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sábado, 18 de março de 2023

Estreando comercialmente há 19 anos: os 10 principais operadores do Embraer E170


Em 17 de março de 2004, a LOT Polish Airlines tornou-se a primeira operado do Embraer E170.  O E170 realizou seu primeiro voo de testes em 19 de fevereiro de 2002 . Um total de sete protótipos foram construídos antes que a aeronave se tornasse uma favorita regional em todo o mundo.


Olhando para o número de voos no último mês, fica claro que os mercados mais notáveis ​​para o E170 são os Estados Unidos e o Japão. As operadoras desses dois países têm a presença mais significativa na lista dos dez primeiros. A Japan Airlines (JAL) é a nata da safra, mas está na companhia de várias companhias aéreas dos Estados Unidos.

De acordo com os dados fornecidos pela Cirium, os dez principais operadores do E170 entre 17 de fevereiro e 17 de março são divididos da seguinte forma:


A LOT pioneira do E170 ainda é uma operadora predominante com quase 1.000 voos. Air France, S7 da Rússia, Airlink da África do Sul e Airnorth da Austrália compõem o resto do bolo.


Mesmo que as operadoras herdadas da United, American e Delta dominem, deve-se notar que as empresas regionais operam principalmente voos em seu nome. United Express, American Eagle e Delta Connection dependem principalmente dessas empresas.

Assim, pensando nessas companhias aéreas, os operadores mais ativos do E170 entre 17 de fevereiro e 17 de março são:


Na verdade, é a subsidiária da Japan Airlines, a J-Air, que fornece o serviço E170 regular. Ao todo, o E-Jet mostrou seu valor em rotas suburbanas. Como Paulo Cesar Silva, ex-presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial, coloca: “Os E-Jets provaram sua capacidade de ajudar as companhias aéreas a maximizar o rendimento e entrar de forma sustentável em novos mercados, como no caso da Japan Airlines”.

Mais de 190 E170 foram adquiridos como parte de um total de mais de 1.650 entregas da família E-Jet. A série até inspirou outra geração de aeronaves, com o Embraer E2 obtendo um sucesso global crescente desde o lançamento da família em 2018.

As produções da Embraer têm salvado as rotas regionais. Os E-Jets e E2s da empresa brasileira continuarão sendo um item básico entre as frotas de curta distância neste próximo capítulo da história da aviação comercial.

Com informações de Simple Flying, Cirium e FlightGlobal

domingo, 12 de março de 2023

Hoje na História: 12 de março de 2004 - O voo inaugural do jato Embraer E190

No dia 12 de março de 2004, a aeronave Embraer E190, prefixo PP-XMA, do conglomerado aeroespacial brasileiro, voou pela primeira vez.

O modelo original Embraer E190, nas cores da JetBlue
A Embraer viu uma lacuna no mercado para uma aeronave regional com recursos de linha principal e surgiu com o ERJ-190, ou E190. O tipo não era uma aeronave nova para a empresa, mas sim uma evolução de uma conhecida família de aeronaves que começou sua vida em 1997 sob a denominação de E170, formalmente apresentada no Paris Air Show de 1999.

Os dois modelos foram posteriormente renomeados como Embraer E170 e E190 e evoluíram para as aeronaves E175 e E195. Em essência, os modelos E190/195 são trechos maiores dos modelos E170/175 equipados com uma nova asa maior, um estabilizador horizontal maior, duas saídas de emergência sobre as asas e dois motores turbofan GE 34-8E-10 montados embaixo.


A Air France Regional foi a primeira operadora europeia do E190. Foto: Daniel Crawford/Airways.

Cliente de Lançamento


A JetBlue foi o cliente de lançamento do Embraer ERJ-190 (Foto: Marty Basaria/Airways)
O cliente lançador do E190 foi a JetBlue (B6), que encomendou 100 aeronaves e levou 100 opções, opinião não compartilhada por outros portais como a Wikipedia, que cita a companhia aérea suíça Crossair como cliente lançador com um pedido de 30 aeronaves.

O site de monitoramento FlightRadar24 indica que 596 E190s estão ou estiveram em serviço com várias companhias aéreas grandes ou menores, incluindo Qantas (QF), Breeze (MXY), Myanmar Airways (8M), Guizhou Airlines (G4) e WDL Aviation (WL).

Mais sobre o Embraer E190


A Air France Regional foi a primeira operadora europeia do E190 (Foto: Daniel Crawford/Airways)
O E190 é uma aeronave de fuselagem estreita e corredor único com envergadura de 28,72 mt, comprimento de 36,24 mt e altura de 10,57 mt. Ele é alimentado por dois motores turbofan General Electric CF34-10E que fornecem uma confiança de 18500 libras.

Os pesos operacionais da aeronave são: máximo de decolagem 51800kg (114199lbs), peso vazio 13063kg (28800lbs), combustível máximo 12971kg (28596lbs). A velocidade máxima chega a Mach 0,82 (871 km/h ou 541 mph) a 41.000 pés (12.000 mt), e o alcance máximo é de 2.450 milhas náuticas (4.537 km). Requer uma corrida de 2100mt (6890ft) para decolagem e 1244mt (4081ft) para pousar.

 Embraer E-190-100LR, prefixo XA-GAG, da Aeromexico Connect (Foto: Luke Ayers/Airways)
O E190 pode acomodar de 100 a 114 passageiros em uma configuração de classe única ou 96 em uma configuração de classe dupla, oito na primeira/executiva ou premium e 88 na classe econômica.

Em 7 de março de 2022, a Embraer confirmou sua intenção de entrar no mercado de carga, oferecendo E-190 e E-195 convertidos em cargueiros. O fabricante de aeronaves espera que os primeiros façam seus primeiros voos em 2024.

A brasileira Azul Linhas Aéreas também opera esse modelo de aeronave
Por Jorge Tadeu com informações do Airways Magazine

quinta-feira, 2 de março de 2023

Embraer e empresa israelense apresentam conceito de avião-radar baseado no Praetor 600


Na última semana, a Embraer Defesa & Segurança apresentou seu protótipo em escala do P600, aeronave de alerta aéreo antecipado (AEW), no show IDEX em Abu Dhabi. O P600 é baseado na fuselagem do jato executivo Embraer Praetor 600, equipado com um radar Elta AESA digital de última geração e um conjunto avançado de autoproteção.

O P600 também incorporará sistemas IFF, ESM, ELINT e COMINT civis e militares e permitirá operação Beyond Line Of Sight (BLOS) através de um conjunto abrangente de comunicação, incluindo redes de dados e links de satélite.

O jato terá um teto de serviço de até 40.000 pés, uma velocidade de cruzeiro de até Mach 0,8, uma autonomia de voo de sete horas e meia e a capacidade de operar a partir de uma pista de 6.200 pés.

A Embraer e a IAI/Elta Systems assinaram um acordo de cooperação para desenvolver o P600 em junho de 2019 e comercializaram conjuntamente a aeronave no show Aero India, no começo deste ano. No entanto, ainda estão procurando um cliente de lançamento, uma vez que estão abordando uma espécie de “oportunidade de nicho de mercado” para uma aeronave AEW (com radar aerotransportado).

A Embraer tem experiência anterior em AEW, tendo desenvolvido o EMB-145RS, ou E-99 para a Força Aérea Brasileira, combinando o radar Erieye AEW da Saab com a fuselagem do ERJ-145.

Via Carlos Ferreira (Aeroin) - Imagem: Divulgação

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

A Embraer registrou recentemente uma patente para um sistema de massagem cerebral durante voos

Visando proporcionar maior tranquilidade a passageiros que sofrem estresse durante voos, uma nova tecnologia está sendo desenvolvida.


Viajar de avião é uma opção rápida e prática para chegar a diferentes lugares, seja para lazer ou trabalho. No entanto, nem todas as pessoas se sentem confortáveis em voar, especialmente em voos de longa duração na classe econômica, o que pode causar estresse e ansiedade.

Pensando nisso, a Embraer, fabricante brasileira de aviões comerciais, registrou um pedido de patente para um sistema que visa proporcionar uma sensação de bem-estar durante o voo. Esse “sistema de estimulação cerebral para proporcionar uma sensação de bem-estar” foi registrado em 2016 e concedido em 2022.

Segundo a Embraer, muitas pessoas ficam ansiosas em viagens longas de carro, trem e avião, tornando uma viagem curta em uma longa. Nesse sentido, a tecnologia proposta pela empresa pode ser muito bem-vinda para quem se sente desconfortável em voar.

O sistema descrito na patente inclui os seguintes elementos:
  • Uma câmera que digitaliza o rosto do passageiro no banco do veículo, fornecendo uma imagem de sua expressão facial;
  • Uma ferramenta de análise de expressão facial que pode identificar a emoção do passageiro;
  • Uma interface que pode oferecer aos passageiros angustiados uma forma de estimulação transcraniana não invasiva – potencialmente incluindo estimulação de corrente contínua baseada em eletricidade, estimulação magnética e ultrassom pulsado.
Métodos de estimulação magnética ou de corrente transcraniana são comumente utilizados para tratar doenças como depressão e outras condições de saúde mental. Além disso, existem dispositivos não invasivos de uso doméstico que podem oferecer efeitos semelhantes.

Embora a ideia de uma tecnologia que promove o bem-estar durante o voo seja atraente, é importante lembrar que a utilização de uma câmera que escaneia e captura as emoções dos passageiros pode gerar questões éticas.

Por fim, é importante lembrar que nem todos os pedidos de patente se tornam produtos reais, e é preciso aguardar para saber se essa tecnologia da Embraer será implementada nos aviões comerciais no futuro.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Saiba quanto custa um avião E-Jet da Embraer

(Foto: Embraer)
Sucesso de vendas da Embraer, a família E-Jets é uma série de aeronaves bimotoras turbofan de corredor único (narrow-body). A Família E-Jet foi desenvolvida par a atuar nos mercados regionais e emergentes, incluindo o mercado executivo com o Lineage 1000 e mais recentemente, o mercado de cargas.

A família Embraer E-Jet é constituída pelos modelos E170, E175, E190 e E195, com sistemas idênticos, diferindo apenas no comprimento da fuselagem e capacidade de passageiros. A flexibilidade da configuração dos E-Jets determinou um grande interesse das empresas aéreas, amado pelos passageiros porque não há assentos do meio e todos são acomodados na janela ou no corredor. O programa E-Jet já atingiu o marco de produção de 1400 aeronaves e atualmente está presente em 65 companhias aéreas de 45 países. Foram os primeiros aviões comerciais a ter o HUD duplo.

Diante do sucesso da família dos jatos regionais ERJ, a Embraer viu a possibilidade de desenvolver aeronaves maiores, com a capacidade de transportar entre 80-124 passageiros. Com mais de 2 décadas de produção, atualmente a Embraer aposta na família E-jet de segunda geração (E2), com a introdução do E190-E2 e do E195-E2 no mercado.

A lista de preços apresentada nesta postagem equivale aos preços da Embraer em 2021* e apresenta uma ligeira alteração quando comparada com a lista de anos anteriores. Confira a tabela abaixo:

E-JETS DA PRIMEIRA GERAÇÃO E1


Embraer família E-Jet E1, E2, E190, E195, E170 (Foto: Embraer)

EMBRAER E170: US$ 46,3 MILHÕES


Sendo o menor irmão da família E1, o Embraer E170 pode transportar até 78 passageiros em classe única. A aeronave conta com diferenças sutis em relação ao Embraer E175. Contando assim, 0com um amplo alcance, justificando a sua grande presença no mercado regional dos Estados Unidos. O E170 possui o alcance de 2.150 milhas náuticas/3.982 quilômetros.

EMBRAER E175: US$ 49,9 MILHÕES


O Embraer 175 tem capacidade para 86 passageiros. Os motores de alto desempenho e de alta eficiência energética são muito silenciosos e a aeronave ultrapassa os requisitos em matéria de ruídos e emissões da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO). Os winglets reduzem a resistência do ar, permitindo-lhe reduzir o consumo de combustível. A versão Advanced Range (AR) do E175 pode transportar uma carga total de passageiros por até 2200 nm (4.074 km).

EMBRAER E190: US$ 55,3 MILHÕES



O Embraer 190 é uma versão alongada do E175, o que lhe deu uma maior capacidade, podendo comportar até 114 passageiros. Apesar de ser uma aeronave regional, o Embraer 190 tem um amplo espaço em cabine para os passageiros, com um acesso fácil aos compartimentos superiores. Curiosamente, foi a partir do E-190 que se deu início o desenvolvimento do programa militar KC-390, modelo de transporte tático desenvolvido inicialmente para a Força Aérea Brasileira.

EMBRAER E195: US$ 58,5 MILHÕES


O E195 é o maior avião da família E-Jets da primeira geração, capaz de transportar até 118 passageiros e 13.530 kg de carga. O E195 oferece a melhor relação entre economia e desempenho. Podendo ser utilizado para voos domésticos e de longa distância em comparação com as outras versões. Os passageiros dispõem de uma cabine espaçosa e grandes compartimentos de bagagem de mão à disposição para melhorar substancialmente o conforto da viagem.

E-JETS E2


Embraer E-jet E1 e E2 (Foto: Embraer)
Anunciado no Paris Air Show de 2013, a nova geração dos E-Jets da Embraer chegou ao mercado com as novas tecnologias desenvolvidas pela empresa durante o período de 2000 a 2015. O E2 também incorpora uma nova geração de motores da Pratt & Whitney a Pure Power que são mais econômicos. Além de renovar a sua linha de jatos mais vendida atualmente, a Embraer também aproveitou para expandir o tamanho das suas aeronaves e atender as demandas das companhias aéreas.

A Família E2 teve entrada operacional com a Widerøe em 24 de abril de 2018 com o E190-E2. O Embraer E195-E2 fez a sua estreia com a Azul em outubro de 2019. Já a versão E175-E2, encontra-se com o seu desenvolvimento paralisado, no qual o conselho de administração do fabricante aprovou interinamente a pausa até 2025. Agora, a previsão do início de voos comerciais com a aeronave está programada para ocorrer entre 2027 e 2028.

EMBRAER E175-E2: US$ 56,4 MILHÕES


Este é o menor modelo da família E2, contendo até 90 lugares e está previsto para entrar em operação em 2027. Oferecendo flexibilidade de configuração, o E175-E2 foi projetado para atender as necessidades na aplicação regional ou de business. Incorporando a 4ª geração de tecnologia fly-by-wire, bem como a conectividade de última geração, esta aeronave proporciona aos operadores uma melhor eficiência de combustível e características de voo mais suaves em comparação com a primeira geração de E-Jets.

EMBRAER E190-E2: US$ 64,6 MILHÕES


Com capacidade para até 114 passageiros em uma configuração de classe única, o E190-E2 permite as companhias aéreas obterem um melhor retorno sobre o seu ativo de aeronaves em operações de linha principal e de alta densidade. Com seu primeiro voo concluído antes do previsto, o E190-E2 está estabelecendo uma nova referência em eficiência e inovação na sua categoria.

EMBRAER E195-E2: US$ 72,8 MILHÕES


O E195-E2 é a maior opção da Embraer para a família E-Jet-E2, através das atualizações que a aeronave recebeu em sua segunda versão, esta versão pode transportar até 144 passageiros em configuração de alta densidade, além de ter a autonomia incrementada e ser propulsionado pelo motor Pratt & Whitney Pure Power, o mesmo que equipa o E190-E2, porém, com um adicional de potência para compensart o maior peso de decolagem do E195-E2.

*Entramos em contato com a Embraer para obter os valores atualizados, mas não obtivemos resposta até o momento da publicação.

Texto: Pedro Viana (In memoriam) - Adaptação/atualização: Gabriel Benevides (Aeroflap)

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Embraer terá um novo turboélice; veja por que ele é diferente do CBA-123

O novo conceito de turboélice da Embraer tem chamando muita atenção do mercado nos últimos tempos. Seu desenho remete a um antigo projeto da fabricante, mas as semelhanças são limitadas.

(Foto: Divulgação/Embraer)
O futuro avião da Embraer ainda não tem um nome oficial e tampouco se sabe muito sobre ele. No entanto, em suas declarações, a fabricante brasileira salientou que está buscando o que há de mais sofisticado no mercado com vistas a tê-lo como um game changer para si em termos de economia, conforto e respeito ao meio-ambiente.

Há cerca de dois anos, Luis Carlos Affonso, vice-presidente sênior de Engenharia, Desenvolvimento de Tecnologia e Estratégia da Embraer, havia dito o seguinte acerca do turboélice: “Nossa proposta é oferecer um turboélice de alta tecnologia, de 70 a 90 assentos, com a mesma seção transversal dos E-Jets. Muito confortável, sem assentos do meio e compartimentos superiores espaçosos. Com essas características, esta aeronave substituirá os atuais jatos regionais em mercados muito importantes”.

Semelhanças com o CBA-123, mas conceito diferente


Um dos aspectos que já foi possível conhecer é o design. Após a divulgação das imagens da aeronave, nasceram comentários sobre o desenho do avião, cujo conceito usa o corpo do E175, com asas mais retas e motores na parte traseira da aeronave, próximos da cauda.

Rapidamente, muitas pessoas fizeram a associação imediata ao projeto CBA-123, desenvolvido em parceria com a argentina FMA há várias décadas. Este projeto foi uma inovação global na época, utilizando um motor turboélice na configuração pusher (que empurra e não traciona o avião).

O projeto acabou não indo para frente devido ao alto custo, dificuldades da parceria com a Argentina, incorporar muitas novas tecnologias, causando atrasos, além de problemas de ruído e vibração resultantes do motor, que seria exclusivo do CBA-123.


De todo o modo, o conceito de motores com hélice na parte de trás da fuselagem não foi uma exclusividade da Embraer. Em 1988, a americana McDonnell Douglas tinha testado no MD-80 um conceito parecido, mas com motores propfan, que é um motor a jato, mas com hélices instaladas no eixo logo após as turbinas, que acaba sendo “similar” ao do CBA.

A ideia é que o MD-81 UHB se tornasse comercialmente o MD-89, que também seria oferecido a versão MD-94X, com mesmo motor propfan, mas nova fuselagem e asas. Ficou apenas na ideia, já que o projeto não foi para frente por falta de interesse das empresas aéreas.

Antes disso, a própria Boeing também já desenhava algo similar, mas que nunca saiu do papel, o 7J7, que seria um potencial sucessor do 727.

(Foto: Andrew Thomas, CC)
De qualquer maneira, todos estes exemplos são diferente do conceito atual da Embraer, que indica que manterá o tradicionalismo das hélices tratores (viradas para frente).

De qualquer maneira o aprendizado do CBA-123 refletiu na linha ERJ que, por sua vez, gerou os E-Jets e agora chega na “terceira evolução” com este novo conceito, que tem também suas asas parecidas com a do CBA. No futuro, será conhecido o quão próximo o novo avião será do projeto binacional.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Eve, da Embraer, mantém meta de iniciar operações em 2026 e busca certificação de aeronave


A fabricante de aeronaves elétricas Eve Holding Inc permanece "no caminho certo" para atingir sua meta de iniciar suas operações comerciais em 2026, disse um executivo nesta sexta-feira (17), com sua meta mais urgente sendo obter a certificação de uma aeronave.

O vice-presidente de serviços e operações de frota da Eve, Luiz Mauad, disse em uma entrevista à Reuters que espera que as autoridades avancem no estabelecimento de regras para o setor em 2023, o que abriria caminho para a certificação "em alguns anos".

A Eve, controlada pela fabricante aeronaves Embraer, abriu no ano passado um processo para que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) certifique sua aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL). A carteira de pedidos pela aeronave já ultrapassa 2.700 antes do início da produção.

"Entrar em serviço, sim, é um marco superimportante, mas antes disso vem a certificação -- e certificar um avião, mesmo um avião tradicional, já é um desafio gigante para qualquer empresa", disse Mauad antes do evento MRO Latin America, em Buenos Aires.

Eve está confiante no "projeto robusto", que conta com a expertise da Embraer, disse Mauad, reiterando a meta de iniciar as operações em 2026.

Ele disse que a Eve já tem o dinheiro necessário para o projeto, inicialmente estimado em 540 milhões de dólares, após realizar uma listagem nos Estados Unidos e um financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A Eve estreou na Bolsa de Valores de Nova York em maio de 2022, após fundir seus negócios com a Zanite Acquisition, levantando cerca de 400 milhões de dólares para a fabricação de suas aeronaves. O BNDES anunciou posteriormente financiamento à Eve de 490 milhões de reais adicionais.

"Nós temos uma base sólida de investimentos, temos como viabilizar o nosso projeto --empresa e produtos", disse Mauad, observando que a Eve também tem trabalhado em soluções como um software para gerenciamento de tráfego aéreo.

"O investimento que a gente já captou nos dá tranquilidade de desenvolver todos esses produtos até colocá-los em serviço" disse ele. "Outros investimentos, se necessário, talvez possam vir, mas ainda nós estamos em uma posição muito tranquila."

Seus comentários acontecem após a empresa de consultoria McKinsey dizer no início deste ano que um financiamento adicional seria importante para os agentes do setor neste ano.

Os pares de Eve incluem Joby Aviation, Vertical Aerospace, Lilium e Archer Aviation.

Em relatório, a McKinsey também sugeriu a possibilidade de consolidação, dizendo que fusões e fechamentos de negócios podem ser vistos à medida que "os players amadurecem e pode ficar mais claro quais tecnologias, designs e modelos de negócios são prováveis de fazer sucesso".

Mauad reconheceu que um processo de consolidação poderia acontecer no setor, mas observou que a Eve ainda está particularmente focada em trabalhar por meio de suas parcerias.

Os investidores da Eve incluem United Airlines, Acciona, SkyWest, Bradesco BBI, Rolls-Royce, Thales e BAE Systems.

Via Gabriel Araujo (Reuters)

domingo, 19 de fevereiro de 2023

Maior operadora do Phenom na América Latina recebeu o seu décimo avião

A Avantto, a maior operadora do Phenom na América Latina, recebeu o seu décimo avião para uso compartilhado.

Embraer Phenom 300 (Foto: Divulgação/Embraer)
A Avantto, empresa brasileira do segmento de compartilhamento de aeronaves executivas, acaba de efetuar a compra de seu décimo jato Embraer Phenom 300.

Com uma carteira de 450 clientes, a organização consolida ainda mais a sua posição de maior operadora desse tipo de equipamento na América Latina. Segundo a empresa, a aquisição ilustra o contínuo crescimento do setor de divisão de cotas em jatos e helicópteros em todo o mundo.

De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), a aviação de negócios registrou em outubro de 2022 a operação de 780 jatos nos céus. No mesmo mês de 2021, esse número era de 728.

"Se antes da pandemia da Covid-19 o investimento em um jato Phenom 300 seria na casa de R$ 50 milhões, com a aquisição de cotas para compartilhamento esse valor cai para R$ 6,3 milhões. Isso sem a gente falar na enorme redução de todos os custos mensais", afirmou o CEO da Avantto, Rogerio Andrade.

Nos últimos dez anos, o jato foi o mais vendido do mundo em sua categoria. Ele pode chegar a 833 km/h, com autonomia de mais de 3.000 km, podendo fazer voos non-stop para todo o Brasil e para a maioria dos países da América do Sul. Com motores fabricados pela Pratt & Whitney Canada, o Phenom 300 pode levar até dez ocupantes e é capaz de voar a 45 mil pés de altura (pouco mais de 13 mil metros).

Via Marcel Cardoso (Aero Magazine)

domingo, 12 de fevereiro de 2023

Em Minas, aparece por inteiro o primeiro avião Embraer com as cores do Mercado Livre

(Foto: Marcio Gustavo Do Espirito Santo)
A Azul Linhas Aéreas acaba de pintar e está quase pronta para colocar em sua malha aérea uma aeronave personalizada para o marketplace Mercado Livre, a primeira de sua parceria com o varejista. O AEROIN havia antecipado com exclusividade que a aeronave escolhida é um Embraer E195-E1 de matrícula PR-AYJ, que na sexta-feira (10) foi vista fora do hangar da Azul no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte

Os assentos do jato foram retirados para que a aeronave possa levar pacotes de pequeno e médio tamanho. A Azul foi a primeira empresa no mundo a usar os E-Jets para transporte de cargas durante a pandemia e a terceira companhia no Brasil a ter uma aeronave personalizada para o Mercado Livre

No Brasil, a parte aérea do Mercado Livre, que visa acelerar entregas em todo o país, tem por modelo de negócio o aluguel de capacidade das empresas parceiras, como a Gol e a Azul. A iniciativa ajuda a reduzir os prazos de envio dos pacotes, além de aumentar a capacidade de entregas para o dia seguinte nas compras de produtos armazenados nos Centros de Distribuição de São Paulo e da Bahia.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Hoje na História: 9 de fevereiro de 1973 - 50 anos da entrega do primeiro Embraer EMB-110 Bandeirante

O primeiro protótipo do EMB-110 antes de seu primeiro voo
Neste 9 de fevereiro, o Embraer EMB-110 "Bandeirante", está completando 50 anos de operação. A aeronave é um bimotor turboélice destinada ao uso civil e militar, com capacidade para vinte e um passageiros, desenvolvida e fabricada no Brasil pela Embraer entre os anos de 1973 e 1991.

No final da década de 1960, o governo brasileiro desencadeou uma política de expansão da indústria nacional, época em que havia a necessidade de se obter um avião de propósito geral, para uso civil e militar, a ser utilizado no transporte de cargas e passageiros. Desta forma promoveu estudos para a criação de uma nova aeronave, de baixo custo operacional, capaz de ligar regiões remotas e dotadas com pouca infra-estrutura.

Coube a uma equipe do Centro Técnico Aeroespacial, liderada inicialmente pelo projetista francês Max Holste, com a supervisão do engenheiro aeronáutico Ozires Silva, a missão de desenvolver o produto. O projeto, que foi chamado de IPD-6504, teve início em 1965 e se desenvolveu durante três anos, até o primeiro voo, em 22 de outubro de 1968. A Embraer ainda não havia sido criada, o que aconteceria no ano seguinte, em 19 de agosto de 1969, tendo como primeiro presidente, Ozires Silva.


Em maio de 1971 foi iniciada a produção em série do avião, com a primeira entrega em 9 de fevereiro de 1973, para a Força Aérea Brasileira, que encomendou oitenta unidades. A aeronave foi vendida para diversos países. De um total de 498 aviões fabricados, 245 foram para o exterior, incluindo forças armadas. Em alguns países ganhou o apelido de "Bandit".

Utilizado para o transporte de passageiros, carga, busca e salvamento, reconhecimento fotográfico, originou também uma versão de patrulha marítima, o Bandeirante Patrulha, apelidado Bandeirulha.

Protótipo nº 1, de três produzidos, cuja denominação era EMB-100 ou FAB YC-95 (Musal)
O protótipo do Bandeirante está em exposição no Museu Aeroespacial do Campo dos Afonsos (MUSAL), na base aérea que tem o mesmo nome, no bairro do Campos dos Afonsos, na cidade do Rio de Janeiro. O terceiro modelo produzido está exposto no Parque Santos Dumont, na cidade de São José dos Campos.

Via Wikipedia

Air New Zealand e Embraer assinam acordo de colaboração para programas de aeronaves sustentáveis ​​da próxima geração

A Embraer torna-se parceira de longo prazo da Air New Zealand no programa 'Mission Next Gen Aircraft'. Air New Zealand é a nova integrante do Grupo Consultivo Energia da Embraer.


A Air New Zealand assinou um acordo para ingressar no Grupo Consultivo do projeto Energia da Embraer – formado por companhias aéreas, empresas de leasing, fabricantes e outros integrantes do mercado de aviação – que avaliaram o projeto, com o objetivo de desenvolver aeronaves ecológicas para o futuro.

Além disso, a Embraer se tornou a mais nova parceira de longo prazo na iniciativa “Mission Next Gen Aircraft”, da Air New Zealand, esteve ao lado da companhia para acelerar o desenvolvimento e introdução de tecnologia de aeronaves de emissão zero para a frota regional da Nova Zelândia.

Com a iniciativa, as empresas trabalharão juntas no design para aeronaves sustentáveis ​​de próxima geração. A Air New Zealand é uma companhia aérea com a missão de conectar clientes e produtos em 20 regiões diferentes da Nova Zelândia, exigindo requisitos complexos em sua frota regional.

De acordo com a diretora de Sustentabilidade da Air New Zealand, Kiri Hannifin, a companhia aérea tem metas ousadas na área, que não será alcançada por meio de uma estratégia de negócios convencional. “A Mission Next Gen Aircraft visa acelerar a tecnologia e a infraestrutura necessária para descarbonizar nossos voos domésticos, unindo forças com os principais desenvolvedores e fornecedores de infraestrutura de aeronaves do mundo”, diz.

“Queremos ser líderes na implantação de aeronaves com emissões zero na Nova Zelândia. Ter a Embraer como parceira de longo prazo aumentará o conhecimento em ambas as partes sobre a tecnologia de aeronaves de emissão zero. Desta forma, a Embraer também terá a confiança de que está desenvolvendo um produto viável para nós”, destaca Hannifin.

“Como líder global em aeronaves regionais, a Embraer está bem posicionada para trazer tecnologias disruptivas primeiro para aeronaves menores. A Air New Zealand, operadora de uma rede regional ampla, complexa e diversificada, é a colaboradora perfeita e estamos orgulhosos de fazer parte desta iniciativa”, disse Arjan Meijer, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial.

“As aeronaves menores regionais serão as primeiras plataformas nas quais novos sistemas de combustível e propulsão poderão ser apresentados de forma eficaz. A Embraer espera contribuir com a iniciativa da Air New Zealand, e também trazer sua experiência ao projeto de energia da Embraer”, completa Meijer.

Via Embraer - Imagem: Divulgação

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Embraer assina acordo com o Ocean Explorer e Beacon se expande para o segmento de helicópteros

É a primeira operadora de helicópteros a utilizar o Beacon em suas atividades de manutenção. Plataforma digital demonstra sua capacidade agnóstica ao apoiar operadores de helicópteros


A Embraer assinou um acordo com a Ocean Explorer, operadora brasileira de helicópteros, para uso do Beacon em suas atividades de manutenção. A plataforma digital coordena e conecta recursos e profissionais para um retorno mais rápido ao serviço. A empresa é a primeira operadora de helicópteros a usar o Beacon para dar suporte a comunicação entre suas equipes de manutenção e os parceiros externos, simplificando fluxos e aprimorando conhecimento para melhorar suas operações de manutenção.

“Estamos entusiasmados com o embarque da primeira operadora de helicópteros no Beacon. Projetamos uma plataforma digital para manter todos os tipos de aeronaves voadoras – inclusive os helicópteros. O Beacon sempre terá espaço entre os diferentes tipos de operadores para facilitar a tranquilidade de manutenção, alavancar a comunicação contextualizada em torno desses eventos e tornar os fluxos de trabalho mais simples”, destacou Marco Cesarino, Head do Beacon.

“O Beacon é a solução ideal para o Ocean Explorer, pois buscamos uma operação de manutenção digital e inteligente. Com o Beacon, nossa equipe pode se comunicar com centros de manutenção, representantes de manutenção de motores e outros parceiros externos em tempo real, sem a necessidade de procurar informações em e-mails e telefones. Precisamos garantir que o helicóptero esteja sempre disponível. Nesse sentido, é fundamental manter as informações seguras e acessíveis a todos os envolvidos”, disse Daniel Braz, Gerente Geral da Ocean Explorer do Brasil.

A Ocean Explorer é uma companhia brasileira de gerenciamento de helicópteros, que opera o Airbus ACH160, um dos helicópteros mais sofisticados e tecnológicos do mundo. O Brasil tem mais de dois mil helicópteros sobrevoando as cidades diariamente. São Paulo possui a maior frota urbana do mundo, com mais de 400 aeronaves registradas e cerca de 2.200 pousos e decolagens diárias, de acordo com um levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Pilotos de Helicóptero (Abraphe).

Via Imprensa Embraer - Imagem: Divulgação

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Veja como é e quanto pode custar modelo do avião que Leila Pereira comprou para uso do Palmeiras

Embraer E-190, segundo a fabricante, é econômico e espaçoso; saiba mais detalhes.

Avião modelo E190 da Embraer (Foto: Divulgação/Embraer)
Leila Pereira, presidente do Palmeiras, anunciou na última segunda-feira, em reunião de chapas do Conselho Deliberativo, que comprou um avião para o time profissional fazer suas viagens. É um Embraer modelo E-190, com capacidade para 114 pessoas. Mas como é essa aeronave? Quanto ela pode custar?

Em seu site, a Embraer define o modelo E-190 como "regional com recursos de linha principal". Ainda segundo a empresa, esse avião tem um dos interiores mais espaçosos dentre aqueles que têm corredor único e oferece "economia impressionante".

O valor de compra de uma aeronave nova pode variar muito, de acordo com os detalhes. Mas em janeiro de 2021, um modelo como o que Leila comprou chegou a custar US$ 55 milhões, o que na cotação atual, seria algo superior de R$ 280 milhões.

Lito Sousa, especialista em aviação, diz que há dois tipos de E-190, o normal e o jet. E a diferença de valor entre eles (não se sabe ao certo qual foi o modelo comprado pela empresa de Leila) pode variar de US$ 45 milhões (R$ 230 milhões) a US$ 60 milhões (R$ 307 milhões).

Principais informações

  • Uso: transporte de passageiros
  • Propulsão: turbofan bimotor
  • Tripulação: dois pilotos mais comissários
  • Capacidade: 96 a 114 passageiros
  • Envergadura: 28,72m
  • Comprimento: 36,24m
  • Velocidade máxima: 871km/h
  • Alcance: 4.537km (veja abaixo o alcance do avião, partindo de Brasília)
  • Produção: 2004 até hoje
  • Primeiro voo: 12 de março de 2004
  • Projeto: desenvolvimento próprio da Embraer
Alcance de um avião modelo E-190 da Embraer (Imagem: Divulgação/Embraer)

Pesos e carga útil

  • Peso máximo de decolagem: 51.800kg
  • Peso Máximo de Aterrissagem: 44.000kg
  • Carga máxima: 13.047kg
  • Combustível máximo utilizável: 12.971 kg / 28.596 lb (16.153 l / 4.267 gal)

Performance

  • Velocidade máxima de cruzeiro: aproximadamente 1.004 km/h
  • Tempo de subida para o FL350: 16 minutos
  • Comprimento do campo de decolagem: 1.267m
  • Comprimento do campo de aterrissagem: 1.244m
O Palmeiras, de acordo com o anunciado por Leila, poderá usar o avião para viagens nacionais, para fora de São Paulo, e internacionais, com flexibilidade para definir o melhor dia e horário para as viagens. A aeronave será propriedade de uma empresa da presidente do Verdão.

A ideia da compra partiu de Leila para evitar o desgaste de viagens dificultadas pela malha aérea brasileira. A aeronave deve ser entregue em aproximadamente 100 dias. Quando não utilizada, poderá, a princípio, ser alugada para outros clubes.

Via Henrique Toth (ge)

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

NTSB detalha incidente em que um funcionário da companhia aérea foi 'ingerido' em um motor E175


O National Transportation Safety Board (NTSB) dos Estados Unidos (EUA) emitiu um relatório preliminar sobre um incidente em que um funcionário da Envoy Air foi “ingerido” em um motor Embraer E175.

O incidente ocorreu em 31 de dezembro de 2022, quando um agente de rampa que trabalhava para a Piedmont Airlines foi ingerido em um motor Embraer E175 no Aeroporto Regional de Montgomery (MGM), Alabama, EUA. O E175, registrado como N264NN, chegou do Aeroporto Internacional de Dallas Fort Worth (DFW) no voo AA3408 com 59 passageiros e quatro tripulantes. Nenhuma das pessoas a bordo da aeronave ficou ferida.

A Piedmont Airlines é uma subsidiária do American Airlines Group, empresa controladora da American Airlines.

Ingerido pelo motor


De acordo com o NTSB, o E175 tinha uma Unidade Auxiliar de Potência (APU) inoperante, razão pela qual exigia força de solo na chegada ao portão após o período obrigatório de resfriamento do motor de dois minutos. Três agentes de rampa estavam presentes na chegada da aeronave ao portão e todos os três estavam fora da área de segurança.

Enquanto o capitão desligava o motor número dois (lado direito), o motor do jato indicou e o sistema de alerta da tripulação (EICAS) indicou que a porta de carga dianteira havia sido aberta, embora o motor número um ainda estivesse funcionando. O primeiro oficial abriu a janela de sua cabine para informar ao agente da rampa, que abriu a porta de carga, que a usina da esquerda ainda estava funcionando. Em seguida, o comandante anunciou aos passageiros que deveriam permanecer sentados até que o sinal de cinto de segurança fosse desligado. Ele então disse ao copiloto que eles desligariam o motor número um assim que a energia de solo fosse conectada.


No relatório, o NTSB continuou detalhando que logo após o capitão transmitir suas intenções, uma luz de advertência acendeu e a aeronave balançou violentamente, pois o primeiro motor desligou automaticamente.

O material de vídeo mostrou que o agente de rampa ingerido no motor da aeronave foi visto “caminhando ao longo da borda dianteira da asa esquerda e diretamente na frente do motor número um” e ela foi sugada pela usina GE CF34. A luz do farol giratório superior, que indica que o motor está ou está prestes a ser ativado, acendeu.

“A equipe de terra informou que um briefing de segurança foi realizado cerca de 10 minutos antes de o avião chegar ao portão. Um segundo “conjunto” de segurança foi realizado pouco antes de o avião chegar ao portão, para reiterar que os motores permaneceriam funcionando até que a energia terrestre fosse conectada”, continuou o relatório do incidente. Além disso, a equipe de solo “discutiu que o avião não deveria ser abordado, e o diamante dos cones de segurança não deveria ser ajustado até que os motores estivessem desligados, girados para baixo e a luz rotativa do avião tivesse sido apagada pela tripulação de voo”.

Ainda assim, os agentes da rampa disseram aos investigadores que um agente da rampa foi visto montando o cone de segurança traseiro e que a pessoa quase caiu do escapamento do motor. Um funcionário descreveu que eles acenaram e gritaram para o agente da rampa que quase caiu e assim que ele se virou para abaixar o fio do terra, “ouviu um “estrondo” e o motor desligou”.

O Embraer E175 deixou a MGM em 8 de janeiro de 2023 e está em serviço ativo desde então, de acordo com dados do flightradar24.com.

Via Aerotime Hub

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Entenda por que a Embraer vende mais avião no exterior do que no Brasil

Demanda do mercado interno por aeronaves menores e maior custo desses modelos explicam o fato de grande parte da produção ter como destino o exterior.

Embraer registrou um volume de entregas de jatos comerciais e executivos 10% maior no 3º trimestre de 2022 em comparação com o mesmo período do anterior (Foto: Reuters/Denis Balibouse)
A Embraer, fabricante brasileira de aviões, entregou mais de 8.000 aeronaves desde que foi fundada, em 1969. Segundo a companhia, mais de 90% de sua produção é exportada, sendo Estados Unidos e Europa os principais destinos.

Mas por que uma empresa brasileira tem esses resultados e mais vendas no exterior? Isso ocorre, de acordo com especialistas consultados pela CNN, porque o Brasil não tem um mercado de aviação regional como o dos países europeus ou dos EUA.

Nas rotas domésticas mais curtas – comuns por lá – o ideal são aeronaves de menor porte, como as fabricadas pela brasileira, que não têm mercado consumidor interno justamente porque o país não possui ampla malha aeroviária regional.

O custo dessas aeronaves também são maiores, outro ponto que favorece os compradores estrangeiros.

No Brasil, a principal compradora é a Azul, que afirmou à CNN ter recebido no ano passado 60 aeronaves ao todo.

Já as companhias aéreas GOL e Latam não contam aviões da Embraer em sua frota. A primeira depende de uma frota única da Boeing do modelo 737, enquanto a segunda conta com aeronaves Airbus e também da Boeing.

“Tudo começa pela demanda. Ao analisarmos as rotas, é importante verificar que as rotas da GOL e da Latam são maiores, que geralmente também dependem de aeronaves maiores para a realização do trajeto. Com a Azul, é diferente, e por isso a empresa utiliza mais as naves da Embraer”, explicou Cleveland Prates, professor da faculdade de Direito da FGV (Fundação Getulio Vargas).

O especialista ressaltou que é preciso considerar o modelo de negócio de cada aérea, além das questões técnicas das aeronaves contratadas e das preferências por custo dos modelos que serão utilizados.

“Não adianta, por exemplo, querer colocar um Boeing para realizar uma rota muito curta, porque a performance dele não vai ser tão boa. A altitude desse tipo de aeronave é maior, então não seria o modelo mais adequado”, disse.

André Castellini, sócio da consultoria Bain & Company e especialista em aviação, destacou que, como as naves da Embraer geralmente são menores, o custo por assento que elas geram às companhias é maior. E aí entra a demanda para viabilizar viagens de trajetos regionais menores e a disposição da empresa de acordo com o seu tamanho.

“Em mercados menos desenvolvidos, sensíveis a preço, esse tipo de viagem é complicado. Na Europa tem mais aviões do tamanho dos produzidos pela Embraer porque existe um mercado mais rico e historicamente mais acostumado com viagens regionais. Mas a aviação regional é mais cara porque tem um custo maior por passageiro devido à limitação de assentos”, pontuou.

Nos Estados Unidos, um dos principais destinos de vendas da Embraer assim como a Europa, existem subsídios para este tipo de viagem aérea local, o que fomenta o mercado de aviação e possibilita mais compras de aeronaves pelas empresas americanas, explicou Castellini.

Os especialistas ilustram esses tipos de viagens regionais que ocorrem com mais frequência no exterior como se aqui no Brasil existissem rotas de Ribeirão Preto (SP) para Cascavel (PR). E mais – como se a demanda para este tipo de viagem aérea fosse alta.

Para Marcus Quintella, diretor da FGV Transportes, a conjuntura desses fatores faz com que seja mais vantajoso para a Embraer exportar seus produtos, uma vez que o mercado internacional tem mais apetite para consumi-los.

“As companhias aéreas querem saber de custo, pois têm que apresentar resultado financeiro por assento. Então, naturalmente a Embraer acaba exportando mais”, destacou.

Segundo ele, este modelo de negócios pode mudar no médio e longo prazos, caso a Azul mantenha uma trajetória de crescimento e haja uma expansão da aviação civil para viagens regionais, com mais demanda por este tipo de locomoção aérea interna.

terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Embraer confirma pedido para 15 aeronaves E195-E2, avaliado em US$ 1,17 bilhão


A Embraer anunciou nesta segunda-feira (16) que recebeu um pedido firme para fornecer 15 novas aeronaves E195-E2, a um cliente não revelado.

Em comunicado divulgado ao mercado, a Embraer informou que o pedido é avaliado em US$ 1,17 bilhão a preço de lista, e será adicionado à carteira do quarto trimestre de 2022.


Via Embraer - Imagem: Divulgação/Embraer

sábado, 14 de janeiro de 2023

Hoje na História: 14 de janeiro de 1973 - Vasp compra avião Bandeirante para voar entre cidades de São Paulo

Em 14 de janeiro de 1973, o jornal Folha de São Paulo anunciou em sua primeira página a compra pela Vasp do avião Bandeirantes da Embraer.


"O presidente da Vasp, Luís Rodovil Rossi, recebeu o aval do governador de São Paulo, Laudo Natel, para adquirir aeronaves do modelo Bandeirante e reestabelecer o tráfego aéreo em várias regiões do estado.

Esse avião é produzido pela Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) em São José dos Campos (SP) e é indicado para operar em aeroportos como os existentes no interior de São Paulo.

É um bimotor turbo-hélice para 12 passageiros, com turbinas PTGA-27. A sua velocidade de cruzeiro é de 435 km/h.

Os Bandeirantes deverão também substituir as antigas aeronaves Douglas DC-3 em outras linhas da Vasp."


terça-feira, 10 de janeiro de 2023

EMBR3: ações da Embraer decolam em 2023?

Analistas esperam que sim; veja o cenário para a empresa.

Confira as projeções para as ações da Embraer (Imagem: Divulgação/Embraer)
Fundada em 1969, em plena ditadura militar, a Embraer (EMBR3) iniciou suas decolagens na cabine da aeronave “Bandeirante”. Isto é, um avião turbo propulsor, destinado ao uso civil e militar. Com capacidade para transportar de 15 a 21 passageiros, era um dos símbolos de uma era da propaganda nacionalista.

Os anos foram passando e os primeiros resultados internacionais aparecendo. Afinal, a Embraer (EMBR3) se destacou ao estabelecer parceria com as italianas Aeritalia e Macchi. Assim, o objetivo era desenvolver seu primeiro caça, o AMX, e dar vida ao EMB 312 Tucano, turboélice de treinamento militar.

Quando foi feita a privatização da Embraer (EMBR3)?


O sucesso foi tamanho, que, em 1985, a Embraer chegou a vender aviões Tucano até mesmo para a Royal Air Force (RAF). Ou seja, a força aérea do Reino Unido, uma das mais renomadas no mundo.

Mas no final do anos 80 e início da década de 90, crises econômicas, dívidas herdadas pelo país durante o período do “milagre econômico” e planos econômicos falidos levaram as contas do Brasil à lona. E, por sua vez, as da Embraer (EMBR3).

A alternativa: privatização. E foi em 1994 que os rumos da companhia começaram a mudar. Portanto, em dezembro daquele ano, a Embraer (EMBR3) foi arrematada por U$$ 154 milhões pelo consórcio liderado pelo extinto Banco Bozano, Simonsen, representando fundos de pensão brasileiros e investidores internacionais.

De lá pra cá, os donos mudaram de mãos. Dessa forma, atualmente o controle acionário da EMBR3 é pulverizado, sem sócio majoritário. Ou seja, é dividido, por exemplo, em 15% para a gestora americana Brandes Investment Partners; 5,4% ao BNDESpar; e outros 5% à BlackRock, maior gestora do planeta. O restante das ações ficam em free float, isto é, livre negociação do mercado.

Por que a Boeing desistiu da compra da Embraer (EMBR3)?


Hoje, a Embraer (EMBR3) é a terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo e líder no setor de aeronaves com até 150 passageiros. Aliás, registra ao longo de sua história cerca de 8 mil aeronaves entregues, além de contar com 18 mil funcionários.

Números grandiosos que levaram há poucos anos a maior fabricante de aeronaves do mundo em receitas, a Boeing, a se interessar em adquirir a companhia. Mas o negócio que parecia deslanchar, minguou.

O acordo, iniciado em 2018, previa a compra no valor de U$$ 4,2 bilhões por parte da Boeing para ficar com 80% das ações da Embraer (EMBR3).

Contudo, em 2020, em plena pandemia de covid-19 e passando por sérias dificuldades financeiras, a Boeing emitiu um comunicado. Nele, informava a desistência do negócio e que exercia seu “direito de rescindir o contrato após a Embraer não ter atendido às condições necessárias”.

De acordo com a Embraer (EMBR3), a Boeing teria fabricado “falsas alegações como pretexto para tentar evitar seus compromissos”.

Resumindo, a Embraer, que já passava por maus bocados com a pandemia, viu o valor de suas ações (EMBR3) despencar cerca de 25% em poucas semanas, deixando os investidores em alerta quanto ao futuro da empresa.

O que aconteceu com as ações da Embraer (EMBR3)?


Apesar dos seguidos prejuízos anuais que a companhia enfrenta desde 2018, as ações da Embraer voltaram a subir após a turbulência do episódio Boeing, encostando próximo às máximas históricas em outubro de 2022. Isso não acontecia há pelo menos 21 anos.

Mas a desconfiança do mercado com os resultados negativos ao longo dos últimos trimestres voltaram a preocupar. Como consequência, as ações caíram de cerca de R$ 25 para R$ 14, queda de mais de 40% em pouco mais de um ano.

O balanço do último trimestre ainda registrou números negativos. O prejuízo líquido ajustado foi de R$ 93,8 milhões. Porém, cerca de 48% menor que os R$ 179,7 milhões no mesmo período de 2021. No ano, o valor acumulado é de R$ 55 milhões negativos.

Por outro lado, o Ebitda ajustado foi de R$ 485,4 milhões. Isto é, 18% superior ao mesmo período de 2021.

Por que as ações da Embraer (EMBR3) estão caindo?


A recuperação pós-pandemia das companhias de serviços aéreos ainda enfrenta dificuldades. E com a guerra na Ucrânia, os preços do petróleo aumentaram ao longo de 2022, impactando os custos das empresas. Além disso, a escalada dos juros nos mercado internacional é outro desafio para o setor.

E não para por aí. Outro ponto importante tem relação com a produtividade da Embraer (EMBR3). Tanto que um relatório do Citibank, publicado em novembro de 2022, informa que a qualidade dos resultados operacionais da companhia tem a ver com a produção abaixo dos patamares históricos. A fabricante entregou somente uma aeronave E195-E2 no período, contra três no terceiro trimestre de 2021.

Ao longo do terceiro trimestre, foram apenas 10 aeronaves comerciais, abaixo da expectativa de 18 do banco. Aliás, as entregas de 23 aeronaves executivas também foram abaixo da projeção de 27 entregas estimadas pelo Citibank para o período.

Eve, o carro voador da Embraer (EMBR3)


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES ) informou a aprovação de um financiamento de R$ 490 milhões para a Eve, empresa fundada pela Embraer. Os recursos serão para apoiar o projeto de alta tecnologia da empresa: o desenvolvimento de “carros voadores”.

O eVTOL da Eve será projetado para realizar voos urbanos e proporcionará baixos níveis de ruído e maior sustentabilidade em relação aos veículos tradicionais. Com zero emissões locais, o veículo deverá estar disponível no mercado a partir de 2026, de acordo com apuração do BNDES.

No último trimestre, a empresa, que ainda não dá receitas, comunicou que alcançou pedidos para 2.770 carros voadores no valor total de US$ 8,3 bilhões.

Contudo, até gerar caixa, os números serão desafiadores. A companhia teve prejuízo operacional de US$ 38,5 milhões no terceiro trimestre, com pesquisa e desenvolvimento.

Vale a pena investir nas ações da Embraer (EMBR3)?


O JP Morgan destaca que a Embraer enfrentou a tempestade perfeita em 2022 devido a:
  • Turbulência nas cadeias de suprimentos;
  • Redução no contrato de entrega de aeronaves;
  • Preocupações na execução devido a taxas mais altas,
  • Aumento de capital da Eve, mais fraco que o esperado.
“Em nossa visão, o fluxo de notícias negativas sobre entregas e cadeia de suprimentos superou as notícias positivas sobre pedidos, bem como novos contratos no segmento de serviços e parcerias estratégicas, que a nosso ver darão suporte ao crescimento da empresa no longo prazo”, diz o JP Morgan.

O otimismo quanto à expectativa futura leva o banco a dar preço-alvo de R$ 35, alta de cerca de 150% sobre o fechamento de 28/12.

E para o BTG, a expectativa é menos otimista, mas também com previsão de alta do valor de face dos papéis em até 85%.

“Em suma, a Embraer continua sendo uma tese de investimento interessante para a recuperação do setor de aviação, permanecendo uma tese de valor interessante (por exemplo, entregas do eVTOL, segurança cibernética e outras parcerias). Apesar dos resultados mais fracos no trimestre, esperamos um 4T22 forte para atingir o guidance de 2022”, comenta o banco.

E também para o Santander, a Embraer (EMBR3), tem preço-alvo em 2023 para o ADR (American Depositary Receipt ) da empresa de US$ 28,50, contra US$ 32 estimado para 2022. Ou seja, mais um banco apostando em alta.

Como comprar ações da Embraer (EMBR3)?


As ações da Embraer são negociadas na B3 , a Bolsa de Valores brasileira, e são comercializadas sob o ticker EMBR3.

Portanto, para comprar os papéis você precisa ter conta em corretoras ou distribuidoras de títulos e valores mobiliários cadastradas e autorizadas na B3. Assim, a negociação pode ser feita de forma eletrônica até mesmo por meio de aplicativos em seu celular.