sábado, 19 de junho de 2010

Exercício policial simula bomba no Aeroporto Campo Grande (MS)

Policiais militares da Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe) realizaram treinamento no Aeroporto Internacional de Campo Grande. O objetivo era simular a ocorrência de atentado a bomba no estabelecimento.

Todas as atividades foram promovidas a pedido da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). A simulação teve presença de animais da Ronda Ostensiva com Cães Adestrados (Roca) e agentes da Ronda Tática da Capital (Rotac) e Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate).

Conforme o exercício, uma ligação anônima dava conta de que um artefato explosivo estava escondido no estabelecimento. Assim que acionadas, as equipes partiram para a ação.

O prédio foi evacuado e isolado. Sendo assim, a equipe da Roca com cães farejadores, treinados para localizar bombas, foram ao local. Após varredura, os cachorros indicaram o artefato, que estava escondido dentro de uma maleta.

A equipe do Gate, especialista em ações com explosivos, entrou em ação e, após retirar o material para um local seguro, o destruiu.

Também participaram do treinamento delegados da Polícia Federal, e representantes da Infraero. A simulação permite que ações preventivas sejam treinadas para trabalhos de forma segura.

Fonte: Marcelo Eduardo (www.capitalnews.com.br) - Foto: Divulgação/Cigcoe

Avião colide com moto-táxi em aeródromo ao norte do Peru

"Eu não vi a moto, eu senti um forte impacto que me desalinhou do centro da pista, mas graças a Deus eu fui capaz de controlar o avião e aterrissar", disse Gustavo Sanchez, o piloto da aeronave.

Poderia ser uma tragédia. Três estudantes ficaram feridas quando um avião de pequeno porte colidiu às 16:45 (hora local) desta sexta-feira (18) contra um moto-táxi (de três rodas) no aeroporto de San Lorenzo, na província Datem del Marañón, na Região de Loreto (em destaque no mapa), na zona norte do Peru.

Segundo a Coordenadora Nacional de Rádio (CNR), o acidente ocorreu quando o avião da empresa Servicios Aéreos Ruiz (SARU), prefixo OB-571, estava prestes a aterrissar e colidiu com uma moto-táxi que atravessou a pista do aeródromo.

Não sentiu o impacto

Gustavo Segundo Sánchez Bardales, o piloto da aeronave, disse à Rádio La Voz de la Selva, que o trem de pouso traseiro esquerdo do avião foi o que impactou contra a moto de placa 82634, conduzido por Melvin Navarro Cahuaza, de 17 anos.

"Eu não vi a moto, eu senti um forte impacto que desalinhou o avião do centro da pista, mas graças a Deus eu fui capaz de controlá-lo e aterrissar", disse Sanchez.

Os feridos

As vítimas foram identificadas como Valeria Chanchari, Daysi Urbina Flores e Julisa Albán Shapiama, esta última a mais afetada, sufrendo um traumatismo de base de crânio, com ferida de dez centímetros lineares. As três meninas tem 13 anos e são alunas do Colégio 'Nazareno'.

O avião fazia a rota Yurimaguas-San Lorenzo e tinha como passageiros, Luís Arce Rojas, José Martínez Carranza e Piger Gallardo Ramos, que saíram ilesos.

Fontes: elcomercio.pe / roriente.org - Mapa: Wikipédia - Blog Notícias sobre Aviação

Sargento da FAP agride repórter que cobria acidente em Chiclayo, no Peru

A correspondente da Radio Programas del Peru, RPP, em Chiclayo, Ana María Yesquén, alegou que foi atacada por um sargento da Força Aérea Peruana.

Segundo o seu testemunho, "fui puxada pelos cabelos e levei um tapa de um militar da FAP, no momento em que colhia informações sobre o acidente com o avião da Força Aérea do Peru, ocorrido na noite passada em Chiclayo".

Yesquén observou que, após ser agredida covardemente, o suboficial da FAP ordenou que a retirassem do local onde ocorreu o acidente.

Ao saber da denúncia, o ministro da Defesa, Rafael Rey Rey, disse que ordenará uma investigação sobre essa agressão contra a jornalista.

No entanto, evitou pronunciar-se sobre o ocorrido dizendo que até aquele momento desconhecia as circunstâncias em que ocorreu o incidente.

Fonte: cronicaviva.com.pe

Avião da Força Aérea Peruana cai; não há vítimas fatais

Aeronave com quatro tripulantes caiu a 780 quilômetros ao norte da capital Lima

Um avião da Força Aérea do Peru (FAP) caiu na sexta-feira, 18, na cidade de Chiclayo, a cerca de 780 quilômetros ao norte de Lima, sem que se tenham reportado vítimas fatais, informa uma nota oficial.

O jato Dassault Falcon 20 (200), se acidentou por volta das 19h30 (hora local, 21h30 de Brasília), logo após ter decolado da pista do Grupo Aéreo número seis da FAP, ficando os restos entre uma região situada a 500 metros da Base Aérea.

Essa aeronave já foi utilizada pela presidência do Peru.

Há uma divergência nas informações sobre o número de ocupantes. Segundo fontes oficiais, haviam quatro militares a bordo: o comandante Nelson Soberón Salas, o copiloto Major Henry Infantes Cueva e os técnicos Luis de la Cruz Herminio e Jacinto Inga Calampa. Fontes da imprensa peruana, como o site peru21.pe, dão conta que haviam mais cinco civis a bordo: Carlos Enrique Quinde, Jaime Torres Vidal, Alejandro Ferreyra Sevilla e uma pessoa chamada Inga Calampa e sua acompanhante Irene Toro Rodríguez. Alguns jornais informam um total de oito ocupantes.

O comunicado oficial, emitido pela FAP, indica que os tripulantes saíram ilesos, no entanto, fontes policiais assinalaram que houve feridos, embora de forma leve.

Estas mesmas fontes informaram que os feridos foram levados para a base militar, onde há um centro médico da FAP.







Fontes: EFE via Estadão / larepublica.pe / elcomercio.pe / peru21.pe

Equador reduz encomenda de Super Tucanos

Serão seis jatos militares da Embraer a menos, em um pedido de 24; corte chega a US$ 57 milhões

O governo do Equador decidiu reduzir em seis unidades a encomenda de 24 aviões Super Tucano, da Embraer. O contrato, estimado em US$ 270 milhões, está sendo cumprido desde março de 2009. O corte é avaliado em US$ 57 milhões.

O presidente Rafael Correa anunciou a compra em maio de 2008, como resposta ao bombardeio, pela aviação da Colômbia, contra um acampamento do comando das Farc montado na fronteira equatoriana. Super Tucanos armados com bombas inteligentes foram usados na ação.

O avião brasileiro de ataque leve é utilizado pelas forças de cinco nações - Brasil, Colômbia, Chile, República Dominicana e Equador. Um dos 170 aviões já vendidos é operado pela empresa Blackwater, prestadora de serviços militares terceirizados. Com sistemas eletrônicos de última geração e capacidade para levar até 1,5 tonelada de mísseis, bombas e foguetes - além de duas metralhadora .50 -, o turboélice é empregado pesadamente pela Força Aérea Brasileira, a FAB, que dispõe de 95 aviões. Com uma carteira acumulada próxima de US$ 1,5 bilhão, é o produto militar de maior sucesso da Embraer.

Segundo o general Leonardo Barreiro, comandante da força aérea do Equador, a decisão foi tomada há um mês. "Antes da oficialização, tentamos vários tipos de manobras financeiras, infelizmente frustradas", disse. A situação da aviação de combate chefiada por Barreiro é crítica. Sua frota, formada por 12 caças Kfir, israelenses, e 13 Mirage F-1, franceses, não tem condições de uso efetivo.

Doação de Chávez. No final de 2009, a Venezuela, de Hugo Chávez, doou ao Equador seis supersônicos Mirage 50, todos com mais de 25 anos de uso. Foram entregues revisados, sem programas de revitalização. A Força Aérea do Equador vai usar o dinheiro disponível com a redução na negociação com a Embraer para atualizar a tecnologia das aeronaves cedidas pela Venezuela - o que é considerado pouco provável, considerados o alto custo e o resultado pouco expressivo obtido por países como o Paquistão, que se empenharam em empreendimentos semelhantes com o mesmo tipo de avião.

Um assessor técnico do Ministério da Defesa disse que o governo do Equador está considerando a possibilidade de comprar até 12 supersônicos Cheetah, da África do Sul, usados e revitalizados. Trata-se de uma versão avançada criada em 1986 pela companhia Denel Aviation, então conhecida como Atlas, do modelo francês Mirage III. A Espanha entrou na disputa pela escolha com um lote de Mirage F-1, mais modernos, que chegariam com sistemas digitais de navegação e combate.

O mercado regional de equipamentos militares está em alta, e o segmento da aviação é um destaque. Dados de organizações que monitoram os gastos bélicos dos países indicam que a América do Sul é uma região cada vez mais armada. Segundo o Centro de Estudos Nueva Mayoría, em 2008 os países da região gastaram US$ 51,1 bilhões em defesa, 30% a mais do que em 2007. A Rede de Segurança e Defesa da América Latina estima que foram US$ 48 bilhões.

Mas o volume dos gastos pode ser superior. A Venezuela, por exemplo, contabiliza a Defesa em um orçamento secreto.

Fonte: Roberto Godoy (O Estado de S.Paulo) - Imagem: Divulgação/Embraer

Voe comigo

Há alguns anos, a única forma de acumular milhas para viajar de avião era viajar de avião. Hoje, há mil e uma maneiras diferentes de obter a mesma vantagem. Pode-se encher o tanque do carro num posto de gasolina, pagar uma conta na padaria ou na floricultura ou, ainda, o serviço da manicure com o cartão de crédito. Pode-se, até mesmo, viajar de avião.

Os programas de milhagem começaram como uma forma de fidelização dos clientes pelas companhias aéreas. Hoje são mais do que isso. São um produto que pode ser usado por uma enorme rede de parceiros (bancos, varejistas, restaurantes, hotéis, etc.) para que eles próprios não percam a clientela para o concorrente, graças a essa isca aí chamada crédito de milhagem.

Castellini - Milhas: valor emocional

O consultor de aviação da Bain & Company, André Castellini, observa que esse tipo de parceria se tornou viável porque a possibilidade de viajar de graça ainda tem um valor emocional muito maior do que oferecer outros brindes. “A companhia área funciona mais ou menos como uma loja âncora em um shopping center: tem forte poder de atração e ajuda a produzir movimento para outras lojas.”

Um dia viajar de graça poderá deixar de ter o apelo que tem hoje. Mas esse dia parece distante e, enquanto isso, os programas de milhagem continuarão sendo muito mais do que uma simples oferta extra oferecida ao passageiro. São, mais que tudo, enormes fontes de receita e de lucro para as companhias aéreas.

O Programa Fidelidade da TAM é exemplo disso. Em junho de 2009 foi criada uma unidade de negócios dentro da própria empresa somente para administrá-lo. Em outubro passado tornou-se uma empresa independente chamada Multiplus Fidelidade, que abriu capital na Bolsa em fevereiro deste ano. Com poucos meses de vida, a Multiplus teve um lucro líquido de R$ 7,5 milhões apenas no primeiro trimestre deste ano, contabiliza 6,9 milhões de participantes e já ultrapassou o até então líder do setor, o Smiles, da concorrente Gol, que soma 6,8 milhões.

O Smiles também pretende crescer, mas não deve, pelo menos por enquanto, separar-se da Gol. Murilo Barbosa, diretor de marketing da companhia, avisa que o momento é de consolidação e recuperação do programa herdado da Varig e também de buscar um foco: “Queremos atrair os executivos, os chamados frequent flyers, ou seja, aquele público que voa com frequência.”

Falta saber até que ponto essa briga vai trazer algum benefício para o usuário, que nem sempre consegue agilidade nas trocas de crédito de milhagem por passagens aéreas. A resposta quem dá é o analista do setor de aviação do Credit Suisse, Luiz Otavio Campos. A expansão dos programas vai facilitar a acumulação de pontos e, consequentemente, a troca deles por passagens ou outros produtos.

Mas ele diz que as esperadas promoções dependem mais de como o mercado está. “As companhias só fazem promoção quando os aviões estão vazios e não é o que está acontecendo agora”, explica. Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostram que, em relação ao mesmo período de 2009, a demanda por voos domésticos cresceu quase 30% de janeiro a maio deste ano.

Fonte: Celso Ming (O Estado de S.Paulo com Isadora Peron) - Foto: Heitor Hui/AE

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Foto do Dia

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O Edgley EA-7 Optica Srs 301, prefixo G-BOPO, em Northampton, na Inglaterra, em 6 de setembro de 2009. O primeiro voo do 'Optica' aconteceu em 1979. Essa estranha aeronave tem excelentes características para voos em baixa velocidade e excelente visibilidade panorâmica, tornando-se uma alternativa mais barata aos helicópteros para as operações de vigilância, como as realizadas pela polícia.


Foto: Mick Bajcar
(Airliners.net)

Estação Espacial recebe pela 1ª vez duas mulheres

Soyuz com três astronautas a bordo conectou-se à ISS

A cápsula Soyuz aproxima-se do corpo principal da ISS

Com três astronautas a bordo, a nave russa Soyuz foi acoplada ontem à Estação Espacial Internacional, que pela primeira vez terá duas mulheres como moradoras. Depois de dois dias da decolagem do Casaquistão, a nave se acoplou à estação quando as duas estruturas estavam a cerca de 350 quilômetros sobre o Oceano Atlântico, acima da Argentina.

Shannon Walker (foto ao lado), física de Houston, se juntou a Tracy Caldwell Dyson (foto abaixo), química nascida na Califórnia que está na estação espacial desde abril. Quatro homens também estão a bordo: três russos e um norte-americano. Cada um vai permanecer no local por seis meses e depois voltar com a Soyuz.

A Nasa tem usado foguetes russos para levar astronautas para a estação espacial para missões prolongadas. Assim que os ônibus espaciais dos Estados Unidos forem aposentados, o que deve acontecer no final deste ano ou no início de 2011, os veículos da Rússia serão os únicos disponíveis. Empresas privadas como a Space Exploration Technologies, que lançou com sucesso, de Cabo Canaveral, um foguete de teste para a órbita terrestre duas semanas atrás, esperam explorar o setor.

Pioneirismo

Na quarta-feira foi comemorado o 47º aniversário de lançamento da primeira mulher ao espaço, a cosmonauta soviética Valentina Tereshkova. Hoje também marca o 27º aniversário da viagem ao espaço da primeira norte-americana: Sally Ride. Quatro mulheres estiveram em abril na estação espacial, mas apenas por uma semana e meia.

Fonte: AP/Agência Estado - Fotos: NASA - Atualizado às 19:33 hs. de 19.06.10 com foto da Soyuz

Europa autoriza Cathay Pacific a adquirir parte da unidade de carga da Air China

Os reguladores europeus deram hoje “luz verde” à Cathay Pacific, a maior companhia aérea de Hong Kong, para a compra de uma percentagem na unidade de carga da Air China, salientando que o negócio não será prejudicial à concorrência na Europa.

A Cathay Pacific tinha anunciado em fevereiro que iria formar uma joint venture com a Air China para se dedicar à exploração do lucrativo mercado de carga nos dois maiores pólos de produção da China.

A Comissão Europeia concluiu que o mercado combinado da Air China e da Cathay Pacific em termos de rotas entre a Ásia e a Europa era “limitado”.

A comissão que avaliou as questões de concorrência acrescentou também que a “competição neste mercado irá permanecer forte depois da transição, nomeadamente devido à presença de várias companhias internacionais ativas nas mesmas rotas”.

No âmbito do acordo, a Cathay Pacific irá adquirir 49 por cento das ações da Air China Cargo, a plataforma para a joint venture, por cerca de 1700 milhões de yuan (201,2 milhões de euros).

A Air China Cargo é atualmente apenas detida pela Air China, uma das maiores companhias aéreas da República Popular e o segundo maior acionista da Cathay Pacific.

A Air China Cargo vai iniciar operações como joint venture durante o verão e terá Pequim e Xangai como as suas principais bases.

Fonte: Agência Lusa

Empresa recebe helicóptero de US$ 27 milhões para exploração do pré-sal

A empresa de aviação executiva Líder Aviação recebeu dois helicópteros modelo Sikorsky S-92 (foto acima) para operar com a Petrobras nas plataformas que exploram a camada pré-sal. A aeronave possui cerca de 20 metros de comprimento e capacidade para transportar até 21 pessoas. Segundo a empresa, cada helicóptero custou US$ 27 milhões.

A Petrobras contrata os helicópteros da Líder para levar funcionários a plataformas em alto mar. Segundo a Líder, para a exploração do petróleo no pré-sal, a Petrobras pediu que as aeronaves tivessem alcance de até 220 milhas náuticas (396 km).

As operações dos novos helicópteros serão centralizadas no aeroporto de Jacarepaguá, com início previsto para o mês que vem.

Fonte: O Dia Online - Foto: Divulgação

Sem expansão de aeroportos, há risco de aumento de tarifas, diz Anac

O superintendente de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Juliano Alcântara Noman, afirmou hoje que, se a expansão da infraestrutura dos aeroportos brasileiros não acompanhar a estimativa de aumento do tráfego, haverá forte pressão por aumento nos preços das passagens.

"O crescimento do tráfego é tão grande e vertiginoso que não esperamos para este ano algo menor que 20%", disse Noman. Ele lembrou que o aumento do mercado no ano passado já havia sido significativo, ao atingir 17%.

No mês passado, o setor registrou o crescimento do mercado de voos domésticos de 20,02%, ante o mesmo mês de 2009. Até agora, o destaque está com o mês de fevereiro que atingiu o marca de 42,89%, comparado mesmo período do ano passado.

"A questão que está em jogo é o crescimento do tráfego versus a expansão da infraestrutrura dos aeroportos. Além de aeroportos cheios, temos como grande efeito o aumento da tarifas em decorrência de uma simples regra de mercado, regida pela oferta e demanda", disse o superintendente.

Fonte: Rafael Bitencourt (Valor Online) via O Globo

Anac quer definir modelagem para aeroporto de RN ainda este ano

O superintendente de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Juliano Alcântara Noman, disse hoje que é possível garantir ainda este ano a definição das regras de concessão do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte. O superintendente da agência ressaltou que a necessidade de análise do edital pelo Tribunal de Contas da União (TCU) impede a agência de fazer uma previsão sobre a sua publicação.

Antes de aprovar o edital, a Anac terá que submeter a minuta ao processo de consulta pública para colher contribuições do setor. As possíveis críticas e sugestões deverão ser analisadas pela áreas técnicas antes de retornar para a deliberação da diretoria do órgão. O formato final do edital dependerá da apreciação do TCU, responsável pela fiscalização das contas públicas.

O decreto que prevê a concessão do aeroporto de São Gonçalo do Amarante foi assinado na última semana pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O estado será o único a contar com aeroporto concedido à iniciativa privada este ano, os demais deverão aguardar a definição do modelo de concessão somente em um próximo governo.

"Com as diretrizes estabelecidas no decreto, há tempo hábil para fecharmos o modelo [da licitação] . Em tese, o edital pode ser lançado até o fim do ano, mas não depende só de nós", afirmou Noman.

O superintendente da Anac não quis comentar o rumor de que o governo pretende construir um novo aeroporto em São Paulo por meio da iniciativa privada. "Como não teve decreto, consideramos que não passa de especulação", disse Noman, ao comparar ao processo licitatório do aeroporto potiguar .

Fonte: Rafael Bitencourt (Valor Online) via O Globo

Município de Venâncio Aires (RS) propõe construção de aeroporto regional

Prefeitura estuda a destinação de uma nova área para a construção do futuro empreendimento

O debate para construção de um aeroporto regional em Venâncio Aires (em destaque no mapa acima) começou ontem durante reunião com a participação do diretor do Departamento Aeroportuário do Estado, Fernando Coronel, representantes do aeroclube local e de técnicos da administração municipal e o prefeito Airton Artus. Após constatar as dificuldades de operação e a incapacidade de expansão do atual aeródromo, Artus propôs parceria com o Estado, através do Programa de Modernização e Integração de Aeroportos Regionais do Rio Grande do Sul (Proar), para construção de um novo aeroporto na Capital do Chimarrão. Com pré-projeto definido, o município estuda a destinação de uma nova área para o empreendimento.

Com indicação do governo do Estado, a Prefeitura poderá buscar linhas de crédito e financiamentos do governo federal para concretizar o projeto. Fernando Coronel lembra que a Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil abrirão grandes oportunidades para a modernização de aeroportos e aeródromos em todo o território nacional. “No Rio Grande do Sul, o governo gaúcho já fechou parceria com a empresa norte-americana T.Y. Lin/H. Ross para projetos de melhoramento em 27 aeroportos e construção de 10 novos. Os estudos iniciam em julho e poderemos incluir Venâncio Aires nessa avaliação de viabilidade”, revela.

O prefeito Airton Artus lembra que a construção e manutenção de um aeroporto no município é uma preocupação política sua de muitos anos. Apesar de alertar para o avanço habitacional próximo à atual área do aeródromo, nada foi feito e o problema atualmente é irreversível. “O Estado já foi parceiro quando da transferência daquela área ao município. No entanto, aquele terreno servirá para um novo loteamento habitacional e a criação de um minidistrito industrial. Teremos que buscar uma nova área para comportar um projeto de aeroporto que leve em conta o crescimento da aviação comercial e executiva”, esclarece o prefeito.

Alternativa

O projeto apresentado pela administração municipal para construção do novo aeroporto tem como base o trabalho de conclusão do estudante de Arquitetura e Urbanismo, Anderson Schiefferdecker. Conforme o secretário municipal da Administração, Leandro Pitsch, a maquete contempla ampla área para pousos e decolagens e um prédio para abrigar a administração do aeroporto, salas comerciais e áreas de embarque e desembarque. Pitsch destaca que, em parceria com o aeroclube local, várias áreas já foram sobrevoadas para abrigar o audacioso complexo.

O vice-prefeito e secretário municipal do Planejamento, Giovane Wickert, lembra que o projeto prevê um aeroporto regional, pois esse poderá servir como alternativa para os aeroportos de grandes centros, que sofrem com o tráfego aéreo e a falta de capacidade de expansão. “Como sexto município exportador do Estado, Venâncio Aires já teria mercado para abrigar voos executivos de toda a região. Além disso, a apenas 120 quilômetros de Porto Alegre, o aeroporto local seria alternativa para outros voos comerciais e turísticos”, completa Wickert. O vice-prefeito destaca que a proposta de um aeroporto regional em Venâncio Aires não compete com propostas de outros municípios que também almejam o empreendimento.

Fonte: Otto Tesche (Gazeta do Sul) - Mapa: Wikipédia - Imagens: Divulgação

Aeroporto de Confins (MG) terá novos voos a partir de agosto

A secretária de Estado de Turismo, Érica Drumond, recebeu na tarde desta quinta-feira, no gabinete da Setur, o gerente de Vendas em Minas Gerais da TAM Linhas Aéreas, Terci Rodrigues. Na ocasião, os executivos falaram sobre o plano de expansão da empresa e as novas rotas a serem implantadas a partir do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, ligando Minas Gerais a importantes mercados emissores do turismo nacional e internacional.

Terci Rodrigues explicou que a empresa realizou recentemente parcerias com operadoras de viagens, o que viabilizará descontos na ligação de Belo Horizonte a outros destinos nacionais, como Recife, Vitória e Rio de Janeiro.

Para a secretária, as notícias são animadoras, uma vez que "o plano de expansão da companhia permite o fortalecimento das ações da Setur, que tem trabalhado para incentivar a implantação de roteiros integrados de Minas Gerais com outros estados brasileiros, como Espírito Santo, Pernambuco e Rio de Janeiro. Precisamos facilitar o acesso a Minas Gerais e formatar roteiros conjugados com outros mercados nacionais e internacionais", afirmou Drumond.

BH/São Paulo

Durante o encontro, o gerente da TAM falou sobre os novos voos da empresa. "Estamos lançando um voo partindo do Aeroporto Internacional Tancredo Neves com destino ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A novidade faz parte de uma reestruturação da malha aérea que pertenceu à Pantanal Linhas Aéreas, companhia adquirida pela TAM recentemente", explicou Terci Rodrigues.

De acordo com o gerente, a rota está em fase de aprovação da ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil –, e sairá de Belo Horizonte às 11h57 (diariamente, exceto aos domingos) e às 21h40 (diariamente, exceto aos sábados). A aeronave utilizada pela companhia será um Airbus 320, com capacidade para 174 passageiros. A operação do voo tem previsão de início na segunda quinzena de agosto.

Novo voo internacional

Outro voo que será operado a partir do Aeroporto Internacional Tancredo Neves vai ligar Minas Gerais a Londres. A nova rota também está em fase de aprovação da ANAC. Todos os trâmites para a internacionalização dos passageiros serão realizados em Confins.

Inicialmente, os voos extra serão operados três vezes na semana, com conexão no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro. A aeronave que será utilizada pela empresa no trecho que liga a capital mineira à carioca é um Airbus 320, com capacidade para 156 passageiros. De acordo com a companhia aérea, os voos serão operados a partir do dia 10 de agosto.

Fonte: Agência Minas via Portal UAI - Foto: aeroportodeconfins.files.wordpress.com

Portugal: Aeroporto de Beja recebe aviões dentro de um mês

O aeroporto alentejano só receberá a certificação do INAC no início do próximo ano, apurou o Expresso, mas as aeronaves poderão estacionar já nas próximas semanas.

O Aeroporto Internacional de Beja, que se previa estar operacional em setembro deste ano, deverá receber a certificação do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) para a realização de voos civis sem tráfego, ou seja, sem passageiros e carga, nas próximas semanas.

Ou seja, segundo apurou o Expresso, num espaço de um mês, as companhias aéreas já poderão estacionar as suas aeronaves nos 10 lugares que o aeroporto alentejano deverá ter previstos para esse efeito: quatro posições para aviões grandes (wide-body) no aeroporto e seis na base aérea.

Esta decisão significa mais uma alternativa de estacionamento para as empresas que têm aviões parados no Aeroporto de Lisboa. Desde Julho do ano passado que a ANA - Aeroportos de Portugal passou a cobrar uma sobretaxa pelas paragens prolongadas (acima das 18 horas), o que tem levado à transferência de algumas aeronaves para outros aeroportos nacionais e internacionais.

Euroatlantic, White, Hifly e Luzair podem ser clientes

A maioria das empresas de voos não regulares tem optado por parar os seus aviões noutros aeroportos nacionais, como Porto e Faro. A Euroatlantic, por exemplo, companhia aérea cuja dívida à ANA relativa à taxa extra ascende a €2,4 milhões, deslocou oito das suas aeronaves para o aeroporto de Faro, e um cargueiro para Châteauroux, em França.

Também a White, com sete aeronaves Airbus, teve de transferir um avião executivo para o aeroporto do Porto por falta de espaço em Lisboa, manter um no aeroporto de Hamburgo, Alemanha, e ir estacionando outro em vários aeroportos, consoante os destinos de voo. A Hifly terá deslocado algumas aeronaves para o aeroporto Francisco Sá Carneiro e para os arredores de Paris, e a Luzair também optou por estacionar o Boeing 767-300ER com que opera no Porto.

Apesar da menor capacidade de resposta e dos custos acrescidos com a deslocação das tripulações para outros aeroportos, esta certificação do INAC é mais uma solução que as companhias passam a ter para responder à falta de espaço no aeroporto da capital.

Fonte: Margarida Fiúza (www.expresso.pt) - Imagem: Beja Hoje

TAM diz que aeronave com logotipo da Oi não voará

Em nota de esclarecimento, companhia aérea diz que avião foi estampado com logotipo da operadora apenas para uma campanha

Em nota de esclarecimento divulgada nesta sexta-feira, a assessoria de imprensa da TAM afirma que o avião estampado com o logotipo da Oi não transportará passageiros em voos comerciais. De acordo com a nota, a imagem refere-se a uma campanha publicitária da operadora.

O comunicado fiz: "A TAM esclarece que a aeronave foi caracterizada apenas para a criação de uma campanha da Oi e que não possui acordo com a operadora de telefonia móvel para divulgar a marca nos aviões da companhia."

Fonte: Cris Simon (Exame.com) - Imagem: Divulgação

Novo aeroporto de São Paulo pode ter apenas jatinhos

O relatório final do novo Código Brasileiro de Aeronáutica, com votação marcada na Câmara dos Deputados para semana que vem, deixou de fora uma das principais reivindicações do Planalto: a proibição de voos particulares nos principais aeroportos do país.

Na visão do governo, o mecanismo abriria espaço para mais voos regulares, expulsando aviões privados e táxis aéreos dos grandes aeroportos. Mais do que isso, o dispositivo seria um meio de viabilizar comercialmente o projeto de um terceiro aeroporto em São Paulo, bancado pela iniciativa privada e voltado totalmente, ou na maior parte, a aviões particulares.

Representantes do setor de aviação afirmam que a medida é o ponto central da estratégia governamental para delegar à iniciativa privada a construção e operação do novo aeroporto paulista. Ao invés de construir um terminal de grande porte voltado a voos comerciais, nos planos do governo o terceiro terminal atenderia à frota privada, liberando espaço nos terminais públicos já existentes.

O país tem 350 jatinhos, número 50% maior do que a frota de TAM e Gol somadas. No raciocínio do governo, ambos ocupam o mesmo intervalo nos aeroportos para decolar ou pousar, o que se aplicaria aos quase dois mil aviões bimotores e 720 turbo-hélices registrados no Brasil.

Presidente da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), Ricardo Nogueira diz que a proibição de aviões particulares e taxis aéreos nos grandes aeroportos veio à tona há cerca de dois meses, quando o Planalto mandou para o Congresso Nacional o projeto do novo Código Brasileiro de Aviação. Apesar de ter ficado de fora do relatório final do deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), a proposta deve voltar a ser defendida no plenário.

A decisão foi endossada por um estudo encomendado pelo BNDES à consultoria McKinsey, divulgado no início da semana. Contrariando a posição da maioria dos representantes do setor aéreo, o estudo afirma que a construção de um novo complexo para aviação comercial não é uma opção atrativa em São Paulo. Segundo o trabalho, um novo terminal dividiria a demanda e inviabilizaria economicamente o formato de hub - ou seja, a conexão de rotas - dos aeroportos de Congonhas e Cumbica. Mas, aponta o estudo, um novo aeroporto poderia ser destinado à aviação geral, acomodando voos particulares e táxis aéreos.

O projeto de um terminal para aviação privada destoa frontalmente do conhecido projeto elaborado por construtoras - Camargo Corrêa à frente - para um terceiro aeroporto paulista. O projeto das empreiteiras é conhecido no setor aéreo desde meados de 2007, quando o presidente Luís Inácio Lula da Silva anunciou planos de construir o terceiro aeroporto, logo após o acidente com o avião da TAM em Congonhas, em 17 de julho daquele ano. O projeto, diziam representantes do setor aéreo, era para um terminal para aviação comercial de grande porte, com capacidade de 22 milhões de passageiros - mais do que o transportado em Cumbica no ano passado.

Com três candidatos a receber o empreendimento, o terreno ideal para o novo aeroporto ainda enfrenta divergências. Ex-executivo da TAM e representante das empresas de aviação geral por dez anos, Rui Aquino acredita que a pior das opções é o terreno em Caieiras, ao norte da capital paulista, um dos favoritos. Segundo Aquino, todos os voos que chegam aos três aeroportos de São Paulo - Campo de Marte, Cumbica e Congonhas - se aproximam pelo norte, afunilando-se no chamado "terminal São Paulo", uma rota aérea na região de Jundiaí. Um novo terminal na região agravaria o problema de tráfego. As opções na cidade de Embu, a oeste da capital, e principalmente na baixada santista, ao sul, lhe parecem melhores.

Ele também discorda da construção de um novo terminal voltado apenas à aviação geral - o alívio nos aeroportos públicos, diz, seria rapidamente saturado. E há vários projetos para novos aeroportos no Estado - além dos três terrenos em São Paulo -, em São José dos Campos há mais dois projetos. Pelo tamanho do crescimento demanda, diz, a opção deveria ser construir todos eles.

Fonte: Valor Econômico

Infraero pode ter multa diária de R$ 10 mil devido a assaltos no Aeroporto Santos Dumont

O assalto ocorrido nesta quarta-feira a uma agência dos Correios no Santos Dumont foi o terceiro episódio do tipo em quatro meses. A insegurança no aeroporto é alvo de uma investigação da Defensoria Pública da União. O defensor público André Ordacgy apura, desde fevereiro, a responsabilidade da Empresa de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e disse que vai acionar a empresa judicialmente, caso o problema não seja resolvido:

- A responsabilidade de qualquer incidente que envolva a segurança no aeroporto recai sobre a Infraero. Se isso não for resolvido extrajudicialmente, vou propor uma ação civil pública contra a Infraero, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.

A Infraero se limitou a informar que aguarda as investigações da PF. Procurada pelo 'Globo', a Empresa Brasileira de Correio e Telégrafos não se pronunciou até a noite desta quarta.

Em resposta a um ofício, enviado em abril por Ordacgy, a Secretaria estadual de Segurança se comprometeu a instalar um posto da PM dentro do aeroporto. No documento, de 10 junho, o secretário José Mariano Beltrame informa que uma área para a construção da unidade policial já foi definida em reunião entre o comando do Batalhão de Apoio ao Turismo (BPTur) e a Infraero.

Beltrame ainda esclarece que, em caráter provisório, o BPTur implantou policiamento diário no aeroporto.

Câmeras de vídeo não estavam funcionando

O assalto ocorreu no início da manhã. De acordo com policiais militares do 13º BPM (Praça Tiradentes), três bandidos roubaram R$ 10 mil em dinheiro. Quatro funcionários, dos cinco que deveriam estar trabalhando na hora, foram imobilizados com algemas de plástico e mantidos reféns. De acordo com as vítimas, elas foram deixadas trancadas na agência enquanto os ladrões, todos bem vestidos, escapavam caminhando normalmente. Ninguém ficou ferido.

O roubo será investigado pela Delegacia de Combate aos Crimes contra o Patrimônio (Delepat), da Polícia Federal. O delegado Deuler Rocha, chefe da Delepat, ficou desolado ao saber que as câmeras de segurança da agência dos Correios não estavam funcionando e que as outras, que monitoram o saguão do aeroporto, estavam apontadas para outro local na hora do roubo.

Os funcionários e testemunhas do assalto serão ouvidos a partir desta quinta-feira, entre eles um técnico da área de segurança dos Correios.

Apesar de o crime ter ocorrido por volta de 10h30m, a Polícia Militar informou que só foi comunicada depois das 13h pela firma de segurança que presta serviço aos Correios. Em frente à agência, funcionários colocaram um aviso improvisado com os dizeres "Por motivo de força maior não abriremos hoje".

O tenente-coronel José Guilherme Xavier, comandante do 13º BPM, prometeu intensificar o policiamento no entorno do Santos Dumont. Xavier classificou o assalto como um "caso isolado".

- As estatísticas não apontam aumento do índice de criminalidade na área do aeroporto. Mas, de qualquer forma, o patrulhamento no perímetro do Santos Dumont vai ser intensificado, inclusive com o apoio do serviço de inteligência para tentar identificar as fragilidades do sistema de segurança do terminal.

Em abril, um laudo do Conselho Regional de Engenharia do Rio (Crea-RJ) feito a pedido da Defensoria Pública já apontaba a necessidade de aumentar o número de seguranças desarmados no terminal, a instalação de 15 câmeras de vídeo para monitorar veículos que transitam na área externa ao aeroporto, a ampliação do efetivo do policiamento nas imediações e o limitar o acesso ao terminal de desembarque.

Fonte: Luiz Gustavo Schmitt (O Globo) - Foto: Gabriel de Paiva/O Globo

Justiça condena VRG Linhas Aéreas a indenizar casal mineiro por falta de voo

O TJ (Tribunal de Justiça) de Minas condenou a VRG Linhas Aéreas (antiga Varig) a pagar indenização de R$ 10 mil a um casal de passageiros por danos morais e descumprimento de contrato de transporte aéreo.

No processo, o casal disse que comprou passagens para a Europa. A viagem de ida transcorreu normalmente. No retorno, foram informados no aeroporto internacional de Madri que todos os voos da Varig estavam cancelados e todas as suas operações suspensas.

O casal alegou que ficou cinco dias "desesperado, ilhado no exterior", tentando retornar ao Brasil.

A empresa VRG Linhas Aéreas disse que "a despeito de confessado o cancelamento de suas operações na Europa" cumpriu o contrato de transporte firmado entre as partes (ainda que por endosso do bilhete a outra companhia aérea), o que afastaria a sua responsabilidade pelo evento danoso.

Com base no artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor, o juiz destacou que "o fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos".

O juiz determinou também que a empresa VRG Linhas Aéreas S/A pague ao casal de passageiros, por dano material, os valores comprovadamente gastos com hospedagem, alimentação e transporte durante a permanência em Madri.

Fonte: Martha Alves (Folha Online)

Gol e TAM trocam guerra de preços por melhores serviços

Mercado aquecido leva companhias a focar no incremento dos serviços de bordo, segundo analistas

Diferente da tradicional disputa de preço que as companhias aéreas travam todos os anos, a competição do setor em 2010 deve ser marcada pela oferta de serviços diferenciados. De acordo com analistas do setor de aviação ouvidos pelo site da EXAME, a tendência é que as líderes do setor, TAM e Gol, facilitem o pagamento de passagens, por exemplo, em vez de baixar suas margens para ganhar em escala.

O que sustenta a avaliação dos analistas é a mudança do cenário em relação ao ano passado. Em 2009, quando a procura por transporte caiu por conta da crise financeira mundial, as companhias aéreas optaram por baixar preços no segundo semestre do ano para, assim, garantir a procura por vôos domésticos e internacionais.

"Não havia saída, era preciso acirrar a guerra de preços para atrair consumidores que deixaram de optar pelo transporte aéreo em tempos de crise", afirma Felipe Rocha, analista do setor aéreo da Link Investimentos. A queda de demanda, a alta da moeda americana e a consequente elevação do preço do combustível tornaram a situação das empresas ainda mais delicada.

Recuperação

Os problemas das aéreas, no ano passado, podem ser medidos em números. Em maio do ano passado, por exemplo, o total de passageiros das rotas domésticas caiu 5,5% sobre o mesmo mês de 2008. A TAM e a Gol foram bastante afetadas, com recuos de 13,87% e 12,21%, respectivamente, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A situação deste ano é a oposta. Maio encerrou com um crescimento de 20,2% sobre o mesmo mês do ano passado. A demanda da TAM subiu 9,39%, e a da Gol, 14,89%. "Agora, elas querem voltar a ganhar e crescer no mesmo ritmo de 2008 e, para isso, abaixar muito os preços é prejudicial", diz Rocha.

A disputa das companhias ficaria então concentrada apenas na oferta de serviços diferenciados. Uma das propostas da TAM é o parcelamento das passagens em até 48 vezes sem juros. Já a Gol investe na abertura das lojas Voe Fácil para a venda de passagens para a classe C. "Trata-se de um modelo de baixo custo, com cerca de três atendentes, e com potencial de retorno alto", afirma Brian Moretti, analista de transporte da Planner Corretora.

O armistício entre as maiores companhias do país só deve ser quebrado no ano que vem ou no próximo. Os especialistas esperam uma desaceleração no crescimento do mercado doméstico nesse período. Se, neste ano, o volume de passageiros das rotas domésticas pode crescer 30,6%, de acordo com a consultoria Lafis, a taxa para 2011 e 2012 pode recuar para 7,3% e 7,1%, respecitvamente. "Aí sim haverá uma forte disputa de preço, tanto das grandes quanto das médias e pequenas companhias aéreas", afirma Jonas Manabu Okawara, analista setorial da Lafis.

Fonte: Tatiana Vaz (Exame.com)