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sábado, 27 de novembro de 2021

Apelo por máscara e polícia no avião: comissários relatam voos da pandemia

Comissários de voo passaram - e ainda enfrentam - uma rotina de problemas na pandemia
Trabalhando no ambiente fechado dos aviões e em contato direto com muitas pessoas, comissários de bordo viveram situações extremamente estressantes nesta pandemia.

Desde o começo da crise gerada pelo novo coronavírus, estes profissionais tiveram que lidar com uma infinidade de passageiros que se recusaram a usar máscaras dentro das aeronaves, com o medo de pegar covid-19 durante o trabalho (e, de quebra, levar a doença para familiares e amigos).

Além disso, muitos passaram o período com o receio de perder o emprego por causa da diminuição das viagens aéreas e, em alguns casos, até com agressões físicas perpetradas por viajantes que não quiseram seguir os protocolos sanitários a bordo.

Quatro comissários de bordo que atuam no país e contaram as situações embaraçosas e perigosas pelas quais passaram nos voos da pandemia.

Longe da família 


Medo da covid é uma realidade em voos 
Comissário de bordo de uma das principais companhias aéreas do Brasil, Daniel* conta que, principalmente no começo da pandemia, passou por um período muito difícil, com medo de perder o trabalho e de ser contaminado pela covid-19. 

"Demorou para chegar minha vez de tomar a vacina. Foram momentos de muitas incertezas". 

Ele também diz que viu muitos comissários adoecendo. "Soube de vários colegas que pegaram covid. E nem todos passaram por isso numa boa. Aconteceram internações longas e até mortes. Tudo isso abalou meu emocional e das pessoas que trabalham comigo", relembra.

O próprio Daniel foi infectado, mas, por sorte, não enfrentou um quadro grave. "Peguei a doença em 2020, mesmo voando pouco. Mas, se me perguntar se foi dentro do avião, não saberia responder. Após a transmissão, fiquei de quarentena e logo em seguida voltei ao trabalho". Porém, tudo isso afetou imensamente a vida pessoal do comissário. 

"Após chegar de um voo, não ia mais para a casa dos meus pais. Ficava trancado no meu apartamento em São Paulo. Nas ocasiões em que fui vê-los, gastei dinheiro com testes de farmácia, para ter certeza que não estava contaminado".

Desrespeito às medidas sanitárias


Uso de máscaras é um dos grandes problemas a bordo na pandemia
A vacina, tomada neste ano, trouxe mais tranquilidade para Daniel. Mas, por outro lado, fez com que várias pessoas deixassem de seguir as regras sanitárias estabelecidas dentro das aeronaves. 

O comissário relata que, com a vacinação avançada, mais passageiros começaram a tirar as máscaras a bordo. E muitos outros começaram a deixar a máscara só cobrindo a boca, com o nariz de fora. 

"Os próprios passageiros se denunciam dentro do avião, quando veem situações irregulares assim. Mas tudo isso gerou um trabalho extra para nós. Os comissários devem garantir que os protocolos sanitários sejam seguidos na aeronave".

Polícia Federal a bordo


Há situações em que a polícia federal é acionada
A falta de uso da máscara dentro dos aviões gerou, durante a pandemia, situações estressantes para a comissária Paula*. 

"Nos voos, sempre nos deparamos com viajantes que tiram a máscara o tempo todo. E temos que ficar em cima destas pessoas, para que elas respeitem os protocolos sanitários. Mas, em um voo nacional, com destino a Brasília, houve um passageiro que se negou a usar a proteção facial. E, aí, tivemos que chamar a Polícia Federal".

Paula conta que este passageiro entrou no avião com mais três amigos. E, depois da decolagem, tirou a máscara. Nestes casos, os comissários se revezam para abordar o passageiro e pedir que ele cumpra as regras — é uma estratégia para mostrar que não é implicância específica de um tripulante e evitar que os ânimos fiquem exaltados. 

"E nós ficamos pedindo para que ele colocasse a proteção até a hora do pouso. Mas todos os pedidos foram negados".

Para piorar a situação, o homem estava ingerindo grande quantidade de bebiba alcoólica, que ele havia trazido em sua bagagem de mão para dentro da aeronave. 

"Nós, então, informamos o comandante sobre esta situação. E ele entrou em contato com a equipe de solo, para que ela acionasse a Polícia Federal. O passageiro desobediente ia pegar outro voo em Brasília, mas, assim que o avião pousou na capital, policiais entraram a bordo e tiraram o homem do aeronave, impedindo que ele fizesse sua conexão. Toda a situação foi muito desgastante", relembra.

Demitido e recontratado


Alguns meses após o começo da pandemia, já com o número de voos comerciais no Brasil em grande declínio, o comissário de bordo César* foi demitido. Trabalhando no setor aéreo desde 2016, ele se viu pela primeira vez sem emprego depois de muito tempo. 

"Ser demitido ou ter medo de ser demitido foram as piores pressões que eu e muitos colegas vivemos durante a pandemia", diz ele.

Medo de perder o emprego também perseguiu os comissários na pandemia
Por sorte, César foi recontratado neste ano, no contexto da retomada das viagens aéreas no país. Mas a dura realidade da pandemia ainda faz parte do seu dia a dia.

Recentemente, ele viajou com uma amiga comissária que estava muito abalada, pois ela havia acabado de perder o pai para a covid-19. 

"E este é um de nossos maiores desafios: conviver com histórias tristes e, ao mesmo tempo, sempre ter que adotar uma postura sorridente para lidar com os passageiros e manter concentração total no trabalho, pois a segurança do voo também depende da gente."

Avião com dez passageiros


A comissária Fernanda* conta que, por conta da crise do setor, chegou a trabalhar em um voo com apenas dez passageiros. "Era algo inacreditável", conta ela. 

Mas, com os aviões mais cheios e a retomada gradativa das viagens aéreas, ela tem enfrentado o mesmo problema que muitos de seus colegas: "não tem um voo em que não tenhamos que alertar pelo menos três passageiros para o uso correto da máscara", afirma.

Orientação para uso de máscara em criança causou revolta em passageiro
Uma das situações mais difíceis vividas por Fernanda ocorreu quando, antes da decolagem de um voo dentro do Brasil, ela viu uma criança de cinco anos sem máscara ao lado do pai. 

"Pedi para que o pai colocasse a máscara na filha, dizendo que crianças daquela idade também devem usar a proteção facial a bordo. Mas o homem ficou revoltado e se recusou a cumprir a determinação", lembra.

O comandante do avião foi informado sobre a situação e disse que acionaria a Polícia Federal para tirar os dois do voo caso o uso da máscara não fosse respeitado. 

"No final, foi a própria criança que decidiu colocar a máscara e encerrar esta situação tensa. Ela mostrou mais maturidade do que o pai na discussão". 

*Para preservar sua identidade dos entrevistados, foram usados nomes fictícios.

Por Marcel Vincenti (Nossa/UOL) - Fotos: Getty Images/iStockphoto

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

O que acontece durante uma emergência médica em um voo?

Como as companhias aéreas gerenciam emergências médicas? (Foto: Getty Images)
Emergências médicas em voos são relativamente incomuns, mas acontecem de vez em quando. Com acesso limitado a equipamentos médicos e tempos potencialmente mais longos para chegar aos cuidados profissionais, as tripulações das companhias aéreas precisam ser treinadas para lidar com uma série de eventualidades. Vamos dar uma olhada no que acontece quando alguém precisa de ajuda médica em seu voo.

Com que frequência acontecem emergências médicas?


Emergências médicas não são particularmente comuns. De acordo com um estudo do New England Journal of Medicine , apenas cerca de um em cada 600 voos comerciais terá algum tipo de encontro médico durante a viagem. Mesmo assim, isso chega a cerca de 44.000 voos por ano em todo o mundo, o que significa que as companhias aéreas precisam estar preparadas para que isso aconteça.

Algumas emergências médicas são de partir o coração, como o caso do presidente da American Express, Ed Gilligan, que morreu de um ataque cardíaco súbito em um voo em 2015. Compreensivelmente, nos casos mais graves, o acesso a tratamento rápido em aeronaves é limitado . No entanto, felizmente, esses são muito raros.


De acordo com o estudo, os tipos mais comuns de emergência foram náuseas, desmaios e problemas respiratórios. O estudo concluiu que, entre todos os passageiros que passaram por uma emergência médica durante o voo, menos de 1% foi fatal.

Que tipo de emergência?


Em termos gerais, as emergências médicas que ocorrem durante um voo podem ser classificadas em uma de duas categorias - relacionadas à saúde ou relacionadas a lesões. Os problemas de saúde podem variar desde ansiedade com o voo ou tonturas e desmaios até incidentes significativos, como um ataque cardíaco ou uma reação alérgica grave. As lesões, por outro lado, podem incluir escaldaduras de bebidas quentes a lesões após turbulência severa e até mesmo brigas a bordo .

A tripulação de cabine é amplamente treinada para administrar os primeiros socorros (Foto: Emirates)
A tripulação de cabine é treinada para administrar os primeiros socorros e tem alguns recursos básicos a bordo, como bandagens e compressas frias. No entanto, eles não são paramédicos e não têm treinamento ou equipamento para lidar com os incidentes mais graves. Assim, todas as companhias aéreas devem ter protocolos rígidos para que a tripulação saiba exatamente o que fazer em caso de emergência médica.

O que acontece quando alguém está com problemas de saúde?


A primeira ação que deve acontecer é que a pessoa seja identificada pela tripulação de cabina como estando em perigo de saúde. Às vezes, isso pode ser algo que a própria tripulação de cabine faz, mas com mais frequência o próprio passageiro, um companheiro de viagem ou um passageiro próximo acionará o alerta.

Nesse momento, toda a tripulação de cabine será avisada da situação, assim como o Capitão. O primeiro membro da equipe no local começará a avaliar o paciente e chamará outros para recuperar os itens apropriados do equipamento de primeiros socorros.

A resposta a partir daí dependerá da gravidade da situação. A tripulação de cabine é treinada para passar pelos A, B e C típicos da primeira resposta (vias aéreas, respiração, circulação). O resultado dessas verificações determinará quais ações precisam acontecer a seguir.

Qual assistência médica está a bordo?


As companhias aéreas geralmente têm um conjunto bastante abrangente de produtos de primeiros socorros, embora varie entre as jurisdições. Para os Estados Unidos, por exemplo, a FAA publica a seguinte lista de itens que devem estar no kit de primeiros socorros antes que o avião possa empurrar para trás do portão.

A lista de equipamentos mínimos nos EUA (Imagem: FAA)
Embora alguns desses itens possam parecer confusos, eles são projetados para lidar com os incidentes mais comuns. Os anti-histamínicos ajudam nas reações alérgicas, enquanto os analgésicos ajudam no combate à dor. Outros itens podem começar a estabilizar os batimentos cardíacos irregulares ou ajudar nas respirações de resgate se o passageiro parar de respirar.

Esta é a lista mais básica do que as companhias aéreas precisam carregar, mas muitas vão muito além. Alguns podem optar por transportar medicamentos anti-náusea, glicose para tratar a baixa de açúcar no sangue e EpiPen para as reações alérgicas mais graves. Alguns até carregam naloxona, um spray nasal para tratar overdoses de opióides.

Kit de primeiros socorros da companhia aérea


As aeronaves carregam kits de primeiros socorros bem abastecidos (Foto: KLM)
No solo, desfibriladores externos automatizados (AED) são freqüentemente encontrados em lojas locais e prédios públicos. A FAA exige que as companhias aéreas dos EUA transportem AEDs desde 2004. Atualmente, não há nenhuma exigência para que as companhias aéreas não americanas transportem esses dispositivos, mas muitas o fazem mesmo assim. De acordo com a APH , as companhias aéreas com AEDs a bordo incluem Air France, Aer Lingus, British Airways, ANA, Etihad e muitas outras.

Existe um médico a bordo?


Se você é um passageiro frequente, é provável que já tenha ouvido o pedido de qualquer médico a bordo para se dar a conhecer à tripulação de cabine pelo menos uma vez. Isso não significa que seja uma situação de vida ou morte; é tudo apenas parte do processo. A pesquisa mostrou que há médicos a bordo até 70% de todos os voos comerciais, então as mudanças ou a presença de alguém são bastante altas.

Para qualquer coisa além de uma doença muito pequena, o comissário de bordo responsável chamará um médico pelo PA. Isso permitirá que eles façam um diagnóstico profissional e façam recomendações para o próximo curso de ação. Se não houver médico a bordo, muitas companhias aéreas têm links com prestadores de serviços médicos de emergência, que podem ser contatados por telefone via satélite ou rádio para aconselhar sobre a situação.

CPR da British Airways - A tripulação solicitará a ajuda de qualquer médico a bordo
 para diagnosticar o paciente (Foto: Tom Boon)
Com o apoio de profissionais médicos, a tripulação agora deve ser capaz de determinar o que fazer a seguir. A equipe médica também poderá aconselhar se é seguro continuar o vôo com o passageiro recebendo apoio a bordo ou se um desvio deve ser considerado.

Desviando o voo


Com base nas informações recebidas da tripulação de cabine e do médico a bordo ou da agência de suporte remoto, caberá ao Comandante a decisão final de desviar o voo. Outros fatores entrarão em jogo aqui, como a fase do voo, a distância até o destino e a proximidade de um aeroporto alternativo adequado.

Outras questões podem influenciar a decisão de desvio, como quais instalações existem no aeroporto de desvio, se a aeronave terá excesso de peso para pousar lá, se uma resposta médica apropriada poderá atender no pouso e muito mais. É um conjunto complexo de parâmetros que requerem uma reflexão séria por parte do capitão.

O Capitão deverá garantir que haja assistência adequada no aeroporto de desvio (Foto: Getty Images)
Normalmente, os desvios só ocorrem nas situações mais graves. O desvio de um voo causa atrasos e é caro para a companhia aérea. A Emirates afirmou anteriormente que um único desvio de voo pode custar de $ 50.000 a $ 600.000 ou mais, dependendo da situação.

Instigado ou não um desvio, se o Comandante considerar que o vôo deve receber prioridade do controle de tráfego aéreo ao se aproximar do aeroporto de destino, a tripulação de vôo deve implementar imediatamente o protocolo de Comunicações de Emergência. Isso inclui declarar MAYDAY ou PAN PAN conforme apropriado.

Os passageiros podem fazer a sua parte para facilitar um voo seguro, garantindo que estão aptos para viajar. Eles devem levar os medicamentos necessários na bagagem de mão, incluindo inaladores e EpiPens, e devem avisar a companhia aérea sobre qualquer alergia grave antes de viajar. 

Em geral, voar é muito seguro e a grande maioria dos passageiros das companhias aéreas aproveita suas viagens sem incidentes. No caso raro de ocorrer uma emergência médica, os passageiros devem ter a certeza de que sua tripulação está perfeitamente posicionada para cuidar de suas necessidades.

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Companhia aérea da Nova Zelândia promove vacinação a bordo de avião

Além de uma dose da Pfizer contra a Covid-19, experiência inclui cortesia de comidas, bebidas e um bilhete de voo simbólico.


O dia 16 de outubro está sendo anunciado como “super sábado” da vacinação na Nova Zelândia. O governo está pedindo a qualquer neozelandês não vacinado que vá tomar a dose da vacina contra a Covid-19.

Mas alguns sortudos conseguirão ter sua vacina aplicada a bordo de uma aeronave 787 da companhia aérea Air New Zealand no aeroporto de Auckland.

As pessoas que se inscreverem para a oportunidade receberão mais que a primeira rodada da vacina da Pfizer. Elas também farão um tour pelo hangar da Air New Zealand, com lanches e bebidas de cortesia servidos por membros da tripulação e um cartão de embarque comemorativo.

De acordo com um comunicado divulgado pela companhia aérea, a oferta única está aberta a qualquer pessoa que esteja na região de Auckland e que seja elegível para a vacina.

Não há cobrança pela vacina ou pela experiência, embora os clientes que conseguirem reservar a “experiência” são responsáveis ​​pela locomoção até o aeroporto.

“Todos em motu (ilhas) têm um papel a desempenhar para proteger a Nova Zelândia contra a Covid-19 ao serem vacinados, e estamos convocando um grande esforço coletivo para que isso aconteça”, disse o gerente do grupo Programa de Vacinas e Imunizações Covid-19 do Ministério da Saúde, Tamati Sheppard-Wipiiti, em nota enviada à imprensa.

A Nova Zelândia não é o único destino que oferece vacinas contra a Covid-19 em lugares incomuns para motivar mais pessoas a se imunizarem.

Na cidade de Nova York, algumas pessoas conseguiram tirar suas fotos embaixo da famosa baleia azul no Museu Americano de História Natural; enquanto na Suécia alguns sortudos se inscreveram para serem vacinados no Salão de Banquetes do Prêmio Nobel.

Graças ao fechamento rápido das fronteiras e aos bloqueios rígidos, a Nova Zelândia teve apenas 4.760 casos diagnosticados de coronavírus e 28 mortes, alguns dos números mais baixos do mundo.

De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, cerca de 50% dos cidadãos elegíveis foram totalmente vacinados até 14 de outubro (horário local).

Via CNN Internacional

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Vai viajar? Aprenda 5 dicas para reduzir o risco de trombose no avião

Viagens de longa duração aumentam o risco da doença, mas alguns cuidados podem tornam o trajeto mais tranquilo para os passageiros.


A medida em que o cenário da pandemia da Covid-19 melhora e as fronteiras de outros países reabrem, mais pessoas se animam por poder voltar a viajar. Porém, ao embarcar, é importante ficar atento para evitar a ocorrência de trombose associada às viagens de longa duração.

A doença, lembrada na quarta-feira (13/10) com o Dia Mundial da Trombose, ocorre quando um coágulo de sangue interrompe a circulação de alguma veia ou artéria, comprometendo a irrigação e a função regular do órgão ou tecido que depende do vaso.

A condição pode ser desencadeada por inúmeros fatores. Nas viagens de avião de longa duração, por exemplo, o problema se agrava com a combinação entre a pressurização no ambiente da aeronave e o tempo que o passageiro permanece sentado, sem se movimentar.

Junto a isso, também influenciam: a altura da pessoa e a posição que ela fica no assento, favorecendo a compressão vascular; o uso de medicamentos para dormir, que faz com que ela não se movimente ou permaneça por horas em uma posição que prejudica a circulação sanguínea; a desidratação e o consumo de bebidas alcoólicas; e o histórico de trombose – estes passageiros, em especial, devem ficar atentos.

“Os casos são muito comuns em idosos que fazem viagens longas, seja de carro, ônibus ou avião, e ficam sentados por horas a fio. No entanto, qualquer pessoa que tenha histórico pessoal ou familiar de trombose precisa estar em alerta”, afirma Joyce Annichino-Bizzacchi, hematologista e professora do departamento de clínica médica da Unicamp.

Veja cinco dicas da médica para evitar a trombose durante uma viagem:


Movimente-se

Sempre que possível, levante e faça uma breve caminhada pelos corredores do avião ou do ônibus para garantir que o sangue circule adequadamente. A falta de movimento pode diminuir o retorno do sangue das pernas para o coração e aumentar o risco de uma trombose venosa profunda.

Quando não puder levantar, movimente os braços, pernas, pés e tornozelos de tempos em tempos para melhorar a qualidade do fluxo sanguíneo. Uma vez a cada 30 minutos é suficiente para ajudar na prevenção.

Facilite o fluxo sanguíneo

Não cruze as pernas ou use roupas muito apertadas nas regiões da cintura e pernas, pois elas podem prejudicar o fluxo da corrente sanguínea. Dê preferência a peças confortáveis e que facilitam o movimento.

“Sempre que possível, evite também guardar a bagagem de mão no chão, próximo aos pés. Isso porque o espaço que já é restrito ficará ainda menor”, afirma.

Hidrate-se

Quando se está desidratado, o volume de sangue diminui, fazendo com que ele fique mais grosso e propenso à formação de coágulos. Por isso, embarque sempre bem hidratado.

Também deve-se evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. O álcool pode interferir na maneira como o organismo metaboliza o sangue, gerando um quadro de risco para trombose.

Use meias de compressão

Pessoas com histórico de trombose devem evitar fazer viagens com duração superior a seis horas sem meias de compressão. Elas contribuem para a fluidez do sangue nas pernas, exercendo maior pressão sobre os tornozelos e menor sobre os joelhos e coxas.

Relaxe

O risco de desenvolver trombose em uma viagem pode ser contornado com atenção às orientações médicas. “A viagem aérea é um fator de risco, mas existem outros mais graves que devem ter a atenção do paciente. O anticoncepcional hormonal, por exemplo, apresenta um risco muito maior”, pondera Joyce.

Vídeo: homem se recusa a usar máscara em avião e ameaça quebrar pescoço de passageiro


Um homem foi expulso de um voo com destino a Los Angeles, nos Estados Unidos, após se recusar a usar máscara dentro do avião e por discutir com tripulantes e passageiros.

O caso ganhou destaque após uma série de vídeos gravados por um passageiro do voo viralizar no aplicativo TikTok. O incidente ocorreu dentro de um voo da United Airlines.

@starcadearcade

It does not end well… I just wanted to play Pokémon #travel #starcade #la #plane

♬ original sound - Starcade Arcade

O usuário @starcadearcade filmou o momento em que o homem tira a máscara e começa a gritar com um comissário de bordo. “O que a lei vai fazer?”, diz o homem bem próximo ao rosto do comissário. Em certo momento do vídeo, é possível ver gotículas de saliva saltando da boca do homem sem máscara.

Via Correio Braziliense

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

United deverá demitir até 600 funcionários que se recusaram a aceitar o mandato da vacina


A United Airlines confirmou que 593 de seus funcionários que atualmente se recusam a cumprir seu mandato de vacina terão seus contratos rescindidos se a prova da vacinação não for produzida na próxima segunda-feira.

“Esta foi uma decisão incrivelmente difícil, mas manter nossa equipe segura sempre foi nossa primeira prioridade”, disse o presidente-executivo Scott Kirby e o presidente Brett Hart aos funcionários em um memorando. 

A empresa também confirmou que, se até lá algum desses funcionários for vacinado, seu emprego estará seguro. A empresa concordou em considerar objeções à vacinação de funcionários com base em motivos religiosos ou médicos, com a intenção de colocar aqueles com isenções religiosas em licença temporária sem vencimento. 

No entanto, isso foi suspenso até 15 de outubro por causa de uma ação judicial que questiona a política. As isenções por esses dois motivos referem-se a aproximadamente 3% da força de trabalho norte-americana de 67.000 funcionários, embora seja entendido que, até o momento, 99% do restante foram vacinados contra o vírus COVID-19.

Em relação às futuras contratações, um porta-voz da empresa indicou que existem cerca de 25 mil vagas que serão disponibilizadas nos próximos anos e que a vacinação completa contra o vírus será um pré-requisito. O mesmo se aplica a todos os pilotos em treinamento em sua escola de treinamento. 

A United também descartou rumores de que a exigência da vacina estava impedindo os candidatos de se candidatarem a empregos na transportadora, apontando que ela recebeu 700 inscrições para aproximadamente 400 vagas no mês passado em uma feira de carreiras em Denver, enquanto as vagas para 2.000 comissários de bordo receberam 20.000 inscrições.

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Qual é risco real da radiação durante as viagens de avião?

A radiação para os passageiros é baixa, mas mulheres grávidas devem tomar cuidado
ao viajar de avião (Foto: Free-Photos/Pixabay)

Embora o risco para os passageiros seja considerado de baixo a negligenciável, pilotos e aeromoças de voos comerciais estão sujeitas a um risco ocupacional da exposição à radiação ambiental natural por permanecerem longos períodos em grandes altitudes.

Existem várias diretrizes da aviação com o objetivo de lidar com os efeitos dessa radiação, causada principalmente pelos raios cósmicos galácticos e pelas partículas energéticas solares (PES).

Os fluxos dos raios cósmicos são estáveis e previsíveis: As taxas de dosagem não são superiores a 10 micro-sievert por hora (μSv/h) na altitude de voo normal de 12 km - sievert é a unidade de medida de radiação, equivalente à radiação emitida por 1 miligrama de rádio a 1 centímetro de distância.

Mas, no caso das PES (partículas energéticas solares), as explosões solares variam ao longo do ciclo solar de 11 anos e são tipicamente repentinas, sem aviso, exigindo contramedidas que envolvem mandar os aviões baixar a altitude ou mesmo alterar ou cancelar completamente as rotas de voo.

Uma equipe de pesquisa do Japão decidiu aferir se essas medidas são válidas ou suficientes avaliando oito rotas de voo durante cinco picos de radiação solar imprevisíveis registrados por detectores baseados no solo.

"Durante um grande evento de partícula solar, nós vimos fluxos PES repentinos com taxas de dosagem superiores a 2 mSv/h, mas são raros e de curta duração," contou o professor Yosuke Yamashiki, da Universidade de Quioto - vale destacar que este pico está em mili-sievertes, o que é mil vezes mais do que a unidade micro-sievert .

Medidas suficientes


Os pesquisadores estimam que a dose máxima por rota de voo deveria exceder 1,0 μSv/h, e a dose decorrente de grandes eventos precisaria exceder 80 μSv/h para que as contramedidas fossem consideradas necessárias.

No entanto, as estimativas de frequência anual de eventos de partículas energéticas solares dessa magnitude chegaram a 1 vez a cada 47 anos e 1 vez a cada 17 anos, respectivamente.

"Não há como negar os efeitos potencialmente debilitantes da exposição à radiação," disse Yamashiki. "Mas os dados sugerem que as medidas atuais podem estar mais do que compensando os riscos reais."


Checagem com artigo científico: "Probabilistic risk assessment of solar particle events considering the cost of countermeasures to reduce the aviation radiation dose". Autores: Moe Fujita, Tatsuhiko Sato, Susumu Saito, Yosuke Yamashiki, Publicação: Nature Scientific Reports, Vol.: 11, Article number: 17091, DOI: 10.1038/s41598-021-95235-9

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Viajantes cantam para pessoas sem máscara expulsas de voo nos EUA

Ao som de "Hey Hey Na Na", policiais retiraram dois passageiros de voo que sairia de Miami em direção à cidade de Houston.

Passageiros de um avião nos Estados Unidos mostraram sua alegria ao cantar em coro durante a expulsão de duas pessoas que se recusaram a usar máscaras em um voo entre as cidades de Miami e Houston.

Aos risos, os passageiros da aeronave cantaram o clássico “Na Na Hey Hey” da banda Bananarama. No vídeo também é possível ver um dos viajantes fazendo o sinal de tchau com as mãos enquanto a polícia retirava a dupla.

Segundo informações da agência EFE, a aeronave já estava em voo e precisou voltar ao aeroporto de Miami para deixar as duas pessoas que desrespeitavam as regras federais norte-americanas de proteção contra a covid-19.

Segundo a America Airlines, empresa responsável pelo voo, a tripulação pediu aos dois passageiros que usassem as máscaras, mas ambos teriam se negado a cumprir com as normas federais.

Ainda em comunicado, a companhia aérea agradeceu pelo profissionalismo de seus tripulantes e pediu desculpa aos outros passageiros pelo incômodo.

Confira abaixo o vídeo do momento da expulsão dos passageiros que descumpriram a regra do uso de máscaras dentro do avião.


Por Lucas Ferreira, do R7, com informações da Agência EFE

sábado, 18 de setembro de 2021

O que é jet lag? Entenda como acontece e como evitar

Muitos viajantes sofrem com esse distúrbio. Entenda mais sobre ele.


Você sabe o que é jet lag? Bem, imagine que você parte de Paris a São Paulo, às 6 horas da manhã, horário local, e permanece por 11 horas no avião. Quando você chegar à cidade brasileira, os relógios estarão marcando meio-dia. Que baita confusão! Saiba que para seu corpo também é.

É muito comum sentir-se indisposto, cansado ou até doente após uma longa viagem. Esse mal-estar é o famoso jet lag. Essa troca confusa e repentina de horários é maléfica para o nosso corpo porque foge ao que ele está acostumado. A boa notícia é que há formas de evitar esse problema. Confira, a seguir, o que é jet lag e o que fazer para evitá-lo.

Mas o que é jet lag?


O termo jet lag vem do inglês jet (jato) e lag (diferença de horário). Ele diz respeito ao distúrbio que ocorre, principalmente em viagens aéreas, quando o deslocamento do tempo extrapola a capacidade de adaptação do relógio biológico.

Todos os seres vivos funcionam por meio de ciclos. Os seres humanos, por exemplo, têm horários para comer, dormir, acordar etc. Esse é o chamado relógio biológico, que funciona em sincronia com o relógio físico tradicional. Acontece que, em viagens longas, várias zonas de fuso horário são atravessadas. Assim, o relógio biológico deixa de estar em harmonia com o relógio físico.

Nem todo mundo sofre da mesma forma. Os menos afetados são crianças pequenas, pessoas "corujas" e aqueles que têm um dia pouco estruturado ou que conseguem dormir profundamente e durante toda a noite.

Quais são seus sintomas?


Não é difícil notar se você está sentindo esse distúrbio ou não. Os principais sintomas de jet lag são:
  • insônia;
  • sonolência diurna excessiva;
  • irritabilidade;
  • náusea;
  • dor de cabeça e mal-estar;
  • constipação ou diarreia.

Dicas para evitar o jet lag


Como ninguém quer se sentir mal durante a viagem tão planejada, separamos 5 dicas que vão te ajudar a minimizar o jet lag.

1. Comece a viver no fuso do local de destino

Adapte seus hábitos noturnos ao ritmo dia-noite do lugar que irá visitar. Se for viajar para o Leste, por exemplo, vá dormir algumas horas mais cedo do que de costume, e também acorde mais cedo. No caso de viajar para o Oeste, vá para a cama de uma a duas horas mais tarde do que o normal. É bom tentar dormir nos voos que vão para o Leste e ficar acordado nos que vão para o Oeste.

2. Diga não à cervejinha

Nada de beber álcool nos dias que antecedem a viagem ou durante o voo. Em grandes altitudes, o álcool, assim como os calmantes, tem seu efeito triplicado em relação ao solo. Isso aumenta e prolonga o jet lag, além de reforçar a desidratação do corpo. As consequências são dor de cabeça e esgotamento. Beba água, bastante água!

3. Tire uma soneca na hora do almoço

Se você chegar ao destino de manhã (horário local), durma por volta da hora do almoço. Programe as atividades logo depois de chegar, conforme os horários no destino.

4. Use roupas confortáveis para relaxar o corpo

Nada de salto alto e calça justa numa viagem longa! Escolha roupas sem fechos e largas, calce tênis confortáveis e quentinhos etc. Até pijama está valendo! Se fizer muita questão de chegar ao destino arrasando no visual, troque de roupa no aeroporto quando desembarcar.

5. Coma alimentos leves

Durante sua viagem de avião, dê preferência a refeições leves e saudáveis. Coma queijo, ovo e peixe, pois esses alimentos são ricos em proteínas e ajudam a diminuir a vontade de dormir. Além disso hidrate-se bebendo água e sucos.

Como se recuperar do jet lag


O celular pode ajudar você a se livrar do jet lag (Foto: RossHelen/iStock)

Atenção ao uso de remédios

Certos remédios usuais podem causar sonolência e agravar o jet lag. Caso você esteja fazendo uso de algum medicamento, quando for viajar, busque saber se ele possui esse efeito ou não. É muito importante conversar com o médico antes de alterar o uso de qualquer remédio.

Programe alarmes de acordo com o fuso horário local

O celular é uma ótima ferramenta contra jet lag. Use-o a seu favor. Antes mesmo de chegar a seu local de destino, você já pode programar alarmes para que seu corpo se acostume com o fuso horário local. Uma boa dica é fazer isso para ajustar seu horário de sono.

Mantenha-se ativo

Seu corpo lhe agradecerá se você se mantiver ativo. Ainda no avião, levante de tempos em tempos. Caminhe pelo corredor. Estique as pernas. A circulação do sangue nos ajuda a permanecer despertos. Não se esqueça de respeitar seu novo fuso horário desde o avião. Assim, não faça alongamentos se, no local de destino, estiver na hora de dormir.

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Aeroporto de Miami é o primeiro dos EUA a testar cães detectores de COVID-19

 

O Aeroporto Internacional de Miami fez este anúncio: "Como parte de seu esforço contínuo para ajudar a impedir a disseminação do COVID-19, o Aeroporto Internacional de Miami agora está recebendo ajuda de alguns novos amigos peludos: cães detectores especialmente treinados com protocolos criados pelo Global Forensic and Justice Center (GFJC) da Florida International University (FIU)."

O Departamento de Aviação de Miami-Dade fez parceria com o GFJC na FIU e American Airlines para sediar um testes de 30 dias de um programa piloto de cães detectores no MIA, tornando-o o primeiro aeroporto dos EUA a testar cães farejadores de COVID. Os cães são colocados em um posto de controle de segurança de funcionários.

Os cães detectores têm potencial para detecção e resposta imediata ao vírus em espaços públicos, como aeroportos. Após centenas de sessões de treinamento no Campus Modesto Maidique da FIU em Miami este ano, os cães detectores alcançaram taxas de precisão de 96 a 99 por cento para a detecção de COVID-19 em ensaios publicados com revisão por pares e duplo-cego. Após o término do programa piloto em setembro, a FIU continuará a trabalhar na precisão e especificidade, o que ajudará na detecção da variante COVID, do canino, seguindo métodos validados cientificamente.


Os dois cães do programa piloto do MIA - Cobra (um Malinois belga) e One Betta (um pastor holandês) - foram treinados para alertar para o cheiro de COVID-19. O vírus causa alterações metabólicas em uma pessoa que resultam na produção de compostos orgânicos voláteis (VOCs). Os COVs são excretados pela respiração e pelo suor de uma pessoa, produzindo um cheiro que cães treinados podem detectar. As alterações metabólicas são comuns a todas as pessoas, independentemente de seus cheiros individuais. Se um cão indicar que um indivíduo é portador do odor do vírus, essa pessoa é orientada a fazer um teste rápido de COVID.

Numerosos estudos demonstraram que os cães detectores são uma das ferramentas mais confiáveis ​​disponíveis para identificar substâncias com base nos odores que emitem. Estudos anteriores incluem a demonstração de que cães detectores podem detectar com segurança pessoas que têm doenças, como diabetes, epilepsia e certos tipos de câncer. Cães detectores são usados ​​há muito tempo por agências federais e locais do MIA para detectar moedas proibidas, drogas, explosivos e agricultura.

domingo, 5 de setembro de 2021

Alaska Airlines vai pagar US$ 200 para funcionários vacinados e exigir vacinação para novos funcionários


Em um esforço para aumentar as taxas de vacinação entre os funcionários, a Alaska Airlines, e sua empresa irmã Horizon Air, está implementando novos incentivos e regras para a vacina COVID-19, anunciada na quinta-feira (03).

Ao contrário da United, Hawaiian e Frontier Airlines, o Alasca ainda não tornou obrigatório que os funcionários atuais sejam vacinados. Em vez disso, a empresa está mudando para recompensar aqueles que são vacinados, com um pagamento de US$ 200, e adicionando requisitos para aqueles que não o fazem.

"Acreditamos que ter o maior número possível de pessoas vacinadas é o melhor caminho para proteção contra COVID-19 e continuaremos a encorajar fortemente nossos funcionários a serem vacinados", disse Alaska em um comunicado.

A empresa continuou que o "pagamento COVID especial" para ausências relacionadas à pandemia será interrompido para funcionários não vacinados que adoecerem ou ficarem expostos. Eles podem usar licença médica ou férias se tiverem, relatou o The Seattle Times. A empresa “também exigirá que todos os funcionários não vacinados participem de um programa de educação sobre vacinas”. Mas a regra é diferente para novos contratados.

A vacinação agora é um requisito para todos os futuros funcionários da companhia aérea e "reconhecerá aqueles funcionários que fornecerem comprovante de vacinação com um pagamento de $ 200".

De acordo com a Alaska Airlines, 75% dos funcionários que compartilharam seu status estão vacinados, mas "temos mais trabalho a fazer". Por sua vez, está "implementando novas medidas destinadas a aumentar as taxas de vacinação e aprimorar nossa abordagem multifacetada para a segurança", mas parando perto de um mandato.

Funcionários vacinados não terão que ficar em quarentena se forem expostos e, se tiverem uma infecção séria, terão pago uma folga, relatou o The Seattle Times.

Muitas companhias aéreas e empresas continuaram a mudar os requisitos de vacinação em meio à disseminação da variante Delta. A United Airlines anunciou que os funcionários nos Estados Unidos devem ser vacinados contra o COVID-19 até o final de outubro e a Hawaiian segue em segundo lugar, exigindo a vacinação até 1º de novembro.

Via USAToday

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

FAA cobrou mais de US$ 1 milhão em multas contra 'passageiros indisciplinados' este ano em meio a obrigatoriedade do uso de máscaras

Neste ano, a Administração Federal de Aviação cobrou mais de US$ 1 milhão em multas contra passageiros "indisciplinados".


A agência anunciou US$ 531.545 em penalidades civis na quinta-feira (19), com multas propostas que variam de US$ 7.500 contra um passageiro que supostamente ameaçou matar alguém sentado perto dele a US$ 45.000 contra um passageiro que supostamente jogou objetos - incluindo sua bagagem de mão - em outros passageiros e colocou a cabeça dele para a saia de um comissário de bordo. Ainda não está claro quanto dinheiro a FAA acabará arrecadando.

As penalidades vêm em meio a um aumento nos relatórios de passageiros "indisciplinados". A FAA recebeu cerca de 3.889 relatos de comportamento indisciplinado desde 1º de janeiro, quase três quartos dos quais eram passageiros que supostamente se recusaram a cumprir o mandato federal de máscara facial em aeroportos e aviões, que agora foi prorrogado até 18 de janeiro .

A FAA iniciou 682 investigações até agora neste ano, mais de quatro vezes o total em 2019; no entanto, a agência não tem autoridade para processar acusações criminais.

O chefe da FAA, Stephen Dickson, sugeriu no início deste mês que a polícia local deveria abrir processos com mais frequência contra passageiros indisciplinados de companhias aéreas e acredita que os aeroportos deveriam intervir e trabalhar com as concessionárias para ajudar a conter os incidentes relacionados ao álcool.

Como várias companhias aéreas suspenderam as vendas de bebidas alcoólicas em serviço durante a pandemia , alguns passageiros estão comprando bebidas no aeroporto e trazendo-as a bordo , apesar de uma regulamentação federal proibir essa prática .

A Association of Flight Attendants também pediu mais processos criminais . O sindicato informou no mês passado que quase um em cada cinco comissários de bordo afirma ter testemunhado incidentes físicos envolvendo passageiros neste ano, muitos dos quais foram desencadeados pela ordem de máscara facial ou falta de álcool a bordo.


Muitos desses incidentes violentos - especialmente aqueles capturados em vídeo - ganharam atenção nacional. Em julho, uma passageira da American Airlines foi presa em seu assento com fita adesiva após supostamente tentar abrir a porta do avião e atacar um comissário de bordo.

No início deste mês, comissários de um voo da Frontier Airlines contiveram um passageiro com fita adesiva depois que ele supostamente socou e apalpou membros da tripulação .

A United Airlines enviou um memorando aos funcionários na semana passada lembrando-os de não restringir os passageiros com fita adesiva, uma medida que a presidente da AFA, Sara Nelson, chamou de "golpe de marketing da companhia aérea que removeu a fita adesiva da cabine em 2014".

Enquanto isso, a Administração de Segurança de Transporte trouxe de volta o treinamento de autodefesa para tripulantes de vôo , relatando em junho que havia experimentado incidentes semelhantes com passageiros "indisciplinados" em pontos de controle em todo o país.

Via USToday - Foto: Tony Dejak (AP)

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Mulher é retirada de avião em Porto Alegre após se recusar a colocar máscara no filho

Segundo a Anvisa, crianças com mais de três anos devem usar o acessório para prevenção ao coronavírus.

Aeronaves da Azul no Aeroporto Salgado Filho (Foto: Marcos Pacheco/RBS TV)
Uma mulher foi retirada de um avião em Porto Alegre depois de se recusar a colocar a máscara de proteção contra o coronavírus no filho. O caso ocorreu na manhã desta quarta-feira (18) no aeroporto Salgado Filho em um voo da companhia aérea Azul.

De acordo com o relato de passageiros, a mulher e o filho chegaram a embarcar na aeronave. A tripulação teria tentado dialogar com a mulher, que seguiu negando o pedido. Depois, a Polícia Federal (PF) foi acionada. Conforme a PF, a equipe cumpriu a solicitação do comandante do voo, que é considerado autoridade na aeronave, e retirou a mulher e a criança do local.

O voo, que tinha como destino o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, estava previsto para decolar às 10h30min, mas a situação só foi resolvida por volta das 11h.

As regras sanitárias dentro de voos são estipuladas Anvisa. Segundo a agência, o uso da proteção facial dentro do avião é obrigatório a partir de três anos, com máscaras com duas ou mais camadas de tecido ou máscaras cirúrgicas e sem válvula.

As crianças podem retirar a máscara apenas para tomar água ou se alimentar, mas depois precisam colocar novamente. Podem circular sem máscara apenas crianças que tenham algum tipo de deficiência ou que tenham transtorno do espectro autista, conforme a Anvisa.

A Anvisa não confirmou a idade da criança que estava no voo, mas passageiros afirmaram que ela teria cinco anos. A agência também não informou até o momento se a mulher foi multada ou recebeu algum tipo de punição.

A mulher não foi localizada pela reportagem. GZH entrou em contato com a companhia Azul e aguarda posicionamento.

Em Porto Alegre, por exemplo, a prefeitura estipulou que é vedado o uso do item em crianças com menos de 3 anos e recomenda a utilização até os 11 anos. A partir disso, o uso é obrigatório.

Por Bruna Viesseri (GZH)

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Enjoo em viagens: descubra o assento correto para evitar o incômodo

Se você sente náuseas ou tontura ao embarcar em um veículo, aprenda dicas simples para amenizar a sensação desagradável.



Embora viajar seja praticamente uma paixão universal, para alguns, o trajeto pode ser um tanto incômodo. Se você sente náuseas, tontura ou vertigem sempre que embarca em um avião, carro ou trem, saiba que não está sozinho. O incômodo tem nome próprio: cinetose, e é uma condição comum, que pode ser amenizada com atitudes simples.

Também conhecido como enjoo de movimento, a cinetose surge em decorrência de uma instabilidade das funções fisiológicas que formam o equilíbrio — resultado da soma de três órgãos principais: labirinto, visão e sistema somatossensorial.

“Enquanto o labirinto envia para o seu cérebro a informação de que você está em movimento, e a sua visão também, mas o sistema sensorial está parado — sentado no banco do automóvel —, há uma divergência. Estou me locomovendo ou não? E aí você sente a tontura”, explica Márcio Nakanishi, otorrinolaringologista da Rede D’Or São Luiz.

A boa notícia é que algumas atitudes simples podem amenizar o incômodo. O lugar escolhido para seu assento, por exemplo, pode diminuir as sensações desagradáveis. A regra primordial é que o lugar escolhido deve ser onde você sentir menos movimento.

A revista clínica de origem norte-americana Mayo preparou uma lista com orientações para cada tipo de veículo. Confira:
  • Se você estiver em um carro, deve escolher o banco da frente.
  • Em um barco, peça uma cabine na frente ou no meio, perto do nível da água. Você também deve estar no convés superior de um barco para evitar o enjoo.
  • Assentos próximos das asas de um avião são melhores se você tem tendência a enjoar. Peça um assento perto da ponta de uma asa e direcione o ar-condicionado para o seu rosto.
  • Ao viajar de trem, você deve escolher um assento voltado para a frente, nas primeiras cabines e próximo a uma janela.
  • Definitivamente, você não deve se sentar na parte traseira do veículo ou em bancos voltados para trás.
Por Ana Flávia Castro (Metropoles)

terça-feira, 10 de agosto de 2021

Como estão os protocolos sanitários nos aeroportos do Brasil?

Do check-in ao desembarque, leitores relatam desrespeito ao distanciamento social e
uso incorreto da máscara (Crédito: Aeroporto de Guarulhos/Facebook/Divulgação)
O totem de álcool em gel, o medidor de temperatura à distância, os adesivos que demarcam o distanciamento social e as placas sinalizando a obrigatoriedade do uso de máscara se tornaram objetos tão comuns neste último um ano e meio que, agora, a sua ausência em um estabelecimento é imediatamente sentida.

Com a retomada das viagens nacionais e internacionais, quem ficou desde o início da pandemia sem viajar de avião também pode ter sentido um certo estranhamento ao pisar novamente em um aeroporto. Por esse motivo, perguntamos para os nossos seguidores no Instagram como havia sido a sua última experiência em um aeroporto brasileiro no que diz respeito aos protocolos de segurança sanitária.

Como não poderia ser diferente, as respostas dos leitores demonstram que as medidas adotadas pelas autoridades aeroportuárias variam de acordo com a cidade, estado ou região do país. Ainda assim, foi possível constatar um incômodo geral com a falta de distanciamento social nas filas, nos portões de embarque, nos ônibus que circulam dentro dos aeroportos e dentro das próprias aeronaves.

“Na área do raio-X do Aeroporto de Porto Alegre, achei um absurdo a aglomeração promovida justamente pelos agentes de segurança, que ficam pedindo para os passageiros grudarem uns nos outros. Eu me neguei: disse que manteria distância do passageiro à minha frente. Nisso o agente mandou, aos gritos, duas pessoas entrarem entre ele e eu. Chamei o supervisor, disse que estavam infringindo a lei e ele me respondeu que tinha que ser assim porque precisavam cumprir uma cota x de passageiros por hora. Um absurdo sem tamanho. Denunciei à polícia” – @luxnunes

“Viajei em dezembro e passei pelos aeroportos de Guarulhos, Recife e Congonhas. O único ponto de aglomeração foi na fila do check-in. Percebi que a maioria das pessoas não faz o check-in online, causando filas. Nas salas de embarque, não havia muitas cadeiras bloqueadas para garantir o distanciamento social – o que eu entendo, porque pessoas mais velhas e crianças, por exemplo, não podem ficar muito tempo de pé. No voo, por fim, todos estavam de máscara e respeitaram o desembarque por fileira. Meu sonho é que esse hábito permaneça” – @tatimichail

“Muito difícil implantar procedimentos de segurança se os maiores interessados os desrespeitam. Os aeroportos e as companhias seguem os protocolos, mas passageiros não respeitam o distanciamento, ficam grudados quando tentam organizar as filas de embarque, sentam em assentos que estão proibidos….” – @denizetta

“Ano passado fui para Maceió e esse ano, para Fortaleza. Em nenhum aeroporto mediram a temperatura, mas havia álcool gel e todos os passageiros utilizavam máscara. Na minha opinião, está tranquilo viajar” – @marciogomes62

“Embarquei em Guarulhos e estava tudo uma bagunça. O aeroporto estava lotado e não tinha ninguém controlando nada, muito menos o distanciamento nas filas. No aeroporto de Florianópolis, por outro lado, estava tudo muito organizado” – @carol_bonfadalagnol

“Fui para Fernando de Noronha e até pensei que não houvesse mais pandemia. Me decepcionei. Penso que de nada adianta RT-PCR para entrar em Noronha se o trajeto até lá está super propício ao contágio” – @riziaraujo

Muitos leitores relataram que não tiveram a sua temperatura corporal medida no aeroporto. No entanto, em alguns casos essa impressão pode ter sido causada pelo uso de câmeras térmicas, que medem a temperatura de todas as pessoas que passam diante dela à distância e sinalizam caso alguém esteja com febre. A tecnologia evita as filas que se formariam caso os funcionários do aeroporto tivessem que fazer a medição passageiro por passageiro.

“Estive nos aeroportos de Campinas, Santos Dumont e Salvador. Em nenhum mediram a temperatura. Recebemos álcool gel somente dentro do avião”- @patiwegner

“Viajei para a Bahia e para o Paraná, desde São Paulo. Em nenhum aeroporto que fui mediram minha temperatura. Havia distanciamento na fila, mas depois nos enfiaram em um ônibus lotado a caminho do portão de desembarque” – @suellen_st

“O Aeroporto de Brasília e Santos Dumont estavam lotados. Não há medição de temperatura nem distanciamento nas filas. Também não me lembro de ter visto álcool em gel. Isso sem falar nos aviões completamente cheios e das pessoas que insistem em não usar a máscara corretamente.” – @renatacrippa

“Em Porto Alegre há um sensor térmico que mostra a temperatura corporal em uma tela” – @mariamonica.pereira

A obrigatoriedade do uso de máscara, por outro lado, parece estar sendo respeitada na maioria dos casos, apesar de alguns seguidores terem reclamado do uso indevido do acessório por parte dos próprios passageiros.

“Viajei do Santos Dumont para Congonhas e fiquei vigiando todos na fila de embarque da Gol. Chamei atenção da funcionária a cada esperto que tentava entrar no avião com a máscara fora do lugar e tive até que dar uma máscara descartável para uma passageira cuja máscara caía sem parar! Fiquei chocada com a quantidade de passageiros com máscaras da pior qualidade. Ao meu ver, as companhias aéreas deveriam obrigar todos a viajarem com PFF2. Quem tem dinheiro pra comprar uma passagem, pode comprar uma máscara que custa R$ 6,90” – @dclannes

“No aeroporto do Galeão e no de Porto Alegre os funcionários cobravam o uso correto da máscara, mas o maior problema são as pessoas sem noção dentro do voo. Vi várias pessoas com a máscara pendurada da boca para baixo, como se o nariz não fizesse parte do rosto. A comissária teve que chamar a atenção cinco vezes de um mesmo passageiro” – @danimanzino

“Não adianta o aeroporto seguir as normas se dentro do avião todo mundo está junto e sem usar máscara com boa proteção. As empresas deviam entregar ao menos uma máscara cirúrgica para cada passageiro” – @tatiana.bulhoes

“O Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, está com uma organização regular, mas vi alguns funcionários do próprio aeroporto com a máscara embaixo do nariz” – @krolreis6779

“Em um voo da Latam, vi algumas pessoas tirarem a máscara dentro do avião para beber água ou mandar áudios no celular. Acho que os comissários de bordo deveriam circular para fiscalizar o uso de máscara e chamar a atenção de quem não estiver usando” – @mariana_carnauba1

“Saindo de São Paulo, fui para o Mato Grosso do Sul, Paraná, Maranhão e Colômbia. A temperatura não foi medida, o distanciamento na fila não foi respeitado e não havia álcool em gel à vista, mas nos aviões todos estavam usando máscara. Quando alguém tirava, os comissários chamavam a atenção” – @thaisa_rodolpho

Veja todos os comentários dos seguidores aqui.

Por Bárbara Ligero (Viagem e Turismo)

Comissário da GOL insinua que carrapato em voo estava no cabelo de homem negro

Segundo Bruno Gomes, durante o voo, um comissário de bordo teria dito que carrapatos encontrados no avião poderiam ter caído do cabelo dele.

Bruno Gomes, vítima de racismo em avião (Foto: Arquivo Pessoal)
Um homem negro, morador de Vicente Pires, no Distrito Federal, denuncia ter sido vítima de racismo em um avião da Gol, que saía de Marabá (PA) para Brasília, em junho deste ano. O biólogo Bruno Henrique Dias Gomes, 25 anos, conta que, durante o voo, caíram carrapatos em cima dele e da passageira ao lado. Ao acionar o comissário de bordo, porém, ele relata ter sido constrangido: “Falou que poderia ter caído do meu cabelo”.

Segundo Bruno, ele viajou para o Pará para fazer um concurso da Polícia Miliar, ocorrido em 6 de junho. No dia seguinte, voltou para Brasília, onde vive com a esposa.

Durante o voo, ele assistia uma série no celular, quando um carrapato caiu em cima do telefone. “Eu estava sentado na poltrona ao lado do corredor. Do nada, caiu uma coisa em cima do celular. Eu e a passageira ao lado ficamos observando e, depois, ele caiu no chão. Passou uns três, quatro minutos e caiu outro, no ombro dela. Eu tirei, com a mão mesmo, coloquei sobre a bancada e chamei o comissário. Falei que já era o segundo que caía, aí ele: ‘Você tem certeza?’ Eu mostrei o que estava na minha mão, aí ele saiu e voltou”, narra.

Carrapato encontrado no avião
“Mais uns cinco minutos e caiu outro na minha mesa. Fui tentar pegar e ele caiu no chão. Chamei o comissário de novo e começou um burburinho na aeronave, porque na minha poltrona e na da frente todo mundo levantou para ver se tinha caído sobre os bancos. Quando chegaram esses dois comissários, eles trocaram um pessoal [de assento] e eu continuei na minha poltrona. Aí, nesse momento, um deles falou assim: ‘Pode ter caído de qualquer lugar, até do seu cabelo’. Meu cabelo é afro”, completa.

De acordo com Bruno, após desembarcar, ele procurou um guichê da companhia aérea, mas não conseguiu registrar reclamação. “Eu estava meio atordoado com os carrapatos caindo e não guardei a fisionomia do comissário”, diz.

“A moça falou: ‘Isso não dá nada, não, pode acontecer porque [o carrapato] pode vir em bagagem de cliente’. Aí eu falei: ‘Mas eu fui constrangido’. E ela disse: ‘Infelizmente, não temos o que fazer’. Aí, voltei para casa, mas como eu estava atordoado com essa questão do concurso, nem pensei em registrar ocorrência. Depois, eu estava conversando com a minha tia e ela alertou: ‘Isso é racismo'”, conta.

Ele, então, fez uma reclamação no site da Gol, no consumidor.gov.br e no Reclame Aqui. Porém, diz que não teve retorno pelo site da companhia aérea.

Através do consumidor.gov.br, Bruno recebeu contato da Gol, oferecendo bônus de R$ 500 para compra de outra passagem. Contudo, ele não conseguiu usar, uma vez que o prazo de validade era até 31 de julho.

“Eles mandaram essa mensagem falando que dariam o bônus. Mas isso não repara. Eu falei para eles que não queria dinheiro, queria um pedido de desculpas pelo constrangimento que passei”, comenta.

Confira a troca de mensagens entre Bruno e a companhia aérea após a reclamação do passageiro:

Segundo Bruno, após a viagem de avião, ainda levou um tempo para ele entender o que havia acontecido e, então, tomar alguma medida. “Eu tive Covid no início, por 15 dias. Depois disso, foi quando tive contato com a minha tia, conversei com ela, e abri a reclamação no site. Quando tive um retorno deles (da Gol), aí eu entendi que, se eles assumiram o erro e pagaram (o bônus), eles sabem que fizeram uma coisa errada”, afirma. “Pensei que, se foi difícil para mim entender, outras pessoas podem passar pela mesma coisa também sem perceber”, acrescenta o biólogo.

Nos próximos dias, Bruno pretende denunciar o caso à polícia. “Sou de religião de matriz africana e tem uma época do ano em que não posso chegar em aeroporto ou rodoviária. Então, por conta da minha religião, não posso ir agora ao aeroporto nos próximos dias. Daqui 10 dias eu vou lá na Polícia Federal (ao lado do Aeroporto de Brasília) fazer a ocorrência”, finaliza.

O que diz a Gol


Procurada, a GOL informou que recebeu relatos de carrapatos durante o voo G3 1884, no dia 7 de junho na rota Marabá-Brasília, e acredita que os insetos possam ter sido transportados acidentalmente em alguma mala de mão.

“Todas as aeronaves da Companhia passam por procedimentos diários e rigorosos de sanitização, e a dedetização das aeronaves é realizada periodicamente, em curtos intervalos de tempo, como parte da rotina mandatória de manutenção”.

Como forma de compensação a Bruno, a companhia aérea ofereceu crédito disponível para uso até 31/07/2022.

Sobre a reclamação de racismo do biólogo, a GOL disse “que não compactua com quaisquer atitudes discriminatórias, preza pelo respeito e pela valorização das pessoas, e vai apurar o ocorrido”.

Por Ana Karolline Rodrigues (Metropoles)