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sábado, 19 de fevereiro de 2022

Morte de brasileira por trombose em voo lança alerta para riscos em longas viagens; entenda

Movimentar pernas e hidratar-se são recomendações para evitar problemas semelhantes.

Brasileira morreu em voo para Paris de trombose (Foto: Reprodução Redes Sociais)
A morte da brasileira Maria de Lourdes Araújo dos Santos, de 75 anos, em um voo que seguia de São Paulo a Paris, na França, chamou atenção para os riscos de se desenvolver uma trombose em longas viagens. A dona de casa morava no Espiríto Santo e iria encontrar os cinco filhos que residem na capital francesa quando passou mal no voo LA702, da companhia aérea Latam. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu. Segundo o médico Fábio Miranda, clínico intensivista e Chefe da Terapia Intensiva do Copa Star, longos voos são fatores de risco para todos:

— O próprio voo é um fato de risco para o desenvolvimento de trombose venosa nos membros inferiores. A rigor, qualquer pessoa pode ter o risco aumentado em longas viagens.

A trombose acontece quando um coágulo se forma e bloqueia a passagem de sangue, o que pode gerar inchaço e dor. Caso ela se desprenda, pode ir para em outra parte do corpo, como o pulmão, e causar uma embolia. As horas que se passa sentado, entre outros fatores, em voos podem contribuir para o aparecimento de um desses coágulos.

Alguns, no entanto, correm mais riscos. Pessoas com mais de cinquenta anos, obesas, puérperas, fumantes ou que tenham feito recentemente cirurgias, sobretudo abdominais e ortopédicas, devem tomar cuidado especial. Também entram na lista mulheres que façam uso de pílula anticoncepcional ou reposição hormonal, além de pessoas que tenham câncer ou tenham passado muitos dias imóveis na cama. Outro grupo de risco são as pessoas que sofrem de trombofilias.

Os riscos de se desenvolver uma trombose são maiores em voo com mais de 6 horas. Abaixo das 3h, são tidos como desprezíveis. Apesar da morte de Maria de Lourdes ter acontecido em pleno voo, os problemas ocasionados por uma trombose podem aparecer até mesmo dias depois de terminada a viagem.

O uso de meia elástica de baixa compreensão e manter as pernas em movimento são recomendações para diminuir as chances do desenvolvimento de uma trombose. Enquanto se estiver sentado, é possível fazer exercícios como, de tempos em tempos, fixar a ponta dos pés no chão e levantar os calcanhares. Em seguida, trocar: levantar a ponta dos pés e apoiar os calcanhares no piso do avião. Para os pacientes de risco, pode ser também recomendado o uso de anticoagulante.

É importante também se manter hidratado, aponta o médico Fábio Miranda: — As pessoas que não se dão conta de que estão desidratadas. Vários fatores contribuem para isso em voos, como o ar condicionado dos aviões e a ingestão de bebidas alcóolicas. O aumento da pressão também pode contribuir para um hipoxemia.


Via O Globo

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Médica canadense ajuda a dar à luz um bebê “Miracle” em voo da Qatar Airways

Uma médica canadense falou de sua alegria depois de dar à luz um bebê “Milagre” em um voo noturno para Uganda.


A Dra. Aisha Khatib, professora da Universidade de Toronto, estava a cerca de uma hora de seu voo da Qatar Airways de Doha para Entebbe quando a ligação foi feita.

Uma trabalhadora migrante ugandense que voltava para casa da Arábia Saudita estava prestes a dar à luz seu primeiro filho.

O bebê, com 35 semanas, nasceu saudável e recebeu o nome de Miracle Aisha, em homenagem a médica.

Khatib, com os olhos turvos de um horário de trabalho extenuante em Toronto, atormentada por coronavírus, estava desfrutando de um merecido descanso na terceira etapa de sua viagem.

Mas ela não hesitou quando uma voz no interfone perguntou se havia um médico a bordo.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Covid ou influenza: quais são os direitos do consumidor na hora de alterar passagem aérea?

Depois das festas de fim de ano, o Brasil foi tomado pelo aumento no número de casos de covid-19 e influenza.


Quem tinha viagem programada precisou mudar os planos rapidamente e recorrer aos serviços de remarcação e cancelamento oferecidos pelas companhias aéreas.

No entanto, a partir de 1º de janeiro de 2022, a lei 14.034 — editada em caráter emergencial por causa da pandemia — deixou de ser válida e, agora, o passageiro que desistir da viagem terá que pagar multa ou diferença tarifária.

As novas normas valem até para quem recebeu o diagnóstico de covid e não pode embarcar na data programada. Antes, o consumidor que desistisse da viagem poderia fazer isso sem custo.

A mudança pegou alguns viajantes de surpresa e frustrou quem estava com bilhete aéreo emitido. Foi o caso da paulista e professora aposentada Cláudia Struziato, de 56 anos, que viajava pela Europa e voltaria de Portugal na última semana. Porém, ao receber o diagnóstico de covid-19, precisou ficar em isolamento e mudar os planos.

Quando tentou alterar a data de volta de seu voo pela companhia aérea, a taxa de remarcação saía quase o preço de uma nova passagem. E ela havia comprado seu bilhete por uma agência terceirizada e usando os créditos de um cruzeiro de 2020.

"Dava quase R$ 4.000 para remarcar. A agência tentou negociar com a companhia aérea, mas eles não conseguiram. Ainda alegaram que não era reembolsável. Perdi toda a minha passagem de volta", afirma à BBC News Brasil. Ela ainda espera receber, pelo menos, o valor pago para poder despachar a bagagem.

A professora destaca ainda que a própria agência de turismo a aconselhou comprar uma nova passagem e que seria quase impossível uma remarcação sem custo.

"Eles poderiam considerar, já que não embarquei porque estava com covid", diz indignada. Por causa disso, ela desembolsou mais R$ 3.996 e pretende voltar ao país na próxima quinta-feira (13/1). "Esse valor agora é reembolsável."

Igor Britto, diretor de Relações Institucionais do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), ressalta que as regras atuais se aplicam à data do cancelamento, e não da compra.

Embora pareça ruim para o turista, o especialista reforça que agora, de fato, volta a valer o código de defesa do consumidor e resoluções da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

"Era uma lei temporária e não era boa para os consumidores, e sim, para as companhias aéreas. Ela permitia que essas empresas fornecessem um crédito para o consumidor usar. Não foi um direito criado, mas sim uma compensação", opina.

Agora, se a companhia aérea alterar ou cancelar a data do voo, terá que devolver o dinheiro integralmente e em até sete dias para o passageiro.

"A resolução da ANAC é devolver o dinheiro. Sem multa, sem nada", destaca o especialista do Idec. Mas se o consumidor desistir, ele terá que arcar com os custos e mudanças de tarifa.

Entenda as mudanças:


Até 31 de dezembro de 2021

Se a companhia aérea cancelasse um voo até 31 de dezembro de 2021, o passageiro tinha direito ao reembolso, crédito, reacomodação ou remarcação do voo independentemente do meio de pagamento utilizado, sem custo e no prazo de 18 meses, a partir da data de sua aquisição.

Em relação ao reembolso, este deveria ser devolvido e corrigido pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), em até 12 meses.

Se o consumidor desistisse da viagem, ficava isento da cobrança de multa contratual e o valor pago na passagem ficava como crédito para utilização futura. Porém, se o passageiro decidisse cancelar a passagem aérea e optasse pelo reembolso estava sujeito às regras contratuais da tarifa adquirida e poderiam ser aplicadas multas.

A partir de 1º de janeiro de 2022

Volta a valer a resolução da Anac, segundo a qual as companhias aéreas podem cobrar taxas e multas normalmente em virtude da remarcação de passagens por solicitação do cliente.

As companhias aéreas também podem voltar a comercializar tarifas não reembolsáveis e, em casos de tarifas reembolsáveis, os clientes devem receber o valor em até sete dias, e não mais 12 meses, como na regra anterior.

Por último, caso a empresa cancele ou altere o voo em mais de 30 minutos, o cliente pode solicitar o reembolso integral ou reacomodação em outro avião da própria companhia. "Voos internacionais programados até 31/03/2022, ainda serão aplicadas as regras vigentes da pandemia", explica João Leão, advogado especialista em direito do consumidor.

Quais são meus direitos na hora de mudar a passagem?


As companhias aéreas estão flexibilizando a remarcação sem multa no caso do diagnóstico de covid-19 - no entanto, podem cobrar mudanças tarifárias.

A companhia aérea Latam informou, por meio de nota, que passageiros com covid-19 podem remarcar uma vez a data da viagem sem multa, mas pagando diferença de tarifa (se houver). É necessário apresentar o teste na hora do atendimento para alteração da compra.

Já a Gol, por meio de nota, disse que a remarcação involuntária, mediante a apresentação do teste de covid-19, dá direito a alteração sem custos adicionais. Contudo, a remarcação voluntária (feita pelo passageiro sem motivo de doença) ocorre com cobrança das devidas taxas e diferença tarifária. A empresa informou ainda que essas regras valem somente para covid-19.

A Azul Linhas Aéreas informou que orienta o cliente a não embarcar e fazer o teste de covid-19 e influenza. A empresa aérea dá opção de deixar o valor integral como crédito na companhia aos passageiros que testaram positivo para doença. Para clientes que voluntariamente queiram cancelar e remarcar suas passagens, os valores são cobrados conforme regra tarifária.

Britto destaca que assim como as próprias empresas aéreas estão afastando seus funcionários por ficarem doentes, ele defende que o consumidor também tem direito de não pagar a mais pelas mudanças na passagem.

"Nós estamos em um período pandêmico. Se a pessoa está contaminada, obviamente não pode viajar. Da mesma forma que as companhias aéreas estão cancelando porque a tripulação está contaminada, o consumidor pode deixar de viajar sem prejuízo sim", afirma o especialista.

"Em caso de doenças contagiosas, como covid, influenza e outros, a companhia aérea é obrigada a remarcar a passagem do cliente. O passageiro deve entrar em contato com a empresa e enviar um laudo ou exame atual, para comprovar a doença e assim solicitar a remarcação", reforça Leão, que também é CEO da Indenize Voe, empresa especializada em demandas aéreas.


Segundo os especialistas, as remarcações podem chegar a 80% do valor do bilhete original, dando prejuízo ao consumidor. Se o passageiro estiver com a infecção e não quiser embarcar pode entrar em contato diretamente com a companhia e alterar a passagem.

Se os valores para troca do voo forem exorbitantes, ele ainda pode reclamar no SAC ou ouvidoria da empresa. O mesmo vale para pacotes comprados em agências de turismo terceiras e não diretamente com a empresa aérea.

Se houver pagamento de tarifas, os especialistas destacam que é necessário reunir todos os comprovantes, protocolos de ligação e realizar uma reclamação formal no site consumidor.gov ou em órgãos competentes para tentar reaver o valor.

"Caso o passageiro não consiga contatar a empresa aérea, ele pode buscar o Procon da sua cidade ou mesmo o Juizado Especial Cível, para diminuir quaisquer demanda ou falha na prestação de serviço de transporte aéreo", diz o advogado especialista em defesa do consumidor.

Estou com covid ou influenza: posso viajar?


A recomendação para evitar viagens durante o período pandêmico ainda deveria ser levada em consideração, de acordo com Sylvia Lemos Hinrinchsen, infectologista e consultora de biossegurança da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

No caso da covid-19, a especialista destaca que o isolamento de dez dias ainda é recomendado, já que a pessoa pode apresentar sintomas e testar positivo somente no sétimo, por exemplo.

No entanto, muitas pessoas não estão seguindo da forma correta e seguem sendo imprudentes, segundo a infectologista. "Tem que começar a ter responsabilidade. Muita gente está tendo sintomas leves e não está fazendo nenhum tipo de isolamento, nem de cinco, nem de sete, nem de dez", alerta.

Na segunda-feira (10), o Ministério da Saúde reduziu de 10 para 7 dias o isolamento de pacientes com a doença, mas sem sintomas e após teste negativo.

Para Hinrinchsen, as alterações feitas pelas companhias aéreas podem ainda fazer com que os passageiros omitam os sintomas e embarquem, mesmo estando contaminados. "Está acontecendo não só nas companhias aéreas, mas nos resorts, nas praias e nos restaurantes. O álcool gel desapareceu", indaga.

Flávia Bravo, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), ressalta a importância de evitar deslocamentos sem necessidade durante o período de alta taxa de contaminação. Isso vale não só para quem apresentar covid-19, mas também influenza. Nesta última, a médica destaca a transmissão acelerada.

"Influenza não é um fator limitante, mas é um fator de proliferação. Começou no Rio de Janeiro e foi se espalhando pelo Brasil". Ela ainda aconselha que qualquer indivíduo que esteja doente, evite viajar. "No caso de crianças, pode ser até catapora."

Ambas especialistas reforçam que, caso a pessoa já tenha programado ou comprado alguma viagem, o ideal é realizá-la de carro, se possível. "Evite longas viagens de ônibus ou de avião e que estejam com outras pessoas", afirma Bravo. No caso da hospedagem, priorize locais que tenham áreas ao ar livre, que estejam seguindo protocolos de higiene e de combate à covid-19.

Para quem já tem uma viagem programada e precisa pagar avião, o recomendado é usar máscaras N95 ou PFF2, que oferecem melhor capacidade de filtragem, além de evitar aglomeração sempre que possível.

Via BBC Brasil

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

ANAC pede que pilotos de avião se ausentem do trabalho por 48 horas após a vacinação


Em ofício encaminhado ao Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) na terça-feira (11), a ANAC afirma que orientou aos serviços médicos dos operadores aéreos e examinadores médicos credenciados para que recomendem o afastamento por 48 horas de pilotos após a vacinação contra a Covid-19 — seguindo, de acordo com a agência, posição adotada pelas autoridades de aviação civil americana, europeia, canadense e australiana.

O SNA, no entanto, disse que vai pedir à agência mais esclarecimentos sobre os motivos do pedido.

“Ocorre que, em abril de 2021, a ANAC havia enviado aos serviços médicos dos operadores aéreos, também por meio de ofício, uma informação diferente”, disse o SNA em nota. “A orientação, recomendada para todos os tripulantes era que os operadores analisassem a possibilidade de ocorrência de efeitos colaterais degradantes ou incapacitantes relacionados ao recebimentos de doses de imunizantes de Covid-19, especialmente no período de 48 horas após recebimento de cada dose”, concluiu.

Ou seja, não havia orientação de recomendação de afastamento imediato após a vacinação, mas sim de monitoramento. Desta forma, o SNA irá submeter um novo questionamento à ANAC para que seja esclarecido o conflito de informações.

O SNA informa que proverá mais detalhes, tão logo receba um retorno da agência reguladora.

Por Carlos Ferreira (Aeroin) - Foto de Kelly Lacy via Pexels.com

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Covid-19: Quais são os riscos de ser contaminado pela ômicron em um avião?

Aviões têm renovação de ar, mas especialista fala sobre riscos de viagens neste momento
(Foto: Nicolas Economou/NurPhoto via Getty Images)
A pandemia de covid-19 tem se agravado novamente com o avanço da variante ômicron. Com sua transmissão mais rápida, quais os riscos de ser infectado dentro de um avião? Os voos representam um local mais arriscado que os demais e devem ser evitados nesse período?

Para Sylvia Lemos Hinrichsen, médica infectologista e consultora em biossegurança da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), os voos oferecem os mesmos riscos de infecção que outros lugares. "A variante ômicron é mais transmissível em qualquer local, e não apenas no avião", diz a médica.

Problemas antes do voo 


Um dos problemas relacionados ao contágio durante viagens aéreas, segundo Sylvia, não é necessariamente o avião em si, mas algumas práticas que precedem o voo. 

"É o pré-voo: o aeroporto, o lanche, a fila, o despacho da mala. Em todos esses locais, também há o risco de contaminação caso não sejam tomadas as medidas necessárias de prevenção", afirma a médica. 

Embora os aviões comerciais de grande porte possuam sistemas de ar-condicionado que renovam todo o ar da cabine a cada três minutos, além do uso de filtros especiais que impedem a disseminação dos vírus, é comum ver pessoas tirando a máscara nesses locais.

Isso é particularmente comum em voos de maior duração, e ocorre não apenas durante as horas das refeições, segundo a infectologista, o que pode favorecer a disseminação da covid-19 e outras doenças. 

Se puder, evite a viagem


Quem for integrante dos grupos de risco deve evitar ao máximo voar e se expor a situações que favoreçam a infecção pelo vírus. 

"No momento, a minha sugestão é que, se as viagens puderem ser evitadas ou adiadas, vale a pena. Principalmente para quem é de grupo de risco e que possa ter alguma comorbidade", diz a infectologista.

Isso se deve ao fato de que, embora a variante ômicron seja mais leve que as demais, não é possível saber ainda o impacto sobre pessoas mais idosas ou com comorbidades. "De um modo geral, os mais jovens estão tendo covid em formas mais leves", diz a especialista. 

Testes falhos


Mesmo sendo exigido que se apresentem testes de detecção do coronavírus negativo antes de voar, há quem esteja viajando contaminado. 

"Muitas pessoas estão fazendo o teste rápido, que apresenta uma quantidade de falso negativo maior, e usam esses testes para viajar de avião. Algumas pessoas também estão dizendo que estão com gripe e circulando, muitas vezes, sem máscara, acreditando que isso não seja um problema", diz a médica. 

No Brasil, não é obrigatório apresentar esses testes em voos domésticos, apenas nos internacionais. 

Como evitar o contágio?


"O básico já resolve, aliado com as vacinas", diz a infectologista. "Quem for viajar deve seguir as mesmas normas de cuidado e higiene relacionadas à covid-19, como a higienização das mãos e o uso de máscaras. Outra recomendação é utilizar as máscaras PFF2/N95 ou as de tecido combinadas com máscaras cirúrgicas para reduzir a chance de contágio", diz Sylvia.

Outro ponto é a realização de testes completos, que são mais precisos, mas custam mais caro. Os testes rápidos, segundo a infectologista, além de apresentarem o número alto de falsos negativos, não são tão eficientes para identificar a variante ômicron. 

De uma maneira geral, segundo a médica, as pessoas relaxaram as medidas de barreira, e começaram a viajar, fazer festas, irem a bares etc. "Uma das coisas mais importantes ainda é o isolamento, que tem de ser respeitado", diz a infectologista.

Voar é mais seguro que estar em um cruzeiro?


O ambiente de um avião é diferente do de um cruzeiro em um navio. No primeiro, há renovação constante do ar, enquanto, no segundo, isso não ocorre. 

"A chance de contaminação em um cruzeiro é maior. Você fica mais dias, em ambientes fechados, geralmente com restrições para abrir janelas e arejar o local", diz Sylvia. 

Para a infectologista, o longo tempo de confinamento dos cruzeiros e a menor renovação do ar tornam essa viagem mais suscetível à transmissão do vírus.

Por Alexandre Saconi (UOL)

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Anac monitora situação de tripulações após casos de Covid-19 e Influenza motivarem cancelamento de voos

Número de cancelamentos de voos está subindo porque as companhias estão remanejando suas operações.

Saguão do aeroporto Santos Dumont (Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo)
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está monitorando casos de doenças respiratórias em tripulações das companhias aéreas. Com o avanço dos casos de Covid-19 e Influenza, o número de cancelamentos de voos está subindo porque as companhias estão remanejando suas operações.

Neste sábado, a Latam anunciou o cancelamento de 47 voos domésticos e internacionais previstos até 16 de janeiro, o que representa 1% dos voos programados para o mês. A Azul já teve 29 voos cancelados.

Em nota, a Anac diz que está fazendo o monitoramento de casos de doenças respiratórias em pilotos, comissários e demais profissionais do setor aéreo.

“Com o objetivo de antecipar possíveis impactos na aviação e auxiliar no plano de ação das empresas aéreas, a Agência já havia entrado em contato com representantes das companhias aéreas, aeroportos, concessionárias, Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo (ESATAs) e órgãos de controle sanitário e de saúde. A Agência tem atuado na preservação da saúde dos profissionais e dos passageiros que trabalham e utilizam o transporte aéreo”, diz o documento.

A agência ressaltou que desde o início da pandemia, o setor adotou as medidas de segurança sanitária recomendadas pela Anvisa e alinhadas às regras internacionais determinadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

"A Agência tem atuado na preservação da saúde dos profissionais e dos passageiros que trabalham e utilizam o transporte aéreo", diz a nota.

Novas regras para os passageiros


A Anac também monitora as medidas adicionais adotadas pelas companhias para minimizar atrasos e cancelamentos, assim como o atendimento ao passageiro. Desde o dia 1º de janeiro voltaram a valer as regras anteriores à pandemia da Covid-19 para alteração de passagens, cancelamento, reembolso e crédito.

No período entre 19/03/2020 e 31/12/2021 havia vigorado um regime emergencial. Agora, voltaram a valer as regras que estão na Resolução 400/2016 da Anac.

De acordo com essa resolução, caso a empresa cancele o voo, os passageiros podem escolher entre reacomodação, reembolso integral do valor pago ou execução por outras modalidades. Se for escolha do passageiro desistir da viagem, a aérea pode cobrar as multas previstas em contrato para o reembolso.

Em qualquer caso, a companhia tem sete dias para fazer o reembolso, que não é mais corrigido pela inflação, contados a partir do dia do pedido do passageiro.

Por Fernanda Trisotto (O Globo)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Conheça 5 dicas para proteger sua audição durante a viagem de avião

Fonoaudióloga aponta cuidados que podem fazer grande diferença para a saúde dos ouvidos; confira.


Mesmo em tempos de pandemia, o verão é um período de muitas viagens de férias. Porém viagens aéreas podem causar muitos incômodos, como a sensação de "ouvido tampado" e zumbido. Para quem usa aparelho auditivo, o desconforto pode ser ainda maior. Mas, seguindo algumas recomendações é possível proteger a sua saúde auditiva durante as viagens de avião.

A fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex Soluções Auditivas, ensina 5 dicas que vão ajudar a proteger a sua audição. Além delas, separamos uma dicas extra sobre cuidados com o novo coronavírus nas viagens. Confira.

1- Desentupir o ouvido


Durante o voo, os velhos truques de bocejar, engolir saliva e mastigar chiclete ajudam a “desentupir o ouvido". Uma dica é fazer esses movimentos para que a Trompa de Eustáquio se abra e feche. Dessa forma, é possível manter o equilíbrio da pressão do ar entre os dois lados da membrana do tímpano, aliviando o incômodo e um possível zumbido.

2 - Assento ideal


Quem tem problemas de audição deve escolher um assento na lateral do avião oposto à orelha com melhor escuta. Por exemplo, caso ouça melhor com a orelha direita, o ideal é optar por um lugar na janela da fileira esquerda. Dessa forma, será mais fácil ouvir as recomendações e serviços dos comissários de bordo.

3 - Uso de aparelhos auditivos


Para quem faz uso de aparelho auditivo, o uso pode ser normal e somente retirá-los caso sinta algum desconforto, incômodo ou dores devido à rápida mudança de altitude, com o avião em geral atingindo entre 10 e 12 mil metros. Com os aparelhos auditivos em uso, será possível compreender as orientações dos comissários de bordo.

"Na hora de viajar, outro cuidado importante para quem usa aparelho auditivo é não esquecer de levar o desumidificador e um bom estoque de baterias para seus aparelhos auditivos, a fim de garantir uma audição adequada durante toda a viagem", aconselha a fonoaudióloga.

4 - Quem tem aparelho auditivo com bluetooth


Você pode manter os aparelhos ligados quando passar pela segurança, durante o vôo, a decolagem e a aterrissagem. No entanto, se o aparelho auditivo possuir tecnologia bluetooth, você deverá selecionar o modo avião do mesmo ao embarcar na aeronave.

5 - Longe dos motores


Se for possível, escolha assentos no avião que ficam longe dos motores. Por mais que os aviões mais modernos sejam silenciosos, as áreas próximas aos motores ainda são barulhentas.

Dica extra: xô Covid!


Quanto ao risco de contaminação pelo coronavírus, os aviões, pelo menos, levam uma vantagem em relação a outros tipos de transporte. Eles possuem os poderosos filtros HEPA (High Efficiency Particulate Air), que auxiliam na renovação do ar; e o sistema de refrigeração forçada, que são capazes de inativar o vírus da Covid.

Mas é preciso ter atenção ao tocar em poltronas, portas, maçanetas, pias e torneiras, dentro ou fora dos aviões. Tudo pode ser fonte de contágio, caso tenha sido contaminado por outra pessoa. Mantenha cuidado redobrado em relação à higiene também nos aeroportos. Lencinhos umedecidos em álcool são uma boa estratégia para higienizar o que for preciso.

Fonte: iG

Em meio a casos de Covid e gripe na Azul, Viracopos tem 57 voos cancelados em 2 dias

Apenas até a tarde desta sexta, foram 33 cancelamentos. Empresa tem tido dispensas médicas por conta das doenças; aeroporto em Campinas é o maior hub da companhia aérea no Brasil.

Viracopos teve mais voos cancelados nesta sexta-feira (Imagem: Ricardo Custódio/EPTV)
O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), maior hub da Azul no Brasil, registrou pelo menos 57 voos da empresa cancelados entre quinta (6) e esta sexta-feira (7). As mudanças ocorrem em meio a alta nos casos de Covid-19 e gripe no Brasil, que provocou o afastamento de tripulantes e afetou a operação da companhia aérea neste começo de ano.

A Azul e a Aeroportos Brasil Viracopos, concessionária que administra o terminal, não confirmam, entretanto, que todos os cancelamentos são por conta do aumento dos casos.

Apesar de admitir que as dispensas médicas por conta dos registros das doenças afetaram voos pelo país [veja nota abaixo], a companhia ressaltou que a suspensão de chegadas ou partidas podem se dar por vários motivos, como problemas técnicos e meteorologias adversas.

De acordo com o balanço enviado pela concessionária, foram 24 cancelamentos na quinta-feira (12 chegadas e 12 partidas), além de 33 até o início da tarde desta sexta (16 de chegada e 17 de partida). O aeroporto em Campinas tem uma média de 300 voos por dia. Ou seja, o número de suspensões representa 9,5% do total de movimentação em 48 horas.

Na quinta-feira, a EPTV, afiliada da TV Globo, conversou com a professora Larissa Zurra, que embarcaria de Campinas para Manaus (AM). Ela mora em Tefé (AM) e teve o planejamento na cidade adiado por conta do transtorno. Nesta sexta, a passageira afirmou que a empresa ofereceu hospedagem e alimentação até ela embarcar no novo voo.

"Eles enviaram um e-mail falando que meu voo estava marcado para o dia 7. Depois eles entregaram passagens para o dia 8. Então não sei se eu vou amanhã ou depois de amanhã, mas o transtorno continua, porque a minha filha ainda está um pouco adoentada. Nossas roupas já estão ficando sujas, tem que procurar lavanderia, é mais um gasto", disse.

Um grupo de turistas de Fortaleza (CE) iriam embarcar de volta para a casa do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, foram remanejados para Viracopos e também tiveram o voo cancelado.

"Eles alteraram, mandaram a gente para cá, falaram que a gente ia embarcar hoje 13h e cancelaram de novo. Agora querem colocar a gente num voo com escala em Recife para chegar 23h. Faz 24h que a gente está querendo chegar", completou um dos passageiros.

As dispensas médicas da Azul, que é a líder em transportes de passageiros no Brasil nos últimos 12 meses, segundo dados da Agência Nacional de Transporte Aéreo (Anac), ocorrem diante da necessidade de isolamento de tripulantes com síndromes gripais como Covid-19, em meio ao avanço da variante ômicron, e do vírus H3N2 da Influenza. 

Veja abaixo a nota da companhia na íntegra: A Azul informa que por razões operacionais alguns de seus voos do mês de janeiro estão sendo reprogramados. A companhia registrou um aumento no número de dispensas médicas entre seus Tripulantes – casos esses que, em sua totalidade, apresentaram um quadro com sintomas leves - e tem acompanhado o crescimento do número de casos de gripe e covid-19 no Brasil e no mundo. É importante ressaltar que mais de 90% das operações da companhia estão funcionando normalmente e que os Clientes impactados estão sendo notificados das alterações, reacomodados em outros voos da própria companhia e recebendo toda a assistência necessária conforme prevê a resolução 400 da Anac.

Via g1 / EPTV

Ano-Novo causa onda de passageiros com Covid em aviões

Movimentação de passageiros no aeroporto de Guarulhos entre o Natal e o Ano-Novo
(Foto:  Danilo Verpa - 26.dez.21/Folhapress)
Na última segunda (3), as amigas Flávia e Bruna colocaram a máscara, "se entupiram" de álcool em gel e se seguraram para não tocar em nada durante as duas horas e meia de voo entre Salvador e São Paulo. O pão de queijo foi engolido por baixo da 3M num cantinho do aeroporto.

Um dia antes, o exame havia dado positivo, indicando a presença do do novo coronavírus, e a viagem que era para durar 13 dias foi encurtada para 9. A essa altura, as empreendedoras paulistanas de 26 anos, vacinadas com duas doses, já estavam com tosse, dor no corpo e 37°C de febre.

"Não sabíamos o que fazer. Conversa com mãe, médico, avó, pesquisa, volta, não volta, numa pousada minúscula, na 'noia' de infectar outras pessoas. Cada um falava uma coisa, foi um caos", diz Flávia —os nomes de todos os entrevistados foram trocados a pedido deles.

Elas não foram as únicas. O Réveillon causou uma onda de passageiros com sintomas e testes positivos para Covid-19 viajando de avião para fazer a quarentena em casa, sem dinheiro para estender a hospedagem ou com medo de ficar doente num local desconhecido ou sem estrutura.

O país passa por uma alta dos casos depois das festas de final de ano, impulsionada pela variante ômicron. Entre as companhias aéreas brasileiras, a Azul e a Gol confirmaram um aumento das contaminações entre funcionários (a Latam não respondeu), sendo que a primeira já cancelou voos por dispensa médica de tripulantes.

As empresas dizem que estão seguindo os protocolos para evitar a transmissão. A Azul destaca medidas de distanciamento no check-in, embarque e desembarque, a Gol ressalta que passageiros com Covid podem cancelar ou remarcar a viagem sem custos, e a Latam afirma oferecer a remarcação sem multa, mas com a diferença tarifária.

O país não exige exames nem comprovantes de vacinação para voos domésticos, apenas para internacionais. Quem vem de outro país deve fazer o teste antígeno até 24 horas antes de embarcar ou o PCR até 72 horas antes.

Especialistas apontam que o risco de se infectar em aeronaves é muito baixo se comparado a outros locais fechados, porque elas possuem um sistema que renova o ar a cada poucos minutos. O mais recomendado, porém, é que o viajante cumpra os dez dias de isolamento antes de voar.

No caso de Flávia e Bruna, o baixo risco e o desconforto de estar doente longe de casa pesaram na decisão de voltar para São Paulo. Incluindo elas, 5 dos 9 jovens que passaram o Ano-Novo juntos na praia de Moreré, na ilha de Boipeba (BA), testaram positivo durante ou depois da viagem.

Já para o designer Gabriel, 30, o bolso foi o fator determinante para manter a passagem do Rio de Janeiro para Florianópolis, onde mora. A leve dor de garganta que sentiu na ressaca do Réveillon evoluiu para fraqueza, tontura e febre na última segunda-feira, quando testou positivo.

"Meu namorado, que é médico e mora no Rio, falou que não era uma boa ideia voltar assim, até para ele poder cuidar de mim, mas a família dele está ficando no quarto dele e não tinha condições de pegar uma hospedagem. Estava R$ 500 a diária quando procurei", diz ele, com a voz ainda rouca.

Segundo o infectologista Eduardo Medeiros, professor da Unifesp, também é importante ponderar se a cidade onde o doente está tem estrutura em caso de agravamento da doença. "Se for uma capital, um local com recurso, permanece lá. Agora, se está indo para um local sem assistência nenhuma, é prudente voltar para casa", afirma.

O casal carioca Bianca e Rodrigo, de 32 anos, ainda não se decidiu. Os dois engenheiros estão há quatro dias isolados em um quarto de hotel na praia de Barra Grande, em Cajueiro da Praia (PI), cidade de 7.700 habitantes a 480 km da capital Teresina e onde não há nem testagem para Covid.

Ambos começaram a sentir os sintomas durante o Ano-Novo com 14 amigos no vilarejo de Atins, nos Lençóis Maranhenses. Todos voltaram no dia 2 para o Rio de Janeiro, onde seis deles tiveram o resultado positivo para Covid.

"Nossa passagem está marcada para sexta [7], mas não sabemos ainda o que fazer. Quando o pessoal deu positivo, até consideramos adiantar, porque aqui é longe de qualquer hospital. Nem dormi direito, fiquei nervosa, preocupada. Mas decidimos ficar", conta Bianca.

A dificuldade de saber o exato dia do início dos sintomas, com as consequências dos vários dias de festa e bebida no final de ano, também é um dos empecilhos relatados por jovens para tomar a decisão de viajar. "Tá uma mistura. Você vai tomando remédio para curtir a viagem e vai mascarando os sinais", diz ela.

A rotina do casal tem sido de incontáveis filmes, além de refeições entregues na porta e feitas na varanda do quarto. A camareira entrou uma vez para limpar, enquanto eles ficavam na área externa de máscara, mas eles optaram por não avisar o hotel por não terem a confirmação do teste.

É o segundo ano em que a Covid estraga o Réveillon de Bianca, mesmo tendo agora as três doses da vacina. A virada de 2021 teve que ser cancelada depois que ela se infectou no Natal. "É frustrante, porque planejamos tudo. É a primeira vez que viajamos juntos e não estamos curtindo", diz ela, com dor de cabeça.

Sem máscara e cigarro: a festa no avião que prendeu influencers no México

Imagens da festa no avião realizada por influenciadores e estrelas de reality-show com
destino à Cancún, no México (Imagem: Reprodução)
Sem máscaras, cigarro e muita bebida. Esses são alguns dos pontos que se destacam em uma série de vídeos postados por influenciadores canadenses em uma festa, realizada em um Boeing 737 da Sunwing Airlines, durante o Réveillon.

Após as imagens tomarem as redes sociais, agora as companhias aéreas estão se recusando a levá-los para casa em consequência das infrações cometidas, em consequência do coronavírus.

A história começou no dia 30 de dezembro, quando 100 passageiros, entre eles estrelas de reality shows e influenciadores, fizeram uma balada em um voo fretado de Montreal para Cancún. A ideia era comemorar o Ano Novo longe das regras mais rígidas do Canadá. Nas redes sociais, esses jovens compartilharam vídeos da viagem-balada dentro da aeronave, em que apareciam sem máscara, utilizando indevidamente o sistema de comunicação interno do avião e fumando cigarros eletrônicos — prática que é proibida.


De acordo com o site "Insider", após as publicações viralizarem, o organizador do evento, James William Awad, disse que a viagem de volta dos passageiros que estavam no avião foi cancelada pela Sunwing, a companhia aérea que os levou para Cancún. Outras companhias aéreas, como a Air Canada e a Air Transat, também se recusaram a levá-los de volta a Montreal, alegando problemas de segurança para suas tripulações e outros passageiros, noticiou a "CNN".


Além de estarem "presos" no México, os passageiros foram multados em US$ 5 mil, cerca de R$ 28 mil, em conversão direta, pela festa. 

A polêmica foi, inclusive, comentada pelo primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau: Nós levamos os incidentes neste voo muito a sério. Quando algumas pessoas seguem estritamente as regras e outras têm esse nível de comportamento, é extremamente frustrante".

Ainda de acordo com o "Insider", a companhia aérea Sunwing Airlines teria feito um acordo com os influenciadores e estrelas de reality show, em que aceitariam levá-los de volta para casa desde que todos fossem testados, usassem máscara, fossem proibidos de ficar em pé nos corredores e que não fosse oferecido serviço de bordo ou ofertas de bebidas e alimentos. A proposta foi recusada por James Award, fundador da empresa que promoveu a viagem, a 111 Private Club.

"Ao revisar a situação atual, entendo porque muitos cidadãos ficaram incomodados com o que ocorreu", disse ele ao site "TMZ". O caso segue em investigação e, como informou o ministro dos Transportes do Canadá, Omar Alghabra, se condenados, os viajantes podem pagar até 750 mil dólares canadenses, cerca de R$ 3,3 milhões, e seis meses na prisão. "Já quando coloca a vida de outros em risco e causa danos, o viajante está suscetível a três anos de prisão e/ou até 1 milhão de dólares canadenses em multa", complementou Omar Alghabra.

Via Nossa/UOL

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Mulher permanece 4h em banheiro de avião após teste positivo de Covid


Uma professora permaneceu durante quatro horas no banheiro de um avião depois de testar positivo para Covid-19, em um voo dos Estados Unidos até a Islândia. Ela descobriu através de um teste rápido feito no próprio banheiro da aeronave.

A mulher identificada como Marisa Fotieo, sentiu um incômodo na garganta ao sobrevoar o oceano e decidiu fazer alguns testes rápidos que teria levado na viagem.

Segundo a estação de notícias 13 On Your Side, a comissária de bordo do avião informou à professora que a aeronave não tinha assentos suficientes para que ela ficasse isolada com segurança, preocupada com a saúde dos outros passageiros, a professora decidiu permanecer no banheiro.

Marisa, ficou em Reykjavik, capital da Islândia - o pai e o irmão da professora também estavam no avião, mas testaram negativo após o pouso - ela permaneceu de quarentena durante 10 dias, enquanto sua família foi para a Suíça.

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Os cancelamentos generalizados de voos continuaram pelo quinto dia consecutivo em meio a um aumento nas infecções de COVID-19, elevando o total para cerca de 13.000 desde sexta-feira

Cerca de 13.000 voos foram cancelados desde a manhã de sexta-feira, de acordo com dados da FlightAware.


As companhias aéreas continuam cortando voos à medida que um número cada vez maior de funcionários é infectado pela variante do coronavírus Omicron e o mau tempo de inverno atrapalha partes dos Estados Unidos.

Na manhã de terça-feira, 2.182 voos com partida naquele dia foram cancelados, de acordo com dados do site de rastreamento de voos FlightAware. Dados do site sugerem que cerca de 13.000 voos foram cancelados desde a manhã de sexta-feira.

Dos cancelamentos de terça-feira, 675 - pouco menos de um terço - foram voos dentro, para ou fora dos EUA, de acordo com os dados da FlightAware no momento da escrita.

A United Airlines cancelou 115 voos, ou 5% do total de voos do dia, de acordo com os dados.

A Alaska Airlines cancelou 50 voos programados para terça-feira, ou 8% de seus voos, e a JetBlue cancelou 75 voos, ou 7% de sua programação.

A Delta cancelou 81 voos, ou 3%, e a Spirit cancelou 69 ou 8%.

A SkyWest, que é contratada para alguns voos regionais pelo Alasca, American, Delta e United, cancelou 139 voos na terça-feira, ou cerca de 6% de seus voos regulares.

A American Airlines e a SkyWest disseram anteriormente à Insider que haviam cancelado alguns voos devido ao aumento de casos de COVID-19 entre os funcionários. Um porta-voz da Delta disse que a variante do Omicron afetou os horários da companhia aérea.

Delta, Alaska e SkyWest disseram que as condições climáticas adversas em partes dos EUA, incluindo neve forte no estado de Washington no domingo, também foram responsáveis ​​por alguns cancelamentos. "Os cancelamentos relacionados à tripulação devido ao COVID não são mais um fator", disse um porta-voz do Alasca.


A maior parte dos voos cancelados de terça-feira foi operado por companhias aéreas chinesas, incluindo China Eastern, que cancelou 415 voos, e Air China, que cancelou 190 voos. A companhia aérea indonésia Lion Air também cancelou 124 voos. As três companhias aéreas não responderam aos pedidos de comentários do Insider.

As companhias aéreas cancelaram cerca de 3.300 voos aos domingos e segundas-feiras cada , com quase metade deles partindo ou chegando nos EUA, de acordo com dados da FlightAware. Entre as companhias aéreas dos EUA, a SkyWest e o Alasca tiveram o maior número de cancelamentos na segunda-feira , com a SkyWest cancelando 440 voos, ou cerca de 17% de sua programação, e o Alasca, 172 voos, ou 24% de sua programação.

As companhias aéreas também cancelaram pelo menos 4.200 voos na véspera e no dia de Natal .

Não são apenas as companhias aéreas que estão sendo afetadas pelo aumento dos casos de COVID-19. A Autoridade de Trânsito da cidade de Nova York disse no domingo que os metrôs seriam menos frequentes por causa do surto de COVID-19, que causou doenças aos funcionários.

Via Business Insider

domingo, 26 de dezembro de 2021

Ômicron dobra o risco de contaminação a bordo de aviões

Declaração foi dada pelo consultor médico da Associação Internacional de Transporte Aéreo , que representa quase 300 companhias aéreas em todo o mundo.


Os passageiros de aeronaves têm duas ou até três vezes mais probabilidade de pegar a Covid-19 durante um voo desde o surgimento da variante omicron, de acordo com o principal consultor médico das companhias aéreas do mundo.

A nova cepa é altamente transmissível e se tornou dominante em questão de semanas, respondendo por mais de 70% de todos os novos casos apenas nos Estados Unidos. Enquanto os filtros de ar de grau hospitalar em jatos modernos de passageiros tornam o risco de infecção muito menor em aviões do que em lugares lotados no solo, como shoppings, o omicron está se espalhando rapidamente, à medida que mais viajantes voam para o céu nas férias de fim de ano e em família reuniões.

A classe executiva pode ser mais segura do que cabines econômicas mais densamente lotadas, disse David Powell, médico e consultor médico da Associação Internacional de Transporte Aéreo , que representa quase 300 companhias aéreas em todo o mundo. Como antes, os passageiros devem evitar o contato cara a cara e as superfícies que são tocadas com frequência, e as pessoas sentadas perto umas das outras devem tentar não ser desmascaradas ao mesmo tempo durante as refeições, disse ele.

Powell, ex-diretor médico da Air New Zealand Ltd., falou com a Bloomberg News sobre voar durante a pandemia. Aqui está uma transcrição editada.

Quais são os riscos de infecção durante um voo?

Qualquer que fosse o risco com o delta, teríamos que assumir que o risco seria duas a três vezes maior com o omicron, assim como vimos em outros ambientes. Qualquer que seja esse risco baixo - não sabemos qual é - no avião, deve ser aumentado em uma quantidade semelhante.

O que os passageiros devem fazer para minimizar os riscos?

Evite superfícies de contato comum, higiene das mãos sempre que possível, máscaras, distanciamento, procedimentos de embarque controlado, tente evitar o contato cara a cara com outros clientes, tente evitar ser desmascarado durante o voo, para serviços de refeições e bebidas, exceto quando realmente necessário. O conselho é o mesmo, só que o risco relativo provavelmente aumentou, assim como o risco relativo de ir ao supermercado ou pegar um ônibus aumentou com o omicron.

E as máscaras na hora das refeições?

Para um voo de duas horas, é muito fácil dizer, 'apenas mantenha sua máscara o tempo todo.' Mas se for um voo de 10 horas, torna-se pouco razoável pedir às pessoas que não comam e bebam. O que a maioria das companhias aéreas tem feito é encorajar, mas não insistir, que os clientes tentem diminuir um pouco os períodos de retirada da máscara.

Em termos simples, duas pessoas mascaradas têm transmissão mínima de uma para a outra. Se um de vocês remover a máscara, essa pessoa corre um risco maior de transmitir e um risco ligeiramente maior de recebê-la. Mas se vocês dois removerem, obviamente, não haverá nenhuma barreira e você poderá transmitir livremente um ao outro.

Seria mais seguro não voar?

A maior proteção que você pode se dar é ser vacinado e receber reforço. A proteção que você dá a si mesmo de uma máscara extra ou de um tipo diferente de máscara, ou de não voar, francamente, é provavelmente menor do que o benefício que você obteria apenas por estar totalmente impulsionado. Começa a aparecer uma espécie de regra prática, segundo a qual, essencialmente, o omicron perde uma dose de benefício da vacina. Portanto, duas doses contra o omicron significam proteção semelhante a uma dose contra o delta. Isso não está estabelecido na ciência exata, mas parece correlacionar-se aproximadamente com o que está surgindo nos estudos.

É seguro para passageiros saudáveis ​​se uma caixa de omicron estiver no avião?

É um espaço fechado, mas é uma caixa com vazamento, e a pressurizamos colocando um grande fluxo de ar em uma das extremidades e, em seguida, tendo uma válvula de escape na outra extremidade. Então você está sentado em um ambiente com fluxo de ar muito alto. É um espaço fechado, mas que não grita 'risco' para mim. Um pub irlandês com um leque na esquina grita 'risco' para mim, ou um ginásio com um monte de gente gritando, resmungando e suando. Mas qualquer vôo que você faça envolve aeroportos, que são um pouco menos controlados. Portanto, existe risco aí. O que você pode fazer? Vacinação, teste, uso de máscara, distanciamento. As máscaras cirúrgicas são melhores do que as máscaras de pano? Sim provavelmente. Em média, talvez 10-20%.

A maioria dos casos documentados de propagação durante o voo ocorreu em março de 2020 - antes de fazermos os testes, antes de termos máscaras, antes de organizarmos os procedimentos de embarque, antes de haver um alto grau de consciência sobre não voar se você não estivesse bem .

Que tal deixar os assentos do meio nas fileiras vazias?

É incrivelmente atraente, intuitivamente. Isso dá uma distância física maior entre você e a próxima pessoa. Mas não vimos que isso realmente traga muitos benefícios. Mas se houver algum fluxo de ar cruzado do corredor para a janela, ou da janela para o corredor, e você remover a pessoa do assento do meio, estará ajudando a pessoa que estaria no assento do meio. Você provavelmente não ajudou muito a pessoa no assento ao lado, porque é provável que ela deslize sem a obstrução da primeira pessoa.

A tripulação de cabine deve usar roupas de proteção completas, como macacões e proteções faciais?

Provavelmente não. Não houve muita transmissão de passageiro para tripulação em toda a Covid. Houve alguns, mas são números muito, muito pequenos. Tende a ser passageiro para passageiro ou tripulação para tripulação. E, novamente, um número muito pequeno de tripulantes para passageiros. Vamos ser rigorosos quanto às medidas já implementadas e esperar até termos mais dados sobre o omicron.

Quais são os riscos de infecção no aeroporto?

Os requisitos para fluxos de ar a bordo são muito mais rigorosos do que para edifícios de aeroportos em geral. As proteções para a cabine da companhia aérea são: todos permanecem sentados, voltados para a mesma direção, existem essas barreiras físicas que estão no caminho, você tem um alto grau de fluxo de ar que é em geral do teto ao chão, deriva mínima ao longo do avião, um pouco mais de deriva no avião. Aproximadamente 50% do fluxo de ar é fresco de fora, 50% é recirculado, mas quando é recirculado, é filtrado por HEPA, portanto está limpo. A maioria deles não está presente na fase de aeroporto. Você tem muito mais movimento aleatório, muito mais potencial para contato face a face e fluxos de ar geralmente reduzidos. As taxas de ventilação do aeroporto são um décimo, talvez, do que estão no avião.

E as crianças no voo? Como as famílias devem gerenciá-los?

O risco de doenças graves para as próprias crianças pequenas ao viajar é baixo, simplesmente porque o risco de Covid grave é muito baixo para as crianças. É uma das perguntas não respondidas com omicron. O risco não é tanto para eles. O risco é que eles possam estar levemente infectados, sem saber, e potencialmente se espalhando durante a viagem. E isso é um risco. É difícil fazer com que eles mantenham uma máscara. Quanto menores forem, mais difícil será.

Por Luiz Fara Monteiro (R7) - Foto: EPA/EFE

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Passaporte da vacina: companhias aéreas passam a exigir comprovante


Nesta quarta-feira (15), o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, disse que a cobrança do passaporte da vacina deve ser feita antes de o viajante entrar no avião em destino ao Brasil. No entanto, o Governo Federal ainda não publicou a portaria com detalhamento das normas.

Mesmo assim, as companhias aéreas já exigem o comprovante de vacina durante o embarque dos passageiros vindo do exterior para o Brasil. Antes da decisão do STF, o controle vinha sendo feito de maneira aleatória na chegada ao país.

“O ministro Luís Roberto Barroso esclarece que o controle do comprovante de vacinação pode ser feito, como regra, pelas companhias aéreas no momento do embarque, como já é feito com o exame de PCR e a declaração à Anvisa”, afirma nota do STF.

De acordo com matéria do G1, passageiros que desembarcaram no Aeroporto Internacional de São Paulo e no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, relataram que precisaram apresentar o documento que atesta a imunização no país de origem.

Em comunicado, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) disse que “suas associadas já estão solicitando o certificado de vacinação no embarque para o Brasil e aguardam a publicação de nova portaria do governo para normatizar as regras de ingresso no país”.

O presidente Jair Bolsonaro, que ainda não se vacinou e defende que as pessoas não sejam obrigadas a se imunizarem, tem criticado o uso de algum tipo de passaporte de vacinação em diferentes situações. Para fiscalizar a obrigatoriedade do comprovante de vacinação, a Agência Nacional de Vigilância (Anvisa) informou que utiliza os dados da Declaração de Saúde do Viajante (DSV), para analisar os voos e viajantes de maior preocupação.

Porém, passageiros relatam que, quando as filas se tornam muito grandes, os funcionários permitem que alguns viajantes avancem sem a conferência completa dos documentos. O objetivo é agilizar o fluxo. Os aeroportos não permitem o acesso da imprensa às áreas de embarque e desembarque.

Especialistas alertam que há risco de reinfecção, sobretudo com o espalhamento da Ômicron. A Anvisa afirma que “aguarda a edição de portaria interministerial com maior detalhamento das regras para a entrada de viajantes no Brasil, a fim de realizar as adequações operacionais que se fizerem necessárias”.

Via IstoÉ

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

O Aeroporto de Colônia oferece a chance de ser vacinado no Airbus “Zero-G”, parado, é claro

O Aeroporto de Colônia tem oferecido a oportunidade de se vacinar em
um avião histórico (Foto: Aeroporto Colônia Bonn)
O Aeroporto Cologne Bonn está oferecendo aos indivíduos a chance de serem vacinados em Zero G (bem, quase). O aeroporto organizou uma campanha de vacinação em sua histórica aeronave Airbus A300 Zero G, que está em exibição estática em um de seus estacionamentos.

Em todo o mundo, vimos algumas ofertas de vacinação inovadoras para colocar as vacinas nas mãos. A Air New Zealand, por exemplo, estava dando aos neozelandeses a oportunidade de serem vacinados em um 787 Dreamliner em outubro, como parte de sua campanha Jabaseat. Agora, jabs com tema aeroespacial chegaram à Alemanha.

O Aeroporto de Colônia Bonn está oferecendo a chance de ser vacinado em uma parte da história da aviação. O aeroporto realizou uma primeira sessão de vacinação no início desta semana, com mais duas planejadas para o final deste mês, na sexta-feira, 17 de dezembro, e na terça-feira, 21 de dezembro.

Segundo o aeroporto, pelo menos 300 pessoas foram vacinadas a bordo da aeronave na segunda-feira. A primeira, a segunda e a terceira vacinações foram aplicadas pela equipe de vacinação da cidade de Colônia a bordo da aeronave, permitindo que os 'passageiros' vissem o interior do avião enquanto completava o processo de vacinação.

O avião que foi usado para a campanha de vacinação tem uma longa história. A aeronave foi o terceiro A300 construído pela Airbus e foi usada como teste para o primeiro programa de aeronaves do fabricante europeu. De acordo com dados obtidos no AeroTransport Data Bank (ATDB.aero), a aeronave voou pela primeira vez em 28 de junho de 1973, como F-WUAD, o que significa que a fuselagem já tem quase meio século.

As vacinações na aeronave estão ocorrendo em três datas (Foto: Aeroporto Colônia Bonn)
A Airbus manteve o jato até maio de 1996. Ele teria sido alugado com tripulação à Lufthansa entre 1973 e 1974, enquanto a Transavia pretendia levar a aeronave em 1975. Esta aquisição não foi aprovada. Depois do Airbus, o avião pousou nas mãos da Sabena Technics, onde assumiu o papel de Zero G como F-BUAD. Em seguida, foi transferido para a SA Novespace em janeiro de 2005.

De maio a junho de 2006, a aeronave foi alugada com tripulação pela DLR, uma agência de pesquisa alemã que recentemente pilotou um jato Falcon atrás de um Airbus A350 . Durante seu tempo com a pintura Zero G, o avião foi usado para projetos de pesquisa e treinamento de astronautas em ausência de peso. Em 2014, o jato foi aposentado e foi parar no aeroporto de Cologne Bonn, onde continua em exibição.

domingo, 5 de dezembro de 2021

IATA emite alerta sobre o impacto da Omicron na recuperação de companhias aéreas

A International Air Transport Association (IATA) está alertando que a resposta dos governos à emergente variante Omicron do coronavírus está ameaçando a recuperação das viagens internacionais. Em um comunicado divulgado em 2 de dezembro de 2021, a organização com sede em Genebra disse que notou uma melhora significativa nas viagens domésticas e internacionais.

No entanto, com o surgimento de uma nova cepa, possivelmente mais contagiosa, de COVID-19, o grupo teme que a proibição de viagens imposta pelo governo interrompa a recuperação das viagens aéreas. Apesar do conselho da Organização Mundial da Saúde (OMS) dizendo aos governos para não entrarem em pânico, vários estão impondo restrições que incluem dizer aos viajantes que eles devem fazer um teste de reação em cadeia da polimerase (PCR) COVID-19 e provar um resultado negativo antes de poder embarcar em um plano.

Os números eram menores, mas melhores do que 2020

Como as comparações entre 2020 e 2021 seriam muito distorcidas devido à pandemia COVID-19, a IATA comparou os números de outubro de 2021 aos do mesmo mês em 2019 antes da pandemia para mostrar como as viagens aéreas estavam se recuperando.
  • A demanda por viagens aéreas em outubro de 2021 medida em receita por passageiro-quilômetro (RPK) caiu pouco menos de 50% em comparação com outubro de 2019.
  • As viagens aéreas domésticas caíram 21,6% em comparação com outubro de 2019.
  • A demanda por voos internacionais caiu 65,5% em comparação com 2019.
Embora os números acima pareçam uma leitura sombria, eles são, na verdade, uma grande melhoria em relação aos números do ano anterior durante o auge da emergência médica.

Willie Walsh, Diretor Geral da IATA está alertando sobre as restrições (Foto: IATA)
Ao falar no comunicado sobre os números, o ex-chefe da British Airways e agora Diretor Geral da IATA Willie Walsh disse: “O desempenho do tráfego em outubro reforça que as pessoas viajarão quando puderem. Infelizmente, as respostas do governo ao surgimento da variante Omicron estão colocando em risco a conectividade global que demorou tanto para reconstruir. ”

Mercados internacionais de passageiros
  • Na Europa, as viagens internacionais em outubro caíram 50,6% em relação ao mesmo período de 2019.
  • Na região da Ásia-Pacífico , as companhias aéreas viram seus números de tráfego aéreo cair 92,8% em comparação com 2019.
  • No Oriente Médio, as companhias aéreas viram um declínio de 60,3% no tráfego aéreo em comparação com outubro de 2019.
  • Na América do Norte, as companhias aéreas experimentaram um declínio de 57% no número de passageiros em comparação com outubro de 2019.
  • Na América Latina, as operadoras viram uma queda de 55,1% no tráfego aéreo de outubro em comparação com o mesmo mês de 2019.
  • Na África, as viagens aéreas caíram 60,2% em relação a outubro de 2019.
Mercados domésticos de passageiros
  • A Índia viu um declínio de 27% no tráfego aéreo em outubro em comparação com outubro de 2019.
  • Na Rússia, a tendência de outubro foi bem melhor, com alta de 24% em relação ao mesmo período de 2019.
Ao falar sobre a situação atual e o levantamento da proibição de viagens nos Estados Unidos, Willie Walsh disse: “O levantamento das restrições dos EUA a viagens de cerca de 33 países no mês passado aumentou as esperanças de que um aumento na demanda reprimida de viagens aumentaria o tráfego durante o inverno do Hemisfério Norte.

“Mas o surgimento da variante Omicron deixou muitos governos em pânico, fazendo-os mais uma vez restringir ou remover totalmente a liberdade de viajar - embora a OMS tenha avisado claramente que 'a proibição geral de viagens não impedirá a propagação internacional e representa um fardo pesado para vidas e meios de subsistência.'

“A lógica da assessoria da OMS ficou evidente poucos dias após a identificação da Omicron na África do Sul, com presença já confirmada em todos os continentes. As proibições de viagens imprudentes são tão ineficazes quanto fechar a porta do celeiro depois que o cavalo fugiu.”

A IATA desenvolveu um passe de viagem COVID-19 para ajudar a tornar a viagem mais fácil (Foto:  IATA)
No mês passado, a IATA lançou um Blueprint (PDF) para ajudar os governos a reabrir com segurança suas fronteiras com tomadas de decisão baseadas em dados. Especificamente, a IATA exortou os governos a se concentrarem em três áreas principais:
  • Simplificando protocolos de saúde;
  • Soluções digitais para processar certificados de vacinas;
  • Medidas COVID-19 proporcionais aos níveis de risco dependentes das taxas de infecção em certos condados com um processo de revisão contínua.

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Covid-19: Casal que estava em voo com infectados pela variante Ômicron é preso após fugir de quarentena em Amsterdã


Conforme a agência AFP, o casal foi identificado com um espanhol de 30 anos e uma portuguesa de 28 anos, que estavam em isolamento em um hotel desde sexta-feira. A Holanda confirmou que identificou pelo menos 61 passageiros com resultado positivo para o coronavírus em dois voos que chegaram da África do Sul no fim de semana. No total, 13 casos estão ligados a nova variante.

Após a detenção, os passageiros foram levados para outro hotel, onde devem permanecer isolados. As autoridades ainda decidirão se eles serão acusados de "comprometer a segurança pública".

Ao todo, 600 pessoas estão em quarentena após pousarem em Amsterdã. Segundo as autoridades de saúde, novos testes têm sido realizados para identificar se há outros passageiros infectados.

Primeiro país europeu a voltar à quarentena parcial diante da quarta onda de Covid-19 na Europa, a Holanda acirrou ainda mais as restrições sanitárias na sexta-feira. O país antecipou novamente o horário de fechamento de bares, restaurantes e do comércio não essencial e se prepara para a possibilidade de novos protestos antivacinas e contra as restrições sanitárias.

Via Extra

sábado, 27 de novembro de 2021

"Omicron": 61 casos de Covid-19 foram detectados entre 600 passageiros em dois voos da KLM da África do Sul

Autoridades de saúde holandesas disseram que 61 pessoas que chegaram a Amsterdã em dois voos da África do Sul na sexta-feira tiveram resultado positivo para Covid-19.


Cerca de 600 passageiros chegaram ao Aeroporto Schiphol de Amsterdã nos dois voos da KLM na sexta-feira e enfrentaram horas de atrasos e testes devido a preocupações com a nova variante do vírus.

O Ministério da Saúde holandês estimou disse no sábado que 61 testes deram positivo.

“Os viajantes com um resultado de teste positivo serão colocados em isolamento em um hotel em ou perto de Schiphol”, disseram as autoridades de saúde em um comunicado. “Dos resultados de teste positivos, estamos pesquisando o mais rápido possível se eles são a nova variante de preocupação, agora chamada de 'Omicron'.”

O governo holandês proibiu todas as viagens aéreas do sul da África na manhã de sexta-feira. O ministro da Saúde, Hugo de Jonge, disse que os passageiros que já estão a caminho da Holanda terão que passar por testes e quarentena na chegada.

Passageiros dos dois voos da KLM, da Cidade do Cabo e de Joanesburgo, disseram que ficaram horas esperando na pista.

Um porta-voz das autoridades de saúde em Kennemerland, a região holandesa que supervisiona o Schiphol, disse que os casos positivos estavam sendo analisados ​​por um hospital médico acadêmico holandês para determinar se eles são a nova cepa.