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segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Viagem de avião com recém-nascidos: pode ou não pode?


A copa do mundo chega ao fim, e entre gols, vitórias e derrotas, algo que também chamou nossa atenção foi a presença de muitos familiares dos jogadores que também estavam por lá, fazendo o seu papel de torcedores. Muitos deles, eram as esposas e filhos, alguns destes bebês de colo e até recém-nascidos. Então, uma pergunta tomou conta de quem notou essas presenças ilustres no Qatar: crianças nessa faixa etária podem fazer viagens tão longas de avião? E quem tira essa dúvida é Andreza Cooper, a especialista em cuidados com recém-nascidos das celebridades de Hollywood.

Recém-nascido pode viajar de avião?

“As viagens de avião são consideradas seguras para os recém-nascidos e bebês saudáveis já a partir de sete dias após o nascimento. No entanto, a maioria dos pediatras recomenda que a viagem de avião seja realizada apenas depois dos primeiros três meses de vida do bebê, especialmente após dadas as principais vacinas”, explica Andreza.

Vai viajar de avião com seu bebê? Andreza lista três dicas importantes

- Dê preferência à voos diurnos

Sempre que for escolher um voo para viajar com bebês, dê preferência para os voos diurnos. Durante a noite, o frequente apagar e acender das luzes nos anúncios do comandante e dos comissários, é muito maior a chance que, não apenas as crianças, mas até você que está cuidando delas, fiquem mais exaustos durante e após a viagem.

- Reserve um assento no corredor

Quando estamos com um bebê, sabemos que são maiores as chances de surgirem necessidades de nos levantar do assento. Por isso, para que fique mais fácil circular com o bebê caso necessite, marque sempre o seu lugar no corredor.

- Incentive a criança a mamar durante a decolagem e a aterrissagem

Enquanto o bebê está mamando, devido o ato da sucção, são muito menores as chances de surgirem dores de ouvidos causadas pelas alterações de pressão. Por isso, amamentar ou servir a mamadeira durante pouso e decolagem é uma dica bastante útil.

Via Voenews

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

5 motivos para nunca ingerir bebidas alcoólicas em um avião

Viajar de avião tende a ser tedioso, tornando tentador o ato de beber. Porém, alguns detalhes mostram que pode não ser tão legal assim.


Viagens longas, voos cansativos, conexões e turbulência. De fato, alguns detalhes podem tornar uma viagem de avião um caos! Nesses casos, a saída para alguns é beber alguma coisa. Porém, muito mais que relaxar ou diminuir o estresse, o álcool pode contribuir de maneira bem insatisfatória. Assim, leia esta matéria na íntegra e saiba por que se deve evitar beber em voos.

1 - O enjoo pode ser pior


As viagens de avião podem ser bem indigestas para a maioria das pessoas. Isso porque, estando a tantos metros de altura da terra, consequentemente acabamos ficando “fora do eixo”.

Essa questão se acentua com o consumo de álcool. Normalmente, a bebida já causa enjoos ao consumidor, e quando aliada à altura e à turbulência, esses efeitos podem se potencializar.

2 - Você pode se sentir muito mais desconfortável


Você deve saber que os aviões são pressurizados por uma razão: o ar a mais de 30 mil pés não é respirável.

Nesse sentido, o ar das cabines possui menos oxigênio. Assim, a bebida pode gerar um pico metabólico e aumentar os efeitos da altitude, fazendo com que você fique ainda mais desconfortável.

3 - Você pode ser proibido de embarcar


A bebida, seja na terra ou no ar, pode gerar muitas reações, alterando um pouco a sua sanidade.

Com isso, para evitar desconfortos para você e para os outros passageiros, os agentes de embarque são obrigados por lei a proibir você de embarcar caso esteja alterado por conta do álcool.

4 - Os demais passageiros podem te odiar


Por mais que a bebida te deixe mais desinibido e falante, essa exposição pode não ser tão agradável para outras pessoas.

No voo, ouvir suas lamentações ou até sua cantoria pode ser péssimo para os outros, e eles podem acabar detestando você!

5 - Pode gerar confusão na sua saída do aeroporto


Beber pode causar confusão desde a hora de encontrar sua mala até o momento de pegar o seu carro no estacionamento. O álcool pode interferir nas suas ações e até acabar te colocando em uma confusão com a polícia, no caso de dirigir alcoolizado.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Por que é importante o uso correto da máscara em aviões

Sentados muito próximos uns dos outros, passageiros acabam se expondo ao risco de infecção pelo vírus transmitido principalmente pelo ar.

Em época de férias e festas de final de ano, voos têm decolado lotados
 (Foto: Ronaldo Bernardi/Agencia RBS)
Com o retorno da obrigatoriedade do uso de máscaras em aeroportos e aviões devido ao aumento dos casos de covid-19, renova-se o esforço de explicar à população por que a medida, anunciada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no final de novembro, é importante. Ainda que nenhum passageiro seja autorizado a embarcar sem o equipamento de proteção individual (EPI), muitos o utilizam incorretamente ou o dispensam para além do momento das refeições, quando a retirada é momentaneamente permitida.


Em época de férias e festas de final de ano, voos têm decolado lotados. Sentados muito próximos uns dos outros, os usuários acabam se expondo ao risco de infecção pelo coronavírus, transmitido principalmente pelo ar, por meio de gotículas expelidas pela boca e pelo nariz. Juliane Fleck, doutora em Ciências Farmacêuticas e coordenadora do mestrado em Virologia da Universidade Feevale, de Novo Hamburgo, recomenda o uso correto e permanente durante os deslocamentos aéreos. Com o relaxamento de outras medidas de contenção, o intenso trânsito mundial de viajantes e os percentuais ainda altos de indivíduos sem o esquema vacinal completo (incluindo as doses de reforço), criam-se oportunidades para a maior circulação do vírus e, consequentemente, o surgimento de variantes que escapem ao poder dos imunizantes.

— Variantes conseguem ser transmitidas de maneira eficiente mesmo para quem está vacinado. Vacinas não impedem a infecção. Elas nos auxiliam muito a diminuir os casos graves e as mortes. Nos resolveram o problema da superlotação do sistema de saúde, mas a transmissão continua ocorrendo, especialmente para quem não tem o esquema completo — diz Juliane.

Ainda que a maior parte dos casos atuais sejam brandos, Juliane destaca que, com um grande número de infectados, podem aumentar também os casos graves, seja por particularidades genéticas ou comprometimento do organismo (doenças do sistema imune ou comorbidades). Não é esperado, novamente, o surgimento de variantes tão virulentas, mas também se recomenda a utilização correta de máscaras em ônibus, especialmente no caso de muita gente, ventilação precária e longas distâncias a serem percorridas. Vale o mesmo conselho para ambientes fechados e com aglomerações, em geral. Decretos sobre o uso do acessório no transporte público variam conforme a localidade.

A professora da Feevale lembra que outros vírus, como o da gripe, também podem ser evitados com máscaras de boa qualidade bem ajustadas no rosto — cobrindo nariz, boca e queixo.

— Usando máscara, conseguimos preservar a saúde da maioria. Por mais que a infecção por covid seja mais leve agora, sempre há perdas. A pessoa não fica bem, diminuem as possibilidades de aproveitar o tempo com a família e de desempenhar suas atividades. E já há vários relatos mostrando que reinfecções com variantes da Ômicron têm provocado maior frequência de covid longa ou de sequelas mais limitadoras em relação à primeira infecção — explica Juliane.


Alessandro Pasqualotto, chefe do Serviço de Infectologia da Santa Casa de Porto Alegre e presidente da Sociedade Gaúcha de Infectologia, entende o cansaço generalizado com esse tipo de medida, mas acredita ser prudente o uso correto do EPI em aviões por se tratar de local muito propício à transmissão. Os mais cuidadosos devem ser os integrantes de grupos de risco, como imunossuprimidos, idosos, gestantes e indivíduos com comorbidades. Para esses, o ideal é optar pelos modelos PFF2 ou N95 (com elásticos presos na cabeça e no pescoço), que vedam melhor. Os demais passageiros podem escolher, se desejarem, uma máscara cirúrgica de tripla camada.

— Não acho que todo mundo tenha que usar PFF2 dentro do avião. Traz mais proteção, mas são menos confortáveis. Quem precisa de proteção maior são os mais vulneráveis. Para a população em geral, vacinada, o risco é muito pequeno com a covid de hoje — argumenta o infectologista.

Quanto a outros espaços, que não adotam mais a exigência de máscara, o médico orienta que cada um analise a sua própria percepção de risco.

— Pessoas vacinadas e sem comorbidades não teriam por que usar máscara. Quem se entender mais seguro (de máscara) ou sob maior risco (sem máscara) que use — diz Pasqualotto.

Como orientação geral aos usuários de avião, os especialistas recomendam que não se retire a máscara na hora de tossir ou espirrar e que se mantenha uma boa higiene das mãos. Se possível, quando estiver sentado ao lado de pessoas estranhas ou que não convivam no mesmo domicílio, o ideal é que a retirada das máscaras para beber ou comer não seja feita de forma simultânea — ou seja, aguarde o vizinho de assento fazer a refeição e recolocar o acessório para depois retirar a sua proteção.

domingo, 11 de dezembro de 2022

Veja como evitar dor de ouvido aguda em crianças nas viagens de avião

O otorrinolaringologista Stênio Ponte faz alerta para entupimento e pressão dentro de ouvido de recém nascidos.


Nos meses de dezembro e janeiro, é comum que o número de viagens de avião aumente. De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o movimento nos aeroportos deve aumentar 45% durante as festas de fim de ano.

Para viajar com tranquilidade, existem cuidados importantes para lidar com crianças pequenas e recém-nascidos durante o voo. Afinal, viajar de avião, tomar banho de piscina e mar contribuem para o entupimento dos ouvidos, o que pode gerar dor aguda.

A obstrução em crianças pode deixá-las inquietas e a frustração por não conseguir transmitir exatamente o que estão sentido normalmente é traduzida em choro. De acordo com o médico Stênio Ponte, otorrinolaringologista da clínica Otorrino DF, em alguns casos mais raros, a criança tem tanta dor que pode desmaiar, ter náuseas, febre e até vomitar.

Ponte explica que o entupimento acontece pelo retardo da compensação entre a pressão de dentro do ouvido e do avião. “Enquanto o bebê é recém-nascido, existe uma peculiaridade no ouvido que predispõe a dor. Quando ele cresce um pouco, há uma deficiência da compensação da pressão pela anatomia da criança ainda não madura”, esclarece o médico.

Por isso, pediatras pedem que recém-nascidos de até 3 meses não viajem. Mas, em caso de necessidade, não se deve deixá-lo em posição horizontal, e sim sempre sentado na vertical para dificultar o entupimento.

Já crianças maiores, de acordo com o especialista, além de terem a anatomia mais madura, o que permite melhor regulação da pressão, sabem explicar o que estão sentindo. Em geral, os comissários de bordo são orientados a ajudar os tripulantes que estiverem com dor devido ao entupimento, e os pequenos podem entender as dicas e agir para diminuir a pressão nos ouvidos.

Para evitar o problema, o ideal, segundo Ponte, é não viajar com o nariz congestionado. “O muco pode migrar do nariz para o ouvido pela tuba auditiva, o canal que liga os dois órgãos. É aconselhável o uso de descongestionante nasal”, afirma.

Como resolver o entupimento


O normal é que com o tempo, o órgão auditivo se desobstrua sozinho. Sequelas como ruptura de tímpano e perda de audição são casos caros. O recomendado é sempre procurar um especialista antes de viajar.

“Os otorrinos podem fazer um guia do que fazer nas viagem para prevenir e remediar os casos de obstrução, mas nem sempre a mesma dica serve para todos. É uma espécie de manual a ser seguido, mas cada organismo é diferente”, enfatiza.

Uma das medidas para crianças de colo é manter o bebê se alimentando. Segundo o médico, o movimento da mandíbula evita que os ouvidos se obstruam.

Para os maiores, a técnica de apertar o nariz e fazer pressão para desentupir o ouvido é recomendada , desde que feita de forma correta. Se a pressão for excessiva, pode acontecer a ruptura do tímpano, o que pode causar perda de audição.

Via João Vítor Reis (Metrópoles)

sábado, 3 de dezembro de 2022

Tem medo de turbulências de avião? Saiba como se acalmar de vez!

Saiba como controlar a ansiedade e o estresse durante as turbulências no seu voo.


Viajar é uma experiência fantástica e maravilhosa, mas tudo começa a mudar quando o voo começa a apresentar turbulências, levando o avião a sacudir em diversas direções.

Apesar de ser bastante desagradável e levar os passageiros a um enorme nível de medo, estresse e ansiedade, as turbulências são eventos comuns nas viagens aéreas e podem ser provocadas por diversos motivos, como as nuvens de chuvas.

Por isso, se você é alguém que fica muito nervoso quando está viajando e o avião começa a apresentar agitações, continue lendo esse artigo até o final porque nós vamos te mostrar como se acalmar no avião durante turbulências com dicas simples e infalíveis. Confira a seguir!

Dicas para se acalmar no avião durante turbulências


Controle a sua respiração

Uma das coisas que mais ajudam no manejo da ansiedade, é o controle da respiração. Por isso, se concentre na sua inspiração e expiração e as deixe bem lentas e estáveis. Isso vai te ajudar a manter a calma e tranquilizar os ânimos diante das turbulências.

Converse com o seu comissário de bordo

Caso esteja se sentindo muito ansioso e estressado, você também pode conversar com o comissário de bordo do seu voo para que ele te apoie e te ajude a ter mais calma. Os comissários são treinados para tranquilizar os passageiros durante essas situações e saberão como te deixar mais sossegado. 

Lembre-se que os aviões são feitos para resistir às turbulências

Além dos aviões serem projetados para voar em turbulências, os pilotos também são altamente treinados e qualificados para saber como lidar habilmente com essas situações.

Desse modo, não precisa se preocupar, pois não tem nada de errado com a aeronave e as turbulências podem estar ocorrendo por causa do vento, mudanças na temperatura do ar, entre outros motivos comuns.

Se distraia com aquilo que você gosta de fazer

Quanto mais você ficar atento às turbulências, mais nervoso e ansioso você ficará. Com isso, o melhor a se fazer é se distrair para relaxar. Sendo assim, aproveite o tempo que você tem durante o voo para ouvir música, ler um livro, jogar em seu celular ou fazer aquela lista de tarefas que você precisa cumprir.

Peça para mudar de assento durante uma turbulência em avião

Caso o avião esteja vazio e você não estiver se sentindo confortável ou seguro em seu assento, peça ao comissário de bordo para mudar. Assim, ele pode te acomodar em um local onde a turbulência pareça mais leve.

Via Agência Texty / Rotas de Viagem - Imagem: Reprodução

quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Por que o ar-condicionado dos aviões é tão gelado? Há uma razão para isso!

Aprenda mais sobre esse fato curioso.


Quem costuma viajar de avião já percebeu que a viagem nem sempre é confortável. Não só pelo espaço apertado ou pelas turbulências que às vezes ocorrem, mas também pois geralmente faz muito frio no avião.

É comum que os passageiros reclamem da temperatura, principalmente quando saem de um local quente e enfrentam a mudança brusca de ambiente ao entrar nas aeronaves. Você saberia dizer por que as empresas aéreas escolhem temperaturas tão baixas para os ar-condicionados durante os trajetos? Para descobrir, confira este artigo na íntegra. Boa leitura!

Faz frio no avião por conforto ou por motivos médicos?

Certamente, em espaços fechados, apertados e com muitas pessoas, o ideal é que exista um ar-condicionado para que as pessoas fiquem confortáveis. Contudo, temperaturas muito baixas podem fazer exatamente o contrário: criar desconforto.

Durante a modernização do transporte aéreo, as empresas precisaram fazer algumas escolhas. Dentre elas estava o desconforto da pressão baixa e o frio. Você pode estar se perguntando, o que o frio tem a ver com a pressão baixa? A resposta é bem simples: o frio diminui os sintomas da pressão baixa.

As cabines de aviões contam com um sistema de ar pressurizado, que deixam os passageiros mais sensíveis a quedas de pressão. Para evitar desmaios e outros problemas, o ar-condicionado costuma gelar todo o espaço assim que as portas são fechadas.

E qual é a temperatura dentro dos aviões?

Um relatório do AeroTime Hub mostra que, geralmente, a temperatura no interior dos aviões é mantida entre 22ºC e 24ºC. Acontece que, apesar de ser uma temperatura razoável, as pessoas tendem a sentir mais frio, pois ficam sentadas durante todo o voo. Por isso, uma boa alternativa para espantar o frio é levantar um pouco e andar pelo avião.

Como se preparar para não sentir tanto frio durante os voos?

Bom, se você também é uma pessoa que sente frio fácil, é melhor se preparar para não sofrer com o ar-condicionado dos aviões.

O ideal é usar roupas confortáveis e leves durante os voos e levar ou casaco ou manta caso fique mais frio do que você gostaria. Essas peças podem ser levadas na mão e, caso queira, pode guardá-las tanto embaixo do banco, quanto no compartimento de malas de mão.

Além disso, existem dispositivos acima dos bancos, semelhantes a roscas, que permitem controlar o ar-condicionado que vai diretamente em cada passageiro. Com essas dicas em mente, você estará preparado para viajar confortavelmente!

Via Rotas de Viagem - Imagem: Reprodução

Quem não pode viajar de avião por motivos de saúde? Entenda!

Alguns indivíduos devem evitar viagens aéreas.


Apesar de muito seguras, as viagens de avião contam com algumas restrições, especialmente para passageiros com condições de saúde mais delicadas. Afinal, algumas dessas viagens podem afetar diretamente o conforto e a segurança desses indivíduos. Ainda assim, nem todo mundo sabe que doenças são essas ou o que é necessário fazer quando pegar um avião. Pensando nisso, este artigo esclarecerá quem não pode viajar de avião por motivos de saúde.

O que fazer para poder viajar mesmo possuindo alguma doença?


Antes de tudo, é importante consultar um médico antes de uma viagem de avião. Isso porque pessoas que tenham condições mais críticas, como deficiências cardíacas ou problemas respiratórios, podem ter seus sintomas agravados durante o voo. Felizmente, a tripulação está preparada com treinamento básico de saúde em casos de emergência, mas isso não se aplica para pessoas que necessitam de atendimento médico especializado.

Inclusive, em casos de deficiências mentais ou intelectuais, em que não seja possível entender as instruções transmitidas pela equipe, as companhias aéreas exigem que o passageiro leve um acompanhante maior de 18 anos. Para isso, é necessário comunicar todas as necessidades por meio de um MEDIF, podendo até conseguir um desconto na compra da passagem do acompanhante.

Quem deve evitar viajar por motivos de saúde


No geral, existem algumas condições que são contraindicadas. Bebês com menos de sete dias de vida e mulheres após a 36ª semana de gravidez, por exemplo, devem evitar pegar um voo. Além disso, qualquer pessoa com uma doença transmissível ativa, como covid-19, está proibida de frequentar ambientes fechados, com o próprio avião. Ainda assim, deve-se consultar um especialista para receber as orientações certas.

Quanto a preocupação em relação à trombose por conta da imobilidade por longas horas, gravidez, câncer, obesidade e traumas recentes, é possível que o voo intensifique essas situações. Nesses casos, buscar aconselhamento médico específico antes de um voo de 4 horas ou mais é indispensável.

Via Agência Texty / Rotas de Viagem - Imagem: Reprodução

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Os perigos da radiação na aviação comercial

Examinamos os efeitos da radiação na aviação comercial e as medidas tomadas para limitar seu efeito sobre passageiros, tripulações de voo e aeronaves.

Boeing 737 (Foto: Matthew Calise/Airways)
As radiações são ondas de energia que viajam através de um meio em várias frequências e energias. Pode ser classificado como ionizante ou não ionizante.

A radiação não ionizante é encontrada na extremidade inferior do espectro eletromagnético, incluindo ondas de rádio, micro-ondas, infravermelho, ondas visíveis e a parte inferior das ondas ultravioleta e possuem baixas frequências e energias, portanto não são prejudiciais.

A radiação ionizante, que inclui raios-x, raios gama e ondas ultravioleta, é caracterizada por altas frequências e energias fortes o suficiente para arrancar elétrons de seus átomos [1].

Uma vez interagindo com o corpo humano, a radiação ionizante pode alterar a arquitetura molecular das células e tecidos humanos, resultando em distúrbios com risco de vida. Além disso, os aviônicos da aeronave e os dispositivos de comunicação também podem ser afetados.

Boeing 737-8 MAX (Foto: Michal Mendyk/Airways)

Efeito da radiação na altitude e latitude


A grande maioria das fontes de radiação na superfície da Terra não são ionizantes, e mesmo aquelas que são ionizantes emitem muito pouca radiação não perigosa.

No entanto, a tripulação e os passageiros que voam em altitudes de cruzeiro acima de 30.000 pés também estão expostos à radiação solar e galáctica ou cósmica, que são tipos adicionais de radiação ionizante. A 35.000 pés acima da superfície da Terra, o nível de radiação pode ser até 10 vezes maior do que ao nível do mar.

A blindagem magnetosférica da Terra, que protege contra a radiação solar, é mais forte no equador e enfraquece com o aumento da latitude antes de enfraquecer nos pólos; portanto, os efeitos da radiação também pioram com o aumento da latitude.

Por causa dessas implicações, as Nações Unidas estimaram em 2000 que trabalhar em uma companhia aérea produzia mais exposição à radiação do que trabalhar em uma usina nuclear.

Ao voar em grandes altitudes, não apenas passageiros e tripulantes, mas também sistemas de aeronaves e outros equipamentos correm risco de exposição à radiação. Vamos dar uma olhada em detalhes.

(Foto: KLM)

Riscos Humanos


De acordo com a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) da Organização Mundial da Saúde (OMS), a exposição à radiação ionizante leva ao câncer e a problemas reprodutivos, incluindo abortos espontâneos. Também pode produzir distúrbios genéticos e defeitos oculares como catarata.

A chance de morrer de câncer é estimada em 200 por 1.000 pessoas apenas nos EUA, mas entre os tripulantes de companhias aéreas, a exposição à radiação de 20 anos de vôo em grandes altitudes aumenta o risco para 225 por 1.000.

Além disso, de acordo com pesquisas publicadas pelo US NLM e ARPANSA, pilotos de companhias aéreas e pessoal de cabine tinham quase o dobro do risco de melanoma e outros cânceres de pele do que a população em geral, com os pilotos tendo um risco maior de morrer de melanoma.

Aviônicos


A radiação cósmica pode induzir erros suaves em dispositivos semicondutores que compõem os sistemas aviônicos das aeronaves. Eles podem inverter bits digitais e criar sinais indesejáveis ​​para operar a aeronave.

Como exemplo, em 7 de outubro de 2008, o voo 72 da Qantas (QF) fez um pouso de emergência no aeroporto de Learmonth, perto da cidade de Exmouth, Austrália Ocidental, após um acidente a bordo que incluiu um par de manobras repentinas e não comandadas que causaram graves ferimentos - incluindo fraturas, lacerações e lesões na coluna - em vários passageiros e tripulantes.

Vários tipos de gatilhos potenciais foram investigados, incluindo bugs de software, falhas de hardware e interferência eletromagnética. Partículas secundárias de alta energia geradas por raios cósmicos, que podem causar um bit flip, também foram investigadas.

Posteriormente, foi dito que esses gatilhos provavelmente não estavam envolvidos, embora uma conclusão definitiva não pudesse ser alcançada. Um cenário muito mais provável era que uma fraqueza marginal de hardware de alguma forma tornasse as unidades suscetíveis aos efeitos de algum tipo de fator ambiental, que acionava o modo de falha.

O relatório final do ATSB, emitido em 19 de dezembro de 2011, concluiu que o incidente devido a limitações de projeto e “em uma situação muito rara e específica, vários picos nos dados do ângulo de ataque (AOA) de um dos ADIRUs podem resultar no FCPCs comandando a aeronave para cair.”

(Foto: Daniel Gorun/Airways)

Comunicações de alta frequência


As comunicações de rádio de alta frequência (HF) podem ser prejudicadas ou mesmo totalmente interrompidas pela radiação solar. A ionização da atmosfera superior (ionosfera), que absorve as comunicações de rádio de ondas curtas, aumenta quando os raios X das explosões solares entram na magnetosfera sem serem desviados e atingem a atmosfera da Terra no lado voltado para o sol.

A magnetosfera desvia as partículas solares incidentes e as direciona para os pólos do planeta, aumentando a taxa de ionização na atmosfera superior e causando absorção ionosférica, interrompendo assim as comunicações de rádio HF com efeitos comparáveis.

Durante as tempestades de Halloween de outubro-novembro de 2003, uma série de tempestades solares envolvendo erupções solares e ejeções de massa coronal que geraram a maior erupção solar já registrada pelo sistema GOES, as comunicações HF com aviões encontraram interrupções e, posteriormente, uma falha completa dos serviços HF que durou por horas.

(Foto: Quang Nguyen Vinh / Pexels.com)

Estratégias de Mitigação


Passageiros e tripulação de voo

A Comissão Internacional de Proteção Radiológica (ICRP) é o principal órgão encarregado de proteger contra a radiação ionizante e recomenda o limite de dose efetiva de um indivíduo de 20 mSv por ano, em média em períodos definidos de 5 anos (100 mSv em 5 anos), com o restrição adicional de que a dose efetiva não deve exceder 50 mSv em um único ano.

Além disso, a dose recomendada para tripulantes grávidas é de 1 mSv desde a descoberta da gravidez até o nascimento, com um máximo mensal de 0,5 mSv. O limite anual para o público em geral (passageiros) é de 1 mSv [6].

Recomenda-se que as passageiras grávidas e os membros da tripulação de voo pensem em trocar a viagem ou atrasar uma viagem para diminuir o risco de aborto espontâneo. De acordo com um estudo do Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional (NIOSH), o risco de aborto espontâneo aumenta quando as mulheres são expostas à radiação cósmica de pelo menos 0,36 mSv durante o primeiro trimestre.

Além disso, o Regulamento de Licenciamento de Pessoal, Parte 138, determina que as pilotos grávidas e tripulantes de cabine sejam avaliadas e excluídas das funções de voo entre o momento da descoberta da gravidez e o final da 12ª semana de gestação, bem como entre o final da 26ª semana de gestação e entrega, a fim de protegê-los dos efeitos da exposição à radiação e outros efeitos [4].

(Foto: Piedmont Airlines)

Companhias Aéreas

As companhias aéreas escolhem uma rota e altitude que reduzam a exposição à radiação depois de receber um alerta de radiação solar durante eventos moderados, fortes e severos de radiação solar transitória (20 uSv/hr e acima).

Um alerta de radiação solar é transmitido em todo o mundo e é acompanhado por uma mensagem com estimativas dos níveis de radiação em altitudes de 20.000 pés a 80.000 pés em latitudes específicas.

Além disso, um indivíduo pode descobrir a dose efetiva de radiação ionizante recebida em cada voo usando um programa de computador para download chamado CARI-6 ou CARI-6M, desenvolvido no Instituto Médico Aeroespacial Civil da FAA.

Aeronaves

Todas as aeronaves projetadas para operar acima de 15.000 m (49.000 pés) devem possuir tecnologia que possa monitorar e exibir continuamente a taxa de dose de toda a radiação cósmica recebida, bem como a dose cumulativa para cada voo, de acordo com o Anexo 6, Provisão 6.12 da ICAO .

De acordo com o regulamento 4.2.11.5 do Anexo 6 da ICAO, o operador deve acompanhar todos os voos superiores a 15.000 metros (49.000 pés) para calcular a dose cumulativa de radiação cósmica que cada tripulante recebeu durante um período de 12 meses. [5]

Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Airways Magazine

Referências: [1] International Civil Aviation Organization-ICAO, Manual of Civil Aviation Medicine-Doc 8984, page II-1-13. [2] Matthias M. Meier , Kyle Copeland, Klara E. J. Klöble, Daniel Matthiä,Mona C. Plettenberg,Kai Schennetten,Michael Wirtz, and Christine E. Hellweg, Radiation in the Atmosphere—A Hazard to Aviation Safety?, Page 14. [3] International Civil Aviation Organization-ICAO, Manual of Civil Aviation Medicine-Doc 8984, page II-1-14. [4] Tanzania Civil Aviation Authority-TCAA, The Civil Aviation Personnel Licencing Regulations, 2017 part 138, page 230. [5] International Civil Aviation Academy-ICAO, Annex 6 Operation of Aircraft, Part I – International Commercial Air Transport – Aeroplanes, Ninth edition, July 2010, pages 6-13. [6] International Civil Aviation Organization-ICAO, Manual of Civil Aviation Medicine-Doc 8984, page II-1-15.

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Regras para viajar de avião no Brasil atualizadas; veja o que mudou

Novas regras: entenda o que vai mudar com a volta da obrigação do uso de máscaras para viajar de avião no Brasil; medida vai entrar em vigor hoje (25).


A partir desta sexta-feira (25), voltará a ser obrigatório o uso de máscaras nos aviões e aeroportos do país. Com o objetivo de conter a propagação da Covid-19, diante do aumento de casos, a nova regra foi decidida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última terça-feira (22), após recomendações de entidades médicas.

Uma das principais medidas adotadas durante a pandemia, esta é a única que voltará a valer para as viagens aéreas até o momento. E, para que você não tenha surpresas ao embarcar, vamos detalhar as regras atualizadas para viajar de avião no Brasil neste post.

Retorno do uso de máscaras


(Foto: Freepik)
A obrigação de uso de máscaras nos aeroportos estava suspensa desde agosto deste ano, quando a Anvisa avaliou ser seguro adotar apenas uma recomendação para a proteção. Na época, o avanço da vacinação contra a Covid-19 e a queda dos casos contribuíram para a decisão. Além disso, segundo o diretor-presidente da agência, Antônio Barra Torres, afirmou haver um considerável “grau de conscientização vacinal” e boa aderência ao uso de máscara no Brasil, mesmo quando seu uso não é obrigatório.

Porém, recentemente, as internações e mortes devido à Covid-19 voltaram a subir, resultando na decisão de voltar a obrigatoriedade do uso de máscaras. O objetivo, segundo a Anvisa, é “conter a disseminação da doença na população que utiliza esses ambientes, seja para trabalho ou para locomoção”.

A Anvisa explicou, em nota, que a decisão de tornar o uso de máscaras obrigatório nos aviões e aeroportos durante viagens no Brasil levou em consideração as características de sazonalidade da pandemia. Nos últimos anos, o Brasil registrou um aumento da transmissão do vírus justamente nos meses de novembro a janeiro, quando há maior fluxo de viajantes devido às férias escolares e festas de final de ano.

“O uso de máscaras em ambientes de maior risco, pelas suas características de confinamento, circulação e aglomeração de pessoas, representa um ato de cidadania e de proteção à coletividade e objetiva mitigar o risco de transmissão e de contágio da doença”, explicou o diretor da Anvisa, Alex Campos, que propôs a medida.

Dentre as ações para conter o avanço dos casos de Covid-19, a Anvisa optou, no momento, apenas por voltar a obrigação do uso das máscaras. O serviço de bordo e a capacidade máxima de passageiros nas aeronaves permanecem inalterados até esse momento.


De acordo com nota da Anvisa, a volta do uso de máscaras deve obedecer a algumas especificações da agência sanitária. Para começar, nem todas as máscaras serão aceitas como equipamento de proteção nos aeroportos. 

Além disso, os terminais não são os únicos lugares onde a máscara será obrigatória. Por isso, antes de viajar de avião, é importante verificar exatamente quais são as novas regras. Confira, a seguir:
  • O uso de máscaras será obrigatório em todos os ambientes dos aeroportos – incluindo outros estabelecimentos localizados na área aeroportuária -, dentro das aeronaves e também nos meios de transportes secundários, como os ônibus;
  • Todos os passageiros, tripulantes e trabalhadores dos aeroportos devem usar máscaras devidamente ajustadas ao rosto. Ou seja, cobrindo o nariz, a boca e o queixo, minimizando os espaços que permitam a entrada ou saída do ar e de gotículas respiratórias;
  • As máscaras só poderão ser retiradas para hidratação e alimentação, tanto no aeroporto quanto dentro do avião;
  • O uso de máscaras não será obrigatório somente para crianças menores de 3 anos de idade e pessoas com transtorno do espectro autista, deficiência intelectual, deficiências sensoriais ou com quaisquer outras deficiências que as impeçam de fazer o uso adequado da proteção.

Proibições nas viagens de avião



Ao decidir pela volta da obrigatoriedade do uso de máscaras nas viagens de avião, a Anvisa definiu alguns critérios. Como mencionamos, nem todos os tipos de máscaras serão aceitas nos aeroportos, assim como outras formas de isolar o nariz e a boca, por exemplo. Veja, a seguir, o que não usar ao viajar de avião no Brasil:
  • Face shield sem o acompanhamento da máscara;
  • Máscaras de acrílico ou de plástico;
  • Máscaras com válvulas de expiração – comumente usadas na construção civil -, incluindo as N95 e PFF2 desse modelo;
  • Lenços, bandanas de pano ou qualquer outro material que não se caracteriza como uma máscara de proteção de uso profissional ou de uso não profissional;
  • Máscaras de proteção não profissionais feitas com apenas uma camada de proteção.
Via Guia Vajar Melhor - Fotos: Freepik

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Anvisa volta a obrigar uso de máscaras em aeroportos e aviões

Painel com alerta para usar máscaras afixado sobre escada rolante no Terminal 3 do
Aeroporto de Guarulhos (SP) (Foto: Eduardo Knapp - 6.jul.2022/Folhapress)
A diretoria colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou, no fim da noite desta terça-feira (22), a volta do uso obrigatório de máscaras dentro de avião e em aeroportos do Brasil. A medida entra em vigor a partir da próxima sexta (25).

A proteção contra a Covid-19 deixou de ser exigida nesses ambientes em agosto deste ano, quando o uso passou a ser apenas uma recomendação. O distanciamento também passou a não ser mais obrigatório.

No entanto, medidas como o desembarque por fileira foram mantidas, algo que a Anvisa considera um legado da pandemia e que também ajuda a evitar tumulto na saída das aeronaves.

O assunto entrou de última hora na pauta da reunião extraordinária da agência, convocada para discutir a aprovação de duas vacinas bivalentes da Pfizer contra o coronavírus.

Segundo informou a coluna Painel, a questão das máscaras foi proposta pelo diretor Daniel Pereira, responsável pela Quinta Diretoria, e pegou os demais de surpresa.

Os participantes da reunião destacaram que os dados epidemiológicos demandam o retorno de medidas não farmacológicas de proteção, como o uso de máscaras, principalmente no transporte público, aeroportos e ambientes fechados.

Levantamentos como o do boletim InfoGripe, divulgado nesta sexta-feira (18) pela Fiocruz, apontam o crescimento dos casos de Covid-19 no país, principalmente entre adultos.

O Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica no mês passado recomendando o uso da máscara no Brasil após nova alta de casos de Covid-19.

Horas antes da decisão, a Anvisa aprovou o uso emergencial de duas vacinas bivalentes contra a Covid-19 produzidas pela Pfizer. O imunizante oferece imunização contra mais de uma cepa do coronavírus.

A primeira versão apresentada pela fabricante foi desenhada com a cepa original do Sars-CoV-2 e a ômicron BA.1, que se alastrou rapidamente por todo o mundo.

Também houve a aprovação de uma nova versão da vacina que possui a cepa original do vírus e conta com as subvariantes BA.4 e BA.5.

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Por que pilotos de avião não comem a mesma refeição que os passageiros?

O capitão do voo é responsável por decidir as refeições de todos os pilotos a bordo
(Imagem: yacobchuk/Getty Images/iStockphoto)
Esqueça pássaros e turbulências: se tem algo que a tripulação de um avião leva a sério é a possibilidade de um "piriri", a popular intoxicação alimentar, em seu time de pilotos. 

Uma reportagem do jornal britânico The Telegraph revelou que grandes companhias têm um protocolo rígido a ser seguido para evitar que aqueles que pilotam fiquem doentes e não possam levar as aeronaves ao seu destino em segurança.

Por isso, pilotos usualmente não comem a mesma comida que você, passageiro, ou até que outros colegas de voo. 

"O capitão é responsável por garantir que, sempre que possível, os pilotos operando o avião comam diferentes refeições. Se ambos os pilotos pedem o mesmo prato, os comissários devem alertar o capitão, que aprovará ou reprovará o pedido", esclareceu à publicação um porta-voz da companhia Virgin Atlantic.

Um representante da British Airways ainda confirmou que a empresa adota a mesma precaução.

Variedade na alimentação é um elemento-chave na prevenção de incidentes de bordo
(Imagem: DeSid/Getty Images/iStockphoto)
A regra é que aquele no comando dos controles da aeronave não só não repita o prato de seu parceiro de voo, como também não peça outros itens particularmente arriscados do cardápio disponível para os passageiros, como é o caso de opções muito picantes ou temperadas. 

Neste caso, aliás, se houver apenas uma opção livre de condimentos fortes, é possível que dois pilotos comam a mesma refeição alternativa — tudo para evitar uma pimentinha mais arriscada.

"Pilotos nos controles devem também fazer suas refeições em horários diferentes", alerta a Virgin. Isto porque, caso ambos os profissionais na cabine de comando tenham comido a mesma coisa, eles não adoecerão ao mesmo tempo. Além disso, se cada um se alimentar em um horário, não há risco de ambos estarem distraídos ao mesmo tempo em caso de emergência.

Além de terem um cardápio à parte em algumas companhias, pilotos podem levar seus
 próprios lanches (Imagem: Elena Katkova/Getty Images/iStockphoto)
Todo esse cuidado, segundo o Telegraph, tem origem em um incidente ocorrido em fevereiro de 1975, quando 196 passageiros e um comissário adoeceram a bordo de um voo da Japan Airlines de Tóquio a Paris — tudo por causa de omelete com presunto contaminado com bactéria do gênero estafilococos.

Durante a parada do avião para reabastecer em Copenhague, 143 pessoas foram hospitalizadas. Por sorte, os pilotos não haviam consumido as omeletes porque seus relógios biológicos não estavam alinhados com o café da manhã e pediram bifes para um almoço antecipado. 

Com isso, o avião pousou em segurança, mas o cozinheiro responsável pelas refeições acabou tirando a própria vida após o caso.

Em algumas situações, pilotos podem escolher entre opções servidas apenas
à classe executiva (Imagem: Hispanolistic/Getty Images)
"Desde 1975, é prática padrão em aviação que o capitão e o primeiro-oficial não comam a mesma refeição. Esta prática é seguida em todos os voos da Finnair. Em voos longos, nossa tripulação come as mesmas refeições servidas à classe executiva, mas o capitão e o primeiro-oficial têm pratos diferentes. Em voos curtos, em que o serviço de refeições é mais limitado, nossa equipe come refeições exclusivas", explicou a companhia finlandesa ao jornal.

A Virgin ainda elabora um cardápio especial aos tripulantes para oferecer alguma variedade, dada a grande frequência de voos que eles encaram. O menu inclui sanduíches, saladas, pratos quentes com opções carnívoras e vegetarianas, além de petiscos que podem ser fruitas, nozes e castanhas, batatas fritas e chocolate. 

A maioria das companhias ainda permite também que seus pilotos e tripulantes levem seus próprios lanches e refeições, o que não só garante variedade como diminui os riscos de sua equipe adoecer inteira ao mesmo tempo.

domingo, 6 de novembro de 2022

Como as companhias aéreas desinfetam os aviões hoje?

(Foto: Lukas Souza via Unsplash)
Durante o auge da pandemia do COVID-19, as companhias aéreas trataram a limpeza dos aviões como uma vantagem competitiva. Muitas empresas foram a alturas progressivamente maiores para ajudar os passageiros a se sentirem seguros ao voar durante uma crise de saúde global.

Como eles desinfetam aviões agora e como isso se compara aos primeiros dias da pandemia? 

Contas de mídia social indicam limpeza abaixo da média


(Foto: Noam Ismaaili/Airways)
As pessoas não podem ver os germes a olho nu. No entanto, observar a limpeza deve torná-los mais confiantes sobre as medidas de desinfecção do avião.

Um artigo de setembro de 2022 forneceu um resumo de mídia social de casos em que as pessoas ficaram legitimamente descontentes com a limpeza geral dos aviões em que voaram. Os passageiros mostraram evidências fotográficas de batatas fritas esmagadas no chão e relataram ter batido no assento do avião e visto uma nuvem de partículas brancas subir no ar.

A cobertura também mencionou como as companhias aéreas Southwest e JetBlue não desinfetam mais os apoios de braço e as mesas de bandeja entre os voos, respectivamente. Ambas as companhias aéreas costumavam fazer isso nos estágios iniciais da pandemia, mas interromperam a prática.

Brenda Orelus, que trabalhou como comissária de bordo nos últimos cinco anos, usou o TikTok para alertar as pessoas sobre uma área do avião que nunca é completamente limpa. Orelus explicou como os bolsos dos assentos são as partes mais sujas da aeronave. As exceções seriam se alguém vomitasse neles ou uma substância pegajosa fosse deixada para trás por algum motivo.

Ela continuou esclarecendo que a única maneira de os limpadores tratarem dos bolsos dos assentos é tirar o lixo do compartimento. No entanto, isso significa apenas que os germes se acumulam nas superfícies circundantes. Orelus disse que outras áreas, como banheiros, são desinfetadas regularmente, mas esse não é o caso dos bolsos dos assentos.

Fatos aprendidos sobre o COVID-19 mudaram de prioridade


(Foto: Honeywell)
Os primeiros dias da pandemia foram difíceis porque os cientistas sabiam muito pouco sobre o vírus. Por exemplo, uma crença inicial que desde então se tornou menos proeminente diz respeito ao risco de superfícies contaminadas com COVID-19. Os pesquisadores agora sabem que é principalmente um vírus transmitido pelo ar.

O ar nos aviões era mais limpo do que muitas pessoas provavelmente esperavam mesmo antes da pandemia. Isso ocorre porque os aviões normalmente possuem filtros de ar particulado de alta eficiência (HEPA) instalados em toda a cabine. Eles eliminam mais de 99,97% das partículas transportadas pelo ar.

No entanto, não há como negar que o aumento do conhecimento sobre o COVID-19 mudou a forma como as companhias aéreas lidam com os protocolos de limpeza. É por isso que muitas medidas atuais para desinfetar aviões são mais de alta tecnologia do que esfregar superfícies manualmente. A United Airlines usa equipamentos de desinfecção à base de luz UV e pulverizadores eletrostáticos. A Air India utiliza robôs que podem descer entre as fileiras.

A Avelo Airlines também investiu em um robô desinfetante. Seus recursos de detecção de movimento permitem que ele se mova agilmente entre as linhas. O uso de luz ultravioleta para desinfecção significa que a máquina pode fazer o trabalho sem produtos químicos agressivos. Também possui operação livre de emissões, tornando o robô uma compra sustentável.

O dispositivo robótico de ar de vetor UV desinfetando um avião da Air India Express (Foto: Air India)

Viajar com segurança enquanto o COVID-19 permanece presente


À medida que as vacinas COVID-19 se tornaram mais prontamente disponíveis por meio de uma distribuição aprimorada, muitas pessoas começaram a se sentir confiantes com a perspectiva de viajar. Mesmo assim, os modelos dos cientistas indicam uma probabilidade crescente de uma onda de outono e inverno no Hemisfério Norte.

As autoridades também alertaram que esse aumento de casos já começou na Europa. Como os picos de COVID-19 geralmente acontecem antes dos Estados Unidos, a base pode ser definida para uma situação que possivelmente atrapalhe os planos de viagem.

Muitos especialistas em saúde também mencionaram como esperam um aumento nas doenças respiratórias este ano. Alguns profissionais disseram que já viram pacientes apresentando mais de um simultaneamente.

(Foto: KLM)
Dadas essas realidades, o que as pessoas podem fazer para se manterem o mais seguras possível se quiserem fazer voos comerciais? Os passageiros não podem desinfetar os aviões tão completamente quanto as tripulações profissionais. No entanto, eles podem fazer a próxima melhor coisa limpando seu espaço pessoal na aeronave.

Embalar toalhetes desinfetantes

Uma das coisas mais fáceis de fazer é levar lenços desinfetantes na bagagem de mão. O assento é um bom ponto de partida, mas as pessoas não devem parar por aí.

Eles devem limpar todas as superfícies duras que possam tocar durante o voo. Isso porque os passageiros anteriores quase certamente também.

Use os lenços corretamente

Não é suficiente limpar as superfícies e depois tentar secá-las. Os prazos variam de acordo com o produto, mas a área deve permanecer úmida por tempo suficiente para matar os germes. Siga as etapas na embalagem e descarte os lenços após o uso.
Considere usar uma máscara

As companhias aéreas não exigem mais que os passageiros usem máscaras nos Estados Unidos. No entanto, as pessoas que desejam permanecer o mais seguras possível devem considerar fazê-lo de qualquer maneira. Isso vale para o tempo gasto no aeroporto e no avião.

Pense em quantas pessoas comem e bebem enquanto esperam para embarcar no avião. Esses comportamentos podem tornar mais fácil para os indivíduos infectados espalharem o vírus sem saber que o possuem.

Mantenha o desinfetante para as mãos à mão

Mesmo que as pessoas limpem as superfícies duras próximas aos assentos da companhia aérea, elas ainda devem usar desinfetante para as mãos antes de comer ou tocar no rosto. Os passageiros devem garantir que a garrafa atenda aos requisitos da companhia aérea para líquidos.

Também é ideal se as pessoas puderem levar frascos de desinfetante em chaveiros ou acessórios semelhantes que facilitem a fixação na bagagem ou no cinto.

Seja consciente das escolhas de roupas

Algumas pessoas também recomendam usar um moletom ou gola alta para proteger a área acima dos ombros. Isso pode impedir que sua pele entre em contato direto com germes se alguém atrás de você tossir ou espirrar.

Uma dica relacionada é que as pessoas devem tomar banho o mais rápido possível após chegarem aos seus destinos. Embora agora esteja mais estabelecido que o COVID-19 é um problema menor nas superfícies, não há mal nenhum em dar esse passo extra para se refrescar após a viagem.

Companhias aéreas desinfetam aviões, mas passageiros também podem tomar precauções


Teste e Avaliação da Boeing (Foto: Boeing)
Os processos para desinfetar aviões mudaram drasticamente no auge da pandemia de COVID-19, e os procedimentos mudaram novamente à medida que mais pessoas foram vacinadas e as companhias aéreas abandonaram os mandatos de máscaras.

No entanto, os passageiros devem fazer o que acham que os manterá mais seguros e se sentirão mais confortáveis. Isso provavelmente incluiria algumas ou todas as estratégias aqui, que são particularmente úteis durante as viagens de inverno, mas aplicáveis ​​durante todo o ano.

Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu (com informações da Airways Magazine)

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Ouça o que disse o comandante do voo ao desviar o avião devido a uma intoxicação do copiloto

Um voo acabou sendo desviado após possível intoxicação alimentar do piloto por conta da comida a bordo da aeronave.


O caso aconteceu semanas atrás, no dia 16 de outubro, mas o áudio da comunicação entre o comandante e a torre de controle só foi divulgado ontem, pelo canal VAS Aviation, que sempre acompanha situações atípicas na aviação, mostrando a comunicação aérea.

Durante o voo da TUI Airlines UK, de Doncaster, no norte da Inglaterra, para Melbourne, cidade vizinha de Orlando, na Flórida, o copiloto da aeronave passou mal e o comandante precisou desviar a aeronave para Bangor.

Bangor é uma cidade que fica no estado americano de Maine, e apesar de ter apenas 30 mil habitantes, é bastante conhecida na aviação mundial. Na cidade está o aeroporto americano de grande porte mais próximo da Europa, capaz de receber praticamente qualquer tipo de avião. Com essa proximidade, ele acaba sendo a primeira opção para desvios de voo que cruzam o Atlântico com emergência ou algum problema a bordo, junto do aeroporto de Gander, que fica mais ao leste, mas está no Canadá.

Segundo a conversa entre piloto e a torre, o comandante informa que o copiloto está “incapacitado” e sem condições de cumprir com suas tarefas. Os serviços de emergência são acionados e os controladores perguntam se tem outro piloto na aeronave. O comandante afirma que não, diz que o copiloto está sendo atendido pelos comissários de voo enquanto ele voa a aeronave e que ele teria sido intoxicado após se alimentar.

O comandante também solicita que o copiloto seja levado a um hospital e, por causa disso, afirma que o avião não sairá de Bangor sem o seu “ala”, sendo que o Boeing 787 é encaminhado para o terminal de passageiro, para que o voo possa ser desembarcado.

Apesar do susto, o comandante consegue pousar com a aeronave em segurança e o copiloto é encaminhado ao hospital. Dados da plataforma RadarBox (imagem mais acima) mostram que o 787 foi para Orlando no dia seguinte.


terça-feira, 1 de novembro de 2022

Após torcedor passar mal, avião da final da Libertadores faz pouso emergencial

Passageiros voltavam ao Brasil após a final da Libertadores; emergência médica ocasionou situação e viajantes enfrentam transtornos para chegar em Guarulhos.

Torcida do Flamengo durante a final da Copa Libertadores da América, no Equador
(Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
Um voo com torcedores do Flamengo e do Athletico-PR, que partiu de Bogotá, na Colômbia, e deveria pousar em Guarulhos (SP), teve que fazer um pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Porto Velho (RO). O caso aconteceu neste domingo (30), devido à necessidade de atendimento médico imediato a um dos passageiros.

Conforme informado em nota pelo Aeroporto de Porto Velho, houve atendimento pré-hospitalar no local e, depois, o paciente foi encaminhado a um hospital.

Os demais passageiros que estavam no voo AV249 estão hospedados em hotéis e aguardam um avião com destino a Guarulhos, que deve chegar ainda na noite desta segunda-feira (31), conforme a companhia aérea Avianca.

Em nota, a empresa informou que a viagem deve ser retomada às 21h30. Por volta de 16h, um representante da Avianca estava previsto para chegar ao aeroporto onde ocorreu a emergência.

“Lamentamos esta situação que nossos passageiros estão passando e lhes asseguramos que estamos mobilizando todos os recursos disponíveis para levá-los ao seu destino o mais rápido possível”, afirmou a Avianca.

A CNN entrou em contato com um dos torcedores que estava no voo. O flamenguista Renan Sepúlveda afirmou que o voo tinha 192 pessoas e “um passageiro, que era torcedor do Athletico-PR, passou mal e precisou de atendimento com urgência. Ele já tinha passado mal durante o jogo”, disse.

Ainda segundo Sepúlveda, o avião que fez o pouso de emergência não pôde seguir viagem de Porto Velho para Guarulhos porque teve uma peça danificada na aterrissagem e não tinha um novo plano de voo. Ele afirma que ficou preso na aeronave com os outros passageiros de 21h40 até 1h30, e que a Polícia Federal reteve o passaporte de todos os passageiros.

Em nota, a Polícia Federal afirmou que não houve retenção de passaporte. “Chegou-se a pensar nessa possibilidade apenas por uma questão de realização dos trâmites de entrada no território brasileiro. A questão era que um voo vindo da Bolívia precisava fazer o controle migratório. Mas já foi solucionado com Brasília: esse controle vai ser feito por lá mesmo no desembarque. Então, deu esse pequeno desencontro de informação. O passageiro passou mal, mas não morreu e todos os procedimentos administrativos em razão do reingresso de brasileiros em território nacional, será em Brasília”, explicou.

Via CNN

segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Qual foi o primeiro caça do mundo?

Canard, biplano projetado pelos irmãos Wright, foi comprado pelo Exército dos Estados Unidos
 (Imagem: Reprodução/Air and Space Museum)
Um avião do tipo caça é, por definição, uma aeronave de uso militar, projetada para combate com outros aviões e diferente do bombardeiro. Além do grande poder de fogo, o caça se caracteriza pela alta velocidade e pelo poder de manobra em relação à aeronave inimiga. E você sabe qual foi o primeiro caça do mundo?

Antes de responder a essa pergunta, vale dizer que o avião caça é um instrumento de combate que já tem mais de um século de existência. Antes dele, porém, não podemos nos esquecer do primeiro avião militar do mundo, inventado antes do caça.

Projetado pelos irmãos Wright, o Canard era um avião biplano (com duas asas paralelas verticais, uma sobre a outra), dotado de um motor de 4 cilindros com potência entre 30 e 40 cavalos. O modelo foi apresentado ao Exército dos Estados Unidos em 1908 e, em 1909, vendido para as Forças Armadas do país, por US$ 30.000.

O primeiro avião caça do mundo?


O primeiro caça do mundo “nasceu” durante a Primeira Guerra Mundial, na década de 1910. A história diz que o termo “caça” foi adotado à época para rotular aviões de dois lugares e equipados com uma metralhadora.

A definição teria sido criada no Reino Unido, mas empregada primeiro em um avião de origem francesa, o Voisin. Um Voisin III, aliás, teria sido o primeiro avião caça do mundo a abater outra aeronave em combate, no ano de 1914.

Caças experimentais


Os caças utilizados na Primeira Guerra Mundial, claro, não contavam com tecnologias avançadas ou armamentos poderosos, como vemos em filmes de ação como Top Gun: Maverick, por exemplo.

Por conta disso, os registros históricos apontam que a primeira troca de tiros entre aviões do tipo caça aconteceu também em 1914, quando o piloto Miodrag Tomic, da extinta Iugoslávia, se deparou com uma aeronave inimiga durante um voo de reconhecimento sobre a Áustria-Hungria. Tomic foi alvejado por um revólver e, então, retribuiu os disparos com sua arma.

Fokker era um caça que já contava com metralhadora giratória (Imagem: Matthias Kabel/Own Work/CC)
Os caças experimentais com carabinas, granadas e uma infinidade de armas improvisadas continuaram surgindo, até que, em 1915, um passo maior foi dado, com a adoção de uma metralhadora giratória acoplada em aviões de reconhecimento, como o SPAD SA e o Royal Aircraft Factory BE9.

Estruturas metálicas passaram a fazer parte dos aviões caça muito graças a Anthony Fokker, que adaptou um avião de corrida obsoleto francês em um Fokker Eindecker, também conhecido como Fokker M.5, uma temida arma de guerra.

O primeiro caça “de verdade”


Apesar do Fokker M.5 ter dado início a um padrão, o que muitos consideram o primeiro caça “de verdade” surgiu no período entre as duas grandes guerras. Trata-se do Messerschmitt Bf 109, ou Me 109, fabricado por Willy Messerschmitt e por Robert Lusser, na Alemanha, em 1930.

O Bf 109 é considerado um dos primeiros caças modernos, pois tinha fuselagem toda de metal, cabine do piloto completamente fechada, trem de aterrissagem retrátil e movido por um motor a pistão, anterior aos movidos a jato. O badalado caça multiuso registrou o 1º voo experimental em 29 de maio de 1935, mas a primeira aparição operacional do Bf 109 foi durante a Guerra Civil Espanhola, travada entre 1936 e 1939.

Bf 109 pode ser considerado o 1º caça do mundo (Imagem: D. Miller/Flickr/CC)
O caça produzido pela fabricante alemã Messerschmitt servia de escolta para bombardeiros e podia ser utilizado sob qualquer condição meteorológica, tanto em missões diurnas quanto noturnas. Ele é, até hoje, o caça mais produzido da história, com um total de 34.984 unidades fabricadas.

Apesar de ser dono também do posto de 3º avião mais produzido durante a Segunda Guerra Mundial, acabou não se destacando no chamado Dia da Vitória (quando os aliados venceram os nazistas em 8 de maio de 1945), pois apenas 500 aeronaves estavam em condições de voar. Hoje, o Bf 109, primeiro caça do mundo, é um artefato precioso em diversos museus espalhados pelo mundo.

Via Paulo Amaral | Editado por Jones Oliveira (Canaltech)