quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Azul se manifesta sobre ovnis observados em Santa Catarina

Comandantes da companhia aérea avistaram luz misteriosa durante voo no último sábado (22): “Parecia um farol fazendo um 360º.

(Foto: Reprodução / YouTube Camera Aeroporto Salgado Filho BrAmigos)
A Azul divulgou uma nota à imprensa se manifestando sobre o avistamento de ovnis (objetos voadores não identificados) por parte de seus pilotos no final da última semana. No sábado (22), comandantes de uma viagem de São Paulo (SP) a Porto Alegre (RS) avistaram uma luz misteriosa próxima a Bom Retiro, em Santa Catarina.

A empresa diz que o assunto já foi encaminhado para as autoridades competentes. Confira a nota da companhia aérea: “A Azul informa que seus Tripulantes seguem os mais rigorosos protocolos de segurança e que qualquer eventualidade é comunicada imediatamente ao controle de tráfego aéreo. A companhia ressalta que o assunto já está sob ciência das autoridades competentes.“

Entenda o caso

Durante o voo de um avião Airbus A320 (PR-YRX) da companhia Azul, no sábado, comandantes comandantes avistaram uma luz e reportaram o movimento à cabine.

Segundo informações, não havia nenhum veículo aéreo no radar. Os primeiros minutos do vídeo abaixo mostram o movimento no Aeroporto Internacional Salgado Filho, na capital do Rio Grande do Sul.


Durante a conversa entre o comandante e a torre de tráfego aéreo, ele afirma: “Tinha sumido e agora apareceu novamente, o que eu posso informar para a senhorita é que é como se fosse o farol de uma aeronave fazendo um 360º”.

“Não existe um padrão de tráfego [...] é um movimento aleatório”, continuou.

Via Redação Byte / Terra

Celebridades na berlinda: Jatos particulares poluem mais?


Na semana passada, Bernard Arnault, CEO da empresa do segmento de luxo LVMH (Moët Hennessy Louis Vuitton), disse em entrevista à rádio francesa Classique que vendeu o jato particular que utilizava.

"Ninguém pode saber para onde vou porque agora eu freto aviões", disse o executivo, que também afirmou que somente usa avião quando necessário.

A medida vem após longa pressão feita por meio das redes sociais sobre o impacto ambiental que as viagens no avião vinham causando.

O fato é que a quantidade de emissões de gases nocivos ao meio ambiente por passageiro transportado é maior nesses aviões particulares.

Segundo a ONG europeia Transporte e Meio Ambiente, apenas 1% da parcela mais rica da população é responsável por 50% da poluição gerada pelo modal aéreo. Ao mesmo tempo, jatos privados poluem entre cinco e 14 vezes mais que um voo comercial.
Sem carona

Kylie Jenner e Kim Kardashian posam em seus jatos particulares (Imagem: Montagem/Reprodução)
Diversas celebridades vêm sendo criticadas pelo uso indiscriminado de jatos. Em julho, o avião da socialite Kim Kardashian fez um voo de apenas dez minutos nos Estados Unidos. Embora não esteja claro se ela estava a bordo ou não, estima-se que foi emitida mais de uma tonelada de gás carbônico (CO2) nesse curto espaço de tempo.

A socialite também se envolveu em outra polêmica em maio quando ela e sua irmã, Kylie Jenner, foram cada uma em seu próprio jato para o casamento de outra irmã, Kourtney Kardashian, ocorrido na Itália. O itinerário de ambas foi bem similar (origem e destino), mas uma não deu carona para a outra.

O avião de Jenner também foi flagrado por sistemas que acompanham os voos dos jatos das celebridades em redes sociais percorrendo distâncias curtas. Em um deles, o seu avião pousou em um aeroporto a menos de 20 km de sua casa e partiu em seguida para outro, a 40 km de distância dali, próximo à sede de sua empresa de cosméticos.

O voo durou 17 minutos, e o trajeto de carro duraria cerca de 50 minutos, com uma emissão de poluentes bem menor.


Esses voos, entre outros, vêm sendo criticados não só por ambientalistas, mas por pessoas que se mostram incomodadas com a postura adotada por famosos, ainda mais os que dizem se preocupar com o aquecimento global.

Top 10


Em agosto, a agência de marketing britânica Yard, divulgou um ranking com as celebridades que mais poluem com o uso de jatos particulares. Veja a lista do quanto de gás carbônico os jatos de cada celebridade emitiu do início de 2022 até o dia 19 de julho:
  • Taylor Swift - 2.971,50 toneladas
  • Drake - 2.904,25
  • Floyd Mayweather - 2.205,22 toneladas
  • Jay-Z (em parceria com a Puma) - 2.107,72 toneladas
  • Kim Kardashian - 1.752,51 toneladas
  • A-Rod - 1.731,10 toneladas
  • Steven Spielberg - 1.485,69 toneladas
  • Mark Wahlberg - 1.443,27 toneladas
  • Blake Shelton - 1.357,85 toneladas
  • Jack Nicklaus- 1.129,66 toneladas
Os cálculos feitos pela Yard levam em conta o consumo de combustível por hora de voo de cada aeronave (algumas consomem muito mais do que outras). Também é importante dizer que, não necessariamente, as celebridades estavam presentes em cada voo.

Alguns desses voos costumam ser realizados para manutenção e, em outras situações, apenas para armazenar o avião em locais onde o aluguel de um hangar é mais barato.

Compensação


Para Ricardo Rosário, advogado da área ambiental do escritório SFCB, é preciso diferenciar se quem viaja está fazendo isso pela empresa em que trabalha ou para uso pessoal apenas. Cada uma dessas modalidades vai ter um impacto diferente em como a viagem é vista, se é fundamental ou dispensável, por exemplo.

"O ideal é quem está voando fazer um inventário de emissões de gases do efeito estufa. Com isso, é possível realizar as compensações, com compras de créditos de carbono ou outras medidas", diz Rosário.

O advogado ainda afirma que quem for voar tem de ficar atento a três escopos relacionados às poluições que a operação pode causar:
  • Diretas, que são aquelas em decorrência do próprio voo, com a emissão pelos motores do avião, por exemplo.
  • Indireta, que são aquelas emissões ligadas ao consumo de energia relacionadas ao voo
  • Ainda há um outro tipo de emissão indireta, que é aquela realizada pelos fornecedores ligados ao voo, como empresas que abastecem o avião, operadores aeroportuários, entre outras
Tendo isso em mente e fazendo um planejamento adequado, diz Rosário, a questão ambiental pode ser mais facilmente contornada, incluindo o uso mais racional desses voos.

Também é possível que essas celebridades se adequem a planos de redução de emissão de carbono, como o Corsia (Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation, ou, Esquema de Compensação e Redução de Carbono para a Aviação Internacional). Nesse programa, o objetivo é o setor da aviação manter seu crescimento sem aumentar a emissão de poluentes e com a consequente compensação das emissões.

Via Todos a Bordo / UOL

Avião da Latam sofre danos em voo e pousa sem "nariz" após tempestade

Aeronave saiu da Santiago com destino ao Paraguai, mas teve de fazer um pouso forçado em Foz do Iguaçu (PR).


Na noite da quarta-feira (26), dezenas de passageiros passaram por momentos de terror em um voo da companhia Latam por causa de uma forte tempestade.

O avião Airbus A320-214, prefixo CC-BAZ, da Latam Chile, tinha destino à capital do Paraguai, Assunção, saindo da capital do Chile, Santiago (voo LA1325). No entanto, o tempo piorou e o piloto precisou fazer um pouso forçado em Foz do Iguaçu, até as condições melhorarem.


O comandante saiu de Foz do Iguaçu por volta das 22h e, ao voltar para a rota do Paraguai, foi pego de surpresa por uma tempestade forte e camadas de gelo, que fez com que um dos motores parasse de funcionar em pleno voo.

Além dos motores, houve problemas na fuselagem, nariz do avião e nos vidros da cabine, que trincaram e poderiam ter levado a despressurização.


Estavam a bordo 48 passageiros e, mesmo com o susto grande, ninguém saiu com ferimentos físicos graves.

Segundo o portal H2Foz, a rádio Monumental AM conversou com o titular da Direção Nacional de Aeronáutica Civil (Dinac), Félix Kanazawa, que afirmou que o incidente foi grave e irá ser investigado.


Uma das investigações será para apurar a decisão do comandante de seguir com o voo de Foz do Iguaçu para Paraguai, mesmo que os radares da máquina estivessem apontando perigo.

“Vários passageiros ficaram descompensados devido ao alto estresse e foram atendidos por paramédicos, mas o mais importante é que os 48 passageiros chegaram ilesos, mesmo tendo passado por um grande susto”, afirmou Kanazawa.


Com informações do perfil do Twitter Aeroporto da Depressão e MetSul

Segundo KC-30 da FAB está em solo brasileiro

Segundo KC-30 da FAB está em solo brasileiro e irá compor frota com outro avião que chegou no mês de julho.

Aeronaves irão passar por processo de conversão MRTT na Europa (Foto: Divulgação)
O segundo A330-200 da Força Aérea Brasileira, o FAB 2902, chegou ao Brasil na terça-feira (25). A aeronave, proveniente dos Estados Unidos, pousou no aeroporto de Viracopos, em Campinas, no estado de São Paulo.

O KC-30, como é chamado oficialmente na FAB, irá compor a frota do Esquadrão Corsário, no Rio de Janeiro, com o FAB 2101, que chegou ao país em julho e já cumpriu missões internacionais.


Este segundo A330 foi adquirido na Azul Linhas Aéreas no mercado internacional para atender aos requisitos da FAB, mas antes disto, estava sendo operada pela britânica Titan Airways.

Após um processo de manutenção e pintura, o avião seguiu para os EUA, onde foi procedida a entrega contratual da aeronave por meio da Comissão Aeronáutica Brasileira em Washington (CABW).

Ambos os aviões irão passar por um processo de modificação para o padrão MRTT. Este trabalho deverá ser feito na unidade da Airbus em território espanhol e deverá durar cerca de 18 meses.

Assim que concluído, o avião de fato poderá cumprir missões de reabastecimento em voo, o que é caracterizado pela letra "K", bem como missões de UTI Aérea,entre outros objetivos.

Via André Magalhães (Aero Magazine)

Cinco foram atingidos pelo jatinho em Santa Marta, indica o relato inicial da investigação


Como visto na semana passada, um jato de pequeno porte sofreu uma excursão de pista em um aeroporto na Colômbia em 16 de outubro, e embora todos a bordo tenham saído sem ferimentos, infelizmente houve a morte de uma criança atingida pela aeronave.

A aeronave envolvida foi o Cirrus SF50 Vision Jet registrado sob a matrícula HK5342, operado pela empresa Panamerican Training Center, que sofreu excursão de pista durante a corrida de decolagem no aeroporto de Santa Marta, segundo reportou a Direção Técnica de Investigação de Acidentes da autoridade de aviação civil da Colômbia, a Aerocivil.

Os vídeos que mostraram os minutos logo após o acidente, em que pessoas ajudavam no atendimento aos feridos, podem ser vistos novamente neste link.

Agora, nessa terça-feira, 25 de outubro, a Aerocivil emitiu um breve relato inicial sobre as informações colhidas até o momento na investigação. O comunicado da autoridade colombiana está transcrito a seguir, na íntegra.

“A Direção Técnica de Investigação de Acidentes de Aviação Civil está avançando na coleta e processamento de provas para determinar as causas do acidente aéreo ocorrido no domingo, 16 de outubro, nas imediações do aeroporto internacional Simón Bolívar, em Santa Marta.

Trata-se de uma aeronave SF-50 Cirrus com matrícula HK5342-G vinculada à empresa Panamerican Training Center (PTC), que presta serviços de aviação privada. De acordo com os registros, trata-se de um avião reconhecido e certificado pela autoridade aeronáutica.

Em termos de características técnicas, trata-se de um avião a jato monomotor, com cabine pressurizada, sistemas de navegação aérea de alta tecnologia e sistemas avançados de registro que permitirão a coleta de informações para a investigação. A aeronave é catalogada como uma das mais modernas de sua categoria.

De acordo com as informações preliminares coletadas no local, o avião havia feito um voo anterior entre Bogotá e Santa Marta, com o objetivo de transportar passageiros particulares de volta entre Santa Marta e Bogotá.

O voo tinha um piloto, um copiloto e 5 passageiros, cujas identidades, contatos e localização foram disponibilizados à investigação técnica e judicial das autoridades competentes. Inicialmente, foi determinado que a tripulação do avião estava com toda a documentação em ordem.

Os primeiros dados indicam que, durante a decolagem, o avião não conseguiu decolar e que a tripulação também não conseguiu interromper seu avanço. O avião atravessou o final da pista, as zonas de segurança e quebrou a cerca do perímetro do aeroporto, atravessando a via pública e parando na zona pública ao redor.

Na parte final de sua jornada, a aeronave atingiu cinco pessoas que estavam próximas à via. Como resultado do impacto, um menino de 3 anos morreu e quatro feridos foram transferidos para centros de saúde em Santa Marta e Cartagena. Dois permanecem internados. A tripulação e os passageiros da aeronave saíram ilesos, por suas próprias forças.

Como se pôde constatar, os serviços de atendimento do Aeroporto Internacional Simón Bolívar deslocaram-se imediatamente ao local do acidente, num período de cerca de dois minutos. O Corpo de Bombeiros Aeronáutico interveio na área para evitar um incêndio.

As causas do acidente são o centro da investigação. Hipóteses preliminares relacionadas a falhas em componentes de motores, controles de voo, sistemas automáticos e sistemas de segurança da aeronave estão sendo estudadas.

O que vem a seguir na investigação


Uma comissão da empresa Cirrus, fabricante da aeronave, chegará à Colômbia nos próximos dias para inspecionar o estado dos sistemas e componentes da aeronave, bem como os procedimentos realizados pela tripulação, a fim de fornecer informações técnicas à investigação.

Tanto o piloto quanto o co-piloto do avião foram entrevistados, e estão disponíveis para contribuir com o desenvolvimento das investigações. Da mesma forma, a seguradora da aeronave esteve presente para atender as vítimas na fase inicial.

O NTSB, autoridade investigativa dos Estados Unidos, também foi vinculado à investigação técnica, por ser daquele país o fabricante da aeronave. Espera-se que um relatório preliminar sobre os resultados seja publicado dentro de 30 dias da ocorrência do evento.

Em cumprimento ao programa de atendimento às vítimas e familiares, a Aerocivil continuará monitorando a assistência que o seguro da operadora presta às vítimas.”

Via Murilo Basseto (Aeroin) - Imagem: Reprodução / Redes sociais

Imagens em primeira pessoa: piloto russo sendo ejetado de aeronave de ataque Su-25

No que pode ser o primeiro vídeo desse tipo, o piloto de um Su-25 russo filmou o momento em que foi ejetado de sua aeronave de ataque.


O vídeo, compartilhado pelo popular canal do Telegram Fighterbomber, dirigido por uma pessoa envolvida com a Força Aérea Russa, mostra o momento em que o piloto puxou a alavanca de ejeção. Uma vez no solo, ele pode ser ouvido se comunicando em seu rádio, dizendo: “Sim, sim, é normal... estou assistindo”.


O Su-25 danificado é marcado pelo número bort 09. O usuário do Twitter Mike Yeo reduziu a aeronave ao registro Su-25SM RF-91965 pilotado pelo 18º Regimento de Aviação de Assalto da Guarda com base no aeródromo de Chernigovka, no extremo leste russo.


O campo de colheita de forragem verde indica que o acidente provavelmente ocorreu meses antes do vídeo ser lançado. Os arredores se assemelham a um acidente ocorrido em Belgorod em junho de 2022 , no qual um Su-25 era suspeito de ter cortado uma linha de energia. O piloto teria ejetado com segurança.

O Sukhoi Su-25 "Frogfoot" é uma aeronave rústica de ataque ao solo de um único assento especificamente adequada para apoiar tropas terrestres em baixa altitude. Ostentando um canhão GSh-30-2 de 30 mm, ele vem em várias versões diferentes, algumas que podem transportar até 6.400 kg de munições. A natureza de sua missão torna vulnerável ao sistema de defesa aérea portátil (MANPADS).

De acordo com o blog Oryx , que está documentando a perda de equipamentos durante a invasão da Ucrânia pela Rússia, 23 aeronaves de apoio aéreo aproximado Su-25 foram visualmente confirmadas como destruídas ou severamente danificadas. É o tipo de aeronave que mais sofreu perdas desde o início do conflito.

Via Aero Time

Mais um OVNI no Chile? Vídeo mostra misterioso objeto que apareceu em céu noturno

Mais um OVNI no Chile? Vídeo mostra misterioso objeto que apareceu em céu noturno
(Imagem: Reprodução - TikTok - @guaroipiscola)
Não é a primeira vez que moradores do Chile flagram curiosos objetos. E, trazendo mais um exemplo do tipo, um internauta compartilhou recentemente um registro no TikTok em que muitos acreditaram se tratar de um possível Objeto Voador Não Identificado (OVNI).

Ao analisar a gravação, que desde que foi publicada já supera as 150 mil visualizações, nota-se uma grande luz presente no céu da cidade de Viña del Mar, no litoral chileno, que permanece por um período específico até que se apaga por completo.

Através dos comentários, o usuário @guaroypiscola, que foi o responsável por divulgar o vídeo, esclareceu que embora alguns acreditassem que poderia se tratar de um drone, ele tinha uma visão diferente devido ao tamanho e a intensidade de luz. Ele chegou a considerar que poderia ser uma estrela.

@guaroypiscola Acabamos d ever un avistamiento ovni en viña del mar Chile,…Qué será eso?? Vieron algo ustedess? #foryou #chile #chile🇨🇱 #ovni #parati ♬ original sound - guaro y piscola

Via Leandro Luz (Metro World News)

Boeing 737 da Lion Air fez um pouso de emergência após o motor esquerdo pegar fogo

Um Boeing 737 da Lion Air retornou imediatamente a Jacarta depois que o motor esquerdo pegou fogo, nesta quarta-feira (26).


O voo JT330 de Jacarta para a Ilha de Palembang-Sumatra não correu bem. Os pilotos do Boeing 737-800, prefixo PK-LKK, declararam emergência após a decolagem de Jacarta (CGK) e exigiram um retorno imediato.


A aeronave pousou com segurança na pista 25R apenas 32 minutos após a decolagem.

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Hoje na História: 26 de outubro de 1972 - Há 50 anos morria Igor Sikorsky, o "pai do helicóptero"

(Imagem : foto da Guarda Costeira dos EUA)
Neste dia, em 1972, faleceu o famoso pioneiro da aviação Igor Sikorsky (foto acima). Conhecido como o pai do helicóptero, Sikorsky projetou o primeiro helicóptero de rotor único e abriu o caminho para todos os helicópteros modernos de hoje.

A história de Sikorsky começou no final do século XIX. Nascido em Kyiv, na Ucrânia, que na época fazia parte do império russo, o jovem Igor tinha paixão pela aviação. Foi em um momento de formação para a aviação, quando estava em transição da era dos balões de ar quente para a primeira aeronave movida a hélice.

Igor Sikorsky em 1914 (Foto: Karl Bulla/Domínio Público)
Crescendo, Sikorsky foi muito influenciado por seus pais. Foi da mãe que herdou o gosto pela literatura. Como muitas pessoas de sua geração, Sikorsky cresceu com os romances do autor francês Júlio Verne. Livros como “A Volta ao Mundo em Oitenta Dias” e “Viagens Extraordinárias” trouxeram temas como viagens pelo mundo, cultura e ciência para leitores de diversos países. Isso levou o jovem Igor a sonhar com um novo meio de transporte, que pudesse rivalizar com o trem ou o navio. Além de Verne, Sikorsky também parecia estar interessado em Leonardo da Vinci, especificamente seus desenhos da máquina voadora.

Parafuso aéreo e asa de levantamento de Leonardo da Vinci
Ao terminar sua educação no Instituto Politécnico de Kyiv, a busca de Sikorsky pela aviação só se aprofundou. Embora sua primeira tentativa de desenvolver um helicóptero não tenha sido bem sucedida, isso não o impediu de perseguir suas ambições, que iam além do helicóptero. Em 1910, ele começou a trabalhar para a empresa russa de veículos Russo-Bolt. Com eles, criou em 1913 o primeiro avião a hélice de quatro motores: o S-21, também conhecido como o Cavaleiro Russo.

A situação política da época empurrou a vida de Sikorsky em uma direção completamente diferente. A revolução de outubro de 1917, juntamente com as ameaças soviéticas, o convenceram a fugir para os Estados Unidos. Nos Estados Unidos, um encontro com outro emigrante russo, o conhecido compositor Sergei Rachmaninoff, deu início à nova carreira de Sikorsky.

Com apoio financeiro de Rachmaninoff, Sikorsky abriu sua própria empresa, conhecida como Sikorsky Aircraft Corporation, focada em aeronaves anfíbias. Uma notável parceria com Charles Lindberg levou ao desenvolvimento do S-42, também conhecido como Clipper Flying Boat, que se tornou um símbolo da aviação comercial entre guerras. O nome Clipper foi tirado dos navios rápidos e manobráveis ​​do século XIX.

Um hidroavião Sikorsky S-42 da Pan American Airlines (Crédito: Arquivos SDASM)
Foi apenas alguns anos depois que Sikorsky alcançou o sucesso com sua primeira paixão: o helicóptero. O primeiro protótipo, o Vought-Sikorsky VS-300, com um único rotor de três pás, foi lançado em 1939, um design inovador que ainda é usado nos helicópteros de hoje. O próximo triunfo veio em 1942, com o R-4 da Sikorsky se tornando o primeiro helicóptero a ser produzido em série. Este modelo foi uma escolha popular no transporte militar dos EUA e da Grã-Bretanha.

A partir desse momento, a empresa de Sikorsky dedicou-se principalmente a helicópteros, com sua aeronave de asa rotativa se tornando cada vez mais procurada.

Igor Sikorsky morreu em sua casa em Connecticut em 1972. Dois anos depois, a empresa revelou que um dos helicópteros mais emblemáticos nasceu: o Blackhawk.

Helicópteros Sikorsky UH 60 Black Hawk (Crédito: Exército dos EUA)
O pai do helicóptero deixou um legado de engenharia aeronáutica que é lembrado até hoje. Embora 2015 tenha visto a aquisição da corporação de Sikorsky pela Lockheed Martin, seu nome e visão perduram como marca até hoje.

Via Aero Time

Como os motores de avião são revisados?

Os motores de aeronaves passam por um processo de revisão passo a passo que inclui limpeza e inspeção, desmontagem, reparo ou substituição, montagem e teste.

Motor Trent XWB (Foto: Joao Carlos Medau via Flickr)
Os motores de aeronaves são máquinas complexas que exigem manutenção , reparo e revisão imaculadas em vários intervalos ao longo de sua vida útil. Os motores de aeronaves estão sujeitos a desgaste extremo devido a vibrações causadas por componentes rotativos. Além disso, a exposição constante a climas variados resulta em tensões físicas e materiais no motor.

Geralmente, um motor a jato requer uma revisão completa a cada 5.000 horas de voo ou 3.000 ciclos de voo. A definição de um ciclo de voo pode diferir entre diferentes OEMs, mas como regra geral, é o aquecimento do motor a uma potência específica, seguido de resfriamento.

A revisão completa dos motores a jato é um processo passo a passo sincronizado que é realizado em uma instalação certificada de Manutenção, Reparo e Revisão (MRO).

Etapa 0: Remoção e indução


Motor sendo transportado (Foto: Kentaro Iemoto via Wikimedia Commons)
A usina é desmontada da aeronave e as carenagens, escapamento e vários outros sistemas são removidos. O motor chega às instalações da MRO sujo e o histórico de manutenção é identificado. É definido um escopo de trabalho de revisão, que inclui o nível de reparo necessário no motor durante sua visita.

Etapa 1: inspeção de entrada


O motor recebe um banho completo com água e fluidos especializados para remover qualquer sujeira e depósitos na superfície. Uma limpeza completa é necessária para realizar uma inspeção visual para identificar danos e desgaste aparentes. Além disso, uma inspeção de boroscópio (um tubo flexível com uma câmera para visualizar espaços apertados) é realizada para identificar desgaste e rachaduras no interior.

Passo 2: Desmontagem


Motor PW em manutenção (Foto: Clemens Vasters via Flickr)
No compartimento do motor, o motor é desmontado em seções modulares, como seção do ventilador, seção do compressor, seção de combustão, seção da turbina e seção de acionamento de acessórios. Cada módulo é enviado para seu respectivo compartimento modular, onde ocorre a posterior desmontagem das peças.

Um motor a jato típico consiste em algo entre 30.000 e 40.000 peças individuais. Cada parte é rotulada de acordo com seu módulo e organizada para a próxima etapa.

Etapa 3: limpeza e reparo


Direcionamento do motor a jato (Foto: dirrgang via Flickr)
Dependendo dos métodos de processamento descritos no manual do OEM, as peças individuais entram na linha de limpeza antes de cada peça ser inspecionada individualmente. Inspetores certificados marcam as peças como reparáveis, reparáveis ​​ou rejeitadas (sucata). Enquanto as peças reparáveis ​​são armazenadas temporariamente para serem usadas durante a montagem, as peças reparáveis ​​são enviadas para revisão e certificação.

Mecânicos especializados examinam e reparam as peças de acordo com os manuais de reparação. É importante observar que as peças com vida útil limitada (LLPs) devem ser substituídas durante o processo de revisão. Tais peças não chegam às linhas de limpeza ou inspeção e são descartadas na desmontagem.

Etapa 4: Montagem

Reparação CFM56 KLM (Foto: KLM)
Os módulos individuais são montados com peças reparáveis ​​(novas e reparadas). Os componentes rotativos, como as pás e o ventilador, são balanceados de acordo com os limites para evitar vibrações excessivas durante a operação. Cada módulo concluído chega à linha de montagem antes que o motor seja reconstruído.

Etapa 5: teste


Teste do motor (Foto: KLM)
O motor vai para a estação de testes, onde é submetido às condições de operação. O motor é submetido às condições mais difíceis, incluindo velocidades e temperaturas variadas. Se os parâmetros cruciais de desempenho estiverem dentro dos limites aceitáveis, o motor passa no teste.

O motor é removido da estação de testes e, após uma inspeção visual final, é emitido um certificado de aeronavegabilidade . Neste momento, o motor brilhante de contador zero está pronto para voar e retomar os voos por anos.

Tempo e custo


Para uma revisão completa, um motor a jato pode passar de 60 a 90 dias em uma instalação de MRO. O relógio começa quando o motor é introduzido na oficina e termina com a emissão do certificado de aeronavegabilidade.

O custo médio de uma revisão completa pode ser um quarto do preço do motor quando novo. Motores grandes podem custar entre US$ 2 milhões e US$ 5 milhões para uma revisão completa.

Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu (com informações da Simple Flying)

Aconteceu em 26 de outubro de 1989 - Voo 204 da China Airlines - Colisão contra montanha em Taiwan


Em 26 de outubro de 1989, o Boeing 737-209, prefixo B-180, da China Airlines (foto acima), decolou para o voo 204, em um voo de curta distância entre o Aeroporto de Hualien e o Aeroporto Internacional Taipei-Chiang Kai Shek, ambos em Taiwan. A bordo do Boeing 737 estavam 47 passageiros e sete tripulantes. 

Dez minutos após a decolagem, a aeronave, tendo atingido uma altura de 7.000 pés (2.100 m), colidiu com uma montanha, parte da cordilheira de Chiashan, a 5,5 km ao norte do aeroporto de partida. 

Todos os 54 passageiros e tripulantes a bordo morreram.


Naquela época, a China Airlines chegou a um acordo com as famílias das vítimas com uma indenização altíssima de 4 milhões de yuans. 

No entanto, os familiares ainda ficaram tristes e com raiva recorreram à Administração de Aviação Civil da China, atiraram ovos e acusaram o controlador da estação de chegada de Hualien de “negligência profissional que resultou em morte”. 

O promotor responsável perguntou certa vez: "Se o B-737 fez uma curva errada à esquerda, o lembrete do controlador poderia ter evitado uma colisão com uma montanha?"


O então Vice-Chefe de Padrões Liang Long e o Chefe de Seção Li Wanli pilotaram especialmente a aeronave de verificação B-135 King Air 350 para transportar aleatoriamente o membro da tripulação Jiang Tianzheng para simular a rota do voo CI204 da China Airlines naquele momento. 

Depois de decolar da pista 03 do Aeroporto de Hualien, vire à esquerda para simular a taxa de subida padrão de partida e o ângulo de viragem naquele momento; de acordo com o autor (narrado oralmente pelo Sr. Jiang Tianzheng), o Sr. Jiang Tianzheng estava sentado atrás do banco do motorista na época. Depois de virar à esquerda, a cabine parecia Uma floresta verde ficou cada vez mais clara, e então o avião de inspeção imediatamente voou encosta acima em direção ao mar. 

Posteriormente, o Chefe de Seção Li disse: Se você virar à esquerda de acordo com o procedimento padrão, com certeza atingirá a montanha. Felizmente, a máquina de inspeção é pequena e flexível e você pode escapar da parede da montanha aumentando a inclinação.

O instrutor Jiang Tianzheng revisou o incidente com base em sua vasta experiência como controlador de tráfego aéreo e como diretor e líder de equipe na Administração de Aviação Civil. Ele acreditava objetivamente que o dispositivo de radar instalado na "plataforma de aproximação do aeroporto" em 1989 naquela época era simplesmente incapaz de monitorar a pista. 

Para alvos próximos, o controlador de serviço não pode e não pode detectar imediatamente o erro de direção da aeronave e certamente não pode avisar prontamente o piloto pelo rádio. Com base na simulação de voo acima e nas declarações do pessoal profissional de controle de tráfego aéreo relevante, o promotor responsável afirmou que “mesmo que o controlador possa lembrar o piloto, o resultado da colisão com uma montanha é inevitável”. ” Portanto, lembrar não está incluído na consideração de responsabilidade criminal por negligência.

A principal causa do acidente foi o erro do piloto. Com a tripulação composta por um piloto experiente (15 anos na China Airlines) e um copiloto novato, decolando da pista errada, agravado pelo controle de solo, que não conseguiu identificar o erro, a aeronave executou o procedimento de subida, fazendo uma curva à esquerda em direção às montanhas ao invés de uma curva à direita em direção ao mar. 

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com ASN, Wikipédia e baaa-acro.com

Hoje na História: 26 de outubro de 1958 - Pan American World Airways inaugura a “Era do Jato”

Boeing 707-121 da Pan American World Airways, N711PA, Clipper America, no Aeroporto Idlewild, Nova York, 26 de outubro de 1958 (Foto: Pan American World Airways)
Em 26 de outubro de 1958, a Pan American World Airways inaugurou a “Era do Jato” com o primeiro voo comercial de um avião a jato americano. 

O Boeing 707-121 'Clipper America', prefixo N711PAda Pan Ampartiu de New York Idlewild (IDL) em um voo de 8 horas e 41 minutos para Paris Le Bourget (LBG), com uma parada de combustível em Gander, Newfoundland (YQX). (O tempo real de voo foi de 7 horas.) A distância foi de 3.634 milhas (5.848 quilômetros). A bordo estavam 111 passageiros e 11 tripulantes.

O Boeing 707 foi desenvolvido a partir do modelo 367–80 anterior, o “Dash Eighty”. É um transporte a jato de quatro motores com asas inclinadas e superfícies de cauda. A borda dianteira das asas é varrida em um ângulo de 35°. O avião tinha quatro tripulantes: piloto, co-piloto, navegador e engenheiro de voo. 

O 707-121 tem 145 pés e 1 polegada (44,221 metros) de comprimento com uma envergadura de 130 pés e 10 polegadas (39,878 metros). O topo da barbatana vertical tem 42 pés e 5 polegadas (12,929 metros) de altura. O 707 é anterior aos aviões comerciais de "corpo largo", com fuselagem de 12 pés e 4 polegadas (3,759 metros).

As primeiras versões eram movidas por quatro motores turbojato Pratt & Whitney Turbo Wasp JT3C-6, produzindo 11.200 libras de empuxo (49.820 kilonewtons) e 13.500 libras (60.051 kilonewtons) com injeção de água. Este motor era uma variante civil da série militar J57. Era um motor turbojato de fluxo axial de dois carretéis com um compressor de 16 estágios e uma turbina de 2 estágios. O JT3C-6 tinha 11 pés, 6,6 polegadas (3.520 metros) de comprimento, 3 pés e 2,9 polegadas (0,988 metros) de diâmetro e pesava 4.235 libras (1.921 quilogramas).

O peso vazio do avião é 122.533 libras (55.580 kg). O peso máximo de decolagem (MTOW) é 257.000 libras (116.573 kg). No MTOW, o 707 exigiu 11.000 pés (3.352,8 metros) de pista para decolar. Sua velocidade máxima é de 540 nós (1.000 quilômetros por hora). Ele tinha um alcance de 2.800 milhas náuticas (5.185,6 quilômetros).

O Boeing 707 esteve em produção de 1958 a 1979. 1.010 foram construídos. Em 2011, 43 707 ainda estavam em serviço.

A Boeing entregou o N711PA à Pan American em 17 de outubro de 1958. O avião foi denominado Clipper America, mas mais tarde foi renomeado como Clipper Mayflower. Foi alugado para a Avianca ( Aerovías Nacionales de Colombia SA)  de 1960 a 1962. Em abril de 1965, o 707 foi atualizado para o padrão –121B. Isso incluiu uma mudança dos motores turbojato para turbofans Pratt e Whitney JT3D-1 mais silenciosos, mais potentes e eficientes, produzindo 17.000 libras de empuxo. As asas foram modificadas para incorporar as mudanças introduzidas com o Boeing 720 e um tailplane mais longo instalado. 

A Pan Ayer do Panamá comprou o Clipper Mayflower em 21 de fevereiro de 1975 que,  posteriormente, foi alugado para  Türk Hava Yolları, a companhia aérea nacional turca, e passou a servir na Air Asia Company Limited (uma unidade de serviço de aeronaves da Air America) e na E-Systems. Após 26 anos de serviço, em agosto de 1984, o "Clipper America"  foi descartado em Taipei.

Boeing 707-121 da Pan American World Airways, N711PA, Clipper America , chegando ao
Aéroport de Paris - Le Bourget , Paris, França, 27 de outubro de 1958 (Foto: © Jon Proctor)
Fonte: thisdayinaviation.com

Aconteceu em 26 de outubro de 2015: Colapso do trem de pouso em Boeing 737 da Comair em Joanesburgo

Em 26 de outubro de 2015, o Boeing 737-4L7, prefixo ZS-OAA, da British Airways, operado pela Comair, sofreu danos graves em um acidente durante o pouso no Aeroporto de Joanesburgo-OR Tambo, na África do Sul. Havia 94 passageiros e seis tripulantes a bordo.

A aeronave havia partido do aeroporto de Port Elizabeth às 08h20 (UTC) em voo por instrumentos para Joanesburgo.

O primeiro oficial foi o piloto voador desta perna. Durante a aproximação a Joanesburgo, a aeronave foi liberada para pousar na pista 03R. A aproximação foi realizada com vento de cauda (340° a 10 nós).

Depois de cruzar a cabeceira da pista, o primeiro oficial começou a fazer o flare da aeronave a 65 pés, em vez de 20 pés, conforme recomendado pela Boeing. Isso contribuiu para uma baixa taxa de afundamento (1,8 pés/segundo). A aeronave pousou a uma velocidade de solo excessiva de 167 nós. A tripulação de voo sentiu a aeronave vibrando, durante a qual aplicou os freios e aplicou o empuxo reverso.

A engrenagem principal esquerda colapsou aproximadamente 5 segundos após o toque, fazendo a aeronave rolar ligeiramente para a esquerda. Posteriormente, ela parou por completo cerca de 35 segundos depois, ligeiramente à esquerda da linha central da pista, apoiada em seu trem de pouso principal direito e no motor número um, com o trem de pouso do nariz no ar.

A aeronave sofreu danos substanciais quando o motor número um raspou ao longo da superfície da pista,  quando o trem de pouso se soltou da fuselagem. Os ocupantes foram autorizados a desembarcar da aeronave pela porta traseira esquerda devido à altura em que a aeronave parou.

Foi determinado que o flare precoce e a baixa taxa de afundamento no toque causaram uma condição na qual vibrações excessivas se acumularam no trem de pouso esquerdo e resultou na falha do elo de torção superior.

A válvula de alívio térmico do amortecedor shimmy continha óleo que poderia ter prejudicado sua eficácia. Desgaste significativo foi encontrado nas buchas do elo de torção superior, o que pode ter contribuído para o acúmulo de vibração não amortecido durante a operação.

Por Jorge Tadeu (com ASN e Agências de Notícias)

Santos Dumont: Gênio brasileiro conquistou a dirigibilidade, criou balões e avião


O voo do brasileiro Alberto Santos Dumont, em uma distância de 60 metros com o 14-Bis, no Campo de Bagatelle, em Paris, marcou historicamente aquele 23 de outubro de 1906 e consagrou ainda mais o inventor. O aparelho subiu 2 metros de altura e foi o bastante para a humanidade olhar para cima e para o futuro de forma diferente.

O feito inédito que completa 115 anos neste sábado (23), porém, é "apenas" a parte mais famosa das conquistas, segundo apontam os pesquisadores da vida e das obras daquele mineiro que ficou conhecido como o 'Pai da Aviação'.

Até aquela data (e depois também), o enredo é de uma história de coragem, perspicácia, generosidade e divulgação científica como rotina de vida. Característica, aliás, de um período de fascínio pela tecnologia e pelas descobertas. Autor de quatro livros sobre Santos Dumont, o físico Henrique Lins de Barros, especialista na história do gênio inventor, destaca que feitos anteriores foram fundamentais para que as atividades aéreas se consolidassem.

Ele cita que o brasileiro inventou e patenteou o motor a combustão para aviões, em 1898, o que viabilizou o sonho de um dia decolar. Uma característica de Santos Dumont é que ele criava, patenteava e liberava a utilização para quem quisesse. Três anos depois do motor, a conquista da dirigibilidade, também por parte de Dumont, foi uma ação revolucionária.

"Ele aprendeu a voar de balão, fez os primeiros dirigíveis. Todos eles, até o número 6, têm inovações impressionantes, com mudanças conceituais. Ele sofreu diversos acidentes, mas aprendeu a voar. Foi assim que ele descobriu quais eram os problemas de um voo controlado. Quando ele ganhou o Prêmio Deutsch, em 1901 [com o dirigível número 5], ele tinha domínio total. Em 1902, ele já tinha os dirigíveis até o número 10 construídos".

“Ele tem uma produção, em dez anos, em que ele idealiza, constrói, experimenta mais de 20 inventos. Todos revolucionários. Ele tem intuição para o caminho certo e criatividade para ir adiante. Os colegas deles inventores diziam que ele fazia em uma semana o que os outros demoravam três meses”, afirma Henrique Lins de Barros.

Voo sob controle


De acordo com o escritor Fernando Jorge, biógrafo de Santos Dumont, a descoberta da dirigibilidade, por parte do brasileiro, foi um marco decisivo para o que ocorreria depois. "Entendo que foi um momento supremo e culminante para a história da aeronáutica mundial."

Para o arquivista Rodrigo Moura Visoni, pesquisador dos inventores brasileiros e autor de livro sobre Santos Dumont, as fotos mostram detalhes da emoção que tomou conta das pessoas quando houve a conquista da dirigibilidade. "Santos Dumont foi convidado para rodar o mundo. Foi, sem dúvida, um grande feito. Para se ter uma ideia, o número de notícias sobre a conquista do Prêmio Deutsch supera a do primeiro voo [cinco anos depois]. Isso é explicado porque a busca pela dirigibilidade já tinha 118 anos. Ele resolve um problema secular. Além disso, a descoberta permitiu a era das navegações aéreas", afirma.

Segundo o que Visoni pesquisou, Alberto Santos Dumont disse, em várias entrevistas, inclusive pouco antes de morrer, que a maior felicidade dentre todas as emoções foi a conquista da dirigibilidade. "Isso é muito curioso. Ele dizia que o dia mais feliz não foi o dia em que ele faz a prova do Prêmio Deutsch, nem o 23 de outubro ou o 12 novembro de 1906 [em que ele faz o voo de 220 metros pela Federação Aeronáutica Internacional]. O dia mais feliz teria sido o 12 de julho de 1901, quando ele percebeu que resolveu o problema de dirigibilidade aérea. Foi uma demonstração impressionante. Ele vai aonde ele quer. Ele estava totalmente integrado ao dirigível."

O Prêmio Deutsch (no valor de 100 mil francos) foi conferido a Santos Dumont por ele ter conseguido circular a Torre Eiffel em julho. Mas os juízes garantiram a vitória ao brasileiro somente em novembro daquele ano. Os 120 anos da dirigibilidade, assim, devem ser celebrados no mês que vem.

Na ocasião, o dinheiro foi distribuído para a equipe do aviador e para pessoas pobres da capital francesa. "Ele era um homem muito generoso", afirma o biógrafo Fernando Jorge.

"Tomem cuidado!"


A série de demonstrações públicas que ele faz dos seus inventos devia sempre ser acompanhada da presença de repórteres. "Os jornalistas registravam e Santos Dumont publicava o que ele estava fazendo. Essa é uma característica impressionante. Ele divulga tudo. Tanto o que ele acerta como o que ele erra. Essa é uma característica impressionante dele. Quando ele erra, ele descreve e alerta: 'Tomem cuidado!'. Ele estava maduro na arte dos balões", afirma Lins de Barros.

A postura de Santos Dumont não era apenas a de um inventor, mas a de um divulgador científico, explicam os pesquisadores. "Ele foi um divulgador honesto."

Entre 1901 e 1906, Santos Dumont passou a entender o que era o voo do avião. "O 14-Bis ele fez em pouquíssimo tempo, pouco mais de um mês. Em setembro, por exemplo, ele experimenta e faz vários testes com o aparelho."

Em 23 de outubro, ele, após quatro tentativas, consegue voar os 60 metros. Assim ele mostra para todos os aviadores da época que era possível voar com o mais pesado que o ar. Uma revolução. A vitória significou o Prêmio Archdeacon. Bastaria voar 25 metros. Santos Dumont fez um percurso de mais que o dobro.

Demoiselle, a primeira de uma série


Depois do voo, outros inventores entenderam quais eram os problemas. Em 1907, Santos Dumont apresenta o Demoiselle (invenção número 20), um ultraleve. "No ano seguinte, Santos Dumont publica em uma revista popular o plano detalhado do Demoiselle para quem quisesse construir. Esse modelo passa a ser o primeiro produzido em série na aviação", explica Lins de Barros. O modelo foi vendido para um pioneiro da aviação na França, Roland Garros.

Santos Dumont x irmãos Wright


Nessa época, também, surge uma polêmica com dois norte-americanos, os irmãos Wright (Wilbur e Orville), que alegam terem sido os pioneiros do voo. Os pesquisadores explicam que os aviadores não têm registros de voos, com decolagem, dirigibilidade e pouso antes de 1906 sem uso de catapultas (que impulsionavam os aparelhos para o ar).

Em 1908, Santos Dumont, acometido por esclerose, abandonou o voo. O registro é de que ele se suicidou em 1932, em um hotel no Guarujá (SP). O biógrafo do aviador, Fernando Jorge, lamenta que o final da vida do genial brasileiro tenha sido de martírio diante da doença e da depressão. "Ele era um homem tímido e que revelava que não queria casar porque não queria deixar a esposa viúva. De toda forma, o que sempre me impressionou na personalidade dele foi a combinação impressionante da tenacidade, da coragem e da perseverança. Foi um gênio da humanidade."

Qual é a aparência de uma aeronave durante a certificação?

O 777X está atualmente em processo de certificação e construiu quatro aviões para esse fim (Foto: Boeing)
A certificação de qualquer aeronave nova requer muitos testes e análises minuciosas para colocar o avião à prova. Mas como fica o interior de uma aeronave durante esse tempo? A resposta depende do que foi testado e de quantos aviões estão participando do processo.

Quase pronto


Fazer uma aeronave é uma tarefa difícil. Após anos de processos de projeto e fabricação, as empresas podem orgulhosamente tirar sua primeira aeronave da linha de montagem. No entanto, este é o único começo de uma nova jornada: o processo de certificação. Talvez a parte mais crítica, novos modelos de aeronaves devem passar por testes extensos e extremos para provar sua segurança aos reguladores globais.

Quando são construídas pela primeira vez, as aeronaves de teste têm apenas uma parte totalmente concluída, o cockpit. A cabine do jato normalmente é deixada vazia para os vários testes que serão realizados, o que significa que o interior se parece com o de um cargueiro temporário. No entanto, isso não demorará muito, pois novos sistemas são ajustados para cada teste.

A cabine da aeronave de teste é deixada vazia para abrir espaço para vários sistemas de teste
(Foto: H. Michael Miley via Wikimedia Commons)
A visão mais comum dentro de uma aeronave de teste são os postos do engenheiro. São conjuntos de assentos e estruturas de servidor que incluem computadores e sensores que rastreiam o movimento da aeronave em tempo real. Durante todos os testes, os engenheiros manterão verificações em sistemas como fluxo de combustível, resposta do motor, eficiência, tempo de resposta e muito mais.

No entanto, embora essa possa ser a visão mais comum, as aeronaves de teste incluem vários outros componentes em toda a fuselagem.

Tudo


Além dos sistemas internos, existem algumas modificações especiais feitas para testar as condições externas. Por exemplo, para testar a turbulência da aeronave e as leituras de pressão estática, a aeronave contém um tubo de plástico de 300 pés que pode ser implantado para fora da cauda, ​​de acordo com a Wired . Isso significaria deixar uma parte da fuselagem sem lacre e não instalar nada na área normal da cozinha.

A aeronave também pode ser equipada com dezenas de tanques de transferência de peso em toda a aeronave para simular a mudança do centro de gravidade com passageiros e passageiros de carga. Esses tanques são preenchidos com água e podem transferir água entre si para alterar o CGI.

O 747-8s inclui tanques de água no convés superior, no nariz da aeronave, para simular
os passageiros (Foto: Olivier Cleynen via Wikimedia Commons)
Cada aeronave terá requisitos diferentes e novos sistemas podem ser adicionados e removidos conforme a necessidade da missão. Considerando que esses aviões passam por tudo, desde voos de longa distância até testes de impregnação a frio , os dados precisos desses sistemas são essenciais para a certificação.

Atualmente, o mais popular em teste é o Boeing 777X. A gigante americana construiu quatro 777-9s para participar do programa de testes , cada um dos quais verifica diferentes partes do avião. Eventualmente, a maioria dessas aeronaves entrará em serviço comercial após serem equipadas com suas respectivas cabines.

Decola de Guarulhos o Airbus A320 com o Taça da Copa do Mundo

No caso da passagem pelo Brasil, o avião chegou ao país pelo Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, na sexta-feira (21), e depois a taça foi levada a São Paulo no sábado, até ontem.

(Imagem: Reprodução do canal Youtube Golf Oscar Romeo)
Nesta manhã de terça-feira (25), o avião que leva o itém mais especial do futebol, decolou de Guarulhos com destino a capital argentina. O avião Airbus A320 que está sendo usado para a operação de transportar a Taça da Copa do Mundo de futebol em alguns países.

O canal aberto no Youtube Golf Oscar Romeo , mostra o jato de matrícula G-POWM, operado pela empresa britânica de fretamentos Titan Airways. Por volta das 6h50 ele saiu do pátio de aviões VIP do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

No caso da passagem pelo Brasil, o avião chegou ao país pelo Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, na sexta-feira (21), e depois a taça foi levada a São Paulo no sábado, até ontem.

O avião deixou o país rumo a Buenos Aires, e depois ainda tem algumas escalas antes de chegar ao Catar. No dia 28 de Outubro, o Airbus decola de Buenos Aires às 9h e pousa em Montevidéu às 10h, sendo horários locais.

Após três dias, no dia 31 de Outubro, o avião decola de Montevidéu às 5h05 para aterrissar em Quito (Equador) às 10h locais. De lá, parte para Costa Rica, México, EUA e Canadá.

Via BM&C News / Terra

Viagens de luxo: Boeing mostra jato executivo 737 com ajuda de John Travolta


Qual a melhor forma de tentar capturar compradores para seu jato particular? A fabricante norte-americana Boeing convidou ninguém menos que o astro de Hollywood e piloto John Travolta para exibir seu Boeing Business Jet.

O Boeing Business Jet (BBJ) não é o seu pequeno jato particular regular. Com base nos aviões comerciais 737, oferece aos clientes mais espaço e luxo, com preços que variam até várias centenas de milhões de dólares.

“Esta aeronave aqui é como um grande apartamento por dentro”, diz Travolta no vídeo promocional postado pela Boeing. Travolta conhece seu avião Boeing. Ele já voou o Boeing 707, 737 e o jato jumbo original e o Queen of the Skies, o 747.

O que o BBJ oferece?


Construído em 2010, o Boeing 737 Business Jet em exibição na NBAA, registrado YG128, possui dois motores CFM56-7B27. Os motores também alimentam dois outros aviões da família Boeing 737, incluindo o Boeing 737-800 e sua versão mais longa, o 737-900.

O avião executivo também é equipado com dois Split Scimitar Winglets, projetados para aumentar a eficiência de combustível reduzindo o arrasto.

Segundo relatos, a Boeing planeja alugar o jato a partir de 2024. Travolta destacou no vídeo que ele pode voar por 13 horas sem escalas.

O interior possui muito espaço para estar, jantar e dormir. Deixe a estrela de cinema levá-lo em um pequeno passeio pelo BBJ.


Em que consiste a família BBJ?


A família Boeing Business Jets MAX consiste nas aeronaves BBJ MAX 8, BBJ MAX 9 e BBJ MAX 7. Apresentada em 2016, a aeronave MAX 7 é a mais nova variante da família. Por tamanho, o MAX 9 é o maior jato executivo da família MAX com um comprimento de fuselagem de 42,1 metros (138,1 pés). O jato é seguido de perto pelo MAX 8 de tamanho médio, que atinge 39,5 metros (129,7 pés) de comprimento.

Mas, quando se trata de alcance, o BBJ MAX 7 assume a liderança e é capaz de voar 12.960 quilômetros (7.000 nm). Em comparação, o BBJ MAX 8 pode voar até 11.710 quilômetros (6.325 nm), e o BBJ MAX 9 tem um alcance de 11.710 quilômetros (6.325 nm).

Em 2021, os preços de tabela da família de jatos BBJ MAX começaram em US$ 91,2 milhões para o MAX7, cerca de US$ 99 milhões para o MAX8 e aproximadamente US$ 107,9 milhões para o maior jato da família, o MAX9.

Via Aero Time