segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Família de fotógrafo revela verdade sobre fotos de óvnis em Trindade

Sobrinha confirmou que as imagens famosas foram uma montagem.

Apesar disso, Aeronáutica ainda tem pelo menos um caso não explicado.


Uma portaria da Força Aérea Brasileira publicada nesta semana no Diário Oficial da União determina como devem ser registrados e arquivados os relatos sobre os chamados Objetos Voadores Não-Identificados (Ovnis). O Fantástico teve acesso a documentos antigos que já tinham sido liberados pela Aeronáutica e estão no Arquivo Nacional em Brasília.

Os arquivos da Aeronáutica guardam uma célebre sequência de fotos feitas na Ilha de Trindade, a 1,2 km da costa do Espírito Santo. As fotos foram tiradas por Almiro Baraúna, que já morreu e aparece em imagens feitas pelo Fantástico há 13 anos. Até hoje as fotos são consideradas autênticas por muitos pesquisadores do Brasil e do exterior, apesar de um detalhe: em duas fotos, a imagem do disco é idêntica, só que de cabeça para baixo.

Neste domingo (15), o Fantástico descobriu a verdade sobre o óvni da Ilha de Trindade. Uma amiga da família de Baraúna relatou o que ouviu da boca do próprio fotógrafo: ele forjou as imagens, foi uma montagem.

"Ele pegou duas colheres, juntou, e improvisou uma nave espacial e usou de pano de fundo a geladeira da casa dele. Ele fotografou na porta da geladeira um objeto com a iluminação perfeita porque ele calculou tudo e não era bobo. Ele ria muito", diz Emília Bittencourt. O acervo de Baraúna está com uma sobrinha dele, que não quis gravar entrevista, mas confirma a fraude.

O caso número um do Brasil trata de cinco fotos de um disco voador na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, em 1952. Elas foram tiradas pelo fotógrafo Ed Kéffel, da extinta revista “O Cruzeiro”. Circularam em uma edição extra, causaram grande impacto em todo o Brasil e correram o mundo. As fotos foram apresentadas às autoridades militares e muitos pesquisadores afirmaram: esta seria finalmente a prova de que os extraterrestres visitam a Terra. Será mesmo?

O pesquisador Claudeir Covo descobriu que não. “Se olharmos bem a foto, houve uma montagem. Para ter esse tipo de iluminação é preciso estar dentro d’água. Foi montagem”, afirma.

Operação Prato

Outro documento que ficou guardado durante décadas nos arquivos da Aeronáutica é o dossiê da chamada Operação Prato, conduzida por oficiais da Aeronáutica na região nordeste do Pará, em 1977. São centenas de relatos e muitas fotos de supostos óvnis. O comandante da Operação Prato, que já morreu, aparece em uma entrevista ao Fantástico, em 1997.

Mas há três anos uma revelação pôs em dúvida a Operação Prato, conhecida como a mais formidável coleção de documentos sobre discos voadores já coletada no Brasil. Fernando Costa, que assina um blog na internet como Fernando Dako, era filho do oficial da Aeronáutica responsável pela documentação da Operação Prato e tinha sido encarregado pelo pai de revelar as fotos tiradas pela Aeronáutica.

Em uma entrevista ao portal da internet Vigília, especializado em óvnis, Fernando confessou: “Eu passei a sacanear, ampliando qualquer ponto luminoso impresso no filme, para que ficasse parecido com um disco voador. Eu ria muito quando tinha notícias de publicações delas em livros de ufologia. Eu dividia o motivo da risada apenas com alguns amigos mais chegados”.

E o famoso ET de Varginha, em Minas Gerais? Ele teria aparecido em 1996 a três meninas e, segundo testemunhas, capturado pelo Exército, que sempre negou a história. Na época, o caso foi investigado e divulgado pelo pesquisador Ubirajara Rodrigues. Neste sábado (14), Ubirajara Rodrigues voltou ao local onde a estranha criatura teria sido capturada. Depois de 14 anos de estudo, ele diz que nada foi comprovado. "Não há provas nem indícios disso”, diz.

Mas, então, os discos voadores não existem? Resta pelo menos um caso importante nos arquivos da Aeronáutica que jamais foi explicado. Em 1986, jatos da Força Aérea foram acionados para perseguir 21 objetos luminosos que apareceram nas telas dos radares sobre São Paulo, São José dos Campos e Rio de Janeiro e que foram vistos pelos pilotos. “Era uma luz muito forte”, descreve um deles.

Fonte: G1 (com Fantástico/TV Globo)

Aeronáutica padroniza normas de segurança contra ataques terroristas

Padronização inclui verificação biométrica de acesso às áreas de controle de tráfego

Quase nove anos após os ataques terroristas de 11 de setembro, o comando da Aeronáutica padronizou as normas de segurança da aviação civil brasileira contra o terrorismo. A aprovação do Programa Nacional de Segurança para Aviação Civil do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (PNAV-SECEA) foi publicada nesta segunda-feira (16) no Diário Oficial da União.

Entre as normas está o uso de identificador biométrico para o acesso dos profissionais credenciados aos locais de controle de tráfego aéreo. Para o credenciamento, a portaria estabelece que haja verificação dos antecedentes do profissional.

De acordo com a portaria, o PNAV-SECEA consolida as diretrizes de segurança em todo o território nacional e padroniza os procedimentos operacionais tanto de forma preventiva como em caso de suspeita de ataques terroristas. As normas do programa podem ser complementadas por publicações específicas dos órgãos da aviação civil brasileira.

A portaria estabelece ainda como normas a padronização da comunicação da tripulação com os pilotos durante o voo assim como a comunicação do controle aéreo com o piloto em caso de suspeita de que a aeronave esteja sofrendo um ataque terrorista.

O programa também estabelece como será a capacitação dos profissionais do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), que engloba os Cindactas (Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle do Espaço Aéreo) e cria um Plano de Segurança e Defesa para o SISCEAB.

O Ministério da Defesa foi procurado para esclarecer as medidas da portaria, mas ainda não retornou à reportagem.

Fonte: R7

MAIS

Clique aqui e veja a publicação no Diário Oficial da União.

Empresário é detido por tumultuar evento usando um helicóptero em Minas Gerais

Uma multidão que participava de um evento de motos no Parque de Exposições de Passos, em Minas Gerais, se assustou com manobras realizadas por um piloto de helicóptero, neste domingo. Segundo a Polícia Militar, o piloto do helicóptero fez voos rasantes sobre a arena do parque onde estava o público, estimado em aproximadamente 4 mil pessoas. A aeronave teria pairado a cerca de 10 metros do chão.

Com a manobra, uma nuvem de poeira atingiu as pessoas e os equipamentos que estavam montados no palco. Em seguida, o helicóptero pousou numa área do parque. O piloto e o passageiro teriam permanecido no evento sem pagar ingresso.

A organização do evento registrou um boletim de ocorrência. Algum tempo depois, a aeronave levantou voo com os dois ocupantes e pousou no aeroporto da cidade, onde foram abordados pela Polícia Militar e conduzidos para a delegacia. Pouco tempo depois o empresário Breno Pinto da Silva, de 37 anos e o piloto Ricardo Henrique, de 33, foram liberados. A aeronave, um helicóptero R44 Ravem ficou apreendida em um hangar do aeroporto.

Fonte: EPTV via O Globo - Foto: J. Thadeu

Astronautas conseguem consertar o sistema de refrigeração da Estação Espacial Internacional após terceira caminhada espacial

A Nasa divulgou nesta segunda-feira que os astronautas Doug Wheelock e Tracy Caldwell Dyson, da Expedition 24, conseguiram consertar o sistema de refrigeração da Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês). A terceira caminhada realizada num intervalo de 10 dias teve como objetivo instalar uma nova bomba de amônia - quebrada desde o dia 31 de julho - em um módulo da estação. A caminhada durou 7 horas e 20 minutos e foi monitorada por engenheiros de dentro da ISS e dos escritórios da Nasa nos Estados Unidos. A engenheira Shannon Walker comandou a operação de dentro da ISS.

A Estação Espacial Internacional foi construída com o apoio de 16 nações e custou cerca de US$ 100 bilhões. Está em órbita a 355 quilômetros da Terra desde 1998.

Clique aqui e assista ao vídeo que explica como é feito o conserto.

A bomba quebrada foi retirada do sistema de refrigeração na última quarta-feira, quando os astronautas conseguiram completar a missão sem causar nenhum vazamento de amônia. Wheelock e Caldwell Dyson trabalharam por quase 8 horas seguidas. A primeira caminhada espacial para consertar o problema foi feita no dia 7 de agosto, mas teve que ser interrompida após um vazamento potencialmente perigoso para os astronautas. A segunda caminhada espacial foi feita no dia 11 de agosto , quando os astronautas começaram o reparo dando atenção especial à amônia, que não podia vazar novamente. A mesa de controle desejou um bom dia de trabalho para a equipe em órbita e pediu muito cuidado na hora da troca. Controladores de voo diminuiram a pressão das mangueiras do sistema de refrigeração em uma tentativa de minimizar riscos e possíveis vazamentos.

Fonte: O Globo (com agências internacionais) - Foto: NASA/AP

Argentino de 90 anos salta de paraquedas em Córdoba

O argentino Carlos Roque Beltrán comemorou seu aniversário de 90 anos pulando de paraquedas de uma altura de mais de três mil pés na cidade de Córdoba, a 800 quilômetros de Buenos Aires.

"Foi lindo, muito boa saída e boa queda", vibrou o senhor, logo depois de completar o salto, feito a partir de um avião.

Além de celebrar a data de seu nascimento, Beltrán quis festejar o Bicentenário da Independência da Argentina, que no dia 25 de maio recorda a Revolução de Maio, a qual culminou na libertação do país do domínio espanhol.

"Isso é para os que começam nos saltos com paraquedas, para que vejam que, aos 90 anos, se não fosse seguro eu não estaria aqui", comentou ele.

Em 2004, ele realizou um salto parecido para comemorar os 60 anos do seu estreia na atividade.

O argentino fez parte do primeiro corpo de paraquedistas do Exército Argentino, em 1944, segundo informou a imprensa local.

Fonte: ANSA - Foto: nuevodiarioweb.com.ar

Jovem de Brasília morre durante salto de paraquedas em Goiânia

O web designer Paulo Henrique de Farias Borges, 26, morreu após saltar de paraquedas no Aeroclube de Goiás. O fato aconteceu por volta das 15 horas da tarde de ontem.

Segundo os instrutores, a quase 400 metros do solo, o rapaz desconectou o paraquedas principal e não acionou o reserva. “Não há como jogar o principal fora involuntariamente, porque é preciso levar a mão e puxar a ferramenta que desconecta”, afirma Gilvan Barbosa, diretor técnico da Federação Goiana de Paraquedismo e um dos instrutores do voo.

De acordo com colegas de salto do web designer, o rapaz foi o primeiro a saltar de uma altura de aproximadamente 1.500 metros do solo. O paraquedas abriu normalmente e Paulo desenvolveu as manobras de voo.

“Ele permaneceu normal até quase 4 minutos de salto”, afirma Gilvan. Entretanto, próximo de uma altura de 400 metros do solo, ele desconectou o paraquedas principal.

Augusto Ribeiro, instrutor de solo, visualizou a queda e avalia que o rapaz não tentou acionar o reserva. “É estranho porque ele, que já tinha experiência, desconectou o principal em baixa altitude”.

Paulo Henrique morava no Distrito Federal e era nível dois em salto. Fez o curso exclusivo de treinamento para salto na Asbac-Clubes de Brasília e já havia participado de quatro saltos em Goiânia. Segundo Gilvan Barbosa, o rapaz apresentou conhecimento teórico e prático. “Ele recebeu o treinamento para, em caso de necessidade, liberar o principal e acionar o reserva. Mas isso não poderia ser feito em alturas baixas ou próximas do pouso”, avalia. A Asbac é parceira do Aeroclube da Capital, em Brasília os alunos recebem o conhecimento teórico e treinam os saltos em Goiânia.

A Polícia Técnico-Científica está analisando os equipamentos utilizados no salto para verificar se houve falha técnica. Após a conclusão do laudo é que a Delegacia de Homicídios vai analisar a possibilidade de abrir inquétiro. “O que temos até o momento é que ele acionou o mecanismo do paraquedas principal voluntariamente. Vamos analisar se ele teve intenção de cometer esse ato”, afirma Ailton Ligório, delegado responsável pelas investigações.

A suspeita de suicídio contraria o relato de instrutores e colegas que falam da disposição e bom o humor de Paulo minutos antes do salto. “Ele e mais dois colegas vieram em meu carro. Paulo estava normal, eles brincavam. No caminho ele deitou a cabeça no travesseiro e eu abri o vidro para pertubá-lo”, relata Augusto. Para os instrutores o rapaz era alegre, disciplinado e não apresentava sinais de uma possível tristeza ou depressão.

Salto

O paraquedista salta de aproximadamente 5 mil pés, ou seja, 1,5 mil metros de altura. Em queda livre pode atingir uma velociade de até 190km/hora. Após o salto, o paraquedista aciona o pilotinho, que é uma pequena bolsa na parte inferior do contêiner (mochila). O pilotinho recebe ar e infla, puxando para fora uma fita de nylon de 3 a 6 metros de comprimento chamada bridle.

O pilotinho e o bridle puxam a bolsa de abertura mantendo as cordas do paraquedas esticadas e tensas. Por fim, quando as linhas se desdobram completamente com a tensão do pilotinho, elas puxam as risers (parte final da corda do paraquedas presa ao corpo do piloto) para fora da mochila. O vento então infla as células do paraquedas, que se abre, diminuindo a velocidade de queda. O piloto passa a controlar o voo com as duas mãos segurando os batoques (peças de controle da direção). Paulo Henrique desenvolveu todo esse processo até o momento em que começava a se preparar para o pouso. Mesmo com o paraquedas em aparente perfeito estado técnico, ele acionou o punho de liberação preso às correias de um de seus ombros. E não acionou o punho de liberação do reserva. Retornou a queda livre, chocando-se contra o solo e vindo a óbito no local.

Fonte: Rafaela Carvello (dm.com.br)

PM encontra criança que jogava laser nos olhos de pilotos de avião em BH

Menino disse que queria apenas se divertir

A Polícia Militar descobriu nesta segunda-feira (16) o responsável por colocar em risco a vida de pilotos e passageiros de aviões no Aeroporto da Pampulha (foto), em Belo Horizonte com um raio laser. Um menino de oito anos ficava na cobertura de um prédio e usava o aparelho contra os profissionais.

De acordo com o capitão Messias Alan de Magalhães, da sala de operações do Comando de Policiamento Aéreo da PM (Copaer), no último sábado (14), a torre de comando recebeu a denúncia de que alguém ameaçava o trabalho dos pilotos. Eles estariam com dificuldades para pousar no aeroporto da Pampulha.

Uma equipe no helicóptero do Copaer saiu em busca do responsável pela emissão dos raios e descobriu que eles vinham de um prédio, localizado na rua Edna Branda Ferreira, no Bairro Santa Amélia. De acordo com o capitão Alan, o edifício fica na linha de pouso das aeronaves.

No local, a PM descobriu que o responsável pela "brincadeira" era um menino de oito anos. Ele contou aos policiais que não teve a intenção de prejudicar ninguém e que queria apenas se divertir.

O responsável por ele, um homem de 29 anos, foi levado para a Delegacia da Polícia Civil de Venda Nova, onde foi ouvido e liberado. Ele pode responder por atentado à segurança dos transportes aéreo, marítimo ou fluvial.

Fonte: R7 - Foto: Frederico Haikal/Jornal Hoje em Dia

Erro humano pode ter causado o acidente de avião em Maracaibo em 2005

Um erro humano está na origem do acidente com o avião McDonnell Douglas MD-82, prefixo HK-4374X, da companhia colombiana West Caribbean Airways em Maracaibo na Venezuela, que fez 160 mortos, entre eles 152 martinicanos, no dia 16 de agosto de 2005, segundo relatório do ministério venezuelano dos Transportes do qual a AFP obteve uma cópia.

"As provas voltam-se ao fator humano como causa do acidente", diz o relatório entregue aos representantes das vítimas cinco anos após a tragédia.

Segundo o documento, o acidente foi o resultado de uma série de acontecimentos, "a crise financeira" vivida pela companhia aérea, o desconhecimento de limites operacionais do avião e ainda a inexperiência do piloto e do copiloto.

Os integrantes da AVCA (Associação de Vítimas da Catástrofe Aérea de 16 de agosto) representando famílias de vítimas da metrópole haviam pedido aos poderes públicos a publicação do relatório venezuelano assim que fossem concluídas as recomendações do Birô de Investigações e Análises (BEA), o organismo francês encarregado da parte técnica dos acidentes ou incidentes na aviação civil.

Um relatório apresentado em 2007 não havia mostrado nenhuma falha técnica, orientando-se para o fator humano para explicar o acidente de avião da West Caribbean, que ligava Panama a Fort-de-France.

Fonte: AFP - Foto: AFP - Mapa: Aviation Safety Network

MT: PF acha cocaína em destroços de avião que caiu em 2007

A Polícia Federal (PF) apreendeu nesta segunda-feira cerca de 30 kg de pasta base de cocaína junto aos destroços de uma aeronave que caiu em 2007, em Mato Grosso. A droga foi localizada no domingo por equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis(Ibama) e do Corpo de Bombeiros, e resgatada hoje na região da Serra das Araras, a 120 km de Cuiabá.

De acordo com a PF, a massa bruta total apreendida é de 36.785 kg. Porém, o material contém folhas secas, material orgânico e embalagens plásticas. Funcionários do Ibama estavam na área para monitorar focos de incêndio quando encontraram os destroços da aeronave.

O acidente

A PF informou que o monomotor Embraer EMB-710C Carioca, prefixo PT-NTR, desapareceu em janeiro de 2007. A aeronave deveria ter partido de Tangará da Serra, com destino a Sinop. Entretanto, investigações apontam que o trajeto foi o oposto.

O piloto da aeronave, Cleverson de Souza, deveria ter partido sozinho na viagem, segundo a PF, mas há indícios de que estivesse acompanhado no momento do acidente. A polícia suspeita que a queda tenha sido provocado pelo choque do avião no alto da serra, por causa do voo em baixa altitude.

A polícia não encontrou corpos. A família do piloto já foi comunicada da localização da aeronave. A PF retornará as investigações sobre o trajeto que a aeronave fez para descobrir a origem da droga.

Fonte: Terra - Fotos: Polícia Federal/Divulgação

Mula paraquedista da Rússia ganha abrigo de luxo

Animal participou de uma estúpida ação de marketing em praia no sul da Rússia.

A mula paraquedista que fez sucesso na internet vai ganhar um abrigo de luxo na Rússia, publicou nesta quinta-feira (12) o jornal britânico The Sun.

Clique aqui e leia a matéria anterior sobre a 'mula paraquedista'.

O diário comprou a mula e a colocou em um abrigo especial, com direito até a massagem. Enquanto as entidades de defesa animal querem a punição dos responsáveis pelo voo inusitado, a mula aguarda para ser levada para a Inglaterra.

O animal foi amarrado a um paraquedas que estava sendo puxado por uma lancha e voou por quase uma hora. A ideia de atrair turistas para praia de Golubitskaya, no sul do país, partiu de empresários, mas gerou protestos de entidades de defesa dos animais.

Fontes: R7 / The Sun / Blog Notícias sobre Aviação

Avião é furtado do principal aeroporto da Venezuela

Um avião de pequeno porte foi furtado neste fim de semana de um dos hangares do Aeroporto de Maiquetía, o principal da Venezuela, sem que a torre de controle tenha registrado o momento da decolagem, informou nesta segunda a imprensa local.

O pequeno avião, de sigla YV1987 e de propriedade da empresa agropecuária Yuruguaná, foi furtado do terminal auxiliar de Maiquetía entre sexta-feira e sábado, de acordo com a denúncia apresentada à Polícia, publicou hoje o jornal El Universal de Caracas.

O curioso do caso é que, aparentemente, ninguém percebeu o furto da aeronave, já que funcionários do aeroporto disseram aos policiais que a viram pela última vez na noite de sexta-feira estacionada no hangar.

De acordo com as informações obtidas pela polícia, o avião tinha um vôo programado para sábado de manhã e a decolagem foi avisada na noite de sexta-feira.

Os investigadores acreditam que os autores do furto são envolvidos no tráfico de drogas. Eles teriam conseguido levantar voo com a aeronave dentro do próprio hangar, pois esse modelo de avião permite que a decolagem seja feita em 100 metros de pista.

Fonte: Terra

Embaixada confirma quatro brasileiros a bordo de avião acidentado na Colômbia

A Embaixada do Brasil em Bogotá confirmou nesta segunda-feira (16) que havia quatro brasileiros a bordo do avião da companhia aérea Aires Airlines que foi atingido por um raio ao aterrissar na ilha de San Andrés, no norte da Colômbia.

De acordo com a embaixada, os quatro brasileiros identificados são: Ramiro Lobo Almeida, Catherine Lobo, Thiago Cavalcanti e Carolina Gonçalves.

Segundo informações, Gonçalves é a única que continua hospitalizada na Clínica Villarreal, pois está grávida. A embaixada afirmou que ela e o bebê estão fora de perigo e que a internação serve apenas como medida de precaução.

Mais cedo, o Itamaraty havia afirmado que apenas três brasileiros estavam a bordo da aeronave.

O acidente deixou no mínimo uma pessoa morta e 114 feridos, segundo fontes da Aeronáutica Civil colombiana consultadas pelo jornal "El Tiempo". O avião, que levava 131 pessoas a bordo, se partiu em três partes.

"A aeronave que cobria o trajeto Bogotá-San Andrés aterrissava em meio a uma intensa tempestade elétrica, quando um potente raio teria causado seu descontrole na extremidade da pista 06", informou à "Caracol Radio" o coronel Gustavo Barrero, comandante do Grupo Aéreo do Caribe da Força Aérea Colombiana.

Segundo o piloto, faltavam 80 metros para chegar à cabeceira da pista quando a aeronave foi atingida por um raio. O aeroporto foi fechado devido ao acidente.

Várias testemunhas afirmam que a ilha enfrentava tempestade de raios no momento em que o avião iria aterrissar.

O avião, um Boeing 737-700 de matrícula HK 4682, partiu de Bogotá à 0h07 no horário local (2h07 no horário de Brasília) e pousou em San Andrés duas horas depois, em condições "reduzidas de visibilidade", segundo os responsáveis pelo controle aéreo da ilha.

O aeroporto Gustavo Rojas Pinillas de San Andrés paralisou suas atividades. Por enquanto, estão suspensas todas as decolagens e chegadas no aeroporto de San Andrés, um dos pontos turísticos do Caribe colombiano.

Clique aqui e veja fotos do acidente.

Fonte: UOL Notícias (com as agências internacionais e o jornal "El Tiempo")

Chance de raio ter desestabilizado avião é remota, diz comandante

Comandante Ronald Jenkins comenta acidente em San Andrés, no Caribe.

Segundo especialista, avião funciona como condutor durante voos.


O acidente com um Boeing 737-700 na ilha de San Andrés, na Colômbia, dificilmente foi causado por um raio. É o que indica o coordenador de segurança de voo do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas, Ronaldo Jenkins.

"A chance existe, mas é remotíssima", afirma o comandante. "É possível que descargas elétricas tenham alguma influência eletromagnética, desacoplem o piloto automático ou danifiquem algum dispositivo eletrônico, mas é muito difícil."

Segundo o especialista, um avião funciona como um condutor quando está no ar. "O raio entra por um lado e sai pelo outro, normalmente a aeronave não explode ou sofre alteração", explica Jenkins. "Há registro de filmagens com equipamentos durante fortes tempestades, nas quais nada aconteceu."

No solo, o contato com a borracha na pista, isolante térmico, também dificulta a ação do raio na estabilidade do Boeing. "Normalmente o avião está em piloto automático durante este tipo de aproximação, há chance de exister uma pane elétrica, mas é remota", diz o comandante. "Durante reabastecimentos, é possível que a combinação entre vapor de combustível e descarga elétrica cause um acidente, mas essa é também uma situação especial."

Fonte: G1 - Imagem: AFP

'Pensei que ia explodir', diz brasileiro após acidente aéreo na Colômbia

O brasileiro Ramiro Alves de Almeida, um dos sobreviventes do acidente aéreo que deixou uma pessoa morta e 114 feridas em San Andrés, na Colômbia, contou que após um raio, o avião caiu no começo da pista. "Saí na frente de todo mundo. Naquela situação tudo o que você tem é um instinto de sobrevivência. Pulamos pra asa. Segurei minha esposa que pulou também. Eu só via o fogo e pensava:' vai explodir, isso aqui vai explodir'", disse o tenente em entrevista ao Jornal Hoje.

A assessoria de imprensa do Ministério da Relações Exteriores confirmou a presença de ao menos três brasileiros no voo 8250, que se acidentou na madrugada desta segunda-feira (16) no aeroporto Gustavo Rojas Pinilla, em San Andrés, na Colômbia, deixando um morto e ao menos 114 feridos.

Segundo a assessoria, os três foram hospitalizados, mas não há mais detalhes sobre seu estado de saúde. O Itamaraty também não divulgou as identidades dos brasileiros.

Fontes: G1 / RT

Veja fotos e imagens relacionadas ao acidente na Colômbia

Fotos: Reuters / AP / AFP / Aviation Herald / Juan_BOG (Airliners.net)

Acidente de avião na Colômbia deixa 3 brasileiros feridos

Três brasileiros estão hospitalizados após acidente aéreo na Colômbia.

Boeing 737 se partiu em três após ser atingida por raio, diz Aeronáutica.

Uma mulher morreu a caminho do hospital e 114 ficaram feridos.

A assessoria de imprensa do Ministério da Relações Exteriores confirmou a presença de três brasileiros no voo 4C-8250, que se acidentou na madrugada desta segunda-feira (16) no aeroporto Gustavo Rojas Pinilla, em San Andrés, na Colômbia, deixando um morto e ao menos 114 feridos.

Segundo a assessoria, os três foram hospitalizados, mas não há mais detalhes sobre o estado de saúde deles. O Itamaraty também não divulgou as identidades dos brasileiros.

O Boeing 737-73V, prefixo HK-4682, da companhia Aires vinha de Bogotá com 121 passageiros e seis tripulantes e enfrentava uma forte tempestade.

O acidente ocorreu a cerca de 80 metros da cabeceira da pista 06 do Aeroporto San Andrés Island (ADZ/SKSP) à 01:49 (hora local - 06:49Z). O avião partiu-se em três partes. No momento do acidente a visibilidade era relatada em torno dos 4000 metros (13.000 pés), com chuvas e ventos em torno de 15 nós e havia temporais na região.

A 06/24 do Aeroporto San Andres Island tem 2.380 metros (7.800 pés) de comprimento e 36 metros (120 pés) de largura. O aeroporto possui sistema de aproximação VOR/DME e RNAV para ambas as extremidades da pista, bem como uma aproximação NDB para a pista 06.

O aeroporto está fechado. Os passageiros do avião foram retirados imediatamente pelos bombeiros e equipes de resgate, que os transportaram para o hospital Amor de Pátria e a clínica Villareal, em San Andrés.

A empresa lamentou o acidente em nota em seu perfil no site de relacinamentos Facebook e Twitter e informou que disponibiliza uma sala para familiares das vítimas no hotel Sheraton de Bogotá. Telefones foram divulgados para informações de passageiros: 018000949490, 018009120037 e em Bogotá: 8290927. "A Aires lamenta o incidente ocorrido com seu voo 8250 que fazia a rota Bogotá-San Andrés", diz o texto.

As operações aéreas no aeroporto da ilha foram suspensas, enquanto uma comissão da Aviação Civil iniciou uma investigação para estabelecer com precisão as causas do acidente. Pedro Gallardo, governador de San Andrés, disse que foi "um milagre" o fato de apenas uma pessoa ter morrido. "Foi um milagre e temos que agradecer a Deus". A ilha de San Andrés é um dos principais balneários turísticos da Colômbia e no mar do Caribe.

De acordo com o coronel da Força Aérea colombiana Gustavo Barrero Barrero, em entrevista ao jornal El Tiempo, a aeronave se partiu em três após ter sido atingida por um raio que causou "descontrole". "Ao aterrissar, foi sacudido por uma descendente e acabou se partindo em três pedaços", acrescentou a polícia nacional em um comunicado. O texto afirma ainda que, depois do acidente, os passageiros ficaram literalmente espalhados pela pista.

Uma mulher morreu no caminho do hospital e foi identificada como Amar Fernández de Barreto. Segundo a mídia local, ela teria morrido após um ataque cardíaco.



Fontes: ASN / Aviation Herald / G1 (com informações e fotos da Reuters, AP e AFP)

domingo, 15 de agosto de 2010

Foto do Dia

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O Saab J35Oe MkII Draken, prefixo 11, da Força Aérea da Áustria, em exposição em Nebau, na Áustria, em 10 de julho de 2010. Esta aeronave não está mais em operação.


Foto: Stefan Rockenbauer
(Airliners.net)

Incêndio em forno de avião causa pouso de emergência na Inglaterra

Um avião teve que fazer um pouso de emergência no aeroporto de Gatwick, na Inglaterra, após um forno da aeronave pegar fogo neste domingo (15).

O Boeing 767-31K(ER), prefixo G-DAJC, da Thomas Cook, levava 320 passageiros no voo MT-975K - a partir de Manchester, na Inglaterra, para Dalaman, na Turquia. Quando estava a 37 mil pés sobre o Mar do Norte, a oeste de Amsterdã, na Holanda, ocorreu o incidente que propagou fumaça pela cabine.

Um porta-voz da empresa disse que o avião pousou no aeroporto de Gatwick às 08:40 (hora local), por precaução, cerca de 30 minutos após o incidente, e todas as pessoas a bordo foram desembarcadas.

Após uma investigação, descobriu-se que uma embalagem no forno haviam se incendiado.

A Thomas Cook informou que o avião iria retornar para o Manchester para permitir uma mudança de tripulação antes de retomar sua viagem para Dalaman, na Turquia.

Bombeiros de West Sussex disseram que os comissários de bordo cuidaram do incêndio e o fogo já havia parado quando o avião pousou. Ninguém ficou ferido.

Fontes: BBC / ASN / Aviation Herald

Dano à imagem pode tirar mercado da Gol, dizem especialistas

Companhia nega que passa por crise e diz que problemas recentes, como ameaça de greve e pane no sistema, são questões pontuais

Os holofotes estão nas líderes do setor aéreo brasileiro. De um lado, a TAM anuncia uma fusão com a Lan Chile e forma a maior empresa do ramo na América Latina. Na Gol, sua maior concorrente, a novidade é a ameaça de greve dos funcionários, feita nesta sexta-feira. A insatisfação dos trabalhadores é mais um dos problemas enfrentados pela Gol nas últimas duas semanas. O primeiro deles foi uma série de atrasos e cancelamentos de voos, provocada por erros na escala da tripulação. A sequência de reveses evidencia um momento difícil para a Gol, responsável por 38% do mercado doméstico de aviação.

A Gol nega uma crise institucional. "As situações que ocorreram foram pontuais", afirmou ao iG o diretor de comunicação da empresa, Hélio Muniz. O executivo ressaltou que as projeções da companhia para o resultado financeiro e operacional de 2010 foram mantidas. "Os resultados do terceiro trimestre não foram materialmente afetados pelas ocorrências da virada do mês", disse.

Os especialistas em aviação consultados pelo iG consideram que, de fato, o impacto financeiro será pouco significativo. Para eles, o principal risco enfrentado atualmente pela Gol é uma crise de imagem. "Uma greve prejudica a empresa porque ela perde mercado. Ela pode gerar uma desconfiança entre os passageiros e uma migração para outras companhias", afirmou Rosângela Ribeiro, analista de aviação da corretora SLW.

Caso a greve se confirme, o cenário esperado no curto prazo é semelhante ao que ocorreu entre os dias 31 de julho e 3 de agosto, afirma Brian Moretti, analista do setor da corretora Planner. Na ocasião, voos foram adiados ou cancelados por falta de tripulação, provocada por uma falha no sistema que define a escala da equipe.

Se houver uma paralisação das atividades dos trabalhadores mais prolongada, a empresa pode até perder seus slots (horários de pouso ou decolagem) em aeroportos mais disputados, como Congonhas. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pode retomar esses espaços de companhias que não atingirem uma média de regularidade e pontualidade superior a 80% das operações em um período de 90 dias.

A gravidade das consequências de uma possível greve na Gol deve levar a empresa a buscar acordos com os trabalhadores. "A greve é uma medida extrema, a ser tomada apenas em último caso, quando trabalhadores e empregador esgotaram todas as suas tentativas de negociações. Não é o caso", disse Muniz. Ele ressaltou que não há suspensão das atividades dos funcionários confirmada até o momento e que as operações da Gol ocorrerão normalmente.

Estado de greve

Os funcionários da Gol estão em estado de greve desde sexta-feira. A decisão, tomada em assembleias organizadas pelos sindicatos dos aeronautas (pilotos e comissários de bordo) e aeroviários (equipe de solo), significa que continuarão a trabalhar, porém, podem paralisar as atividades a qualquer momento.

Fonte: Marina Gazzoni (iG) - Foto: AE

Em duas semanas, Gol teve pane, multa e ameaça de greve

Para a empresa, momento é delicado, mas falhas foram pontuais e não representam uma crise da companhia aérea

As últimas duas semanas não foram boas para a Gol. A falha no sotware da companhia que organiza a escala dos funcionários provocou atrasos e cancelamentos de voos da Gol por falta de tripulação entre os dias 31 de julho e 3 de agosto. Em poucos dias, imagens semelhantes ao caos aéreo de 2006 e 2007 voltaram a ser vistas nos aeroportos brasileiros: salas lotadas e passageiros revoltados.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que recebeu cerca de 500 reclamações de passageiros em relação à Gol neste período. O resultado foi a aplicação de uma multa estimada em R$ 2,2 milhões contra a companhia, valor que pode ser ainda maior, já que o prazo para as queixas ainda está aberto.

Quatro dias depois de a companhia afirmar, em comunicado, que os atrasos de voos e a multa da Anac devem ter pouco impacto no resultado do terceiro trimestre, a Gol divulgou seu balanço dos três meses anteriores. O resultado apontou para um prejuízo de R$ 52 milhões acumulado entre abril e junho, puxado, principalmente, por um aumento das despesas.

Após divulgar seu balanço pela manhã, a Gol enfrentou mais um problema à tarde. A empresa contrariou os trabalhadores e se recusou a assinar um acordo proposto pelo Ministério do Trabalho no qual se comprometia a pagar uma multa diária de R$ 100 mil se não sanasse supostas irregulariedades na escala da equipe.

Foi a gota d'água para os trabalhadores. Sem uma resposta positiva da empresa para suas reivindicações, eles se reuniram em assembleia na sexta-feira e declararam "estado de greve". Agora, podem interromper as atividades a qualquer momento. A decisão é uma forma de pressionar a empresa a ser mais flexível na próxima reunião com o Ministério do Trabalho, no dia 20.

Os principais pedidos da equipe da Gol são o fim de jornadas de trabalho excessivas e questões salariais. Os funcionáriios querem que a empresa pague o plano de saúde, oferecido pela companhia, mas custeado integralmente pelos empregados. Eles também reivindicam aumento salarial e equiparação da folha de pagamento entre pessoas que ocupam os mesmos cargos dentro da empresa, entre outras questões.

Política de recursos humanos será revisada

A Gol afirmou que respeita a legislação trabalhista e o sistema de escalas da categoria. A companhia disse que não assinou o acordo com o Ministério do Trabalho porque ele definia uma multa não existente na regulação do setor.

A empresa também admitiu que vai reestruturar sua política de recursos humanos e melhorar a escala de trabalho até o fim do ano. As mudanças serão baseadas em pesquisa feita neste ano com 67% dos seus 18 mil funcionários sobre um plano corporativo de melhorias. Iniciativas como a revisão do seguro de vida e a implantação de uma política de ensino de idiomas já foram concluídas, de acordo com a companhia.

Fonte: Marina Gazzoni (iG) - Foto: AE

Gol precisa superar competição acirrada e despesa elevada

Companhia perdeu participação no mercado para concorrentes em julho e registrou prejuízo de R$ 52 milhões no segundo trimestre

Os desafios da Gol para se manter como uma das líderes do setor aéreo brasileiro vão além de acordos com os trabalhadores. Nove anos depois de entrar no mercado com o diferencial de praticar custo e tarifas reduzidos, a companhia apresenta despesas elevadas e enfrenta concorrentes com baixos preços.

A participação de mercado da Gol diminiu de 42,9% para 38,1% no mês de julho deste ano em relação ao mesmo período de 2009, de acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Sua principal concorrente, a TAM, perdeu apenas 0,15 ponto percentual. A fatia da Gol foi para companhias emergentes, como Azul, Trip e Webjet.

A Gol minimiza a importância da perda da fatia de mercado em julho. Para o diretor de comunicação da empresa, Hélio Muniz, o período é muito curto para avaliar o desempenho do setor. No acumado do ano, a retração foi menor - de 41% para 40,3%.

"A Gol não trabalha exclusivamente para aumentar seu 'market share', mas para crescer com rentabilidade e oferecer um produto de alta qualidade a preços competitivos", ressaltou.

A perda de mercado é reflexo da política de baixos preços praticadas por companhias concorrentes, afirma o analista Brian Moretti, da corretora Planner. Para ele, no entanto, a tendência é que esse movimento não continue e a Gol mantenha sua participação no mercado neste ano.

O consultor em aviação e ex-diretor de operações da Varig, Nelson Riet, discorda. Para ele, a Gol terá que se reestruturar para não perder mais mercado e manter sua saúde financeira. Um dos motivos é a baixa taxa de ocupação das aeronaves, se comparada às companhias concorrentes, que dificulta para a Gol acompanhar os preços oferecidos por elas. Em julho, o índice da Gol foi de 68,2%, contra 71% da TAM, 82,7% da Azul e e 81,9% da Webjet. "Ocupação baixa é perigosa para companhias de baixo custo", afirma o consultor.

Para ele, as despesas elevadas da Gol são incompatíveis com a política de empresa de baixo custo e tarifa. As despesas operacionais da Gol cresceram a taxas maiores do que a expansão da receita da companhia no segundo trimestre e somaram R$ 1,5 bilhão. A dívida total da companhia soma R$ 5,86 bilhões.

A Gol, no entanto, diz que possui um dos menores custos operacionais do setor e reafirma sua estratégia como companhia de preços baixos. Segundo o diretor de comunicação da empresa, a reprodução do modelo da Gol por outras companhias mostra que ela "está no caminho certo".

Recentemente a Azul e a TAM anunciaram parcerias com grandes redes de varejo, como Casas Bahia e Magazine Luiza, para alcançar o consumidor da classe C. Já a Gol, aposta em lojas de rua próprias, mas até o momento possui apenas uma unidade aberta, no Largo 13 de Maio, em São Paulo. Muniz afirma que a Gol abrirá novas unidades e nega que a empresa esteja atrás das concorrentes no atendimento do cliente de baixa renda. "Não estamos nos adaptando para receber a nova classe média nos aviões. A companhia já nasceu em 2001 estudando o comportamento desse público."

Alguns especialistas consideram que a Gol cometeu um erro ao comprar a Varig em 2007, por R$ 660 milhões, em uma tentativa de expandir sua atuação internacional. No ano seguinte, a companhia recuou e decidiu suspender os voos da Varig para a Europa e focar sua operação na América Latina.

Apesar de ter aumentado sua dívida e retraído a operação internacional da Varig, a Gol afirma que a aquisição da companhia não foi um erro. Segundo a empresa, a oferta do programa de milhagem Smlies aos clientes da Gol, as posições em importantes aeroportos, como Congonhas, e o valor da marca justificaram o negócio.

Fonte: Marina Gazzoni (iG) - Foto: AE

OVNIs e a Aeronáutica: o que não querem que você saiba

Publicada nesta terça-feira (10), uma nova portaria do Comando da Aeronáutica sobre o “registro e o trâmite de assuntos relacionados a ‘objetos voadores não-identificados’” [confira na íntegra ao final] vem provocando furor entre interessados pelo tema, que enxergam na medida o que seria “um grande passo para o reconhecimento aberto do fenômeno OVNI como sério e merecedor de ação imediata no Brasil”.

Em verdade, a portaria aponta exatamente na direção contrária, e deixa claro como a Força Aérea busca se afastar ao máximo do assunto. Em nota oficial a “O Dia”, a FAB ressalta como “o Comando da Aeronáutica não dispõe de uma estrutura especializada para realizar investigações científicas a respeito desses fenômenos aéreos, restringindo-se ao registro de ocorrências e ao seu trâmite para o Arquivo Nacional”.

De acordo com a nota, a meta é oferecer à sociedade acesso a documentação que for registrada na Aeronáutica. Em efeito, a própria Aeronáutica se exime de investigar tais fenômenos cientificamente.

“A portaria da FAB não traz realmente nenhuma grande novidade”, avalia o jornalista e pesquisador Jeferson Martinho, responsável pela revista eletrônica Vigília, há vários anos cobrindo o tema. “Embora não houvesse documento público oficial a respeito do trâmite de documentos e relatos referentes ao assunto OVNI, já há muitos anos sabe-se que o COMDABRA era o órgão responsável pela triagem de informações e encaminhamento destas”.

“Nem mesmo a nota ao "O Dia", da Aeronáutica, sobre os procedimentos são uma novidade”, destaca. “Em 2000, quando o ex-deputado João Caldas tentou aprovar um projeto na Câmara Federal visando acabar com o segredo em torno do assunto OVNI, enquanto tentava levantar mais informações sobre o tratamento oficial à questão, recebeu, publicamente, da FAB, a mesma resposta agora dada ao "O Dia"”.

“A comunidade ufológica há muito tinha em mãos a diretriz da FAB que regulava a questão, a Diretriz Específica 04/89, que estabelece as providências em caso de relato. Junto com a circular RD 46/CRIP/0405/89, que o Portal/Revista Vigília divulgou em 2001, ficou claro esse tipo de informação vai para COMDABRA, que é quem efetivamente determina o que fazer a partir daí”.

Yes, nós temos políticas sobre OVNIs

Além de não ser nenhuma novidade, as políticas adotadas pela Força Aérea Brasileira seguem em termos gerais a mesma linha sobre a questão adotada por países como os Estados Unidos e o Reino Unido. Nos EUA, por exemplo, o primeiro país a investigar OVNIs, após mais de duas décadas toda a investigação oficial do assunto através de projetos dedicados como o conhecido Livro Azul foi encerrada em 1970.

Hoje em dia, e de forma similar à portaria brasileira, a Administração Aérea Federal (FAA), instrui pilotos e controladores de tráfego aéreo a dirigir seus relatos OVNI diretamente a entidades civis e privadas de investigação (confira a recomendação aqui, último item).

Em 2009, o Ministério de Defesa britânico (MoD) tomou posição similar, desativando o pequeno escritório que ainda mantinha para registrar relatos OVNI, com um orçamento anual de menos de R$150.000. “O MoD não irá mais responder a relatos OVNI ou investigá-los”, informava a nota. Em memorando interno, a política vai ainda mais além: relatos OVNI futuramente recebidos pelo MoD não só não serão investigados, eles não serão nem mesmo arquivados: serão destruídos. Felizmente a FAB agirá de outra forma.

David Clarke, o principal responsável pela liberação de arquivos OVNI britânicos, resumiu a questão: “Esta é a tacada final da decisão – eles simplesmente querem lavar suas mãos sobre o tema OVNI por completo”.

Arquivos não mais secretos

Dirigir relatos presentes e futuros diretamente para o Arquivo Nacional é uma das partes da política de distanciamento do tema por parte das autoridades. A outra, em verdade parte da mesma política, é a liberação de todos os arquivos OVNI arquivados para o mesmo destino, tarefa que a FAB vem empreendendo já há alguns anos e que acaba de completar, com o envio dos arquivos referentes à década de 1990 ao mesmo Arquivo Nacional.

Aqui também, a política adotada no Brasil vai de acordo à abordagem tomada nos EUA e Reino Unido. Embora a liberação recente de todos os arquivos OVNI do Reino Unido ocupe os noticiários e chame mais atenção, porque ainda está em andamento, o que muitos desconhecem é que mesmo os EUA, ao menos oficialmente, já liberaram todos seus arquivos de investigação OVNI desde o encerramento do Projeto Livro Azul. Os arquivos estão, como no Brasil, disponíveis para consulta pública e aberta no Arquivo Nacional americano. E aos que não possam visitar facilmente os arquivos nos EUA, uma iniciativa de grupos de pesquisa OVNI privados oferece mais de 50.000 destes documentos para acesso online gratuito no site “Project Blue Book Archive”.

No Brasil, de forma similar, grupos privados como o CIPEX e o CBPDV oferecem os documentos disponibilizados abertamente para consulta no Arquivo Nacional para download na rede em seus sites. O site “Fenomenum” do CIPEX é uma das fontes aos interessados em conferir tais arquivos eletrônicos.

Não há, assim, essencialmente nada de extraordinário na política adotada pela Força Aérea Brasileira com relação aos OVNIs, e assim como nem nos EUA, nem no Reino Unido, nem em outros países que liberaram seus arquivos e instituíram políticas similares como Espanha e França, dificilmente mudanças ou descobertas extraordinárias deverão surgir daqui para a frente.

Em efeito, que a Aeronáutica envie registros presentes e futuros ao Arquivo Nacional não é tanto uma regulamentação nova, pois o envio de registros antigos ao mesmo destino em um processo em andamento há anos já anunciava tal posicionamento. A portaria sim deixa tal política clara, mas em essência, pouco ou nada muda.

“Na medida em que não houve mudança na política de segredo, eventualmente o COMDABRA pode classificar assim um documento e não há nada que a portaria possa fazer. Acredito que o trânsito de documentos para o Arquivo Nacional vai continuar seguindo as normas de limites e prazos de liberação a que estão submetidos por lei”, adverte Martinho.

Conspiração

Ao responder a pergunta sobre se os arquivos britânicos sobre OVNIs revelam toda a “verdade”, David Clarke comenta como “Ufólogos construíram carreiras em cima de alegações de que os governos dos EUA e do resto do mundo guardam documentos secretos que provam a existência de visitantes extraterrestres”. A liberação oficial de todos os arquivos OVNI por diversos governos não é exatamente uma boa notícia aos que defendem teorias de conspiração.

Mas então, como na piada do homem invisível (que está lá justamente porque não podemos vê-lo), a ausência de evidência pode ser evidência de presença para alguns. Como se vê, há décadas o governo americano tem disponibilizado para acesso público todos seus arquivos relacionados a OVNI, mas as teorias de conspiração não morreram. Pelo contrário, só se multiplicaram. Sobre a questão, Clarke cita a avaliação do antropólogo Charles Ziegler:

“Podem os ufólogos definir a natureza da evidência governamental que eles estariam dispostos a aceitar como prova de que não existe um encobrimento, de que não há visitas alienígenas? A resposta, acredito, é não, porque qualquer evidência vinda do governo poderá ser considerada elemento de outra conspiração. Em outras palavras… o mito viverá, em parte porque não pode ser falseado – um atributo que compartilha com os mitos centrais de muitas teologias – e em parte porque serve a várias funções para aqueles que acreditam nele”.

Tudo isto não significa que absolutamente todos os arquivos tenham sido liberados ou que militares não investiguem OVNIs, é bem verdade. Ceticismo com relação a posicionamentos oficiais também deve ser exercido, porque existam ou não discos voadores, a questão envolve temas de vigilância aérea e segurança nacional. Uma invasão alienígena pode não ser de outro planeta, e sim de outro país.

Nos EUA, memorandos liberados posteriormente ao encerramento do Projeto Livro Azul por leis de liberdade de informação revelam que “relatos de OVNIs que possam afetar a segurança nacional… não são parte do sistema Livro Azul”. Se tais relatos acabaram liberados, e que outros sistemas de registro e análise podem ter sido instituídos, não se sabe. Mesmo em países com leis de liberdade de informação sólidas, é sempre possível burlar ou agir no limite da lei.

No Brasil, como notou Jeferson Martinho, as declarações da FAB podem não contar toda a história. Podem, no entanto, estar muito mais próximos da realidade do que se desconfie. Uma análise dos documentos OVNI liberados revela que, muito diferente da organização e amplos recursos dos EUA, os poucos projetos e análises da questão conduzidos aqui contaram com condições, e por vezes com conclusões precárias.

Ministro cai em fraude de “Uranus”

A portaria recente 551/GC3 revoga duas notas anteriores, e ao verificar o conteúdo de tais notas, este autor teve uma surpresa. A nota número C-002/MIN/ADM de 13 de abril de 1978, assinada por ninguém menos que o então Ministro da Aeronáutica, Joelmir Campos de Araripe Macedo, revela certa credulidade com o tema. O Ministro recomenda ao Estado-Maior a criação de um “Registro sobre OVNI de natureza sigilosa, no qual sejam arquivados cronologicamente os fenômenos … paralelamente uma Comissão de Avaliação atribuirá a cada registro o respectivo grau de confiabilidade”, e documentos posteriores indicam que a recomendação foi colocada em prática.

Porém, a credulidade com o tema se revela no segundo parágrafo da recomendação do Ministro:

“Embora as especulações sobre os OVNI venham se estendendo a épocas tão remotas quanto a da própria existência da humanidade, assumindo aspectos de pura fantasia, a verdade é que já nos últimos anos da II Guerra Mundial, em 1944, o Estado-Maior Superior da Luftwaffe foi induzido a criar um controle específico para elucidar inúmeros relatórios feitos por pilotos de guerra sobre a aparição de OVNI; referido controle recebeu a denominação de ‘Sonder Buro Nr.13’, e o nome de código de ‘Operação Uranus’.”

Incrivelmente, a história da “Operação Uranus” e o “Sonderburo 13” é parte do “Mito dos UFOs Nazistas”, e como tal, é um mito. Mais especificamente, é uma fraude, como informamos no artigo de Kevin McClure, citando Andy Roberts:

“Por anos rumores haviam circulado de que os alemães estavam completamente cientes do fenômeno foo-fighter e que tinham um grupo especial de estudos formado para examinar o problema sob o nome de "Projeto Urano", apoiado por um grupo sombrio de nome Sonderburo 13. Isto foi detalhado primeiro em La Livres Noir De Soucoupes Volantes (O Livro Negro dos Discos Voadores – 1970) pelo ufologista francês Henry Durrant. … Quando eu chequei com Durrant ele me informou que todo o caso do "Projeto Urano" era uma fraude que ele tinha inserido em seu livro precisamente para ver quem o copiaria sem checar. A fraude aparentemente havia sido revelada na França alguns anos antes, mas não tinha percorrido o caminho até ufologistas de língua inglesa”.

O mesmo David Clarke foi co-autor de Roberts no livro “Phantoms of the Sky” (1990) onde revelaram a fraude do “Sonderburo 13” em língua inglesa. Clarke não só confirmou a este autor a fraude como compartilhou a carta onde Durrant admite a “armadilha” que criou.

“Aqui na França, quando informei os ufólogos, através de um boletim ufológico, que o ‘Sonderburo Nr. 13’ era uma armadilha, foi um verdadeiro furor e fui acusado de esconder a verdade e divulgar informações falsas. … Para mim, o caso foi muito divertido e muito instrutivo, porque tive a chance de ver onde estavam os ufólogos sérios… e onde estavam os outros!”.

Parece evidente o que aconteceu, embora seja quase inacreditável. O Ministro da Aeronáutica, Joelmir Macedo, baseou parte de sua recomendação ao Estado-Maior unicamente no livro sobre Discos Voadores de Durrant, publicado oito anos antes. Foi assim “o maior peixe fisgado por Durrant”, como comentou Clarke quando lhe contei a história.

Haverá mesmo uma Grande Conspiração Cósmica, com a participação de militares brasileiros, quando o Ministro da Aeronáutica durante a ditadura envia em nota secreta ao Estado-Maior recomendando a criação de um registro e investigação de OVNIs, contendo uma fraude originada de um livro popular sobre ufologia? Autoridades do mais alto escalão tomaram livros populares sobre discos voadores, e não relatórios altamente secretos, como fonte?

Esta não é a única indicação da precariedade com que o tema foi tratado, mesmo secretamente.

“Deixou a desejar”

Durante o ano de 1977, relatos de OVNIs na Amazônia motivaram a criação da chamada “Operação Prato” pela FAB, que visitou o local e registrou os eventos. Mas ao contrário do que se poderia imaginar, ao invés de uma enorme operação lidando com segredos cósmicos as atividades em verdade enfrentaram inúmeros problemas básicos. A documentação escrita a respeito disponível já foi liberada pela FAB, e um dos trechos mais relevantes é a conclusão de um relatório de setembro de 1977:

“Nossos registros cine-fotográficos não retratam nossa certeza [de que os corpos e luzes são "inteligentemente dirigidos"], pois muito carentes de recursos técnicos, material e pessoal, deixou a desejar. Nas demais vezes perdemos a oportunidade, fotografando com material inadequado; acreditamos que com melhores recursos possamos chegar ao razoavelmente satisfatório”.

Por que tanta precariedade? De acordo com o Comando da Força Aérea, a operação teria sido em verdade resultado do interesse pessoal sobre o tema de alguns militares. O próprio coronel Uyrangê Hollanda, comandante da operação, lembrou em entrevista em 1997 que “foi uma felicidade estar no 1º COMAR, naquela época, naquela região, um oficial da Aeronáutica, um brigadeiro, que acreditava em discos voadores. Tivesse sido outro oficial, outro brigadeiro, talvez a operação não tivesse saído”.

Segundo o Centro de Comunicação Social da Força Aérea, em nota à rede Globo em 2005, “sobre a Operação Prato, o Comando da Força Aérea tem apenas os registros baseados nos dados fornecidos por um dos membros dessa atividade. Um relatório com muitos testemunhos foi produzido, aparentemente sem base científica”.

De fato, os relatórios produzidos pela Operação são apenas uma compilação de relatos. Não há praticamente nenhuma análise científica dos casos relatados.

Arquivo pessoal

Da liberação de documentos sobre OVNIs pela FAB, outro detalhe pouco conhecido do público em geral é que quase todos eles já eram conhecidos há anos entre ufólogos e interessados, por vazamentos anteriores. Estes vazamentos dão ainda mais sustentação ao posicionamento oficial da FAB de que não possui estrutura especializada para investigação científica do tema, indicando que as poucas iniciativas de investigação foram resultado de interesse pessoal de alguns oficiais. Como indicado pelo próprio comandante da Operação Prato.

Demonstração clara de tal é que os resultados de um destes projetos, o SIOANI empreendido em 1969 no IV COMAR em São Paulo, não foram enviados para algum arquivo ultra-secreto da Força Aérea. Acabaram sendo entregues aos cuidados pessoais de um oficial, em sua própria residência, quando da uma mudança no comando do COMAR para um “novo brigadeiro não tinha muita simpatia com o assunto”.

Posteriormente o oficial entregou estes arquivos nas mãos do ufólogo Edison Boaventura, que conta a história na página de seu grupo de ufologia. Boaventura preservou estes arquivos originais de investigação, e doou recentemente os registros ao Arquivo Nacional, onde devem ser preservados em conjunto com os outros documentos liberados.

Que tipo de Grande Conspiração Cósmica faz com que o resultado de projetos de investigação de OVNIs por militares sejam enviados para o cuidado pessoal de um oficial em sua residência, quando da mudança no comando para um brigadeiro desinteressado pelo assunto? Que Conspiração elaborada leva os arquivos originais chegarem finalmente às mãos de um ufólogo, onde cópias de inúmeros arquivos secretos vazam ao longo de décadas a muitos outros?

Uma conspiração invisível: uma que não existe.

“Fenômenos são sólidos”?

Um dos poucos documentos mais interessantes sobre OVNIs nos arquivos militares é um relatório de ocorrência de 2 de junho de 1986 que faz referência à nota do ministro Joelmir Macedo, indicando que a recomendação que citava a fraude da “Operação Uranus” realmente levou o Estado-Maior a registrar e avaliar casos OVNI. O relatório do Brigadeiro do Ar José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, então Comandante Interino do COMBA/NuCOMDABRA, lida com o que se tornou conhecido como “A Noite Oficial dos OVNIs”.

Após uma descrição dos eventos, a conclusão é, no mínimo, surpreendente:

“Como conclusão dos fatos constantes observados, em quase todas as apresentações, este Comando é de parecer que os fenômenos são sólidos e refletem de certa forma inteligência, pela capacidade de acompanhar e manter distância dos observadores como também voar em formação, não forçosamente tripulados”.

Seria esta a prova definitiva de que os militares reconhecem os discos voadores?

“Este documento, divulgado com alarde na época de sua liberação pela comunidade ufológica não representa a posição oficial e final da Aeronáutica”, nota o pesquisador Rogério Chola, representante da NARCAP no Brasil. “É simplesmente um ‘relatório de ocorrência’, cuja ‘conclusão’ é do próprio responsável Brigadeiro José Pessoa, que nem uma conclusão é, é sim apenas um ‘parecer’”.

Chola destaca como logo na introdução do relatório, o próprio brigadeiro José Pessoa, então comandante interino, ressalta que:

“Em virtude das limitações de tempo e de conhecimentos especializados em fatos desta natureza, este Comando houve por bem, dentro da espera operacional, se limitar a narração simples dos fatos, de forma a não dar margem a especulações que envolvam o Ministério da Aeronáutica”.

Rogério Chola ainda complementa: “Outro ponto que merece destaque é com relação aos fatos ocorridos em 1986 onde, alguns dias depois, o então Sócrates Monteiro, que na época era responsável pelo IV COMAR, aqui em São Paulo, declarou à Imprensa vários pontos interessantes sobre este caso e, tempos depois, já Ministro da Aeronáutica, quando esteve no Programa do Jô Soares, negou tudo. Parece-me que a mudança de opinião deve ter ocorrido após alguns militares, que gostam de assuntos relacionados a ufologia, terem dado depoimentos relacionados ao fenômeno”.

A Verdadeira Conspiração

Se há algo que poderia ser chamado de conspiração, talvez seja a omissão de informação ou a forma superficial e sensacionalista com que alguns veículos de mídia tratam o assunto, fazendo com que o público por vezes acabe tendo uma percepção exatamente oposta ao que de fato ocorre. Note-se que a Força Aérea é clara em seus posicionamentos. Pode-se questionar se tais políticas oficiais correspondem a toda a verdade, mas muitos se esforçam em enxergar neles as suas próprias fantasias e crenças, no que está longe de ser justificado.

A portaria recente e a liberação de arquivos em andamento já há alguns anos revela precariedade por parte da investigação do tema por militares do mais alto escalão no país. “Existe uma falsa idéia de que, se algo é militar, é isento de erros. Eu não penso assim. Os militares se enganam e são enganados como qualquer um de nós”, ressalta Chola. “Vide o Caso Barra da Tijuca, por exemplo, enquanto muitos Ufólogos afirmam que a Aeronáutica pesquisou este caso, na realidade, isso não aconteceu. Quem o pesquisou foram alguns militares que gostavam do assunto, tendo como elemento de frente o Coronel João Adil de Oliveira. E mesmo sendo pessoas qualificadas, conseguiram se enganar nas conclusões deste caso que, graças aos trabalhos do ufologista engenheiro Claudeir Covo, foi possível demonstrar que este caso não passou de uma fraude elaborada de dois jornalistas que naquela época trabalhavam para a revista ‘O Cruzeiro’”, lembra.

Militares, como reflexo da população, podem acreditar em discos voadores e extraterrestres. Mas suas investigações e conclusões carecem, como as do resto da população, de alguma evidência concreta que sustente tal crença.

Ao mesmo tempo, a portaria revoga duas dessas regulações de fundamentação questionável e deixa muito claro que a responsabilidade por investigar tal tema é da sociedade civil, com a Aeronáutica apenas cumprindo seu dever de facilitar a esta o acesso a informações. A definição clara de tais políticas deve ser saudada como racional, democrática e de benefício à sociedade interessada no tema. Esperemos que seja aplicada com rigor, e que logo se estenda a todos os braços militares brasileiros.

“A Aeronáutica finalmente dá um passo acertado”, avalia por fim Jeferson Marinho. “No sentido de tirar o véu de segredo que essas comunicações de acesso relativamente restrito, digamos assim, imprimiam ao assunto, amplificando ares de conspiração onde ela não existia. E quanto mais documentos são revelados, mais evidente vai ficando que, embora realmente o governo e os militares, no Brasil e no mundo, tenham tido interesse no tema OVNI, ou ainda tenham, isso não bastou para levarem a cabo grandes empreitadas de investigação criteriosa ou científica. Ao contrário, acumularam, como ainda devem acumular, pilhas de relatos que não levaram — e provavelmente nunca levarão — a nenhuma resposta mirabolante, tanto quanto os relatos, papéis e eventuais registros em vídeo e fotos que os ufólogos civis coletaram ao longo dos anos. E não havia porque, sendo assim, alimentar teorias de conspiração mantendo procedimentos e relatórios em segredo”.

Com algumas décadas de atraso em relação aos EUA, mas apenas pouco mais de um ano em relação ao Reino Unido, agora estamos quase tão bem – ou tão mal – quanto cidadãos de outros países quando o assunto são OVNIs e autoridades. Pouco mudou, pouco mudará, exceto pelo que nós mesmos registrarmos, descobrirmos e comprovarmos.

Fonte: Kentaro Mori (editor do site CeticismoAberto) [Com agradecimentos a David Clarke, Andy Roberts, Rogério Chola e Jeferson Martinho. Imagem no topo: sxc.hu/spekulator. Imagem abaixo: sxc.hu/gmarcelo]

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PORTARIA No – 551/GC3, DE 9 DE AGOSTO DE 2010

Dispõe sobre o registro e o trâmite de assuntos relacionados a "objetos voadores não identificados" no âmbito do Comando da Aeronáutica.

O COMANDANTE DA AERONÁUTICA, de conformidade com o previsto no inciso XIV do art. 23 da Estrutura Regimental do Comando da Aeronáutica, aprovada pelo Decreto nº 6.834, de 30 de abril de 2009,e considerando o que constado Processo nº 67000.001974/2010-61, resolve:

Art.1º As atividades do Comando da Aeronáutica (COMAER) relativas ao assunto "objetos voadores não identificados" (OVNI) restringem-se ao registro de ocorrências e ao seu trâmite para o Arquivo Nacional.

Art. 2º O Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), como órgão central do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA), é a organização do COMAER responsável por receber e catalogar os registros referentesa OVNI relatados, em formulário próprio, por usuários dos serviços de controle de tráfego aéreo e encaminhá-los regularmente ao CENDOC.

Art. 3º O Centro de Documentação e Histórico da Aeronáutica (CENDOC) é a organização do COMAER responsável por copiar,encadernar, arquivar cópias dos registros encaminhados pelo COMDABRA e enviar, periodicamente, os originais ao Arquivo Nacional.

Art.º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 6º Revoga-se a Nota No C-002/MIN/ADM, de 13 de abril de 1978 e o Aviso No S-001/MIN, de 28 de fevereiro de 1989.

Ten.-Brig. do Ar JUNITI SAITO
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Relembre a trajetória da TAM: do tapete vermelho às tragédias

Fundada como Táxi Aéreo Marília, a TAM surgiu em 1961, fruto da união de dez jovens pilotos de monomotores. Dez anos depois, o comandante Rolim Amaro, que já havia trabalhado na empresa, foi convidado pelo novo dono da companhia, o empresário Orlando Ometto, a tornar-se sócio minoritário, com 33% das ações. No ano seguinte, Rolim adquiriu metade das ações da aérea e assumiu a direção da empresa.

A marca TAM - Transportes Aéreos Regionais, que deu origem à TAM Linhas Aéreas, surgiu em 1976, com voos voltados para o interior de São Paulo, Paraná e Mato Grosso.

A presença do comandante na porta das aeronaves para recepcionar os passageiros e o inconfundível tapete vermelho no acesso para a escada de embarque tornaram-se uma marca registrada da TAM a partir de 1989.

Na década de 90, a TAM adquiriu as aeronaves Fokker-100, lançou seu programa de fidelidade e iniciou grande processo de expansão, com Rolim à sua frente. Em julho de 2001, o comandante morreu em um acidente de helicóptero.

Dois grandes acidentes marcaram a trajetória da empresa: em outubro de 1996, com o Fokker-100 em Congonhas, que caiu logo após a decolagem e matou 99 pessoas. E em julho de 2007, também em Congonhas, na aterrissagem de um Airbus, que deixou 199 mortos.

Fonte: O Globo

Presidente da LAN diz que fusão com a TAM pode gerar economia de US$ 3 bilhões

A fusão entre as companhias aéreas TAM e LAN, do Chile, anunciada na última sexta-feira, poderia criar ganhos de sinergia de cerca de US$ 3 bilhões ao grupo, disse o presidente-executivo da companhia chilena, na reportagem de um jornal chileno "La Tercera" deste sábado.

- Acreditamos que, além dos US$ 400 milhões em sinergias anuais, teremos um ganho de 3 bilhões que em algum tempo estará refletido nos nossos resultados - disse Cueto.

A família Amaro, controladora da TAM, e a LAN, de Cueto, terão conjuntamente cerca de 37% a 38% de participação na nova empresa, disse o executivo. Seu irmão Ignacio, chefe de operações da LAN, disse na mesma entrevista que a família Cueto terá uma fatia de 24% a 25% da empresa resultante da fusão.

O negócio permitirá que ambas as companhias mantenham suas marcas atuais. A estrutura foi desenhada para evitar eventuais obstáculos políticos nos dois países. A regulação brasileira proíbe estrangeiros de deter mais de 20% de participação numa companhia aérea do país.

A união, proposta via uma troca de ações avaliada em US$ 2,7 bilhões, cria a maior empresa aérea da América Latina e a décima primeira maior do mundo, em termos de passageiros transportados.

Enrique Cueto, presidente-executivo da LAN, disse ao jornal que a fusão é fundamental para que a companhia consiga competir dentro de mercado global de aviação mais consolidado, entrar com força no mercado brasileiro e gerar importantes reduções de custos.

Se a fusão for aprovada, Cueto será o presidente da Latan Airlines, nome da nova companhia, enquanto o presidente do conselho de administração da TAM, Mauricio Rolim, será o presidente do Conselho de Administração do grupo.

- Em valores atuais, sem as sinergias, o valor combinado das duas companhias é de cerca de US$ 11,5 bilhões - disse Cueto;

Fonte: Reuters via O Globo

Processo que autoriza aeronaves a voar está mais ágil, segundo Anac

Em nove meses, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) reduziu em 88% o tempo médio entre a data da vistoria técnica da aeronave proposta pelo proprietário ou operador e a emissão do Certificado de Aeronavegabilidade, documento obrigatório para que um avião ou helicóptero seja autorizado a voar. A informação foi divulgada, nesta quinta-feira (12), pela Anac.

Em outubro de 2009, o prazo médio entre a data proposta para a vistoria e a certificação superava dois meses de espera. Em julho de 2010, o prazo caiu para 8 dias. Segundo a Anac, as mudanças feitas visam reduzir a burocracia, padronizar o atendimento em todo o País e ampliar a transparência sobre os processos.

A agência está disponibilizando serviço de consulta das vistorias agendadas em seu site . Nos próximos meses, os usuários também poderão utilizar o serviço para agendar as vistorias pela internet. Atualmente, os proprietários e operadores solicitam a vistoria técnica em qualquer unidade regional da Anac.

No site da Anac também estão disponíveis informações sobre as vistorias, como os documentos e demais requisitos necessários, tanto para aeronaves novas quanto usadas. Após concluída essa etapa, se todos os requisitos da legislação foram cumpridos, é emitido o Certificado de Aeronavegabilidade que permite que a aeronave possa operar com segurança.

O Brasil possui cerca de 12,5 mil aeronaves, sendo 1,3 mil helicópteros. Nos últimos 10 anos, a frota brasileira cresceu 21,7%.

Fonte: Portal Brasil via aquiacontece.com.br