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Fonte: Aviação Brasil
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A aeronave, um Hércules da Força Aérea com mais de cem pessoas a bordo, caiu em um arrozal e pegou fogo às 6h30 locais (19h30 desta terça-feira no horário de Brasília), perto da cidade de Magetan, 160 km ao leste de Yogyakarta.
A maioria dos ocupantes era de integrantes da Força Aérea indonésia, alguns dos quais viajavam com suas famílias. Segundo a agência Efe, ao menos dez crianças estavam a bordo.
As autoridades temem que o número de mortos aumente já que o avião atingiu diversas casas antes de cair na plantação de arroz. Pelo menos três das vítimas do acidente são aldeões do povoado cujas casas foram danificadas pelo avião.
Vários moradores da área relataram a rádios locais que escutaram uma forte explosão e que, logo em seguida, uma das asas se desprendeu da aeronave, que então começou a voar baixo sobre um grupo de casas antes de explodir e se partir em dois ao cair no meio de um arrozal.
Os hospitais próximos receberam 15 feridos pela queda do avião, muitos deles com fraturas e traumatismos, em estado crítico, segundo fontes médicas.
A televisão indonésia mostrou imagens da selva em chamas no local do acidente, onde soldados trabalham entre colunas de fumaça para retirar em macas improvisadas os corpos das vítimas, com queimaduras visíveis.
Ainda não se sabe a causa do acidente. De acordo com as primeiras investigações, o piloto obteve a autorização para decolar da torre de controle.
O porta-voz militar nacional, Sagom Tamboen, afirmou em entrevista coletiva que a aeronave estava em boas condições e que o tempo estava claro antes do acidente.
O avião fazia parte de uma rota regular de Jacarta à base aérea Iswahyudi, em Magetan, para transportar militares e suas famílias. O voo programado era de Sulawesi a Papua.
Inspeção
A aeronave, de modelo Hércules C-130, transportava participantes de manobras militares de Jacarta ao leste de Java.
Há uma semana, a chefia da Força Aérea indonésia ordenou a inspeção de todos os aviões da frota de Hércules C-130, depois de um deles sofrer um acidente em um aeroporto da remota região de Papua sem o trem de aterrissagem traseiro.
Há quase 20 anos, a Força Aérea indonésia sofre com a falta de recursos financeiros e de peças de reposição. Tanto os altos comandantes, quanto o governo, admitem que é necessário um forte investimento para modernizar sua obsoleta frota.
Uma fonte militar revelou que o modelo Hércules que caiu está em atividade desde a década dos 70. A maioria dos aviões deste modelo, muitos de segunda mão, foi adquirida entre 1960 e 1975.
Em 1999, os Estados Unidos impuseram à Indonésia um embargo de fornecimento de material de defesa alegando que o país não cumpriu seu compromisso de velar pela segurança do Timor Leste durante o processo consultivo para a independência do território.
Segurança
A falta de segurança no setor aéreo indonésio se estende à aviação civil, admitem as autoridades locais por causa dos sete acidentes com aviões de gravidade distinta que ocorreram nos últimos três meses e que vitimaram 128 pessoas.
Desde 2007, a Indonésia sofreu uma série de acidentes aéreos que mataram quase 200 pessoas e levaram a Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia) a incluir as companhias aéreas do país asiático na "lista negra" de empresas que são proibidas de sobrevoar o espaço aéreo comunitário por descumprir a normativa de segurança.
Dois anos após adotar a medida, Bruxelas elogiou os esforços dos indonésios para melhorar a segurança aérea, mas mantém o veto às companhias de um país cujo índice de acidentes no ar é de 2,1 por cada um milhão de voos.
Assista a reportagem do Bom Dia Brasil (TV Globo):
Fontes: Folha Online / G1(com EFE, France Presse e Reuters)
Imagem do míssil iraniano Sejil 2 que possui alcance até Israel e bases dos EUA no golfo
"Hoje, a República Islâmica conseguiu um novo marco no que diz respeito à fabricação de foguetes. É um novo e grande êxito da Organização Aeroespacial Nacional", afirmou o governante durante um comício na cidade de Semman.
"Este combustível o torna mais potente. Primeiro é lançado, e antes de atravessar a atmosfera perde uma de suas partes, enquanto a outra alcança o ponto aonde tem de chegar", afirmou Ahmadinejad.
O Irã colocou em órbita seu primeiro satélite de comunicações de fabricação integralmente nacional em fevereiro, fato que disparou o alarme sobre os avanços obtidos em seu programa de mísseis balísticos.
A República Islâmica nunca negou que fabrica mísseis de longo alcance, e até mesmo confirmou que tem em seus arsenais alguns como o Sejil 2.
No entanto, a comunidade internacional, com os Estados Unidos, Israel e as principais potências europeias na liderança, temem que o regime de Teerã esconda, sob seu programa nuclear civil, um suposto projeto militar destinado a dotar estes mísseis com ogivas nucleares.
O Irã sofre um estrito embargo de armas internacional há três décadas, mas as sanções não impediram que desde 1992 tenha iniciado um bem-sucedido programa nacional de armas. Atualmente, diante de grande pressão internacional, o presidente americano, Barack Obama, tenta deter o avanço do programa nuclear por meios pacíficos.
Durante encontro nesta semana com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, o democrata prometeu que "daria um tempo" para avaliar as relações com Teerã até o final deste ano. Anteriormente, o presidente israelense pressionou os EUA para ajudar a "deter" o Irã com o argumento de que o país representa uma "ameaça global".
Assista ao vídeo do lançamento:
Fonte: EFE via Folha Online - Foto: Reuters
Pelo menos 57 pessoas morreram na queda de um avião militar nesta quarta-feira (20) com mais de 100 pessoas a bordo na ilha indonésia de Java, informou um porta-voz da Aeronáutica.
Até o momento, não se sabe o que levou a aeronave a perder altura e bater em quatro casas antes de aterrissar em uma plantação de arroz na província de Java Oriental.
A televisão indonésia mostrou imagens de uma floresta em chamas no local do acidente, nas proximidades da cidade de Madian, e de onde se via soldados retirando em macas os corpos das vítimas.
Segundo os relatos das testemunhas, apenas a parte de trás do avião não ficou totalmente destruída.
Treinamento
A aeronave, um Hércules C-130 que decolou de Jacarta, transportava 96 passageiros e 13 tripulantes que participavam de uma missão rotineira de treinamento.
Há apenas uma semana, a Força Aérea da Indonésia ordenou a inspeção de toda a sua frota de Hércules C-130 depois de um deles ter de pousar em Papua sem o trem de aterrissagem traseiro.
Sete acidentes aéreos - com um total de 37 mortes - foram registrados nos últimos dois meses na Indonésia, um país no qual a média destes incidentes é de 2,1 por cada milhão de voos.
O mais grave deles aconteceu no dia 7 de abril, quando 24 soldados perderam a vida quando o avião no qual viajavam se chocou contra um hangar do aeroporto de Bandung, no oeste de Java.
A Comissão Europeia proibiu em 2007 a todas as companhias aéreas indonésias de sobrevoar seu espaço aéreo, porque descumpriam as normas comunitárias sobre segurança.
Fontes: G1 / EFE / France Presse
Os novos equipamentos instalados permitirão que o velho observatório de 13 t sobreviva em órbita por mais cinco anos. No entanto, quando os sistemas se esgotarem e as baterias pararem de funcionar, o instrumento que levou as fronteiras da astronomia a limites sem precedentes ficará abandonado, se transformará em lixo espacial e será substituído por um novo telescópio muito mais moderno.
Novidades
Entre os novos equipamentos do Hubble, destaca-se um aparelho que observará a luz emitida por quasares extremamente afastados da Terra para registrar as alterações geradas por gases que atravessam galáxias distantes. Isto permitirá que os cientistas descubram a composição desses gases, como mudaram ao longo do tempo e de que forma afetam as galáxias.
Além disso, uma nova câmera acoplada ao Hubble permitirá a obtenção de imagens de alta resolução e extremamente claras e detalhadas, com uma gama muito variada de cores. Com freqüências de onda ultravioleta e infravermelha, esta é a câmera com tecnologia mais avançada que já instalada no Hubble.
Adeus e retorno
Ao concluírem a missão de US$ 220 milhões, a astronauta Megan McArthur utilizou o braço robótico da nave para retirar o telescópio do compartimento superior, levantá-lo e liberá-lo às 9h57 (de Brasília), soltando-o a uma distância de 563 km da Terra. Pouco depois, o comandante do Atlantis, Scott Altman, ligou por alguns instantes os motores do ônibus espacial e começou a se afastar do Hubble, até ficar a cerca de 360 km da Terra. No momento, o Atlantis encontrava-se sobre o Oceano Atlântico e se movia em direção à costa da África a 27 mil km/h.
A nova órbita alcançada pelo ônibus espacial é a mesma que, na sexta-feira, será utilizada para o retorno ao Centro Espacial Kennedy, no sul da Flórida.
Há 19 anos
O Hubble, que já deu mais de 97 mil voltas ao redor do planeta, entrou em órbita em 24 de abril de 1990, quando foi lançado a bordo do ônibus espacial Discovery. De lá para cá, a câmera do telescópio revelaram à humanidade imagens impressionantes dos confins do universo.
Fontes: Terra / AP / AFP / EFE - Fotos: NASA / AP
O aeroporto de Araxá (Romeu Zema) está com a operação por instrumentos suspensa pelo Comando da Aeronáutica desde o dia 13 passado (quarta-feira) por causa da necessidade de manutenção do anemômetro (mede a direção e velocidade do vento) e do altímetro (indica a altitude do voo). A operação por instrumentos ocorre quando as condições climáticas estão desfavoráveis para a operação visual.
De acordo com o operador de Estação Aeronáutica do aeroporto local, Paulo Ernesto Heerdt da Silva, quatro voos foram cancelados até agora por causa da necessidade de operação por instrumentos. Os passageiros que aguardavam embarque foram conduzidos para aeroportos da região.
Paulo afirma que a prefeitura já está realizando a manutenção da aparelhagem. “Em até um mês o aeroporto volta a contar com a operação por instrumentos. Um dos equipamentos já está sendo calibrado (altímetro) e o outro (anemômetro) estamos realizando um estudo para verificar se ele precisa ser deslocado para outro ponto ou até mesmo adquirir um novo aparelho”, afirma o operador.
Ele explica que a suspensão da operação por instrumentos é uma medida de segurança feita pelo Comando da Aeronáutica.
Reforma
Clique nas fotos para ampliá-las - Fotos: Luis Guilherme (Skyscrapercity)
O aeroporto Romeu Zema foi reformado recentemente através de investimento de R$ 4,4 milhões do Programa Aeroportuário de Minas Gerais (Proaero) do governo do Estado. A inauguração aconteceu no último dia 20 de março e contou com a presença do vice-governador Antonio Augusto Anastasia e diversas autoridades políticas de Minas.
Fonte: Diário de Araxá
Até a próxima semana, as duas empresas de aviação agrícola de São Sepé não poderão fazer aplicações de defensivos em lavouras da Região Central, nem a limpeza dos tanques dos seus aviões. A determinação partiu da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), na última sexta-feira, depois de uma visita de representantes do órgão às empresas.
De acordo com o coordenador da Fepam em Santa Maria, José Antônio Mallmann, a decisão foi tomada para colaborar com a investigação sobre a morte de um rebanho de gado, em uma propriedade perto do aeroclube, onde funcionam as empresas.
A restrição se deve à possibilidade de a morte por contaminação dos animais ter sido causada por agrotóxicos usados pelas empresas de aviação. Desde a segunda-feira da semana passada, pelo menos 30 animais da propriedade teriam morrido. A suspeita é que eles tenham sido vítimas de uma intoxicação.
O diretor da Sepal Aviação Agrícola, Mário Texter, diz que não trabalha com a aplicação de defensivos agrícolas há pelo menos 60 dias, por causa do término da safra, e que o seu pátio de higienização está de acordo com as normas ambientais.
A empresa Pluna (ex-Sanagri) foi contatada pelo Diário de Santa Maria, mas seus representantes não foram encontrados.
Fonte: Bianca Backes (Zero Hora) - Foto: Fernando Ramos
Barco da Guarda Costeira utilizado nas buscas
A solenidade (foto) contou com a presença do Superintendente Joacir Araújo dos Santos, da coodernadora comercial Elizete Rolon Pauluk e do responsável pelo desenvolvimento mercadológico da Infraero Huelinton Wenceslau, além dopresidente da Sol Linhas Aéreas, empresário Marcos Solano Vale, acompanhado pelo diretor de marketing e vendas, Nei Buschmann .
Segundo Marcos Solano, a mais nova empresa de aviação aérea do Brasil deverá entrar em operação nas próximas semanas, com vôos diários entre Curitiba, Cascavel, Foz do Iguaçu e Maringá. Novas linhas serão incorporadas, gradativamente, integrando cidades paranaenses e dos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Oeste de Santa Catarina, além do Paraguai.
“A empresa nasce como uma contribuição ao desenvolvimento e integração regional. Temos o firme propósito de oferecer alternativas de vôos compatíveis com a demanda, por um preço justo, com conforto, segurança e pontualidade”, disse Marcos Solano.
Cinco aeronaves
A Sol Linhas Aéreas consolida um projeto delineado ao longo dos últimos cinco anos, por um grupo empresarial liderado por Marcos Solano Vale. Um dos proprietários do Hospital de Olhos de Cascavel, referência em atendimento oftalmológico na região Sul do País, Marcos Solano também tem investimentos na área de comunicações (emissoras de rádio em Cascavel e Toledo e um jornal diário em Toledo). Além de integrar as diferentes regiões através de rotas e frequências compatíveis, a Sol pretende ampliar o número de usuários deste modal de transporte, prestando-se também à importante função de atuar como alimentadora dos grandes hubs de conexão aos serviços nacionais e internacionais.
A Sol Linhas Aéreas vai operar inicialmente cinco aeronaves turbo-hélices adquiridas junto à Let Aircraft Industries, maior indústria de aviões da República Tcheca e uma das maiores do mundo. Mais de 1100 unidades do Let 410 já foram entregues e cerca de 300 unidades operam na América Latina;
A Infraero
Vinculada ao Ministério da Defesa, a Infraero administra desde os maiores aeroportos brasileiros até pequenos, como aeroportos cuja função é representar a soberania nacional em áreas longínquas. Ao todo são 67 aeroportos, 80 unidades de apoio à navegação aérea e 33 terminais de logística de carga.
Estes aeroportos concentram aproximadamente 97% do movimento do transporte aéreo regular do Brasil. O que equivale a 2 milhões de pousos e decolagens de aeronaves nacionais e estrangeiras, transportando cerca de 113 milhões de passageiros.
Fonte: H2Foz - Foto: Assessoria de Imprensa da Sol Linhas Aéreas
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Fonte: Gazeta de Ribeirão - Imagem: Embraer
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Viagem da mãe do deputado para os EUA custou R$ 12,6 mil. Ele não devolveu créditos aéreos, como disse, e sua assessoria atribui agora a erro da TAM registros que confirmam informações do site Congresso em Foco.
Por Lúcio Lambranho e Edson Sardinha
Lembra da reação do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) ao ver a lista dos deputados federais que usaram a cota de passagens para voos internacionais, no último dia 22? “Leviana e grosseira mentira”, bradou Ciro no plenário, sob os aplausos dos colegas. “Ministério Público é o caralho”, ditou em seguida, para os jornalistas.
O Congresso em Foco reuniu informações para comprovar o que publicou. Como informamos, de acordo com os registros da empresa aérea, a Câmara dos Deputados pagou quatro voos internacionais para a passageira Maria José Gomes, mãe do ex-governador cearense e do atual (Cid Gomes, irmão de Ciro). Os dois primeiros tiveram emissão em dezembro de 2007; os outros dois, em abril de 2008.
Agora, mais detalhes sobre os bilhetes emitidos no ano passado, segundo os registros da TAM sobre as passagens pagas pela Câmara em 2008. De acordo com o o cartão de embarque 95723453087776, Maria José Gomes viajou de São Paulo a Nova York no dia 18 de maio, às 8h45, no voo JJ 8082. E voltou no dia 25 do mesmo mês, às 19h40, no voo JJ 8081. A passagem, de acordo com o bilhete (clique aqui para vê-lo ampliado), custou US$ 7,6 mil. Precisamente R$ 12.682,12, segundo o câmbio da época.
Ressaltamos que os nomes de Ciro e de sua mãe apareceram exclusivamente na lista dos parlamentares que usaram a cota para passagens internacionais, e não haviam sido destacados em nenhuma matéria deste site até a explosão verbal do deputado, três semanas atrás.
A assessoria de Ciro mantém a versão de que os dois voos de dezembro de 2007 não ocorreram, até porque, insiste o gabinete do deputado, ela à época não tinha visto de entrada para os Estados Unidos. Em nenhum momento, o Congresso em Foco afirmou que essa viagem foi feita. Informou que a passagem foi paga pela Câmara.
“A TAM pode ter feito confusão”
Quase um mês depois de Ciro dizer que a lista não passava de “grosseira mentira”, a assessoria do deputado alega que deve ter ocorrido um erro da TAM. O gabinete informa que o irmão mais velho do parlamentar, Lúcio Gomes, tem cobrado insistentemente da companhia aérea uma explicação, e já estaria estudando a possibilidade de acionar a empresa judicialmente para obter as informações. “A TAM pode ter feito uma confusão”, disse a assessoria de imprensa do deputado, reiterando outra coisa que Ciro já havia dito: sua cota jamais foi usada para pagar viagens de qualquer pessoa, a não ser dele mesmo.
Como temos informado, diversos especialistas em Direito ouvidos pelo Congresso em Foco contestam o entendimento, difundido por vários parlamentares, de que era legal a utilização da cota de passagens aéreas do Congresso para voos internacionais, assim como para viagens não relacionadas diretamente com o exercício do mandato. Explicam esses especialistas que, no serviço público, prevalece o princípio jurídico segundo o qual só pode ser feito aquilo que é previsto e expressamente autorizado, e nem a lei nem qualquer norma interna da Câmara ou do Senado jamais autorizou o uso da cota para viagens ao exterior, ou para atividades não relacionadas diretamente com o exercício do mandato parlamentar.
Procurada pelo Congresso em Foco, a TAM solicitou que as perguntas fossem encaminhadas por e-mail, o que foi feito às 12h54 da última quinta-feira, dia 14 de maio. Até a publicação desta matéria, não obtivemos manifestação da TAM sobre a nova versão de Ciro.
Há outra contradição nas explicações dadas por Ciro no dia 22. Em pronunciamento no plenário, disse ter devolvido à Câmara R$ 189 mil de créditos não utilizados de passagens aéreas (ver discurso abaixo). “Devolvi as sobras aos cofres públicos, R$ 189 mil dos exercícios de 2007 e 2008. Não ensino isso para ninguém, até porque quem não fez assim não fez nada errado”, afirmou.
Nem na Terceira Secretaria nem em qualquer outro setor competente da Casa consta qualquer devolução feita pelo deputado cearense. Nesse assunto, a assessoria de Ciro jogou a toalha. Admitiu que, de fato, ele não devolveu os recursos. Apenas “economizou” recursos públicos que deixaram de ser utilizados. Em outras palavras: Ciro ainda não usou, mas os créditos continuam disponíveis para ele.
A história, passo a passo
Desde 19 de abril o site está solicitando ao deputado Ciro Gomes, por e-mail, telefone e pessoalmente, explicações sobre o assunto. Ele não deu nenhum retorno antes da publicação da matéria, no dia 22.
No início da tarde do último dia 22 de abril, Ciro procurou a reportagem para expressar sua contrariedade com a inclusão de seu nome na lista e informar que enviaria uma nota de esclarecimento, como de fato ocorreu. No texto, dizia que a mãe não tinha feito dois dos quatro voos citados e que ela mesma havia pago os outros dois. Na nota, também elogiava o cuidado do site com a apuração jornalística (leia a íntegra da nota).
Discurso no plenário
Naquela mesma tarde, enquanto sua assessoria enviava a nota acima ao site, Ciro elevava o tom dos ataques no plenário. Em tom de indignação, o deputado condenou a “leviana e grosseira mentira”, trocou a data dos voos citados pelo Congresso em Foco, e recebeu aplausos dos colegas após dizer que o povo brasileiro deveria aprender a respeitar o Congresso (veja a íntegra do pronunciamento dele).
Destempero no cafezinho
Logo depois de discursar, Ciro dirigiu-se ao cafezinho do plenário. A reportagem do site o seguiu para pedir mais detalhes sobre o uso da cota parlamentar de passagens. Aos berros, o deputado disse que queria saber quem era o “filho da puta” que havia envolvido o nome dele no caso.
“Só eu viajo com a cota, e agora me vejo jogado numa lista? Quem fez essa lista?” Uma repórter disse que o levantamento era do Ministério Público Federal, e o deputado gritou: “Ministério Público é o caralho. Pode escrever aí. Ciro diz: Ministério Público é o caralho” (leia mais).
Atrás de Ciro
De lá pra cá, continuamos cobrando explicações do deputado, inclusive de público, para esclarecer o assunto (leia). O Congresso em Foco não conseguiu mais falar diretamente com aquele que é um dos mais influentes membros do atual Congresso.
Hoje com 51 anos, Ciro teve em 2006 a maior votação proporcional para a Câmara em 2006, mais de 16% dos votos válidos do Ceará. Também foi deputado estadual, prefeito de Fortaleza, governador e ministro da Integração Nacional, no governo Lula, e da Fazenda, durante o governo Itamar Franco.
Procurada novamente na semana passada, a assessoria de Ciro informou que o deputado estava em missão oficial autorizada pela Câmara nos Estados Unidos.
Tudo se confirmou
Tratando de tema extremamente delicado e que envolve surpreendente número de parlamentares, o Congresso em Foco publicou farto e exclusivo material sobre o assunto e não encontrou, até o momento, nenhum elemento, fato ou prova de que tenha errado em qualquer uma das inúmeras matérias que colocou no ar sobre o assunto. Ao contrário. Outros veículos de comunicação acrescentaram detalhes novos que só reforçam a gravidade do caso, como as revelações feitas no último dia 24 pelo Jornal Nacional, da TV Globo, e pela Folha de S.Paulo sobre a atuação da agência de viagens Infinite, que admitiu negociar créditos da cota de passagens de deputados.
A Câmara abriu sindicância para investigar o caso das passagens. Tanto ela quanto o Senado alteraram a regulamentação da cota, restringindo o uso do benefício aos próprios deputados e a assessores previamente autorizados, num reconhecimento explícito de que os fatos relatados eram importantes, verídicos e que havia algo de errado na utilização de passagens no Legislativo federal. A mudança representa uma economia estimada em mais de R$ 25 milhões por ano para os cofres públicos.
Direito de manifestação
O Congresso em Foco ofereceu a todos os parlamentares citados nas matérias sobre a farra das passagens a possibilidade de manifestação antes da publicação de seus nomes. Durante mais de uma semana buscamos obsessivamente o retorno de e-mails e telefonemas dirigidos a quase 300 congressistas e a mais de uma centena de ex-parlamentares. Todas as explicações e respostas recebidas foram devidamente publicadas.
Reiteramos a todos os congressistas que estamos abertos para ouvir, e publicar, quaisquer esclarecimentos, explicações ou opiniões que queiram expressar sobre o assunto, seja por meio de entrevista ou de textos enviados à redação, que temos publicado na íntegra, tenha ela o tamanho que tiver, de maneira a evitar qualquer edição equivocada das palavras do autor. A atividade jornalística, como qualquer outra, está sujeita a erros. Não teremos nenhuma dificuldade em reconhecer nossos erros se eles forem demonstrados por quem quer que seja.
Fonte: Congresso em Foco - Colaborou Sylvio Costa
Nota do Autor:
Algumas palavras do nobre deputado sobre o assunto:
"Trata-se de leviana e grosseira mentira aquilo que foi feito, envolvendo pelo menos o nome de minha mãe, octogenária", disse.
Aos jornalistas que creditavam a informação sobre o uso de sua cota de passagens ao Ministério Público: "Ministério Público é o caralho! Não tenho medo de ninguém. Da imprensa, de deputados". "Pode escrever o caralho aí", disse.
Ainda muito irritado, o deputado criticou as medidas que vetam o uso da cota por familiares, chamando alguns colegas, sem dar nomes, de "babacas". "Até ontem era tudo [o uso de passagens] lícito, então por que mudou? É um bando de babaca", disse.
Gente fina, elegante e sincera...
Por: Jorge Tadeu