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terça-feira, 14 de maio de 2024

Hoje na História: 14 de maio de 1952 - Esquadrilha da Fumaça - 72 anos de legado na aviação brasileira

A Esquadrilha da Fumaça faz parte da história de muitos brasileiros incentivando e abrindo caminhos para a aviação.

A-29 Super Tucano é o mais mais moderno que já operou nas cores da fumaça
Ao logo destes 72 anos, o Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), popularmente conhecido como Esquadrilha da Fumaça, colecionou muitas histórias e aeronaves. Tudo começou quando instrutores de voo da FAB, em suas horas de folga, treinavam acrobacias nos lendários T-6 Texan para incentivar os jovens cadetes da força aérea.

Coronel Braga, um dos pioneiros da fumaça, colecionou recorde mundial em horas voados no T-6
No dia 14 de maio de 1952, aconteceu a primeira exibição dos lendários T-6 pilotados por experientes pilotos. A partir dali uma história ímpar na aviação militar brasileira começava. Nesta época surgiram nomes que hoje regem a história como Mário Sobrinho Domenech, Martins da Rosa e o lendário Coronel Braga.

A iniciativa deu certo e logo começaram as primeiras apresentações e no ano seguinte foi instalado nos aviões um tanque de óleo exclusivo para a produção de fumaça, surgindo assim o nome de Esquadrilha da Fumaça.

Com o passar dos anos a Esquadrilha ganhou destaque não só no Brasil, mas também no exterior onde realizou diversas demonstrações. Em 1969, houve a primeira troca de aeronaves, passando para a celebrada Era ado Jato, quando foram utllizados os aviões franceses Fouga Magister.

Porém, o desempenho limitado dos jatos, incluindo uma autonomia baixa para as apresentações, levaram o Magister ser retirado de serviço em poucos anos.

Jato francês foi o único avião a reação utilizado pela equipe
O já lendário T-6 voltou para a Esquadrilha no ano de 1974, e voou na fumaça até 1976, após 1.272 demonstrações.

Após um período inativo, o EDA retornou com um novo avião, o brasileiro T-25 Universal, usado ainda hoje na formação básica dos cadetes. Assim como o Magister o Universal era limitado, mas neste caso por um desempenho fraco, o que tornava as apresentações lentas.

Após nova pausa, em 1983 a Esquadrilha da Fumaça voltou a pleno e com uma aeronave que consagrou o time, o icônico T-27 Tucano. O avião de treinamento avançado havia sido recém-lançado pela Embraer e na Esquadrilha se tornaria o maior garoto propaganda do genial projeto nacional. Até hoje o Tucano foi responsável pelo maior número de apresentações do EDA.

Na época do Universal a fumaça ficou conhecida como "Cometa Branco'
Nos anos 2000, as aeronaves ganharam novas cores, substituindo o vermelho e branco por cores inspiradas da bandeira nacional, com destaque para o azul que se tornou a cor predominante.

Os T-27 Tucano ficaram à frente do EDA até 2013, quando houve a troca para o A-29 Super Tucano, que entraram em operação na Fumaça em 2015. O novo avião teve uma pintura repaginada, com destaque para a bandeira brasileira pintada na cauda. Com o Super Tucano a Esquadrilha da Fumaça refez parte de seu show, tornando ainda mais complexo para os pilotos e mais empolgante para o público.

T-27 Tucano representou um grande salto para o EDA e foi o primeiro avião brasileiro no EDA
A equipe de habilidosos pilotos militares têm a companhia dos mecânicos que são carinhosamente chamados de Anjos da Guarda. O EDA tem um grupo oficial de médicos, oficial de relações públicas e demais servidores que coordenam áreas administrativas.

Ao todo, o EDA realizou 3.946 demonstrações desde sua criação em 14 de maio de 1952, que ao longo de 70 tem encantando o público no Brasil e no exterior, cumprindo a missão de incentivar a aviação aos mais jovens, divulgar o trabalho da FAB e ressaltar a eficiência dos aviões fabricados no Brasil.

Saiba Mais...


A Esquadrilha da Fumaça está há quase vinte anos no Guiness Book. Em 2006, doze T-27 Tucano fizeram um voo com o maior número de aeronaves voando em formação de dorso (investido) simultaneamente. Foram utilizados 12 aviões, superando a própria marca anterior da Esquadrilha, feito ainda hoje não superado por nenhuma outra força aérea do mundo.

O voo de doze aeronave em dorso e próximas exigiu muita técnica dos pilotos
"A margem de erro era menor e era necessário um trabalho mais preciso nos comandos e motor, por isso, a maior exigência nos treinamentos”, relatou Marcelo Gobett, ex-piloto da fumaça, em 2019.

Via André Magalhães (Aero Magazine) - Fotos: Arquivo FAB

domingo, 12 de maio de 2024

Os cinco principais operadores do Embraer E190

O E190 é uma versão alongada da icônica aeronave Embraer E170.

Um Embraer E190 da JetBlue Airways (Foto: The Global Guy/Shutterstock)
O Embraer E190 faz parte de uma série de jatos regionais bimotores projetados e desenvolvidos pela fabricante brasileira Embraer. O E190 é uma versão alongada do E170 com asa maior, estabilizador horizontal maior e novos motores. Desde o primeiro voo do tipo em março de 2004 e sua introdução na JetBlue Airways em 2005, o E190 tem sido popular entre as companhias aéreas globais para necessidades regionais.

De acordo com o fabricante: “Vendo uma lacuna no mercado para aeronaves regionais com capacidades de linha principal, lançamos o E190. Oferecendo aos clientes um dos interiores mais espaçosos de todas as aeronaves de corredor único, também proporciona uma economia impressionante. Saltos curtos ou rotas mais longas – o E190 tem versatilidade para percorrer longas distâncias.”

Existem duas variantes ligeiramente diferentes do E190: o -100AR e o -100LR. Abaixo, uma lista dos maiores operadores atuais da aeronave E190 com base nos dados da ch-aviation.

5. KLM Cityhopper

  • Total de aeronaves E190: 30
  • Variante de aeronave: E190-100STD
  • Aeronaves ativas: 25
  • Aeronaves em armazenamento ou manutenção: 5
  • Idade Média: 12,3 anos
Subsidiária da companhia aérea holandesa KLM Royal Dutch Airlines, a KLM Cityhopper opera uma frota de jatos regionais, principalmente jatos Embraer e Fokker, para sua rede de rotas. Com sede na Holanda do Norte, Holanda, a companhia aérea opera a partir do Aeroporto Schiphol de Amsterdã (AMS).

Um close de um Embraer E190 da KLM Cityhopper (Foto: Bjoern Wylezich/Shutterstock)
Os jatos da Embraer são um local comum de e para a AMS, já que a companhia aérea opera uma ampla gama de serviços 'feeder' em nome da KLM. Com uma frota total de 65 aeronaves de todos os tipos, a companhia aérea serve mais de 70 rotas intra-europeias.

A KLM Cityhopper possui uma frota de 30 aeronaves Embraer E190 e usa a variante padrão -100STD. Dados da ch-Aviation mostram que em março de 2024, a companhia aérea tinha 25 E190-100STDs ativos, enquanto os cinco restantes estavam armazenados ou fora de manutenção. A idade média da frota E190 é de 12,3 anos.

4. Tianjin Airlines

  • Total de aeronaves E190: 31
  • Variantes da aeronave: E190-100AR, E190-100LR
  • Aeronaves ativas: 27
  • Aeronaves em armazenamento ou manutenção: 4
  • Idade Média: 13,8 anos
Esta transportadora chinesa era anteriormente Grand China Express e está sediada no Aeroporto Internacional Tianjin Binhai (TSN), na cidade a menos de 160 quilômetros a sudeste de Pequim. Fundada em 2004, a companhia aérea opera voos regulares de passageiros e carga a partir da TSN. A companhia aérea opera uma frota de 31 aeronaves Embraer E190 e utiliza as variantes -100AR e -100LR.

Um Embraer E190 da Tianjin Airlines (Foto: byeangel/Flickr)
Dados da ch-Aviation mostram que em março de 2024, a companhia aérea tinha 27 E190 ativos, enquanto os quatro restantes estavam armazenados ou fora de manutenção. A idade média da frota E190 é de 13,8 anos. A transportadora chinesa opera uma frota de mais de 100 aeronaves de todos os tipos e transporta passageiros entre várias capitais regionais e aeroportos alimentadores na China.

3. Alliance Airlines

  • Total de aeronaves E190: 34
  • Variante da aeronave: E190-100AR
  • Aeronaves ativas: 30
  • Aeronaves em armazenamento ou manutenção: 4
  • Idade Média: 16,5 anos
A transportadora australiana Alliance Airlines, com sede em Brisbane, opera voos regulares, fretamentos, fly-in-fly-out (FIFO) e fornece serviços de arrendamento de aeronaves. A companhia aérea opera principalmente uma grande frota de jatos Embraer e Fokker para suas rotas e também aluga periodicamente as aeronaves para outras transportadoras, como a QantasLink.

Dois Embraer E190 da Alliance Airlines (Foto: Alliance Airlines)
A Alliance opera uma frota de 34 aeronaves Embraer E190 e usa a variante -100AR. Dados da ch-Aviation mostram que em março de 2024, a companhia aérea tinha 30 E190 ativos, enquanto os quatro restantes estavam em manutenção. Esses números também incluem aeronaves de arrendamento temporário com tripulação para outras transportadoras. A idade média da frota E190 é de 16,5 anos.

2. Aeromexico Connect

  • Total de aeronaves E190: 41
  • Variantes da aeronave: E190-100AR, E190-100LR
  • Aeronaves ativas: 34
  • Aeronaves em armazenamento ou manutenção: 7
  • Idade Média: 14,4 anos
A Aeromexico Connect, marca aérea regional da companhia aérea mexicana, está sediada em Monterrey e opera voos de alimentação para os aeroportos centrais da Aeromexico. Os voos da Aeromexico Connect são anunciados como Aeromexico, a maior e mais importante companhia aérea regional do país. Oferece mais de 300 voos diários para 42 destinos em todo o México. A Aeromexico Connect é uma das maiores operadoras de E-Jets da Embraer.

Um Embraer E190 da Aeromexico decolando (Foto: Guillermo Quiroz Martínez/@gquimar)
Opera uma frota de 41 aeronaves Embraer E190 e utiliza as variantes -100AR e -100LR. De acordo com os dados da ch-Aviation, a companhia aérea possui 34 E190 ativos e sete estão armazenados ou fora de manutenção. A idade média da frota E190 é de 14,4 anos.

1. JetBlue Airways

  • Total de aeronaves E190: 51
  • Variante da aeronave: E190-100AR
  • Aeronaves ativas: 31
  • Aeronaves em armazenamento ou manutenção: 20
  • Idade Média: 15,8 anos
A JetBlue, uma importante companhia aérea de baixo custo dos Estados Unidos, voa para mais de 110 destinos com sua frota abrangente de aeronaves de corredor único. A JetBlue opera 1.000 voos diários a partir de seus seis hubs, sendo o principal o JFK de Nova York.

Um Embraer E190 da JetBlue na pista em Boston (Foto: Lucas Souza/Simple Flying)
A JetBlue foi o cliente lançador da aeronave Embraer E190 em 2005. Atualmente opera 51 unidades do tipo e utiliza a variante -100AR. Dados da ch-Aviation mostram que 31 aeronaves E190 estão ativas, enquanto 20 estão fora de serviço em março. A idade média da frota E190 é de 15,8 anos. A JetBlue pretende aposentar sua frota de E190 até 2026 para ser substituída por Airbus A220.

Com informações do Simple Flying

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Embraer avalia avião maior para concorrer com Airbus e Boeing; não há nada “neste momento”, diz empresa

Empresa brasileira diz que tem capacidade técnica, mas que “não tem nenhum plano para um ciclo considerável de investimentos neste momento”.


A Embraer já planeja os voos da próxima década. Uma das possibilidades que ganhou força nos últimos meses é o desenvolvimento de um novo avião de maior porte para concorrer com os modelos mais populares no mundo: o Airbus 320 e o Boeing 737. A Embraer diz que tem capacidade técnica, mas que o tema não faz parte da agenda “neste momento”.

Na quarta-feira (1), feriado no Brasil, o mundo da aviação foi impactado pela notícia publicada pelo The Wall Street Journal: “Embraer planeja novo jato para rivalizar com Boeing”.


A notícia trouxe detalhes do que o mundo da aviação discute há muito tempo: quem vai tentar concorrer com o duopólio da Airbus e Boeing, especialmente diante da crise enfrentada pelo modelo 737 Max, da Boeing.

A Embraer não nega que tenha capacidade de fabricar um modelo maior no futuro. A única ressalva que a empresa de São José dos Campos faz é sobre o momento do projeto.

“A Embraer certamente tem capacidade para desenvolver uma nova aeronave de corredor único”, diz um porta-voz da empresa à CNN.

Os aviões de corredor único – ou narrow body, no jargão do setor – são os mais populares do mundo para rotas de curto e médio alcance. Os modelos normalmente têm dois motores e capacidade média de 200 lugares. Atualmente, o maior avião Embraer leva 146 passageiros.

“No entanto, a companhia tem hoje uma linha de produtos nova e de muito sucesso desenvolvida nos últimos anos e estamos focados na comercialização dessas aeronaves para fazer a companhia crescer e se fortalecer. A Embraer não tem nenhum plano para um ciclo considerável de investimentos neste momento”, diz o porta-voz.


Os estudos da Embraer devem resultar em um novo projeto no fim do próximo ano ou em 2026. Há possibilidade de que o trabalho chegue a um dos dois novos produtos: avião maior para concorrer com Airbus ou Boeing; ou um novo jato executivo de maior alcance.

Na reportagem, o WSJ cita que a Embraer já teria feito contato com potenciais parceiros, como o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita, que poderia ser um dos investidores do projeto.

Também teriam sido contatados potenciais indústrias para ampliar a lista de fornecedores de componentes em mercados como a Turquia, Coreia do Sul e Índia. Atualmente, a maioria dos fornecedores da Embraer fica nos Estados Unidos, Europa e Brasil. Em São José dos Campos, esses detalhes também não são negados.

A possibilidade desses novos parceiros traz um aspecto interessante: no mundo com conflitos geopolíticos em ascensão, os países procurados pela Embraer são membros da Otan (Turquia) ou países próximos ao grupo (Arabia Saudita, Coreia do Sul e Índia).

A escolha faz sentido especialmente diante da tentativa da China de avançar nesse mesmo mercado com um modelo comparável ao A320 e B737, o Comac 919.

Antes de qualquer decisão, um dos maiores clientes da Embraer e a maior empresa aérea do mundo em passageiros e receitas, a American Airlines, já deixou claro que entende que os brasileiros têm o que oferecer e a ensinar no concorrido mundo da aviação.

Há poucas semanas, o CEO da American, Robert Isom, disse que conversou com executivos da Boeing e pediu que eles se organizem após a crise do modelo Boeing 737 Max.

Em uma teleconferência com analistas e investidores, o executivo citou a Embraer como empresa que funcionou bem durante toda a pandemia e que não interrompeu os trabalhos mesmo no pior momento de gargalo da cadeia de suprimentos. “Eles (Boeing) podem aprender muito com ela (Embraer)”, disse o CEO da American Airlines.

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Avião agrícola da Embraer será usado em testes para homologar pulverização aérea de produtos para combater pragas em plantações no Brasil

Segundo a Embraer, o objetivo é certificar a primeira metodologia de aplicação aérea de defensivos biológicos do país. O projeto é liderado pela empresa holandesa Koppert, que produz biodefensivos.

Avião Ipanema da Embraer (Foto: Divulgação/Embraer)
A Embraer, empresa brasileira de aviação, divulgou nesta terça-feira (30) que o avião agrícola Ipanema EMB-203 será usado por uma empresa holandesa para pulverização de produtos para combater pragas em plantações no Brasil. O objetivo é certificar a metodologia.

De acordo com a Embraer, haverá uma série de testes para homologar a metodologia de aplicação aérea de defensivos biológicos do Brasil. O projeto é tido como pioneiro pela empresa e quer promover a sustentabilidade no agronegócio.

O projeto é liderado pela Koppert, empresa holandesa que atua no desenvolvimento e produção de bioinsumos para a agricultura. As empresas afirmam que o teste vai avaliar aspectos técnicos necessários para melhorar a eficiência da pulverização e a segurança dessa prática, com o objetivo de documentar os resultados obtidos.

Ainda segundo a Embraer, a padronização da forma de aplicação com base em uma metodologia científica busca "assegurar a eficácia dos biodefensivos para prevenir, reduzir ou erradicar a infestação de doenças e pragas nas lavouras, combinando o uso estratégico de tecnologias de monitoramento e pulverização aérea".

Movido a etanol, o avião agrícola da Embraer pode ser usado também para espalhar sementes, combater vetores e larvas, no combate primário a incêndios e povoamento de rios.

Via g1 Vale do Paraíba e Região

sábado, 20 de abril de 2024

Embraer C-390 poderá ter versão armada para a FAB

No futuro o C-390 poderá também disparar armas avançadas (Foto: Embraer)
A Embraer iniciou estudos para a conversão do C-390 Millennium em uma plataforma armada, para missões de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (ISR, na sigla em inglês). O projeto realizado em parceria com a Força Aérea Brasileira planeja identificar potenciais novos usos para o avião e prevê a capacidade de conversão das aeronaves já em serviço.

Uma das vantagens do C-390 para missões ISR é sua ampla capacidade de transporte, alcance e autonomia. Um dos estudos inclui a instalação de armamentos em pontos duros sob as asas, tornando o C-390 uma plataforma ainda mais flexível.

“A Força Aérea Brasileira monitora constantemente sua capacidade de pleno atendimento das missões no contexto atual, ao mesmo tempo que olha para os desafios futuros e a evolução das tecnologias. Estudar a aderência e adaptabilidade de plataformas da Embraer aos desafios futuros das missões IVR é um caminho natural para maximizar comunalidade e autonomia tecnológica”, explicou Kanitz Damasceno, Comandante da Aeronáutica.

Para a FAB um potencial uso ISR poderá ampliar as possibilidade de cumprimento de novos tipos de missão, com elevada capacidade, mas com menores investimentos. A conversão dos aviões em serviço deverá ser modular, permitindo que a mesma unidade possa cumprir voos puramente cargueiros, de transporte de tropa, reabastecimento ou ISR, dependendo apenas de como a FAB vai configurar o C-390 naquele dia.

Há vários anos o mercado especula a viabilidade de uma versão armada do C-390, incluindo um modelo dedicado para missões ISR, com potencial de exportação para nações com ampla tradição em missões de combate realizadas por forças especiais, sobretudo os Estados Unidos.

“A Embraer tem um histórico bem-sucedido na adaptação de suas plataformas para diferentes objetivos. Os estudos conjuntos permitirão a ampliação do portfólio de soluções para atendimento das necessidades operacionais em missões de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento da FAB e de potenciais clientes internacionais. Este é mais um passo importante na relação de longo prazo entre Embraer e FAB”, afirmou Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.

O anúncio dos estudos para o C-390 ISR ocorreu hoje (10), na Feira Internacional do Ar e Espaço (FIDAE) e teve a presença do Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança e do Comandante da Aeronáutica.

Via Edmundo Ubiratan (Aero Magazine)

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Cargueiro da Embraer decola

A Embraer realizou pela primeira vez seu E190F de conversão de passageiro em cargueiro (P2F).

Protótipo E190F da Embraer faz voo inaugural em São José dos Campos (Foto: Embraer)
A aeronave completou um voo de duas horas saindo da unidade da Embraer em São José dos Campos, Brasil, no dia 5 de abril. O voo inicial envolveu o que o OEM brasileiro descreveu como uma avaliação completa do desempenho da aeronave, com um curto programa de testes de voo a ser realizado antes do lançamento. a aeronave está programada para entrar em serviço ainda este ano.

A primeira aeronave pertence à Regional One, empresa de leasing dos Estados Unidos. O primeiro cliente provavelmente será a Astral Aviation do Quênia.

A Embraer acredita que existe um mercado potencial de até 700 aeronaves da classe E-Freighter nos próximos 20 anos – 250 substituições de aeronaves existentes e 450 através do crescimento do mercado. Para matéria-prima, o OEM identificou 380 E190 e 90 E195 em todo o mundo.

A empresa acrescenta que os novos modelos serão mais eficazes na faixa de 600 nm a 1.400 nm. A aeronave já realizou uma série de testes de solo, incluindo testes de pressurização e carregamento de carga.

A Embraer afirma que os E-Jets convertidos em cargueiros terão mais de 50% mais capacidade de volume, três vezes o alcance dos turboélices de carga grande e custos operacionais até 30% mais baixos do que os de fuselagem estreita. Utilizando a capacidade sob o piso e no convés principal, a carga útil máxima do E190F é de 13.500 kg e de 14.300 kg para o E195F.

Via Aviation Week

sexta-feira, 5 de abril de 2024

Gigantes da aviação têm 79 vagas abertas em São José dos Campos (SP)

Atenção analistas, engenheiros, administradores, advogados, gerentes e banco de talentos para as vagas na aviação.


A indústria da aviação no Brasil está em pleno voo de recrutamento, com duas das maiores empresas do setor, Embraer e Boeing, anunciando um total de 79 vagas de emprego em São José dos Campos. Este anúncio representa uma oportunidade única para profissionais em busca de emprego na região.

A Embraer, renomada fabricante brasileira de aeronaves, está liderando o caminho com 51 vagas abertas em diversas áreas. Estas oportunidades são para modelos de trabalho presenciais e híbridos. Com um total de 83 vagas disponíveis em São José dos Campos, Campinas, Botucatu e Gavião Peixoto, a Embraer oferece uma ampla gama de cargos, incluindo analistas, engenheiros, administradores, advogados e muito mais. Além das vagas efetivas, a empresa também está construindo seu banco de talentos, proporcionando oportunidades futuras para os candidatos interessados. São 51 vagas abertas para São José dos Campos.

A lista de vagas está em constante atualização, oferecendo variedade e novas possibilidades a cada acesso ao site. Os interessados podem se candidatar através da página da Embraer no site Gupy, onde podem encontrar as descrições detalhadas das vagas e os requisitos necessários.

Enquanto isso, a Boeing, gigante norte-americana da aviação, está oferecendo 28 vagas em seu escritório em São José dos Campos. A maioria dessas vagas é direcionada a cargos de engenheiros, gerentes e administradores, mostrando a busca contínua por talentos para impulsionar sua presença no mercado brasileiro.

Os interessados ​​podem acessar as vagas através do site Jobs Boeing, onde encontrarão todas as informações necessárias para se candidatar.

Com essas oportunidades de emprego oferecidas por duas das maiores empresas da aviação mundial, São José dos Campos se consolida como um importante polo de desenvolvimento e inovação no setor aeroespacial. Os profissionais qualificados da região têm agora a chance de fazer parte de equipes que moldam o futuro da aviação global.

Com informações do Canal Life Informa

sexta-feira, 22 de março de 2024

Avião da Embraer segue como o jato leve mais vendido do mundo


O Phenom 300, fabricado pela Embraer, é o jato leve mais vendido no mundo há 12 anos. Presente em mais de 40 países, a aeronave teve 63 unidades entregues em 2023, totalizando mais de 730 desde seu lançamento.

Para aqueles interessados em adquirir essa aeronave o preço inicial é de US$ 12,5 milhões, aproximadamente R$ 60 milhões pela cotação atual. Versões mais antigas estão disponíveis a preços mais acessíveis, com o modelo do ano anterior listado a US$ 14 milhões, cerca de R$ 69 milhões.

"O Phenom 300 continua a destacar o compromisso da Embraer em fornecer a melhor experiência em aviação executiva", declarou Michael Amalfitano, Presidente e CEO da Embraer Aviação Executiva.

Com mais de 2 milhões de horas de voo registradas, o Phenom 300 recentemente alcançou a posição de aeronave mais voada nos Estados Unidos, com mais de 360 mil voos em um período de 12 meses.

Características do Phenom 300


O Phenom 300 é reconhecido por sua velocidade, alcance e eficiência. Com uma velocidade de cruzeiro de 464 nós e alcance para cinco ocupantes de 2.010 milhas náuticas (3.724 km), é o jato monopiloto mais rápido disponível.

Equipado com dois motores Pratt & Whitney Canada PW535E1, cada um com 3.478 libras de empuxo, a aeronave pode voar a 45.000 pés (13.716 metros). Seu cockpit de fácil operação permite a condução por um único piloto, garantindo uma experiência de voo ágil e segura.

Via Meon - Foto: Divulgação

quinta-feira, 21 de março de 2024

Com foco no avião C-390, Embraer e ST Engineering assinam acordo para cooperação na região Ásia-Pacífico

(Imagem: Embraer)
A Embraer Defesa & Segurança anunciou semana passada, dia 13 de março, que assinou um acordo com a ST Engineering para explorar, conjuntamente, alternativas para a futura colaboração na região Ásia-Pacífico em áreas estratégicas, como engenharia, manutenção e suporte com foco na aeronave de transporte multimissão C-390 Millennium.

Além disso, ambas as empresas vão cooperar em produtos e serviços, incluindo radares e sistemas terrestres, C4ISTAR, segurança de fronteiras, simulação e metodologias avançadas de produção, que apoiarão o portfólio de soluções da ST Engineering na América do Sul.

A cooperação parte de um Memorando de Entendimento (MoU) assinado em fevereiro, durante o Singapore Airshow 2024, e reforça a presença crescente da Embraer no ecossistema aeroespacial e de defesa por meio de parcerias estratégicas.

“Identificamos fortes sinergias entre as capacidades da ST Engineering em defesa e MRO e a linha completa de soluções integradas da Embraer Defesa & Segurança e, por isso, esperamos promover laços mais sólidos entre as empresas”, afirma Bosco da Costa Junior, Presidente & CEO da Embraer Defesa & Segurança. “O C-390 Millennium é o principal produto da Embraer Defesa & Segurança, despertou muito interesse durante o Singapore Airshow e estamos trabalhando para ampliar a nossa base de clientes na região”.

A ST Engineering é centro de serviços autorizado para vários fabricantes e sua atividade aeroespacial de defesa fornece uma gama abrangente de apoio e soluções de manutenção, incluindo a modernização de aeronaves para clientes globais, apoiando plataformas, desde caças de combate a aviões de transporte e de treino, bem como helicópteros.

As capacidades de defesa da ST Engineering incluem um amplo leque de soluções, desde a engenharia de aeronaves e atualizações de aviônicos até a concepção e construção de plataformas de mobilidade comprovada em missões, sistemas de combate, munições e embarcações navais.

Via Murilo Basseto (Aeroin) com informações da Embraer

terça-feira, 12 de março de 2024

Hoje na História: 12 de março de 2004 - O voo inaugural do jato Embraer E190

No dia 12 de março de 2004, a aeronave Embraer E190, prefixo PP-XMA, do conglomerado aeroespacial brasileiro, voou pela primeira vez.

O modelo original Embraer E190, nas cores da JetBlue
A Embraer viu uma lacuna no mercado para uma aeronave regional com recursos de linha principal e surgiu com o ERJ-190, ou E190. O tipo não era uma aeronave nova para a empresa, mas sim uma evolução de uma conhecida família de aeronaves que começou sua vida em 1997 sob a denominação de E170, formalmente apresentada no Paris Air Show de 1999.

Os dois modelos foram posteriormente renomeados como Embraer E170 e E190 e evoluíram para as aeronaves E175 e E195. Em essência, os modelos E190/195 são trechos maiores dos modelos E170/175 equipados com uma nova asa maior, um estabilizador horizontal maior, duas saídas de emergência sobre as asas e dois motores turbofan GE 34-8E-10 montados embaixo.


A Air France Regional foi a primeira operadora europeia do E190. Foto: Daniel Crawford/Airways.

Cliente de Lançamento


A JetBlue foi o cliente de lançamento do Embraer ERJ-190 (Foto: Marty Basaria/Airways)
O cliente lançador do E190 foi a JetBlue (B6), que encomendou 100 aeronaves e levou 100 opções, opinião não compartilhada por outros portais como a Wikipedia, que cita a companhia aérea suíça Crossair como cliente lançador com um pedido de 30 aeronaves.

O site de monitoramento FlightRadar24 indica que 596 E190s estão ou estiveram em serviço com várias companhias aéreas grandes ou menores, incluindo Qantas (QF), Breeze (MXY), Myanmar Airways (8M), Guizhou Airlines (G4) e WDL Aviation (WL).

Mais sobre o Embraer E190


A Air France Regional foi a primeira operadora europeia do E190 (Foto: Daniel Crawford/Airways)
O E190 é uma aeronave de fuselagem estreita e corredor único com envergadura de 28,72 mt, comprimento de 36,24 mt e altura de 10,57 mt. Ele é alimentado por dois motores turbofan General Electric CF34-10E que fornecem uma confiança de 18500 libras.

Os pesos operacionais da aeronave são: máximo de decolagem 51800kg (114199lbs), peso vazio 13063kg (28800lbs), combustível máximo 12971kg (28596lbs). A velocidade máxima chega a Mach 0,82 (871 km/h ou 541 mph) a 41.000 pés (12.000 mt), e o alcance máximo é de 2.450 milhas náuticas (4.537 km). Requer uma corrida de 2100mt (6890ft) para decolagem e 1244mt (4081ft) para pousar.

 Embraer E-190-100LR, prefixo XA-GAG, da Aeromexico Connect (Foto: Luke Ayers/Airways)
O E190 pode acomodar de 100 a 114 passageiros em uma configuração de classe única ou 96 em uma configuração de classe dupla, oito na primeira/executiva ou premium e 88 na classe econômica.

Em 7 de março de 2022, a Embraer confirmou sua intenção de entrar no mercado de carga, oferecendo E-190 e E-195 convertidos em cargueiros. O fabricante de aeronaves espera que os primeiros façam seus primeiros voos em 2024.

A brasileira Azul Linhas Aéreas também opera esse modelo de aeronave
Por Jorge Tadeu com informações do Airways Magazine

quarta-feira, 6 de março de 2024

Embraer negocia 1ª linha do cargueiro KC-390 fora do Brasil

Um dos seis KC-390 que já estão em operação pela Força Aérea Brasileira (Foto: Müller Martin/FAB)
A Embraer negocia com a Arábia Saudita a criação da primeira linha de produção da estrela de seu portfólio militar, o avião de transporte multimissão KC-390, fora do Brasil.

"Nossa proposta é maximizar a presença da Embraer, com escritório de engenharia, linhas de produção", afirmou Caetano Spuldaro Neto, vice-presidente da Embraer Defesa para Oriente Médio e Ásia-Pacífico, durante conferência empresarial do Grupo Lide, do ex-governador paulista João Doria, em Riad.

Desde que assinou no ano passado um memorando de entendimento com o fundo saudita Sami para disputar a substituição da frota de cargueiros C-130 Hércules em operação no reino do golfo Pérsico, a empresa tem discutido opções para a fabricação local do seu avião devido às características da demanda árabe.

Riad embarcou em um projeto modernizador de sua economia e sociedade, chamado Visão 2030, que visa libertar o país da dependência do petróleo, hoje responsável por 40% de suas receitas, segundo Osmar Chofhi, presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira.

Para bancar a ideia, contudo, o país conta com seus petrodólares. O setor aeroespacial é um dos principais pilares do Visão 2030 por proporcionar não só compras de prateleira, mas parcerias tecnológicas.

É aí que entra a campanha do KC-390 na Arábia Saudita. O reino está interessado não só em comprar o avião, mas fabricá-lo e capacitar mão de obra local no processo —o plano é ter 50% do conteúdo local. Analistas de mercado afirmam que a Embraer conseguiria escalonar uma produção do tipo, dado o dinheiro disponível aos sauditas: o país teve o sexto maior orçamento de defesa do mundo em 2023, equivalente a R$ 340 bilhões.

O Oriente Médio é, proporcionalmente em relação ao PIB, a região do mundo onde mais se gasta em defesa. A rivalidade entre sauditas e seus aliados com o Irã, a guerra entre Israel e o Hamas e outros conflitos inspiram tal realidade.

"Contemplamos no nosso projeto um plano de uma linha montagem final e produção do KC-390. É uma proposta de valor alinhada com a Visão 2030", disse Spuldaro. Ele disse que as conversas envolvem aeronaves civis da Embraer, como o jato comercial E2, e carros voadores elétricos de sua subsidiária Eve.

A demanda nominal dos sauditas no campo de transporte militar a substituição paulatina de sua frota de 52 Hércules, lendário aparelho norte-americano que voa em diversas versões desde os anos 1950. Dessas, 33 são mais antigos modelos H, sem capacidade de reabastecimento em voo.

O KC-390 tem mirado o mercado mundial de Hércules. Além dos 19 aviões vendidos para sua primeira cliente, a FAB (Força Aérea Brasileira), a Embraer engatou uma série de negócios recentemente: cinco países europeus encomendaram ou selecionaram 18 aviões, a Coreia do Sul irá comprar 3.

O negócio saudita é de outra magnitude, com uma frota potencialmente superior à brasileira. Spuldaro disse que a ideia é transformar a Arábia Saudita em um centro de distribuição para todo o Oriente Médio.

Dali para chegar a outros ricos países da região, com os Emirados Árabes Unidos, é um pulo —ressalvando que, nesse mercado, a medida de tempo é em anos e sujeita a diversas intempéries.

A própria Arábia Saudita tem um longo histórico de negócios soluçantes de defesa, sujeitos a questões geopolíticas, como a aquisição de 54 novos caças ora em debate mostra: Riad queria ampliar sua frota do europeu Typhoon, mas aceitou a entrada do francês Rafale na disputa para pressionar melhores condições.

Os fabricantes europeus do Typhoon, Alemanha e Reino Unido à frente, haviam decretado um embargo parcial a Riad devido às violações aos direitos humanos do reino, mas a chegada dos franceses na disputa os fez abandonar os pudores.

Há um fator adicional para a Embraer, que é o peso político da relação entre a Arábia Saudita e os EUA, fabricantes do C-130. No mercado de defesa brasileiro, poucos esquecem que a escolha de Riad pelo tanque americano Abrams nos anos 1980.

O blindado havia sido derrotado tecnicamente pelo tanque brasileiro Osório, da Engesa, então uma das grandes empresas de defesa do mundo, mas a seleção acabou sendo política —e a fabricante paulista acabou falindo pelo investimento no produto, entre outros problemas.

O KC-390 segue em outras campanhas, como em Singapura e na Suécia, onde está avançada a negociação para uma compra casada: a venda do cargueiro para Estocolmo e a ampliação da frota de caças suecos Gripen, fabricados em conjunto com a Embraer, de 36 para 50 unidades.

Via Igor Gielow (Folha de S.Paulo)

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Hoje na História: 9 de fevereiro de 1973 - 51 anos da entrega do primeiro Embraer EMB-110 Bandeirante

O primeiro protótipo do EMB-110 antes de seu primeiro voo
Neste 9 de fevereiro, o Embraer EMB-110 "Bandeirante", está completando 51 anos de operação. A aeronave é um bimotor turboélice destinada ao uso civil e militar, com capacidade para vinte e um passageiros, desenvolvida e fabricada no Brasil pela Embraer entre os anos de 1973 e 1991.

No final da década de 1960, o governo brasileiro desencadeou uma política de expansão da indústria nacional, época em que havia a necessidade de se obter um avião de propósito geral, para uso civil e militar, a ser utilizado no transporte de cargas e passageiros. Desta forma promoveu estudos para a criação de uma nova aeronave, de baixo custo operacional, capaz de ligar regiões remotas e dotadas com pouca infraestrutura.

Coube a uma equipe do Centro Técnico Aeroespacial, liderada inicialmente pelo projetista francês Max Holste, com a supervisão do engenheiro aeronáutico Ozires Silva, a missão de desenvolver o produto. O projeto, que foi chamado de IPD-6504, teve início em 1965 e se desenvolveu durante três anos, até o primeiro voo, em 22 de outubro de 1968. A Embraer ainda não havia sido criada, o que aconteceria no ano seguinte, em 19 de agosto de 1969, tendo como primeiro presidente, Ozires Silva.


Em maio de 1971 foi iniciada a produção em série do avião, com a primeira entrega em 9 de fevereiro de 1973, para a Força Aérea Brasileira, que encomendou oitenta unidades. A aeronave foi vendida para diversos países. De um total de 498 aviões fabricados, 245 foram para o exterior, incluindo forças armadas. Em alguns países ganhou o apelido de "Bandit".

Utilizado para o transporte de passageiros, carga, busca e salvamento, reconhecimento fotográfico, originou também uma versão de patrulha marítima, o Bandeirante Patrulha, apelidado 'Bandeirulha'.

Protótipo nº 1, de três produzidos, cuja denominação era EMB-100 ou FAB YC-95 (Musal)
O protótipo do Bandeirante está em exposição no Museu Aeroespacial do Campo dos Afonsos (MUSAL), na base aérea que tem o mesmo nome, no bairro do Campos dos Afonsos, na cidade do Rio de Janeiro. O terceiro modelo produzido está exposto no Parque Santos Dumont, na cidade de São José dos Campos.

Via Wikipédia

domingo, 14 de janeiro de 2024

Hoje na História: 14 de janeiro de 1973 - Vasp compra avião Bandeirante para voar entre cidades de São Paulo

Em 14 de janeiro de 1973, o jornal Folha de São Paulo anunciou em sua primeira página a compra pela Vasp do avião Bandeirantes da Embraer.


"O presidente da Vasp, Luís Rodovil Rossi, recebeu o aval do governador de São Paulo, Laudo Natel, para adquirir aeronaves do modelo Bandeirante e reestabelecer o tráfego aéreo em várias regiões do estado.

Esse avião é produzido pela Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) em São José dos Campos (SP) e é indicado para operar em aeroportos como os existentes no interior de São Paulo.

É um bimotor turbo-hélice para 12 passageiros, com turbinas PTGA-27. A sua velocidade de cruzeiro é de 435 km/h.

Os Bandeirantes deverão também substituir as antigas aeronaves Douglas DC-3 em outras linhas da Vasp."


sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Embraer lança avião cargueiro com foco no e-commerce


A Embraer deu vida a uma nova aeronave cargueira. A fabricante brasileira transformou o E-190, um dos jatos regionais mais vendidos do mundo, em um avião de carga voltado para demandas do e-commerce.

Para lançar essa nova linha de cargueiros, a Embraer tomou atitudes inteligentes. Com a remoção de boa parte dos E-190 e E-195 da primeira geração do mercado, a fabricante iniciou a conversão desses modelos para atuar no crescente mercado de transporte aéreo de carga.

Com o E-190 Freighter, a ideia é atuar no segmento de comércio eletrônico, transportando itens de tecnologia e com maior valor agregado, já que são produtos mais leves. Isso pode dar às empresas facilidade na logística e, quem sabe, baratear um pouco o custo operacional.


A conversão de algumas unidades já começou e demanda esforços importantes da Embraer. Todo o interior da aeronave foi removido e trocado por um revestimento mais forte, sobretudo na região das portas. Além disso, a dianteira do avião precisa ser trocada por uma que possa ser aberta, de modo a facilitar a entrada dos contêineres.

Como é o E-190 Freighter?


O E-190 Freighter nada mais é do que um E-190 de primeira geração convertido em aeronave de carga. Suas capacidades operacionais, obviamente são modificadas e o avião passa a servir somente para o transporte de objetos.

Embraer ameaça Boeing e Airbus no mercado da carga
Na conversão, o E-190 Freighter passa a ter 100 m³ de volume e 18 toneladas de carga máxima, com alcance operacional de 4.260km sem escalas.

Segundo a Embraer, na comparação com as versões cargueiras do Boeing 737 e do Airbus A320, a economia pode ser de 25% no custo por viagem. Até 2040, a Embraer planeja ter convertido mais de 700 unidades somando o E-190 e o E-195.

Via Felipe RibeiroJones Oliveira (Canaltech) - Imagens: Divulgação/Embraer

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Aconteceu em 6 de dezembro de 1984: Voo Provincetown-Boston Airlines 1039 - Escalada do Pesadelo


Em 6 de dezembro de 1984, o avião de fabricação brasileira Embraer EMB-110P1 Bandeirante, prefixo N96PB, da Provincetown-Boston Airlines - PBA (foto abaixo), operava o voo 1039, um voo regular de passageiros do Aeroporto Internacional de Jacksonville, em Jacksonville, na Flórida, para o Aeroporto Internacional de Tampa, na Flórida. A bordo da aeronave estava 11 passageiros e dois tripulantes.

A Provincetown-Boston Airlines era uma companhia aérea regional com sede em Provincetown, em Massachusetts. A companhia aérea foi suspensa em 10 de novembro de 1984 por violar as regras federais de segurança da aviação e começou a retornar ao serviço em 25 de novembro. Antes de ser suspensa, a companhia aérea transportava mais passageiros do que qualquer outra companhia aérea suburbana nos Estados Unidos.


O EMB 110 foi operado dentro dos limites projetados de peso bruto e centro de gravidade na data do acidente. A aeronave foi adquirida pela PBA em outubro de 1981 e operada continuamente pela PBA até o acidente, acumulando 5.662 horas de operação e 7.858 ciclos até a data do acidente. 

O capitão Thomas Ashby (34) foi contratado pela PBA em 1974. No momento do acidente, ele havia acumulado aproximadamente 10.000 horas de voo, incluindo aproximadamente 400 horas no EMB 110. O primeiro oficial Louis Fernandez (25) foi contratado em 1984, e acumulou aproximadamente 3.000 horas de voo, incluindo 500 horas no EMB 110.

O voo 1039 da PBA estava programado para partir de Jacksonville às 18h08, horário padrão do leste. Às 18h12, o voo 1039 recebeu autorização de decolagem e iniciou sua corrida na pista 31. Às 18h13, o EMB 110 subiu acima do final de partida da pista 31, o voo 1039 foi instruído a mudar para a partida frequência de controle, que ele reconheceu com "OK, até logo".

Trinta segundos depois, testemunhas avistaram a aeronave em descida acentuada. O estabilizador horizontal, elevadores, conjunto do cone de cauda e parte da barbatana ventral separaram-se da aeronave durante o voo. 

Às 18h14, o EMB 110 caiu aproximadamente 7.800 pés (2.400 m) além do final da Pista 31. A aeronave foi destruída pelo impacto e um incêndio pós-acidente; todos os 11 passageiros e ambos os membros da tripulação morreram por "forças de impacto severas que excederam a tolerância humana".

Jornal Tampa Bay Times
O National Transportation Safety Board (NTSB) investigou o acidente e descobriu que o estabilizador horizontal se separou inteiro do EMB 110, pousando a 1.100 pés do local do acidente principal. O cone da cauda e a nadadeira ventral se separaram junto com o estabilizador horizontal. 

Os elevadores esquerdo e direito se separaram do estabilizador horizontal devido a fraturas nos suportes das dobradiças, típicas de separações por sobretensão. Como resultado, a investigação e análise do NTSB concentrou-se substancialmente na determinação da sequência e das razões para as separações estruturais. 


As hipóteses consideradas pelo NTSB incluíram:
  • sobrecarga estrutural imposta pela turbulência;
  • falha estrutural como resultado de fraqueza estrutural preexistente;
  • o aparecimento de um fenómeno aerodinâmico destrutivo como resultado de danos pré-existentes;
  • o aparecimento de vibrações destrutivas produzidas pelo desequilíbrio de uma hélice danificada; e
  • a aplicação de cargas aerodinâmicas excessivas como resultado de um ou mais mau funcionamento do sistema de controle de voo.
A falta de um gravador de voz na cabine (CVR) e de um gravador de dados de voo (FDR) a bordo do EMB 110 prejudicou a capacidade do NTSB de investigar o acidente. No momento do acidente do voo 1039, a Administração Federal de Aviação havia emitido um aviso de proposta de regulamentação que exigiria a instalação de CVRs/FDRs em aeronaves multimotores turboélice de passageiros, mas nenhuma regra desse tipo foi finalizada ainda. 

O NTSB concluiu que "a instalação de um FDR e CVR teria fornecido pistas significativas sobre a causa deste acidente e remediado as ações necessárias para evitar a recorrência."

Com base em suas investigações, o NTSB foi capaz de determinar múltiplas causas potenciais de um mau funcionamento do sistema de controle do elevador ou do sistema de compensação do elevador, qualquer uma das quais poderia ter levado a tripulação a tomar ações corretivas que resultariam em uma haste de controle do elevador sobrecarregada e, por fim, na separação. dos elevadores e estabilizador horizontal. 


O NTSB emitiu seu relatório final em 24 de junho de 1986. Em seu relatório, fez a seguinte declaração sobre a provável causa do acidente: 

"O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes determina que a causa provável deste acidente foi um mau funcionamento do sistema de controle do elevador ou do sistema de compensação do elevador, que resultou em um problema de controle de inclinação do avião. A reação da tripulação de voo para corrigir o problema de controle de inclinação sobrecarregou a haste de controle esquerda do profundor, o que resultou em deflexão assimétrica do elevador e falha por excesso de tensão na estrutura de fixação do estabilizador horizontal. O Conselho de Segurança não foi capaz de determinar o problema preciso com o sistema de controle de inclinação."


O acidente foi o terceiro em seis meses para o PBA, que recentemente retomou o serviço após ser encalhado pela FAA por violações de segurança. A crise abalou a confiança do público na PBA e as reservas de clientes caíram 75%. Após o pedido de falência, a companhia aérea foi comprada pela People Express em 1986.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipédia, ASN e baaa-acro

terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Embraer faz acordo para fornecer avião C-390 para Coreia do Sul

País é o primeiro cliente do cargueiro na Ásia e o sétimo a selecionar o C-390, depois de Brasil, Portugal, Hungria, Holanda, Áustria e República Tcheca.


A Embraer anunciou nesta segunda-feira (4) que o C-390 Millennium foi selecionado como avião de transporte militar pela Coreia do Sul.

O número de aeronaves previstas no acordo não foi revelado. O valor do contrato, ainda não divulgado, será incluído na carteira de pedidos da Embraer no quarto trimestre de 2023.

Segundo a fabricante de aeronaves brasileira, o cargueiro foi o vencedor em um processo de licitação pública sul-coreana para o fornecimento de aviões para a Força Aérea da República da Coreia do Sul.


Além das aeronaves, o acordo também inclui a prestação de serviços e suporte, além de treinamento, equipamentos de apoio em solo e peças de reposição.

O país é o primeira cliente do cargueiro na Ásia e o sétimo a selecionar o C-390, depois de Brasil, Portugal, Hungria, Holanda, Áustria e República Tcheca.


O modelo é operado pela Força Aérea Brasileira desde 2019, e mais recentemente pela Defesa Portuguesa.

"A atual frota de aeronaves em operação acumula mais de 10.800 horas de voo, com disponibilidade operacional em torno de 80% e taxas de conclusão de missão acima de 99%, demonstrando produtividade excepcional na categoria", explicou a Embraer.


Como é o cargueiro


A aeronave C-390 é um projeto da FAB com a Embraer para produção de um avião de transporte militar tático que representa um avanço significativo em termos de tecnologia e inovação para a indústria aeronáutica brasileira.

A Embraer oferece também a versão do cargueiro com reabastecimento em voo, como é o caso dos modelos entregues à Força Aérea Brasileira. Nestes casos, as aeronaves são batizadas como KC-390.


A aeronave foi usada, por exemplo, no resgate de brasileiros que deixaram Ucrânia após o início da guerra com a Rússia em 2022.

O cargueiro começou a ser desenvolvido em 2009, na unidade da Embraer em Gavião Peixoto (SP). Ele foi projetado para estabelecer novos padrões em sua categoria, com menor custo operacional e flexibilidade para executar uma ampla gama de missões: transporte e lançamento de cargas e tropas, reabastecimento aéreo, busca e resgate e combate a incêndios florestais, entre outras.

Com turbinas a jato, o C-390 pode alcançar a velocidade de 850 km/h. Uma aeronave poderá decolar de Brasília e chegar sem escalas a qualquer capital brasileira com 23 toneladas de carga, sua capacidade máxima.

O compartimento de carga tem 18,54 metros de comprimento, um pouco maior que uma quadra de vôlei. A largura é de 3,45 metros e a altura é de 2,95 metros. O espaço é suficiente para acomodar equipamentos de grandes dimensões, além de blindados, peças de artilharia, armamentos e até aeronaves semi-desmontadas.


Também poderão ser levados 80 soldados em uma configuração de transporte de tropa, 64 paraquedistas, 74 macas mais uma equipe médica ou ainda contêineres, carros blindados e outros equipamentos.

Via g1 Vale do Paraíba e região - Imagens: Embraer/Divulgação