domingo, 2 de agosto de 2009

Webjet, a pequena que incomoda a concorrência

Desconhecida dos passageiros até recentemente, a companhia aérea Webjet decolou e já incomoda a concorrência. É o que mostra reportagem de Geralda Doca publicada na edição deste domingo do jornal "O Globo". Com uma frota razoável para quem ainda é pequena - 16 aviões - e atendendo dez cidades, a empresa alcançou o mesmo patamar de ocupação de TAM e Gol (65%), que dominam o setor. Os pacotes turísticos estão entre as principais razões para o seu desempenho: o dono da companhia é o grupo CVC, a maior operadora de turismo da América Latina. Em junho, a Webjet atingiu 4,2% de participação no mercado, contra 2,1% no mesmo período de 2008. A meta é chegar a pelo menos 5% até dezembro.

Nesta segunda-feira, a Webjet inaugura quatro voos diários a partir do Aeroporto Santos Dumont, no Rio, para Belo Horizonte (Confins). E aguarda, até o fim do ano, a chegada de mais duas aeronaves para reforçar a frota. As aquisições serão essenciais para combater sua maior deficiência: o índice de atraso é o maior entre as cinco principais empresas, 13,4% dos voos em junho. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a novata Azul atrasou 10,9% de seus voos e a OceanAir, 9,7%. A TAM registrou 8,8% e a Gol, 8,3%.

- Tarifas atrativas, bom serviço de bordo e maior conforto (poltronas mais largas) estão atraindo os passageiros, saturados de Gol e TAM - afirmou Paulo Sampaio, da Multiplan Consultoria Aeronáutica.

A Webjet iniciou as atividades com um único avião em 2005. Quatro meses depois, a companhia parou de voar e, em janeiro do ano seguinte, foi vendida para uma sociedade entre o grupo Jacoh Barata Filho, dono de uma frota de ônibus do Rio, e o empresário de São Paulo Wagner Abrahão, do ramo de turismo. Mas a virada, segundo fontes do setor, ocorreu em junho de 2007, quando a Webjet foi comprada pelo dono do grupo CVC, Guilherme Paulus.

Fonte: O Globo

Pelotões de Fronteira do interior do Amazonas recebem antenas do Sipam

O município de Tabatinga (Amazonas) e os Pelotões Especiais de Fronteira do Estirão do Equador, Palmeiras do Javary e Yauaretê receberam nesta semana uma equipe de técnicos do Centro Regional (CR) do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) de Manaus para a instalação de terminais VSAT, compostos por antena e aparelhos de telefone, fax e computador, com acesso à internet. A missão, que tem o apoio da Aeronáutica, deve ser concluída em 8 de agosto.

As antenas serão instaladas nos postos da Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (Comara) das localidades e serão o único meio de comunicação dessas unidades com outras regiões. De acordo com o técnico da coordenação de manutenção do Centro Regional, Nilton Geber, além dessas instalações, os profissionais farão a manutenção dos terminais.

“Quando a instalação dos quatro terminais for concluída, nossa equipe seguirá a Barcelos, de onde partirá para a comunidade Moura, onde fará a manutenção do terminal lá existente, pois as antenas do Sipam são o único meio de comunicação deles. Também vamos recuperar dois terminais com painel solar, instalados em unidades do Exército, em Palmeiras do Javary e Yauaretê”. (JK)

Fonte: Sipam via Portal Amazônia - Foto: sipam.gov.br

Agências fantasmas vendiam passagens aéreas da Câmara

Comissão indica que empresas sem registro eram as protagonistas do esquema

Conforme a investigação, os donos adquiriam passagens de deputados e revendiam para outras agências que de fato atuavam no mercado


Agências de turismo sem registro, falidas e com donos e endereços ocultos estão entre as protagonistas do esquema de comercialização de passagens aéreas de deputados, segundo investigação da Câmara.

A suspeita é que sejam empresas de fachada, que tinham como principal função dar cobertura formal para pessoas que atuavam como intermediárias do esquema.

Segundo o Ministério do Turismo, as agências brasilienses Morena Turismo, Special Tour e Terra Viagens não têm cadastro junto ao governo, uma exigência da lei para poderem atuar no mercado.

A investigação da Câmara indica que os donos dessas empresas adquiriam passagens aéreas das cotas de deputados, com a ajuda de servidores de gabinetes, e as revendiam para agências que realmente atuavam no mercado.

Cobravam comissão de até 10% para isso. Consumidores, sem suspeitar de nada, adquiriam passagens originadas de cotas de deputados.

A Morena pertence ao empresário Pedro Damião Pinto Rabelo, que comprava passagens de uma ex-servidora do gabinete do deputado Nazareno Fonteles (PT-PI). A Folha não conseguiu localizar Rabelo nem a sede de sua agência.

Já a Special Tour tem como representante Marco Aurelio Cunha Vilanova, que até o estouro do escândalo era servidor fantasma do gabinete do deputado federal Márcio Junqueira (DEM-RR).

A Special Tour funcionava até o ano passado no térreo de um hotel em Brasília, onde agora opera outra agência. No local, ninguém sabe do paradeiro de Vilanova.

Foi ele o responsável por intermediar uma operação com outra agência que resultou numa passagem para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Eros Grau emitida na cota parlamentar do deputado federal Fernando de Fabinho (DEM-BA).

Outra triangulação envolveu a Terra Viagens e Turismo e a Mania Tour para venda de uma passagem para o presidente do STF, Gilmar Mendes, e sua mulher. Ambos viajaram para Nova York com passagens emitidas com cotas parlamentares dos deputados federais Fernando Coruja (PPS-SC) e Paulo Roberto (PTB-RS).

A Terra não possui cadastro no ministério. A Mania Tour, embora tenha autorização ainda válida para operar, não funciona no endereço informado ao Ministério do Turismo. Lá hoje existe uma lan house.

O depoimento à comissão de sindicância de seu suposto proprietário, Paulo César Pereira de Medeiros, foi considerado "contraditório e inverossímil". A comissão descobriu que ele era uma espécie de "sócio oculto" da agência, que na verdade tinha apenas o CNPJ.

Outra empresa, a Mix Turismo, apareceu nas investigações sobre a comercialização de cotas aéreas do gabinete do deputado federal Vieira da Cunha (PDT-RS). Segundo o parlamentar, a agência foi a responsável pela venda de bilhetes aéreos- oriundos das cotas- para cinco passageiros.

Laura Senatore, dona da agência de viagens, não foi localizada pela comissão de sindicância da Câmara e nem pela Folha. Sua empresa fechou no final do ano passado, mesma época em que foi acusada de fraude por clientes.

Fonte: Fábio Zanini / Maria Clara Cabral (jornal Folha de S.Paulo)

As bases e as drogas

Por Clóvis Rossi

É bom que o governo brasileiro cobre transparência da Colômbia a respeito da instalação de três bases norte-americanas no vizinho. Transparência é sempre útil, e muito pouco praticada na América Latina (Brasil inclusive).

Mas seria melhor ainda se o governo brasileiro tivesse, por fim, a coragem de cobrar transparência também de Hugo Chávez a respeito dos lança-foguetes vendidos pela Suécia à Venezuela e que foram parar nas mãos das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, nascidas como guerrilha política e transformadas, faz anos, em puro narcoterrorismo).

Chávez, em vez de transparência, adotou a tática clássica e barata de gritar "pega ladrão" e fugir, aproveitando-se da confusão. Ou seja, em vez de dar explicações, preferiu acusar a Colômbia, congelar as relações (pela quinta vez, aliás, no que já virou folclore) e deixar que o bafafá ficasse centrado nas bases norte-americanas.

Qual é a maior ameaça à segurança dos cidadãos da América Latina em geral, inclusive da Venezuela e do Brasil: as bases dos Estados Unidos na Colômbia ou as bases dos PCCs, Comandos Vermelhos e outros grupos delinquentes, como as Farc, nos diferentes países da região? Bases que fazem a delinquência desafiar o monopólio das armas que deveria ser do Estado.

O argumento de que as bases na Colômbia gerarão corrida armamentista no subcontinente é ridículo, como já demonstrou ontem Igor Gielow. Se os Estados Unidos quisessem invadir qualquer país da região não precisariam de bases neles, como o demonstrou o Reino Unido na Guerra das Malvinas (1982), ao fazer pó das Forças Armadas argentinas, sem precisar suporte territorial, mesmo partindo de muito mais longe.

O resto soa a esquerdismo caquético de quem não conseguiu ainda tirar o cérebro dos escombros do Muro de Berlim.

Fonte: jornal Folha de S.Paulo

FAB apresenta a Jobim avaliação de caças

Ministro da Defesa recebe nesta semana relatório sobre aviões que disputam concorrência que pode custar entre R$ 4 bi e R$ 8 bi

Nenhum dos 3 competidores deve ser reprovado; Força Aérea apresentará prós e contras e, talvez, faça uma classificação por pontos

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O ministro Nelson Jobim (Defesa) recebe nesta semana o relatório da Força Aérea sobre a seleção do novo avião de caça que o Brasil deverá operar nas próximas décadas.

O negócio, que pode custar entre R$ 4 bilhões e mais que o dobro disso, é um dos mais vistosos no programa de reequipamento militar do país - estimado em mais de R$ 30 bilhões a serem financiados por cerca de dez anos. Em termos comparativos, as propaladas compras do venezuelano Hugo Chávez na Rússia não passaram ainda dos R$ 8 bilhões.

Se o quesito da decisão for apenas preço, o favorito de Jobim na disputa, o francês Dassault Rafale, terá problemas. Segundo a Folha apurou, a oferta francesa foi significativamente reduzida nas discussões finais, mas o avião manteve sua fama de caro - custando mais do que o dobro do que o sueco Gripen NG (da Saab).

Preços são difíceis de estabelecer na aviação militar. Tudo depende do pacote de armamentos, logística e suporte por ao menos cinco anos. A estimativa de envolvidos no processo é que o Rafale tenha saído unitariamente por algo em torno de R$ 263 milhões. O Gripen, cerca de R$ 132 milhões, e americano F-18 Super Hornet (Boeing), R$ 188 milhões.

Como são 36 aviões para entrega a partir de 2014, o custo superaria os R$ 10 bilhões no caso do Rafale. Mas não é só dinheiro que está em jogo.

A Defesa preconiza a ideia de parceria estratégica. Elegeu a França para tal, tendo costurado um acordo militar polêmico de cerca de R$ 23 bilhões para a compra de submarinos convencionais, desenvolvimento de um modelo nuclear e helicópteros de transporte.

Os defensores dessa parceria acreditam que a confiança mútua aumentaria a sinergia na hora de transferir tecnologia, ponto central da concorrência F-X2, como a compra dos aviões é chamada. A FAB exigiu uma contrapartida de transferência de tecnologia e compensações comerciais equivalente ao valor do contrato.

Contra a parceria, pesam duas coisas. Primeiro, o país se torna dependente do outro. Segundo, os franceses não têm boa fama na hora de transferir tecnologia: a experiência francesa como acionista da Embraer, no início da década, é considerada um fracasso, e a Índia reclama do processo de integração dos submarinos que comprou da França.

Contra o Gripen, pesa o fato de ele ser um avião mais leve, monomotor, e de ser um modelo inexistente - o NG é uma variante de demonstração sobre duas gerações anteriores do caça. Ter uma turbina o faz mais barato de operar, contudo, e os motores atuais são potentes o suficiente para as necessidades dos militares.

Mas piloto de caça gosta de avião maior e mais potente. Assim, além do também biturbina Rafale, o F-18 americano entra como produto tentador para a FAB. O preço ofertado, devido à grande escala industrial do avião (há mais de 350 voando), o tornou uma surpresa na competição. Só que pesa contra ele seu país de origem: os militares brasileiros temem o risco de vetos futuros à transferência de tecnologia e consideram o F-18 um produto fechado, do qual aprenderiam pouco.

A FAB não deverá reprovar liminarmente nenhum dos competidores. Irá apresentar em seu relatório os pontos pró e contra de cada um deles e, talvez, fazer uma classificação por pontos. Mas não deverá forçar uma solução, segundo a Folha ouviu de militares e de pessoas envolvidas no processo nas últimas semanas.

Rumo à aposentadoria, o comandante Juniti Saito quer pôr fim à novela que começou em 2001, quando o F-X foi lançado, para ser suspenso em 2003 e cancelado em 2005.

Vetar o Rafale, hipoteticamente, colocaria Jobim numa situação difícil e estimularia mais protelação na disputa. Se entrar em 2010, o negócio não sai no governo Lula. Isso significa que os franceses já ganharam? Não, uma vez que tudo dependerá das colocações da FAB em seu relatório.

Fonte: Igor Gielow (jornal Folha de S.Paulo) - Imagens: Folha Imagem

Queda de ultraleve mata dois no Pará

Um aparelho ultraleve caiu no início da manhã deste domingo (2) no quilômetro seis da rodovia PA-391, em Benevides, na região metropolitana de Belém, no Pará. O acidente aconteceu próximo a barreira da Polícia Rodoviária Estadual, onde funciona uma pista de pouso para esse tipo de aparelho.

A PRE confirmou a morte de duas pessoas no acidente. Os dois homens estavam na aeronave que caiu minutos depois de decolar. João Sampaio de Oliveira, 29 anos, e José Lauro Júnior, de 52 anos, morrem em consequência do trauma provocado pela queda do aparelho.

Os corpos já foram retirados dos destroços da aeronave e levados para o IML (Instituto Médico Legal) de Castanhal. As vítimas moravam neste município.

Fontes: O Liberal / JC Online

Provocador, chefe de aérea diz que preços compensam desconforto

Michael O'Leary, chefe-executivo da companhia aérea europeia de baixo custo Ryanair, discutia seu novo plano para cobrar passageiros de ir ao banheiro. Em suas previsões, a maioria dos passageiros - os "visitantes discricionários do banheiro" - acabariam desistindo de usar o banheiro durante o voo. O que é bom, porque ele também quer reduzir para um o número de banheiros por avião.

E se o avião fosse acometido por alguma doença asquerosa e residual, como intoxicação alimentar? Um som abafado ressoou da cadeira em que O'Leary sentava. "Não servimos bastante comida para que todos tenham intoxicação alimentar", disse.

"Se vamos dar-lhe um reembolso de um bilhete não reembolsável porque sua avó morreu inesperadamente? Não! Vá-se embora. Não estamos interessados em suas histórias!" - Michael O'Leary

Aos 48 anos, de fala ágil e usando jeans, O'Leary é um dos mais bem-sucedidos homens de negócio da Irlanda, presidindo uma companhia aérea que prospera de forma marcante em um clima hostil para linhas aéreas (e a maioria dos outros negócios). Ele é conhecido por sua agressividade desmedida, declarações públicas ultrajantes e crença implacável de que passageiros aéreos de voos de curta distância aguentarão qualquer indignidade imaginável, desde que as passagens sejam baratas e os aviões estejam no horário.

"Logo, ele estará nos cobrando pelo oxigênio e número de braços e pernas", queixou-se o jornal The Sun em junho, quando O'Leary apresentou sua mais recente proposta - fazer com que as pessoas levassem suas próprias malas até o avião. O'Leary diverte-se com a identidade de pugilista e provocador nacional, alternando-se entre o charme e a ofensa.

Certa vez, vestiu-se de papa para anunciar a nova rota da Ryanair de Dublin a Roma. Ele já disse que pessoas gordas deveriam pagar mais por seus assentos, mas que demoraria demais pesá-las no aeroporto. E, em coletiva de imprensa para discutir a possibilidade de iniciar voos transatlânticos, ele sugeriu - para a consternação da jovem heroicamente traduzindo seus comentários para o alemão - que consumidores da classe executiva receberiam sexo oral.

O'Leary às vezes parece lançar sugestões insanas apenas para chocar. Mas, reservadamente, ele é conhecido como um negociador duro, cuja sagacidade e cotoveladas lhe garantem acordos favoráveis, como na vez em que fez uma encomenda enorme de novos aviões quando o mercado entrou em colapso com os ataques de 11 de setembro.

Seus inimigos jurados incluem sindicatos (seus funcionários não são sindicalizados), políticos que impõem taxas de aeroporto, ambientalistas, blogueiros que reclamam do mau atendimento, agentes de viagem, repórteres que esperam assento gratuito, reguladores que frustram seus planos e proprietários de aeroporto como a BAA, a quem já chamou de "estupradores careiros". Parece haver um método em tudo isso.

Os insultos "à BAA, ao governo britânico e aos demais são pensados como um sinal forte para todo mundo que negocia com a Ryanair de que ninguém vai sair impune", disse Joe Gill, diretor de pesquisa de capital da Bloxham Stockbrokers, em Dublin.

A Ryanair possui mais de 850 rotas na Europa, normalmente para aeroportos obscuros afastados das grandes cidades - "de nenhum lugar a lugar algum", zomba Stelios Haji-Ioannou, que dirige a concorrente EasyJet. O lucro líquido da Ryanair caiu 78% no ano fiscal que terminou em março, mas ainda conseguiu US$ 149 milhões em lucros. Enquanto a maioria das empresas de transporte sofre com a hemorragia de passageiros, a Ryanair espera aumentar seus passageiros de 57 milhões, em 2008, para 68 milhões neste ano.

O mistério é por que tantas pessoas estão dispostas a suportar uma companhia que, segundo a revista The Economist, "se tornou sinônimo de péssimo atendimento ao consumidor, propagandas enganosas e grosseria insultante a qualquer um ou qualquer coisa que fique no seu caminho". "Ninguém te ajuda - simples assim", disse Malcom Ginsberg, editor-chefe do boletim de viagens aerbt.co.uk, descrevendo o que acontece quando passageiros da Ryanair precisam de assistência no aeroporto.

Esse não é o ponto, disse O'Leary em entrevista recente. "Nosso atendimento ao consumidor é diferente do de todas as outras linhas aéreas, que têm essa imagem de 'queremos cair a seus pés, abuse de nós, o cliente tem sempre razão' e todo esse absurdo." Em contraste, continuou O'Leary, a Ryanair promete quatro coisas: tarifas baixas, um bom registro de voos no horário, poucos cancelamentos e poucas bagagens perdidas.

"Se quiser algo mais - vá embora! Nós vamos pagar um hotel se seu voo for cancelado?", perguntou retoricamente. "Não! Vá embora." Em um momento, ele tomava café na câmara de comércio de Londres. No outro, conduzia uma coletiva de imprensa em que, entre outras coisas, chamou o primeiro-ministro Gordon Brown de "ridículo" e "escocês pão-duro".

Durante a entrevista, entoou o refrão sobre quando a Ryanair concede reembolsos, que é nunca. "Vamos reembolsar uma passagem não-reembolsável porque a vovó morreu de repente?", perguntou. "Não! Vá embora. Não estamos interessados em sua choradeira! Qual parte de 'sem reembolsos' você não entendeu?"

Perdeu o voo porque esperou demais no guichê da Ryanair? Azar! Sua bagagem está levemente acima do peso? Jogue fora o excedente ou use-o no voo! Está tentando levar as compras do duty-free em uma sacola ao avião, quando você já tem uma bagagem de mão? Prepare-se para desembolsar US$ 40 no portão.

As tarifas da Ryanair custam em média apenas e 40, ou US$ 56. O'Leary acabou de anunciar que venderia um milhão de assentos por e 5 cada no outono europeu. A companhia compensa esse dinheiro por meio de acordos com hotéis, locadoras de veículos e outros parceiros, além de taxar tudo, do check-in no aeroporto (US$ 56) ao feito online (US$ 7).

O'Leary também é rígido a bordo de seu escritório. Recados de post-it e marca-textos estão banidos. Executivos levam suas próprias canetas. Para ilustrar seu comprometimento a esse princípio, O'Leary tirou duas canetas de seu bolso, ambas roubadas de quartos de hotel.

Ele se hospeda em hotéis econômicos. E sempre voa pela Ryanair, surpreendendo seus colegas passageiros por checar suas passagens ao portão e depois embarcar por último, onde invariavelmente se senta no meio.

O'Leary não aproveita o lounge executivo, não tem BlackBerry, nem usa e-mail, porque "não quero ser incomodado por toda sujeira, porcaria e lixo que se envia por e-mail". Ele cresceu nos arredores de Dublin e estudou em um internato jesuíta, onde seu apelido era Ducksie (esquisito), por causa da forma como andava. "A educação vinha com pequenas doses de tapas bem doídos?", perguntou. "Sim. Sofremos um grande trauma emocional? Não."

Ele começou a trabalhar na Ryanair em 1988, se tornou vice-chefe-executivo em 1994 e chefe-executivo em 1997. Sua fortuna pessoal é estimada em cerca de US$ 500 milhões. "Ele é um dos poucos sucessos domésticos da Irlanda corporativa nos últimos 40 anos cujo sucesso tem sido sustentável", disse Gill.

O'Leary vive em uma fazenda nos arredores de Dublin, cria gado e cavalos de corrida e raramente tira férias. Ele irritou o governo irlandês ao pagar milhares de dólares por uma licença de táxi para que sua Mercedes pudesse usar a faixa exclusiva, fugindo do trânsito. Em casa, O'Leary e sua mulher têm três filhos com até quatro anos. Um deles nasceu neste verão irlandês. Não há babás. "É por isso que viajo com frequência e durmo em Londres", disse, em parte brincando.

O'Leary descarta as críticas a seu atendimento ao cliente mostrando o recorde da Ryanair de responder a reclamações em sete dias. A maioria vem de pessoas exigindo reembolsos, que são mandadas embora. Os ressentidos devem reclamar via fax ou carta. Se usarem e-mail, não haverá resposta. "As pessoas dizem" - aqui O'Leary adotou um tom choroso - "'Como os Pais Fundadores escreveram na Constituição americana, nós temos o direito inalienável de portar armas e enviar nossas reclamações por e-mail.' "Não, diabos, não têm!", disse. "Então, vão embora."

Fonte: Sarah Lyall (The New York Times) via Invertia - Tradução: Amy Traduções - Foto: Paul McErlane (Bloomberg News)

IML diz que jovem que morreu durante voo estava com pneumonia e libera corpo

O corpo da estudante brasileira de 15 anos que morreu na madrugada deste domingo durante um voo que partiu de Orlando (Estados Unidos) com destino ao Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (na Grande São Paulo), já foi liberado aos familiares pelo IML (Instituto Médico Legal). A causa da morte foi diagnosticada como pneumonia, segundo o IML.

A jovem voltava de uma viagem à Disney, organizada por uma agência de viagens, e apresentou sintomas de gripe ainda no país. Nos Estados Unidos, ela foi encaminhada a um hospital e submetida a exames para verificar se estava com gripe suína - a gripe A (H1N1) - e o resultado foi negativo. Constatou-se que ela estava com pneumonia e por isso teve permissão para voltar ao Brasil, de acordo com o testemunho de uma representante da agência de turismo.

Foto: Tios da jovem morta durante voo aguardam liberação do corpo em Guarulhos, em SP

Após passar mal durante o voo, a jovem foi atendida por dois médicos que estavam a bordo, que fizeram procedimentos para reanimá-la, mas não tiveram sucesso. Os médicos constataram que ela teria sofrido uma parada cardio-respiratória na aeronave. A Central de Emergências da Infraero foi acionada e uma equipe médica aguardou pela aterrissagem do voo, a conduziu para uma ambulância e posteriormente ao posto médico do aeroporto. Os médicos da equipe verificaram que a garota já estava morta.

O delegado Cristian Sant'ana Lanfredi, da Delegacia do Aeroporto, solicitou uma vistoria nas bagagens da garota, onde foram encontrados diversos medicamentos, entre eles o Tamiflu, utilizado no tratamento da gripe suína.

A Polícia Civil informou que irá pedir os exames feitos nos Estados Unidos à agência de viagens que teriam descartado a doença, e que serão feitos exames no corpo verificar se ela estava, ou não, com gripe suína.

A família, que aguardava a chegada da estudante no aeroporto, está em estado de choque. O corpo da brasileira foi encaminhado ao IML de Guarulhos e liberado por volta das 16h30, de acordo com funcionários do local.

Segundo a Copa Airlines, a passageira foi recebida por uma equipe médica do aeroporto, que constatou que a adolescente estava morta. "Através de uma certificação emitida pelo Posto Médico do Aeroporto Internacional de Guarulhos, a empresa aérea foi notificada do falecimento da passageira. A Copa Airlines lamenta profundamente o fato e se encontra, neste momento, assistindo os familiares da passageira e trabalhando em conjunto com as autoridades locais", informou.

Fonte: Tatiana Santiago (Folha Online) - Foto: Fabio Braga (Folha Imagem)

EUA recuperam restos mortais de piloto desaparecido na Guerra do Golfo

Os restos mortais do piloto americano Michael Scott Speicher (foto), cujo avião foi derrubado durante a Guerra do Golfo em 1991, foram recuperados após 18 anos de incerteza, informou hoje o Pentágono.

O capitão Speicher foi um dos primeiros combatentes americanos desaparecidos da Guerra do Golfo, mas, nestes 18 anos, o Exército americano não tinha conseguido esclarecer a situação, nem confirmar a morte.

A princípio, ele foi dado como morto, mas, ao não se localizar os restos mortais, seu status mudou para "desaparecido" e, posteriormente, para "desaparecido ou sequestrado".

Hoje se soube que Speicher morreu em 17 de janeiro de 1991 quando o caça que pilotava foi derrubado, e seu corpo foi enterrado em uma vala comum por beduínos que encontraram o aparelho.

Após anos de incerteza, os restos mortais foram encontrados no mês passado, na província de Anbar, graças a um grupo de civis iraquianos que indicou aos marines americanos na região o lugar do acidente.

O secretário da Marinha, Ray Mabus, expressou suas condolências à família, à qual agradeceu "o último sacrifício que Speicher fez por seu país".

Embora a análise dentária tenha dado positivo, o laboratório do Instituto Médico das Forças Armadas espera ter na próxima segunda-feira os resultados dos exames de DNA realizados com amostras de parentes de Speicher.

Fonte: EFE via IG

Avião da British Airways é evacuado em Barcelona

Aviões da British Airways

Um avião da British Airways fez um pouso de emergência neste domingo (2) em Barcelona depois de ter sido detectada fumaça na cabine.

Os 176 passageiros e os sete tripulantes a bordo do Boeing 757-200, prefixo G-CPEM, da companhia inglesa, foram obrigados a abandonar o avião, ajudados pelos bombeiros do aeroporto.

O incidente ocorreu instantes depois de o avião da British Airways, proveniente de Inglaterra, voo BA478, ter aterrissado no aeroporto de Barcelona.

As causas deste incidente estão sendo investigadas, segundo fonte da companhia.

Adolescente que morreu em voo para SP foi atendida no avião, diz aérea

Segundo a Copa Airlines, ela recebeu primeiros socorros durante a viagem.

A adolescente de 15 anos que morreu na madrugada deste domingo (2) em um voo com destino ao aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, foi atendida por dois médicos ainda dentro da aeronave, de acordo com informações da assessoria de imprensa da Copa Airlines. O avião saiu de Orlando, nos Estados Unidos, fez escala no Panamá e pousou em Guarulhos às 5h44 deste domingo.

Segundo a companhia aérea, durante o voo 759 a tripulação foi notificada que uma passageira precisava de atendimento médico. Os demais passageiros foram avisados e dois médicos se apresentaram, realizando os primeiros socorros na menina.

A tripulação então informou o ocorrido a Cumbica, para que a passageira recebesse assistência assim que o avião pousasse. A aeronave foi recebida por funcionários do posto médico, que posteriormente informou a empresa da morte da menina.

Segundo a Infraero, a menina já chegou morta a Guarulhos. As causas da morte ainda não são conhecidas.

De acordo com a assessoria de imprensa da Tia Augusta Turismo, responsável pela excursão, a menina, que morava em São Caetano do Sul, no ABC, passou mal em Orlando durante a viagem, apresentando sintomas de gripe, como náuseas.

Segundo a empresa, ela foi levada ao Celebration Hospital, em Orlando, onde foi medicada e testada para verificar se estava com a nova gripe. Entretanto, o teste foi negativo e ela foi liberada pelas autoridades de saúde dos Estados Unidos para viajar, de acordo com a Tia Augusta. A viagem tinha se iniciado no meio de julho, segundo a empresa.

Ainda de acordo com a assessoria duas guias que acompanhavam o grupo prestaram depoimento na delegacia da Polícia Civil no aeroporto. Por volta das 13h50, o corpo da menina já estava no Instituto Médico-Legal (IML) de Guarulhos.

Leia a nota na íntegra:

"Voo 759- Panamá - Guarulhos

Panamá, 2 de agosto de 2009. A Copa Airlines informa que, durante o voo 759 com destino a São Paulo, Brasil, a tripulação auxiliar foi notificada que uma passageiria requeria assistência médica. Para salvaguardar a saúde da passageira e seguindo os protocolos internacionais de segurança estabelecidos, a tripulação solicitou imediatamente a presença de um médico a bordo. Dois profissionais se apresentaram, os quais aplicaram na passageira os primeiros socorros, dando a atenção médica devida.

Paralelamente, o Capitão da aeronave e a tripulação comunicaram sobre o ocorrido ao aeroporto de destino, para que a passageira recebesse a devida assistência médica tão logo ocorresse a aterrissagem do avião em São Paulo. Assim que aterrissou às 5h44, hora de Sao Paulo, a aeronave foi recebida pelo pessoal do Posto Médico do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Através de uma certificação emitida pelo Posto Médico do Aeroporto Internacional de Guarulhos, a empresa áerea foi notificada do falecimento da passageira. A Copa Airlines lamenta profundamente o fato e se encontra, neste momento, assistindo aos familiares da passageira e trabalhando em conjunto com as autoridades locais.

A Copa Airlines reitera que é sua prioridade a segurança e o bem-estar de seus passageiros e colaboradores."

Fonte: G1

Adolescente de 15 anos morre em voo com destino a SP

Menina passou mal nos EUA, foi medicada e liberada para voltar ao Brasil.

Segundo empresa de turismo, teste para a nova gripe deu negativo.


Adolescente morreu em voo que saiu de Orlando, nos EUA, fez escala no Panamá e pousou em Guarulhos

Uma adolescente de 15 anos morreu na madrugada deste domingo (2) após passar mal em um avião que fazia o voo que vinha do Panamá com destino ao aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande Sâo Paulo. A jovem retornava de uma excursão aos parques de diversões da Disney, em Orlando, nos Estados Unidos.

O voo da companhia aérea Copa Airlines chegou ao Brasil às 5h44. Segundo a Infraero, a menina já chegou morta a Guarulhos. As causas da morte ainda não são conhecidas.

De acordo com a assessoria de imprensa da Tia Augusta Turismo, responsável pela excursão, a menina passou mal em Orlando durante a viagem, apresentando sintomas de gripe, como náuseas. Ela foi levada a um hospital, onde foi medicada e testada para verificar se estava com a nova gripe. Segundo a empresa, entretanto, o teste foi negativo e ela foi liberada pelas autoridades de saúde dos Estados Unidos para viajar.

Ainda de acordo com a assessoria, a adolescente passou mal durante o voo e morreu na madrugada deste domingo (2). Duas guias que acompanhavam o grupo prestavam depoimento na delegacia da Polícia Civil no aeroporto no início da tarde de domingo.

Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da Copa Airlines informou que lamenta o ocorrido e que está prestando assistência aos familiares da menina e colaborando com as investigações das autoridades. A empresa também informou que a menina foi atendida por dois médicos ainda dentro do avião.

Fonte: G1 - Ilustração: Editoria de Arte (G1)

Avião com 16 pessoas desaparece na Indonésia

Pequena aeronave decolou de província de Papua.

O aparelho foi fabricado em 1979, segundo autoridades.

Um avião De Havilland DHC-6 Twin Otter da companhia aérea indonésia Merpati Nusantara, com 16 pessoas a bordo, foi dado por desaparecido neste domingo (2) durante um voo nacional na província indonésia de Papua, na ilha de Nova Guiné.

Segundo informaram fontes da companhia aérea à rede "Metro TV", o avião desapareceu pouco após decolar do aeroporto de Sentani sob boas condições atmosféricas.

As autoridades iniciaram operações de busca para localizar o avião, que pode ter caído nas espessas florestas da Nova Guiné. O avião estava com combustível para até 3,5 horas de voo.

O aparelho, fabricado em 1979, voava de Sentani, em Papua, até a cidade de Oksibil.

O bimotor DHC-6 tem capacidade para 20 passageiros e pode ser usado em aeródromos de curta longitude.

Fonte: G1 (com agências) - Foto: AP

Novo foguete poderia reduzir viagem a Marte para 39 dias

O caminho para chegar a Marte pode estar muito mais próximo do que se imagina. Cientistas estão desenvolvendo foguetes impulsionados por motores de plasma que podem ajudar a reduzir a duração da travessia espacial entre a Terra e o planeta vermelho para apenas 39 dias, quando inicialmente a viagem seria de 250 dias. As informações são do jornal espanhol El Mundo.

Um voo de ida e volta da Terra a Marte, que a ESA, agência espacial europeia, acredita que terá condições de realizar em 2030, levaria ao total 520 dias: 250 para a ida, 30 no local e 240 para a volta. Com a redução no tempo de ida e, consequentemente, no de volta, permitiria que os astronautas passassem menos tempo expostos à radiação, perdessem menos massa óssea e muscular e não sofressem tanto com as alterações circulatórias provocadas por longos períodos em condições sem gravidade.

O Motor de Magnetoplasma de Impulso Específico Variável (VASIMR, na sigla em inglês), ainda em fase de testes, está sendo produzido pela empresa Ad Astra, comandada pelo ex-astronauta Franklin Chang Díaz - veterano de sete missões na Estação Espacial Internacional (ISS) -, com a colaboração da Nasa, agência espacial americana.

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Segundo o diário espanhol, o primeiro teste oficial está previsto para 2012 ou 2013, onde os cientistas avaliarão se a nova tecnologia proporcionará impulsos para que a ISS mantenha sua órbita. Os técnicos que trabalham no projeto explicaram que os foguetes impulsionados por combustíveis químicos consomem a maior parte de suas reservas no lançamento, já que no espaço as naves flutuam.

Propulsão durante anos

Os motores de plasma impulsionam a nave, acelerando átomos carregados eletricamente (também chamados de íons) através de um campo magnético. No momento do lançamento, produzem um empuxo muito menor que os motores de combustível porque não podem sair da órbita terrestre por si mesmos. No entanto, uma vez no espaço, o plasma permite uma impulsão durante anos, acelerando a nave de maneira progressiva até obter mais velocidade que os químicos.

Assista aos vídeos sobre o VASIMR:





Fonte: Redação Terra - Imagens: Ad Astra Rocket Company

Dono de relíquias da aviação

Jayme Meditsch, colecionador de aviões, morador do bairro Tristeza, em Porto Alegre (RS)

O dentista mantém com carinho quase 500 miniaturas da máquina que o fascinou quando era menino

O fascínio por aviões surgiu em 1927, quando Jayme tinha apenas quatro anos. O menino que recém vira os primeiros carrinhos de madeira ficou pasmo ao ouvir e avistar no céu uma enorme aeronave voando baixo sobre sua casa. Começava ali uma paixão que ultrapassa oito décadas.

Hoje, aos 85 anos, o dentista aposentado Jayme Meditsch segue aficionado pelo assunto. Guarda em casa, na Rua Pedro de Oliveira Bittencourt, no bairro Tristeza, uma coleção de 483 miniaturas de aviões. Em duas salas da residência, estão modelos que simbolizam toda a história da aviação mundial, desde a réplica do 14 BIS – o primeiro avião feito por Santos Dumont, em 1906 – a caças russos de última geração.

Apesar do encanto infantil, foi somente em 1954, já adulto, que o dentista iniciou sua coleção. Os primeiros modelos foram feitos por ele, usando pedaços de madeira, uma machadinha e inspirados apenas em imagens de papel. Com o passar dos anos, passou a comprar os objetos desmontados, em peças de plástico. A cada viagem que fazia, vasculhava lojas em busca de um modelo novo.

– Eu sempre quero mais um, e mais um. E ia comprando, pesquisando – lembra.

A miopia o impediu de tirar brevê para pilotar. Mas encontrou outras formas de se aproximar do mundo das aeronaves. Trabalhou como dentista durante 35 anos no Hospital da Base Aérea de Canoas e outros 17 anos na Varig. Entre uma obturação e um tratamento de canal nos pilotos, aproveitava para se informar sobre as novidades aeronáuticas. Virou uma enciclopédia viva do assunto. Conhece a história de cada modelo, em que ano foi usado e, em muitos casos, quem era o comandante do aparelho.

– Esse é um modelo da Esquadrilha da Fumaça que o major Braga pilotava – mostra o colecionador, que há 51 anos mora no bairro Tristeza.

Até hoje, Jayme segue ampliando o acervo. A última aquisição foi um modelo da marca alemã Blohm & Voss. Com mãos firmes e hábeis, ele montou peça por peça e pintou a aeronave. E tudo fica catalogado num livro, com fotos digitais tiradas por ele mesmo em anexo.

A coleção que lembra brincadeira de criança nunca chamou muito a atenção dos cinco filhos, 14 netos e três bisnetos.

– Eles sempre gostaram mais desses autinhos – lamenta.

Fonte: Zero Hora - Foto: Mauro Graeff Júnior

Tupolev Tu-154, o burro-de-carga russo

Tupolev Tu-154M, prefixo LZ-MIR, da Air VIA Bulgarian Airways
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O avião Tupolev Tu-154 é um dos aparelhos de referência da indústria de aviação civil do século XX, um “burro-de-carga” que ainda hoje permanece como principal aeronave usada nas ligações aéreas internas na Rússia e outros países da antiga União Soviética.

Ele constituiu a resposta russa a dois outros aviões de médias distâncias e três motores, fabricados nos anos de 1960 no Ocidente - o norte-americano Boeing 727 e o britânico Hawker Siddeley Trident – e manteve-se ao longo de quase três décadas como um dos mais reverenciados aviões do mundo, com capacidade para 180 passageiros, mais três ou quatro tripulantes. Essa reputação acabou, porém, por ser profundamente afetada durante o caos económico russo do início da década de 1990, quando se registaram dez quedas fatais envolvendo aviões Tu-154.

Os dois maiores acidentes ocorreram em 1984 – quando um destes Tupolev das linhas russas Aeroflot colidiu com outras duas aeronaves na pista ao aterrissar no aeroporto de Omsk, na Rússia, morrendo 174 pessoas e, em 1985, numa queda de outro avião no Uzbequistão, em que morrerram 200 pessoas.

O avião é exportado e faz parte das frotas de pelo menos 17 linhas aéreas além da Aeroflot e serve também algumas forças militares aéreas. Seu uso regular começou em fevereiro de 1972.

A queda do Tupolev Tu-154, prefixo EP-CPG, da Caspian Airlines, que matou 168 pessoas no dia 15 de julho último, é o terceiro acidente fatal de um avião desse modelo no Irã desde 2002 e constitui o mais mortal acidente de aviação na República Islâmica desde 2003.

Assista vídeo da BBC com imagens do local da queda do Tupolev no Irã.

Versões da aeronave

Tu-154

A produção da primeira versão teve início em 1970, enquanto o primeiro vôo foi realizado em 9 de Fevereiro de 1972. Movido por Kuznetsov NK - 8 - 2 turbofans, ele transportava 164 passageiros. Cerca de 42 foram construídos. Números de identificação de matrícula de 85006 a 85055.

Tu-154A

A primeira versão atualizada do original Tu - 154, a um modelo, em produção desde 1974, acrescentou ao centro - seção de reservatórios de combustível e mais saídas de emergência, enquanto os motores foram atualizados para o Kuznetsov NK - 8 - 2U. Outras modficações incluem atualizações incluém abas / slats automáticos e controles de estabilizador e modificou a aviônica. O peso de decolagem aumentou para 94.000 kg. Havia 15 diferentes esquemas do interior para os diferentes clientes domésticos e internacionais do avião, carregava entre 144 e 152 passageiros. A maneira mais fácil de dizer a um modelo básico é o pico na junção do final. Números de matrícula de 85056 a 85119.

Tu-154B

Como o original Tu-154 e Tu-154A havia sofrido rachaduras nas asas após apenas alguns anos de serviço, uma versão com uma nova e mais forte asa, designada Tu-154B, entrou em prod ução em 1975. Ela também tinha um extra de combustível no tanque da fuselagem, saídas extras de emergência na cauda, e o peso máximo de decolagem cresceu para 98 toneladas. NA Aeroflot foi também importante para que o aumento da capacidade de passageiros conduzisse a custos operacionais mais baixos. Enquanto o avião tinha o NK - 8 - 2U motores a única forma de melhorar a economia do avião estava a aumentar o núemero de assentos. [6] O piloto automático foi certificado pela OACI Categoria II abordagens. As aeronaves previamente construídas Tu-154 e Tu-154A também foram modificados para esta variante, com a substituição da asa. Nelas o peso aumentou para 96.000 kg. 111 foram construídos. números de matrícula de 85120 até 85225.

Tu-154B-1

Requisição da Aeroflot para rotas domésticas. Carregava 160 passageiros e tinha modificações na aviônica, no ar-condicionado e no tanque de combustível. 64 foram produzidas de 1977 a 1978 e números de matrícula de 85226 até 85294.

Tu-154B-2

Modernização pequena das aeronaves que tiveram a capacidade aumentada de 160 para 180 passsageiros. Além de uma versão 'VIP' do Tu-154. Números de matrícula 85295 até 85605.

Tu-154S

Modelo de Carga do Tu-154B. Podia carregar 9 containers de 20 toneladas cada. Foram planejadas a construção de 20 aeronaves. Mas, apenas 9 foram construídas. Números de matrícula 85019,85037, 85060, 85062, 85063, 85067, 85081, 85084, 85086

Tu-154M

A mais famosa versão e, a maior modificação, desde seu lançamento. vôou pela primeira vez em 1982 e entrou em produção em massa em 1984 tinha 2 Soloviev D-30KU-154 turbofans que consumiam muito menos combustível e proviam maior aerodinâmica. Agora a aeronave tinha 2 conjuntos de flaps (antes eram 3) que podiam baixar até 36 graus a mais do que o anterior e diminuiam o barulho na aproximação para o pouso. Também ganhou uma nova unidade de força auxiliar (a famosa APU) que tinha várias modificações. O peso máximo de decolagem chegava, algumas aeronaves foram certificadas, a até 104 mil kilos(antes eram 100 mil).

Tu-154M-LK-1

Versão de treinamento de cosmonautas. Era uma modificação para treinamento de cosmonautas para o ônibus espacial Buran. Este Tu-154 foi utilizado porque a Buran necessitava de uma descida controlada para o pouso. O bagageiro frontal tornou-se uma câmara.

Tu-154M-100

Variante com aviônica não russa. 3 aeronaves foram entregues a Slovak Airlines, em 1998, e depois foram vendidas, novamente, a Rússia em 2003.

Tu-155/156

Projeto do Tu-154 para ser operado com turbinas movidas a hidrogênio ou gás natural Tu-155 e Tu-156. Usaram hidrogênio primeiramente e depois começaram a utilizar o gás natural. Seu primeiro vôo, do Tu-155, foi em 15 de Abril de 1988. O Tu-156 não chegou a produção de um protótipo.

Fontes: Público.pt / ASN / Wikipédia / BBC - Foto: Arcturus (Wikimidia)

Já imaginou pilotar um avião de 2,6 gramas?

Nunca vi um aviãozinho radio-controlado tão pequeno. O Micro Butterfly, da Plantraco, pesa apenas 2,6 gramas e tem cerca de 11 centímetros de comprimento de asa. Praticamente um inseto voador com motorzinho!

Tudo é micro no avião: o receptor para o rádio-controle pesa 0,38 grama. O motorzinho tem apenas 4 milímetros e aguenta o tranco de levantar o avião do chão.

Ele é feito de um tipo de espuma e fibra de carbono, materiais leves, mas resistentes às inevitáveis quedas.

Para um modelo tão mínimo, até que o tempo de voo é razoável: entre 5 e 10 minutos. O preço, como de qualquer coisa pequenininha, é grande: US$ 150.

Fonte: Renata Leal (Info Online) - Foto: Divulgação

sábado, 1 de agosto de 2009

Foto do Dia

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Thunderbirds em lados opostos manobrando em cruz no Dayton Airshow 2009.

Foto: AoA Photography

"Pai" do Pequeno Príncipe, Exupéry desapareceu há 65 anos

Não há quem não conheça a história do Pequeno Príncipe, a profunda, metafórica e enigmática obra de Antoine Jean-Baptiste Marie Roger de Saint-Exupéry, um piloto e escritor francês que desapareceu em um vôo de reconhecimento em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial e virou uma lenda.

Saint-Exupéry nasceu no dia 29 de junho de 1900 em uma família nobre de Lyon, seu pai era visconde. Quando estava se formando em arquitetura na Escola de Belas Artes, acabou alistando-se no exército francês em 1921, primeiramente na cavalaria leve e depois passando por um treinamento para piloto, apesar do descontentamento de seus pais e se sua então noiva, a futura escritora Louise Leveque de Vilmorin.

A partir de 1926, sua paixão por voar o colocou no serviço postal entre Toulouse e Dakar, em uma época onde aviões eram precariamente equipados. Em 1929, passou um tempo na Argentina, onde foi diretor da Companhia Aeropostal daquele país. Foi nesse ano que publicou seu primeiro livro, Correio do Sul. De volta ao norte da África, passou a fazer a rota Casablanca-Dakar.

Em 1931, suas experiências profissionais o inspiram a lançar mais uma obra, Voo Noturno. Também neste ano, casou-se com a artista plástica e escritora salvadorenha Consuelo Suncin. O matrimônio, muito tumultuado, o levava a ficar mais tempo no ar do que em casa, por conta disso, tinha uma série de amantes por onde passava.

Em 1935, Exupéry e seu navegador sofreram um acidente no setor líbio do deserto do Saara quando tentavam bater o recorde de tempo entre Paris e Saigon. Apesar de saírem relativamente ilesos da queda, os dois passaram quatro dias vagando pelo inóspito local até serem encontrados por um beduíno. A desidratação era tão evidente que os dois nem mais suavam. Segundo o escritor, os dois experimentaram alucinações visuais e auditivas e a experiência que o inspiraria a escrever O Pequeno Príncipe, onde a história é justamente contada por um piloto que cai no deserto.

Com a segunda guerra mundial, ele voltou a se alistar e primeiramente fez parte da Força Aérea Francesa. Com a capitulação de seu país à Alemanha nazista, Antoine migrou para os Estados Unidos onde viveu em Nova York e em Long Island, mudando-se posteriormente para Quebec, no Canadá. Foi em 1942 que escreveu sua obra mais famosa, sobre o principezinho no planeta do tamanho de uma casa e com três vulcões (dois ativos e um inativo) e a bela flor.

As muitas mortes de Exupéry

Em 1944, de volta à Europa para lutar ao lado das Forças Livres da França, ele decolou de sua base na Córsega em uma missão de reconhecimento e nunca mais foi visto. Uma mulher reportou ter visto um avião caindo em 1º de agosto na costa de Carqueiranne, em Toulon, na França. Um corpo de uma soldado francês foi encontrado alguns dias depois, mas não foi possível identificar quem era e o corpo acabou sendo enterrado em Carqueiranne.

Em 1998, um pescador encontrou um bracelete de prata com os nomes de Saint-Exupéry e de sua mulher, Consuelo. Dois anos depois, o mergulhador Luc Vanrell encontrou um avião P-38 Lightning, o mesmo do voo fatídico do escritor na costa de Marselha. Em 2003, partes do aeroplano foram resgatadas. Investigadores do Departamento de Arqueologia Submarina da França confirmaram se tratar do avião de Exupéry, mas não encontraram marcas de balas na fuselagem.

Finalmente em março de 2008, o ex-piloto alemão da Luftwaffe, Horst Rippert, declarou ao jornal La Provence que fora ele quem derrubou o aeroplano de Exupéry. Segundo ex-piloto, ele derrubou um avião francês no dia 31 de julho de 1944, quando mais tarde soube que havia matado um de seus escritores favoritos, preferiu guardar segredo. O grande problema é que a versão de Rippert foi negada até pelo governo alemão, já que nos arquivos de sua força aérea não há qualquer menção sobre o fato. O mistério continua e, provavelmente, o mundo nunca saberá a verdade, apesar de ser sabido que Exupéry era o recordista de acidentes de sua companhia.

Após a morte de Exupéry, mais sete livros de sua autoria foram lançados. Sua importância na literatura francesa é imensa e sua história já foi contada em filmes como A Vida de Saint-Exupéry, de 1996, com Bruno Ganz como o escritor, e Wings of Courage, de Jean-Jacques Annaud. Seu último voo inspirou o livro The Last Flight of the Little Prince, de Jean-Pierre de Villers, e até mesmo um dos grandes mestres do quadrinho, o sensacional Hugo Pratt, chegou a imaginar essa aventura derradeira em Saint-Exupéry : Le Dernier Vol.

Eterno no imaginário das pessoas, Saint-Exupéry deixou valiosas lições de moral e ética e chegou a afirmar: "Se a vida não tem preço, nós comportamo-nos sempre como se alguma coisa ultrapassasse em valor a vida humana... Mas o quê?". Acreditamos que no caso dele foi o amor por voar.

Fonte: Claudio R S Pucci (especial para o Terra) - Fotos e Imagem: Divulgação

Pista do Aeroporto Salgado Filho será alargada

Recapeamento e alargamento da pista do Salgado Filho suspenderão pousos e decolagens entre 0h e 6h15min até dezembroA ampliação e a modernização do Aeroporto Internacional Salgado Filho começam a decolar na próxima terça-feira, dia em que se iniciam as obras de alargamento e recapeamento da pista. Orçada em R$ 15 milhões, a reforma será feita durante as madrugadas, até o fim do ano. Até lá, nenhum avião decolará ou pousará na Capital entre meia-noite e 6h15min.

Como o aumento da pista de 2.280 para 3.200 metros ficou para 2010, uma vez que depende da remoção de moradores da Vila Dique, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) decidiu concentrar esforços em melhorias da pista atual. Além de receber uma nova camada asfáltica que reduzirá imperfeições, ela terá sua largura ampliada de 42 para 45 metros, dimensão idêntica à do novo trecho que será construído no ano que vem.

– Com o alargamento, a pista seguirá padrões internacionais. Assim, o aeroporto poderá receber aviões de grande porte – explica a superintendente do aeroporto, Lia Segaglio de Figueiredo.

Horários de 15 voos serão modificados

Para a reforma ser feita, no entanto, o calendário de pousos e decolagens teve de ser alterado. Infraero, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e companhias aéreas acordaram, no início de abril, que os voos noturnos que saem ou chegam à Capital terão seus horários modificados para evitar que qualquer aeronave pouse ou decole durante a madrugada, período em que os operários estarão na pista.

– Estamos usando um tipo de asfalto próprio para pistas de aeroporto, que seca rápido, permitindo que a pista seja usada na manhã seguinte – revela Lia.

Em torno de 15 voos, entre partidas e chegadas, tiveram seus horários modificados – seis são regulares. Já as decolagens e pousos noturnos que ultrapassarem a barreira da meia-noite serão cancelados.

– Uma aeronave que não puder chegar a tempo em Porto Alegre sequer vai decolar do aeroporto de origem. Se estiver voando, será levada para outro aeroporto. O mesmo ocorre aqui: se passar da meia-noite, o avião não decola – explica.

Além das obras na pista, o sistema de balizamento também será modificado. Até o final de 2009, estará concluída a instalação do novo sistema de instrumentos para pouso, o Instrument Landing System Categoria II (ILS II), que permitirá ao piloto pousar e decolar mesmo sem boas condições de visibilidade.

– Esse novo sistema ficará pronto, instalado, apenas esperando o aumento da pista. Quando ela estiver ampliada, trocaremos o atual sistema de balizamento por este mais moderno.

Mais passageiros

- A ampliação do aeroporto tenta acompanhar o crescimento do número de passageiros. No primeiro semestre de 2009, foi registrado incremento de 5% no movimento em relação ao mesmo período do ano passado. Veja os números do primeiro semestre, em 2008 e 2009:
> 2009 = 2.573.003
> 2008 = 2.446.258

- O resultado obtido no Rio Grande do Sul está acima da média registrada nos 67 aeroportos administrados pela Infraero no país, que foi de 1,1%;

- Um recorde: em junho, 478 mil passageiros passaram pelo Aeroporto Internacional Salgado Filho, o maior movimento mensal de sua história. Foram, em média, quase 16 mil passageiros por dia.

Veja o que será feito: CLIQUE AQUI (em .pdf)

Fonte: Francisco Amorim (Zero Hora) - Foto: Júlio Cordeiro