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Na sentença, a juíza Maria Lúcia Rodrigues observou que o fato da reportagem ter sido publicada logo após a queda do avião da TAM "vincula o desastre à atuação da Anac e a uma suposta ligação escusa de seus dirigentes com as empresas aéreas”.
A juíza afirmou que "o texto induz à crença de que entre as causas do grave acidente estaria a corrupção dos agentes da Anac”. “Uma notícia assim veiculada torna-se ainda mais grave quando dirigida a um leitor tomado pela comoção que aquela tragédia sem precedentes na história da aviação brasileira causou", concluiu a juíza.
Segundo a reportagem publicada três dias após o acidente, Zuanazzi seria o encarregado dentro da Anac, de defender os interesses da empresa GOL. "No mapa da Anac, a diretora Denise Abreu é TAM, enquanto Zuanazzi e o diretor Leur Lomanto são GOL", afirmava a a coluna.
No processo, segundo informa o site Coletiva.Net, o ex-diretor da Anac argumentou que, ao contrário do que foi apresentado no jornal, a Infraero foi a responsável por liberar a pista que contribuiu para o acidente do voo 3054; e não ele. Zuanazzi salientou, ainda, que a Folha produziu contra ele acusações que não poderia sustentar na intenção de eleger um culpado pela crise aérea.
A Folha, por outro lado, alegou que a coluna tratava apenas de questões referentes à Anac, e não a Zuanazzi, "que somente exercia o cargo de presidente daquela agência".
O jornal lembrou, ainda, que após os acidentes com os aviões da Gol e da TAM, todos os meios de comunicação se empenharam na cobertura do caos aéreo, o que gerou ampla "vigilância" aos responsáveis pelos órgãos de fiscalização. Além disso, segundo a defesa da Folha, parte dos depoimentos foi prestada por parlamentares do governo e da oposição - então integrantes da CPI do Apagão Aéreo - e que seus nomes não seriam revelados por resguardo do sigilo das fontes.
Fonte: Revista Consultor Jurídico - Foto: O Globo