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quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Avião retorna a aeroporto nos EUA após passageiro se recusar a usar máscara em voo internacional

Voo da American Airlines ia de Miami para Londres e precisou retroceder uma hora após a decolagem, segundo estimativa do site Flightradar24.


Um avião precisou retornar ao aeroporto nos Estados Unidos após um passageiro se recusar a usar máscara durante um voo internacional, informou a companhia aérea nesta quinta-feira (20).

O voo 38 da American Airlines (AA) ia de Miami para Londres na noite de quarta-feira (19), mas precisou retroceder uma hora após a decolagem, segundo estimou o site Flightradar24.

A companhia aérea informou, por meio de um comunicado, que "um cliente causou problemas ao se recusar a cumprir com uma ordem federal sobre o uso de máscaras".

De acordo com a AA, o avião retornou ao aeroporto de partida, e as autoridades locais entraram na aeronave para acompanhar a situação.

"Agradecemos nossa equipe por seu profissionalismo e pedimos desculpas aos nossos clientes pelo inconveniente”, disse a companhia em nota.

O g1 entrou em contato com polícia do condado de Miami-Dade, responsável pela segurança da área do aeroporto internacional de Miami, pedindo mais informações sobre o caso. Até a última atualização desta reportagem, as autoridades locais não haviam se pronunciado sobre o incidente.

Via g1

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Dois comissários de bordo da Cathay Pacific presos por causa das regras do COVID-19

A tripulação de cabine em questão pode enfrentar penas de prisão e multas (Foto: Getty Images)
Ao longo da pandemia do COVID-19, Hong Kong tornou-se conhecida como uma das áreas mais rigorosas em termos de restrições. Persistindo com uma estratégia 'zero-Covid', as quebras de regras são levadas muito a sério. Isso afetou as operações das companhias aéreas na região, com dois comissários de bordo da Cathay Pacific sendo presos recentemente por supostas violações de regras.

Após supostas violações de quarentena durante o período festivo, a polícia de Hong Kong prendeu dois comissários de bordo da Cathay Pacific. Segundo o The Guardian, os membros da tripulação de cabine em questão são dois homens com idades entre 44 e 45 anos. Eles teriam retornado a Hong Kong dos EUA em 24 e 25 de dezembro do ano passado.

Durante o período de isolamento domiciliar, os homens são acusados ​​de “ realizar atividades desnecessárias”. Mais tarde, suas situações foram de mal a pior quando testaram positivo para a variante Omicron do coronavírus, conhecida por sua natureza de rápida disseminação.

O Guardian observa que a Cathay Pacific demitiu dois membros da tripulação este mês por violações de protocolo. Esses funcionários podem muito bem ser os dois homens presos, uma vez que Carrie Lam, a Chefe do Executivo de Hong Kong, confirmou que os presos são ex-funcionários da Cathay Pacific. Ela acrescentou que “ há evidências mostrando que eles violaram [regulamentos epidêmicos] ”.

Tendo sido tratados no hospital e libertados provisoriamente sob fiança, os homens irão a tribunal sobre o assunto no próximo mês. Se as audiências, marcadas para o dia 9 de fevereiro, os considerarem culpados, pode esperar uma pena de prisão de até seis meses. Além disso, eles podem ser obrigados a pagar uma multa de HK$ 5.000, o que equivale a cerca de US$ 642.

Este não é o primeiro caso em que a Cathay Pacific rescindiu o emprego de membros da tripulação devido a protocolos violados de coronavírus. De fato, a Simple Flying informou em novembro de 2021 que a transportadora de bandeira de Hong Kong havia demitido três pilotos de carga após contrair o COVID-19. Eles também violaram os protocolos de isolamento durante uma escala em Frankfurt.

domingo, 16 de janeiro de 2022

Azul consegue autorização e fará voos com menos comissários a bordo das aeronaves


Diante do alto número de licenças médicas entre sua equipe de tripulantes, a Azul Linhas Aéreas tem tomado medidas que vão além dos cancelamentos de voos. Recentemente, a empresa anunciou a contratação de comissários de bordo temporários e, na última semana, conseguiu autorização da ANAC para operar aeronaves com menos comissários a bordo.

A permissão da agência reguladora veio por meio da portaria 6.955, de 12 de janeiro de 2022 e publicada no Diário Oficial da União do dia seguinte. Pelo documento, a agência destaca “o recente e ainda crescente surto da variante Ômicron do coronavírus no Brasil e seus respectivos impactos na disponibilidade de tripulantes para condução de voos regulares programados” para aprovar a Azul a operar com uma equipe reduzida.

Para operar com tripulação reduzida, a Azul terá que cumprir com condições e premissas estabelecidas como, por exemplo, realizar voos com um número menor de passageiros. Atualmente, a regulamentação exige que haja um comissário para cada 50 passageiros na aeronave.

Além disso, a empresa deverá informar à ANAC, a cada 15 dias, a relação de voos nos quais houve redução no número de comissários, informando data, matrícula do avião, número do voo e hora da decolagem.

A autorização tem validade até 13 de março de 2022.

Avião com Djokovic: o voo recorde de acompanhamento do site FlighRadar

Milhares de pessoas começaram a seguir o voo da Emirates que leva Novak Djokovic até Dubai.


O site FlighRadar, que segue as rotas dos aviões por satélite, destacou que apenas minutos depois do código de voo ter sido disponibilizado (EK409), milhares de pessoas se ligaram, transformando-o no voo mais seguido de todo o site.


Djokovic embarcou no aeroporto de Melbourne por volta das 22.30 horas locais, poucas horas depois de ter perdido o recurso à revogação do seu visto em tribunal.


A viagem até ao Dubai, de onde chegou no dia 5, tinha uma duração prevista de 13 horas.

Via A Bola (Portugal)

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Covid ou influenza: quais são os direitos do consumidor na hora de alterar passagem aérea?

Depois das festas de fim de ano, o Brasil foi tomado pelo aumento no número de casos de covid-19 e influenza.


Quem tinha viagem programada precisou mudar os planos rapidamente e recorrer aos serviços de remarcação e cancelamento oferecidos pelas companhias aéreas.

No entanto, a partir de 1º de janeiro de 2022, a lei 14.034 — editada em caráter emergencial por causa da pandemia — deixou de ser válida e, agora, o passageiro que desistir da viagem terá que pagar multa ou diferença tarifária.

As novas normas valem até para quem recebeu o diagnóstico de covid e não pode embarcar na data programada. Antes, o consumidor que desistisse da viagem poderia fazer isso sem custo.

A mudança pegou alguns viajantes de surpresa e frustrou quem estava com bilhete aéreo emitido. Foi o caso da paulista e professora aposentada Cláudia Struziato, de 56 anos, que viajava pela Europa e voltaria de Portugal na última semana. Porém, ao receber o diagnóstico de covid-19, precisou ficar em isolamento e mudar os planos.

Quando tentou alterar a data de volta de seu voo pela companhia aérea, a taxa de remarcação saía quase o preço de uma nova passagem. E ela havia comprado seu bilhete por uma agência terceirizada e usando os créditos de um cruzeiro de 2020.

"Dava quase R$ 4.000 para remarcar. A agência tentou negociar com a companhia aérea, mas eles não conseguiram. Ainda alegaram que não era reembolsável. Perdi toda a minha passagem de volta", afirma à BBC News Brasil. Ela ainda espera receber, pelo menos, o valor pago para poder despachar a bagagem.

A professora destaca ainda que a própria agência de turismo a aconselhou comprar uma nova passagem e que seria quase impossível uma remarcação sem custo.

"Eles poderiam considerar, já que não embarquei porque estava com covid", diz indignada. Por causa disso, ela desembolsou mais R$ 3.996 e pretende voltar ao país na próxima quinta-feira (13/1). "Esse valor agora é reembolsável."

Igor Britto, diretor de Relações Institucionais do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), ressalta que as regras atuais se aplicam à data do cancelamento, e não da compra.

Embora pareça ruim para o turista, o especialista reforça que agora, de fato, volta a valer o código de defesa do consumidor e resoluções da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

"Era uma lei temporária e não era boa para os consumidores, e sim, para as companhias aéreas. Ela permitia que essas empresas fornecessem um crédito para o consumidor usar. Não foi um direito criado, mas sim uma compensação", opina.

Agora, se a companhia aérea alterar ou cancelar a data do voo, terá que devolver o dinheiro integralmente e em até sete dias para o passageiro.

"A resolução da ANAC é devolver o dinheiro. Sem multa, sem nada", destaca o especialista do Idec. Mas se o consumidor desistir, ele terá que arcar com os custos e mudanças de tarifa.

Entenda as mudanças:


Até 31 de dezembro de 2021

Se a companhia aérea cancelasse um voo até 31 de dezembro de 2021, o passageiro tinha direito ao reembolso, crédito, reacomodação ou remarcação do voo independentemente do meio de pagamento utilizado, sem custo e no prazo de 18 meses, a partir da data de sua aquisição.

Em relação ao reembolso, este deveria ser devolvido e corrigido pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), em até 12 meses.

Se o consumidor desistisse da viagem, ficava isento da cobrança de multa contratual e o valor pago na passagem ficava como crédito para utilização futura. Porém, se o passageiro decidisse cancelar a passagem aérea e optasse pelo reembolso estava sujeito às regras contratuais da tarifa adquirida e poderiam ser aplicadas multas.

A partir de 1º de janeiro de 2022

Volta a valer a resolução da Anac, segundo a qual as companhias aéreas podem cobrar taxas e multas normalmente em virtude da remarcação de passagens por solicitação do cliente.

As companhias aéreas também podem voltar a comercializar tarifas não reembolsáveis e, em casos de tarifas reembolsáveis, os clientes devem receber o valor em até sete dias, e não mais 12 meses, como na regra anterior.

Por último, caso a empresa cancele ou altere o voo em mais de 30 minutos, o cliente pode solicitar o reembolso integral ou reacomodação em outro avião da própria companhia. "Voos internacionais programados até 31/03/2022, ainda serão aplicadas as regras vigentes da pandemia", explica João Leão, advogado especialista em direito do consumidor.

Quais são meus direitos na hora de mudar a passagem?


As companhias aéreas estão flexibilizando a remarcação sem multa no caso do diagnóstico de covid-19 - no entanto, podem cobrar mudanças tarifárias.

A companhia aérea Latam informou, por meio de nota, que passageiros com covid-19 podem remarcar uma vez a data da viagem sem multa, mas pagando diferença de tarifa (se houver). É necessário apresentar o teste na hora do atendimento para alteração da compra.

Já a Gol, por meio de nota, disse que a remarcação involuntária, mediante a apresentação do teste de covid-19, dá direito a alteração sem custos adicionais. Contudo, a remarcação voluntária (feita pelo passageiro sem motivo de doença) ocorre com cobrança das devidas taxas e diferença tarifária. A empresa informou ainda que essas regras valem somente para covid-19.

A Azul Linhas Aéreas informou que orienta o cliente a não embarcar e fazer o teste de covid-19 e influenza. A empresa aérea dá opção de deixar o valor integral como crédito na companhia aos passageiros que testaram positivo para doença. Para clientes que voluntariamente queiram cancelar e remarcar suas passagens, os valores são cobrados conforme regra tarifária.

Britto destaca que assim como as próprias empresas aéreas estão afastando seus funcionários por ficarem doentes, ele defende que o consumidor também tem direito de não pagar a mais pelas mudanças na passagem.

"Nós estamos em um período pandêmico. Se a pessoa está contaminada, obviamente não pode viajar. Da mesma forma que as companhias aéreas estão cancelando porque a tripulação está contaminada, o consumidor pode deixar de viajar sem prejuízo sim", afirma o especialista.

"Em caso de doenças contagiosas, como covid, influenza e outros, a companhia aérea é obrigada a remarcar a passagem do cliente. O passageiro deve entrar em contato com a empresa e enviar um laudo ou exame atual, para comprovar a doença e assim solicitar a remarcação", reforça Leão, que também é CEO da Indenize Voe, empresa especializada em demandas aéreas.


Segundo os especialistas, as remarcações podem chegar a 80% do valor do bilhete original, dando prejuízo ao consumidor. Se o passageiro estiver com a infecção e não quiser embarcar pode entrar em contato diretamente com a companhia e alterar a passagem.

Se os valores para troca do voo forem exorbitantes, ele ainda pode reclamar no SAC ou ouvidoria da empresa. O mesmo vale para pacotes comprados em agências de turismo terceiras e não diretamente com a empresa aérea.

Se houver pagamento de tarifas, os especialistas destacam que é necessário reunir todos os comprovantes, protocolos de ligação e realizar uma reclamação formal no site consumidor.gov ou em órgãos competentes para tentar reaver o valor.

"Caso o passageiro não consiga contatar a empresa aérea, ele pode buscar o Procon da sua cidade ou mesmo o Juizado Especial Cível, para diminuir quaisquer demanda ou falha na prestação de serviço de transporte aéreo", diz o advogado especialista em defesa do consumidor.

Estou com covid ou influenza: posso viajar?


A recomendação para evitar viagens durante o período pandêmico ainda deveria ser levada em consideração, de acordo com Sylvia Lemos Hinrinchsen, infectologista e consultora de biossegurança da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

No caso da covid-19, a especialista destaca que o isolamento de dez dias ainda é recomendado, já que a pessoa pode apresentar sintomas e testar positivo somente no sétimo, por exemplo.

No entanto, muitas pessoas não estão seguindo da forma correta e seguem sendo imprudentes, segundo a infectologista. "Tem que começar a ter responsabilidade. Muita gente está tendo sintomas leves e não está fazendo nenhum tipo de isolamento, nem de cinco, nem de sete, nem de dez", alerta.

Na segunda-feira (10), o Ministério da Saúde reduziu de 10 para 7 dias o isolamento de pacientes com a doença, mas sem sintomas e após teste negativo.

Para Hinrinchsen, as alterações feitas pelas companhias aéreas podem ainda fazer com que os passageiros omitam os sintomas e embarquem, mesmo estando contaminados. "Está acontecendo não só nas companhias aéreas, mas nos resorts, nas praias e nos restaurantes. O álcool gel desapareceu", indaga.

Flávia Bravo, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), ressalta a importância de evitar deslocamentos sem necessidade durante o período de alta taxa de contaminação. Isso vale não só para quem apresentar covid-19, mas também influenza. Nesta última, a médica destaca a transmissão acelerada.

"Influenza não é um fator limitante, mas é um fator de proliferação. Começou no Rio de Janeiro e foi se espalhando pelo Brasil". Ela ainda aconselha que qualquer indivíduo que esteja doente, evite viajar. "No caso de crianças, pode ser até catapora."

Ambas especialistas reforçam que, caso a pessoa já tenha programado ou comprado alguma viagem, o ideal é realizá-la de carro, se possível. "Evite longas viagens de ônibus ou de avião e que estejam com outras pessoas", afirma Bravo. No caso da hospedagem, priorize locais que tenham áreas ao ar livre, que estejam seguindo protocolos de higiene e de combate à covid-19.

Para quem já tem uma viagem programada e precisa pagar avião, o recomendado é usar máscaras N95 ou PFF2, que oferecem melhor capacidade de filtragem, além de evitar aglomeração sempre que possível.

Via BBC Brasil

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

ANAC pede que pilotos de avião se ausentem do trabalho por 48 horas após a vacinação


Em ofício encaminhado ao Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) na terça-feira (11), a ANAC afirma que orientou aos serviços médicos dos operadores aéreos e examinadores médicos credenciados para que recomendem o afastamento por 48 horas de pilotos após a vacinação contra a Covid-19 — seguindo, de acordo com a agência, posição adotada pelas autoridades de aviação civil americana, europeia, canadense e australiana.

O SNA, no entanto, disse que vai pedir à agência mais esclarecimentos sobre os motivos do pedido.

“Ocorre que, em abril de 2021, a ANAC havia enviado aos serviços médicos dos operadores aéreos, também por meio de ofício, uma informação diferente”, disse o SNA em nota. “A orientação, recomendada para todos os tripulantes era que os operadores analisassem a possibilidade de ocorrência de efeitos colaterais degradantes ou incapacitantes relacionados ao recebimentos de doses de imunizantes de Covid-19, especialmente no período de 48 horas após recebimento de cada dose”, concluiu.

Ou seja, não havia orientação de recomendação de afastamento imediato após a vacinação, mas sim de monitoramento. Desta forma, o SNA irá submeter um novo questionamento à ANAC para que seja esclarecido o conflito de informações.

O SNA informa que proverá mais detalhes, tão logo receba um retorno da agência reguladora.

Por Carlos Ferreira (Aeroin) - Foto de Kelly Lacy via Pexels.com

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Covid-19: Quais são os riscos de ser contaminado pela ômicron em um avião?

Aviões têm renovação de ar, mas especialista fala sobre riscos de viagens neste momento
(Foto: Nicolas Economou/NurPhoto via Getty Images)
A pandemia de covid-19 tem se agravado novamente com o avanço da variante ômicron. Com sua transmissão mais rápida, quais os riscos de ser infectado dentro de um avião? Os voos representam um local mais arriscado que os demais e devem ser evitados nesse período?

Para Sylvia Lemos Hinrichsen, médica infectologista e consultora em biossegurança da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), os voos oferecem os mesmos riscos de infecção que outros lugares. "A variante ômicron é mais transmissível em qualquer local, e não apenas no avião", diz a médica.

Problemas antes do voo 


Um dos problemas relacionados ao contágio durante viagens aéreas, segundo Sylvia, não é necessariamente o avião em si, mas algumas práticas que precedem o voo. 

"É o pré-voo: o aeroporto, o lanche, a fila, o despacho da mala. Em todos esses locais, também há o risco de contaminação caso não sejam tomadas as medidas necessárias de prevenção", afirma a médica. 

Embora os aviões comerciais de grande porte possuam sistemas de ar-condicionado que renovam todo o ar da cabine a cada três minutos, além do uso de filtros especiais que impedem a disseminação dos vírus, é comum ver pessoas tirando a máscara nesses locais.

Isso é particularmente comum em voos de maior duração, e ocorre não apenas durante as horas das refeições, segundo a infectologista, o que pode favorecer a disseminação da covid-19 e outras doenças. 

Se puder, evite a viagem


Quem for integrante dos grupos de risco deve evitar ao máximo voar e se expor a situações que favoreçam a infecção pelo vírus. 

"No momento, a minha sugestão é que, se as viagens puderem ser evitadas ou adiadas, vale a pena. Principalmente para quem é de grupo de risco e que possa ter alguma comorbidade", diz a infectologista.

Isso se deve ao fato de que, embora a variante ômicron seja mais leve que as demais, não é possível saber ainda o impacto sobre pessoas mais idosas ou com comorbidades. "De um modo geral, os mais jovens estão tendo covid em formas mais leves", diz a especialista. 

Testes falhos


Mesmo sendo exigido que se apresentem testes de detecção do coronavírus negativo antes de voar, há quem esteja viajando contaminado. 

"Muitas pessoas estão fazendo o teste rápido, que apresenta uma quantidade de falso negativo maior, e usam esses testes para viajar de avião. Algumas pessoas também estão dizendo que estão com gripe e circulando, muitas vezes, sem máscara, acreditando que isso não seja um problema", diz a médica. 

No Brasil, não é obrigatório apresentar esses testes em voos domésticos, apenas nos internacionais. 

Como evitar o contágio?


"O básico já resolve, aliado com as vacinas", diz a infectologista. "Quem for viajar deve seguir as mesmas normas de cuidado e higiene relacionadas à covid-19, como a higienização das mãos e o uso de máscaras. Outra recomendação é utilizar as máscaras PFF2/N95 ou as de tecido combinadas com máscaras cirúrgicas para reduzir a chance de contágio", diz Sylvia.

Outro ponto é a realização de testes completos, que são mais precisos, mas custam mais caro. Os testes rápidos, segundo a infectologista, além de apresentarem o número alto de falsos negativos, não são tão eficientes para identificar a variante ômicron. 

De uma maneira geral, segundo a médica, as pessoas relaxaram as medidas de barreira, e começaram a viajar, fazer festas, irem a bares etc. "Uma das coisas mais importantes ainda é o isolamento, que tem de ser respeitado", diz a infectologista.

Voar é mais seguro que estar em um cruzeiro?


O ambiente de um avião é diferente do de um cruzeiro em um navio. No primeiro, há renovação constante do ar, enquanto, no segundo, isso não ocorre. 

"A chance de contaminação em um cruzeiro é maior. Você fica mais dias, em ambientes fechados, geralmente com restrições para abrir janelas e arejar o local", diz Sylvia. 

Para a infectologista, o longo tempo de confinamento dos cruzeiros e a menor renovação do ar tornam essa viagem mais suscetível à transmissão do vírus.

Por Alexandre Saconi (UOL)

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Anac monitora situação de tripulações após casos de Covid-19 e Influenza motivarem cancelamento de voos

Número de cancelamentos de voos está subindo porque as companhias estão remanejando suas operações.

Saguão do aeroporto Santos Dumont (Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo)
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está monitorando casos de doenças respiratórias em tripulações das companhias aéreas. Com o avanço dos casos de Covid-19 e Influenza, o número de cancelamentos de voos está subindo porque as companhias estão remanejando suas operações.

Neste sábado, a Latam anunciou o cancelamento de 47 voos domésticos e internacionais previstos até 16 de janeiro, o que representa 1% dos voos programados para o mês. A Azul já teve 29 voos cancelados.

Em nota, a Anac diz que está fazendo o monitoramento de casos de doenças respiratórias em pilotos, comissários e demais profissionais do setor aéreo.

“Com o objetivo de antecipar possíveis impactos na aviação e auxiliar no plano de ação das empresas aéreas, a Agência já havia entrado em contato com representantes das companhias aéreas, aeroportos, concessionárias, Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo (ESATAs) e órgãos de controle sanitário e de saúde. A Agência tem atuado na preservação da saúde dos profissionais e dos passageiros que trabalham e utilizam o transporte aéreo”, diz o documento.

A agência ressaltou que desde o início da pandemia, o setor adotou as medidas de segurança sanitária recomendadas pela Anvisa e alinhadas às regras internacionais determinadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

"A Agência tem atuado na preservação da saúde dos profissionais e dos passageiros que trabalham e utilizam o transporte aéreo", diz a nota.

Novas regras para os passageiros


A Anac também monitora as medidas adicionais adotadas pelas companhias para minimizar atrasos e cancelamentos, assim como o atendimento ao passageiro. Desde o dia 1º de janeiro voltaram a valer as regras anteriores à pandemia da Covid-19 para alteração de passagens, cancelamento, reembolso e crédito.

No período entre 19/03/2020 e 31/12/2021 havia vigorado um regime emergencial. Agora, voltaram a valer as regras que estão na Resolução 400/2016 da Anac.

De acordo com essa resolução, caso a empresa cancele o voo, os passageiros podem escolher entre reacomodação, reembolso integral do valor pago ou execução por outras modalidades. Se for escolha do passageiro desistir da viagem, a aérea pode cobrar as multas previstas em contrato para o reembolso.

Em qualquer caso, a companhia tem sete dias para fazer o reembolso, que não é mais corrigido pela inflação, contados a partir do dia do pedido do passageiro.

Por Fernanda Trisotto (O Globo)

sábado, 8 de janeiro de 2022

Dezembro foi o melhor mês da aviação em 2021, apesar da Omicron

A disseminação da Omicron resultou em milhares de cancelamentos de voos (Foto: Getty Images)
Apesar da rápida disseminação da variante Omicron ao redor do mundo ao longo do último mês e meio, a indústria da aviação teve seu mês mais movimentado do ano em dezembro de 2021. E enquanto dezenas de milhares de voos foram cancelados, dados fornecidos pela Cirium mostraram que 2,43 milhões de voos ocorreram em todo o mundo.

Os dados da Cirium para o tráfego de voos mostraram que dezembro foi o melhor mês para viagens aéreas globais em 2021. Essa conquista consistiu na realização de 2,43 milhões de voos.

O fato de que o final de dezembro experimentou ventos contrários significativos é uma prova de quanto o público ainda deseja viajar - e que os governos ao redor do mundo estão permitindo que isso aconteça. É claro que, em épocas normais, dezembro é naturalmente um mês agitado para viagens aéreas, devido à temporada de férias em grande parte do mundo.

Os ventos contrários consistiam principalmente em cancelamentos de voos relacionados à Omicron. De fato, entre 24 de dezembro de 2021 e 3 de janeiro de 2022, 59.240 voos foram cancelados.

No entanto, também foi o pior mês de dezembro da última década em termos de cancelamentos de voos. Isso se deveu em parte ao fato de as companhias aéreas enfrentarem desafios operacionais, já que grande parte de sua força de trabalho foi forçada a ficar em casa devido aos resultados positivos dos testes. O inverno extremo nos Estados Unidos e Canadá também foi responsável pelo cancelamento de milhares de voos.

De fato, ao comparar dezembro de 2021 com "dezembro" de anos anteriores, experimentou seis vezes mais cancelamentos do que em 2019 e duas vezes e meia mais do que 2020. Janeiro de 2022 pode estar a caminho de estabelecer um recorde semelhante para os "piores janeiro". Isso porque 20.500 voos foram cancelados apenas nos primeiros três dias do ano novo.

A United Airlines foi uma das mais atingidas pela falta de tripulação (Foto: Vincenzo Pace)
As quatro grandes companhias aéreas dos Estados Unidos - American Airlines, Delta Air Lines, Southwest Airlines e United Airlines cancelaram conjuntamente 7.040 voos entre 24 de dezembro e 3 de janeiro.

Olhando para todos os voos em 2021, a American Airlines , de peso pesado, operou a maioria dos voos ao longo do ano, com cerca de 1.850.050. Apesar dessa conquista, não foi um hub da American Airlines que levou o título de aeroporto mais movimentado. Em vez disso, foi o Aeroporto Internacional Hartsfield-Jackson de Atlanta coroado como o aeroporto global mais ativo de 2021, com 336.890 voos decolando ao longo do ano. A principal Delta Air Lines hub também classificou 15 th nos 20 maiores aeroportos globais para o desempenho on-time

O sucesso de Atlanta deveu-se ao grande número de serviços domésticos. No entanto, considerando apenas os voos internacionais, o hub da KLM em Amsterdam Schiphol foi o aeroporto mais movimentado em 2021. O aeroporto holandês teve um total de 123.070 voos de partida.

Amsterdam Schiphol foi o aeroporto mais movimentado em voos internacionais em 2021 (Foto: Chris Loh)
Com a Omicron se espalhando tão rapidamente e agências de saúde como o CDC dos EUA encurtando os períodos de auto-isolamento para aqueles com teste positivo, parece que o mundo está se acostumando rapidamente a viver com COVID-19 enquanto ainda faz esforços para "voltar ao normal".

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Em meio a casos de Covid e gripe na Azul, Viracopos tem 57 voos cancelados em 2 dias

Apenas até a tarde desta sexta, foram 33 cancelamentos. Empresa tem tido dispensas médicas por conta das doenças; aeroporto em Campinas é o maior hub da companhia aérea no Brasil.

Viracopos teve mais voos cancelados nesta sexta-feira (Imagem: Ricardo Custódio/EPTV)
O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), maior hub da Azul no Brasil, registrou pelo menos 57 voos da empresa cancelados entre quinta (6) e esta sexta-feira (7). As mudanças ocorrem em meio a alta nos casos de Covid-19 e gripe no Brasil, que provocou o afastamento de tripulantes e afetou a operação da companhia aérea neste começo de ano.

A Azul e a Aeroportos Brasil Viracopos, concessionária que administra o terminal, não confirmam, entretanto, que todos os cancelamentos são por conta do aumento dos casos.

Apesar de admitir que as dispensas médicas por conta dos registros das doenças afetaram voos pelo país [veja nota abaixo], a companhia ressaltou que a suspensão de chegadas ou partidas podem se dar por vários motivos, como problemas técnicos e meteorologias adversas.

De acordo com o balanço enviado pela concessionária, foram 24 cancelamentos na quinta-feira (12 chegadas e 12 partidas), além de 33 até o início da tarde desta sexta (16 de chegada e 17 de partida). O aeroporto em Campinas tem uma média de 300 voos por dia. Ou seja, o número de suspensões representa 9,5% do total de movimentação em 48 horas.

Na quinta-feira, a EPTV, afiliada da TV Globo, conversou com a professora Larissa Zurra, que embarcaria de Campinas para Manaus (AM). Ela mora em Tefé (AM) e teve o planejamento na cidade adiado por conta do transtorno. Nesta sexta, a passageira afirmou que a empresa ofereceu hospedagem e alimentação até ela embarcar no novo voo.

"Eles enviaram um e-mail falando que meu voo estava marcado para o dia 7. Depois eles entregaram passagens para o dia 8. Então não sei se eu vou amanhã ou depois de amanhã, mas o transtorno continua, porque a minha filha ainda está um pouco adoentada. Nossas roupas já estão ficando sujas, tem que procurar lavanderia, é mais um gasto", disse.

Um grupo de turistas de Fortaleza (CE) iriam embarcar de volta para a casa do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, foram remanejados para Viracopos e também tiveram o voo cancelado.

"Eles alteraram, mandaram a gente para cá, falaram que a gente ia embarcar hoje 13h e cancelaram de novo. Agora querem colocar a gente num voo com escala em Recife para chegar 23h. Faz 24h que a gente está querendo chegar", completou um dos passageiros.

As dispensas médicas da Azul, que é a líder em transportes de passageiros no Brasil nos últimos 12 meses, segundo dados da Agência Nacional de Transporte Aéreo (Anac), ocorrem diante da necessidade de isolamento de tripulantes com síndromes gripais como Covid-19, em meio ao avanço da variante ômicron, e do vírus H3N2 da Influenza. 

Veja abaixo a nota da companhia na íntegra: A Azul informa que por razões operacionais alguns de seus voos do mês de janeiro estão sendo reprogramados. A companhia registrou um aumento no número de dispensas médicas entre seus Tripulantes – casos esses que, em sua totalidade, apresentaram um quadro com sintomas leves - e tem acompanhado o crescimento do número de casos de gripe e covid-19 no Brasil e no mundo. É importante ressaltar que mais de 90% das operações da companhia estão funcionando normalmente e que os Clientes impactados estão sendo notificados das alterações, reacomodados em outros voos da própria companhia e recebendo toda a assistência necessária conforme prevê a resolução 400 da Anac.

Via g1 / EPTV

Ano-Novo causa onda de passageiros com Covid em aviões

Movimentação de passageiros no aeroporto de Guarulhos entre o Natal e o Ano-Novo
(Foto:  Danilo Verpa - 26.dez.21/Folhapress)
Na última segunda (3), as amigas Flávia e Bruna colocaram a máscara, "se entupiram" de álcool em gel e se seguraram para não tocar em nada durante as duas horas e meia de voo entre Salvador e São Paulo. O pão de queijo foi engolido por baixo da 3M num cantinho do aeroporto.

Um dia antes, o exame havia dado positivo, indicando a presença do do novo coronavírus, e a viagem que era para durar 13 dias foi encurtada para 9. A essa altura, as empreendedoras paulistanas de 26 anos, vacinadas com duas doses, já estavam com tosse, dor no corpo e 37°C de febre.

"Não sabíamos o que fazer. Conversa com mãe, médico, avó, pesquisa, volta, não volta, numa pousada minúscula, na 'noia' de infectar outras pessoas. Cada um falava uma coisa, foi um caos", diz Flávia —os nomes de todos os entrevistados foram trocados a pedido deles.

Elas não foram as únicas. O Réveillon causou uma onda de passageiros com sintomas e testes positivos para Covid-19 viajando de avião para fazer a quarentena em casa, sem dinheiro para estender a hospedagem ou com medo de ficar doente num local desconhecido ou sem estrutura.

O país passa por uma alta dos casos depois das festas de final de ano, impulsionada pela variante ômicron. Entre as companhias aéreas brasileiras, a Azul e a Gol confirmaram um aumento das contaminações entre funcionários (a Latam não respondeu), sendo que a primeira já cancelou voos por dispensa médica de tripulantes.

As empresas dizem que estão seguindo os protocolos para evitar a transmissão. A Azul destaca medidas de distanciamento no check-in, embarque e desembarque, a Gol ressalta que passageiros com Covid podem cancelar ou remarcar a viagem sem custos, e a Latam afirma oferecer a remarcação sem multa, mas com a diferença tarifária.

O país não exige exames nem comprovantes de vacinação para voos domésticos, apenas para internacionais. Quem vem de outro país deve fazer o teste antígeno até 24 horas antes de embarcar ou o PCR até 72 horas antes.

Especialistas apontam que o risco de se infectar em aeronaves é muito baixo se comparado a outros locais fechados, porque elas possuem um sistema que renova o ar a cada poucos minutos. O mais recomendado, porém, é que o viajante cumpra os dez dias de isolamento antes de voar.

No caso de Flávia e Bruna, o baixo risco e o desconforto de estar doente longe de casa pesaram na decisão de voltar para São Paulo. Incluindo elas, 5 dos 9 jovens que passaram o Ano-Novo juntos na praia de Moreré, na ilha de Boipeba (BA), testaram positivo durante ou depois da viagem.

Já para o designer Gabriel, 30, o bolso foi o fator determinante para manter a passagem do Rio de Janeiro para Florianópolis, onde mora. A leve dor de garganta que sentiu na ressaca do Réveillon evoluiu para fraqueza, tontura e febre na última segunda-feira, quando testou positivo.

"Meu namorado, que é médico e mora no Rio, falou que não era uma boa ideia voltar assim, até para ele poder cuidar de mim, mas a família dele está ficando no quarto dele e não tinha condições de pegar uma hospedagem. Estava R$ 500 a diária quando procurei", diz ele, com a voz ainda rouca.

Segundo o infectologista Eduardo Medeiros, professor da Unifesp, também é importante ponderar se a cidade onde o doente está tem estrutura em caso de agravamento da doença. "Se for uma capital, um local com recurso, permanece lá. Agora, se está indo para um local sem assistência nenhuma, é prudente voltar para casa", afirma.

O casal carioca Bianca e Rodrigo, de 32 anos, ainda não se decidiu. Os dois engenheiros estão há quatro dias isolados em um quarto de hotel na praia de Barra Grande, em Cajueiro da Praia (PI), cidade de 7.700 habitantes a 480 km da capital Teresina e onde não há nem testagem para Covid.

Ambos começaram a sentir os sintomas durante o Ano-Novo com 14 amigos no vilarejo de Atins, nos Lençóis Maranhenses. Todos voltaram no dia 2 para o Rio de Janeiro, onde seis deles tiveram o resultado positivo para Covid.

"Nossa passagem está marcada para sexta [7], mas não sabemos ainda o que fazer. Quando o pessoal deu positivo, até consideramos adiantar, porque aqui é longe de qualquer hospital. Nem dormi direito, fiquei nervosa, preocupada. Mas decidimos ficar", conta Bianca.

A dificuldade de saber o exato dia do início dos sintomas, com as consequências dos vários dias de festa e bebida no final de ano, também é um dos empecilhos relatados por jovens para tomar a decisão de viajar. "Tá uma mistura. Você vai tomando remédio para curtir a viagem e vai mascarando os sinais", diz ela.

A rotina do casal tem sido de incontáveis filmes, além de refeições entregues na porta e feitas na varanda do quarto. A camareira entrou uma vez para limpar, enquanto eles ficavam na área externa de máscara, mas eles optaram por não avisar o hotel por não terem a confirmação do teste.

É o segundo ano em que a Covid estraga o Réveillon de Bianca, mesmo tendo agora as três doses da vacina. A virada de 2021 teve que ser cancelada depois que ela se infectou no Natal. "É frustrante, porque planejamos tudo. É a primeira vez que viajamos juntos e não estamos curtindo", diz ela, com dor de cabeça.

Sem máscara e cigarro: a festa no avião que prendeu influencers no México

Imagens da festa no avião realizada por influenciadores e estrelas de reality-show com
destino à Cancún, no México (Imagem: Reprodução)
Sem máscaras, cigarro e muita bebida. Esses são alguns dos pontos que se destacam em uma série de vídeos postados por influenciadores canadenses em uma festa, realizada em um Boeing 737 da Sunwing Airlines, durante o Réveillon.

Após as imagens tomarem as redes sociais, agora as companhias aéreas estão se recusando a levá-los para casa em consequência das infrações cometidas, em consequência do coronavírus.

A história começou no dia 30 de dezembro, quando 100 passageiros, entre eles estrelas de reality shows e influenciadores, fizeram uma balada em um voo fretado de Montreal para Cancún. A ideia era comemorar o Ano Novo longe das regras mais rígidas do Canadá. Nas redes sociais, esses jovens compartilharam vídeos da viagem-balada dentro da aeronave, em que apareciam sem máscara, utilizando indevidamente o sistema de comunicação interno do avião e fumando cigarros eletrônicos — prática que é proibida.


De acordo com o site "Insider", após as publicações viralizarem, o organizador do evento, James William Awad, disse que a viagem de volta dos passageiros que estavam no avião foi cancelada pela Sunwing, a companhia aérea que os levou para Cancún. Outras companhias aéreas, como a Air Canada e a Air Transat, também se recusaram a levá-los de volta a Montreal, alegando problemas de segurança para suas tripulações e outros passageiros, noticiou a "CNN".


Além de estarem "presos" no México, os passageiros foram multados em US$ 5 mil, cerca de R$ 28 mil, em conversão direta, pela festa. 

A polêmica foi, inclusive, comentada pelo primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau: Nós levamos os incidentes neste voo muito a sério. Quando algumas pessoas seguem estritamente as regras e outras têm esse nível de comportamento, é extremamente frustrante".

Ainda de acordo com o "Insider", a companhia aérea Sunwing Airlines teria feito um acordo com os influenciadores e estrelas de reality show, em que aceitariam levá-los de volta para casa desde que todos fossem testados, usassem máscara, fossem proibidos de ficar em pé nos corredores e que não fosse oferecido serviço de bordo ou ofertas de bebidas e alimentos. A proposta foi recusada por James Award, fundador da empresa que promoveu a viagem, a 111 Private Club.

"Ao revisar a situação atual, entendo porque muitos cidadãos ficaram incomodados com o que ocorreu", disse ele ao site "TMZ". O caso segue em investigação e, como informou o ministro dos Transportes do Canadá, Omar Alghabra, se condenados, os viajantes podem pagar até 750 mil dólares canadenses, cerca de R$ 3,3 milhões, e seis meses na prisão. "Já quando coloca a vida de outros em risco e causa danos, o viajante está suscetível a três anos de prisão e/ou até 1 milhão de dólares canadenses em multa", complementou Omar Alghabra.

Via Nossa/UOL

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Vazamento de memorando revela erros cometidos pelos pilotos da Qantas que voltaram a voar

Os pilotos da Qantas estão demonstrando baixo desempenho e estão propensos a cometer erros, revela um memorando interno que vazou.


O memorando, obtido pelo The Sydney Morning Herald e The Age, discute como os pilotos estão rotineiramente cometendo pequenos erros, como confundir altitude com velocidade no ar e iniciar a decolagem enquanto o freio de mão ainda está acionado.

O memorando observa um aumento no número de aproximações instáveis ​​e casos em que a tripulação não percebeu que a aeronave estava sobrecarregada.

“Itens de rotina que costumavam ser concluídos com um mínimo de esforço agora ocupam mais tempo e desviam a atenção do vôo da aeronave ”, dizem os chefes de operações da frota da Qantas no memorando, de acordo com o The Sydney Morning Herald.

O memorando conclui que a interrupção nas operações causada pela pandemia COVID-19 “criou uma situação em que os pilotos especialistas perderam o tempo de retorno e experimentaram uma redução subsequente na capacidade cognitiva”.

Esta não é a primeira vez que pilotos sem prática voltaram ao trabalho após a pandemia e problemas ocorreram. Esses relatórios datam do verão de 2020 e, embora em geral a pandemia tenha resultado na diminuição tanto do número quanto da proporção de acidentes e incidentes, pilotos enferrujados continuaram a ser um problema.

“É altamente improvável que um piloto esqueça como pilotar uma aeronave e é altamente improvável que um piloto esqueça como operar qualquer um dos controles de vôo. Mas um piloto pode esquecer uma ação ou procedimento como parte de uma sequência. Também é possível que a proficiência das habilidades motoras finas possa ser afetada, como a capacidade de fazer ajustes rápidos e precisos na coluna de controle durante uma aterrissagem com vento cruzado ”, disse Brett Molesworth, especialista em segurança da aviação na University of New South Wales, Sydney. em um comunicado de imprensa da universidade.

Buscando enfrentar esses desafios, várias companhias aéreas iniciaram treinamentos e testes adicionais para seus pilotos.

domingo, 2 de janeiro de 2022

Equipes de hóquei russa e tcheca expulsas de avião por violações do uso de máscaras

Os checos tiveram de desistir do jogo contra a Finlândia após casos positivos de COVID-19
O Campeonato Mundial Júnior de Hóquei no Gelo de 2022 recentemente teve que ser cancelado após alguns dias devido a casos de COVID-19 entre as equipes envolvidas. Isso significa que os 10 times tiveram que voltar para casa mais cedo. No entanto, os russos e tchecos sub-20 atrasaram sua viagem de volta, depois de serem removidos do voo por violarem a política de máscara da Air Canada.

O Campeonato Mundial Sub-20 da IIHF de 2022 começou no Canadá em 26 de dezembro de 2021. Com sede dupla nas cidades de Edmonton e Red Deer, em Alberta, 10 equipes se qualificaram para o confronto de inverno. Enquanto os primeiros dois dias passavam sem incidentes, as seleções nacionais começaram a relatar casos positivos de COVID-19 em 28 e 29 de dezembro, suspendendo o torneio.

As discussões sobre a retomada do campeonato parecem marcadas para ocorrer este mês. No entanto, no curto prazo, não havia nada para as equipes fazerem a não ser voltar para casa.

Para a equipe russa, o The Hockey News informa que isso deveria ter acontecido durante a noite de sexta-feira, 31 de dezembro. A primeira etapa foi um serviço da Air Canada de Calgary para Frankfurt, Também a bordo estavam jogadores da seleção tcheca, de acordo com o The Calgary Herald.


O voo em questão parece ter sido AC848, um serviço regular operado pelos Boeing 787-9 Dreamliners da Air Canada. De acordo com dados da RadarBox.com, este voo tem saída programada para as 17:45. Com duração prevista de nove horas e 20 minutos, a sua chegada a Frankfurt está prevista para as 11h05 locais (na manhã seguinte).

No entanto, em 31 de dezembro, este serviço estava sujeito a grandes atrasos. Relatórios nas publicações mencionadas e nas redes sociais contam uma história de perturbações causadas pelos jogadores de hóquei que voltavam para casa. Os atletas se recusavam a cumprir a política de máscaras da Air Canada, apesar de seu esporte exigir o uso de arnês muito mais substancial.

Também houve relatos de jogadores que tentaram fumar a bordo e não seguiram as instruções da tripulação de cabine. Isso acabou levando ao desembarque de todo o vôo depois que a polícia teve que comparecer ao local. Depois disso, os jogadores infratores não puderam voltar a bordo.

Depois de finalmente decolar, o vôo ficou no ar por pouco menos de nove horas (RadarBox.com)
O Calgary Herald observa que o técnico checo Otakar Černý protestou inocência por parte de seus jogadores. Ele afirma que a equipe só foi impedida de embarcar devido ao uso de moletons semelhantes aos do lado russo. 

Falando ao iDnes.cz, ele afirmou que: “Eles nos jogaram na mesma mala que os russos e nos disseram que o grupo todo não poderia mais embarcar no avião. A Air Canada pediu desculpas a nós e, às suas custas, conseguiu um hotel e um vôo para Frankfurt no mesmo horário, um dia depois. Eles também nos garantiram que não voaríamos no mesmo voo que os jogadores russos”.

Independentemente de quem fosse o culpado, o incidente atrasou significativamente o vôo e seus passageiros restantes. Dados do RadarBox mostram que o serviço acabou saindo com três horas e meia de atraso, às 21h19, horário local. Aterrou com três horas e dez minutos de atraso em Frankfurt na tarde seguinte, às 14h10 locais.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Mulher permanece 4h em banheiro de avião após teste positivo de Covid


Uma professora permaneceu durante quatro horas no banheiro de um avião depois de testar positivo para Covid-19, em um voo dos Estados Unidos até a Islândia. Ela descobriu através de um teste rápido feito no próprio banheiro da aeronave.

A mulher identificada como Marisa Fotieo, sentiu um incômodo na garganta ao sobrevoar o oceano e decidiu fazer alguns testes rápidos que teria levado na viagem.

Segundo a estação de notícias 13 On Your Side, a comissária de bordo do avião informou à professora que a aeronave não tinha assentos suficientes para que ela ficasse isolada com segurança, preocupada com a saúde dos outros passageiros, a professora decidiu permanecer no banheiro.

Marisa, ficou em Reykjavik, capital da Islândia - o pai e o irmão da professora também estavam no avião, mas testaram negativo após o pouso - ela permaneceu de quarentena durante 10 dias, enquanto sua família foi para a Suíça.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Por que um avião da Delta voltou para Seattle 6 horas em um voo da China?

O voo já estava a meio caminho para Seul Incheon quando a companhia aérea decidiu retornar
por causa da nova política de limpeza de aviões da China (Imagem: RadarBox.com)
Em uma tentativa de manter a Omicron sob controle, a China instituiu um novo protocolo de limpeza para aeronaves. Na semana passada, esse novo mandato fez com que um Airbus A330 da Delta Air Lines desse meia-volta e voltasse para Seattle depois de várias horas no ar a caminho de Xangai. O Departamento de Estado dos EUA e a Embaixada da China estão atualmente em negociações sobre os novos regulamentos, que a Delta diz ter tornado o voo da semana passada "operacionalmente inviável".

A pandemia e as regulamentações de viagens relacionadas têm causado muita frustração para as companhias aéreas e os passageiros nos últimos anos. Decisões governamentais aparentemente impulsivas sobre testes e quarentena, inclusive para a tripulação, fizeram com que as transportadoras tivessem que cancelar, reprogramar ou redirecionar voos, muitas vezes em um prazo muito curto.

Quem já teve que voltar ao ponto de origem depois de já ter passado um tempo significativo no ar sabe que é uma das coisas mais irritantes que podem ocorrer durante uma viagem. Foi exatamente o que aconteceu com um voo da Delta Air Lines em 21 de dezembro. No caminho de Seattle para Xangai via Seul Incheon, o vôo DL287 fez uma curva no ar. O tempo total de voo de SEA para SEA foi de nove horas e 29 minutos.

Os primeiros rumores sugeriram que o voo mudou devido à proibição de voos para Xangai. A embaixada chinesa nos Estados Unidos negou imediatamente. A Delta também confirmou na terça-feira que o motivo para virar o avião foram os novos procedimentos de limpeza em vigor em Xangai Pudong.

Embora não seja revelado em detalhes, o novo mandato de limpeza para aviões na China aumenta significativamente o tempo necessário no solo. Isso faz parte das novas políticas do país para tentar impedir a disseminação da variante Omicron antes das Olimpíadas de Inverno de Pequim, programadas para começar em menos de dois meses.

Um porta-voz da Delta confirmou à CNN que se o avião pousasse em Xangai, as novas regras teriam causado atrasos substanciais. Devido ao longo tempo necessário para o retorno, os procedimentos de limpeza mais recentes não eram operacionalmente viáveis ​​para a companhia aérea, disse a Delta no comunicado.

A transportadora também disse ao Straits Times que seus serviços para Xangai permaneceriam "muito fluidos" e operariam voo a voo. A Delta opera atualmente serviços duas vezes por semana de Detroit e Seattle para Xangai Pudong.

Os voos duas vezes por semana da American Airlines saindo também seriam afetados, disse a operadora, embora isso ainda não tenha sido notado nos serviços de radar de voo. Enquanto isso, a United Airlines continuará operando seus voos de quatro semanas de San Francisco para Xangai e está trabalhando para cumprir o novo mandato.

A Embaixada da China nos EUA disse que a decisão repentina deixou as pessoas sem certificados de teste COVID-19 válidos, bem como com vistos expirados para os EUA no retorno a Seattle. Ele também disse que está se comunicando com as companhias aéreas para “entender ativamente questões técnicas específicas e discutir soluções para evitar que incidentes semelhantes aconteçam novamente”.

Enquanto isso, um funcionário do Departamento de Estado disse que os Estados Unidos estão buscando mudanças nos novos procedimentos, uma vez que replicam os protocolos já em vigor.

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Os cancelamentos generalizados de voos continuaram pelo quinto dia consecutivo em meio a um aumento nas infecções de COVID-19, elevando o total para cerca de 13.000 desde sexta-feira

Cerca de 13.000 voos foram cancelados desde a manhã de sexta-feira, de acordo com dados da FlightAware.


As companhias aéreas continuam cortando voos à medida que um número cada vez maior de funcionários é infectado pela variante do coronavírus Omicron e o mau tempo de inverno atrapalha partes dos Estados Unidos.

Na manhã de terça-feira, 2.182 voos com partida naquele dia foram cancelados, de acordo com dados do site de rastreamento de voos FlightAware. Dados do site sugerem que cerca de 13.000 voos foram cancelados desde a manhã de sexta-feira.

Dos cancelamentos de terça-feira, 675 - pouco menos de um terço - foram voos dentro, para ou fora dos EUA, de acordo com os dados da FlightAware no momento da escrita.

A United Airlines cancelou 115 voos, ou 5% do total de voos do dia, de acordo com os dados.

A Alaska Airlines cancelou 50 voos programados para terça-feira, ou 8% de seus voos, e a JetBlue cancelou 75 voos, ou 7% de sua programação.

A Delta cancelou 81 voos, ou 3%, e a Spirit cancelou 69 ou 8%.

A SkyWest, que é contratada para alguns voos regionais pelo Alasca, American, Delta e United, cancelou 139 voos na terça-feira, ou cerca de 6% de seus voos regulares.

A American Airlines e a SkyWest disseram anteriormente à Insider que haviam cancelado alguns voos devido ao aumento de casos de COVID-19 entre os funcionários. Um porta-voz da Delta disse que a variante do Omicron afetou os horários da companhia aérea.

Delta, Alaska e SkyWest disseram que as condições climáticas adversas em partes dos EUA, incluindo neve forte no estado de Washington no domingo, também foram responsáveis ​​por alguns cancelamentos. "Os cancelamentos relacionados à tripulação devido ao COVID não são mais um fator", disse um porta-voz do Alasca.


A maior parte dos voos cancelados de terça-feira foi operado por companhias aéreas chinesas, incluindo China Eastern, que cancelou 415 voos, e Air China, que cancelou 190 voos. A companhia aérea indonésia Lion Air também cancelou 124 voos. As três companhias aéreas não responderam aos pedidos de comentários do Insider.

As companhias aéreas cancelaram cerca de 3.300 voos aos domingos e segundas-feiras cada , com quase metade deles partindo ou chegando nos EUA, de acordo com dados da FlightAware. Entre as companhias aéreas dos EUA, a SkyWest e o Alasca tiveram o maior número de cancelamentos na segunda-feira , com a SkyWest cancelando 440 voos, ou cerca de 17% de sua programação, e o Alasca, 172 voos, ou 24% de sua programação.

As companhias aéreas também cancelaram pelo menos 4.200 voos na véspera e no dia de Natal .

Não são apenas as companhias aéreas que estão sendo afetadas pelo aumento dos casos de COVID-19. A Autoridade de Trânsito da cidade de Nova York disse no domingo que os metrôs seriam menos frequentes por causa do surto de COVID-19, que causou doenças aos funcionários.

Via Business Insider

domingo, 26 de dezembro de 2021

Mais de 7.000 voos cancelados no fim de semana; ômicron se propaga pelo mundo


A Europa é atualmente a região com mais casos, com mais de três milhões nos últimos sete dias, 57% do total mundial, assim como a maior quantidade de mortes, seguida por Estados Unidos e Canadá (1,4 milhão de novos contágios).

A França superou a marca de 100.000 novos casos de covid-19 em 24 horas no sábado de Natal, um número sem precedentes. O governo avaliará a situação em uma reunião nesta segunda-feira.

O relatório mais recente do site Flightaware informa quase 2.000 cancelamentos de voos neste domingo, incluindo mais de 570 relacionados com os Estados Unidos – viagens internacionais ou domésticas.

No sábado, o mesmo site registrou quase 2.800 cancelamentos de voos, 970 relacionados aos Estados Unidos.

Na sexta-feira os cancelamentos se aproximaram de 2.400, além de 11.000 voos adiados, segundo o Flightaware.

Muitas companhias aéreas foram obrigadas a deixar pilotos, comissários de bordo e outros funcionários em quarentena, depois que os trabalhadores foram expostos à covid. As empresas Lufthansa, Delta e United Airlines cancelaram diversos voos.

De acordo com o Flightaware, a United Airlines teve que cancelar 439 voos na sexta-feira e sábado, quase 10% das viagens programadas.

“O pico de casos de ômicron em todo país esta semana teve um impacto direto nas nossas tripulações e nas pessoas que dirigem nossas operações”, afirmou a empresa americana em um comunicado, no qual afirma que busca soluções para os passageiros afetados.

A Delta Air Lines cancelou 310 voos no sábado e 170 na sexta-feira, também de acordo com o Flightaware, que menciona a ômicron como o principal motivo do problema e, em menor medida, as condições climáticas adversas.

“As equipes da Delta esgotaram todas as opções e recursos antes de definir os cancelamentos”, afirmou a empresa.

Onze voos da Alaska Airlines foram cancelados, depois que alguns de seus funcionários relataram que foram “potencialmente expostos ao vírus” e iniciaram um confinamento.

As condições climáticas contribuíram para os cancelamentos de voos. Na região oeste dos Estados Unidos a meteorologia prevê tempestades de neve e queda expressiva das temperaturas, o que complicará ainda mais uma situação já caótica. Mas cidades como Seattle e Portland conseguiram aproveitar o Natal com neve.

“Condições de frio anormais e um fluxo de umidade do Pacífico resultarão em períodos prolongados de nevascas e chuvas”, afirmou o Serviço Meteorológico Nacional (NWS) dos Estados Unidos.

As companhias aéreas chinesas representaram o maior número de cancelamentos: a China Eastern cancelou quase 540 voos, mais de 25% do total programado, enquanto a Air China cancelou 267, o que significa quase 25% das decolagens previstas.

Os cancelamentos representam um duro golpe para a tão aguardada retomada das viagens nas festas de fim de ano, depois do Natal de 2020 que foi muito afetado pela pandemia.

Nos Estados Unidos, de acordo com estimativas da Associação Automobilística Americana (AAA), mais de 109 milhões de americanos deveriam deixar sua área de residência de avião, trem ou carro entre 23 de dezembro e 2 de janeiro, um aumento de 34% em relação ao ano passado.

Os cancelamentos não afetaram as viagens do Papai Noel, monitoradas há décadas pelo Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD), que registrou 7.623.693.263 presentes distribuídos este ano.

A pandemia de covid-19 já provocou 5,3 milhões de mortes no mundo desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou o surgimento da doença no fim de dezembro de 2019 na China.

A cidade chinesa de Xi’an, onde os 13 milhões de habitantes estão em confinamento, anunciou neste domingo uma desinfecção “total” e restrições ainda mais duras, no momento em que o país registrou o maior número de casos (206) em apenas um dia em 21 meses.

Via AFP - Imagem: Arquivo / AFP

Ômicron dobra o risco de contaminação a bordo de aviões

Declaração foi dada pelo consultor médico da Associação Internacional de Transporte Aéreo , que representa quase 300 companhias aéreas em todo o mundo.


Os passageiros de aeronaves têm duas ou até três vezes mais probabilidade de pegar a Covid-19 durante um voo desde o surgimento da variante omicron, de acordo com o principal consultor médico das companhias aéreas do mundo.

A nova cepa é altamente transmissível e se tornou dominante em questão de semanas, respondendo por mais de 70% de todos os novos casos apenas nos Estados Unidos. Enquanto os filtros de ar de grau hospitalar em jatos modernos de passageiros tornam o risco de infecção muito menor em aviões do que em lugares lotados no solo, como shoppings, o omicron está se espalhando rapidamente, à medida que mais viajantes voam para o céu nas férias de fim de ano e em família reuniões.

A classe executiva pode ser mais segura do que cabines econômicas mais densamente lotadas, disse David Powell, médico e consultor médico da Associação Internacional de Transporte Aéreo , que representa quase 300 companhias aéreas em todo o mundo. Como antes, os passageiros devem evitar o contato cara a cara e as superfícies que são tocadas com frequência, e as pessoas sentadas perto umas das outras devem tentar não ser desmascaradas ao mesmo tempo durante as refeições, disse ele.

Powell, ex-diretor médico da Air New Zealand Ltd., falou com a Bloomberg News sobre voar durante a pandemia. Aqui está uma transcrição editada.

Quais são os riscos de infecção durante um voo?

Qualquer que fosse o risco com o delta, teríamos que assumir que o risco seria duas a três vezes maior com o omicron, assim como vimos em outros ambientes. Qualquer que seja esse risco baixo - não sabemos qual é - no avião, deve ser aumentado em uma quantidade semelhante.

O que os passageiros devem fazer para minimizar os riscos?

Evite superfícies de contato comum, higiene das mãos sempre que possível, máscaras, distanciamento, procedimentos de embarque controlado, tente evitar o contato cara a cara com outros clientes, tente evitar ser desmascarado durante o voo, para serviços de refeições e bebidas, exceto quando realmente necessário. O conselho é o mesmo, só que o risco relativo provavelmente aumentou, assim como o risco relativo de ir ao supermercado ou pegar um ônibus aumentou com o omicron.

E as máscaras na hora das refeições?

Para um voo de duas horas, é muito fácil dizer, 'apenas mantenha sua máscara o tempo todo.' Mas se for um voo de 10 horas, torna-se pouco razoável pedir às pessoas que não comam e bebam. O que a maioria das companhias aéreas tem feito é encorajar, mas não insistir, que os clientes tentem diminuir um pouco os períodos de retirada da máscara.

Em termos simples, duas pessoas mascaradas têm transmissão mínima de uma para a outra. Se um de vocês remover a máscara, essa pessoa corre um risco maior de transmitir e um risco ligeiramente maior de recebê-la. Mas se vocês dois removerem, obviamente, não haverá nenhuma barreira e você poderá transmitir livremente um ao outro.

Seria mais seguro não voar?

A maior proteção que você pode se dar é ser vacinado e receber reforço. A proteção que você dá a si mesmo de uma máscara extra ou de um tipo diferente de máscara, ou de não voar, francamente, é provavelmente menor do que o benefício que você obteria apenas por estar totalmente impulsionado. Começa a aparecer uma espécie de regra prática, segundo a qual, essencialmente, o omicron perde uma dose de benefício da vacina. Portanto, duas doses contra o omicron significam proteção semelhante a uma dose contra o delta. Isso não está estabelecido na ciência exata, mas parece correlacionar-se aproximadamente com o que está surgindo nos estudos.

É seguro para passageiros saudáveis ​​se uma caixa de omicron estiver no avião?

É um espaço fechado, mas é uma caixa com vazamento, e a pressurizamos colocando um grande fluxo de ar em uma das extremidades e, em seguida, tendo uma válvula de escape na outra extremidade. Então você está sentado em um ambiente com fluxo de ar muito alto. É um espaço fechado, mas que não grita 'risco' para mim. Um pub irlandês com um leque na esquina grita 'risco' para mim, ou um ginásio com um monte de gente gritando, resmungando e suando. Mas qualquer vôo que você faça envolve aeroportos, que são um pouco menos controlados. Portanto, existe risco aí. O que você pode fazer? Vacinação, teste, uso de máscara, distanciamento. As máscaras cirúrgicas são melhores do que as máscaras de pano? Sim provavelmente. Em média, talvez 10-20%.

A maioria dos casos documentados de propagação durante o voo ocorreu em março de 2020 - antes de fazermos os testes, antes de termos máscaras, antes de organizarmos os procedimentos de embarque, antes de haver um alto grau de consciência sobre não voar se você não estivesse bem .

Que tal deixar os assentos do meio nas fileiras vazias?

É incrivelmente atraente, intuitivamente. Isso dá uma distância física maior entre você e a próxima pessoa. Mas não vimos que isso realmente traga muitos benefícios. Mas se houver algum fluxo de ar cruzado do corredor para a janela, ou da janela para o corredor, e você remover a pessoa do assento do meio, estará ajudando a pessoa que estaria no assento do meio. Você provavelmente não ajudou muito a pessoa no assento ao lado, porque é provável que ela deslize sem a obstrução da primeira pessoa.

A tripulação de cabine deve usar roupas de proteção completas, como macacões e proteções faciais?

Provavelmente não. Não houve muita transmissão de passageiro para tripulação em toda a Covid. Houve alguns, mas são números muito, muito pequenos. Tende a ser passageiro para passageiro ou tripulação para tripulação. E, novamente, um número muito pequeno de tripulantes para passageiros. Vamos ser rigorosos quanto às medidas já implementadas e esperar até termos mais dados sobre o omicron.

Quais são os riscos de infecção no aeroporto?

Os requisitos para fluxos de ar a bordo são muito mais rigorosos do que para edifícios de aeroportos em geral. As proteções para a cabine da companhia aérea são: todos permanecem sentados, voltados para a mesma direção, existem essas barreiras físicas que estão no caminho, você tem um alto grau de fluxo de ar que é em geral do teto ao chão, deriva mínima ao longo do avião, um pouco mais de deriva no avião. Aproximadamente 50% do fluxo de ar é fresco de fora, 50% é recirculado, mas quando é recirculado, é filtrado por HEPA, portanto está limpo. A maioria deles não está presente na fase de aeroporto. Você tem muito mais movimento aleatório, muito mais potencial para contato face a face e fluxos de ar geralmente reduzidos. As taxas de ventilação do aeroporto são um décimo, talvez, do que estão no avião.

E as crianças no voo? Como as famílias devem gerenciá-los?

O risco de doenças graves para as próprias crianças pequenas ao viajar é baixo, simplesmente porque o risco de Covid grave é muito baixo para as crianças. É uma das perguntas não respondidas com omicron. O risco não é tanto para eles. O risco é que eles possam estar levemente infectados, sem saber, e potencialmente se espalhando durante a viagem. E isso é um risco. É difícil fazer com que eles mantenham uma máscara. Quanto menores forem, mais difícil será.

Por Luiz Fara Monteiro (R7) - Foto: EPA/EFE