sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

MatlinPatterson compra 8 Airbus A330-200F cargueiros, e pode repassar alguns à Varig Log

O fundo de investimentos MatlinPatterson Global assinou contrato com a européia Airbus para a compra de seis aviões A330-200F de carga. O negócio foi fechado através de uma afiliada do fundo, que opera contratos de leasing aeronáutico.

O valor da operação não foi divulgado, mas um A330 comum tem preço de tabela de até US$ 183 milhões. Caso seja aplicado esse preço, o contrato teria valor total de US$ 1,464 bilhão.

As aeronaves deverão ser repassadas pela MatlinPatterson a companhias de seu portfólio de clientes. Uma das que possivelmente receberão aviões desse contrato é a brasileira Varig Logística (Varig Log). Outra que poderá receber os equipamentos é a norte-americana Global Aero Logistics.

Com o acordo, essas duas companhias se tornarão, pela primeira vez, operadoras de aviões fabricados pela Airbus.

A venda desses aviões eleva para 72 pedidos firmes em carteira a demanda pelo A330-200F, de oito clientes diferentes. Segundo a Airbus, isso demonstra a forte procura por aviões cargueiros no mercado internacional.

Estamos muito satisfeitos em acrescentar esse novo cargueiro de fuselagem larga, o Airbus A330-200F, a nosso portfólio, o que nos permitirá renovar as frotas de nossas companhias aéreas, disse o executivo-chefe da MatlinPatterson, David Matlin. A capacidade superior desse avião e seu baixo custo operacional são uma melhora significativa em relação à geração de aeronaves mais antigas que ele irá substituir, completou ele.

A decisão da MatlinPatterson de selecionar o A330-200F ressalta seu lançamento robusto e é um grande apoio para nosso mais novo avião cargueiro, disse o executivo-chefe de Operações e Clientes da Airbus, John Leahy. É um reconhecimento das oportunidades que o A330-200F oferece às operadoras que querem otimizar a performance de seus cargueiros e desenvolver novas malhas, acrescentou.

A versão padrão da aeronave pode transportar até 64 toneladas de carga por até 7,4 mil quilômetros. Em sua versão de capacidade estendida, pode levar até 69 toneladas por 5,93 mil quilômetros.

Fonte: José Sergio Osse (Valor Online)

Aeronáutica responde à reportagem da revista Época


A última edição da revista Época divulgou uma reportagem que preocupou a maior parte dos passageiros. "O risco de desastre aéreo não diminuiu". Essa era uma das frases da capa amarela que chegou às bancas na última sexta-feira (25).De acordo com a matéria do repórter Wálter Nunes, a publicação teve acesso a uma série de documentos da Aeronáutica que revelavam situações de alto risco de acidentes no espaço aéreo brasileiro. Dessa forma, em sete páginas de reportagem, a revista garante que os problemas que envolvem os controladores de vôo e os rastreamentos dos aviões não diminuíram, mesmo depois de dois acidentes graves, como a colisão entre um Boeing da Gol e um jato Legacy, em setembro de 2006, que matou 154 pessoas, e o acidente com o avião da TAM, em julho de 2007, que deixou 199 vítimas.

Entretanto, o Comando da Aeronáutica divulgou, na última segunda-feira (28), uma nota em resposta à reportagem da Época, na qual reafirma que a aviação civil brasileira está entre as mais seguras do mundo. Ainda assim, uma das principais correções feitas pela Aeronáutica diz respeito a um incidente ocorrido no dia 12 de junho de 2007, e que ganhou destaque nas páginas da última edição revista.

Segundo a reportagem, a parte de baixo de um Boeing da Alitália passou a cerca de 30 m do teto de um avião bimotor, quando o mínimo permitido são 300 m. No entanto, o Comando afirma que a distância lateral entre os dois aviões era de 2 km no momento de maior aproximação. A Aeronáutica declarou que essa informação foi passada aos repórteres da revista, mas que foi omitida por eles.

"Ao omitir informações que lhes foram fornecidas nos documentos enviados, o texto fomenta o medo e o clima de alarmismo nos leitores", diz a nota oficial. Além disso, a Aeronáutica declara que alguns controladores produzem "pseudo-documentos" e os enviam para imprensa, "o que pode gerar, muitas vezes, reportagens incorretas".

O Comando nega, ainda, a existência de problemas graves nos equipamentos de controle aéreo, como denunciou a reportagem, e afirma que a manutenção preventiva e corretiva garante 98% de disponibilidade média nos mais de 5 mil equipamentos de todo Brasil.

Temas como a desmilitarização do controle de tráfego aéreo, o reembolso dos passageiros em caso de atraso e o reajuste dos salários dos servidores militares são já foram muito discutidos e permanecem em estudo, segundo a Aeronáutica.

"Nesse sentido, prezados leitores, com relação às matérias que são publicadas sobre este assunto, não acredite em tudo que esteja lendo: ·PREOCUPE-SE·, finaliza a nota em analogia ao título da reportagem da Época.

Fonte: Marina Dias (Portal Imprensa)

Os problemas têm solução (Revista Época)

O que já deveria estar sendo feito para resolver o caos aéreo no Brasil

Problema: infra-estrutura precária nos aeroportos e no controle de vôo

A Infraero, estatal que cuida dos aeroportos, também tem sido criticada pelo modo como investe na modernização dos terminais. Além de irregularidades em licitações de obras, já apontadas pelo Tribunal de Contas da União, a empresa é acusada de gastar mal os recursos que arrecada. Além dos prolemas no solo, há as falhas que comprometem a segurança dos vôos. Em um diagnóstico, pilotos, controladores de vôo e especialistas em aviação civil são unânimes: falta transparência na administração do tráfego aéreo brasileiro.

Soluções: recuperar os aeroportos e dar transparência ao controle de tráfego

No caso dos aeroportos, o investimento em ampliação e modernização deve prever parcerias com a iniciativa privada, como ocorre em outros países. Segundo especialistas, para acomodar a demanda por vôos em São Paulo, onde estão 70% dos passageiros, nem sequer é preciso construir um novo aeroporto. Bastaria equipar os que já existem. Viracopos tem duas pistas excelentes, ideais para receber aeronaves grandes e pequenas, além de equipamentos de última geração e área de escape. Ao abrir o capital da Infraero e transferir seu controle para a iniciativa privada, o setor poderá ganhar eficiência. Um estudo sobre a privatização da estatal estaria sendo preparado, mas nunca foi divulgado.

Quanto ao tráfego aéreo, até o órgão da Aeronáutica responsável pela segurança dos vôos admite que faltam recursos. Este ano, o corte no orçamento será de R$ 120 milhões. O controle de tráfego internacional está migrando para uma tecnologia baseada em satélites. Para implatar o sistema nos Estados Unidos, serão gastos US$ 15 bilhões. Na Europa, o tráfego aéreo é administrado pela Eurocontrol, uma empresa privada de capital aberto que, segundo um executivo do setor, tem dado lucro de 30% ao ano. Esse pode ser um bom exemplo para o Brasil.

Problema: gestão ineficaz do governo sobre o setor aéreo

De acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas, a necessidade de investimentos naexpansão da rede de aeroportos até 2010 é da ordem de R$ 15 bilhões. Apenas R$ 5,6 bilhões estão previstos. O problema da escassez de recursos fica mais gravepela dificuldade do governo federal em gastar o dinheiro disponível. Segundo o site Contas Abertas, mais de R$ 2 bilhões do Fundo Aeronáutico, destinados aincrementar a segurança de vôo e a infra-estrutura, foram bloqueados paraengordar o cofre do Tesouro Nacional.

Soluções: descentralizar a administração e despolitizar os órgãos reguladores

Nos Estados Unidos, a desregulamentação da área provocou um aumento exponencial de vôos e de trânsito de passageiros. Lá também há problemas de atrasos e cancelamentos, mas o governo monitora as atividades para que não haja prejuízo aos consumidores nem aumento de riscos à sociedade. “Se hoje temos problemas de infra-estrutura nos aeroportos do país, é porque o número deviajantes aumentou muito, graças ao barateamento dos serviços", diz o deputado americano Thomas Petri, representante republicano na subcomissão de aviação do Congresso dos Estados Unidos.

O Brasil passou dez meses sem alguém capaz de pôr em prática um plano de soluções para a crise aérea. A antiga diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) havia sido escolhida por critérios políticos e não técnicos. "É o mesmo que colocar um piloto da TAM para tomar conta do Supremo Tribunal Federal. Não dará certo. Enquanto o governo politizar o comando desse setor a crise se perpetuará”, diz o especialista em aviação Gianfranco Betting. "Para alguém resolver o caos aéreo são necessárias décadas de experiência com aviação e atualização sobre o setor constante”. A nova direção da Anac não prima pela experiência no setor aéreo. A diretora-presidente, Solange Vieira, foi nomeada por ser da confiança do ministro Jobim. Funcionária de carreira do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Solange comandou a Secretaria de Previdência Complementar no governo Fernando Henrique Cardoso e foi assessora econômica de Jobim no Supremo Tribunal Federal.

Fonte: Revista Época

Preocupe-se (Revista Época)

Documentos inéditos da Aeronáutica revelam situações de alto risco de acidentes no espaço aéreo brasileiro. Duas tragédias não foram suficientes?

Confira a seguir um trecho dessa reportagem que pode ser lida na íntegra na edição da revista Época de 28/janeiro/2008.

No dia 12 de junho do ano passado, o airbus 319 da Presidência da República, conhecido como Aerolula, decolou do Aeroporto Internacional de Guarulhos por volta das 15h30. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participara do 7º Congresso Nacional dos Metalúrgicos da CUT e voltava para Brasília. Toda vez que o avião da Presidência da República liga o motor, o controle de tráfego aéreo redobra a atenção. As distâncias entre as aeronaves são ampliadas e o controlador passa a tratar como prioridade o avião que aparece na tela de controle com a sigla FAB01, o principal avião da frota da Força Aérea Brasileira.


Naquele dia não foi diferente. O Aerolula era o centro das atenções. Até que uma pane na sala de controle de Guarulhos apagou três dos quatro consoles, os aparelhos que permitem a visualização das aeronaves. Com apenas um deles funcionando, o controlador responsável pela segurança da aeronave presidencial passou a monitorar também outros 13 aviões. Naquele instante, um Boeing 777 da Alitalia, prefixo AZA677, que decolara de Guarulhos rumo à Itália, se aproximava rapidamente de um avião bimotor particular prefixo PT LYZ. Havia alto risco de colisão. O controlador de vôo, percebendo a possibilidade do acidente, desviou a trajetória do avião italiano. Mas, como a rota das duas aeronaves previa uma curva logo adiante, o desvio determinado acabou jogando uma aeronave contra a outra. Apenas 30 metros separaram a barriga do avião da Alitalia do teto do bimotor. Parece uma distância longa. Para aviões a uma velocidade média de 900 km/h, não é. A margem mínima de segurança, determinada por padrões internacionais, é 300 metros.

O relatório interno da Força Aérea Brasileira (FAB) classificou o incidente como grave, com risco crítico de colisão. A conclusão da investigação interna da Aeronáutica é uma síntese dos problemas do controle do tráfego aéreo brasileiro: os equipamentos falham, e os controladores trabalham em condições inadequadas e sobrecarregados. O controlador, com 14 aviões na mesma tela, sendo um deles o Aerolula, errou. E quase causa uma tragédia.

Não foi o único caso de um quase acidente nos últimos meses. Documentos internos da Aeronáutica, a que ÉPOCA teve acesso, mostram centenas de registros de falhas no controle de tráfego aéreo. Elas vão desde panes em equipamentos e falta de manutenção até a existência de pontos no espaço aéreo brasileiro que os radares não conseguem monitorar. São falhas parecidas com as que contribuíram para o acidente com o Boeing da Gol em setembro de 2006. Após se chocar com um jato Legacy, o avião da Gol caiu, matando 154 pessoas. Durante as investigações desse desastre, o país foi alertado para os problemas de pessoal e de equipamentos do controle aéreo. E passou a ter dúvidas sobre as reais condições de segurança da aviação brasileira.

Fonte: Revista Época

Embraer pesquisa o uso de combustível 'verde' nos aviões

Em parceria com a pioneira Tecbio, a empresa estuda várias tecnologias de bioquerosene

A Embraer está investindo no desenvolvimento de diferentes tecnologias de bioquerosene de aviação. Um dos projetos envolve a Tecbio, empresa de pesquisa do Ceará pioneira no desenvolvimento de biodiesel.

A Tecbio vem desenvolvendo uma pesquisa sobre bioquerosene desde 2006, em parceria com a Boeing. A Embraer entrou no mesmo projeto, mas colaborando em diferentes etapas da pesquisa. “As duas parcerias são complementares”, diz o coordenador do programa de desenvolvimento tecnológico de bioquerosene da Tecbio, Ayres Correia de Sousa Filho. “A linha de pesquisa é uma só, mas, diante da complexidade do assunto, foi necessário envolver mais do que uma empresa.”

O bioquerosene tem com base uma mistura de óleos vegetais. Ayres não revela o nome das matérias-primas vegetais que estão sendo usadas.

Os engenheiros da Tecbio foram responsáveis por um projeto de bioquerosene de aviação financiado pela Aeronáutica em 1984. O projeto não tinha nada de ambiental. A preocupação era de segurança nacional, para reduzir a dependência nacional do petróleo.

À época, o bioquerosene, em sua forma pura, sem mistura, chegou a ser utilizado durante um vôo-teste, em um avião Bandeirante, de São José dos Campos a Brasília. Mas o projeto foi engavetado pela Aeronáutica e todos os relatórios da pesquisa, feita pelo engenheiro fundador da Tecbio, Expedito Parente, permanecem sob sigilo. “Estamos tentando resgatar esses relatórios”, diz Ayres. “Em uma conversa informal com um militar que fez o vôo na época soube que a emissão de poluentes era 70% a 80% menor.”

Desta vez, já foram realizados alguns testes preliminares. Além do bioquerosene puro, a Tecbio está testando uma mistura de bioquerosene com querosene de aviação.

A parceria com a Tecbio é apenas um dos projetos de biocombustível nos quais a Embraer está envolvida. “Estamos trabalhando em vários projetos, com parceiros diferentes, na busca de combustíveis alternativos, e tentando minimizar as modificações necessárias nos aviões”, afirma diretor de Estratégias e Tecnologias de Meio Ambiente, Graciliano Campos. Segundo ele, os estudos realizados até o momento mostram que a tecnologia é viável. Pelo cronograma do projeto mais avançado, o primeiro vôo-teste com o bioquerosene deve acontecer em meados de 2009.

Todos os projetos envolvem pesquisa de bioquerosene. Pioneira no uso do etanol na aviação, com o avião agrícola Ipanema, a Embraer não tem projetos para uso de etanol nos jatos. “Não abandonamos as pesquisas com etanol, mas para motores a jato isso implicaria em um desafio muito grande.”

Com a pressão sobre companhias aéreas para reduzir as emissões de gases que contribuem para o efeito estufa, os fabricantes iniciaram uma corrida para tornar o avião ainda mais eficiente. “Devido aos altos custos do combustível, a indústria aeronáutica sempre buscou avanços tecnológicos”, diz Campos. “Os aviões hoje emitem 70% menos poluentes que há 40 anos.”

Assim como as demais fabricantes, a Embraer também busca ganhos de eficiência com o aprimoramento da estrutura aerodinâmica dos aviões. “Há uma nova geração de inovações tecnológicas que reduzem o atrito e tornam os aviões mais eficientes”, afirma Campos.

A empresa aderiu ao uso de madeira certificada no interior dos jatos executivos e tem se esforçado para reciclar praticamente todo resíduo de sua produção, do óleo da cozinha do refeitório a metais pesados que antes eram descartados.

Fonte: O Estado de S.Paulo

Nova aeronave da Bombardier ganha o nome de Learjet 85

A Bombardier Aerospace anunciou nesta semana a escolha da Grob Aerospace para o desenvolvimento de todo o material composto das estruturas do Learjet 85, o mais novo integrante da família Learjet, lançado em outubro do ano passado com o nome provisório de Learjet NXT. Os jatos executivos das famílias Learjet, Challenger e Global são comercializados pela OceanAir Táxi Aéreo, representante comercial exclusiva da Bombardier no Brasil.

“O Learjet 85 é mais uma demonstração do compromisso da Bombardier em trazer inovações tecnológicas, de design e de produção no setor de jatos executivos”, destaca José Eduardo Brandão, diretor-comercial da OceanAir Táxi Aéreo.

O acordo com a Grob Aerospace prevê a construção dos três primeiros protótipos da aeronave, com 100% das estruturas em material composto. Isso representará um extraordinário avanço na fabricação, permitindo aos designers da empresa trabalhar para trazer maior conforto à cabine e obter ganhos com o desempenho dos jatos.

Essas estruturas também permitirão facilitar a manutenção e prolongar a vida útil de componentes eletrônicos e aerodinâmicos, expostos à corrosão ou fadiga. “A Bombardier acredita que essas mudanças vão aumentar a performance das aeronaves”, afirma Brandão.

O Learjet 85 seguirá o padrão de excelência apresentado por outros jatos da família Learjet. A aeronave está sendo projetada para atingir velocidade máxima de cruzeiro de Mach 0.82 e fazer viagens transcontinentais de até 5.556 km. Além disso, vai oferecer a mais ampla e mais confortável cabine de jatos de médio-porte do mercado, com espaço para acomodar até oito passageiros.

Desde o lançamento, em outubro do ano passado, a Bombardier já recebeu 65 pedidos do Learjet NXT, agora Learjet 85. O primeiro negócio foi realizado no Brasil, pela OceanAir Táxi Aéreo. “Ficamos muito orgulhosos. É mais uma prova de que a marca Learjet já possui uma legião de admiradores no Brasil”, afirma Brandão. No total, a OceanAir Táxi Aéreo comercializou três Learjet NXT, sendo que uma das unidades será incorporada à sua frota de táxi aéreo a partir de 2013.

A Bombardier atua no mercado brasileiro de jatos executivos desde 2003, com os modelos das famílias Learjet, Challenger e Global. Sua representante oficial é a OceanAir Táxi Aéreo, empresa do grupo Synergy, que também inclui as distribuições dos helicópteros da AgustaWestland e o do turboélice Pilatus PC-12. O Grupo Synergy é controlador da OceanAir Linhas Aéreas, da Avianca (Colômbia), da Vipsa (Equador) e da Turbserv, dedicada à manutenção de turbinas.

Fonte: Fator Brasil

Cancelamento de vôos da Varig para a Europa causa incômodo aos clientes

O anúncio da suspensão dos vôos diretos da Varig para os principais destinos na Europa, Londres, Frankfurt e Roma, a partir de março, causou desconforto em seus clientes, que precisarão procurar a empresa para resolver como seguir viagem.

A leitora Priscila Fialho, que adquiriu na última quinta-feira um bilhete da Varig para Frankfurt em abril, é uma das que não ficou satisfeita com a decisão da empresa, menos ainda com a forma como esta foi anunciada.

"O mais incrível é que eu tenho que saber disso por aqui (pela imprensa), nenhum contato foi feito pela empresa. E até parece que eles já não sabiam do planejamento estratégico há cinco dias" - afirmou no espaço para comentários do site.

A companhia aérea, por sua vez, afirma que busca atender melhor seus clientes, com enfoque no público executivo.Outros leitores do site alertaram ainda para o fato de que, um dia antes de fazer o anúncio do cancelamento dessas três rotas internacionais, a empresa publicou uma propaganda grande em vários jornais divulgando o novo destino para Europa, Madri, mas incluindo as rotas internacionais que serão suspensas no anúncio.

A orientação da Varig aos passageiros que tiverem comprado passagens para os destinos que serão suspensos, com data de embarque marcada para após as datas mencionadas, é entrar em contato pelo telefone 0800-7287787. Quem está no exterior, pode ligar para os números: +49 1803334353 (Alemanha), +39 0238591250 (Italia) e +44 2076600341 (Reino Unido). Segundo a empresa, serão mantidos atendentes nos guichês no Brasil e no exterior.

O cliente poderá pedir a reacomodação em um vôo de outra empresa ou requerer o reembolso, que deve ser feito em um prazo máximo de 30 dias. Se o bilhete foi adquirido com milhas, estas devem ser devolvidas. Segundo a Varig, também é possível fazer a viagem para Madri ou Paris, que irão concentrar suas operações na Europa, e de lá seguir para Frankfurt, Londres ou Roma, atráves de um vôo de conexão da Air France, AirEuropa ou Iberia.

A advogada da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste), Karin Veloso, pede que o consumidor que está nessa situação não demore para resolvê-la junto à empresa e não se esqueça de levar o comprovante de pagamento ou o bilhete na hora que buscar o atendimento.

Karin Veloso lembra ainda que, em caso de reembolso, deve haver correção monetária, e se algum prejuízo for causado pela mudança da Varig, deve-se processar a companhia. Mas só é possível dar início a uma ação no juizado especial dos aeroportos até amanhã, porque eles deixam de funcionar em fevereiro.

"Pode ser que o consumidor tenha comprado a passagem há bastante tempo e agora só consiga fazê-lo em outra companhia por preços muito mais altos. Nesse caso, pode pedir indenização para a Varig. A perda de diárias em hotéis é outro exemplo de prejuízo" - afirma a advogada da Pro Teste.

"É importante que, se tiver problema, o consumidor entre em contato com a Anac. Ele deve procurar o órgão regulador para registrar a reclamação" - acrescenta.

Fonte: O Globo

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Piloto da TAM arremete pouso três vezes em João Pessoa

O vôo da TAM que chegou na madrugada desta quarta-feira, 30, no aeroporto Internacional Presidente Castro Pinto, na Grande João Pessoa, teve sérios problemas para pousar, segundo depoimentos de duas passageiras que vieram de São Paulo, a trabalho.

As duas passageiras, que preferiram não se identificar, disseram que o piloto teve que arremeter o equipamento por três vezes antes de pousar, na quarta tentativa.

Chovia muito no momento do procedimento do pouso, o que criou alguns riscos aos passageiros e tripulação. Segundo um especialista em aviação ouvido pela reportagem, todos os pilotos são orientados a pousar em condições adversas apenas se tiver 100% de certeza de que não haverá qualquer tipo de incidente. Nas tentativas frustradas de pouso, o piloto teve que retornar ao aeroporto do Recife, numa viagem de aproximadamente 20 minutos.

O aeroporto paraibano não possui equipamentos de comunicação que permite que o piloto seja orientado em casos de pousos por instrumentos.

Fonte: Paraíba.com.br

Dono da Jet Blue estuda entrada no mercado brasileiro

David Neeleman já analisou três companhias aéreas no país

Segundo quatro fontes ouvidas por EXAME nos últimos dias, David Neeleman, fundador da companhia aérea americana JetBlue, pretende criar uma empresa de aviação no Brasil para competir com a Gol e a TAM. Desde o final do ano passado, o empresário analisou a compra de três companhias brasileiras do setor – nenhum dos acordos vingou, mas as tentativas demonstram o interesse de Neeleman pelo mercado brasileiro.

A primeira foi a BRA. Em setembro de 2007, antes da empresa entrar em processo de recuperação judicial, Neeleman se encontrou com Humberto Folegatti, fundador da BRA, mas desistiu do negócio diante das dívidas da companhia.

A segunda empresa estudada foi a TAF, que transporta passageiros e carga nas regiões Norte e Nordeste. Neeleman entrou em contato com executivos da empresa em novembro do ano passado, mas nem sequer marcou uma reunião com os controladores.

A última tentativa teria acontecido há duas semanas. Um executivo próximo à Neeleman pediu informações para a Vasp, empresa em recuperação judicial. Procurado por EXAME, Neeleman preferiu não comentar o assunto.

De acordo com um executivo familiarizado com a transação, Neeleman já tem disponíveis cerca de 250 milhões de dólares para investir no Brasil. Parte desse dinheiro teria sido levantado com fundos estrangeiros. O plano do empresário é criar uma companhia de baixo custo e baixa tarifa, aos moldes da JetBlue.

A frota da nova empresa deve ser formada por aviões da Embraer. A Jet Blue espera receber uma encomenda de 71 aviões e ainda tem direito de compra de outras 100 aeronaves. O modelo escolhido foi o Embraer 190, com 100 lugares, bem menor que os aviões utilizados pela TAM e Gol.

Ex-missionário mórmon, David Neeleman nasceu no Brasil. Por isso, a legislação não o impede de possuir uma companhia aérea no país. Em 1999, ele fundou a JetBlue, em Nova York.

Hoje, a companhia tem mais de 500 vôos diários. No ano passado, a JetBlue passou por uma grave crise de imagem depois que o mau tempo nos Estados Unidos fez com que mais de 1700 de seus vôos fossem cancelados. Três meses depois desse episódio, Neeleman deixou a presidência executiva da empresa – exatamente o período em que passou a se interessar pelo Brasil.

Fonte: Revista Exame

ANA adquire 60 aviões da Boeing por US$ 5,7 bi

A All Nippon Airways (ANA), segunda maior empresa aérea japonesa, informou que gastará aproximadamente 600 bilhões de ienes (US$ 5,7 bilhões) para compra de 60 novos aviões da Boeing, que apresentam maior eficiência no controle de gasto de combustível.

A All Nippon Airways (ANA), segunda maior empresa aérea japonesa, informou que gastará aproximadamente 600 bilhões de ienes, US$ 5,7 bilhões, para compra de 60 novos aviões da Boeing, que apresentam maior eficiência no controle de gasto de combustível. A ANA planeja adquirir as novas aeronaves nos próximos quatro anos.

A nova frota incluirá 28 Boeing 737-700s e 737-800s, 26 aeronaves 787s de tamanho médio e cinco 777-300s grandes.

Para financiar o acordo, a companhia aérea planeja utilizar parte dos 280 bilhões de ienes adquiridos a partir da venda de 13 hotéis para o banco de investimentos Morgan Stanley no último ano.

Com o acordo, aproximadamente metade da frota da ANA - cerca de 240 aviões - terá maior eficiência de combustível até 2011 ou 2012, permitindo a aérea reduzir os gastos com combustível em 10. Atualmente, a companhia consome 300 bilhões de ienes por ano em combustível.

Fonte: InvestNews

CIA: Dinamarca pede explicações aos EUA sobre vôos

O ministro dos Negócios Estrangeiros dinamarquês vai pedir explicações aos Estados Unidos sobre numerosas escalas de aviões da CIA na Gronelândia, território dinamarquês ultramarino, reveladas quarta-feira à noite num documentário da principal cadeia de televisão dinamarquesa, DRI.

Segundo este programa, "as ligações dinamarquesas da CIA", a central de espionagem norte-americana utilizou secretamente durante anos o espaço aéreo e os aeroportos da Gronelândia como ponto de trânsito para os seus aparelhos.

Estes aviões, explorados por sociedades fictícias, terão participado no programa de transferência de pessoas suspeitas de terrorismo, raptadas e enviadas à margem de qualquer legalidade para o Egipto, Jordânia, Roménia e Afeganistão.

"Há neste filme indícios que eu não vi antes e que mostram que os norte-americanos utilizaram aviões privados como aviões de Estado, é claro que é inaceitável, e vamos falar como os norte-americanos sobre este assunto", declarou à DR1 o ministro dos Negócios Estrangeiros, Per Stig Moeller.

"O que podemos dizer aos americanos é que eles fizeram promessas (de respeitar as convenções aéreas internacionais) que aparentemente não respeitaram. E queremos ter explicações sobre este ponto", acrescentou.

"Nem o espaço aéreo dinamarquês nem o espaço da gronelandês podem ser utilizados em violação das convenções" internacionais, sublinhou.

Um dos dois representantes da Gronelândia no parlamento dinamarquês, Lars Emil Johansen, do partido Siumut no poder, exigiu quarta-feira na televisão "uma investigação profunda" às violações do território gronelandês.

Todos os partidos do centro e de esquerda do parlamento dinamarquês exigiram desde o ano passado uma investigação independente aos voos da CIA na Dinamarca.

Mas o governo liberal-conservador e o seu aliado o Partido do Povo dinamarquês (extrema-direita) que lhe assegura uma maioria, sempre se opuseram a isso.

Johansen declarou que não confiava no governo de Copenhaga, um dos fiéis aliados de Washington, para fazer luz sobre todo este caso.
"A história mostra que a Dinamarca nos enrola quando se trata da utilização da Gronelândia na sua política de segurança", disse.

As estatísticas da aviação civil gronelandesa indicam que um terço dos 35 aviões privados operados por conta da CIA e suspeitos de transporte de prisioneiros pelo Conselho da Europa aterraram durante anos no aeroporto de Narsarsuaq, no sul da Gronelândia.

Entre finais de 2001 e fim de 2005, aviões operados pela CIA efectuaram mais de um milhar de escalas, essencialmente logísticas, fora de qualquer controlo, nos aeroportos europeus, segundo uma contagem provisória do relator do parlamento europeu, Claudio Fava, divulgada em 2007.

Enquanto isto, em Lisboa, o primeiro-ministro José Sócrates, garantiu quarta-feira na Assembleia da República que o governo português nunca foi consultado ou autorizou a passagem por Portugal de aviões dos serviços secretos norte-americanos que transportaram prisioneiros suspeitos de terrorismo.

Respondendo a uma pergunta feita no hemiciclo pelo deputado do Bloco de Esquerda Francisco Louçã, José Sócrates afirmou ter consultado "todos os membros do Governo com responsabilidade neste domínio" e concluído que "o Governo português nunca foi consultado sobre essa possibilidade ou autorizou" o sobrevoo do espaço aéreo nacional ou aterragem na base das Lajes de aviões transportando prisioneiros.

Francisco Louçã aludia ao relatório de uma organização de direitos humanos que há dias foi divulgado e acusa o Estado português de ter permitido o transporte de prisioneiros para a base norte-americana de Guantanamo, em Cuba, onde são mantidos os suspeitos de terrorismo.
Sócrates repudiou o relatório, afirmando que "não ajuda à verdade e é profundamente mistificador".

"Eu rejeito e refuto em absoluto a acusação infundada ao nosso país, de que Portugal ajudou ou apoiou qualquer transporte de prisioneiros", declarou o primeiro-ministro.

Sócrates acrescentou que no Ministério dos Negócios Estrangeiros "não há nenhum registo que nos dê ideia de que tal tivesse acontecido".

Fontes: Diário Digital / Lusa

Atlantic Airways, das Ilhas Faroe, fecha compra de um Airbus A319

A Airbus anunciou a venda de um A319 à Atlantic Airways, das Ilhas Faroe, que adquiriu também uma opção por outra aeronave desse modelo. O preço de tabela do A319 é de US$ 66,5 milhões. Caso a opção seja exercida, o contrato terá valor total de US$ 133 milhões. Essa é a primeira transação entre a fabricante européia e a Atlantic Airways.

Segundo a companhia aérea, o avião será operado na rota que liga as Ilhas Faroe à Dinamarca, assim como em vôos para outros destinos na Europa.

Estamos satisfeitos por ter selecionado o A319. Consideramos várias boas alternativas em nosso processo de seleção, mas no fim achamos que o Airbus tem a melhor oferta para nossas necessidades, disse o executivo-chefe da empresa, Magni Arge.

A escolha desse avião nos dá a melhor alternativa para conduzir uma operação viável à partir da pista de pouso curta disponível atualmente nas Ilhas Faroe e também para nos beneficiar das possibilidades de uma pista estendida, que esperamos que estará pronta em 2011, completou.

Fonte: José Sergio Osse (Valor Online)

Air Comet lança vôo para Ceará

Com início previsto para junho, a companhia aérea Air Comet lançará oficialmente hoje em seu estande o novo vôo regular para o Ceará. A operação acontecerá duas vezes por semana com aeronave Airbus A310/300 com capacidade para 236 passageiros.

A cerimônia de lançamento acontecerá no pavilhão da empresa aérea e terá presença dos principais executivos da companhia e dirigentes cerarenses.

Fonte: Diego Verticchio, de Madri (Mercado & Eventos)

Infraero gasta R$ 2, 6 mi para precaver passageiros

Um total de 4,6 milhões de usuários de aeroportos em todo o País está recebendo ligações com uma gravação da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) sobre o movimento nos aeroportos durante o Carnaval.

A Infraero informou que a campanha custou R$ 2,6 milhões. "Seria mais caro se fizéssemos seis anúncios na TV", disse o presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi. "Dessa forma, ainda atingimos os passageiros diretamente".

"É preciso que o passageiro saiba que terá de ter um pouco mais de paciência quando a concentração é grande", disse Gaudenzi. Segundo ele, uma empresa especializada em marketing direcionado foi contratada pela Infraero para a realização da campanha. Dados repassados por agências de viagens e companhias aéreas serviram de base para contatar os passageiros.

A campanha, iniciada na quarta-feira, termina na sexta-feira e, segundo Gaudenzi, é destinada aos passageiros considerados heavy users (usuários intensos).

De acordo com a própria Infraero, existem cerca de 100 milhões de usuários de aeroportos por ano no País. As ligações, portanto, são destinadas a menos de 5% do total de usuários.

Na gravação, a Infraero também informa que "em caso de algum inconveniente ou alguma dificuldade", os passageiros podem contar com "atendimento dos balcões de informação da Infraero para esclarecer dúvidas e obter orientações que contribuam para que sua viagem seja a mais tranqüila possível".

Fonte: Agência Brasil

Companhia austríaca Nikki, de ex-piloto de Fórmula 1, compra nove aviões Airbus

A companhia austríaca de baixo custo Nikki Luftfahrt anunciou a compra de nove aviões da família A320, fabricados pela européia Airbus. O negócio, a preços de tabela, pode chegar a US$ 621 milhões.

Com essa compra, a empresa, controlada pelo ex-piloto de Fórmula 1 Nikki Lauda, irá operar uma frota de 20 aeronaves Airbus. Os novos aviões serão utilizados nas rotas européias da companhia, assim como em vôos para destinos de férias.

A companhia de Lauda, fundada em 2003, opera em parceria com a alemã Air Berlin, que também utiliza aeronaves fabricadas pela Airbus.

Realizamos esse pedido adicional depois de quatro anos de operações bem sucedidas com aviões da Airbus, disse o ex-piloto e presidente da companhia. Esses aviões adicionais vão aumentar substancialmente nossos serviços de baixo custo fora de Viena, completou.

Fonte: José Sergio Osse (Valor Online)

Avião derrapa na pista e mata um na Indonésia

Um acidente com um avião de Havilland Canada DHC-6 Twin Otter, da empresa Aviastar Mandiri, da Indonésia, ocorreu nesta quarta-feira (30) no Aeroporto Sugapa, em Painiai, em Papua.

Um pessoa que estava ao lado da pista, Robertus Hondani, foi atinfido pelo avião ao este escapar da pista de aterrissagem. Ele fazia parte de um grupo de pessoas que aguardavam a chegada desse vôo para cumprimetar as autoridades que retornavam de uma campanha pública.

Com 15 passageiros a bordo, o comandante Toni R., o co-piloto M. Syafuddin e o mecânico Minarno partiram do Aeroporto Enarotali (EWI/WABT), em Enarotali, a capital de Paniai às 5 AM e chegaram ao Aeroporto de Sugapa (ZGP) às 8:25 AM, ambas províncias da Indonésia.

Entre os passageiros estavam presentes o Regente de Paniai, Naftali Yogi e os cinco membros do Conselho Representativo Regional e do Conselho do Povo de Papua.

De acordo com Yudi, o tempo estava bom quando o avião aterrissou, mas acabou derrapou na pista de à esquerda atingindo o grupo de pessoas que o esperava.

Fontes: ASN / The Jakarta Post

Lançamento do Atlantis é marcado para 7 de fevereiro

A Atlantis pronta para decolar em Cabo Canaveral, na Flórida, em 06/12/2007

O lançamento do ônibus espacial Atlantis, que levará o laboratório europeu Colombus para a ISS (Estação Espacial Internacional, na sigla em inglês), foi remarcado para dia 7 de fevereiro, anunciou na quarta-feira (30) a Nasa (agência espacial norte-americana).

A missão tinha sido programada inicialmente para 6 de dezembro. Porém, uma anomalia no circuito elétrico dos indicadores de hidrogênio do tanque de combustível obrigou a Nasa a adiar a decolagem por diversas vezes.

"As equipes de engenheiros trabalharam bem para isolar a origem da anomalia elétrica dos indicadores do depósito de hidrogênio e o problema não ocorrerá mais", declarou Bill Gerstenmayer, administrador-adjunto da agência para os programas espaciais.

Apesar de a data ter sido anunciada, a Nasa informa que ainda pretende realizar uma nova reunião neste sábado (2) para que especialistas da agência possam avaliar as condições de dutos do sistema de refrigeração da nave.

Fontes: Folha Online / Frane Presse

Explorer, há 50 anos, abriu espaço para exploração de Marte, diz executivo da Nasa

Contra-ataque Há 50 anos, norte-americanos "voltaram ao jogo" da corrida espacial com o lançamento do satélite Explorer 1

Quase quatro meses. Esse foi o tempo que os Estados Unidos levaram para conseguir contra-atacar e enviar seu primeiro satélite ao espaço. Há exatos 50 anos, na noite do dia 31 de janeiro de 1958, uma sexta-feira, os norte-americanos conseguiram "voltar ao jogo" da corrida espacial com o lançamento do satélite Explorer 1 - até aquele momento, a União Soviética já havia colocado em órbita pelo menos dois satélites e enviado um ser vivo ao espaço.

De acordo com o engenheiro Ramon de Paula, executivo de missões da Nasa (agência espacial norte-americana) para Marte, o principal avanço gerado pelo Explorer 1 foi o início da exploração robótica do espaço. "O que aconteceu 50 anos atrás abriu espaço para o trabalho que eu faço hoje, com a exploração de Marte, outros planetas e fenômenos", afirma.

O lançamento bem-sucedido do Explorer 1 foi um alívio para os EUA, que viam seus maiores adversários, em meio à Guerra Fria, obtendo sucessivos êxitos na área espacial. Depois de, em 4 de outubro de 1957, lançarem o Sputnik 1, o primeiro satélite artificial da Terra, os soviéticos lançaram também o Sputnik 2, com a cadela Laika a bordo.

Explorer 1 foi construído em menos de 90 dias, em razão da pressa dos EUA para mostrar poder; satélite funcionou por poucos meses

Enquanto isso, os EUA haviam visto sua tentativa de lançar o satélite Vanguard, em dezembro de 1957, fracassar em segundos, diante de jornalistas e autoridades.

O foguete que carregava o objeto subiu alguns metros por cerca de dois segundos, mas retrocedeu, caiu e acabou em chamas.

O Explorer 1 foi construído por uma equipe do Jet Propulsion Laboratory (JPL) em menos de 90 dias, dada a pressa dos norte-americanos em dar o troco nos adversários. A Nasa ainda não existia e foi criada apenas em outubro de 1958.

O satélite, que tinha 203 cm de comprimento, 15,9 cm de diâmetro e pesava 14 quilos, foi ao espaço com o uso do foguete Jupiter C, diretamente da base de Cabo Canaveral, na Flórida.

Ficou em órbita por mais de anos, até março de 1970, até entrar novamente na atmosfera e explodir. Entretanto, funcionou mesmo por poucos meses. Já em maio de 1958, as baterias pararam de funcionar e o objeto parou de enviar sinais à Terra.

Segundo de Paula, satélites de telecomunicações lançados atualmente são desenvolvidos para funcionarem de oito a dez anos, em média. Para fins científicos, esse tempo varia de três a cinco anos, dependendo do que se queira observar.

Força

Nesses meses em que enviou informações à Terra, além de inflar o ego dos norte-americanos, o satélite propiciou uma descoberta importante: a existência de regiões ao redor do nosso planeta com a presença de partículas altamente carregadas que estão "presas" no campo magnético da Terra.

Essas regiões ficaram conhecidas como cinturões de Van Allen, em homenagem a James Van Allen, um dos cientistas que desenvolveu o satélite e descobriu a existência desse fenômeno.

Essa descoberta foi possível graças a um de detector de raios cósmicos equipado no satélite, que media a radiação em volta do planeta.

Para o engenheiro da Nasa, o início da exploração espacial permitiu que o homem expandisse seu espírito aventureiro. "Queremos procurar nossas origens, de onde viemos. As lições de Marte podem nos ajudar a viver melhor, entender melhor os processos. É um aspecto do ser humano: somos grandes exploradores", afirma de Paula.

Os Estados Unidos ainda fizeram quatro lançamentos de satélites similares ao Explorer 1 em 1958. As versões Explorer 2 e Explorer 5 não tiveram lançamentos bem-sucedidos. Já o Explorer 3 e o Explorer 4 foram colocados em órbita e funcionaram durante alguns meses daquele ano.

Fonte: Folha Online

EUA criam blog para reclamações de passageiros aéreos

Página é de órgão administrativo de segurança ligado ao governo.

Especialista e leitor questionam se essa ‘ouvidoria’ será realmente eficaz.

O governo dos Estados Unidos quer saber o que os passageiros de avião pensam sobre o sistema de segurança dos aeroportos norte-americanos. Para isso, a Administração da Segurança do Transporte (TSA, na sigla em inglês) lançou nesta semana um blog (leia aqui) no qual os internautas poderão dar sugestões e fazer reclamações.

Segundo os responsáveis pela página, as informações lá postadas não serão ignoradas: o objetivo é analisá-las para realizar melhoras.

“Nos aeroportos não há muito tempo para conversar, para ouvir, para interagir. Não há oportunidade para os funcionários da segurança explicarem os motivos de todos os procedimentos. Como resultado, o feedback e as reclamações acabam circulando entre os passageiros, mas não temos a oportunidade de aprender com vocês e vice-versa”, escreveu no primeiro post do blog Kip Hawley, funcionário da TSA.

Terry Trippler, um especialista em aviação, elogiou a iniciativa. No entanto, ele acredita que muitos passageiros insatisfeitos possam evitar o blog, com medo de futuras retaliações do governo. Outra questão polêmica levantada por um leitor que não quis se identificar é a possibilidade de os responsáveis pelo blog censurarem alguns comentários.

Fontes: G1 / AP

PF acha monomotores com uma tonelada de contrabando em aeroclube

Cinco pessoas foram detidas no Aeroclube do Itu, no interior de São Paulo.

Produtos eletrônicos e de informática contrabandeados teriam vindo do Paraguai.

Assista a reportagem

A Polícia Federal e a Força Aérea Brasileira apreenderam, na tarde desta quarta-feira (30), no Aeroclube de Itu, a 103 km de São Paulo, dois monomotores com mais de uma tonelada de produtos eletrônicos e de informática contrabandeados.

O material estava sendo transferido para três veículos no momento do flagrante. De acordo com a PF, cinco pessoas foram presas - dois pilotos e os três motoristas dos carros. Segundo a polícia, eles contaram que partiram do interior do Paraná e que o material iria para São Paulo.

Os aviões tinham uma reserva grande de combustível, em galões, para que pudessem voar sem paradas. Os bancos das aeronaves foram retirados para transportar a mercadoria de câmeras fotográficas, videogames s e computadores portáteis. A polícia acredita que o material, que não tinha nota fiscal, veio do Paraguai.

Fonte: G1