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segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Documento: árvores atrapalham Campo de Marte
domingo, 11 de novembro de 2007
Airbus vende 11 unidades do gigante A380 à companhia Emirates
A fabricante de aeronaves européia Airbus fechou um contrato de grande valor com a companhia aérea Emirates, que encomendou 70 aviões do novo A350, além de 11 unidades do modelo gigante A380.
Segundo a Airbus, o preço de catálogo das aeronaves adquiridas dentro desta encomenda, anunciada hoje durante o Dubai AirShow 2007 que começou hoje na capital dos Emirados Árabes Unidos, é de US$ 20,2 bilhões.
O contrato inclui 50 unidades da versão 900 do Airbus A350 e 20 da versão 1000 (a de maior capacidade), e confirma uma opção por oito unidades do A380 que tinham sido objeto de um acordo inicial em junho, às quais se acrescentam outras três da versão gigante com capacidade para 555 passageiros.
A Emirates, que é o principal comprador do A380 (já solicitou 58 aviões), também assinou opções que poderiam elevar a encomenda até um total de 131 aeronaves.
O acordo foi assinado no Dubai AirShow 2007 pelo presidente da companhia, Ahmed Bin Saeed al-Maktoum, e o presidente da Airbus, Tom Enders.
Maktoum disse que "o A350 e o A380 terão um papel importante nos planos de crescimento da Emirates e de Dubai".
Sobre o novo avião da Airbus, ele ressaltou que a escolha "faz sentido" para uma companhia aérea como a Emirates, voltada às tecnologias do século XXI, e afirmou que a aeronave "oferece as últimas conquistas em termos operacionais e ambientais", assim como o melhor conforto para os passageiros.
Em relação ao A380, o presidente da Emirates disse que a encomenda destas aeronaves cresceu para atingir os novos planos de expansão de Dubai, entre eles atrair 15 milhões de visitantes aos Emirados Árabes Unidos até 2012.
Enders comemorou a assinatura do contrato, pois a "Emirates está depositando uma grande confiança nos programas do A350 e do A380, do que nossa companhia e nós estamos profundamente orgulhosos".
O responsável da fabricante aeronáutica européia afirmou que seus aviões oferecem conforto aos passageiros e um consumo reduzido de combustível, o que "não é apenas bom para o sentido dos negócios, mas também para o meio ambiente".
Enders lembrou que o A350, avião de capacidade média e grande autonomia que deve estar pronto para começar a operar em 2013, possui um desenho inovador com uma fuselagem maior e mais alta, para oferecer mais espaço e conforto aos passageiros.
A Emirates havia indicado há meses que pretendia encomendar cerca de cem aviões para cobrir rotas de longa distância, e que estava em dúvidas entre o A350 da Airbus e o 787 da Boeing.
Os dirigentes da companhia haviam dito que se limitariam a uma das duas aeronaves, que não dividiriam a encomenda entre os dois grandes construtores aeronáuticos mundiais.
Fonte: Invertia
Valor de mercado e afetivo seguram vizinhos de aeroportos
Apesar da insegurança, vizinhos dos aeroportos resistem em deixar suas casas.
O barulho das turbinas das aeronaves e o clima de insegurança que se instaurou com a crise na aviação brasileira não impediram a valorização de imóveis que cercam os aeroportos de Congonhas (Zona Sul), Campo de Marte (Zona Norte) e Cumbica, na Grande São Paulo. Os últimos acidentes aéreos em São Paulo provocaram medo nos vizinhos dos aeroportos, mas não foram suficientes para convencê-los a pensar em mudança.
Moradores aprenderam a lidar com inconvenientes e hoje declaram que não arredam pé do lugar. “É consenso da família não mudar por causa de Campo de Marte. O desfile das escolas de samba no Anhembi incomoda mais do que o ruído dos aviões”, diz Alessandra Ferreira, vizinha há 15 anos desse aeroporto.
Nem mesmo o acidente no domingo passado (4) com um jato executivo que matou oito pessoas na Casa Verde (Zona Norte) fez com que ela titubeasse. Da sacada do apartamento, Alessandra viu a explosão do Learjet sobre as casas. “Pelo barulho, achei que fosse um avião fazendo acrobacias. Minha mãe viu o avião vindo na direção do meu prédio. Eu brinco que eu vou morrer de avião: ou um avião cai em cima de mim ou eu vou estar dentro dele, porque viajo muito”, diz a administradora de empresas.
A boa infra-estrutura e localização dos bairros que, ao longo das décadas passadas, “abraçaram” os aeroportos explicam a preferência, também captada pelo mercado imobiliário. Na região de Campo de Marte, o metro quadrado de novos apartamentos em Santana (Zona Norte) valorizou-se, em média, 27% nos últimos cinco anos, segundo levantamento da consultoria Amaral D’Ávila Engenharia de Avaliações.
No período, o bairro recebeu 43 novos prédios, de médio e alto padrão. Atualmente o metro quadrado custa, em média, R$ 3.085,25. Os valores, calculados com base em lançamentos imobiliários, passam a ser referência para os preços no bairro e variam conforme o número de quartos, localização e padrão dos condomínios.
Apesar das restrições de construção por causa da proximidade de Campo de Marte, o bairro de Casa Verde, na Zona Norte, também verificou aumento no preço dos novos imóveis – a alta foi de 30%, para R$ 2.357,46 o metro quadrado. “Os ruídos da vida moderna superam os inconvenientes da subida e descida de aviões. Não são os aeroportos que inibirão o interesse”, diz João Freire D’Ávila Neto, diretor técnico da consultoria.
Pânico
Os moradores atestam a avaliação dos especialistas. “Na época do acidente da TAM (em julho deste ano), bateu um pânico. Foi a primeira vez que pensei em sair de Moema. Depois fui esquecendo. O bairro é uma delícia. Tenho tudo à minha volta. Não sei se conseguiria morar em outro bairro”, diz a dona de casa Rosiris Araújo Jardim, de 51 anos, que da janela de seu apartamento em Moema (Zona Sul), viu o Airbus A320 ser consumido pelo fogo após se chocar em um prédio.
São essas facilidades do bairro que influenciam o preço de seus imóveis. Nos últimos cinco anos, o valor do metro quadrado dos novos empreendimentos cresceu 17%, para R$ 5.187,69. “Moema sempre está sempre os dez locais mais procurados de São Paulo para construção”, diz o consultor. A expansão do bairro, a partir dos anos 70, teve reflexos no vizinho Campo Belo, na Zona Sul, onde a valorização alcançou 26% (R$ 4.119,19 o metro quadrado).
Filme legendado
Em mais de meio século morando no bairro, a presidente da Associação dos Moradores e Amigos de Moema, Lygia Horta, de 77 anos, aprendeu a distinguir os sons das turbinas das aeronaves e reage a qualquer “anormalidade”. “Se faz um barulho esquisito, corro para o jardim e para o quintal”, diz, bem humorada.
Moradores da área de aproximação de Congonhas também lidam com o excesso de decibéis. Dona Lygia trava desde os anos 80 uma verdadeira queda de braço com as autoridades aeronáuticas para que os vôos permaneçam proibidos das 23h às 6h. Para quem deseja se mudar para Moema, ela aconselha vidros duplo anti-ruído nas janelas.
No entorno do aeroporto de Guarulhos, o barulho também incomoda. “Os aviões passam arrancando as telhas. A gente só assiste a filme legendado. Eles também interferem na qualidade da imagem”, diz Edson Matos, de 53 anos, morador do bairro Bom Clima, a cerca de 3 km das pistas de Guarulhos.
O corretor de imóveis admite que já pensou em deixar o sobrado onde vive, na rota das aeronaves, mas a proximidade do trabalho e os serviços oferecidos na região pesaram mais na hora da decisão.
Cumbica, inaugurado em 1985, foi um dos propulsores do desenvolvimento de Guarulhos que não pára de crescer e se valorizar, dizem os especialistas. Em média, o metro quadrado dos novos imóveis desse município tiveram alta de 43% nos últimos cinco anos. O metro quadrado custa hoje, em média, R$ 2.222,13. Barulho? “Nem toda noite acordo com o ruído dos aviões. Você aprende a conviver com isso”, argumenta ele.
Embraer assina acordo de US$ 811 mi com Virgin Nigeria
A Virgin Nigeria concordou em comprar sete aviões Embraer 170 e três 190, anunciou em comunicado no Dubai Airshow.
O acordo dá à companhia aérea a opção de comprar mais seis 190 e o direito de adquirir oito aviões 190 e 195, segundo a empresa.
O acordo deve chegar a 811 milhões de dólares se todas as opções forem exercidas, afirmou a Embraer.
Embraer fecha acordo com Globalia e Falcon
O acordo inclui os modelos Lineage 1000, Legacy e Phenom, afirmou um porta-voz.
O anúncio do acordo foi feito no primeiro dia do Dubai Air Show, que vai até quinta-feira.
Fonte: Jason Neely (Reuters)
Governo quer fim do duopólio TAM e Gol
A idéia do governo é aumentar a concorrência no setor a fim de reduzir o preço das passagens e aumentar o número de aeroportos atendidos pelas companhias aéreas. O acordo firmado na sexta-feira com a intervenção da Anac para que a OceanAir assumisse parte da operação da BRA é um exemplo do esforço para evitar que mais fatias do mercado caiam nas mãos das duas grandes empresas.
"O duopólio de TAM e Gol é altamente prejudicial, pois há a quebra do princípio da concorrência", criticou o presidente da Associação Nacional em Defesa dos Direitos dos Passageiros do Transporte Aéreo (Andep), Claudio Candiota.
Detentora da fama de dura no trato com o setor privado, reputação surgida quando foi secretária de Previdência Complementar no governo Fernando Henrique Cardoso, a economista Solange Vieira foi escolhida por Jobim para executar a operação. Atualmente, Solange ocupa a Secretaria de Aviação Civil do Ministério da Defesa. A intenção do ministro é indicá-la para a presidência da agência reguladora, cargo vago desde a renúncia de Milton Zuanazzi. Marcelo Guaranys, outro diretor da nova Anac, também é peça-chave no plano. Ex-funcionário da Seae, Guaranys possui especialização em direito econômico. Mantém contato com representantes das pequenas empresas aéreas.
"Por enquanto, as conversas com o governo ainda não avançaram. Estamos esperando que os novos diretores da Anac assumam", disse o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Transportes Aéreos Regionais (Abetar), Apostole Lazaro Chryssafidis. "A perpetuação da participação no mercado das companhias grandes é nítida. Se o governo não editar regras que protejam as empresas menores, a situação vai se acentuar. O governo precisa subsidiar por período determinado a criação de linhas regionais até o tráfego ser gerado".
Segundo pesquisa feita pela Anac em junho, a TAM detém 48% do mercado. Segunda maior companhia, a Gol tem 38,3%. Varig e BRA respondem, respectivamente, por 5,1% e 3,1% do transporte aéreo doméstico. Os outros 5,5% são divididos por OceanAir e demais empresas regionais. O efeito disso é a redução do número de aeroportos atendidos pelas empresas de transporte aéreo regular.
O estudo Liberalização econômica e universalização do acesso no transporte aéreo: É possível conciliar livre mercado com metas sociais e ainda evitar gargalos de infra-estrutura, de autoria de Alessandro Vinícius Marques de Oliveira, coordenador do Núcleo de Estudos de Competição e Regulação do Transporte Aéreo (Nectar) do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), demonstra que a malha aérea brasileira chegou a ser integrada por mais de 300 cidades na década de 1960. Atualmente, os 15 principais aeroportos do país concentram cerca de 70% dos vôos.
"As empresas regionais fazem ligações diretas sem passar pelos hubs (centros de distribuição de vôos), com maiores freqüências", disse o presidente da Abetar.
Fonte: JB Online
sábado, 10 de novembro de 2007
Piloto morre após saltar de parapente
Acidente aconteceu durante campeonato em Governador Valadares (MG).
Provas que seriam realizadas no domingo (11) foram canceladas.
Veja o vídeo do acidente: CLIQUE AQUI.
Um piloto de parapente morreu neste sábado (10), em Governador Valadares (MG), após saltar durante uma prova. Carlos Faria, de 52 anos, participava do Campeonato Valadarense de Vôo Livre, realizado no Pico da Ibituruna.
“Na decolagem, ele foi fazer uma brincadeira, tirou os comandos e não teve tempo de retomar”, explicou o presidente da Associação Valadarense de Vôo Livre, Charles Ismael da Silva, entidade que organiza o campeonato. Ele contou que Carlos Faria era um dos pilotos mais antigos da cidade e que fazia parte da associação.
O vôo de parapente é uma modalidade de esporte em que o atleta corre e salta do topo de uma montanha ou de um pico. A estrutura do parapente se assemelha a uma asa delta e a um paraquedas e possibilita que o piloto conduza a direção do equipamento, que plana no ar.
Resgate
Segundo o presidente da associação, o piloto caiu de uma altura de cerca de 20 metros, chegou a ser socorrido, mas morreu a caminho do hospital. O presidente da associação informou que não havia ambulância no local, mas disse que os serviços de resgate estavam avisados.
“Quando a gente decola, em 30 segundos já está em uma posição que quem está embaixo tem mais facilidade em chegar a você”, explicou. De acordo com ele, Carlos Faria estava com todos os equipamentos de segurança, como paraquedas reserva e capacete. O Pico da Ibituruna fica a 850 metros de altura em relação à cidade e 1.200 em relação ao nível do mar. As provas que seriam realizadas no domingo (11) foram canceladas.
Fonte: G1
Presidente da OceanAir diz que não comprará a BRA
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou nesta sexta-feira em nota que a OceanAir já se responsabilizará pelo transporte de passageiros de pacotes turísticos da BRA neste fim de semana.
Na próxima semana, serão acertados os detalhes de um acordo temporário de cooperação entre as duas companhias, provavelmente com duração de três meses.
Questionado se o entendimento poderia se encaminhar para um acordo definitivo, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que essa é uma questão que cabe às empresas decidir.
"Por ora, o que importa é que vai-se resolver o problema dos 50 mil clientes. Espero que, depois, se torne definitivo", afirmou Jobim a jornalistas.
"Ou a BRA consegue superar a situação, ou há uma negociação da BRA com a OceanAir para uma incorporação. São especulações para o futuro", acrescentou.
O brigadeiro Allemander Pereira, diretor da Anac, informou que o acordo temporário valerá "provavelmente por 90 dias".
A companhia BRA Transportes Aéreos, que enfrenta crise financeira, anunciou na terça-feira a suspensão temporária de todos os seus vôos e a demissão dos 1,1 mil funcionários.
A BRA fazia, em média, 315 vôos por mês para 26 destinos nacionais e três internacionais. Segundo dados da Anac de setembro, a BRA tinha 4,6% do mercado doméstico, à frente da OceanAir, com 2,6%.
Embraer tem lucro de R$ 306 mi no 3º trimestre
A Embraer anunciou nesta sexta-feira lucro de R$ 306 milhões no terceiro trimestre, contra os R$ 163,4 milhões registrados no mesmo período do ano anterior.
A companhia teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 432,8 milhões, ante R$ 204,1 milhões em igual período de 2006. A margem passou de 10,9% para 15,9% no trimestre passado.
A receita líquida da fabricante de aeronaves somou R$ 2,72 bilhões no terceiro trimestre deste ano, contra R$ 1,87 bilhão no mesmo período de 2006.
A Embraer informou ainda que entregou 47 jatos entre julho e setembro, contra as 30 unidades entregues no mesmo período do ano anterior.
Fonte: Reuters News
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
Avião da Iberia sai da pista no aeroporto de Quito
TAM fecha indenização com 19 famílias de vítimas
Acordo terá custo de R$ 7 milhões para a empresa.
O executivo afirmou ainda que o seguro que a empresa mantém com o Unibanco AIG cobrirá todos os custos da companhia com a tragédia, com exceção de um acordo fechado com os familiares das vítimas e que prevê o pagamento de seguro saúde por um prazo de 24 meses. O acordo terá um custo de R$ 7 milhões para a companhia.
Em relação à crise da BRA, que suspendeu suas operações no início da semana, Barroso disse que a descontinuidade das operações da empresa é negativa para o mercado, principalmente por conta das demissões anunciadas. "Ter uma concorrência saudável é importante", disse. O executivo reiterou que a companhia está endossando bilhetes da BRA, mas não soube informar qual o volume de passagens endossadas até o momento.
OceanAir assumirá operações da BRA nos próximos dias
O G1 procurou nesta sexta-feira (9) as assessoria de imprensa da OceanAir e da BRA para confirmar a informação, mas ainda não obteve resposta.
Sobre as dívidas da empresa, o ministro disse que ainda não timha detalhes de como a questão seria resolvida, mas que o problema teria uma solução gradual. Até o mês passado, a BRA tinha cerca de 4,6% de participação no mercado. A OceanAir ocupava a quarta posição, com 2,61% de fatia do mercado.
'Está saindo alguma coisa de mim', disse jovem ao dar à luz em avião
Giovanna e Maria Valentina receberam alta da maternidade na tarde de quinta-feira (8).
Caxias do Sul: aeroporto é rebaixado; vôos desviam rota
A punição sofrida pelo aeroporto fez com que a Gol e a TAM, duas companhias que operam no local, suspendessem provisoriamente vôos para a cidade.
O caminhão de combate ao fogo está em uma oficina desde dezembro de 2002.
Fonte: Terra
Lucro da TAM desaba 77% no 3º trimestre
A companhia previu que a demanda do mercado doméstico em 2008 crescerá entre 8% e 12%, depois de avançar 10% a 15% este ano.
Infraero faz exercício de emergência no Galeão
A finalidade é aferir o Plano de Emergência do aeroporto, com a finalidade de melhorar a segurança de vôo e preservar vidas, minimizando as conseqüências de um possível acidente.
O exercício simulado é feito todos os anos, obedecendo às normas de Comando da Aeronáutica e da Infraero.
Fonte: JB Online
Zuanazzi: BRA é problema pequeno perto da crise da Varig
" É uma situação bem mais confortável do que quando a Varig parou de operar. Esse é um problema pequeno, perto dos 6 milhões de bilhetes vendidos que tinha a Varig, fora o programa Smiles", salienta Zuanazzi.
O ex-presidente diz que a situação da BRA era delicada há algum tempo. "Nós sabíamos que a situação era delicada, tanto que das dez aeronaves deixamos apenas cinco em operação. Mas, sempre primando pela segurança, eu nunca quis ver empresas saindo do mercado. Isso é ruim para a oferta de passagens. Até porque a retomada de atividades é mais difícil quando uma aérea sai do mercado", revela. Zuanazzi chegou a suspender a venda de passagens para trechos internacionais da BRA em meados de outubro, quando ele era o único diretor ativo da Anac.
Para ele, uma solução possível para que BRA continue suas operações seria recorrer à recuperação judicial, instrumento criado pela nova Lei de Falências. Esse foi o caminho seguido pela Varig no ano passado e que fez surgir uma nova companhia, livre de dívidas, que foi adquirida pela Gol.
"Eles podem entrar no processo de recuperação judicial como fez a Varig", sugere o ex-presidente da Anac. Essa pode ser uma saída para a companhia, já que as dívidas não são tão altas como eram as da Varig. Nesse caso, a companhia teria que pedir intervenção judicial e renegociar suas dívidas com os credores por meio de um plano de reestruturação. Esse plano tem que ser aprovado pela maioria dos credores.
Zuanazzi deixou a Anac no último dia 31 e entregou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma carta de demissão bastante dura com críticas ao governo e em especial ao ministro da Defesa, Nelson Jobim. O ex-presidente da Anac disse na carta que "após 30 anos de serviço público" continuava vendo as coisas acontecerem da mesma forma, "onde a verdade, a seriedade, no trato das coisas públicas, e, especialmente, as instituições e as leis do Estado democrático serem vilmente desrespeitadas" e que a Secretaria de Aviação Civil (SAC) criada pelo ministro nada havia produzido a não ser "ações midiáticas, manifestações desesperadas, discursos sem qualquer conteúdo técnico, revelando um jogo pobre, que tanto mal tem feito ao Brasil".
Ontem, somente dois dias depois da BRA anunciar a suspensão de suas atividades Jobim se pronunciou sobre o tema e disse que o mercado teria que resolver o problema dos consumidores que compraram passagens da companhia para as férias ou para voar em 2008. " Aqueles que compraram passagens para o ano que vem ou para as férias terão problemas. Eles não serão resolvidos pelo contribuinte brasileiro, é um problema de mercado", disse Jobim, que desde o início da crise não se privava de dar declarações como nesse episódio.
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Jobim autoriza ampliação de raio de vôos de Congonhas
Com isso, os vôos saindo de Congonhas poderão chegar até Corumbá, em Mato Grosso, ou Salvador, na Bahia. O Ministério da Defesa esclareceu que a medida valerá apenas no período de maior fluxo de passageiros, entre dezembro e janeiro.
Esta era uma das principais reivindicações que as empresas aéreas estavam fazendo porque se sentiam prejudicadas para atender cidades turísticas como as do sul da Bahia. No entanto, o Ministério da Defesa, informou que permanece a regra de que os vôos têm de ser ponto a ponto e que o aeroporto de Congonhas não pode ser usado como hub - centro de distribuição de vôos.
Ministro prevê problemas com BRA no fim do ano
Jobim admitiu hoje que os passageiros com bilhetes da BRA comprados para as festas de final do ano poderão enfrentar problemas para o embarque. O ministro disse que a prioridade do governo será solucionar casos emergenciais, como passageiros que já voaram um dos trechos e precisam retornar aos locais de origem - o que não necessariamente inclui os feriados de Natal e Ano Novo.
Denúncia: aviões da BRA estavam em más condições
O passo foi maior que a perna. A empresa começou a operar em 1999, com vôos fretados para agências de turismo. Um setor que em que ela tinha experiência. Em janeiro de 2006, a BRA passou a voar em linhas regulares e descobriu que as regras do novo jogo eram bem diferentes.
“É um erro que ocorre muito em empresas que decidem entrar em um outro segmento de mercado que não conhecem, que é muito distante. Parece que vai dar certo, mas não dá”, explicou Sérgio Lazzarini, especialista do setor aéreo.
Em dezembro, a BRA passou a ser administrada por um grupo de investidores estrangeiros e a Gávea Investimentos, do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga. Os investidores tinham 20% da empresa e colocaram no negócio R$ 180 milhões.
De janeiro a setembro de 2007, a BRA transportou quase 2 milhões de passageiros e chegou a operar 315 vôos mensais para 26 destinos nacionais e 3 internacionais. Tinha dez aviões. Em um ano, a participação no mercado cresceu de 3,41% para 4,6%.
Com o aumento do número de vôos, a fragilidade das operações da BRA começou a dar sinais. Em julho, um avião fez um pouso de emergência em Lisboa devido a problemas na turbina. No início de outubro, a despressurização da cabine provocou atrasos em uma decolagem em Porto Alegre. As reclamações dos passageiros aumentaram e a frota foi reduzida para a metade.
Uma aeromoça, ouvida pelo Bom Dia Brasil, denuncia o mal estado de conservação dos aviões: “Tinham aviões que já tinham históricos, de você entrar neles sabendo que poderia acontecer alguma coisa. Então, a gente já entrava preparada, sabendo que poderia despressurizar.”
A aeromoça diz que os funcionários trabalhavam com medo: “A gente entrava na aeronave pedindo a Deus que voltasse, porque uma situação que a gente vê... Não tem nada para servir dentro da aeronave. Como será que anda a manutenção?”
A aeromoça conta que a companhia operava de forma precária: “Muitas vezes pousava em algumas bases que não tinha nem funcionário para atender a aeronave. Nós ficávamos uma hora e meia em solo, aguardando.”
O Sindicato Nacional dos Aeronautas confirma os problemas. A presidente do sindicato, Graziella Baggio, disse que, há dois anos, denuncia as irregularidades à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a outras autoridades da aviação. “O sindicato tem recebido inúmeras denúncias. Entre elas, denúncias a respeito de manutenção, voltadas à questão da despressurização ou de falta de manutenção nas aeronaves. E também a respeito de alimentação embarcadas a bordo, não só dos tripulantes - que foi objeto de denúncia do sindicato à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) - como também denúncias de usuários reclamando sobre alimentação oferecida a bordo aos passageiros”, afirmou Graziella.
Quatro dias antes de encerrar a suspensão dos vôos, o presidente da BRA, Humberto Folegatti, renunciou. Pelo segundo dia consecutivo, nenhum responsável pela empresa quis se pronunciar.
“Graças a Deus a empresa parou sem que tivesse acontecido nada de grave. Porque, se tivesse continuado, com certeza, poderia ocorrer, mais uma vez, no Brasil, outra tragédia”, concluiu a aeromoça da BRA.
Sobem para cinco os mortos por queda de helicóptero americano na Itália
Quatro dos militares, entre eles uma mulher, morreram na hora. O quinto faleceu no hospital.
O aparelho, um Blackhawk usado no transporte de tropas americanas, tinha decolado às 8h30 (de Brasília) da base que o Exército dos EUA tem em Aviano.
O aparelho caiu a cerca de 200 metros de um das pontes da rodovia A27, que, por precaução, teve que ser temporariamente fechada.
Segundo a primeira reconstituição do acidente, os militares realizavam manobras de embarque e desembarque quando o helicóptero se inclinou demais e as hélices encostaram no chão.
O Corpo de Bombeiros demorou várias horas para regatar os corpos.
Os militares integravam as tropas postadas na Alemanha, de onde, segundo o Exército americano, saiu um grupo de peritos para investigar as causas do acidente.
Tanto o primeiro-ministro italiano, Romano Prodi, como o ministro da Defesa, Arturo Parisi, enviaram mensagens de pêsames às autoridades americanas.
Fonte: EFE