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quarta-feira, 26 de abril de 2023

Passar mal no avião: saiba o que a companhia aérea deve fazer

Comissários de bordo são treinados para prestarem os primeiros socorros. Médicos presentes no voo devem se apresentar para ajudar no tratamento.

(Foto: Sean MacEntee on VisualHunt)
Você já pensou no que pode acontecer se passar mal enquanto está viajando de avião, estando a milhares de metros do chão? Apesar de não dar tempo de correr para um hospital, as companhias aéreas têm um procedimento de como tratar os pacientes em uma emergência.


A advogada passou mal durante o voo. A aeronave chegou a fazer um pouso de emergência e foi levada para um hospital perto do aeroporto, mas não resistiu.

O que a companhia deve fazer?


Quando alguém passa mal durante um voo comercial, a primeira reação dos comissários de bordo será perguntar se entre os passageiros há algum médico.

O profissional da saúde deverá se apresentar por causa do seu código de ética. Se ele não fizer isso, pode ser punido caso alguém saiba que ele é médico e que decidiu não prestar socorro, explica a presidente do Comite de Medicina Aeroepacial da Associação Paulista de Medicina, Rozania Sobreira.

A partir daí, o paciente é levado ao galley, espaço onde os comissários servem os lanches, que consegue comportar a aplicação dos procedimentos necessários.

Todos os voos têm uma caixa que só pode ser aberta por médicos. Nela, há medicamentos e equipamentos que permitem tratamentos mais invasivos, como a entubação.

Há ainda uma segunda caixa, que pode ser aberta por outros profissionais da saúde, como enfermeiros, e pelos comissários. Ela contém outros tipos de itens, curativos e medidor de pressão, por exemplo.

Mas nem todo voo vai ter um passageiro que trabalhe na área da saúde, por isso a função dos comissários vai muito além de servir lanches, diz Rozania. Todos possuem um treinamento para aplicar primeiros socorros, como a realização de massagem cardíaca.

Além dessas medidas, em voos mais longos, algumas companhias aéreas oferecem assessoramento remoto de médicos especializados em medicina aeroespacial, para o atendimento de quando alguém passa mal a bordo. A equipe dará orientações à tripulação de como o passageiro deve ser tratado.

O avião deve pousar?


O comandante é a autoridade máxima de voo e cabe a ele tomar essa decisão. Rozania diz que o médico do atendimento pode orientar se o caso exige o pouso, mas que não pode determinar.

Ela explica que a razão disso é porque pousar fora do planejamento pode trazer riscos para todos os passageiros e um estresse para a tripulação, agravando a possibilidade de acidentes se o tanque de combustível ainda estiver cheio - deixando o avião mais pesado e com mais riscos de bater no chão com força e ser danificado - e o aeroporto mais perto não tiver a estrutura adequada.

Em alguns casos, o comandante pode baixar a altitude do voo, indo de 8 mil pés a 6 mil, isso faz com que a pressão do ar diminua, melhorando a qualidade do oxigênio no ambiente. Isso porque é que neste momento a cabine muda as características em relação a pressurização.

"Com esse procedimento, a maioria das pessoas tem uma melhora", diz a médica.

Tem como prevenir?


Há como diminuir as chances de passar mal no avião. O ambiente da aeronave é diferente do que estamos acostumados por causa da altura, que é de cerca de 8 mil pés, equivalente ao Monte Nevado, no Chile, explica Rozania.

Apesar de o avião ser um meio de transporte muito seguro, existem algumas condições de saúde que podem ser agravadas quando em altitude, afirma a presidente.

Alguns exemplos são anemias severas, pós cirurgias, pneumonia, infecção no ouvido e casos de pressão arterial e diabetes sem medicação.

Por este motivo, cabe aos passageiros, quando possuem alguma doença, preencher o Formulário de Informações para Passageiros com Necessidades Especiais (Medif - sigla em inglês).

Depois, um profissional especializado em medicina aeroespacial da companhia irá avaliar o documento e decidir se o passageiro está em condições de realizar a viagem.

O formulário pode ser enviado em até 72 horas antes do voo e a companhia aérea deve dar o retorno com até 48 horas de antecedência. Caso a resposta seja negativa para a viagem, o cliente deverá remarcar o voo.

As cobranças de custos extras podem acontecer dependendo da política de cada empresa.

Além disso, caso o passageiro tenha alguma doença contagiosa que seja facilmente identificada, por exemplo, conjuntivite e sarampo, os comissários podem impedir o embarque.

O que acontece em caso de óbito?


Caso o passageiro acabe vindo a óbito durante o voo, o comandante pode decidir se deseja fazer um pouso de emergência ou seguir para o destino planejado para a viagem, conta a presidente.

Quando o pouso acontecer, a equipe da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) já deve estar aguardando a aeronave no aeroporto para receber o corpo. Além disso, o avião ficará retido para perícia.

Via g1

sábado, 8 de abril de 2023

A importância dos protetores auriculares na indústria da aviação

No passado, não havia proteção contra ruído para muitos trabalhadores da aviação . Os protetores auriculares fazem parte do dia a dia de muitas pessoas que trabalham na aviação, mas será que é igual para todos?

(Foto: Qantas)
De acordo com o Bureau of Labor Statistics dos EUA, a indústria aérea só perde para a indústria metalúrgica em termos de nível de ruído a que seus trabalhadores estão expostos. Essas indústrias têm o maior nível de perda auditiva entre todas as profissões. Nos anos 60 e 70, os pilotos não usavam protetores auriculares durante os voos e as aeronaves eram muito mais barulhentas do que agora. Eles também não os usavam em passeios de aeronaves no solo. Como resultado, muitos pilotos daquela época sofreram perda auditiva mais tarde na vida.

'"Ocupações como carregadores de bagagem, mecânicos e técnicos de serviço representam uma proporção substancial de empregos nesta indústria. Esses tipos de trabalhadores sofrem ruídos altos de aeronaves e são considerados suscetíveis à perda auditiva ocupacional.", informa o Bureau de Estatísticas do Trabalho dos EUA.

(Foto: Carlos E. Santa Maria/Shutterstock)
Pesquisadores da Purdue University descobriram que o som de um jato decolando a 25 metros de distância era de 150 decibéis, o suficiente para romper o tímpano. Ficar mais longe obviamente tem menos probabilidade de causar danos, mas alguns trabalhadores ficam expostos a sons consistentes por períodos de oito horas. Os carregadores de bagagem e os mecânicos ficam ainda mais expostos. Agora, fones de ouvido de comunicação, fones de ouvido com redução de ruído e protetores auriculares são padrão em todo o setor, com pilotos, trabalhadores em rampas, bagageiros e mecânicos tendo acesso a proteção auditiva. A Associação de Saúde e Segurança Ocupacional dos EUA exige proteção auditiva onde houver um nível de ruído de 90 decibéis ou superior no local de trabalho e o limite de exposição seja de oito horas por dia.

Os comissários de bordo estão expostos a altos níveis de ruído, principalmente na cozinha ou nas portas da aeronave. Pesquisas mostram que durante o cruzeiro de um voo em um avião, pode atingir de 60 a 80 decibéis na cabine. Ele excede esse nível durante a decolagem e quando há ruído excessivo dos passageiros. No entanto, os comissários de bordo não podem usar protetores auriculares, pois isso pode afetar a comunicação com os passageiros e outros membros da tripulação durante o voo normal ou em uma situação de emergência . Os protetores auriculares também podem contribuir para a falta de consciência situacional, já que os comissários de bordo são "os olhos e os ouvidos na cabine e devem relatar atividades irregulares, como sons incomuns".

(Foto: Wizz Air)
Preocupações foram levantadas nos últimos anos sobre o ruído na cabine da aeronave. Essas preocupações eram particularmente de comissários de bordo e grupos de trabalho de pilotos dos EUA. O US Government Accountability Office pesquisou o assunto com oito companhias aéreas diferentes. Os níveis de ruído na cabine ficaram abaixo da recomendação da Associação de Saúde e Segurança Ocupacional. Foi reconhecido que os membros da tripulação podem ser expostos a níveis inseguros de ruído que podem resultar em fadiga e perda auditiva. A FAA afirma que a proteção auditiva ou protetores auriculares não devem interferir nas tarefas relacionadas à segurança. Em geral, os comissários de bordo só usam protetores auriculares se estiverem realizando tarefas no solo próximo à aeronave.

Com informações do Simple Flying

domingo, 12 de março de 2023

Airbus da Iberia fez uma descida impressionante quando uma criança a bordo entrou em estado crítico


Na quinta-feira (9), um avião da Iberia que realizava o voo IB2602 de Buenos Aires, na Argentina, para Barcelona, na Espanha, teve que fazer um pouso de emergência no aeroporto de Gran Canaria, nas Ilhas Canárias.

O Airbus A330-202, prefixo EC-NNH, da Iberia (Level), ​​realizou uma aterrissagem de emergência em razão de uma criança que viajava a bordo se encontrava em risco vital, segundo os controladores. Uma ambulância os esperava ao pé da escada e o transportou, com a família, para o hospital mais próximo.

A emergência ocorreu às 2h09 da manhã quando a aeronave se encontrava então nas proximidades de Fuerteventura, a cerca de 38.000 pés. O avião pousou apenas 20 minutos depois que o estado de saúde precário da criança foi confirmado a bordo.

Via Airlive

quarta-feira, 1 de março de 2023

Anvisa decide que uso de máscaras em aviões e aeroportos não é mais obrigatório

Agência Nacional de Vigilância Sanitária anunciou atualizações sobre os procedimentos nos embarques em aeroportos.


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta quarta-feira (1º) que não é mais obrigatório o uso de máscaras em aviões e aeroportos no Brasil.

As máscaras foram utilizadas como uma das medidas de proteção contra o coronavírus entre 2020 e agosto de 2022, quando a medida foi suspensa. Em novembro, a obrigatoriedade havia sido retomada devido ao aumento no número de casos da doença.

A decisão desta quarta-feira foi tomada por unanimidade pelos cinco diretores da Anvisa em votação. Na reunião, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, fez uma relação entre o uso de máscaras e do cinto de segurança, para reforçar a importância da proteção facial.

“O cinto de segurança salvo uma análise mais aprofundada gera benefício única e exclusivamente para quem o usa. Não usar o cinto de segurança normalmente não traz um risco para outrem, o risco principal é para quem usa ou não usa o cinto de segurança. Entretanto, com a devida explicação e veiculação da informação correta, apresentação dos estudos vigentes quanto à importância do cinto, ele hoje é praticamente incontestável no mundo todo”, disse.

“A questão do uso da máscara é um pouco além, por que ela envolve a prevenção para terceiros. Então, quem usa máscara se protege mas também protege a terceiros”, completou Barra Torres.

Outras medidas permanecem como o desembarque por fileiras, a limpeza das aeronaves e avisos sonoros, de acordo com a Anvisa. Na presença de caso suspeitos de Covid-19, as empresas aéreas devem fornecer máscara para o passageiro que apresentar sintomas.

Via CNN

terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Mais de 200 passageiros passam 7 horas sem sair avião após voo desviar para aeroporto doméstico

(Imagem: BriYYZ / CC BY-SA 2.0, via Wikimedia)
Passageiros do voo JQ-30, da australiana Jetstar, que viajavam de Bangkok para Melbourne, passaram por um perrengue na noite do último sábado (25), quando o Boeing 787 em que estavam desviou do destino final após uma suspeita de que um viajante estava tendo um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Diante da situação de emergência, a tripulação tomou medidas e solicitou um pouso no aeroporto de Alice Springs, a cerca de metade do caminho. O viajante que estava com suspeita de AVC foi desembarcado, mas o avião não pôde decolar novamente. Isso porque, durante as verificações de rotina pré-decolagem o computador acusou uma falha elétrica que significava que o avião teria que ser avaliado.

Como o Aeroporto de Alice Springs não é um aeroporto internacional, os mais de 200 passageiros não puderam sair do avião para esticar as pernas, e tiveram que esperar na pista por sete horas até que um segundo avião chegasse a seu resgate. Um vídeo gravado a bordo mostra a condição dos passageiros no interior da aeronave (abaixo).


Depois de embarcar no avião substituto, os passageiros finalmente chegaram em Melbourne, sete horas atrasados. Muitos deles relataram que, apesar de passarem por um momento difícil, a tripulação foi extremamente gentil e prestativa durante toda a situação.

A Jetstar afirmou que vai investigar a falha elétrica para determinar suas causas, e se desculpou com os passageiros pelo imprevisto. Os viajantes também receberam vouchers de US$ 50 como compensação por sua experiência, reportou o jornal australiano 7News.

Rastreamento do voo via Radarbox

Comissária de voo de 24 anos sofre morte súbita minutos após o avião pousar em Londres


O Essex Coroner’s Court está investigando o caso da trágica morte de Greta Dyrmishi, uma comissária de bordo de 24 anos da Air Albania que faleceu no aeroporto de Stansted, em Londres, após pousar de um curto voo proveniente da capital albanesa, Tirana, em dezembro passado.

Segundo o relatório, relatado semana passada pela mídia britânica, Greta desmaiou e seus colegas de trabalho correram para ajudá-la, vindo a fornecer os primeiros socorros básicos antes de iniciar a reanimação cardiopulmonar. Embora os esforços dos profissionais, paramédicos e um médico, não foi possível reanimar a jovem.

A British Heart Foundation (BHF) confirmou que Greta morreu de Síndrome da Morte Súbita do Adulto (SADS). Esta condição é considerada quando alguém morre inesperadamente de uma parada cardíaca, mas a causa não pode ser encontrada. A BHF atribui a maioria dos casos de SADS a arritmia não tratada – um ritmo cardíaco anormal com o qual alguém pode viver por anos.

A Air Albania divulgou um comunicado expressando seu apoio à família de Greta neste momento difícil. “Sempre nos lembraremos de Greta como uma profissional apaixonada, uma excelente colega de trabalho e uma grande amiga de todos nós”, disseram. “Que Deus tenha misericórdia dela e dê paz à família. A Air Albania continuará com sua família”.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Mulheres da RAF não podem pilotar o jato furtivo F-35 porque ‘os capacetes são muito pesados’

Nenhuma das cerca de 30 mulheres pilotos da Real Força Aérea Britânica (RAF) está voando no caça furtivo F-35. O motivo é o capacete atual usado no caça de 5ª geração.


Falando ao Comitê de Defesa, o chefe da Força Aérea, Sir Mike Wigston, disse que as mulheres são muito delicadas para o capacete pesado do F-35. Porque para transportar o modelo Gen III usado pela RAF, os pilotos britânicos têm que pesar no mínimo 68 quilos. Os pilotos mais leves correm o risco de lesões no pescoço se tiverem que ejetar do F-35 em uma emergência.

Os pilotos da nova aeronave de combate furtivo F-35 da RAF, que entrou em serviço em junho de 2018 com o ilustre Esquadrão 617 “Dambusters”, estão equipados com um capacete eletrônico exclusivo.

O capacete repleto de eletrônicos oferece aos pilotos não apenas proteção, mas também um pacote de informações, incluindo câmeras com sensores térmicos ou visão noturna que segue seu olhar, permitindo que eles “vejam através” do avião para uma consciência situacional quase completa.


De fato, o capacete que acompanha o F-35 Lightning II é significativamente mais pesado que o de outros caças, pesando 2,5 kg. Porque é basicamente equipado com displays que o piloto precisa com as informações para suas missões – incluindo velocidade, rumo, altitude, informações de alvos e avisos. Em vez de um heads-up display, as informações do F-35 são projetadas diretamente no visor do piloto, reduzindo a carga de trabalho do piloto e aumentando a capacidade de resposta. Um sistema de câmera montado na aeronave ainda permite que o piloto use o visor do capacete para ver coisas sob as asas do jato.

O parlamentar Tobias Ellwood, presidente do comitê de defesa da House of Commons, disse: “É preciso haver um segundo capacete mais leve para as mulheres usarem”.

Existe também uma versão “leve” do capacete F-35. Com apenas 2,09 quilos, é semelhante em peso aos capacetes F-15 e F-16. Pilotos mais leves também poderiam voar com ele. No entanto, o chefe da Aeronáutica não acredita na compra do equipamento de US$ 400 mil. “Teríamos problemas em aprová-lo em termos de segurança porque não oferece ao piloto a proteção que o outro capacete tem agora”, disse.

Wigston não vê nenhuma discriminação contra pilotos do sexo feminino: “Esse é o limite mínimo de peso para o F-35, e não importa se você é homem, mulher ou qualquer pessoa, é o que se aplica.”

O marechal do ar disse ainda que, caso a caso, se a aptidão de uma piloto feminino ou muito leve significasse que eles eram mais adequados para voar no Lightning do que no Typhoon, a RAF poderia considerar emitir-lhes um “capacete seguro mais leve”.


A questão do capacete é realmente a razão pela qual nenhuma mulher se senta no cockpit de um F-35 britânico? O peso médio das mulheres britânicas é de 72 quilos, então o limite de 68 quilos não deveria ser um problema de qualquer maneira.

Ao contrário da RAF, na USAF a questão de gênero no cockpit do F-35 não é mais um problema, com a primeira mulher pilotando o Lightning II pela primeira vez em 2015. Segundo a piloto do F-35 da USAF Christine Mau: “O avião não sabe qual é o gênero do piloto dele. E ele também não se importa.”

Via Fernando Valduga (Cavok) - Fotos: Reprodução

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Por que ficamos alcoolizados mais rápido no avião?

Beber um uísque dentro do avião pode te deixar nas alturas, literalmente — e mais do que se você bebesse essa mesma dose na sua casa.


Isso acontece principalmente porque o nível de oxigênio no seu sangue está mais baixo devido à pressão atmosférica de dentro da cabine. Mesmo com a pressurização, ela é menor do que estamos acostumados em terra.

Com um nível menor de oxigênio, os órgãos funcionam mais lentamente e a bebida permanece mais tempo dentro de você, aumentando o efeito.

Se você fizesse uma festa em uma montanha de 2 mil metros de altura, também ficaria no mesmo “grau”. E tem mais: como o ar dentro do avião é muito seco, o passageiro pode desidratar mais rápido do que se estivesse tomando uma no solo.

Outra coisa: o álcool demora mais ou menos uma hora para fazer efeito. Aquela segunda ou terceira taça de vinho porque a primeira "não bateu" pode sobrecarregar o fígado, que já está funcionando mais devagar por conta da altitude, e gerar os efeitos da famosa ressaca.

Não quer passar vexame no voo? A dica amiga é ingerir água junto e também evitar comidas muito salgadas. Boa sorte para você que embarcou ao lado de alguém que está a fim de afogar as mágoas.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Você pode estar respirando mais fumaça de avião do que gostaria

O óleo lubrificante na pluma de escape quente de um motor de avião forma partículas
 ultrafinas, que são liberadas na atmosfera (Imagem: Florian Ungeheuer)

Partículas ultrafinas


Na poluição, as partículas ultrafinas, que têm menos de 100 milionésimos de milímetro (100 nanômetros) de tamanho, podem ser a piores.

Por serem tão pequenas, elas conseguem penetrar profundamente no trato respiratório, ultrapassar a barreira ar-sangue e, dependendo de sua composição, causar reações inflamatórias nos tecidos, por exemplo. Além disso, há fortes suspeitas de que as partículas ultrafinas sejam capazes de desencadear doenças cardiovasculares.

Partículas ultrafinas se formam durante processos de combustão, que vão desde quando madeira ou biomassa são queimadas, até os motores dos carros e os grandes equipamentos das usinas termoelétricas e outras indústrias.

Mas, e se elas estiverem caindo na sua cabeça, onde quer que você esteja?

O professor Florian Ungeheuer, da Universidade Goethe de Frankfurt (Alemanha), estava analisando a composição química de partículas ultrafinas e descobriu um grupo de compostos orgânicos que, de acordo com suas características, se originam de óleos lubrificantes.

O problema é que não eram lubrificantes de carros e nem de máquinas, mas especificamente daqueles usados em aviões.

Lubrificantes de aviação


A equipe acaba de confirmar essa descoberta por meio de medições químicas adicionais das partículas ultrafinas, feitas com os melhores equipamentos e técnicas disponíveis. Os resultados confirmaram que as partículas se originaram basicamente dos óleos sintéticos usados nos motores a jato, e são particularmente prevalentes nas classes de partículas menores, ou seja, partículas de 10 a 18 nanômetros de tamanho.

Embora os motores de avião devessem queimar apenas o combustível - querosene de aviação -, e não os óleos lubrificantes, esses óleos de lubrificação podem entrar na pluma de exaustão dos motores, por exemplo, através de aberturas onde gotículas de óleo de tamanho nanométrico e vapores de óleo gasoso não são totalmente retidos pelos mecanismos do motor.

Isso significa que medidas em andamento para diminuir a poluição dos aviões, como usar querosene com baixo teor de enxofre ou mudar para um combustível de aviação sustentável, não irá eliminar toda a poluição causada por partículas ultrafinas.

"Quando o vapor de óleo esfria, os ésteres sintéticos gasosos ficam supersaturados e formam os núcleos de novas partículas, que podem crescer rapidamente até cerca de 10 nanômetros de tamanho. Essas partículas, como nossos experimentos indicam, constituem uma grande fração das partículas ultrafinas produzidas por motores de aeronaves.

"A suposição anterior de que partículas ultrafinas se originam principalmente de enxofre e compostos aromáticos no querosene está, evidentemente, incompleta. De acordo com nossas descobertas, a redução das emissões de óleo lubrificante dos motores a jato tem um potencial significativo para reduzir a emissão de partículas ultrafinas," concluiu Ungeheuer.

Checagem com artigo científico: Artigo: "Nucleation of jet engine oil vapours is a large source of aviation-related ultrafine particles" - Autores: Florian Ungeheuer, Lucía Caudillo, Florian Ditas, Mario Simon, Dominik van Pinxteren, Dogushan Kiliç, Diana Rose, Stefan Jacobi, Andreas Kürten, Joachim Curtius, Alexander L. Vogel - Publicação: Communications Earth & Environment - Vol.: 3, Article number: 319 - DOI: 10.1038/s43247-022-00653-w.

domingo, 15 de janeiro de 2023

Férias: veja como um voo longo impacta a saúde do corpo humano

Viagens com trajetos grandes de avião podem influenciar o desenvolvimento de trombose, desidratação, jet lag e maior exposição a doenças.


As férias chegaram e, de acordo com a Infraero, o movimento nos aeroportos deve aumentar 45% durante os meses de dezembro e janeiro. Se a ideia é uma viagem longa, existem alguns cuidados com a saúde para levar em consideração. Voos compridos, com mais de oito horas, podem ser responsáveis pelo desenvolvimento, por exemplo, de desidratação e trombose.

A médica intensivista Adele Vasconcelos, do Hospital Santa Marta, em Brasília, explica como um voo longo pode impactar a saúde do corpo e destrincha formas de lidar com grandes viagens. Confira:

1. Desidratação


Em longos trajetos de avião, é comum que o passageiro se desidrate. O interior do transporte aéreo é seco e a alta altitude não possui a mesma umidade de condições normais, e Adele acrescenta que a despressurização da cabine faz com que o interior fique ainda mais seco.

“É recomendado sempre que o indivíduo consuma mais líquido do que o normal. É interessante levar uma garrafinha para se hidratar dentro dos voos”, afirma a médica. Outra dica é não beber muito álcool ao longo do caminho, pois a bebida é um diurético que resulta no aumento do fluxo urinário, causando desidratação.

2. Influência nos ouvidos, respiração, intestino e sono


Adele lembra que a pressão é diferente dentro da cabine e os gases do corpo reagem de acordo. Eles se expandem conforme a aeronave sobe e a pressão diminui, e o contrário ocorre quando o avião desce. Por isso, podem acontecer, por exemplo:
  • Dores de ouvido, que acontecem quando a pressão do ar nos dois lados do tímpano é diferente;
  • Dores de cabeça, que podem ser causadas pela expansão do ar preso nos seios da face;
  • Problemas intestinais, como soltar mais gases.
A viagem também pode causar sono, visto que o corpo não é capaz de absorver tão bem o oxigênio do ar na altitude quanto no solo. Logo, ficar sonolento é a forma do organismo se proteger.

3. Trombose


Ficar entre 8 e 12 horas sentado sem se movimentar aumenta o risco de formação de coágulos sanguíneos nas pernas, problema conhecido como trombose venosa profunda (TVP). O ideal é fazer caminhadas pequenas dentro do avião, respeitando os momentos adequados.

Adele sugere levantar pelo menos de hora em hora e evitar mais do que 90 minutos sentado, especialmente no caso de pessoas cardiopatas, que já têm alguma doença cardiológica prévia.

“Antes de viajar, esse paciente deve procurar seu cardiologista para orientar as medidas necessária de voo para evitar trombose”, diz a médica. Ela destaca os principais grupos de risco para o quadro:
  • Idosos;
  • Obesos;
  • Pacientes com histórico anterior ou familiar de coágulos;
  • Pessoa com câncer;
  • Índivíduo com imobilização ou cirurgia recente;
  • Gestantes;
  • Pessoas que fazem terapia de reposição hormonal ou pílula anticoncepcional oral.

4. Jet Lag


A confusão no horário biológico, que causa distúrbio temporário no sono, é o efeito jet-lag, segundo a médica. “Sair de um ambiente à noite, viajar muitas horas e chegar em outro país onde ainda é noite nos faz perder a noção. E aí acontece esse efeito rebote, de não conseguir dormir mesmo depois de muitas horas acordado”, explica.

A alteração do nosso ciclo circadiano normal, ritmo em que o organismo realiza suas funções ao longo do dia, causa a fadiga. A confusão é mais comum em voos longos.

5. Maior exposição à Covid-19


A exposição a doenças dentro da cabine é maior. Qualquer vírus, como o coronavírus ou outra infecção respiratória, se propaga com mais facilidade em ambientes fechados e com permanência prolongada.

Adele chama a atenção para a utilização dos filtros hepa, que são tecnologias de separação de partículas, por parte das companhias aéreas. “Eles diminuem a propagação de vírus, bactérias e fungos dentro dos ambientes fechados”, analisa.

No entanto, o passageiro ainda fica muito próximo das outras pessoas e usar máscara diminui a propagação e contaminação por doenças como a Covid-19.

Via João Vítor Reis (Metrópoles) - Foto: Getty Images

segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Oração e corre-corre: mulher desmaia em avião da Gol e é atendida por médico do Acre

Comissários da Gol ajudaram nos procedimentos, que reanimou a mulher.

Médico faz procedimentos de primeiros socorros em um voo da Gol (Foto: ContilNet)
Uma mulher de 51 anos desmaiou em no voo G31798 da Gol, que ia de Brasília (DF) para Rio Branco (AC), na noite desta sexta-feira (6). Comissários da companhia aérea tentaram reanimar a mulher, que teve que ocupar as três poltronas da aeronave para receber oxigênio.

O médico acreano infectologista Eduardo Farias, que estava a bordo do Boeing 737-8EH, prefixo PR-GTC, prestou os primeiros socorros à mulher. Além dos primeiros socorros, um jovem orou durante vários minutos com a mão estendidos em direção à mulher.

Um rapaz também orou na mulher durante os procedimentos de primeiros socorros (Foto: ContilNet)
Os atendimentos imediatos dos comissários da Gol e do médico acreano Eduardo Farias, foram muito importantes para salvar a vida da passageira.

O médico Eduardo Farias que estava no voo da Gol e prestou o socorro (Foto: ContilNet)
Via ContilNet e flightradar24

IATA responde à reintrodução do teste COVID-19

As autoridades chinesas agora estão permitindo que os cidadãos viajem internacionalmente novamente após quase três anos de proibições estritas devido à pandemia. No entanto, como resultado, as companhias aéreas enfrentam novamente a perspectiva de gerenciar testes de passageiros em vários países. Desde o levantamento da política de eliminação do COVID-19 do governo chinês no mês passado, vários países reintroduziram os requisitos de teste para viajantes de companhias aéreas da China.

A organização de defesa das companhias aéreas IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) expressou 'decepção' com a imposição de restrições de viagem para passageiros da China. Em um comunicado divulgado na quarta-feira (4), o diretor-geral da IATA, Willie Walsh, disse: “É extremamente decepcionante ver esse restabelecimento instintivo de medidas que se mostraram ineficazes nos últimos três anos”.

Walsh citou que os países devem empregar “ferramentas para gerenciar o COVID-19 sem recorrer a medidas ineficazes que cortam a conectividade internacional, prejudicam economias e destroem empregos. Os governos devem basear suas decisões em 'fatos científicos' e não em 'políticas científicas'”. Ele também instou o governo chinês a “eliminar a necessidade de testes COVID-19 antes da partida para aqueles que viajam para a China”.

Os EUA, Índia, Itália, Japão e Austrália estão entre os países que impõem medidas aos viajantes da China. Tal como acontece com a gestão dos requisitos de teste nos vários picos da pandemia nos últimos três anos, os países estão implementando vários tipos de controles e abordagens que podem ser considerados 'inconsistentes'. Por exemplo, os EUA exigem que os viajantes da China realizem um teste COVID-19 antes da partida. As autoridades do Japão exigirão que os passageiros que chegam da China façam um teste na chegada, com os que testarem positivo sujeitos à quarentena.

O governo inglês inicialmente aconselhou que o teste antes da chegada seria necessário, mas reverteu a decisão. A Reuters informou que a abordagem agora é que o teste será voluntário e qualquer passageiro que teste positivo após chegar ao país não precisaria ficar em quarentena. Com vários países europeus impondo suas próprias medidas, a União Europeia (UE) emitiu uma declaração na quarta-feira buscando "uma abordagem preventiva coordenada à luz dos desenvolvimentos do Covid-19 na China" por todos os estados membros. A CNBC informou que a política de saúde é determinada por cada estado membro da UE, portanto, alguns países como Itália, França e Suécia iniciam medidas de teste, enquanto outros países da UE não têm restrições.

Nesta semana, o Marrocos adotou uma abordagem mais extrema e proibiu todas as viagens da China de cidadãos de qualquer país. Em um comunicado anunciando as medidas, o Ministério das Relações Exteriores marroquino disse que as restrições foram iniciadas após acompanhar de perto os eventos na China nas últimas semanas. O Ministério aconselhou ainda, 'Esta medida excepcional em nada afecta a amizade sincera entre os dois povos nem a parceria estratégica entre os dois países, à qual o Reino continua firmemente ligado.'

Dada a natureza dinâmica da situação atual e com o conhecimento prévio das restrições de viagem, os viajantes devem verificar os requisitos para viagens perto das datas da viagem.

Via airlinegeeks

domingo, 8 de janeiro de 2023

Saiba como evitar dor no ouvido em adultos e crianças em viagens de avião

Viagens de avião podem causar incômodos e dores de ouvido. Especialista explica que essa sensação ocorre pela mudança brusca de pressão na variação de altura.


O mês de janeiro é marcado por férias e diversão. Com isso, há um aumento no número de viagens de avião. De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o movimento nos aeroportos aumenta cerca de 45% durante as festas de fim de ano.

No entanto, algumas pessoas são mais sensíveis a mudança de pressão que ocorre durante os voos, o que pode provocar dores agudas nos ouvidos. Segundo Ariane Gonçalves, especialista em audiologia e autora do livro Descomplicando a perda auditiva, da clínica AudioFisa Aparelhos Auditivos, isso acontece porque, durante a decolagem, a pressão do ar dentro da cabine diminui gradualmente até atingir o nível que será mantido durante o voo.

"Com a pressão do ar mais baixa, é necessário liberar um pouco do ar preso do ouvido interno. As dores costumam ser ainda mais intensas durante o pouso, já que nesse momento a pressão do ar dentro da cabine aumenta gradualmente, e esse aumento "empurra" os tímpanos para dentro", explica a especialista.

Para combater os incômodos, a pressão do ar do ouvido interno também precisa aumentar. Por isso, Ariane deixa três dicas valiosas para evitar a dor de ouvido no voo e evitar maiores complicações durante as férias:
  • Mastigue chiclete ou alimentos de preferência duros para ajudar a equilibrar a pressão no ouvido e evitar a dor.
  • Provoque o bocejo para ajudar a liberar a tuba auditiva e favorecendo o equilíbrio da pressão.
  • Utilize spray nasal que serve para ajudar na passagem do ar para o ouvido, assim a pressão se reequilibra mais facilmente.
Já nos bebês e crianças, a especialista afirma que a melhor estratégia é não deixar dormirem na hora da decolagem ou do pouso. Além disso, é importante oferecer a mama para as que ainda estão em aleitamento materno, mamadeira ou outro alimento à criança nestes momentos. "Lembrando de evitar a posição deitada para não ocorrerem mais entupimentos dos ouvidos", completa Ariane.

Via Jéssica Andrade (Correio Braziliense) via Estado de Minas - Foto: FreePik

sábado, 7 de janeiro de 2023

Vai viajar? Descubra os seis lanches mais saudáveis para levar no voo

Descubra alternativas saudáveis ao tradicionais fast foods servidos no aeroporto ou durante o trajeto.


Em janeiro, há um aumento expressivo nas viagens de avião. É preciso, no entanto, ficar atento aos lanchinhos servidos no voo. Por mais que pareça difícil, dá para fazer escolhas saudáveis, que vão além do fast food e de belisquetes industrializados.

A primeira recomendação para ter uma viagem de qualidade, sobretudo os internacionais, é manter uma boa hidratação durante o voo. Nesse momento, devemos ter maior cuidado com a ingestão de água, já que a alta carga de ar deixa o ambiente aéreo mais seco e a falta de umidade é comum.

Outra situação comum são os enjoos durante o trajeto, devido aos movimentos causados pela aeronave. Uma boa alternativa, nesse caso, é levar um sachê de chá de gengibre. Peça água quente à aeromoça, e voilá.

Legumes e vegetais picados

Vegetais, como pepino, aipo, cenoura e pimentão vermelho, são ótimos petiscos para consumir durante a viagem. Além da praticidade, eles são ricos em fibras e nutrientes, e apresentam uma crocância satisfatória, gerando saciedade por mais tempo.

Biscoitos de sementes ou grãos integrais

Lanches compactos como biscoitos ou barrinhas de cereais são práticos e fáceis de levar com você. A sugestão é optar por produtos feitos de grãos integrais ou sementes. Eles são fontes de fibras, proteínas e outros nutrientes, incluindo ferro, ácido fólico, selênio, vitaminas do complexo B e magnésio.

Nozes e sementes

As nozes são abundantes em proteínas e antioxidantes. Uma sugestão seria misturar algumas opções de oleaginosas, como castanha de caju, nozes, castanha-do-pará e amêndoas, que mantém a saciedade.

Sanduíches caseiros

A maioria dos sanduíches de aeroportos vem com uma enorme quantidade de condimentos e queijos industrializados. Além disso, costumam ser caros. Em vez disso, faça seu próprio sanduíche com baixo teor de sódio e proteína. Quando você prepara o seu alimento, além de ter maior controle, tem segurança do que está entrando em seu corpo.

Evite alimentos industrializados

Chips e salgadinhos fáceis de encontrar pelo aeroporto, mas a conveniência pode ter um custo. Alimentos gordurosos prejudicam o sistema digestivo e agravam a sensação de náuseas, além de piorar a digestão e os sintomas do enjôo.

Nada de comidas picantes

Alimentos picantes, em geral, podem incomodar o estômago. Para minimizar o desconforto, opte por lanches menos condimentados.

Não beba álcool

Se você tem tendências a sofrer de enjoo, evite a ingestão de bebidas alcoólicas durante o voo. Ele coloca mais pressão em seu sistema digestivo do que seria confortável para passar algumas horas no assento do avião.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Por que se deve analisar as águas residuais de aviões vindos da China?

A análise das águas residuais é muito menos penosa para os passageiros e mais fácil de realizar
do ponto de vista logístico do que os testes individuais (Foto: AFP)
Diante da explosão de casos de covid-19 na China, alguns países começam a examinar as águas residuais dos aviões procedentes do gigante asiático. A medida não impedirá a propagação do vírus, mas permitirá identificar possíveis novas variantes.

No que consiste?


Trata-se de examinar a urina e as fezes misturadas de todos os passageiros de um voo procedente da China. O objetivo é detectar a presença ou não do coronavírus para se ter uma ideia de seu grau de circulação e das diferentes variantes.

Para isso, depois da aterrissagem de um avião, as autoridades locais recolhem amostras de suas águas residuais. Em seguida, estas são enviadas para laboratórios, onde são submetidas a testes exaustivos. Se o vírus for detectado, seu genoma é “sequenciado” para vinculá-lo a uma variante conhecida.

Outra possibilidade é recolher as águas residuais de todo um aeroporto. Mas isso não permite mensurar os riscos relacionados com um lugar de origem específico.

Quem faz?


Muitos países decidiram controlar as águas residuais dos aviões procedentes da China, entre eles Austrália, Bélgica e Canadá. Os Estados Unidos planejam fazê-lo, segundo a imprensa americana, e a União Europeia (UE) provavelmente recomendará o mesmo a todos os seus Estados-membros, depois que os especialistas se pronunciaram a favor esta semana.

Para quê?


A análise das águas residuais permite aos países agir em um momento no qual os casos de covid explodiram na China após o levantamento de restrições drásticas mantidas durante três anos.

Mas não se espera que isso limite a propagação do vírus além-fronteiras, ao contrário da obrigatoriedade de testes negativos aos viajantes.

“Estas amostras representam uma janela sobre o que está acontecendo atualmente na China”, explica à AFP o epidemiologista Antoine Flahault, em um contexto de “dúvidas sobre a transparência e a diligência da informação sanitária oficial do governo chinês”.

“Saber que entre 30% e 50% dos passageiros procedentes da China estão atualmente infectados é uma informação útil na ausência de números confiáveis sobre a incidência atual da covid-19 no país”, destaca.

Também é possível detectar nestas águas residuais a presença de novas variantes, que poderiam fazer a epidemia evoluir como aconteceu com a ômicron no fim de 2021.

Qual é o seu sentido?


A análise das águas residuais é muito menos penosa para os passageiros e mais fácil de realizar do ponto de vista logístico do que os testes individuais. Por isso, a medida favorece o setor de transporte aéreo.

A associação que promove os interesses coletivos dos aeroportos europeus, ACI Europa, defendeu esta semana que as análises sejam limitadas às águas residuais, ao invés de exigir testes aos viajantes.

Quais são seus limites?


O exame das águas residuais é uma ferramenta que “funciona incrivelmente bem”, mas não dá uma “visão exaustiva” da presença do vírus a bordo de um avião ou das variantes que circulam nele, adverte à AFP o virologista Vincent Maréchal.

Este método apenas mostra a presença do vírus entre os passageiros que usaram o banheiro.

Além disso, a análise das águas residuais pode ser interessante para se conhecer o grau de circulação do vírus, mas dá pouca margem para empreender ações concretas e rápidas.

São necessários vários dias para concluir a coleta das águas, seu transporte ao laboratório e sua análise posterior.

“Uma vez que temos a informação, o que fazemos com ela? Entramos em contato com todas as pessoas [que estavam] no avião?”, pregunta-se Maréchal. “É interessante, mas já é tarde para as medidas que poderiam ser tomadas”, ressalta.

Via AFP/IstoÉ Dinheiro

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Hoje na História: 5 de janeiro de 2002 - Estudante suicida rouba avião e o arremessa contra prédio na Flórida (EUA)

Nota de suicídio do piloto elogia sequestradores do 11 de setembro. Mãe do garoto culpou efeito colateral de remédio contra a acne.

Charles J. Bishop e o Cessna 172 no acidente de Tampa em 2002 (Fonte: Fact Republic)
Em 5 de janeiro de 2002, Charles J. Bishop, um estudante do ensino médio da East Lake High School em Tarpon Springs, Flórida , Estados Unidos, roubou um avião Cessna 172 e bateu com ele na lateral da Torre do Bank of America, no centro da cidade Tampa, Flórida . O impacto matou o adolescente e danificou uma sala de escritório, mas não houve outros ferimentos.

Bishop se inspirou nos ataques de 11 de setembro. Ele havia deixado uma nota de suicídio creditando a Osama bin Laden pelos ataques e elogiando-os como uma resposta justificada às ações contra os palestinos e iraquianos e disse que ele estava agindo em nome da Al Qaeda, de quem recusou ajuda. 

Como as autoridades não conseguiram encontrar nenhuma outra evidência de quaisquer conexões, o terrorismo como motivo foi descartado, e eles sugeriram que o acidente foi um aparente suicídio. A mãe de Bishop entrou com uma ação, depois desistiu, alegando que os efeitos colaterais psicológicos da isotretinoína , um remédio para acne que Bishop tomou, que pode incluir depressão e raramente ações suicidas, causaram o incidente.

O voo


Às 17h00 EST, o instrutor de Charlie J. Bishop, de 15 anos, o deixou no avião Cessna 172R, prefixo N2371N, da escola de voo National Aviation, para realizar uma inspeção pré-voo. Assim que foi deixado sozinho no avião, ele ligou o motor e decolou sem permissão. 

Assim que o avião decolou, os controladores de tráfego aéreo alertaram a Guarda Costeira dos Estados Unidos e a Base da Força Aérea MacDill . Apesar dos repetidos avisos de um helicóptero despachado pela Guarda Costeira, o pequeno avião continuou até que colidiu com um prédio comercial do Bank of America. O avião colidiu entre o 28º e o 29º andar de um prédio de 42 andares.


O piloto 


Bishop era um estudante de ensino médio de 15 anos de Tarpon Springs, na Flórida. No momento do incidente, ele era um piloto estudante e apenas autorizado a voar com um Instrutor de Voo Certificado.

Vizinhos e conhecidos da escola na Flórida e em Massachusetts classificavam Charles Bishop como um filho único que vivera a maior parte de sua vida com sua mãe e às vezes com sua avó materna, Karen Johnson, nos subúrbios de Boston e São Petersburgo. Ninguém se lembrava de um pai na família.

Colegas de escola o descreveram como um aluno "A" que chegava aos registros de honra, gostava de suas aulas e era uma espécie de animal de estimação dos professores. Ele se interessava por jornalismo e falava animadamente sobre aviões, disseram colegas.

Alguns vizinhos em Norwell e Winchester, Massachusetts, onde a mãe e o filho moravam no início da década de 1990, lembravam de Charles como um menino típico que andava de bicicleta e tinha dois cachorros. Outros se lembravam de um menino sensível impressionado com o jardim de flores de um vizinho. Ele era quieto, educado, bem falado, até mesmo eloqüente ao expressar seus sentimentos, alguns disseram. Outros lembravam dele como taciturno e introvertido.

Investigação e rescaldo 


Uma investigação seguiu o incidente. As autoridades descartaram o terrorismo, embora testemunhas oculares tenham dito que o avião não fez nenhuma tentativa aparente para evitar atingir o prédio. 


As autoridades finalmente sugeriram que o acidente foi um aparente suicídio. Além disso, uma nota encontrada nos destroços afirmava que ele expressou apoio a Osama bin Laden. No entanto, não há evidências de que o adolescente tivesse qualquer ligação com qualquer grupo terrorista.

Uma nota de suicídio de Bishop foi encontrada dizendo: "Eu preparei esta declaração em relação aos atos que estou prestes a cometer. Em primeiro lugar, Osama bin Laden está absolutamente justificado no terror que causou em 11 de setembro. Ele colocou uma nação poderosa de joelhos! Deus abençoe ele e os outros que ajudaram a fazer o 11 de setembro acontecer. Os EUA terão de enfrentar as consequências de suas ações horríveis contra o povo palestino e os iraquianos por sua fidelidade aos monstruosos israelenses - que querem nada menos do que dominar o mundo! Você vai pagar - Deus ajudá-lo - e farei você pagar! Haverá mais por vir! A Al Qaeda e outras organizações se reuniram comigo várias vezes para discutir a opção de eu entrar. Eu não o fiz. Esta é uma operação feita apenas por mim. não tive nenhuma outra ajuda, embora eu esteja agindo em nome deles."

Posteriormente, as autoridades confiscaram um computador da casa dos pais de Bishop para tentar determinar o motivo do incidente. Momentos depois do incidente, o presidente George W. Bush foi brevemente informado sobre o incidente e dois acidentes não relacionados naquele mesmo dia.

Em abril de 2002, transcrições obtidas da Federal Aviation Administration revelaram novos detalhes sobre o incidente, que incluíam a proximidade do pequeno avião de um voo da Southwest Airlines.


A mãe de Bishop entrou com um processo de US$ 70 milhões contra os Laboratórios Roche, que fazem um remédio para acne chamado Accutane. De acordo com a ação judicial, o medicamento teve efeitos colaterais como depressão e ações suicidas, que a denúncia apontou como a causa do incidente. O processo foi retirado em 26 de junho de 2007, pela mãe de Bishop, que afirmou que ela era fisicamente e emocionalmente incapaz de continuar a ação.

A medicação contra acne usada por Bishop
Após o incidente, várias medidas de segurança foram tomadas. A FAA divulgou um aviso de segurança em 6 de janeiro, um dia após o incidente. O aviso incluía a segurança da aeronave e regulamentos relativos a alunos menores de idade. Além disso, a EAA e outras organizações de aeronaves menores propuseram mais segurança para escolas de voo e aeronaves pequenas.

Enquanto as autoridades declararam que o acidente foi devido a um "abuso de confiança" e não a uma violação de segurança, outros argumentam pela necessidade de maior segurança devido à simplicidade de tais ações.

Os destroços da fuselagem do Cessna, que se projetava do arranha-céu quase 300 pés acima do solo, foram cuidadosamente baixados para a rua. Os restos do avião foram levados para o Aeroporto Internacional de Tampa, onde foram remontados como parte da investigação do NTSB.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN e SF Gate)

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Pilotos desviam avião da rota após 9 ocupantes do voo ficarem doentes ao mesmo tempo

Airbus A321 da Frontier Airlines (Imagem: Griz13, via Wikimedia Commons)
Um incidente a bordo de um Airbus A321 foi registrado no último dia do ano de 2022, quando os pilotos precisaram desviar a aeronave devido a diversas pessoas doentes, entre elas, vários tripulantes.

Registrado sob a matrícula N702FR, o Airbus A321-211 da Frontier Airlines decolou de San Juan, em Porto Rico, no voo F9-111, e tinha como destino a cidade de Orlando, nos Estados Unidos, uma rota de pouco mais de duas horas e meia de duração.

Durante o voo, cruzando a 30 mil pés (cerca de 9,14 km), conforme reporta o The Aviation Herald, os pilotos decidiram desviar a aeronave para Miami, distante a cerca de 111 quilômetros. O motivo do desvio foi o reporte de que nove pessoas passaram mal, incluindo tripulantes e passageiros.

Abaixo pode-se observar a trajetória da aeronave envolvida no incidente, desde a decolagem, até o pouso no Aeroporto Internacional de Miami, que ocorreu às 18:36 locais, sem novas intercorrências.

Trajetória da aeronave envolvida na ocorrência (Imagem: RadarBox)
De acordo com o Departamento de Resgate de Bombeiros de Miami-Dade, após o pouso os paramédicos trataram os doentes, que foram posteriormente levados ao hospital local com sintomas de tontura. Ainda não há informações sobre o que teria causado o adoecimento das pessoas a bordo e nem o que elas sentiram.

A aeronave permaneceu no soo em Miami nesta segunda-feira (2), quando realizou um novo voo para Orlando.

terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Qual lugar do avião é mais seguro contra doenças? Médico explica


Na hora de escolher um lugar do avião, o que você leva em consideração? Acesso ao banheiro, a visão da janela ou saída mais rápida? De acordo com um artigo do site Travel + Leisure, o assento escolhido também pode aumentar ou diminuir a chance do contágio de doenças. 

A publicação conversou com o médico Chris McStay, vice-presidente do departamento de emergência dos hospital New York-Presbyterian/Columbia University Irving Medical Center.

É óbvia a existência do temor pela transmissão da covid-19, mas ele também alertou a contaminação que se dá nos voos para outras doenças virais, como a gripe.

Além de tomar as vacinas apropriadas, as indicações de higiene pessoal você já conhece: lavar as mãos sempre que possível ou mantê-las higienizadas com álcool em gel e uso de máscara.


E onde devo me sentar?


Segundo o doutor Chris McStay, há números suficientes em pesquisas para nos indicar o assento na janela. E não só pela vista. 

"Os dados apontam que você tem menos chance de se expor a alguns vírus por causa do número inferior de pessoas que passam por você naquela área", disse, contando que os corredores podem ficar cheios, principalmente em voos longos na hora de usar o banheiro.

Isso vai te garantir uma viagem mais saudável e 100% livre de uma contaminação? Provavelmente não, mas as chances são menores. O médico lembra que em viagens há inúmeras situações onde a proximidade com outros viajantes é pequena, como a fila do check-in, inspeção no raio-X, embarque e outros.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Psiquiatra ensina 7 dicas para aliviar medo de viajar de avião

Aerofobia é comum no mundo inteiro. A psquiatra Danielle lista maneiras de lidar para não deixa-la estragar ou frustrar a viagem.


Apesar de quase todo mundo amar viajar, é comum encontrar pessoas que só de pensar em embarcar em um avião sentem frio na barriga e ansiedade. Conhecido como aerofobia, o medo de viajar de avião atinge aproximadamente 42% dos brasileiros, de acordo com o Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística (Ibope).

A aerofobia, esclarece a psiquiatra Danielle Admoni, é caracterizada pelo suor excessivo, náuseas, dificuldade para respirar, tremores, aumento do ritmo cardíaco, irritação e tontura.

Apesar de o tratamento para a condição precisar de acompanhamento profissional, é possível adotar algumas orientações para aliviar a ansiedade e voar mais tranquilo. Confira algumas dicas enumeradas por Danielle:
  1. Planejar com antecedência: escolha o horário que combine com o seu sono. Desta forma, as chances de conseguir dormir durante o trajeto são maiores. Certifique-se, três dias antes, que os documentos necessários para a viagem estão em ordem. Segundo Danielle, não é bom antecipar demais as malas, pois você pode ficar angustiado se está esquecendo de algo. “O ideal é arrumar a bagagem no dia anterior à viagem, para ter certeza de colocar tudo o que precisa”, diz.
  2. Chegar no aeroporto com antecedência: para voos nacionais, esteja no local duas horas antes. No caso de internacionais, o indicado é chegar três horas antes da decolagem. A ideia é passar pelos processos burocráticos pré-voo o mais rápido possível — assim, segundo a psiquiatra, seus níveis de adrenalina ficam mais baixos;
  3. Usar roupas confortáveis: opte por peças que não apertam ou pinicam. Lembre-se do agasalho, e o ideal é ir com um tênis confortável;
  4. Trabalhar a respiração: a depender do nível de ansiedade, a respiração fica mais superficial, com aumento da frequência e diminuição da profundidade. Esse movimento altera o tônus muscular da cadeia respiratória, responsável por várias reações do corpo ao estresse. Danielle sugere uma técnica chamada de respiração quadrada, que requer uma pausa de quatro segundos a cada respiração e inspiração: “Inspire lentamente pelo nariz contando até quatro, pause por quatro segundos, expire pela boca contando até quatro e pause por mais quatro segundos”, ensina;
  5. Evitar se automedicar: remédios para dormir podem causar intoxicação e causar um sono tão profundo que impede a pessoa de se levantar e mexer as pernas, o que aumenta o risco de trombose venosa em voos longos;
  6. Evitar bebidas alcóolicas: por ser um depressor, o álcool reduz os níveis de serotonina no cérebro, um dos neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar. Logo, beber durante o voo pode aumentar a ansiedade. Ademais, os efeitos do álcool são potencializados pela menor oxigenação no ar, que acontece por causa da altitude;
  7. Distrair e interagir: escutar as suas músicas preferidas, ler um livro, assistir filmes e jogar no celular são atividades válidas para distrair-se e passar o tempo. Danielle recomenda interagir com outros passageiros e comissários de bordo. “Inclusive, é uma boa ideia contar sobre seu medo”, afirma a psiquiatra. Ela acrescenta que o importante é perceber o esforço para atenuar a ansiedade e notar o que está dando certo.
Via João Vítor Reis (Metrópoles) - Imagem: Getty Images

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

China encerrará quarentena para viajantes internacionais

A China estará totalmente aberta a viajantes internacionais a partir de janeiro de 2023, pois o país encerrará suas políticas de quarentena pouco antes do início das comemorações do Ano Novo Lunar.


As novas regras entrarão em vigor em 8 de janeiro de 2023, essencialmente abrindo o país para visitantes estrangeiros e nacionais que retornam.

A China tem se afastado de suas rígidas políticas de COVID-zero ao longo dos últimos meses, após protestos e distúrbios em muitas cidades do país.

A decisão de acabar com os requisitos de quarentena para viajantes internacionais vem após uma escolha anterior para facilitar os requisitos no final de novembro de 2022. Então, o governo local encurtou o período de quarentena em dois dias de sete, além de exigir um único teste COVID-19 antes de chegada em vez de dois, entre outras medidas em uma política chamada dinâmica zero-COVID.

Apesar da decisão de encerrar a quarentena na chegada à China, os viajantes internacionais ainda terão que fazer um teste de PCR negativo 48 horas antes da partida.

As mudanças também afetarão o mercado de aviação local. Os passageiros domésticos não precisarão mais verificar a temperatura para entrar no aeroporto. Além disso, a Administração de Aviação Civil da China (CAAC) começou a trabalhar em um plano para retomar gradualmente os serviços de voo completos dentro do país, ainda limitando as companhias aéreas a não mais de 9.280 voos domésticos por dia até pelo menos 6 de janeiro de 2023. 

O CAAC visa para retornar a 70% dos níveis de 2019 primeiro para que as companhias aéreas retreinem sua equipe antes de adicionar mais capacidade, de acordo com o China Daily, um jornal associado ao governo.

Via Aerotime Hub - Foto: estúdio kasarp / Shutterstock.com