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A análise dos dados de demanda aérea referentes a abril, da Anac, indica
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Já a participação do grupo intermediário - OceanAir, WebJet desde 2005 e Azul desde dezembro - subiu de 4,58%, em abril de 2008, para 10,09% no mês passado, o que representou uma expansão de 5,51 pontos porcentuais.
"WebJet, OceanAir e Azul prestam um serviço completamente diferenciado. Elas oferecem maior conforto, com maior espaço entre os assentos, um serviço de bordo melhor do que o da TAM e o da Gol, além das tarifas altamente competitivas", afirma o consultor aeronáutico Paulo Bittencourt Sampaio.
O especialista em aviação da consultoria Bain & Company, André Castellini, diz que o crescimento da Azul, OceanAir e WebJet se deu basicamente por causa da perda de participação de mercado da Gol/Varig.
Os dados da Anac de abril mostram que a companhia perdeu 7,67 pontos porcentuais no fluxo de passageiros transportados, que recuou de 46,44% em abril de 2008 para 38,77% no mês passado. Já a fatia da TAM subiu de 47,12% para 49,20% no mesmo período.
TARIFAS
"Foi uma perda da Gol e não do duopólio. Aquele grupo intermediário se fortaleceu às custas da Gol. A Azul está ganhando participação graças a tarifas introdutórias muito baixas. A questão é se isso vai conseguir se manter. E a WebJet aumentou a frota", afirmou Castellini.
O presidente da Gol/Varig, Constantino de Oliveira Júnior, diz que já esperava um recuo da participação de mercado. Segundo ele, a atual fatia de 38,7% representa uma empresa mais rentável do que a que tinha 46,4% em abril de 2008. "Sem dúvida que a concorrência interfere, mas o crescimento deles (Azul, OceanAir e WebJet) a gente tem que entender até onde existe qualidade. Não estamos no momento de crescer a qualquer custo. Estamos num momento de buscar racionalização e uma lógica no nosso crescimento", afirmou.
ESTAGNAÇÃO
Apesar da entrada de seis novas empresas aéreas regionais desde 2004 (Cruiser, Mega, Team, Air Minas, Sete e NHT), a participação desse segmento no total de voos domésticos ficou estagnada. Em abril de 2008, ela era de 1,8% e passou para 2%, no mês passado.
O levantamento da Anac mostra, ainda, que mesmo o reforço de novas empresas em voos para cidades de baixa e média demanda não aumentou o número de municípios brasileiros atendidos pela aviação regional. Ao contrário, em 2004 eram 151 cidades. Atualmente, são 126.
"Não temos competitividade porque não temos escala. O governo tem de fazer a parte dele. Temos sérios problemas de infraestrutura em aeroportos que limitam o crescimento das empresas", diz o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas de Transporte Regional (Afetar), Apóstole Luzira Chryssafidis.
O diretor da Anac, Marcelo Guaranys, diz que o importante é que a livre iniciativa possa acontecer no mercado aéreo, mas concorda que há problemas de infraestrutura nos aeroportos.
"É lógico que a infraestrutura pode ser uma barreira à entrada de novas empresas, tanto na forma de acesso quanto no que ela oferece para as companhias", diz ele.
O médico anestesista Marcos Solano Vale acredita que a aviação "é o transporte do futuro", mas está com dificuldades para fazer decolar a mais nova empresa aérea do País.
Ele fundou a Sol Linhas Aéreas, com apenas um turboélice para 19 passageiros, e planeja fazer dois voos diários, sendo um entre Curitiba, Cascavel e Foz do Iguaçu, e outro ligando Cascavel a Maringá. A empresa já recebeu a autorização jurídica, mas aguarda a certificação final. O plano de Vale é decolar o primeiro voo em meados de junho.
"A dificuldade de infraestrutura em aeroportos é muito grande. Estou com avião no Brasil, com equipe contratada, mas tem alguns problemas que não conseguimos contornar. A população está ligando para comprar passagem, mas a companhia de energia elétrica não tem nem rede para puxar transformador no aeroporto de Cascavel", reclama Vale.
Fonte: Agência Estado via Último Segundo (IG)