. A montagem do radar exige a presença de uma equipe reduzida de três homens, que em um tempo médio de 15 min. Podem prepará-lo para entrar em estado operacional.

De acordo com informações divulgadas pela ORBISAT, a Aeronáutica também tem planos para comprar duas unidades do "SABER M-60". O equipamento já foi inclusive testado na Base Aérea de Santa Maria (BASM), localizada no Rio Grande do Sul. Segundo as projeções de venda da empresa o mercado brasileiro possui potencial para adquirir de 40 a 60 radares do tipo "SABER M-60". O faturamento previsto pela ORBISAT para esse ano gira em torno de R$ 60 milhões, o que representa um acréscimo de 25% em relação ao ano de 2008.

A Orbista da Amazônia S. A., fundada em 1984, é uma empresa de base tecnológica com capital 100% brasileiro, especializada em sensoriamento remoto, radares de vigilância aérea e terrestre e produtos eletrônicos. A sua missão principal é fornecer soluções de mapeamento para o setor privado e órgãos governamentais de todo mundo. A empresa possui unidades em Manaus (AM) (complexo industrial), São José dos Campos (SP) (sede administrativa e divisão de sensoriamento remoto) e Campinas (SP) (desenvolvimento de tecnologia de radares).

Fonte: Jony Santellano (Brasil Wiki!) - Foto: ORBISAT/Divulgação

Presidente da ABIH-RJ divulga artigo sobre o Santos Dumont

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), da Associação Comercial e Industrial do Recreio (Acir) e do Conselho do Rio Convention & Visitors Bureau, Alfredo Lopes, divulga artigo onde fala de problemas no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Confira, na íntegra:

"Despreparo e risco no Santos Dumont

O trade turístico carioca iniciou 2009 demonstrando ampla preocupação com o aumento do número de voos para o Santos Dumont. A apreensão estava focada, naquele momento, no impacto que o deslocamento de frequências provocaria no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim. Mas a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), já havia tomado sua decisão e não recuou.

Hoje, pouco mais de um mês após a nova realidade se confirmar, sofremos as consequências de muitos e novos problemas que surgiram com esse incremento das operações atuais do aeroporto central do Rio.

Embarcar no Aeroporto Santos Dumont transformou-se numa aventura. Filas e uma estrutura que visivelmente não atende às novas demandas tornaram-se o dia-a-dia do aeroporto, em especial nos horários de pico. Só para Brasília, o Santos Dumont oferece hoje 16 opções diárias de vôos, a maioria deslocadas do Aeroporto internacional do Rio que caminha, a passou largos, para deixar de ser a segunda opção de hub do transporte aéreo do Brasil.

E o problema demonstra se agravar drasticamente também em relação à segurança das operações. As pistas encontram-se com problemas, aumentando os riscos em pousos e decolagens. Assim, vemos uma estrutura que funcionava com eficiência e qualidade passar a oferecer riscos e desconforto por uma decisão aparentemente precipitada por parte das autoridades e, com certeza, gananciosa por parte dos empresários do mercado de aviação."

Fonte: Mercado & Eventos

A proeza técnica é o ponto forte de Estação Espacial

Filme em 3D mostra o maior feito recente da exploração do cosmos

O feito tecnológico mostrado em Estação Espacial é impressionante e seu registro cinematográfico, digno de nota. A construção é resultado da associação de 16 países diferentes, reunidos na missão que redundou numa maravilha tecnológica contemporânea. O registro foi feito pelos próprios astronautas, que levaram ao espaço duas câmeras IMAX de 70 mm e captaram as imagens que foram posteriormente montadas. O resultado só é conseguido na tela gigante e com os projetores da sala IMAX, que criam o efeito de três dimensões. Para senti-lo, os espectadores devem colocar óculos especiais, fornecidos antes das sessões.

Deve-se dizer que numa sala IMAX a sensação de 3D é das mais realistas. Os objetos parecem saltar à sua frente e, se você não tomar cuidado, vai se pegar desviando de uma laranja que vem em sua direção solta por um astronauta. Há imagens do interior da estação espacial e da Terra, vista de quase 400 quilômetros de altura. Há também humor e empenho em mostrar a vida cotidiana de quem se aventura no espaço.

Mas existem aspectos menos convincentes. A música grandiosa às vezes enfraquece em vez de reforçar o poder das imagens. Quem montou o filme deveria ter visto 2001 - Uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick, para observar como se conjuga música e imagem na ausência de gravidade. Quem gosta de ciência também agradeceria por explicações mais detalhadas da parte técnica. O filme impressiona, mas ganharia com mais substância.

Fonte: Luiz Zanin Oricchio (O Estado de São Paulo)

MAIS

Estação Espacial 3D (Space Station 3D, EUA, 2002)
Documentário
Diretor: Toni Myers
História do maior feito tecnológico e científico desde o pouso do homem na Lua - a construção da Estação Espacial Internacional (ISS), uma missão de cooperação global entre 16 nações. Transportados pela tecnologia 3D, o espectador viaja com os astronautas e cosmonautas do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, e do Cosmodrome Baikonur na Rússia, para encontrar sua nova casa a 354 quilômetros acima da Terra.

Malas extraviadas rendem R$ 6 mil de indenização para Roberto Dinamite

Presidente do Vasco ficou três dias em Boston sem as bagagens.

American Airlines recorreu e aguarda julgamento.

A companhia aérea American Airlines foi condenada a indenizar, por danos morais, o presidente do Vasco e deputado estadual Roberto Dinamite (PMDB). A indenização é de R$ 6 mil.

Justiça concedeu sentença favorável a Dinamite

A sentença favorável ao deputado foi publicada nesta sexta-feira (29) no site do Tribunal de Justiça do Rio. De acordo com informações do TJ, durante uma viagem do Rio a Boston (EUA), Dinamite teve as malas extraviadas e resolveu processar a empresa.

A American Airlines já entrou com recurso para anular a decisão, que será julgada pela Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis do Rio.

Três dias sem malas

Roberto Dinamite relatou no processo que, durante a viagem ocorrida em 2007, ele só conseguiu recuperar as malas três dias depois do extravio e, mesmo assim, porque resolveu ir ao aeroporto de Boston buscar informações sobre suas bagagens.

Dinamite acusou a American Airlines de descaso. Segundo ele, a empresa não prestou assistência e nem deu informações sobre a localização das malas.

A empresa aérea afirmou que agiu de acordo com o contrato de transporte e entregou, posteriormente, a bagagem em perfeitas condições.

Fonte: G1 - Foto: Reprodução/TV Globo

US Airways iniciará operações no Brasil em dezembro

Companhia aérea será a quinta americana a operar voos internacionais regulares no País.

A US Airways vai fazer sua estreia no Brasil a partir do dia 2 de dezembro. A companhia aérea, que se tornará a quinta americana a operar voos internacionais regulares no País, vai oferecer um voo diário entre o Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão) e a cidade de Charlotte, seu principal centro de distribuição de voos domésticos nos Estados Unidos.

De acordo com Newton Vieira, diretor da South Marketing, representante da US Airways no Brasil, a aeronave utilizada será um Boeing 767-200, com capacidade para cerca de 200 passageiros. O avião vai oferecer duas classes: executiva, com em torno de 20 assentos, e a econômica, com cerca de 180 poltronas.

"É a nossa primeira investida na América do Sul. Estamos negociando com a TAM, que como nós pertence à Star Alliance, para termos mais conectividade no mercado brasileiro", afirma Vieira.

Segundo ele, de Charlotte o passageiro brasileiro poderá se conectar com Filadélfia, o principal hub de vôos internacionais da US Airways.

O projeto inicial da US Airways previa voos a partir do Aeroporto Internacional de Guarulhos, conta Vieira. De acordo com ele, no entanto, não havia intervalos de pouso e decolagem (slots) disponíveis no terminal paulista. Mas a US Airways ainda pretende, numa segunda fase, oferecer voos a partir de São Paulo.

Fonte: Agência Estado

Aliado contra o crime no ar

HELICÓPTERO DA RECEITA FEDERAL

Um dos dois Eurocopter EC135 T2 da Receita Federal

O tempo fechado obrigou um dos helicópteros mais modernos do Brasil a pousar em Joinville. A aeronave EC 135 da Receita Federal voltava do Rio Grande do Sul na quarta-feira, mas precisou fazer uma parada antes de seguir para o interior de São Paulo porque o clima esteve nublado nos últimos dois dias. A máquina estava sem radar e os pilotos acharam melhor adiar a viagem.

O helicóptero de fabricação alemã é usado em ações de combate ao contrabando de mercadorias, drogas, armas e munições. Custa cerca de R$ 14 milhões e é equipado com radar de busca, câmera infravermelha, mapas digitais, farol de busca e flutuadores de emergência. Cada hora de voo custa cerca de R$ 4 mil.

“O valor é alto, mas o volume de apreensões que fazemos com o auxílio da aeronave compensa”, afirma o piloto José Ricardo Gomes, 44 anos. Ele explica que as ações em terra são facilitadas quando as equipes da Receita contam com o suporte aéreo. Normalmente, o EC 135 é usado para fiscalizar fronteiras de difícil acesso pela água ou por terra. O modelo tem capacidade para transportar até oito pessoas. Se o tempo permitir, o helicóptero decola hoje.

Fonte: A Notícia - Foto: Luiz Carlos Padilha

Nave Soyuz TMA-15 se acopla com sucesso à ISS

A nave "Soyuz TMA-15", com três tripulantes a bordo, que integrarão a primeira missão de seis membros na Estação Espacial Internacional (ISS), acoplou-se nesta sexta-feira (29) com sucesso ao módulo russo "Zarya" da plataforma orbital.

"O acoplamento ocorreu em regime automático e sem contratempos", disse o porta-voz do Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia, Valeri Lindin, citado pela agência "Interfax".

A manobra aconteceu às 16h34 de Moscou (9h34 de Brasília), como estava previsto.

Aproximadamente uma hora e meia depois do engate da Soyuz com a plataforma, os astronautas abrirão a escotilha.

A nave com o cosmonauta russo Roman Romanenko, o belga Frank de Winne, da Agência Espacial Europeia, e o canadense Robert Thirsk partiu a partir da base de Baikonur, no Cazaquistão, na quarta-feira passada às 14h34 de Moscou (7h34 de Brasília).

Os recém-chegados serão recebidos pela tripulação da 19ª expedição, integrada pelo russo Gennady Padalka, seu colega da Nasa Michael Barrat e o astronauta japonês Koichi Wakata.

A nova missão terá uma duração de 180 dias, durante os quais os cosmonautas receberão na ISS três naves "Progress", realizarão duas caminhadas, desacoplarão e voltarão a acoplar a nave "Soyuz TMA-14" de um módulo a outro da plataforma orbital.

Além disso, deverão acoplar e desacoplar a nave de carga japonesa "HTV-1" e realizar um amplo programa de experimentos científicos.

O diretor da agência espacial russa Roscosmos, Anatoli Perminov, destacou recentemente o caráter singular deste voo, que eleva de três para seis os membros da missão permanente no laboratório espacial.

Ressaltou também que, pela primeira vez, trabalharão na plataforma orbital astronautas de cinco países: Rússia, Estados Unidos, Canadá, Japão e Bélgica.

Fonte: EFE - Foto: NASA

Infraero vai pedir ao Exército que assuma projeto de ampliação do aeroporto de Vitória

A Infraero poderá firmar um convênio com o Exército brasileiro para que as Forças Armadas atuem na elaboração do projeto executivo de pátio e pista do aeroporto de Vitória.

A medida, segundo informou nesta sexta-feira (29) o senador Renato Casagrande, poderia antecipar em alguns meses o cronograma final de entrega das obras de ampliação e modernização do aeroporto.

Este novo cronograma de obras prevê que os trabalhos de conclusão das obras de pátio, pista e terminal de passageiros somente serão concluídos em 2012.

"A Infraero está buscando um convênio com o Exército brasileiro para que eles façam o projeto executivo de pátio e da pista. Isso daria a Infraero um tempo maior, porque eles não teriam que licitar o projeto de pátio e de pista. Ganharão de três a quatro meses de tempo, se eles conseguirem fazer esse convênio. De fato conseguem naturalmente, se não houver nenhum impedimento judicial", disse.

Segundo o senador, a estatal tenta reduzir o tempo de retomada das obras do aeroporto. O primeiro passo foi dado esta semana com a publicação, no Diário Oficial, da rescisão do contrato com o consórcio de empresas que havia vencido a licitação para as obras do aeroporto.

"A rescisão do contrato com o consórcio foi publicada no Diário Oficial da União da última segunda-feira. Agora, se nenhuma outra decisão judicial houver, a Infraero pode contratar a complementação do projeto do pátio e da pista".

O parlamentar disse ainda que conversou com o presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), brigadeiro Cleonilson Nicácio, sobre as obras no terminal Eurico Salles. Segundo Casagrande, o presidente da Infraero afirmou que serão implementadas estruturas provisórias para ampliar, até a conclusão das obras, a capacidade das salas de embarque e de desembarque. As instalações começam no mês que vem.

"O brigadeiro Nicácio disse que serão colocadas mais duas esteiras para entrega de bagagens na sala de desembarque. Pra nós é importante porque, se a obra vai ficar pronta em três anos, essa ampliação provisória nos dá mais conforto. Na sala de desembarque, se você tem que pegar uma mala, é um constrangimento", falou.

Ouça a íntegra da entrevista com Renato Casagrande

O senador acredita que o Exército aceitará o pedido feito pela Infraero para confeccionar o projeto executivo. "Vamos começar tudo de novo, não tem jeito. Uma obra que começou errado, sem os detalhes necessários, não tem como ser levada a frente. Agora que nós vamos começar certo, esperamos que termine certo. Nós temos parte do projeto de pista e pátio sem o detalhamento. Precisa do projeto executivo, que poderá ser feito pelo Exército, porque aí vamos ganhar tempo", disse.

Fonte: Gazeta Online

Alemanha: Tribunal decide que ex-refém tem de pagar o transporte aéreo

Os alemães que forem sequestrados no exterior terão que pagar os custos das operações de resgate, segundo uma sentença ditada hoje pelo Tribunal Federal Administrativo, com sede em Leipzig, no leste da Alemanha).

O tribunal rejeitou a ação apresentada por Reinhilt Weigel (foto), de 36 anos, quem em 2006 ficou sequestrada durante dez semanas no norte da Colômbia.

O Estado alemão lhe reivindicou depois os 12.640,05 euros da libertação dela e transporte de helicóptero, a partir do território sob controle da guerrilha Exército de Libertação Nacional (ELN) à capital Bogotá.

Segundo o tribunal, para este tipo de situação extrema, persiste o imperativo de prestação de ajuda consular e também de restituição do valor gerado por essas ações.

O advogado da querelante tinha argumentado que os custos a que se refere a correspondente lei de restituição de despesas afetam questões como roubo, perda da passagem aérea ou do passaporte.

Por parte do Ministério de Exteriores, considera-se, por outro lado, que o consulado tem que agir em auxílio de um cidadão alemão perante qualquer dificuldade em que se encontre, incluindo o sequestro, e, portanto, também rege a obrigatoriedade da restituição dos custos.

A própria litigante mostrou sua decepção com a decisão da Justiça alemã e argumentou que não tem recursos para pagar a quantia, e também que o sequestro deixou nela sequelas físicas que persistirão durante anos.

Fontes: EFE / Agência Lusa - Foto: AP

sexta-feira, 29 de maio de 2009

A outra face de um homem de suce$$o

Houve uma época em que o self-made man Nenê Constantino, em roda de amigos, se vangloriava ao dar a receita do seu sucesso profissional, que começou como ajudante de caminhão para se tornar o maior do ramo de transportes no país, com uma frota de ônibus, além de ter fundado a Gol. Garantia que o segredo de todo o seu êxito consistia em uma receita muito simples: basta manter os pés no chão e os pneus no asfalto. Esqueceu de revelar que também costumava lançar mão da violência, recrutando pistoleiros para eliminar aqueles que contrariassem seus interesses.

Chegando aos 80 anos, o empresário, dono da maior frota de ônibus do Brasil e da segunda maior empresa aérea, nos últimos anos, deixou de ocupar espaço nas editorias de economia e virou personagem do noticiário policial. Suspeito de ser o mandante do assassinato de dois homens, foi indiciado pela polícia, tendo sua prisão decretada na quarta-feira, dia 21. Na noite da quinta-feira, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal negou um habeas corpus para que respondesse ao processo em liberdade. Seu genro e sócio, também acusado de ter participado do complô, foi preso, mas libertado dois dias depois.

Nenê, por decisão da desembargadora Sandra De Santis, “em face do precário estado de saúde do paciente”, responderá em liberdade domiciliar.

Acusado de encomendar os assassinatos de Márcio Leonardo de Sousa Brito, de 27 anos, que liderava mais de 100 invasores de uma enorme área da garagem Pioneira, uma das suas empresas, na QI 25, em Taguatinga Norte, além do caminhoneiro Tarcísio Gomes, 47 anos, em outubro e fevereiro de 2001, foi, a partir daí, que um Nenê Constantino diferente emergiu. Não se exercitava apenas mantendo os pés no chão e os pneus no asfalto. Também apreciava a lei do gatilho para resolver desavenças.

Por que tanta ira para encomendar esses crimes? De acordo com as investigações, uma das vítimas liderava um grupo que se recusava a deixar as moradias construídas nos lotes em que o terreno pertencente ao empresário foi transformado. Como um “capo di tutti capi”, o empresário, em liberdade, passou a intimidar testemunhas. De acordo com o promotor Bernardo de Urbano Resende, do Tribunal do Júri de Taguatinga, foram interceptadas conversas telefônicas muito comprometedoras, no final do ano passado.

Uma das testemunhas, a viúva de um ex-rodoviário, mais conhecido como Padim, teria recebido uma casa em Águas Lindas (GO), além da promessa de emprego a um filho, para afirmar que as duas mortes foram praticadas pelo seu então marido, que também era empregado da Planeta, outra empresa de Constantino, e que morreu de cirrose. O empresário, uma fera nos negócios, também demonstrou ferocidade nos seus métodos para afastar aqueles que atrapalham o seu caminho, no chão ou no asfalto.

Antes de vir à tona esse caso, que é muito grave, ele protagonizou uma cena de fúria assassina que estarreceu o país, em 25 de outubro de 2007, na Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deco), onde prestaria depoimento a respeito de uma investigação da Operação Aquarela, deflagrada pela Polícia Civil do DF, na qual o ex-governador Joaquim Roriz recebera um cheque de R$ 2,2 milhões, do Banco Regional de Brasília, de Nenê Constantino e que, segundo ele, serviria para comprar uma bezerra de R$ 300 mil e também ajudar financeiramente um primo.

Irritado com a presença de um fotógrafo, Alan Marques, da Folha de S. Paulo, que registrava o empresário na delegacia, agrediu-o, e, não satisfeito, pegou uma enorme pedra, perdendo completamente o controle. Demonstrou a intenção de praticar uma violência maior, que não chegou a consumar.

Apesar da truculência só agora revelada, Nenê Constantino tem uma privilegiada visão empresarial. Já era o maior proprietário de ônibus no país, com 40 empresas de transporte coletivo, possuindo mais de 10 mil veículos, quando resolveu, em 2001, investir no transporte aéreo (naquela época, só em São Paulo, seus ônibus transportavam 10% dos mais de 90 milhões de passageiros). Como uma espécie de Tio Patinhas, despojado, sempre usou relógios de plástico, comprado em camelô, e, durante muitos anos, circulava em Brasília dirigindo um LTD Galaxie, um calhambeque dos anos 70.

Há 10 anos, a sua fortuna, antes da Gol, era avaliada em R$ 1 bilhão. Consta que sua decisão de fundar a empresa aérea tinha como único objetivo concorrer com o arquiadversário e inimigo pessoal, Wagner Canhedo, na época, dono da Vasp, que concorria com ele no setor de transporte coletivo no Distrito Federal. Sempre sorridente, bonachão, é difícil, para as pessoas que o conhecem, assimilar a cruel realidade que as investigações policiais estão revelando, com fortes ingredientes de um folhetim eletrônico, no qual o vilão é descoberto só no final.

Nenê Constantino também tinha uma porção do rei Midas, transformando em ouro o que tocava. Tudo dava certo para ele, a começar pela primeira empresa conquistada, de bandeja, em Patrocínio, sua cidade natal. Depois de abandonar os estudos sem completar o primário, optando por trabalhar no pequeno armazém de um irmão mais velho, não demorou muito e passou a viajar para São Paulo, na boleia de um caminhão, comprando mercadorias para abastecer o negócio do irmão.

Sempre atento e de prontidão para os negócios, poucos anos depois, surgiu uma oportunidade de conseguir a concessão da linha rodoviária ligando Araguari a Patrocínio e Belo Horizonte, que pouco interesse despertara pelo fato de as estradas se encontrarem sem qualquer manutenção, com enormes crateras nos trechos. Comprou um ônibus para pagar a prazo e passou a ser empresário no setor de transporte coletivo. Aquele era um pequeno empresário que, com audácia, passou a comprar grandes empresas sem tirar um tostão do bolso.

Como algumas grandes fortunas no Brasil, empresas de seu grupo cresceram com monumentais dívidas de impostos. Para não recolher os tributos nos caixas, a desculpa frequente sempre foi a falta de repasse do dinheiro das passagens por parte da SPTrans, uma estatal responsável pelo gerenciamento do transporte público de São Paulo.

Antes de ocupar espaço na mídia nacional por protagonizar fatos policiais, Nenê Constantino e família chegaram a entrar para o fechadíssimo ranking dos biliardários da revista “Forbes”, donos de uma fortuna calculada em US$ 1,1 bilhão, apurado em 2006, com mais de 30 empresas de ônibus, a compra da Companhia Providência, bem como a participação na BR Vias, além do controle da Gol. A roleta começou a girar contra em 2007, com as empresas encontrando dificuldades, ao mesmo tempo em que o patriarca se envolvia em assuntos policialescos. Em 2008, o valor de mercado das empresas Gol e Providência despencou 36,7% em quatro meses. A queda registrada foi de R$ 9,8 bilhões para R$ 6,2 bilhões. A queda dos lucros também foi gigantesca: 65% em 2007.

Com a megalomania de atingir o topo, aventurou-se ao comprar a Varig, na ilusão de retomar o prestígio que a empresa aérea teve no passado, mas pagou um preço altíssimo por essa aventura. Para piorar a situação, a aviação comercial entrou em crise, com a redução das decolagens em Congonhas, mantendo rotas deficitárias.

O envolvimento do fundador de todo o grupo em casos policiais, principalmente a Gol, uma empresa que requer fé pública, tem sido prejudicial, causando fortes turbulências e inquietando seus investidores na Bolsa.

Fonte: Revista Brasilia Em Dia - Fotos: Wilson Dias (Abr) / Alan Marques (Ag. Folha)

Pilotos da Portugália voltam à greve

Os pilotos da Portugália vão fazer greve durante dez dias consecutivos, a partir de 4 de Junho. À Renascença, a TAP, proprietária da companhia aérea, confirma a paralisação e mostra-se bastante surpreendida.

A TAP já recebeu o pré-aviso de greve dos pilotos da Portugália e está a preparar um plano para minimizar os efeitos deste protesto.

Uma fonte da companhia garantiu que todos os passageiros da Portugália irão ter uma solução caso o seu voo seja cancelado.

O Sindicato dos Pilotos, apesar de não querer gravar declarações, confirma que a decisão de partir para um período tão prolongado de greve, já a partir do próximo dia 4 de Junho e por dez dias, foi aprovado ontem à noite em assembleia geral. Logo depois da reunião o pré-aviso de greve foi enviado para a administração da Portugália.

Entretanto, hoje, numa carta enviada a todos os sócios do Sindicato, a direcção desta estrutura escreve que “após uma ronda de negociações sem sucesso, que incluiu três reuniões com a administração” decidiram partir para a greve.

Uma fonte da companhia confirmou os encontros e disse que “à partida estava tudo a correr bem” e que “nada apontava para este desfecho”.

Os pilotos da Portugália exigem mais períodos de descanso e que há relativamente pouco tempo efectuaram seis dias de greve.

Na altura a administração falou em prejuízos elevadíssimos e que a manterem-se poderiam levar a empresa à falência.

Fonte: Paulo Neves (Rádio Renascença - Portugal)

Seae e Anac estreitam cooperação em defesa do usuário de transporte aéreo

A Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda, e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) assinaram hoje (28) acordo de cooperação técnica com o objetivo de estreitar o relacionamento nas ações conjuntas de prevenção e repressão a infrações de ordem econômica.

O acordo também abrange a promoção da concorrência de atividades inerentes aviação civil e de infraestrutura aeronáutica e aeroportuária, bem como o intercâmbio de informações sobre regulação e fiscalização econômica e financeira em empresas de serviços de transporte aéreo.

Os dois órgão já trabalham em estreita colaboração, uma vez que cabe Seae a fiscalização das agências regulatórias, e o diretor de Serviços Aéreos e Relações com Usuários da Anac, Marcelo Pacheco dos Guaranys, é funcionário de carreira da secretaria. O que houve agora foi uma formalização da cooperação já existente.

A Anac e a secretaria trocam mensagens diárias sobre os trabalhos de cada uma no acompanhamento da atividade aérea, e o acordo firmado hoje determina que essa troca contínua de informações seja acentuada, de modo a uniformizar conceitos e procedimentos na aplicação da legislação do setor: leis 8884/1994 e 11.182/2005.

Assinado pelo titular da Seae, Antônio Henrique Silveira, pela diretora-presidente da Anac, Solange Paiva Vieira, e pelo diretor Marcelo Guaranys, o acordo tem vigência de 24 meses e pode ser prorrogado por igual período, mediante termo aditivo, desde que haja entendimento prévio com antecedência mínima de 30 dias.

Fonte: Agência Estado