segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Cientistas propõem viagem sem volta a Marte

Uma estratégia seria enviar inicialmente quatro astronautas, dois em cada uma de duas espaçonaves, ambas com módulo de pouso e com suprimentos suficientes - Imagem: NASA/JPL

Voos tripulados

Quando Barack Obama tomou posse, ele afirmou que era preciso rever os projetos de voos tripulados da NASA.

Embora tenha dito que poderia ser possível enviar o homem a Marte até 2030, o efeito mais imediato da nova política espacial da NASA foi o cancelamento do projeto de retorno à Lua.

Com um mero passeio lunar cada vez mais distante, e com as decepcionantes dificuldades que a própria NASA demonstrou na execução do projeto Constelação, que nada mais era do que um upgrade da histórica Apolo, ir a Marte ou a qualquer outro planeta parece um sonho cada vez mais distante.

Viagem sem volta a Marte

Mas talvez haja uma alternativa, uma missão que seja mais simples e mais barata e que viabilize a chegada do homem a Marte.

Para isso, basta que seja uma viagem sem volta, ou seja, uma viagem para astronautas que aceitem o desafio de ir para Marte sem qualquer plano de voltar à Terra.

Esta é a proposta de Dirk Schulze-Makuch, da Universidade do Estado de Washington, e do renomado Paul Davies, da Universidade do Estado da Flórida, ambas nos Estados Unidos.

Eles acabam de delinear como seria uma missão sem volta a Marte em um artigo publicado na revista científica Journal of Cosmology, chamado To Boldly Go: A One-Way Human Mission to Mars - Para Audaciosamente ir: Uma Missão Humana sem Retorno a Marte, em tradução livre. O "audaciosamente indo aonde nenhum homem jamais foi antes" é a marca registrada do seriado Jornada nas Estrelas.

Os dois físicos consideram que, embora tecnicamente factível, uma missão tripulada de ida e volta a Marte é improvável num horizonte de tempo razoável - principalmente, segundo eles, porque seria um projeto incrivelmente caro, tanto em termos financeiros quanto em sustentação política.

E, como a maior parte do gasto está ligado à necessidade de trazer os astronautas de volta em segurança, uma missão só de ida poderia não apenas reduzir os custos a uma fração do projeto inicial, como também marcar o início da colonização humana de longo prazo do planeta.

Colonização de Marte

Marte é o alvo mais promissor para uma colonização humana porque ele é muito similar à Terra: possui uma gravidade moderada, uma atmosfera, "água abundante", dióxido de carbono e uma infinidade de outros minerais essenciais.

Uma missão só de ida a Marte seria o primeiro passo para o estabelecimento de uma presença humana permanente no planeta - Imagem: NASA/JPL

É o segundo planeta mais próximo da Terra, depois de Vênus, e uma viagem a Marte levaria apenas seis meses, usando a opção de lançamento mais favorável e a atual tecnologia dos foguetes químicos.

"Uma estratégia seria enviar inicialmente quatro astronautas, dois em cada uma de duas espaçonaves, ambas com módulo de pouso e com suprimentos suficientes, para estabelecer um único posto avançado em Marte. Uma missão só de ida a Marte seria o primeiro passo para o estabelecimento de uma presença humana permanente no planeta," explicou Schulze-Makuch.

Embora afirmem que seria essencial que os astronautas fossem voluntários, Schulze-Makuch e Davies ressaltam que não estão propondo que os pioneiros espaciais sejam simplesmente abandonados à própria sorte em Marte - eles propõem uma série contínua de missões, suficientes para dar suporte à colonização de longo prazo.

Terráqueos marcianos

"Teria de fato muito pouca diferença dos primeiros pioneiros brancos que foram para o continente norte-americano, que deixaram a Europa com poucas expectativas de retorno," diz Davies.

"Exploradores como Colombo, Frobisher, Scott e Amundsen, embora não embarcassem em suas viagens com a intenção de se fixar em seus destinos, de qualquer forma assumiam riscos pessoais gigantescos para explorar novas terras, sabendo que havia uma probabilidade significativa de que poderiam morrer na tentativa."

Rocha com um desenho que lembra um crânio humano, encontrada em Marte - Imagem: NASA/J.P.Skipper/Eduardo Lucena

Embora proponham que os colonos espaciais comecem logo a cultivar e explorar os recursos do próprio planeta, os cientistas afirmam que eles poderiam receber periodicamente suprimentos enviados da Terra.

E eles vão audaciosamente ainda mais longe: o posto avançado poderia se tornar autossuficiente e se tornar uma base para um programa de colonização espacial ainda maior, de onde os "terráqueos marcianos", ou mesmo terráqueos de nascença, poderiam partir para ir mais longe.

Seguro contra catástrofes

Os cientistas afirmam que o primeiro passo para a missão sem volta seria a seleção de um local adequado para a colônia, que preferencialmente tenha uma caverna ou outro relevo que sirva de abrigo, assim como recursos nas proximidades, como água, minerais e nutrientes para agricultura.

Áreas apontadas pelos pesquisadores como promissoras para a primeira colônia humana em Marte, por conterem cavernas e relevo capaz de funcionar como proteção para os colonos espaciais - Imagem: Schulze-Makuch/Davies/NASA

Marte não tem uma camada de ozônio e nem uma magnetosfera que proteja contra a ionização e os raios ultravioleta. Por isso, uma caverna seria muito importante. As cavernas marcianas também poderiam conter depósitos de gelo em seu interior, embora isso ainda não tenha sido comprovado.

O artigo sugere que, além de oferecer um "bote salva-vidas" no caso de uma mega-catástrofe na Terra, uma colônia em Marte seria uma plataforma inigualável para pesquisas científicas. Os astrobiólogos acreditam que é grande a probabilidade de que Marte tem ou já teve vida microbiana, e que seria uma oportunidade imperdível estudar uma forma de vida alienígena e um segundo registro evolucionário.

Espírito explorador

Embora acreditem que a estratégia para colonizar Marte com missões sem retorno coloque o projeto, financeira e tecnologicamente, ao alcance das possibilidades atuais, Schulze-Makuch e Davies afirmam que a ideia precisará não apenas de um grande esforço de cooperação internacional, mas também exigirá o retorno o espírito explorador e do ethos de assumir riscos do período das grandes explorações na Terra.

A colonização de Marte exigirá o retorno o espírito explorador e do ethos de assumir riscos do período das grandes explorações na Terra - Imagem: NASA/JPL/John Olson

Segundo eles, ao levantar a ideia entre seus colegas cientistas, vários deles manifestaram a intenção de se inscreverem como voluntários para tal missão.

O próprio Schulze-Makuch afirma que seria o primeiro voluntário a se inscrever no projeto - mesmo reconhecendo o fato de que, quando tal missão estivesse pronta para partir, ele certamente não teria mais idade para embarcar.

"Pesquisas informais feitas após palestras e conferências sobre a nossa proposta mostraram repetidamente que muitas pessoas gostariam de se voluntariar para uma missão sem retorno, tanto por razões de curiosidade científica, quanto por um espírito de aventura e de cumprir o destino da humanidade," afirmam eles.

Bibliografia:

To Boldly Go: A One-Way Human Mission to Mars
Dirk Schulze-Makuch, Paul Davies
Journal of Cosmology
October-November, 2010
Vol.: 12, 3619-3626
http://journalofcosmology.com/Mars108.html

Fonte:
Site Inovação Tecnológica

Japão e EUA assinam acordo "open sky"

O Embaixador dos EUA no Japão, John Roos (esquerda) e o Ministro dos Transportes do Japão, Sumio Mabuchi

As autoridades japonesas e americanas assinaram nesta segunda-feira o acordo "open sky" (céu aberto), que permite às companhias aéreas dos dois países organizar livremente o tráfego de um lado a outro do Pacífico.

O acordo "open sky" permite às companhias aéreas dos dois países ajustar o número de voos oferecidos. Até o momento a possibilidade era limitada em virtude de antigos acordos bilaterais prejudiciais aos japoneses.

Fonte: AFP via UOL Economia - Foto: AFP

Autorizada joint-venture entre United, Continental e ANA

A United Airlines, a Continental e a All Nipon Airways receberam a imunidade anti-truste do Ministério do Turismo do Japão, conforme exigência da Lei de Aeronáutica Civil para o estabelecimento de uma joint-venture combinando as redes aéreas. O Departamento de Transportes dos Estados Unidos já havia concedido a permissão no inicio do mês (dia 6).

Com a aprovação provisória da IAT e a conclusão do acordo de ‘céu-aberto’ entre os Estados Unidos e o Japão, as três empresas aéreas poderão iniciar a implementação da joint-venture já na primavera de 2011, ainda no primeiro trimestre. Serão disponibilizadas em conjunto os horários de voos e atividades comerciais de venda dos bilhetes.

Fonte: Brasilturis

Clientes podem ter dificuldades ao comprar passagens com milhas

Os programas de fidelidade das companhias aéreas atraem cada vez mais passageiros, algumas pessoas, inclusive, concentram todos os gastos no cartão de crédito só para acumular pontos. Entretanto, muitos clientes só descobrem as limitações impostas pelas empresas de viagem na hora de comprar as passagens usando milhas.

As companhias aéreas criaram os programas de milhagem para garantir a fidelidade dos clientes, e cada empresa tem suas próprias regras. Mesmo sem nenhuma lei que regulamente esses programas, o Código de Defesa do Consumidor garante alguns direitos ao cliente.

De acordo com o Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), se o consumidor não consegue usufruir, há o que o código chama de descumprimento de oferta. Se fez a ligação no tempo que a empresa indicou, ele pode exigir um assento disponível a ele. Portanto, ele tem o direito de usufruir o programa de milhagem.

Para não mudar os planos da próxima viagem, é importante evitar feriados e períodos de alta temporada, entre junho e agosto, e entre dezembro e março. Evitar usar as milhas para destinos que ofereçam pacotes pelas agências de viagens, que na maioria das vezes saem mais barato, também é recomendável.

Além disso, antes de transferir os pontos do cartão de crédito para o programa de fidelidade, é importante confirmar se há vaga para o destino escolhido. Outra dica importante é ler todas as regras do programa e conferir o extrato de pontos da companhia. E, se mesmo assim algum imprevisto ocorrer, o consumidor não deve deixar de registrar queixa.

Fonte: Jornal da Band - Imagem: viajaroperadora.com.br

Indra entrega simulador de helicóptero para treinamento de policiais nos EUA

O sistema treinará os pilotos do AS350 no centro da American Eurocopter, em Dallas (Texas)

Trata-se do sistema de treinamento mais avançado tecnologicamente que existe para os helicópteros monomotores

A Indra reforça sua posição no mercado de simulação civil, um setor onde a demanda está crescendo

A Indra, uma das principais multinacionais de Tecnologia da Informação da Europa e América Latina, entregou para a American Eurocopter um simulador de helicóptero AS350 para vigilância policial. A companhia implantou o sistema no centro de treinamento do fabricante de aeronaves em Dallas (Texas). O preço aproximado no mercado de um sistema deste tipo gira em torno de US$ 6 milhões.

Os requisitos que foram estabelecidos pela American Eurocopter para o desenvolvimento do sistema fazem com que este seja um simulador para helicópteros de um único motor, os mais avançados tecnologicamente do mundo. Sua missão é formar os pilotos de um dos helicópteros de vigilancia mais utilizados nos EUA. Existem atualmente mais de 750 aeronaves deste tipo em serviço apenas neste país. Por exemplo, as polícias de Washington, Los Angeles, Atlanta e Dallas, entre outros, contam com estes dispositivos.

O simulador da Indra também é o primeiro nos EUA que incorporará uma solução para treinamento em ambientes táticos civis. Esta funcionalidade facilita a preparação dos pilotos para realizar operações policiais comuns em áreas urbanas. Podem fazer, por exemplo, exercícios de apoio de efetivos terrestres, escolta de pessoas ou seguir veículos suspeitos, entre outros, todos recriando a comunicação e coordenação que matem com o comando.

A aviônica e os sistemas de navegação que integram o simulador são os mesmos do helicóptero real. Quanto ao sistema visual, proporciona uma visão de 210° e um alto nível de detalhe dos cenários, já que, por se tratar de uma aeronave que voa em muito baixa altura, os gráficos reproduzem as ruas e edifícios com muita precisão. O simulador dá a opção de treinar em condições meteorológicas diferentes e em modo noite.

Este contrato foi fechado depois que a Indra havia entregue previamente a American Eurocopter simuladores de helicópteros EC135 e EC145. A fabricante de aviões contratou o desenvolvimento desse novo sistema depois de ter testado os simuladores da Indra, o que comprova a sua satisfação.

Crescente presença na simulação de helicóptero

Esse projeto reforça a posição da Indra no mercado internacional de simulação civil e estreita sua relação com a Eurocopter, uma das principais fabricantes mundiais de helicópteros.

De fato, a demanda por soluções de treinamento para helicópteros tem crescido progressivamente nos últimos anos, devido às autoridades internacionais estarem estabelecendo normas cada vez mais exigentes em matéria de formação. Esta medida está associada com um crescente esforço realizado pelas empresas que operam helicópteros para melhorar a preparação dos seus pilotos e elevar os níveis de segurança.

O contrato para o desenvolvimento do AS350 se soma a outro, recentemente fechado, para desenvolver o simulador EC225, com a qual se treinarão os pilotos que transportam passageiros e equipamentos para plataformas de petróleo no Mar do Norte. A empresa também entregou os simuladores de helicópteros EC 135, um versátil helicóptero civil de uso policial para Alemanha e Polónia, além do centro da Eurocopter, em Dallas.

Simulação Civil

A Indra é uma das principais fabricantes de simuladores em nivel mundial, com mais de 25 anos de experiência. Desenvolver sistemas de treinamento para os aviões, trens, metrôs, ônibus e outros veículos, assim como para máquinas pesadas, entre outros.

Dentro da simulação aeronautica, a Indra tem sido capaz de transferir a sua liderança e conhecimento como desenvolvedora de simuladores militares tecnológicamente de ponta- como o Harrier AV 8B, entregue ao US Navy, da Eurofighter e o helicóptero Tigre-, para o campo civil. Neste sentido, destaca-se o sistema recentemente desenvolvido para areronaves de passageiros ATR 72, a mais avançada que existe atualmente deste modelo, e do Airbus-320.

Indra

A Indra é uma das principais multinacionais de Tecnologia da Informação da Europa e América Latina. É a primeira companhia europeia de seu setor em investimentos em P&D. Em 2009 suas vendas superaram os US$ 3.550. Conta com mais de 30.000 profissionais e com clientes em mais de 100 países.

Indra no Brasil

A Indra está presente no Brasil desde 1996, conseguindo ao longo destes anos, uma sólida posição nos mercados de administração pública, telecomunicações e indústria e consumo.

A companhia se destaca no país pela sua experiência no mercado de energia e utilities, onde a multinacional tem se posicionado como referência, apontando o crescimento de seus profissionais e tecnologia de ponta. No Brasil possui uma ampla cobertura no território nacional, somando mais de 40 clientes.

Do mesmo modo, a Indra trabalha no Brasil com importantes companhias de setores como telecomunicações e indústria e consumo, além disso, mantém contrato de BPO com importantes companhias aereas do país.

Fonte: Edna De Divitiis (segs.com.br) - Imagem: Reprodução

Nasa transmite construção de veículo que irá explorar Marte

Agência espacial norte-americana publica vídeo ao vivo de seus engenheiros trabalhando em veículo

Quem é fã de viagens espaciais agora já pode ficar um pouco mais por dentro do que acontece nos laboratórios da Nasa. A agência espacial americana lançou um canal de vídeo online que transmite ao vivo a construção de um veículo terrestre que será usado para explorar o terreno de Marte, em viagem programada para agosto de 2012.

Engenheiros da Nasa são vistos em laboratório durante transmissão ao vivo

O veículo, batizado de Curiosity, é do tamanho de um carro e tem seis rodas, pesando mais de 900 quilos. Ele é duas vezes mais longo e cinco vezes mais pesado que o Spirit e o Opportunity, últimos veículos de exploração produzidos pela Nasa.

A câmera, colocada no alto do laboratório principal de construção do Curiosity, mostra os engenheiros trabalhando entre 11h e 16h (horário de Brasília), de segunda a sexta. Eles usam macacões brancos, com luvas e toucas, para evitar que qualquer partícula não desejada seja enviada para Marte "de carona" no veículo.

Para assistir ao trabalho dos engenheiros, basta acessar o site streaming de vídeo da Nasa e torcer para flagrar alguma ação. Na maior parte do tempo, só é possível observar o veículo aguardando a chegada dos engenheiros.

O Curiosity deve iniciar sua viagem para Marte no final de 2011 e deve chegar ao planeta somente em agosto de 2012. Lá, ele irá recolher e analisar dezenas de amostras de rochas encontradas no solo do planeta.

A principal missão do veículo será a de procurar áreas de Marte para condições favoráveis, no passado ou no presente, para a reprodução de vida animal. Para isso, ele vai levar a tecnologia mais avançada já usada na superfície do planeta até o momento. A câmera que transmite sua construção ficará online e disponível para todos os internautas durante todo o ano.

Fonte: Revista Galileu - Foto: NASA

Progress M-05M se desprende da Estação Espacial Internacional e inicia missão

A nave de carga russa Progress M-05M se desprendeu hoje da Estação Espacial Internacional (ISS, por sua sigla em inglês) para começar uma missão científica de três semanas, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.

"A Progress M-05M se soltou do módulo russo ''Pirs'' da ISS às 18h25 no horário local (12h25 de Brasília) e seguirá em órbita de maneira autônoma até 15 de novembro, quando afundará no oceano Pacífico", afirmou o porta-voz oficial do CCVE, Valeri Lindin, citado pela agência "Interfax".

A quinta nave de carga da série Progress-M chegou à plataforma internacional em 1º de maio, quando se desprendeu após uma falha no sistema de acoplamento automático.

O lugar que ela deixará será ocupado no sábado pela Progress M-08M, cujo lançamento a partir da base de Baikonur, no Cazaquistão, está previsto para a próxima quarta-feira às 13h12 (horário de Brasília).

A nova nave levará alimentos, água potável, oxigênio, combustível e equipamentos de informática até a plataforma espacial, destacou Lindin.

Segundo o CCVE, a Progress M-05M participa do experimento geofísico russo "Otrazhenie", que tem como objetivo estudar as características refratoras da nave, assim como a transparência da atmosfera.

Outras três naves de carga já tinham sido utilizadas com fins científicos no experimento antes de seu afundamento no Pacífico.

A atual tripulação da estação espacial é integrada pelos cosmonautas russos Fiodor Yurchikhin, Aleksandr Kaleri e Oleg Skrípochka e pelos americanos da Nasa (agência espacial americana) Scott Kelly, Doug Wheelock e Shannon Walker.

Fonte: EFE via Terra - Foto: NASA

Nasa: Discovery iniciará sua última viagem em novembro

A Nasa (agência espacial americana) lançará o ônibus espacial Discovery rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) pela última vez em 1º de novembro, confirmaram encarregados da missão esta segunda-feira.

A decisão foi tomada depois de uma reunião entre estes funcionários no Centro Espacial Kennedy para determinar se a nave e seus seis tripulantes estão prontos para o lançamento previsto para as 20h40 GMT (14h40 de Brasília) da Flórida (sul), segundo um comunicado publicado no site da Nasa na internet.

Este será o quarto e último voo de um ônibus espacial este ano e o último do Discovery.

A Nasa tem programados oito lançamentos com destino à ISS até o fim de fevereiro. Depois, resta oficialmente a última missão do programa, antes de as três naves da frota de ônibus espaciais irem para um museu.

Mas o orçamento de 2011 da Nasa, recentemente aprovado pelo Congresso e assinado pelo presidente Barack Obama, deixa a porta aberta para um voo adicional, que poderá ocorrer em junho de 2011.

A missão da tripulação de seis astronautas americanos, entre eles uma mulher, é levar o módulo de carga multifuncional Leonardo, projetado para ser anexado permanentemente à ISS de forma a oferecer um volume adicional de armazenamento.

O Discovery também levará em seu compartimento de carga o Robonauta 2, primeiro robô humanóide enviado ao espaço e que se tornará um hóspede permanente da estação orbital.

Fonte: AFP

Avião da TAM retorna ao aeroporto de Brasília após suposto vazamento de combustível


Nesta segunda-feira (25), o avião que realizava o voo JJ 3574 da TAM (Brasília-Rio Branco) teve de retornar ao Aeroporto Juscelino Kubitschek, na capital federal, uma hora após decolar. Em nota, a TAM informou que o avião teve de voltar em razão de uma manutenção não programada. Mas, segundo funcionários da empresa, após a decolagem o comandante do voo teria informado ao pessoal em terra a ocorrência de problemas de vazamento de combustível.

O pouso aconteceu às 12h47m. Cinco carros do Corpo de Bombeiros cercaram a aeronave, que foi vistoriada. Os passageiros foram retirados e levados de volta à sala de embarque. Uma comissária recebeu atendimento médico e saiu da ambulância caminhando.

O pouso de emergência não provocou atrasos em outros voos. A aeronave foi trocada, mas os passageiros esperaram mais duas horas porque a equipe de comissários não estava completa. O avião substituto só saiu de Brasília às 14h55m.

Um avião da TAM que seguia de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, para Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, teve de fazer um pouso não programado em Londrina, no início da tarde desta quinta-feira. Segundo nota enviada pela companhia aérea, o motivo foi um parabrisa trincado durante o voo.

Esse é o quarto incidente envolvendo aeronaves da mesma companhia em uma semana. O voo JJ 3133 da companhia aérea TAM, previsto para decolar às 14h55 deste domingo, partindo de Vitória, com destino ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo, apresentou um problema técnico antes da decolagem. Segundo o passageiro identificado como Carlos, que ligou para a Rede Gazeta para falar sobre o problema, os freios da aeronave teriam travado e os passageiros ficaram cerca de uma hora aguardando a manutenção.

Na tarde de quinta-feira, um avião da TAM que seguia de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, para Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, teve de fazer um pouso não programado em Londrina. Segundo nota enviada pela companhia aérea, o motivo foi um parabrisa trincado durante o voo.

Na noite do dia anterior, a TAM cancelou o voo JJ 3580 após ameaça anônima de bomba na aeronave que seguia de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, para Brasília. Os 95 passageiros e 6 tripulantes foram desembarcados da aeronave. A Polícia Federal realizou uma varredura no avião, mas não encontrou o artefato.

Fonte: DFTV via O Globo

Aeronave da TAM apresenta problema em trem de pouso em Campo Grande (MS)

O voo TAM 3751 que estava previsto para sair às 13h25min do Aeroporto Internacional de Campo Grande, com destino à Brasília (DF) - no domingo (24) - apresentou problemas em seu trem de pouso e os passageiros tiveram de ser acomodados em outro voo, com escala em São Paulo.

Fonte: Michele Rossi (correiodoestado.com.br)

Avião da TAM apresenta problema técnico em Vitória antes de decolar para São Paulo

O voo JJ 3133 da companhia aérea TAM, previsto para decolar às 14h55 deste domingo (24), partindo de Vitória, com destino ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo, apresentou um problema técnico antes da decolagem.

Segundo o passageiro identificado como Carlos, que ligou para a Rede Gazeta para falar sobre o problema, os freios da aeronave teriam travado e os passageiros ficaram cerca de uma hora aguardando a manutenção.

Em nota, a assessoria da TAM confirmou que a aeronave sofreu um problema técnico antes da decolagem e precisou seguir para uma manutenção não programada. A empresa, no entanto, não divulgou em qual parte do avião houve o problema técnico. Ainda de acordo com a assessoria da TAM, os 98 passageiros foram desembarcados para que o fosse realizado o reparo na aeronave.

Fonte: Gazeta Web via O Globo

domingo, 24 de outubro de 2010

Avião com 10 paraquedistas cai na Argentina

Um avião com 10 pessoas a bordo caiu e pegou fogo nesta manhã (24) em uma montanha perto da cidade de Santa Isabel, mas sem deixar vítimas, informou a polícia.

O acidente ocorreu às 11:00 (hora local) depois que o avião decolou do aeródromo da cidade, localizada na região oeste dos Pampas.

O avião taxiou e decolou. Poucos metros depois, desabou e caiu sobre uma montanha e acabou pegando fogo.

A causa do acidente seria uma falha mecânica, segundo o relato do piloto à polícia em Santa Isabel, uma cidade a 310 quilômetros a oeste de Santa Rosa.

O Antonov An-2, prefixo CX-CAP (foto acima), transportava paraquedistas das localidades de Santa Rosa, Córdoba e Buenos Aires.

Este avião de fabricação russa foi utilizado em exposições e é considerado único na América do Sul.

A área do acidente foi preenchida imediatamente por curiosos e pessoas que foram resgatar os ocupantes do avião.

O piloto eo passageiro foram atendidos no Hospital Santa Isabel, enquanto uma pessoa que estava com uma fratura foi transferida para um centro de saúde em Santa Rosa.

Fontes: La Nacion / El Clarín - Foto (11.07.2009): Andres Luna (airplane-pictures.net)

Relatório da ONU propõe taxar passageiros aéreos

Plano pretende a arrecadar mais de 6,8 bilhões de euros por ano.

Dinheiro ajudaria países em desenvolvimento a combater mudança climática.

Um relatório encomendado pela ONU propõe taxar com imposto global os bilhetes aéreos como parte de um plano destinado a arrecadar mais de 6,8 bilhões de euros (mais de R$ 16 bilhões) ao ano para ajudar os países em desenvolvimento a adaptarem-se à mudança climática e reduzir as emissões de CO2.

O imposto, que encareceria inicialmente em média 5,7 euros (cerca de R$ 13) o preço de um bilhete, seria aplicado a todos os voos internacionais, informa neste sábado (23) o jornal britânico "The Times", que teve acesso ao relatório, elaborado por um grupo nomeado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon.

Presidido pelos primeiros-ministros da Noruega e Etiópia, e do qual faz parte Nicholas Stern, autor de um relatório sobre a economia da mudança climática, as viagens aéreas poderiam ser uma fonte importante de financiamento porque no geral porque são fontes dos gases do efeito estufa de mais rápido crescimento.

Um imposto à aviação permitiria arrecadar 6,8 bilhões de euros ao ano, metade para o país e a outra cota para o novo fundo contra a mudança climática, diz o relatório.

Os voos dentro da UE poderiam ficar excluídos do mesmo porque terão de pagar por suas emissões de CO2 a partir de 2013 pelo novo mecanismo europeu de troca de emissões.

O relatório encomendado pela ONU propõe diversas fontes de financiamento, incluindo impostos para navegação, transações financeiras globais e a dedicação de parte dos royalties obtidos na extração dos combustíveis fósseis.

Fonte: EFE via G1

Três mortos em acidente de helicóptero na Irlanda do Norte

Três pessoas, uma das quais amiga do príncipe Carlos da Inglaterra, morreram sábado (23) num acidente de helicóptero na Irlanda do Norte, anunciou a polícia local.

De acordo com as informações policiais, nem o piloto nem os dois passageiros da aeronave Agusta Spa A-109A-II, prefixo N2NR, sobreviveram à queda do helicóptero nas montanhas de Mourne, na costa sudeste do Ulster.

Entre as vítimas inclui-se Charles Stisted, 47 anos, amigo do príncipe Carlos de Inglaterra e diretor geral do clube de pólo Guards.

Fontes: Diário de Notícias (Portugal) / ASN - Fotos: belfasttelegraph.co.uk

O criador do Wikileaks, um homem enigmático que gosta de revelar segredos

O australiano Julian Assange (foto acima), que tornou-se famoso divulgando milhares de documentos confidenciais americanos sobre a guerra no Afeganistão, voltou à cena nesta sexta-feira, com uma série de documentos sobre a guerra do Iraque; mas em relação à própria vida é um verdadeiro partidário da arte do segredo.

Criador e figura emblemática do Wikileaks, o site especializado em vazar informações da inteligência, este homem de 39 anos acumulou muitas revelações nos últimos anos, do Iraque ao Quênia, passando pela Islândia, pelo Afeganistão e agora pelo Iraque.

Nesta sexta-feira, a rede de televisão Al-Jazeera divulgou as "principais revelações" do site WikiLeaks, anunciando que o Exército dos Estados Unidos "encobriu" torturas no Iraque e causou a morte de centenas de civis em seus postos de controle militar.

"Queremos três coisas: liberar a imprensa, revelar os abusos e salvaguardar documentos que fazem História", explicou anteriormente Assange à AFP sobre sua decisão de publicar documentos confidenciais sobre a guerra do Afeganistão.

Em pouco tempo, Assange se converteu no homem que fez a CIA tremer, o grande revelador de abusos, o apóstolo da transparência... mas, ao mesmo tempo, manteve um grande enigma em torno de sua pessoa.

Por exemplo, ele se nega a dizer para onde vai ou de onde vem, viaja de capital em capital hospedando-se em casa e simpatizantes ou conhecidos, não dá o número do seu celular e também não fornece a data exata de seu nascimento.

"Estamos ante organizações que não obedecem às regras. Estamos ante agências de inteligência", assegura.

Nascido em 1971, sem que se saiba a data, em Magnetic Island, nordeste da Austrália, Assange teve uma infância agitada, passando por 7 escolas, segundo a imprensa australiana.

Em sua adolescência, Assange se destacou como hackker até ser descoberto pela polícia de Melbourne. Para escapar da justiça, teve que pagar uma multa e jurar que manteria boa conduta.

A polícia jamais conseguiu estabelecer se esteve envolvido num incidente, em outubro de 1989, no qual as telas dos computadores da Nasa s viram repentinamente cobertas pela palavra "WANK" (masturbação) pouco antes do lançamento do ônibus espacial Atlantis.

Assange conta que foi "conselheiro de segurança, fundador de uma das primeiras companhias de serviços informáticos na Austrália, assessor tecnológico, investigador jornalístico, coautor de um livro".

Em 2006, fundou a Wikileaks com "umas dez pessoas procedentes dos âmbitos dos direitos humanos, da imprensa e da alta tecnologia".

A Islândia e a Suécia, onde conta com apoios e está amparado por legislações favoráveis, são escalas privilegiadas em seu constante ir e vir por todo o mundo, de Londres a Nairóbi, da Holanda à Califórnia.

Na Islândia foi onde se encerrou durante semanas em uma casa com as persianas sempre fechadas, para combinar com alguns companheiros do Wikileaks sua primeira grande "exclusiva": um vídeo gravado pela câmera de um helicóptero militar americano em Bagdá, em 2007, que mostra uma incursão que causou a morte de dois empregados da agência de notícias Reuters e de vários civis.

Segundo a revista americana New Yorker, Assange foi quem decodificou o vídeo militar, classificando a tarefa de "moderadamente difícil".

Assange milita, além disso, por um novo jornalismo.

"Geralmente nos perguntam: vocês verificam suas fontes? O que verificamos são documentos. Ligamos e perguntamos: esses documentos são seus? E acho que temos um padrão muito mais elevado".

Em meio às críticas do Pentágono sobre a divulgação de documentos e o perigo que ela pode trazer aos americanos, Assange afirma que "encaramos nossa responsabilidade de publicação com seriedade".

Fonte: AFP

Principais pontos dos relatórios afegãos vazados pelo Wikileaks

Anunciada como a divulgação "mais importante de documentos militares da história", os textos publicados na sexta-feira pelo site WikiLeaks são "SIGACT" ("Significant Action in the war") ou relatórios de militares americanos durante a guerra (do Iraque).

Principais pontos destes documentos após análises realizadas por AFP, The New York Times, The Guardian e Le Monde.

Morte de civis

Os documentos informam que 109.032 pessoas morreram no Iraque, sendo 66.081 civis (deste total, 15 mil não foram revelados), 23.984 "inimigos", 15.196 membros das forças iraquianas e 3.771 soldados aliados.

Tortura

O fundador do site, Julian Assange, qualificou de "banho de sangue" a ação das forças iraquianas, que agiram com o conhecimento do Exército americano, que fechou os olhos para barbáries.

Em um dos documentos, um preso revela como "foi golpeado com um cabo por um policial iraquiano durante duas noites consecutivas". Outro detido apanhou "na planta dos pés com um objeto".

Mas nem todos os abusos são de responsabilidade das forças iraquianas. Assange destaca "mais de 300 casos documentados de tortura cometidos pelas forças da coalizão liderada pelos Estados Unidos, e não apenas em (na prisão) Abu Ghraib, mas por todos os lados".

Violações e assassinatos cometidos pelas forças iraquianas foram constatados pelo Exército americano, mas nenhuma investigação ocorreu para se apurar estes casos.

Outros Crimes de Guerra

As forças americanas mataram entre 600 e 700 civis em postos de controle instalados em todo o Iraque, ou com disparos feitos contra civis por engano. Um helicóptero americano matou em 2007 dois rebeldes que se renderam, após um advogado do Exército concluir que ninguém pode se entregar a um helicóptero.

Alguns documentos revelam casos de assassinatos de civis por agentes da empresa privada americana de segurança Blackwater, cuja reputação foi gravemente abalada após a morte de 14 civis em um incidente em 2007 no Iraque.

Irã

Os documentos apoiam as acusações americanas de que o Irã treinou e armou as milícias xiitas no Iraque para matar ou sequestrar americanos. Segundo um dos relatórios, os iranianos planejavam atacar a "Zona Verde" de Bagdá, onde estão os principais prédios do governo iraquiano e as embaixadas ocidentais.

Fonte: AFP - Imagem: Reprodução

WikiLeaks: Grã-Bretanha quase prendeu chefe da Al-Qaeda no Iraque

Um helicóptero do Exército britânico estava a ponto de deter em 2005 o jordaniano Abu Musab al-Zarqawi (foto), chefe da Al-Qaeda no Iraque morto em 2006, mas teve que dar meia volta porque não tinha combustível suficiente, segundo um documento publicado pelo WikiLeaks e analisado pelo The Observer.

No dia 17 de março de 2005, no início da tarde, os serviços secretos britânicos com base em Basra, no sul do Iraque, localizaram Al-Zarqawi - por quem era oferecida uma recompensa de 25 milhões de dólares - viajando em uma rota próxima à cidade, explica um documento publicado na sexta-feira pelo WikiLeaks e analisado pelo The Observer, versão dominical do jornal britânico The Guardian.

O informe é um dos 400 mil documentos confidenciais do Exército americano publicados na sexta-feira pelo site WikiLeaks.

Um helicóptero Lyns cobria a zona e descobriu um veículo suspeito. Manteve a vigilância por 15 minutos mas, após esgotar as reservas de combustível, teve que voltar à base para reabastecer.

"Portanto, a zona de interesse esteve sem vigilância por 20 a 30 minutos", acrescentou o documento confidencial do Exército americano. Passado esse tempo, um batalhão britânico chegou à região, mas como não tinha apoio aéreo, pôde apenas efetuar buscas aleatórias, que não tiveram êxito. O informe do incidente é concluído com esta frase: "às 22H14, as buscas foram interrompidas".

Abu Musab al-Zarqawi morreu quinze meses depois, em julho de 2006, em um ataque americano.

Fonte: AFP

Terceirizadas aumentaram caos no Iraque

Dados vazados pelo site WikiLeaks revelam que empresas privadas de segurança mataram civis

Os documentos oficiais dos Estados Unidos divulgados pelo site WikiLeaks na sexta-feira comprovam que entidades privadas de segurança contratadas pelo governo americano atuaram impunemente como milícias durante o conflito no Iraque.

Segundo relatos publicados no site e reproduzidos pela imprensa internacional, integrantes de grupos pagos pelo Pentágono para auxiliar na segurança iraquiana mataram civis e conseguiram escapar sem punição, muitas vezes subornando autoridades locais.

Além de civis, estas empresas privadas estão envolvidas, de acordo com os documentos do WikiLeaks, na morte de membros das forças de segurança iraquianas e até mesmo, acidentalmente ou de propósito, na de militares dos EUA e de aliados.

O uso de mercenários deve-se, segundo o Pentágono, à necessidade de mais tropas americanas em conflitos simultâneos no Afeganistão e no Iraque. Diferentemente do que ocorria na Guerra do Vietnã, o serviço militar americano deixou de ser obrigatório. Assim, os EUA possuem menos soldados do que o necessário para lutar em duas frentes.

A saída encontrada pelos EUA foi contratar serviços privados de segurança pagos com dinheiro do governo. Em muitos casos, os agentes privados atuam apenas como tradutores ou cozinheiros nas bases, além de engenheiros e outras atividades técnicas necessárias na reconstrução. Porém parte deles está no Iraque com funções militares. Muitos antigos oficiais e soldados deixaram as Forças Armadas americanas para ingressar nestas companhias privadas, onde recebem melhores salários.

Os documentos divulgados pelo WikiLeaks detalham informações que, de uma forma ou de outra, já eram conhecidas das pessoas que acompanham o conflito no Iraque. Segundo os papéis, os EUA acobertaram torturas de iraquianos e a influência do Irã sobre o regime de Bagdá é crescente.

Fonte: Gustavo Chacra (O Estado de S.Paulo)

Estados Unidos sob pressão após revelações do WikiLeaks

A pressão se acentuava neste domingo sobre os Estados Unidos, após as revelações sobre os maus tratos cometidos ou encobertos pelo Exército americano durante a guerra no Iraque que aparecem nos cerca de 400 mil documentos publicados pelo site WikiLeaks.

Governos e organizações de defesa dos direitos humanos esperam respostas sobre as atitudes das tropas dos Estados Unidos, seus aliados e iraquianos com relação aos casos tortura e abuso revelados pelos documentos publicados pelo WikiLeaks.

As pilhas do material revelado, que abrange o período de 2004 a 2009, dão um retrato sombrio do conflito, em especial sobre o abuso dos civis iraquianos pelas forças de segurança do Iraque.

Os documentos mostram que o Exército americano "não fez nada" para impedir casos de tortura e abusos sobre civis cometidos pelas forças iraquianas.

O WikiLeaks sustenta que os documentos revelam que houve cerca de 15 mil vitimas civis a mais do que se sabia anteriormente.

O vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg, qualificou as informações do site como "extraordinariamente sérias" e disse que as pessoas "vão querer ouvir uma resposta".

"Cabe lamentar a forma pela qual esse vazamento ocorreu, mas penso que (...) as acusações realizadas são extraordinariamente sérias", declarou Clegg em uma entrevista à rede de televisão BBC One.

"Suponho que o governo dos EUA vai querer dar sua própria resposta. Não cabe a nós dizer como fazer isso", acrescentou.

"Tudo o que dê a entender que as regras de base da guerra, dos conflitos e do combate foram violadas ou que a tortura foi tolerada é extremamente grave e deve ser estudado", continuou Clegg.

Na sexta-feira, a secretária americana de Estado, Hillary Clinton, condenou o vazamento de qualquer documento que possa colocar em perigo "a vida dos soldados e dos civis dos Estados Unidos e de seus aliados", algo que também fizeram os ministros da Defesa da Austrália e Inglaterra.

Os documentos publicados na sexta-feira contêm relatos de torturas, assassinatos de civis e a interferência do Irã na guerra do Iraque, informes que documentam os sangrentos anos que se seguiram à invasão liderada pelos Estados Unidos em 2003 para depor Saddam Hussein.

Outros documentos descrevem os abusos contra prisioneiros e mulheres mortas em postos de controle militares dos Estados Unidos.

Sobre o papel do Irã no conflito do Iraque, os últimos documentos revelam a guerra nas sombras feita por Teerã contra as tropas americanas no país vizinho e a suposta utilização de milícias por parte da República Islâmica para matar e capturar soldados dos EUA.

A organização Human Rights Watch disse que o Iraque deveria investigar se suas forças de segurança recorreram sistematicamente à tortura e ao abuso dos presos.

Por sua vez, a Anistia Internacional convocou Washington a iniciar uma investigação, estimando que é "uma grave violação do direito internacional" o fato do Exército americano entregar "milhares de presos às forças iraquianas sabendo que continuavam recorrendo à tortura".

Já o ministério iraquiano de Direitos Humanos afirmou que as revelações não eram "uma surpresa".

Um porta-voz do Pentágono disse que os documentos eram "essencialmente trechos de acontecimentos, trágicos e banais, e que não contam toda a história".

Fonte: AFP

WikiLeaks denuncia morte de mais 15 mil civis no Iraque

O website WikiLeaks informou no sábado que a divulgação de quase 400 mil documentos confidenciais norte-americanos sobre a guerra do Iraque mostrou que morreram 15 mil civis iraquianos a mais do que se pensava até agora.

Publicados no website WikiLeaks, os documentos detalharam casos repugnantes de abuso de prisioneiros pelas forças iraquianas, atos que os Estados Unidos tinham conhecimento, mas se negaram a investigar.

Em Bagdá, autoridades iraquianas responderam à divulgação feita pelo WikiLeaks, prometendo investigar qualquer acusação de que a polícia ou soldados cometeram crimes e dizendo que os culpados iriam para a Justiça.

O fundador do portal, Julian Assange, que foi amplamente criticado pelo Pentágono por publicar relatórios secretos, afirmou que a divulgação mostrou o que realmente aconteceu no Iraque.

"Esperamos corrigir alguns dos ataques à verdade que ocorreram antes da guerra, durante a guerra e que continuaram desde que a guerra foi oficialmente concluída", afirmou Assange em entrevista coletiva em Londres.

Trabalhando ao lado do Iraq Body Count, um grupo dirigido por acadêmicos e ativistas e que soma o número de mortes no Iraque, o WikiLeaks disse que os documentos revelaram cerca de 15 mil mortes de civis até então desconhecidas, afirmou Assange.

"Acrescentando as mortes em combate nesses registros, somos capazes de dizer que mais de 150 mil pessoas foram mortas no total desde 2003, das quais cerca de 80 por cento eram civis", afirmou o cofundador do Iraq Body Count, John Sloboda.

Pentágono critica vazamento

Autoridades norte-americanas afirmaram que o vazamento dos documentos colocou em risco as tropas dos EUA e cerca de 300 colaboradores iraquianos ao expor suas identidades.

"Nós deploramos o WikiLeaks por induzir indivíduos a não cumprir leis, vazar documentos secretos e arrogantemente dividir essas informações secretas com o mundo", afirmou o secretário de imprensa do Pentágono, Geoff Morrell.

O ministro da Defesa britânico também condenou a divulgação do material, dizendo que pode colocar a vida dos soldados da Grã-Bretanha em risco.

O WikiLeaks disse ter editado informações importantes e está confiante de que os documentos não contêm detalhes que possam causar danos a terceiros.

O relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para a tortura, Manfred Nowak, exortou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a abrir uma investigação.

"Há uma obrigação em investigar quando houver acusações confiáveis de que ocorreu tortura, e essas acusações são mais do que confiáveis, e isso é dever dos tribunais", afirmou Nowak à BBC.

Em um caso divulgado ocorrido em 2007, tripulantes de um helicóptero Apache mataram dois iraquianos que fizeram sinais de rendição. Os documentos também citaram casos de estupro e assassinato, incluindo a filmagem da execução de um detento sob custódia de soldados iraquianos.

Mais de 4.400 soldados norte-americanos foram mortos desde o início da invasão liderada pelos EUA no Iraque, em 2003. Todas as forças dos Estados Unidos devem deixar o país até o fim do próximo ano.

Fonte: Por Adrian Croft (com reportagem adicional de Phil Stewart em Washington, Avril Ormsby em Londres e Muhanad Mohammed em Bagdá) via O Globo

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