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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Avião de pequeno porte cai na Grande BH; saiba detalhes

Conforme as primeiras informações, somente o piloto, de 52 anos, estava dentro da aeronave.


O avião de pequeno porte Stoddard-Hamilton GlaStar, prefixo PU-ZZC, caiu em Jaboticatubas, na região metropolitana de Belo Horizonte, nesta sexta-feira (9 de fevereiro). Conforme as primeiras informações, somente o piloto, de 52 anos, estava dentro da aeronave.


A queda foi na região conhecida como São José do Almeida, perto do Povoado Recanto da Cigarra e da MG-010.

Segundo a Polícia Militar (PM), a aeronave teve uma pane elétrica, uma das asas bateu em uma árvore ocasionado a queda. A aeronave caiu em uma área de sítio.


O Corpo de Bombeiros informou ter sido acionado às 15h44 em São José de Almeida, distrito de Jaboticatubas. A pessoa que solicitou o atendimento viu o avião caindo, mas não soube informar o local exato da queda. Quatro equipes se encaminharam até o local que, de acordo com os militares, fica em área rural, sem rede celular ou sinal de rádio.


Quando os militares chegaram ao local, encontraram o piloto, de 52 anos e único ocupante, fora da aeronave consciente e sem ferimentos, apenas de queixando de dores nas costas.

A perícia foi acionada mas ainda não se sabe as causas do acidente. Na base de dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) consta que a aeronave é do ano de 2009 e está registrada em Minas Gerais.

Via A Tarde, O Estado de Minas, ASN, g1 e Hoje em Dia

Avião agrícola cai após motor parar e piloto fica ferido em Guarantã do Norte (MT)

O piloto estava com uma fratura no rosto e com ferimentos nos olhos, segundo os bombeiros.

Motor parou de funcionar e o avião caiu, segundo relato do piloto aos bombeiros
(Foto: Reprodução/Corpo de Bombeiros)
Um avião agrícola Embraer EMB-200 Ipanema caiu após o motor parar de funcionar, em uma zona rural próxima a Guarantã do Norte, a 771 km de Cuiabá, nessa quinta-feira (8). Segundo o Corpo de Bombeiros, o piloto ficou ferido e precisou ser encaminhado a uma unidade de saúde.

A corporação foi acionada por volta das 16h20 para prestar atendimento e, ao chegar no local, encontraram a vítima, que estava sendo levada ao hospital por populares.

O piloto estava com uma fratura no rosto e com ferimentos nos olhos. Aos militares, ele contou que estava a cerca de 100 metros de altura, quando o motor parou de funcionar e o avião caiu.

Ainda de acordo com os bombeiros, a vítima é de Nova Mutum e foi para o município para continuar o atendimento. O estado de saúde não foi informado.

2° queda em menos de 24 horas

Também na quinta (8), um outro avião caiu após perder a potência durante a decolagem, em Nova Xavantina, a 651 km de Cuiabá. Segundo o Corpo de Bombeiros, o piloto saiu ileso. Imagens feitas no local mostram a aeronave capotada em uma área de mata.

A queda aconteceu na pista particular de uma chácara que fica na região do Córrego Salgadinho, no município. Ao perder a potência na decolagem, o piloto precisou jogar aeronave para fora da pista. Apesar da queda, ele não precisou de atendimento médico, segundo o Corpo de Bombeiros.

Via g1

Avião cai após perder potência na decolagem e piloto sai ileso em MT; vídeo

Piloto precisou jogar aeronave para fora da pista durante a decolagem, segundo os bombeiros.

(Foto: Reprodução/Notícia em Foco)
Um avião caiu após perder a potência durante a decolagem, em Nova Xavantina, a 651 km de Cuiabá, nesta quinta-feira (8). Segundo o Corpo de Bombeiros, o piloto saiu ileso. Imagens feitas no local mostram a aeronave capotada em uma área de mata. (assista aa vídeo aqui)

A queda aconteceu na pista particular de uma chácara que fica na região do Córrego Salgadinho, no município. Ao perder a potência na decolagem, o piloto precisou jogar aeronave para fora da pista. Apesar da queda, ele não precisou de atendimento médico, segundo o Corpo de Bombeiros.

Ainda de acordo com os bombeiros, a corporação não foi acionada pelos envolvidos, um popular que passava na hora do acidente ligou para a unidade e comunicou o caso.

Via g1

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Aconteceu em 7 de fevereiro de 2009: Queda de avião da Manaus Aerotáxi deixa 24 mortos no Amazonas


O acidente da Manaus Aerotáxi ocorreu no estado do Amazonas, em 7 de fevereiro de 2009, quando um turboélice Embraer EMB-110P1 Bandeirante, operando como um voo de táxi aéreo de Coari a Manaus, caiu no Rio Manacapuru, cerca de 80 quilômetros a sudoeste de seu destino, matando os dois tripulantes e 22 dos 26 passageiros a bordo.

Acidente



O bimotor Embraer EMB-110P1 Bandeirante, prefixo PT-SEA, da Manaus Aerotáxi (foto acima), com número de série 110352, transportava vinte e oito pessoas, embora fosse certificado para apenas vinte e uma. Estavam a bordo 26 passageiros e dois tripulantes.

A aeronave decolou do Aeroporto Municipal Danilson Cirino Aires da Silva, em Coari, município amazonense localizado a 363 Km da capital, em direção ao Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus.
 
Pouco antes do acidente, o piloto teria tentado voltar para Coari devido a fortes chuvas, mas teve que fazer um pouso de emergência no rio Manacapuru, um afluente do Rio Amazonas, localizado entre Santo Antonio e Montecristo. 

O avião, então, mergulhou no rio em um ponto a cerca de 500 metros de uma pista abandonada, e a 20 minutos de seu destino pretendido, Manaus, e submergiu a uma profundidade de cinco a sete metros.


Das 28 pessoas a bordo, 24 morreram no acidente. Os quatro sobreviventes (três adultos e uma criança de nove anos), estavam sentados na parte traseira do avião e conseguiram abrir uma saída de emergência e chegar à superfície, sem ferimentos graves, e nadar com segurança até a costa.

Brenda Dias Morais, 21, Eric Evangelista da Costa Pessoa, 23, Yan da Costa Liberal, 9, e Ana Lúcia Reis Láurea, 43, foram encaminhados para o hospital Lázaro Reis, em Manacapuru.

Segundo Marcelo Alves Cabral, diretor do Hospital Regional de Manacapuru, onde os sobreviventes foram atendidos, todos passam bem. "Eles tiveram apenas escoriações e estavam muito nervosos, mas conversando bem, não estavam em estado de choque. O Érick teve um corte mais profundo nas costas, mas todos foram medicados e já liberados", afirmou Cabral.

"Eles me contaram que ouviram quando um dos motores parou e a aeronave perdeu altitude, teria batido em alguma coisa e depois entrou de bico na água. Como eles estariam no fundo do avião, conseguiram se salvar saindo pela porta de emergência", contou Cabral.

Programada para ser uma grande festa, com a presença de toda família e amigos, o aniversário do empresário Omar de Melo Júnior, o "Omarzinho", acabou em tragédia com a morte de 20 familiares que estavam entre os 28 passageiros do avião da Manaus Aerotaxi, que caiu na tarde de sábado, no rio Manacapuru, na localidade denominada Boca de Santo Antônio (a 20 quilômetros acima de Manacapuru).

De uma família de 11 irmãos, cinco morreram no acidente - Mercicleide Oliveira Melo conhecida como "Cristina", Hosana, Jonas, Daniel, Merciclei, todos de souza Melo, além de Janete Melo dos Santos a "Neca".

Mas a tragédia estendeu-se sobre a família central: os Melo, como se seguisse seus descendentes. Mercicleide morreu junto das filhas menores: Camile e Maria Eduarda; Hosana com o filho Anads Júnior, Daniel estava com a mulher Thamara e o filho Daniel Júnior, Janete com o marido Adalto Santos, os filhos Emanuel e Júlia, além do neto Laio; Merciclei estava com o marido Evandro Costa e o filho Emanuel, de apenas sete meses de idade. O cunhado de Evandro, João Liberal, também estava no vôo e morreu com as filhas Stephanie e Natália. Yan e Erick, conseguiram sobreviver. Jonas Melo, outro irmão de Omarzinho, também morreu no acidente.


Resgate


Quase quarenta equipes de resgate, incluindo nove mergulhadores e oficiais da defesa civil, passaram a noite procurando sobreviventes na selva.

As equipes de resgate foram capazes de recuperar todos os vinte e quatro corpos; todas as mortes foram atribuídas a afogamento. As vítimas foram quinze passageiros adultos, sete crianças e os dois tripulantes.

O avião estava lotado com membros de uma família a caminho de Manaus para comemorar o aniversário de um parente. Quinze das vítimas fatais e dois sobreviventes pertenciam a esta família.


Paulo Roberto Pereira, porta-voz da companhia charter envolvida, inicialmente relatou erroneamente o número de pessoas a bordo, dizendo que havia vinte e dois passageiros e dois tripulantes a bordo, mas posteriormente aumentou esse número para vinte e seis passageiros e dois membros da tripulação. Mais tarde, ele confirmou o envolvimento de oito crianças pequenas, das quais uma sobreviveu.


Cerca de 20 mil pessoas acompanharam o enterro de 22 das 24 vítimas do acidente, 18 delas pertenciam à mesma família. A multidão se reuniu no ginásio Geraldo Grangeiro e Natanael Brasil e seguiu em cortejo para o Cemitério Santa Terezinha, em Coari, onde foram enterradas as vítimas.

A empresa Manaus Aerotaxi, proprietária da aeronave, divulgou no início da tarde a lista com os nomes das pessoas que estavam a bordo. Confira abaixo a lista de passageiros (o grau de parentesco entre as vítimas foi passado pelo secretário da Casa Civil). A família iria participar de uma festa de aniversário de um empresário identificado apenas como Omar.

1 - Julia Caiane Melo Duarte (sobrinha de Omar)
2 - Laio Neto Melo Pinheiro (filho de Julia)
3 - Adalto Santos dos Santos (cunhado de Omar)
4 - Luis Eduardo Melo Santos (filho de Adalto)
5 - Tamara Maria da Silva (sobrinha de Omar)
6 - Hosana de Souza Melo (irmã de Omar)
7 - Anads Junior (filho de Hosana)
8 - Daniel de Souza Melo (sobrinho de Omar)
9 - Daniel de Melo (filho de Daniel)
10 - Janete Melo dos Santos (irmã de Omar)
11 - Merciclei de Souza Melo (irmã de Omar)
12 - Evandro da Costa (marido de Merciclei)
13 - Emanuel de Melo (filho de Merciclei e Evandro)
14 - Jonas de Souza Melo (irmão de Omar)
15 - Micicleide de Oliveira (irmã de Omar)
16 - Maria Eduarda Melo (filha de Micicleide)
17 - Camile Almeida Melo (filha de Micicleide)
18 - Mateus Dantas da Silva (convidado da festa)
19 - João Liberal Neto (parente distante de Omar)
20 - Erick da Costa Liberal (filho de João) - sobrevivente
21 - Natalia da Costa Liberal (filha de João)
22 - Yan da Costa Liberal (filho de João) - sobrevivente
23 - Stephanie da Costa Liberal (filha de João)
24 - Joelma Aguiar
25 - Ana Lucia Reis Laurea - sobrevivente
26 - Brenda Dias Moraes - sobrevivente

Tripulantes:

27 - Piloto - César Leonel Grieger , 47 anos, gaúcho
28 - Copiloto - Danilson Cirino Ayres da Silva, 23 anos, amazonense

Investigação


Os sobreviventes relataram que viram uma das hélices do avião parar de girar antes do acidente.


O motor e os componentes do avião foram retirados do fundo do rio e levados de balsa a Manaus para averiguações dos peritos do Cenipa. A empresa proprietária do avião transportou a carcaça da aeronave para um hangar na capital amazonense, para averiguação pelo Cenipa. Após a liberação do órgão de investigação, o que restou da aeronave foi desmontado e, posteriormente mandado para reciclagem.


O Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) do Brasil investigou o acidente e divulgou seu relatório final em 30 de julho de 2010. 

O CENIPA concluiu que a aeronave bimotor turboélice decolou com excesso de peso e seu motor esquerdo falhou durante a rota. Incapaz de manter o voo nivelado em um único motor em sua condição de excesso de peso, a aeronave caiu ao tentar executar um pouso de emergência.


Segundo o CENIPA, a aeronave decolou de Coari com 549,7 kg acima de seu peso máximo de decolagem certificado, com 28 pessoas a bordo, incluindo dois tripulantes e 26 passageiros, enquanto a aeronave foi certificada para no máximo dois tripulantes e 19 passageiros. 


Havia apenas 18 assentos de passageiros instalados na aeronave, portanto, oito passageiros viajaram como “crianças de colo”, situação que o CENIPA chamou de “inconsistente com a realidade” (situação que não condizia com a realidade). 

O CENIPA observou que quando o piloto em comando contatou o controle de tráfego aéreo do Centro Amazônico por rádio, ele relatou 20 pessoas a bordo, em vez das 28.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipédia, ASN, O Curumim e Folha de S.Paulo

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Ultraleve com duas pessoas cai no mar em SC. Piloto morre após recusar atendimento médico

Às 9h59 da manhã deste domingo (04), duas pessoas precisaram ser resgatadas após um avião ultraleve cair no mar da Meia Praia, em Itapema.


A queda do ultraleve Vector Fox II, prefixo PU-AIC, ocorreu na altura da rua 233, cerca de 200 metros da areia da praia. Segundo o condutor da aeronave, o motor parou de funcionar e ele precisou fazer um pouso forçado. Nenhum banhista ficou ferido.

De acordo com os bombeiros, o local precisou ser isolado e equipes da Marinha e da Aeronáutica foram acionadas para auxiliar na ocorrência (veja vídeo).


O piloto do ultraleve morreu após parada cardiorrespiratória. O empresário Mikael Minatti pilotava o avião e foi resgatado com vida e em estado estável, mas não quis ser atendido, conforme os bombeiros, e seguiu para casa, onde passou mal. Ele chegou a ser levado para o hospital, porém não resistiu. Uma mulher também foi resgatada, porém, até o momento, não há informações do estado de saúde dela.

O empresário Mikael Minatti
Em dezembro de 2022, Minatti participou de diversos resgates aéreos durante a pior enchente registrada na história de São João Batista. Ele ficou conhecido na região pela “atuação heroica”.

Segundo relatos, o empresário teria sido um dos primeiros a oferecer ajuda nas buscas e resgates. Ele usou o próprio helicóptero, auxiliou outros pilotos e transportou equipes médicas e de resgate a pontos com acesso inacessível por terra.


Com a morte de Minatti, a Prefeitura de São João Batista declarou luto oficial de três dias. “Nossa solidariedade a familiares, amigos e todos enlutados por esta irreparável perda”, diz trecho de nota.

Via Metrópoles, UOL, g1, Aeroin, SSC10 e ASN 

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Avião cai e deixa 7 mortos na zona rural de Itapeva, MG

De acordo com os bombeiros, aeronave se desintegrou no ar. Monomotor saiu de Campinas (SP) com destino a Belo Horizonte (MG).


O avião Piper PA-46-350P Malibu Mirage JetPROP DLX, prefixo PS-MTG, da empresa IT'S Soluções Ltda., caiu na manhã deste domingo (28) no Bairro Monjolinho, zona rural de Itapeva (MG). Segundo o Corpo de Bombeiros, sete pessoas morreram. A aeronave saiu de Campinas (SP) com destino a Belo Horizonte (MG).


De início, duas pessoas estavam desaparecidas, mas a médica legista da Polícia Civil Tatiana Teles informou que os corpos foram encontrados embaixo do avião.

"Aeronave se partiu em três fragmentos maiores, é claro que houve fragmentos menores, em perímetro de alcance grande. Nós temos as asas e o núcleo da aeronave. Dentro do núcleo da aeronave estavam os 7 corpos. Só que esta aeronave caiu de cabeça para baixo. Nós fizemos a retirada de quatro corpos, que era possível fazer a retirada na posição que eles estavam. Depois, o Corpo de Bombeiros nos auxiliou e essa aeronave foi virada com a autorização do Cenipa. E nós fizemos a retirada dos demais, inclusive dos tripulantes", explicou a médica-legista.


No avião havia cinco passageiros, sendo dois homens, duas mulheres e uma criança do sexo masculino e dois tripulantes (piloto e copiloto). São eles:

Marcílio Franco da Silveira, de 42 anos

Marcílio Franco da Silveira, 42 anos, vítima de acidente com avião em MG (Foto: Redes sociais)
Marcílio era presidente da Associação Nacional de Empresas Correspondentes Bancárias (Anec). Ele era fundador e presidente da CredFranco e um dos fundadores da associação. Nas redes sociais, Marcílio se dizia apaixonado por cavalos.

"Marcílio Franco deixa um legado de trabalho e dedicação que será sempre lembrado por todos que tiveram a oportunidade de conhecê-lo", disse a associação por meio de uma nota de pesar compartilhada nas redes sociais.

André Rodrigues do Amaral, de 40 anos

André Amaral, vítima de acidente com avião em Itapeva, MG (Foto: Redes sociais)
André era sócio de Marcílio Franco, na Credfranco, e fazia parte do Conselho da Anec desde a sua fundação.

Nas redes sociais, a CredFranco informou que estará de luto nesta segunda-feira (29) e prestará todo apoio aos familiares e colaboradores. Informações sobre velórios e homenagens às vítimas serão ditas posteriormente.

Raquel Souza Neves Silveira, de 40 anos: esposa de Marcílio

Raquel Souza Neves Silveira e o marido, Marcílio (Foto: Redes sociais)
Antônio Neves Silveira, de 2 anos: filho de Raquel e Marcílio

Fernanda Luísa Costa Amaral, de 38 anos: esposa de André

Fernanda Luísa Costa Amaral e o marido, André (Foto: Redes sociais)
Geberson Henrique Tadeu Chagas Pereira: piloto. Os bombeiros informaram que Geberson é de Belo Horizonte.

Geberson Henrique Tadeu Chagas Pereira era o piloto da aeronave que caiu (Foto: Redes sociais)
Gabriel de Almeida Quintão Araújo, de 25 anos: copiloto

Gabriel de Almeida Quintão Araújo (Foto: Reprodução)
Conforme dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a aeronave de matrícula PS-MTG foi fabricada em 1996 pela Piper Aircraft, é registrada como uma aeronave de serviço aéreo privado e não possui permissão para realizar táxi aéreo. Ela estava com situação normal para aeronavegabilidade.

O avião, do modelo Piper PA46, pertencia a uma empresa de crédito financeiro com sede em Belo Horizonte (MG). A EPTV, afiliada Globo, conversou com o sócio desta empresa responsável pela aeronave, que é morador de Pouso Alegre (MG).

O avião saiu do Aeroporto dos Amarais, em Campinas (SP), às 10h09, com destino à capital mineira. Ainda de acordo com este empresário, as vítimas são de Belo Horizonte . Moradores informaram que choveu forte na manhã deste domingo em Itapeva.


A queda do avião que deixou sete mortos causou comoção entre os moradores de Itapeva (MG). Uma dona de casa contou para a EPTV, afiliada Globo, que o marido e os filhos foram até o local onde caiu a aeronave para tentar socorrer as vítimas, mas a cena chocou a todos.

“Horrível. Nunca imaginei na minha vida que a gente ia presenciar uma coisa dessas. Eu não consegui subir e eles subiram e estão tudo chocados”, contou a dona de casa Maria Rita de Cássia Gonçalves.


De acordo com Maria Rita, o barulho da queda foi muito alto e assustou a todos. A princípio, a família pensou que teriam caído eucaliptos.

“A gente está acostumado com máquinas, porque a gente mora no sítio, mas nada parecido. Muito alto, muito alto. O meu marido saiu do quarto, correndo e gritando que tinha caído, só que eu não sabia o que era ainda. A gente achou que era eucalipto. E aí eu chamei meus filhos”.


Nota — Rede VOA

A aeronave PIPER PA46, matrícula PSMTG, chegou ao Aeroporto de Amarais (SDAM) no dia 26 de janeiro de 2024 às 12h48, e permaneceu em hangar particular. Às 10h09 do dia 28 de janeiro de 2024 partiu de Amarais com destino ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (SBBH), porém, sofreu acidente antes de chegar ao seu destino. Informações preliminares indicam que havia 7 pessoas a bordo, sendo 5 passageiros e 2 tripulantes. No entanto, os nomes dos ocupantes ainda não foram confirmados. A aeronave era propriedade da IT’S Soluções Ltda.

Nota – CENIPA

Investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA III), localizados no Rio de Janeiro (RJ), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), foram acionados, neste domingo (28/01), para realizar a Ação Inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PS-MTG, em Itapeva (MG).

Na Ação Inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e confirmação de dados, a preservação dos elementos da investigação, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo de investigação.

A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes.

Via g1, CNN, Portal da Cidade Pouso Alegre, ASN e ANAC

domingo, 28 de janeiro de 2024

Aconteceu em 28 de janeiro de 1986: O acidente com o Voo VASP 210 no Aeroporto de Guarulhos (SP)


Na manhã de terça-feira, 28 de Janeiro de 1986, o Boeing 737-2A1, prefixo PP-SME, da Vasp (foto acima), preparava-se para realizar o voo 210 partindo do Aeroporto Internacional de Guarulhos, com destino ao Aeroporto Internacional de Cofins, em Belo Horizonte (MG), com cinco tripulantes e 67 passageiros a bordo.


Sob intenso nevoeiro, não ocorrem somente no inverno: a aeronave desorientou-se e chocou com barranco ao decolar da pista de rolamento, pensando estar na 09L.


Sob intenso nevoeiro, às 7h32, o piloto inadvertidamente adentrou a pista de táxi imaginando estar na pista de decolagem e acabou se chocando contra um barranco de cerca de oito metros de altura.


Na época, a taxiway estava em processo de extensão. Não havia ainda radar de solo, nem um “follow me” para guiá-lo ate a cabeceira da pista, que estava em condições mínimas de operação e somente para decolagens.

Com reflexos impressionantes ao avistar o morrote, percorrendo aproximadamente 70 mts/seg, o Comandante ainda conseguiu evitar um desastre total. Houve apenas uma vítima fatal entre os 72 ocupantes da aeronave. Nesse dia uma comissária pediu demissão, abalada com o desastre.


Vinte passageiros foram internados com ferimentos diversos. No dia 12 de fevereiro, o empresário Valentino Guido, de 63 anos, faleceu no Hospital Santa Isabel, no Centro de São Paulo. Ele foi a única vítima fatal desse acidente.


A causa provável do acidente foi a falha da tripulação em reconhecer que o avião estava alinhado em uma pista de táxi e não na pista ativa. A má visibilidade devido às condições de neblina foi um fator contribuinte.


Nesse mesmo dia, o ônibus espacial Challenger explodia em Cabo Canaveral, na Flórida.


Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com informações de Aviões e Músicas e Folha de S.Paulo - Fotos: Pedro Godoy

Piloto morre após queda de avião agrícola em fazenda no interior de SP

Aeronave caiu na tarde deste sábado (27), em uma área rural que fica próximo à cidade de Palestina (SP). O avião fazia pulverização em plantação de cana-de-açúcar quando perdeu altitude e caiu.


O piloto do avião agrícola Embraer EMB-202 Ipanema, prefixo PT-VYS, da Pachu Aviação Agrícola, morreu após a aeronave cair em uma fazenda próximo à cidade de Palestina (SP), na tarde deste sábado (27).

Segundo a Polícia Militar, o acidente ocorreu na Fazenda Conquista, que fica a 15 minutos de Palestina. Equipes do Corpo de Bombeiros confirmaram a morte do piloto Ricardo Lima, que tinha 48 anos (foto ao lado). O profissional deixa esposa e dois filhos.

A aeronave fazia pulverização em uma plantação de cana-de-açúcar quando perdeu altitude e caiu.

A aeronave pertence a uma empresa que presta serviço terceirizado de pulverização para uma fazenda. Segundo informações de um técnico da empresa, o piloto saiu da base em Baguaçu, distrito de Olímpia (SP), por volta das 5h30.


O último contato dele com a base foi às 10h30 e o trabalho estava previsto para terminar às 11h30. O piloto era de Uberlândia (MG) e trabalhava na empresa havia três meses. O corpo dele vai ser encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de São José do Rio Preto (SP).

Investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), também foram acionados para apurar as causas da queda.


Via g1 Rio Preto e Araçatuba e ANAC - Fotos: Reprodução/TV TEM

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Avião de pequeno porte cai entre Rio Grande da Serra, na Grande SP, e deixa dois mortos

Queda foi registrada na manhã desta quinta-feira (25) em uma área de mata entre Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

Avião de pequeno porte cai em área de mata na Grande SP; duas pessoas morreram
(Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)
O avião de pequeno porte Piper PA-24-260 Comanche C, prefixo PT-DKA, caiu e deixou dois mortos, entre Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires, Grande São Paulo, na manhã desta quinta-feira (25).

Segundo o Corpo de Bombeiros, a queda foi registrada por volta das 10h perto da rua Teresinha Arnone Casteluci, em uma área de mata.

Conforme informações do controle aéreo de SP, a aeronave decolou do Campo de Marte às 9h45 com destino a Presidente Venceslau, quando houve desvio repentino e a queda.

Benedito Aparecido da Silva (à esquerda) e Ricardo Falarini (à direita) (Foto: Reprodução)
No avião estavam o advogado Ricardo Falarini, 60 anos, e o empresário Benedito Aparecido da Silva, 59, conhecido como Bene Danita. Os dois foram encontrados sem vida pelas equipes do Corpo de Bombeiros.

Avião de pequeno porte cai na Grande SP e deixa dois mortos (Foto: Arquivo Pessoal)
Benedito era sócio da esposa no ramo farmacêutico e tentou se eleger ao cargo de deputado federal em 2022, pelo Republicanos, em São Paulo. Ele nasceu em Macaubal, no interior de São Paulo. Na prestação de contas de 2022, Benedito afirmou que tinha duas aeronaves compradas em 2020. Bene também era advogado.

O advogado Ricardo Falarini era especialista no mercado imobiliário e inscrito pela OAB-SP Subseção Vila Prudente desde maio de 2021. No Tribunal de Justiça de São Paulo, ele aparece em dezenas de processos na capital, na Grande São Paulo e no interior.

Uma moradora do bairro Barro Branco, em Rio Grande da Serra, narrou ao g1 que, no momento da queda da aeronave, chovia muito no local e a visibilidade era muito ruim.

“Minha mãe ouviu um barulho muito alto de motor e logo veio um estrondo enorme. Liguei para os bombeiros imediatamente. Ao sair pra fora, os vizinhos contaram que havia acabado de cair um avião dentro da mata”, disse a técnica em patologia, Edna Mariano.

Segundo dados da Anac, o avião tem operação negada para táxi aéreo, mas a situação de aeronavegabilidade está regular.


A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), localizado em São Paulo, e órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), foram acionados para realizar a ação inicial da ocorrência.

"Na ação Inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e confirmação de dados, a preservação dos elementos da investigação, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo de investigação", disse, em nota.

A FAB ainda afirmou que a conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo da complexidade da ocorrência e da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes.


Em nota, a Prefeitura de Rio Grande da Serra informou que a Guarda Civil, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Samu foram acionados para auxiliar no atendimento da ocorrência.

"Lamentamos profundamente o ocorrido e reiteramos nosso compromisso em prestar socorro e atendimento às vítimas deste trágico acidente".

A Prefeitura de Ribeirão Pires também divulgou, em nota, que foi acionada na manhã desta quinta-feira (25) para atender ocorrência de queda de avião. "Equipes de segurança do município, Corpo de Bombeiros, SAMU e PM foram mobilizados no local para o atendimento da ocorrência", afirmou.

Via g1 e UOL

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Aconteceu em 19 de janeiro de 2017 - Queda de avião em Paraty (RJ) mata ministro do STF Teori Zavascki


Às 13h01 do dia 19 de janeiro de 2017, o bimotor Beechcraft King Air C90GT, prefixo PR-SOM, da empresa Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleiras, decolou do Campo de Marte, em São Paulo, com o piloto Osmar Rodrigues e quatro passageiros a bordo, sendo eles o ministro do STF Teori Zavascki, Carlos Alberto Filgueiras, dono do avião, Maíra Panas, massoterapeuta e sua mãe Maria Hilda Panas.

O Beechcraft King Air C90GT envolvido no acidente
Meia-hora depois o avião não chegou até Paraty (RJ), seu destino. O aeroporto de Paraty teria dado a permissão para o pouso da aeronave.

De acordo com os regulamentos de tráfego aéreo brasileiro, o pouso visual só pode ser feito com uma visibilidade horizontal mínima de 5 km e teto de 300 metros. Se as condições do tempo estiverem pior do que esse mínimo, os pousos não podem ser feitos. 


No caso do aeroporto de Paraty, no entanto, não é possível determinar com precisão quais eram as condições de teto e visibilidade no momento do acidente. O aeroporto não tem torre de controle, tampouco uma estação meteorológica. Nesse caso, a decisão sobre se há condições ou não para o pouso cabe ao piloto do avião.

Durante a segunda tentativa de aproximação para pouso no aeródromo de Paraty, a aeronave adentrou uma região sob condições meteorológicas de visibilidade restrita, que levaram o piloto a perder contato visual com as referências do terreno, acarretando a perda de controle e o impacto da aeronave contra a água nas proximidades da Ilha Rasa.

Chovia na hora do acidente. Segundo o Clima Tempo, uma chuva moderada. Entre as 13h e 14h, foram 11 milímetros de precipitação. Ainda de acordo com o Clima Tempo, não havia registro de vento forte. A Marinha soube do acidente às 13h45.


A aeronave ficou destruída. O piloto e os quatro passageiros faleceram.


A aeronave teve a asa direita arrancada na altura da nacele do motor e o cone de cauda seccionado na altura do bordo de ataque dos estabilizadores horizontais. A ponta da asa esquerda teve uma deformação significativa para baixo e para trás, em cerca de 2,90m.

Ilustração do alcance visual do piloto (estimado em 1.500m), em relação à trajetória da
aeronave (aeronave fora de escala)
Ambos os motores se desprenderam das asas. A seção dianteira da fuselagem permaneceu relativamente preservada, com enrugamentos nas laterais e um amassamento significativo na parte superior da cabine de pilotagem. Os danos de rasgamento observados na lateral esquerda da fuselagem decorreram da ação de resgate dos corpos das vítimas.


O presidente Michel Temer manifestou pesar pela morte do ministro e decretou luto oficial de três dias. Além do presidente, políticos e juristas lamentaram a morte de Teori, dentre eles os ex-presidentes Dilma Rousseff, Lula, José Sarney; a ministra Cármen Lúcia, ex-presidente do STF, e os ministros e ex-ministros da Corte; associações de magistrados, procuradores e delegados da Polícia Federal; Ordem dos Advogados do Brasil; e muitos líderes e partidos políticos. A morte do ministro também teve repercussão nos principais veículos da imprensa internacional.


O corpo foi liberado pelo IML um dia após do acidente e transportado para o Rio de Janeiro para embalsamamento. O velório aconteceu no plenário do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre, e sepultamento ocorreu às 18h45 no cemitério Jardim da Paz, na zona leste da capital gaúcha.


O Relatório Final do acidente apontou as seguintes conclusões: 

3.1.Fatos.

a) o piloto estava com o Certificado Médico Aeronáutico (CMA) válido; 

b) o piloto estava com as habilitações técnicas de classe avião multimotor terrestre (MLTE) e de voo por instrumentos (IFR) válidas; 

c) o piloto estava qualificado e possuía experiência no tipo de voo;
 
d) a aeronave estava com o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) válido;
 
e) a escrituração das cadernetas de célula, motores e hélices estava atualizada;
 
f) não se evidenciou qualquer condição de falha ou mau funcionamento de sistemas e/ou de componentes da aeronave que pudesse ter afetado o desempenho ou o controle em voo;
 
g) não se evidenciaram alterações de ordem médica, no período anterior ao acidente, que pudessem ter afetado o desempenho do piloto em voo;
 
h) a cultura presente, à época, valorizava os pilotos que efetuavam o pouso mesmo em condições meteorológicas adversas;
 
i) houve um atraso de uma hora e trinta minutos na decolagem devido à demora na chegada de um dos passageiros, fato este que incomodou o operador;
 
j) as informações meteorológicas, observadas antes do horário de decolagem, indicavam condições favoráveis ao voo visual, com possibilidade de degradação por chuva contínua e a presença de TCU na região de Paraty, RJ;
 
k) não houve anormalidades durante a decolagem, subida, voo em rota e descida da aeronave;
 
l) o aeródromo de SDTK permitia, exclusivamente, operações sob regras de voo VFR;
 
m) na primeira tentativa de aproximação, o trem de pouso foi baixado e houve um aumento significativo da razão de descida, seguido de um alerta de Sink Rate;
 
n) a primeira tentativa de aproximação foi cancelada e o piloto informou que iria aguardar a passagem da chuva e a melhoria da visibilidade;
 
o) havia chuva com potencial de precipitação da ordem de 25 mm/h, abrangendo a região da Baía de Paraty;
 
p) a visibilidade horizontal, registrada por uma câmera de segurança, localizada em um heliponto da Baía de Paraty, equivalia a 1.500m;
 
q) havia indicações de que o piloto estava tenso durante as tentativas de aproximação;
 
r) cerca de dois minutos e dez segundos após o recolhimento do trem de pouso, na primeira tentativa de aproximação, a aeronave iniciou nova tentativa;
 
s) o campo visual do piloto estava restrito e com poucas referências visuais do solo que pudessem permitir a sua correta orientação; 
 
t) as condições de voo encontradas pelo piloto favoreciam à ocorrência de ilusão vestibular por excesso de “G” e de ilusão visual de terreno homogêneo;
 
u) houve a perda de controle e a aeronave impactou contra a água, com grande ângulo de inclinação das asas;
 
v) a aeronave ficou destruída; e
 
w) todos os ocupantes sofreram lesões fatais.


3.2.Fatores contribuintes.

- Características da tarefa - indeterminado.

As operações em Paraty, RJ, demandavam que os pilotos se adaptassem à rotina dos operadores, o que era característico da aviação executiva. Além disso, entre os operadores, possivelmente por desconhecimento dos requisitos mínimos de operação em SDTK, perdurava o reconhecimento e a valorização dos pilotos que efetuavam o pouso mesmo em condições meteorológicas adversas. 

Embora não houvesse indícios de pressão externa por parte do operador, essas características presentes na operação em Paraty, RJ, podem ter favorecido a pressão autoimposta por parte do piloto, levando-o a operar com margens reduzidas de segurança.
- Condições meteorológicas adversas - contribuiu.

No momento do impacto da aeronave, havia chuva com potencial de precipitação da ordem de 25 mm/h, abrangendo a região da Baía de Paraty, e a visibilidade horizontal era de 1.500m. Tal visibilidade horizontal estava abaixo da mínima requerida para operações de pouso e decolagem sob VFR.

Uma vez que o aeródromo de SDTK permitia, unicamente, operações sob regras de voo VFR, as condições meteorológicas se mostraram impeditivas para a operação dentro dos limites mínimos de segurança requeridos.

- Cultura do grupo de trabalho - contribuiu.

Entre os membros do grupo de pilotos que realizava voos rotineiros para a região de Paraty, RJ, havia uma cultura de reconhecimento e valorização daqueles que operavam sob condições adversas, em detrimento dos requisitos estabelecidos para a operação VFR. Esses valores compartilhados promoveram a adesão a práticas informais e interferiram na percepção e na adequada análise dos riscos presentes na operação em SDTK.

- Desorientação - indeterminado.

As condições de baixa visibilidade, de curva à baixa altura sobre a água, somadas ao estresse do piloto e, ainda, às condições dos destroços, os quais não evidenciaram qualquer falha que pudesse ter comprometido o desempenho e/ou a controlabilidade da aeronave, indicam que o piloto muito provavelmente teve uma desorientação espacial que acarretou a perda de controle da aeronave. 

- Estado emocional - indeterminado.

Por meio da análise dos parâmetros de voz, fala e linguagem, foram identificadas variações no estado emocional do piloto que evidenciaram indícios de estresse nos momentos finais do voo. O elevado nível de ansiedade do piloto pode ter influenciado a sua decisão de realizar nova tentativa de aproximação para o pouso, sob condições meteorológicas adversas, e ter contribuído para a sua desorientação.

- Ilusões - indeterminado.

As condições de voo enfrentadas pelo piloto favoreceram a ocorrência da ilusão vestibular por excesso de “G” e da ilusão visual de terreno homogêneo. Tais ilusões provavelmente tiveram, como consequência, a sensação do piloto de que o ângulo de inclinação estava se reduzindo e de que ele se encontrava em uma altura acima da real.
 
Essas sensações podem ter levado o piloto a tentar corrigir, equivocadamente, as condições as quais estava experimentando. Assim, a grande inclinação de asas e o movimento em descida, observados no momento do impacto da aeronave, provavelmente são consequência dos fenômenos das ilusões.

- Processo decisório - contribuiu.

As condições meteorológicas presentes em SDTK resultaram em restrições de visibilidade que eram impeditivas ao voo sob regras VFR. Nesse contexto, a realização de duas tentativas de aproximação para o pouso denotou uma inadequada avaliação sobre as condições mínimas requeridas para a operação no aeródromo.


Sobre Teori Zavascki



Teori tomara posse em 29 de novembro de 2012 na Suprema Corte para assumir a vaga decorrente da aposentadoria do ministro Cezar Peluso. Antes, cumpriu uma trajetória brilhante no Superior Tribunal de Justiça, entre 2003 e 2012, e no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, no Rio Grande do Sul, o qual presidiu no biênio de 2001 a 2003.

Sua carreira jurídica e acadêmica foi construída no Rio Grande do sul, embora fosse natural de Faxinal dos Guedes, Santa Catarina, nascido a 15 de agosto de 1948. Teori era viúvo, pai de três filhos e gremista apaixonado, clube no qual atuou como conselheiro.

No STF, foi o relator de um dos casos mais complexos e notórios do Tribunal, os processos da operação "lava jato", mas não foram só eles. Segundo dados apresentados na memória jurisprudencial do ministro Teori Zavascki, entre 2013 e 2016 ele julgou como relator 2.203 casos no STF.

Mas surgiram ainda 60 casos de 2017 a 2019 que estavam sob sua relatoria, sobre os quais já havia proferido voto, que foram julgados após a sua morte. Com isso foi um total de 2.263 casos julgados no Supremo Tribunal Federal.

Toda a trajetória do ministro Teori Zavascki, desde os tempos em que começou como advogado, trabalhou e dedicou grande parte da vida ao magistério e à magistratura até sua precoce morte, em 19 de janeiro de 2017.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com g1, Estadão, Folha de S.Paulo, Wikipedia.