quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Avião dos EUA mata mulher de chefe do Taliban paquistanês

A mulher do líder do Taliban do Paquistão Baitullah Mehsud estava entre três pessoas que morreram nesta quarta-feira em um ataque realizado por um avião teleguiado norte-americano na região tribal do Waziristão, no sul do país, informaram parentes da vítima à Reuters.

Segundo um parente da mulher, Mehsud não estava presente quando os mísseis atingiram uma casa pertencente a seu sogro em Makeen, uma aldeia praticamente inacessível no centro das terras de Mehsud, na fronteira do Afeganistão.

"Baitullah está seguro e vivo", disse Iqbal Mehsud, um primo da mulher morta, à Reuters por telefone.

Os Estados Unidos ofereceram 5 milhões de dólares de recompensa pela cabeça de Mehsud, um aliado da Al Qaeda considerado por muitos no Paquistão como o inimigo público número 1.

Fonte: Alamgir Bitani (Reuters/Brasil Online) via O Globo

Tripulação do avião não foi informada sobre problema de saúde de adolescente que morreu em voo

A diretora do Sindicato Nacional dos Aeronautas, a comissária de voo Marlene Ruzza, disse que a empresa de turismo Tia Augusta cometeu um erro ao não informar o estado de saúde de Jacqueline Ruas para os comissários do voo 758 da Copa Airlines. Segundo ela, é obrigação do passageiro ou do responsável fazer esse comunicado para que a companhia aérea tome determinadas providências.

A Copa não foi avisada de que a jovem havia sido diagnosticada com pneumonia nos EUA. O certo seria ela viajar com um atestado médico ou acompanhada de enfermeiros ou médicos. Se a companhia aérea fosse avisada, poderia tomar providências, como, por exemplo, arrumar um cilindro de oxigênio ou impedir a jovem de embarcar. Segundo Marlene, as condições climáticas da cabine do avião podem agravar o estado de saúde de uma pessoa com doença respiratória.

- O avião é pressurizado, com uma pressão atmosférica que equivale a cerca de 2.500 metros de altura. E, para piorar, o clima é seco por causa do ar-condicionado. Ela precisaria de um cuidado especial.

A diretora diz que, além das máscaras de oxigênio para casos de emergência, o avião é equipado com cilindros de oxigênio.

- No caso da estudante, o ideal é que ela fosse atendida com o oxigênio que tem a bordo, esse é um dos primeiros procedimentos - diz.

Mas, segundo a Copa Airlines, o cilindro de oxigênio não fazia parte dos primeiros socorros neste caso. A Tia Augusta não comentou por que não avisou a companhia sobre o estado de saúde da menina. No Panamá, Jacqueline disse à guia que estava com tontura. Segundo a Tia Augusta, a guia perguntou a ela se estava bem para embarcar. O caso continua sendo investigado pela Polícia Federal.

A família da adolescente Jacqueline Ruas, de 15 anos, que morreu no avião, na volta de uma excursão à Disney, decidiu processar a empresa de turismo Tia Augusta, que organizou a viagem.

- A decisão de processá-los (agência de turismo) já foi tomada, por causa da soma de negligências que levou à fatalidade. Em nenhum momento, comunicaram à família a gravidade do caso. Minha sobrinha poderia até vir a óbito, mas a família tinha que ser informada sobre a gravidade do caso. Se ela passou mal no voo, não deveria ter embarcado de cadeira de rodas no Panamá. Deveria ter sido atendida por um médico e a família deveria ser avisada - diz Magda Paz Santos, tia da menina.

Fonte: Fabiano Nunes (Diário de S.Paulo) via O Globo

Avião que fez pouso forçado após turbulência terá caixas-pretas analisadas

As caixas-pretas do voo CO 128 da Continental Airlines, que fez um pouso forçado na manhã de segunda-feira em Miami, depois que uma severa turbulência deixou 26 pessoas feridas, foram recolhidas para investigação. A informação é da Federal Aviation Administration (FAA) - agência de aviação americana. Entre os dados que serão analisados, estão as informações do radar, para se saber se houve falha no equipamento ou erro de avaliação do piloto.

A Continental informou que o voo enfrentou uma turbulência de céu claro. Segundo a empresa, o Boeing foi levado para Houston, onde passará por reparos. Só houve danos, informou, na parte interna, como em componentes da iluminação. A empresa divulgou que um passageiro continua internado.

Especialistas brasileiros acreditam que provavelmente o radar não tinha como detectar a turbulência de céu claro.

- Quando a turbulência é de céu claro, o radar não tem como detectar a severidade do fenômeno. O radar detecta volume de água, e não de vento - explicou o meteorologista Humberto Alves Barbosa.

Fonte: O Globo

Cães ganham protetor auditivo para passear de avião

Criadora do produto queria levar seu labrador em voos curtos.

Cães das forças armadas no Iraque e no Afeganistão usam proteção.

Se seres humanos usam protetores auditivos principalmente para trabalhar em locais barulhentos, animais de estimação ganharam sua versão para poder passear de avião com seus donos.

Idealizados pela pela piloto norte-americana Michelle Macguire, que queria proporcionar uma viagem mais tranquila para seu labrador Cooper, os protetores auditivos são comercializados pela empresa Mutt Muffs. De acordo com reportagem do jornal britânico "Daily Mail". Michelle fez voos curtos acompanhada pelo cão com e sem a proteção para comprovar a utilidade do objeto.

Ouvidos protegidos do barulho

Produzido em cinco tamanhos, o produto que isola o barulho é usado por diferentes raças de cachorros e até mesmo por gatos. No site da empresa, há fotos de animais com policiais, em corridas de carros, em passeios de barco e outras situações.

Segundo a criadora, os protetores são usados por cachorros das forças armadas baseados no Iraque e no Afeganistão. Além de resolverem o problema dos inúmeros bichinhos em noites de fogos de artifício.

Protetor é usado por cachorros de vários tamanhos e até por gatos

Fonte: G1 - Foto: Divulgação

Deslocamento do ônibus espacial Discovery atrasa por incidência de raios

Plataforma de lançamento pode sofrer descarga elétrica.

Missão parte no final de agosto com 15 toneladas de equipamentos.


Deslocamento do ônibus espacial atrasa por causa de tempestade de raios

O lento procedimento de transporte de um ônibus espacial para sua plataforma de lançamento ficou ainda mais demorado por causa da incidência de raios na região do Cabo Canaveral, na Flórida, informou nesta quarta-feira (5) a Nasa, a agência espacial americana.

A primeira movimentação do ônibus para fora das instalações de montagem do Centro Espacial Kennedy começou às 3h07 (horário de Brasília) de ontem. A Discovery, cuja missão deve durar 13 dias, vai deixar um novo tripulante na Estação Espacial Internacional (ISS) e descarregar quase 15 toneladas de equipamentos, incluindo um novo compartimento-dormitório e um freezer para armazenamento de amostras laboratoriais. O lançamento está programado para o final de agosto.

Fonte: G1 - Foto: Justin Dernier/Nasa

Fogo em Airbus antes de decolagem deixa 8 feridos em Paris

Avião foi esvaziado após o início do incêndio no motor direito.

O fogo começou quando a aeronave taxiava.


Foto mostra o avião parado no aeroporto de Orly após o fogo

Oito pessoas a bordo de um jato Airbus operado pela companhia espanhola Vueling ficaram feridas nesta quarta-feira (5) quando um dos motores da aeronave pegou fogo pouco antes da decolagem prevista no aeroporto de Orly, em Paris, informou a empresa.

O avião foi esvaziado após o início do incêndio no motor direito do modelo A320 da Airbus às 10h36 (5h36 de Brasília). O fogo começou quando a aeronave taxiava, informou a Vueling em comunicado.

A empresa não especificou se os feridos eram passageiros ou tripulantes. Um avião substituto continuaria o voo para Alicante, na Espanha.

Fonte: Reuters via G1 - Foto: AFP

Infraero só terá licença renovada se mudar rota de pouso do Aeroporto Santos Dumont

Moradores de pelo menos sete bairros do Rio estão prestes a se ver livres de uma dor de cabeça que há anos os atormenta e que vem do céu. A secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, afirmou nesta terça-feira que a renovação da licença da Infraero para o funcionamento do Aeroporto Santos Dumont, após o processo de reforma, só será concedida caso a Agência Nacional de Aviação (Anac) cancele a Rota Dois de aproximação para o pouso. Esta rota passa sobre regiões residenciais numa altitude que amedronta a população. Além disso, o barulho dos jatos, que hoje cruzam o céu do Rio até de madrugada, ultrapassa os limites de decibéis permitidos.

- Há cerca de dois meses, pedimos à Anac que estudasse a alteração da Rota Dois. A resposta foi evasiva. Disseram que a rota já era usada antes da reforma do aeroporto. A reforma aumentou o fluxo de pousos e decolagens nitidamente. Garanto que a licença só será dada se a rota for alterada - garantiu Marilene.

Ela e o presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Luiz Firmino Martins Pereira, se reuniram nesta terça-feira com presidentes de associações de moradores e representantes de bairros como Cosme Velho, Laranjeiras, Santa Teresa, Flamengo, Catete, Botafogo e Urca. Eles foram reclamar mais uma vez do barulho dos aviões, do risco de acidentes graves e do aumento do fluxo após o término das obras de reforma. Além do cancelamento da Rota Dois, ficaram decididas outras duas restrições na atividade do aeroporto: pousos e decolagens só serão permitidos das 6h às 22h e o fluxo será limitado a 5 milhões de usuários por ano. A Infraero havia requisitado a liberação de 8 milhões de usuários anualmente.

- É uma questão econômica. Não usam outra rota, que passa sobre a Baía, para não gastar mais combustível. E infernizam a nossa vida. Você fica surdo de dois em dois minutos, é forçado a interromper ligações telefônicas e não consegue ouvir a televisão - reclama o presidente da Associação de Moradores de Santa Teresa, Paulo Saad.

A Infraero diz que ainda não recebeu qualquer comunicado oficial do Inea. A Anac informou que a alteração da rota ainda está em estudo e que quem determina a mudança é o Departamento de Controle do Espaço Aéreo, da Aeronáutica. Na sexta-feira, Marilene e Firmino se reunirão com procuradores e promotores dos ministérios públicos Federal e Estadual para colherem opiniões a respeito. E na segunda-feira, o Conselho Diretor do Inea se reunirá para decidir sobre a liberação da licença. Segundo o presidente do Inea, o aeroporto opera sem licença desde 2007:

- Eles não solicitaram a licença ainda porque não pagaram a compensação ambiental, de 0,5% do valor da obra de reforma. Nesse caso, como a obra custou R$ 300 milhões, a compensação é de R$ 1,5 milhão.

Fonte: Gustavo Goulart (O Globo) - Foto: Custódio Coimbra

RS contrata obra para construção do aeroporto de Vacaria

O governo do Estado do Rio Grande do Sul autoriza, nesta quarta-feira (5), contrato para implantação do aeroporto de carga de Vacaria, no valor de R$ 16.144.546,21. O contrato prevê execução final de terraplenagem, drenagem, pavimentação e enleivamento para construção da pista de pouso e decolagem (com 2.020 metros de extensão por 30 metros de largura), do taxiway (235 metros de comprimento por 23 metros de largura) e do pátio de aeronaves (130 metros de extensão por 97 metros de largura).

O empreendimento tem prazo de 24 meses para conclusão e é de responsabilidade da construtora Toniolo Busnello S/A. A contratação será oficializada pelo secretário de Infraestrutura e Logística, Daniel Andrade, e pelo diretor do Departamento Aeroportuário do Estado (DAP), Fernando Coronel, às 11h30min, na sede da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH), em Porto Alegre.

O projeto foi elaborado pelo DAP e aprovado pelo 5º Comando Aéreo Regional (Comar). Os serviços que compõem a implantação inicial para a pista são limpeza do terreno, execução final de terraplenagem, enleivamento de taludes, drenagem superficial, pavimentação asfáltica da pista, táxi e pátios, pintura sinalizadora horizontal, sinalização noturna (referente a dutos de passagem) e cercamento da área. Os recursos são provenientes de convênio do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos, (Profaa), da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), com parcelas de 70% da União (R$ 11.301.182,34) e 30% correspondendo à contrapartida do Estado (R$ 4.843.363,86).

Fonte: Gazeta do Sul - Foto: Gazeta de Vacaria

Embraer mosta jato Legacy 600 em turnê na Ásia e Pacífico

Empresa exibirá aeronave executiva da categoria super midsize na região até 8 de setembro.

A Embraer iniciou esta semana uma turnê para demonstrar o jato executivo Legacy 600, da categoria super midsize, na região da Ásia e Pacífico.

Até o dia 8 de setembro, o jato visitará 12 países: Austrália, Cingapura, Filipinas, Hong Kong (China), Índia, Indonésia, Japão, Malásia, Nova Zelândia, República da Coréia, , Taiwan e Tailândia. “O mercado de jatos executivos na Ásia e Pacífico tem grande importância para a Embraer e esta é uma oportunidade estratégica para mostrar os diferenciais do nosso bem-sucedido jato executivo Legacy 600”, disse José Eduardo Costas, diretor de Marketing e Vendas da Embraer – Mercado Ásia e Pacífico – Aviação Executiva. “A região demonstra interesse no produto e o Legacy 600 é adequado para operar na vasta região da Ásia e Pacífico, apoiando viagens a negócios com desempenho superior, conforto e privacidade em três zonas de cabine, comunicação via satélite de alta tecnologia e sistema de entretenimento.”

O Legacy 600 transporta 13 passageiros (configuração padrão). O refinado interior oferece poltronas revestidas em couro, divã, credenza e mesas para refeição ou reunião. O avião também tem uma espaçosa cozinha (galley) para o preparo de alimentos quentes e frios, amplo lavatório na parte traseira, guarda-roupas, armários e sistema de entretenimento com DVD e comunicação via satélite. O equipamento opcional High-Speed Data (HSD) e a melhor utilização do tempo, aumento da produtividade no trabalho e mais opções de entretenimento. A aeronave conta com um amplo compartimento de bagagem facilmente acessível em vôo e tem capacidade total de carga de 8.100 litros (8,1 metros cúbicos).

O jato atinge velocidade de cruzeiro Mach 0,80 e tem alcance de 6.019 km (3.250 milhas náuticas) com oito passageiros ou 6.297 km (3.400 milhas náuticas) com quatro passageiros, ambos com reservas de combustível NBAA IFR, podendo voar sem escalas de Manaus para Nova York (EUA); de Nova York para Londres (Reino Unido); de Jacarta (Indonésia) para Sydney (Austrália); ou de Bancoc (Tailândia) para Dubai (Emirados Árabes Unidos).

Mais de 170 jatos Legacy 600 operam atualmente em 26 países com altos índices de confiabilidade e baixos custos operacionais. O preço da aeronave, nas condições econômicas de 2009, é de US$ 27,45 milhões.

Fonte: Portal Fator Brasil - Foto: Divulgação

Embraer diz que crise permanece em 2010 e sustenta que demissões foram inevitáveis

A indústria aeronáutica mundial não terá em 2010 um ano melhor do que o atual, quando enfrenta forte retração em suas atividades em decorrência da crise financeira global. A afirmação foi feita pelo vice-presidente-executivo da Embraer, Horácio Aragonês Forjaz, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), nesta terça-feira (4), proposta pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP).O objetivo do debate foi examinar os impactos da crise sobre a empresa, a única brasileira em seu setor e uma das cinco maiores do mercado mundial.

Antes de novembro de 2008, informou o executivo, a Embraer previa para 2009 entregas entre 315 a 350 aeronaves. Seriam de 195 a 200 aviões de maior porte e entre 120 a 150 pequenas aeronaves. Porém, já em fevereiro desse ano, na última informação ao mercado, a empresa anunciou que as entregas de aviões de grande porte (jatos executivos e comerciais) cairiam para 132 unidades, com previsão de apenas 110 pequenas aeronaves. Como disse, isso ocasionou uma redução de 32% na atividade industrial da empresa.

- As receitas da Embraer vêm principalmente do exterior. Assim, apesar de o mercado brasileiro constituir uma ilha de resistência aos efeitos da crise global, essa situação não beneficia a empresa, que está imersa no olho do ciclone - afirmou.

Demissões

Diante do quadro de crise, conforme Horácio Forjaz, a empresa não teve outra opção senão redimensionar seu quadro de empregados. Desse modo, decidiu pelo corte de 20% dos mais de 21 mil postos mantidos até o início do ano, anunciando em fevereiro, de uma só vez, a demissão de 4.270 trabalhadores. Segundo ele, a medida representou "a face mais dolorosa e visível da crise", mas não foi iniciativa apenas da Embraer, tendo recorrido a forte enxugamento todas as grandes do setor.

Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, Vivaldo Moreira, no entanto, as demissões não eram inevitáveis. Mesmo concordando que a crise é mesmo intensa, ele lembrou que, como outros setores, a Embraer poderia ter feito a opção por férias coletivas e conceder licenças remuneradas. Segundo ele, alternativa ainda melhor seria a redução da jornada dos empregados, já que a empresa seria uma das poucas que ainda adotam a jornada de 43 horas semanais.

- O sindicato teve a preocupação de procurar a empresa imediatamente, para buscar alternativas que não fosse o afastamento de empregados. Não havia razão - afirmou.

Segundo o sindicalista, a empresa negou que faria demissões até o último momento, tendo anunciado a decisão subitamente, sem transparência. Ele informou que o Tribunal Regional do Trabalho, em Campinas, chegou a multar a Embraer, sem obrigar a empresa a voltar atrás na decisão, já que não há lei para impedir "demissões imotivadas".

- Precisamos pensar em como fazer uma legislação para isso. A Embraer não pode servir de exemplo negativo - disse Moreira, solicitando apoio para a normatização desta matéria.

Embora justificando falta de caixa para manter os empregos, conforme o sindicalista, a Embraer estaria distribuindo em bônus R$ 50 milhões a seus executivos esse ano, informação contestada com veemência por Horácio Forjaz. Segundo ele, os números referem-se ao total de salários, pagamento de plano de saúde e da complementação da aposentadoria. Salientou que esses e outros dados sobre a empresa são de conhecimento público, já que a Embraer tem uma política de total transparência, pois está enquadrada no chamado novo mercado, entre as empresas compromissadas em fornecer amplas informações aos investidores em bolsas.

Horácio Forjaz refutou ainda a declaração de Moreira de que a Embraer também especulou no mercado de derivativos e perdeu mais de US$ 180 milhões, dinheiro que faltou para manter os empregos. De acordo com o executivo, a empresa tem mais de 90% de suas receitas em dólares, já que suas vendas estão concentradas no exterior. Por isso, é obrigada a realizar operações para se proteger das variações do câmbio (hedge).

O sindicalista chegou a propor que a Embraer volte a ser estatizada, por entender que o apoio dado pelo setor público à empresa deveria ter maior retorno para os trabalhadores e a sociedade brasileira. Apesar do compromisso, na privatização, de que até 40% do capital votante da empresa deveria permanecer em mãos de nacionais, ele garantiu que esse limite já não estaria sendo respeitado. O executivo mostrou números para demonstrar que a empresa está muito melhor do que antes, inclusive gerando mais empregos e receitas para o país. Mesmo com a reforma dos estatutos, ele também garantiu que ainda agora o capital externo não pode formar mais de 40% dos votos nas decisões da empresa.

- Para que não reste dúvida sobre essas regras, a União pode exercer poder de veto em eventuais alterações estatutárias - disse.

Apoio do BNDES

A audiência contou ainda com a participação de Luiz Antônio Dantas, superintendente da Área de Exportação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo ele, o apoio da instituição à Embraer ocorre de forma indireta, por meio de financiamento a quem compra suas aeronaves, sobretudo empresas do exterior. Ele salientou que essa forma de atuação segue o padrão adotado das instituições oficiais de fomento de outros países. Os recursos fornecidos representariam cerca de 28% do total dos financiamento às exportações da empresa.

Segundo o expositor, a atuação da estatal em favor da empresa tornou-se mais incisiva depois da crise, em substituição a financiadores externos que se retraíram. Ele informou ainda que o BNDES detém 5% das ações da companhia, havendo atualmente o interesse do banco em estimular a cadeia produtiva aeronáutica, adensando o conjunto de empresas fornecedorasde peças e equipamentos para o setor.

Fonte: Gorette Brandão (Agência Senado)

Pesquisa aponta TAM como Marca de Confiança dos brasileiros

A TAM Linhas Aéreas foi apontada como a companhia aérea em que os brasileiros mais confiam na 8ª Pesquisa Marcas de Confiança, realizada pela Revista Seleções em parceria com o Ibope Inteligência. Dos 1.500 entrevistados pelo instituto, 48% escolheram a TAM na sua categoria.

O levantamento identificou ainda marcas de confiança para outras 41 categorias, além da marca mais socialmente responsável do país e as personalidades, profissões e organizações nas quais os leitores de Seleções mais confiam.

A cerimônia de entrega dos troféus aos vencedores foi realizada hoje, em São Paulo, em um evento que reuniu empresários, publicitários, formadores de opinião e imprensa para ouvir palestra do sociólogo Fernando Henrique Cardoso sobre o tema "Confiança".

Fonte: Mercado e Eventos

Azul oferece descontos nos voos entre Campinas e Manaus

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras está com preços promocionais nos voos diretos entre Campinas e Manaus na tarifa Azul 30 dias. Quem comprar a passagem aérea com 30 dias de antecedência vai encontrar valores a partir de R$ 279 (por trecho para viagens de ida e volta). A Azul tem quatro freqüências diárias entre as duas cidades e os voos saem de Campinas às 9h30 e às 21h50 todos os dias, e diariamente as aeronaves partem da capital da Amazônia ao 12h55 e à 1h15.

É possível seguir de Manaus para os outros 12 destinos servidos pela companhia, sempre com conexão em Campinas. Nestas rotas as tarifas também estão reduzidas na tarifa Azul 30 dias. De Manaus para Porto Alegre ou de Manaus para Curitiba ou para Navegantes, por exemplo, a passagem aérea varia a partir de R$ 329 por trecho, de Manaus para Maringá o valor varia a partir de R$ 339.

Informações: www.voeazul.com.br / 3003 2985 (3003 AZUL)

Fonte: Mercado & Eventos

TAM terá que indenizar por venda de passagens, via internet, sem a emissão dos bilhetes aéreos

A TAM Linhas Aéreas teve seu recurso negado pela 18ª Câmara Cível do TJ do Rio e terá que indenizar um consumidor, por danos morais, em R$ 4.150 por ter vendido passagens aéreas através da Internet, sem a emissão dos bilhetes aéreos.

Paulo Sérgio Ribeiro Maia pagou inclusive a primeira parcela da passagem e a taxa de embarque no seu cartão de crédito. Como os bilhetes não foram emitidos, ele teve que comprar passagens em outra companhia área por valor superior. O relator da apelação cível, o juiz de Direito substituto de desembargador Claudio Dell' Orto, manteve sentença de primeira instância.

Segundo o relator, no cartão de crédito do consumidor consta que o débito foi realizado por TAM Site JJ. "Ao credenciar pessoa jurídica para comercializar seus bilhetes, a empresa apelante torna-se solidariamente responsável pela qualidade do serviço prestado ao consumidor final", afirmou o juiz Claudio Dell'Orto. Ele disse que a conduta da TAM de efetuar o débito do valor da primeira parcela, sem a emissão do bilhete aéreo, confirma que houve uma cobrança indevida a ser ressarcida em dobro conforme determinação judicial.

De acordo ainda com o desembargador, a sentença de primeira instância não mereceu nenhum reparo, devendo a empresa aérea restituir em dobro ao autor o valor cobrado na fatura (passagem e taxa de embarque), totalizando R$ 557,28 com juros e correção monetária, assim como, o valor de R$ 1.141,10 pelo pagamento da nova passagem adquirida.

O autor comprou um bilhete aéreo para o trecho Rio-Belém-Rio, em 2 de maio de 2008, pelo valor de R$ 399 mais a taxa de embarque, para viajar em junho do mesmo ano. Em 8 de maio, ele foi informado de que sua passagem não fora emitida, obrigando-o a comprar uma outra pelo valor de R$1.619,24, já que a reserva não existia no sistema. Acontece que, na fatura de seu cartão de crédito, com vencimento no dia 14, a primeira parcela do valor da passagem e a taxa de embarque foram debitados.

Uma das alegações de defesa da TAM Linhas Aérea foi que tal fato aconteceu porque o consumidor não comprou a passagem aérea diretamente com a empresa.

Fonte: O Dia Online

Equipes encontram corpos de avião que caiu na Indonésia

Uma equipe de resgate aéreo avistou os destroços do avião em meio a uma dessa floresta

Equipes de resgate da Indonésia encontraram hoje (5) os corpos dos 16 ocupantes do pequeno avião que desapareceu no domingo na remota região de Papua (leste), informou a companhia aérea local Meparti Nusantara.

Um dia depois de uma aeronave de reconhecimento ter avistado os restos do aparelho, uma patrulha terrestre, ajudada por moradores da região, achou os cadáveres, segundo Bambang Bhakti, presidente da empresa.

O pequeno avião, um bimotor, caiu numa região de mata, quando cobria a rota de 260 quilômetros entre as cidades de Sentani e Oksibil.

De acordo com a Merparti Nusantara, a aeronave decolou sem problemas e sob condições meteorológicas boas. Porém, pouco depois, perdeu contato com a torre de controle.

O avião, fabricado em 1979 e que faz pousos e decolagens em pistas curtas, tinha capacidade para 20 passageiros.

A estatal Meparti Nusantara é uma das companhias aéreas indonésias proibidas de sobrevoar o espaço aéreo da União Europeia (UE) devido a problemas de segurança.

Neste ano, mais de 150 pessoas já morreram na Indonésia vítimas de acidentes aéreos.

Fonte: EFE via G1 - Foto: AFP

Colômbia vai ceder 7 bases aos EUA

Decisão de ampliar instalações militares à disposição do Pentágono irrita vizinhos; acordo ainda não foi fechado

O acordo discutido entre Washington e Bogotá deverá permitir que as forças americanas utilizem sete e não apenas três bases militares da Colômbia, disse na terça-feira, 4, o comandante das Forças Armadas colombianas e ministro interino da Defesa, general Freddy Padilla. O anúncio foi feito em meio ao início de um giro do presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, pelos países da região para explicar os objetivos do acordo militar.

Até então, a Colômbia havia confirmado a intenção de ceder apenas três bases aos EUA: Malambo, Palanquero e Apiay. As novidades estão no anúncio das bases do Exército de Tolemaida e Larandia e das bases navais de Cartagena e Bahía Málaga. "Serão três bases aéreas, duas bases do Exército e duas bases navais", confirmou Padilla, na abertura de uma conferência sobre segurança regional, na cidade colombiana de Cartagena de Índias, da qual participam representantes de nove países, entre eles o chefe do Comando Sul dos EUA, general Douglas Fraser.

"É importante deixar claro que ainda não temos nenhum tipo de acordo", disse Fraser. A prudência do general deve-se à resistência que os países da região - o Brasil à frente - manifestaram à assinatura do acordo, o que obrigou tanto a Colômbia quanto os EUA a visitarem diversos países-membros da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) para explicar suas intenções.

O rechaço ao acordo teve início com a Venezuela e o Equador. Ambos temem que os EUA possam, a partir das bases colombianas, lançar operações aéreas contra países vizinhos. Outros países, como o Brasil e o Chile, dizem que os assuntos militares que possam ter implicações regionais devem ser debatidos em foros amplos, como a Unasul, que se reunirá no dia 10, em Quito.

A mensagem de Uribe aos presidentes latino-americanos deve seguir o tom expressado por seu ministro interino da Defesa em Cartagena. "Ninguém, a não ser os terroristas e narcotraficantes, deve ter medo deste acordo transparente, que respeita as soberanias e os acordos internacionais", disse Padilla. Segundo ele, a colaboração com os EUA "busca simplesmente fortalecer a capacidade na luta contra esse flagelo global".

Fraser lembrou que "já existem militares americanos trabalhando em colaboração (com a Colômbia). Isso (é feito) de forma muito aberta, em coordenação com o Congresso dos EUA e vai continuar", disse. O general americano não deu detalhes sobre o tipo de material militar que seria levado a essas bases, nem explicou que tipo de avião poderia operar nestes locais. "Não tenho, neste momento, detalhes específicos sobre o tipo de material (que seria levado às bases), mas é importante ressaltar que o tipo de material que estará ali depende da Colômbia", disse Fraser.

O encontro em Cartagena contou com a presença de chefes militares da Argentina, Chile, México, Panamá, Paraguai, Peru, EUA e Uruguai, além da Colômbia, anfitriã da reunião. O chefe do Estado-Maior da Defesa do Brasil, almirante Prado Maia, não foi ao encontro. A assessoria do Ministério da Defesa também não enviou nenhum representante e informou que Maia teve de "ficar em Brasília preparando um relatório para o presidente (Luiz Inácio Lula da Silva), atendendo a um pedido do (ministro da Defesa, Nelson) Jobim". A assessoria do Itamaraty também diz não ter enviado nenhum diplomata a Cartagena.

Fonte: O Estado de S. Paulo

Aéreas têm perdas na Europa e na Ásia

As principais empresas aéreas da Europa e da Ásia anunciaram na quinta-feira (30) pesados prejuízos, na esteira do agravamento da crise que assola o setor de aviação mundial. O diretor-geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), Giovanni Bisignani, observou que as empresas aéreas foram atingidas por quedas de receita "chocantes", de até 30%, nos voos internacionais no início do período de viagens de junho a agosto, tradicionalmente bem movimentado e lucrativo para as companhias. "O panorama continua sombrio [...] Não há sinais de início de recuperação", afirmou.

A Air France-KLM, maior companhia aérea europeia em número de passageiros, anunciou prejuízo antes de impostos de € 612 milhões nos três meses encerrados em junho, em comparação ao lucro de € 211 milhões obtido no mesmo período do ano passado.

As três principais companhias aéreas europeias operam com grandes perdas e se viram obrigadas a buscar os mercados de capitais nas últimas semanas para reforçar seus recursos de caixa.

A British Airways deverá anunciar hoje prejuízo operacional pela primeira vez em sua história para o período de abril a junho, normalmente seu segundo melhor trimestre.

A Lufthansa, da Alemanha, em meio à compra de três empresas aéreas europeias de menor escala que enfrentam dificuldades financeiras, divulgou prejuízo no primeiro semestre, antes de impostos, de € 336 milhões, em comparação ao lucro de € 478 milhões verificado no mesmo período do ano passado.

Na Ásia, a Singapore Airlines, maior empresa do mundo em valor de mercado, alertou para a possibilidade de ter seu primeiro prejuízo anual desde sua criação, em 1972. A empresa apresentou perdas trimestrais pela primeira vez desde a crise com a síndrome respiratória aguda grave em 2003.

A Singapore Airlines teve prejuízo líquido de 307 milhões de dólares de Cingapura (US$ 213 milhões) no período de abril a junho. Nos mesmos meses de 2008, havia lucrado 359 milhões de dólares de Cingapura. A receita caiu 30%, para 2,87 bilhões de dólares de Cingapura. As perdas com operações financeiras feitas para proteger-se contra oscilações no preço dos combustíveis chegaram a 287 milhões de dólares de Cingapura.

As companhias aéreas com rotas de longa distância vêm sendo atingidas por fortes declínios na receita, especialmente na obtida com os passageiros de voos executivos, outrora sua maior fonte de lucro, e o transporte de cargas.

Bisignani afirmou que as empresas aéreas também se deparam com a volta do risco de aumento no preço do petróleo e o impacto potencial representado pela gripe A (H1N1), também conhecida com gripe suína.

"O fluxo de caixa está ameaçado pela baixa demanda, o que é exacerbado pelo desconto no preço das passagens; e depois de anos de redução de custos, o espaço para mais cortes é limitado", acrescentou Bisignani.

A Iata informou que a demanda por transporte aéreo de carga foi 16,5% menor em junho do que no mesmo mês de 2008, enquanto o tráfego internacional de passageiros encolheu 7,2%, também na comparação anual. (Tradução de Sabino Ahumada)

Fonte: Kevin Done e John Burton (Financial Times)

Bomba explode em frente a empresa de companhia aérea chilena

Uma bomba caseira explodiu na madrugada de ontem (4) em frente a um dos escritórios da companhia aérea chilena LAN Airlines em Buenos Aires, na Argentina.

O artefato foi detonado por volta das 2h30 no horário de Brasília, danificando a entrada do edifício, que é toda de vidro, e uma caminhonete que estava estacionada no local. Ninguém ficou ferido. Segundo a polícia, até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria da ação, mas imagens de câmeras de segurança mostram que a bomba, que estava dentro de uma bolsa, foi deixada por um homem encapuzado próximo à entrada do estabelecimento.

Em um comunicado, a LAN disse que colaborará totalmente "com as autoridades para tentar estabelecer as causas que geraram" o ataque.

"Às 2h30 da madrugada de hoje, um artefato explosivo foi detonado na porta da loja localizada na esquina das ruas Cerrito y Paraguay", explica o documento, ressaltando que "como consequência do feito, se produziram danos na porta principal".

A LAN Airlines é uma das principais companhias aéreas da América do Sul, sendo que opera na região desde 1929 e, na Argentina, desde 2005.

Na noite desta segunda-feira, outra bomba explodiu em frente a uma filial do Banco do Chile em Providencia, a oeste da capital Santiago.

O explosivo danificou a fachada da agência e destruiu também janelas de um escritório ao lado, pertencente à administradora de fundos de pensão Cuprum.

O policial Fernando Vera informou à rádio Cooperativa que o ataque não pode ser atribuído a nenhuma organização até o momento. De acordo com o jornal El Mercúrio, nenhum grupo reivindicou a ação.

O Grupo de Operações Policiais Especiais do Chile enviou homens para o estabelecimento da procedência da bomba. Os vídeos de segurança também são analisados.

Fonte: DCI

Número de pessoas com medo de voar aumenta com acidentes aéreos

Especialistas garantem que a proximidade com acidentes aéreos aumenta o medo de voar, mesmo em quem está acostumado a viajar de avião. No consultório da psicoterapeuta Rosana D'Ório, que trabalha no tratamento de medo de avião, a procura cresceu 25% em junho, logo após a tragédia com o voo 447 da Air France.

- A maioria dos que me procuraram nesse período costuma viajar com medo. Para eles, o acidente funciona como uma confirmação de que o medo deles não é tão imaginário quanto tentam fazê-los pensar.

Além disso, Rosana explica que por ter acontecido com uma aeronave nova de uma companhia confiável, os passageiros sentem como se isso não garantisse mais a segurança do voo.

A consultora de marketing Michelle Dorf, de 31 anos, não costuma sentir medo de avião, mas depois da queda do Airbus da Air France está mais preocupada com a segurança nas viagens aéreas. Ela conta que durante uma tentativa de pouso no Aeroporto Santos Dummont na semana passada, ela tremeu quando o piloto arremeteu a aeronave.

- Todos os passageiros ficaram mudos. Eu sinceramente fiquei com medo e gritei "ai meu Deus". Não é a primeira vez que passo por isso, mas com certeza o acidente recente com o Airbus e a falta de informação sobre o que estava acontecendo aumentaram a minha preocupação - comenta.

A falta de explicação sobre o que aconteceu durante o voo 447 aumenta ainda mais a apreensão.

- Ficamos com medo de haver algo que não é possível controlar, como parece que aconteceu com o Airbus - ressalta Michelle.

Para Angela Donato Oliva, professora de terapia cognitiva comportamental da Uerj, a falta de explicação para o acidente pode estimular crenças em especulações que não são reais.

"Um acidente como o do Airbus mexe com muita gente, pois quebra a segurança e o controle da própria vida"

- Deste modo, os passageiros que ouviram falar que o voo 447 passou por turbulência já começam a se impressionar mais com o movimento das aeronaves analisa Angela.

Pesquisa do Ibope realizada em agosto de 2007, quase um mês após o acidente da TAM no aeroporto de Congonhas , revelou que 74% da população brasileira passaram a ter medo de voar em decorrência dos últimos acidentes aéreos, independente de já ter ou não andado de avião. Em outra pesquisa Ibope de 1998, apenas 42% dos entrevistados declararam ter medo.

- As pessoas gostam de um mundo controlado e com certezas. Um acidente como o do Airbus mexe com muita gente, pois quebra a segurança e o controle da própria vida - conclui Rosana D' Ório.

De acordo com o Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos, é 25 vezes mais provável que alguém perca a vida a caminho do aeroporto do que na queda do avião que ele vai tomar.

Fonte: Madalena Romeo (O Globo)

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Equipamentos de aviões não medem intensidade de turbulências

Impacto em voo que seguia do Rio para os EUA deixou 26 feridos.

Brasileiro de 13 anos relata susto no voo: 'Achei que ia morrer'.


Os equipamentos dentro de uma cabine de avião não conseguem medir a intensidade das turbulências durante o voo, segundo meteorologistas. Uma forte turbulência atingiu na segunda (3) um voo no trajeto entre o Rio e a cidade de Houston, nos Estados Unidos, deixando 26 pessoas feridas.

Meteorologistas dizem que na segunda (3), no Caribe, havia formação de nuvens convectivas. Isso é quando há uma diferença de temperatura. Ar frio desce, ar quente sobe. Correntes de ar em direções contrárias significam turbulência. O problema é que às vezes nessas correntes há poucas partículas de água.

A severidade de uma turbulência é medida de acordo com a quantidade de partículas de água pela frente. Quando as correntes de ar são fortes, sem água, vem a surpresa.

A turbulência é a principal causa de ferimentos em aviões, fora as quedas.

A cada ano, nos Estados Unidos, oito vôos, em média, passam por turbulências fortes. Dez passageiros sofrem ferimentos graves. Por ano, as turbulências custam para as empresas aéreas o equivalente a R$ 50 milhões.

O valor é repassado para as passagens, para o passageiro que, ao apertar o cinto, pode reduzir esse custo e poupar a própria vida.

A companhia aérea Continental Airlines disse que o sinal de "apertar cintos" estava aceso. Mas o alerta está em descrédito. Não é tão respeitado. Como os pilotos não conseguem prever a intensidade da turbulência - muitas vezes a luz é acionada e o avião nem chacoalha. No caso do voo 128, vê-se que o inverso também acontece.

'Achei que ia morrer'

Um brasileiro de 13 anos estava a bordo do voo não esquece os momentos de pânico.

"Todo mundo foi pro teto e começou a gritar que o avião tava caindo. Achei que fosse morrer", conta o Thiago Cândido, que estava dormindo no voo e acordou voando dentro do avião.

Um susto díficil de esquecer, segundo a mãe de Thiago, Rosana Cândido. "Ele falou que fechava os olhos e via tudo que tava acontecendo. Ele fica animado depois chora. Hoje ele está melhor e espero que não fique nenhuma sequela."

Thiago é um dos passageiros do voo que hoje diz: "Se tivesse de cinto, não teria me machucado." "Agora vou usar cinto com luz acesa, ou não", diz Thiago.

A Continental Airlines informou que o vôo 128 realmente encontrou turbulência de céu claro - sem a presença de nuvem e água. Ainda há um passageiro internado. A nacionalidade dele não foi informada. Segundo o consulado, os onze brasileiros hospitalizados tiveram alta ontem mesmo.

Fonte: G1 (com informações do Jornal Nacional)

Destroços de avião que sumiu na Indonésia são achados

Destroços de um avião que havia desaparecido com 16 pessoas a bordo quando sobrevoava a região montanhosa de Papua, na Indonésia, foram localizados nesta terça-feira (4) numa densa floresta, informou o diretor chefe da companhia aérea Merpati Nusantara Airlines, Bambang Bhakti.

As equipes de busca e salvamento estão tentando pousar na área com um helicóptero, mas há pouca esperança de que seja encontrado com vida algum passageiro ou tripulante. Todos os ocupantes eram indonésios.

O avião caiu na região montanhosa no domingo, quando voava da cidade de Jayapura para Oksibil. "A cauda da aeronave foi localizada às 6h (hora local, 18h de segunda-feira em Brasília)", disse Bhakti.

Uma equipe de busca aérea viu os destroços próximo ao vilarejo de Ampisibil, nas Montanhas Bintang, a uma altura de 2.850 metros. O local do acidente está a cerca de 37 km ao sul de Oksibil.

A Indonésia é um extenso arquipélago que depende muito do transporte aéreo, mas possui um dos piores históricos de acidentes da Ásia. As informações são da Dow Jones.

Mapa mostra local aproximado onde houve o desaparecimento

Fontes: Dow Jones / Agência Estado - Mapa: AFP