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sábado, 10 de fevereiro de 2024

Companhia aérea começa a pesar passageiros no portão; entenda

Objetivo é calcular equilíbrio da aeronave e garantir voo seguro.


Todos nós sabemos o que é ter nossa bagagem pesada no check-in do aeroporto. A maioria de nós também está familiarizada com o “agachamento da vergonha” – a posição adotada ao vasculhar uma sacola para remover algo pesado, quando você foi informado de que sua sacola está com apenas alguns gramas de excesso de peso.

Mas agora, alguns corajosos passageiros de companhias aéreas estão consentindo em serem pesados ​​antes de embarcar no avião.

Num teste realizado pela transportadora europeia Finnair no seu polo no Aeroporto de Helsinki, passageiros voluntários estão sendo pesados ​​no portão de embarque, a fim de permitir que a companhia aérea refine as estimativas de peso para os planos antes da descolagem.

E em um cenário de pesadelo para quem já tentou levar uma mala de cabine com excesso de peso para dentro do avião, os passageiros estão sendo pesados ​​junto com suas malas de mão.

Felizmente para quem carrega uma mala volumosa, as pesagens não estão vinculadas a reservas individuais ou dados de passageiros. Tudo é anônimo, disse Päivyt Tallqvist, vice-presidente sênior de comunicações da Finnair, à CNN, com apenas o funcionário no portão vendo o peso.

O teste começou na segunda-feira (5) e, na manhã de quinta-feira (8), 800 voluntários já haviam participado, disse Tallqvist, acrescentando que a companhia aérea ficou “positivamente surpresa com o número de voluntários”.

“Comunicamos esta pesquisa aos clientes da Finnair através dos nossos canais de redes sociais e dos nossos aplicativos, e os primeiros voluntários pediram proativamente para participar, mesmo antes de o equipamento ser configurado”, disse ela.

Eles planejam pesar 1.200 passageiros no inverno e mais no verão.

Tallqvist disse que a companhia aérea está coletando dados sobre o peso médio dos passageiros e sua bagagem de mão “para fins de equilíbrio da aeronave e cálculos de desempenho necessários para a operação segura dos voos”.

Mais pesado no inverno


As companhias aéreas calculam o peso dos aviões – o peso de todos a bordo, bem como da carga e bagagem no porão, e coisas como serviço de bordo e tanques – antes de cada decolagem, juntamente com o seu centro de gravidade. O peso e o caimento de uma aeronave podem afetar onde os passageiros podem sentar-se e, em alguns casos, até quantos passageiros são permitidos a bordo e quanta bagagem pode ser transportada no porão. Cada aeronave em que você voa tem um peso máximo definido para uma decolagem segura.

“Embora as companhias aéreas conheçam o peso de todos os outros aspectos, o peso dos clientes e da sua bagagem de mão é calculado utilizando pesos médios confirmados pela Autoridade de Aviação Civil”, disse Tallqvist.

As companhias aéreas geralmente utilizam pesos médios de passageiros fornecidos pela Autoridade Europeia para a Segurança da Aviação, mas também podem usar os seus próprios, aprovados pelas autoridades. A Finnair utiliza as suas próprias medições desde 2018, mas estas devem ser atualizadas a cada cinco anos – daí a atualização.

A Korean Air conduziu seu próprio programa de pesagem em 2023, enquanto a Air New Zealand também fez uma pesquisa de peso no ano passado.

A Finnair está recolhendo dados tanto para o inverno como para o verão, uma vez que os passageiros tendem a usar roupas e casacos mais pesados ​​durante os invernos frios da Finlândia. As pesagens de inverno serão concluídas em fevereiro, e as de verão, entre abril e maio.

A companhia aérea afirma que calculará um peso médio a partir das medidas tomadas e enviará os dados à Agência Finlandesa de Transportes e Comunicações para verificação. Os pesos serão usados ​​para cálculos de carregamento de 2025 a 2030.

E embora muitos passageiros prefiram manter o seu peso em segredo, Satu Munnukka, chefe de processos terrestres da Finnair, garantiu aos passageiros nervosos numa declaração que “os dados recolhidos não estão de forma alguma ligados aos dados pessoais do cliente”.

Munnukka acrescentou: “Registamos o peso total e informações básicas do cliente e da sua bagagem de mão, mas não pedimos o nome ou número de reserva, por exemplo.

“Apenas o agente de atendimento ao cliente que trabalha no ponto de medição pode ver o peso total, para que você possa participar do estudo com tranquilidade.”

Via CNN - Foto: Divulgação

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

A história da companhia aérea brasileira Transporte Aéreo Perdigão


As pessoas que se interessam pela aviação brasileira conhecem a história da Sadia Transportes Aéreos, que começou com alguns aviões cargueiros para transportar os produtos do Frigorífico Sadia, localizado na cidade de Concórdia, em Santa Catarina. Com o tempo, passou a também transportar passageiros, dando origem assim à saudosa Transbrasil.

Poucas pessoas, entretanto, sabem que um outro frigorífico catarinense, o Perdigão, também fez uma breve tentativa de distribuir os seus produtos por aviões. Com isso, também criou a sua própria companhia de aviação, a Transporte Aéreo Perdigão S. A., que praticamente não chegou a transportar passageiros e que não teve uma vida muito longa.

A empresa teve apenas duas aeronaves: um Douglas DC-3 e um Douglas C-47, variante militar do DC-3 com porta de carga que foi produzida aos milhares durante a 2ª Guerra Mundial e que depois foram vendidos bem barato para uso civil quando a guerra terminou.

A primeira aeronave da Perdigão foi o PT-ATP, um Douglas DC-3A-228C, um DC-3 “de verdade”. O s/n dele era o 2197, s/n é uma espécie de número de série do fabricante, e originalmente ele pertencia à Pan American, dos Estados Unidos, aonde ele tinha a matrícula americana NC25657.

Posteriormente, o avião americano foi vendido à Panair do Brasil, aonde passou a voar com o prefixo brasileiro PP-PCI. Com o tempo ele foi vendido para a Perdigão e a sua matrícula foi alterada para PT-ATP.


Em 1956, O DC-3 sofreu um acidente durante o pouso no Aeroporto de Concórdia, onde bateu o trem de pouso em um barranco na cabeceira, saiu da pista e atropelou duas pessoas, sendo que uma delas terminou falecendo.

Depois de recuperado, o PT-ATP voou para a Perdigão até o dia 6 de fevereiro de 1964, quando foi completamente destruído em um acidente em São Sebastião-SC, uma localidade próxima da cidade catarinense de Caçador.

Infelizmente, os detalhes do acidente não são muito precisos, a única certeza que se tem é que a aeronave estava voando de São Paulo para Videira e que, dos três tripulantes que estavam a bordo, dois faleceram e somente um se salvou.

Já a segunda aeronave que a Perdigão operou foi o PT-AYC, um Douglas C-47B-20-DK, cujo s/n era 15653. Quando saiu da fábrica a aeronave foi entregue à USAAF – United States Army Air Forces, onde foi matriculado como 43-49837.

Após isso, foi transferido para a RAF – Royal Air Force e teve a sua matrícula alterada para KN320. Posteriormente ele passou para a aviação civil e foi entregue à Pan American, aonde recebeu o prefixo americano NC4726V, depois teve uma passagem pela RANSA – Rutas Aereas Nacionales S. A., da Venezuela, e teve o seu prefixo alterado para YV-C-ARC.

Com sua passagem pela Venezuela, após isso, foi vendido para a Sadia, aonde recebeu o prefixo brasileiro PP-ASN. Comprado pela Perdigão (inicialmente registrado no nome do Brandalize), o C-47 teve o seu prefixo alterado para PT-AYC. Depois da Perdigão, pertenceu ao Governo do Acre, aonde teve a matrícula PP-ENB.

Posteriormente, o C-47 voltou à vida militar quando foi repassado para a FAB – Força Aérea Brasileira, aonde recebeu a matrícula 2090. Em seguida teve uma rápida passagem pela força aérea boliviana, até ser finalmente transferido para a FAP – Fuerza Aérea Paraguaya, aonde recebeu a matrícula militar 2032. Terminou os seus dias abandonado no tempo no aeroporto paraguaio de Asunción.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Hoje na História: 05 de fevereiro de 1946 - A TWA opera seu primeiro voo transatlântico

(Foto: Lockheed Martin)
No dia 05 de fevereiro de 1946, a Transcontinental e Western Airlines, mais tarde Trans World Airlines (TWA), operou seu primeiro serviço transatlântico comercial.

Operado pelo Lockheed L-049 Constellation, prefixo NC86511, apropriadamente chamado de ‘Star of Paris’, a aeronave partiu do do Aeroporto La Guardia, em Nova York, nos Estados Unidos, às 14h21 (hora local), em direção ao Aeroporto Orly, em Paris, na França. 

(Foto via TWA Skyliner Magazine, 09.02.1961)
O capitão Harold F. Blackburn estava encarregado do avião. Juntando-se a Blackburn no convés de voo estavam os capitães Jack Hermann e John M. Calder, o navegador M. Chrisman e os engenheiros de voo Art Ruhanen, Ray McBride e Jack Rouge. A bordo estavam 36 passageiros, atendidos pelo comissário Don Shiemwell e a anfitriã Ruth Schmidt.

(Foto: Getty Images)
Breves paradas de reabastecimento foram feitas em Gander, Newfoundland (YQX), e Shannon, Irlanda (SNN). 'Star of Paris' finalmente pousou no ORY às 15h57. após um tempo de voo de 16 horas e 21 minutos.

No entanto, esta não foi a primeira surtida transatlântica da TWA. Dois dias antes, outro Constellation 'Paris Sky Chief' (NC86505) partiu do Aeroporto Nacional de Washington (DCA) com destino ao ORY em uma rota de prova. O capitão Hal Blackburn também esteve no comando deste voo histórico que durou 14 horas e 47 minutos.

O capitão Harold F. Blackburn começou a voar com a TWA em 1934. Ele permaneceu na companhia aérea por mais de 25 anos e operou Boeing 377 para a Divisão Intercontinental da TWA durante os anos de guerra através do Atlântico Sul. Blackburn também comandaria o primeiro voo Boeing 707 da companhia aérea de Nova York a Paris em 1961.


O 'Star of Paris', prefixo NC86511 (foto acima), foi entregue à TWA em dezembro de 1945. Em 18 de novembro de 1950, foi envolvido em um pouso de emergência no Aeroporto de Long Beach (LGB), onde o trem direito entrou em colapso. Depois de ser reparado, voltou ao serviço, renomeado como 'Star of Dublin'.

Tragicamente, em 1º de setembro de 1961, a aeronave foi perdida após se envolver em um acidente fatal logo após a decolagem do Aeroporto Midway de Chicago (MDW). Todas as 78 almas a bordo foram mortas.

Com informações do Airways Magazine, This Day in Aviation e Simple Flying

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Guia prático do check-in online: saiba como fazer!

Confira como adiantar o procedimento para um embarque mais prático no aeroporto!

(Foto: Reprodução)
Embora viajar de avião seja o desejo de muitos, os procedimentos de aeroporto podem causar medo e confusão. Por isso, trouxemos um guia completo para você aprender a fazer check-in online para um embarque prático e sem atrasos!

Afinal, quem nunca teve receio de perder um voo? Pois saiba que esse problema é mais comum do que você imagina. O que significa que saber fazer procedimentos como o check-in online pode adiantar sua vida.

No entanto, muitas pessoas têm dificuldade ou desconhecem a possibilidade, deixando tudo para a última hora. Então, se você vai viajar de avião pela primeira vez, ou mesmo se quer saber mais sobre esse procedimento, continue a leitura.

Dessa forma, você vai conferir tudo sobre o check-in online através de um guia prático para tirar todas as suas dúvidas. Saiba o que é, como funciona e veja um passo a passo completo para entender como fazer!

O que é o check-in online?


O procedimento de check-in nada mais é do que uma confirmação da sua presença no voo. Embora seja obrigatório em todas as companhias, existem formas mais práticas de fazer, como online, por exemplo.

A palavra check-in vem da língua inglesa e significa literalmente “dar entrada”. Nesse sentido, em um processo completo, o passageiro faz a reserva do voo comprando as passagens, dá a entrada fazendo o check-in e depois embarca.

O procedimento é bastante prático, especialmente para check-in online, mas algumas companhias ainda disponibilizam instruções e um guia para os passageiros. Então, se você tiver dúvidas, pode entrar em contato com a empresa.

Ademais, é na etapa do check-in que o passageiro vai confirmar o assento escolhido, ou mesmo reservar a poltrona caso ainda não tenha feito. Portanto, não deixe para a última hora e use seu celular smartphone para fazer de maneira prática!

Como fazer check-in pelo celular ou totem no aeroporto?


Primeiramente, saiba que existem diversas formas de fazer o check-in do seu voo e confirmar seu assento na aeronave. No entanto, o check-in online segue sendo a maneira mais prática para cumprir o procedimento.

De um modo geral, fazer o check-in na Latam, Gol, Azul e outras companhias populares é ainda mais fácil pelo app ou site oficial da empresa. Mas você também pode aproveitar os totens no aeroporto para fazer.

Check-in online pelo aplicativo ou site


Antes de mais nada, confira com a companhia pelo guia do site ou central de atendimento qual o prazo para realizar seu check-in online prático e seguro. Aliás, lembre-se que alguns voos podem não oferecer essa opção!

Caso sua companhia possua um aplicativo exclusivo, acesse a loja digital do smartphone e faça o download gratuitamente. Em seguida, toque para abrir o app e encontre a opção de check-in online para realizar o procedimento.

Agora, se preferir, você também pode acessar o site oficial da companhia através do seu computador. Então, é só seguir a mesma regra e clicar na aba de check-in online, preenchendo os campos com os dados solicitados.

Check-in pelo totem no aeroporto


Embora possa parecer complicado, o check-in no totem é ainda mais simples! No entanto, tenha a certeza de chegar ao aeroporto com tempo hábil para imprimir seu cartão de embarque, despachar malas e seguir para a aeronave.

Assim que estiver no aeroporto, procure por um totem de autoatendimento. Então, toque na opção para fazer seu check-in e preencha com informações como documento e código da reserva. Depois aguarde a impressão do cartão de embarque.

Viu como é prático o guia para fazer check-in online e pelo totem? Mas atenção ao preencher os campos com seus dados, ok? Além disso, se você precisar despachar a bagagem, pode ser que o check-in no totem não esteja disponível.

Documentos necessários


Cada companhia aérea possui um formulário personalizado para fazer o check-in. No entanto, veja a seguir neste guia prático do check-in online quais são os dados básicos que o passageiro deve informar de modo geral:
  • Documentos pessoais de identidade;
  • Código da reserva do voo;
  • Passaporte para voos internacionais.
Ademais, vale lembrar que você também vai precisar apresentar seus documentos e o cartão de embarque na hora de embarcar. Nesse sentido, documentos como a identidade digital e a CNH Digital também são aceitos.

Dicas de aeroporto para uma viagem tranquila: confira quatro!


Assim que você fizer seu check-in e confirmar sua presença no voo, chegou a hora de embarcar para seu passeio! Mas, será que você está realmente preparado para uma viagem de avião confortável?

Além do passo a passo prático de como fazer check-in online, separamos um guia com dicas incríveis para viajar de avião de forma tranquila. Então, veja a seguir como se organizar para voar sem contratempos.

Chegue com antecedência

Embora o check-in online sirva para trazer mais praticidade ao seu embarque, chegar no aeroporto com antecedência é essencial! Aliás, se você precisa despachar sua bagagem, é muito importante separar um tempo hábil.

Além disso, para viagens internacionais é necessário passar pela imigração no aeroporto e é comum enfrentar filas durante essa etapa. Portanto, faça um bom planejamento e saia de casa com antecedência.

Use roupas confortáveis

Essa é uma das principais dicas desse guia prático, além de fazer o check-in online. Aliás, se você vai fazer uma viagem mais longa de avião, usar roupas confortáveis é essencial para um voo tranquilo!

Nesse sentido, é comum notar um inchaço de pernas e pés, além de um assento com movimentação limitada. Portanto, evite roupas apertadas e sapatos desconfortáveis, ou você vai ficar incomodado dentro da aeronave.

Fique de olho nos painéis

É comum encontrar os horários de voos no painel eletrônico em aeroportos. Nesse sentido, uma boa dica deste guia prático para viagens de avião é ficar atento às informações após fazer seu check-in online!

Afinal, horários de voos e portões de embarque podem mudar a qualquer momento! Por isso, verificar se há atrasos ou qualquer mudança no voo é muito importante para que você se dirija para o local certo.

Viaje leve

Se você quer ter um embarque prático após fazer o check-in online facilmente, uma dica essencial do nosso guia é viajar leve sempre que possível. Ou seja, evitar ao máximo ter que despachar suas malas!

Então, fique atento às regras da companhia quanto às malas que você pode levar na cabine e procure não ultrapassar o peso ou tamanho. Assim você não precisa passar no balcão da companhia para despachar e segue direto para o embarque!

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Hoje na História: 25 de janeiro de 1959 - A era do jato é inaugurada pela American Airlines

O 'Flagship California', N7503A
Em 25 de janeiro de 1959, a "Era do Jato" (“The Jet Age”) foi inaugurada quando a American Airlines deu início ao primeiro serviço transcontinental de passageiros programado com seu novo Boeing 707-123 Astrojet. 

O Capitão Charles A. Macatee III voou no 'Flagship California', N7503A, do Aeroporto Internacional de Los Angeles, na costa sul da Califórnia, para o Aeroporto Internacional de Nova York ¹ na cidade de Nova York, em 4 horas e 3 minutos.

Outros membros da tripulação de vôo inaugural foram o capitão Lou Szabo, o engenheiro de voo William J. Duncan, o engenheiro de voo Norman S. Rice, a aeromoça Claire Bullock, a aeromoça Edna Garrett, a aeromoça Argie Hoskins e a aeromoça Marilyn Rutkowski. Cyrus Rowlett Smith, presidente da companhia aérea, também estava a bordo como passageiro.

O voo partiu de LAX pela pista 25 às 9h05, horário padrão do Pacífico. Cerimônias no aeroporto, com até 25.000 espectadores, atrasaram o voo em 20 minutos, mas um vento de cauda de 150 nós (278 quilômetros por hora) permitiu que o voo compensasse o tempo perdido e eles chegaram ao aeroporto de Idlewild no horário previsto.

A Flagship California voltou a Los Angeles no mesmo dia. Voado pelo capitão Hamilton C. Smith, o 707 partiu de Idlewild às 18h26, horário padrão do leste dos EUA, chegando ao LAX 6 horas e 33 minutos depois.

Esse voo foi tão significativo que companhias aéreas rivais, como a BOAC e a Pan Am, publicaram anúncios de página inteira nos jornais parabenizando a American Airlines por seu voo inaugural.

Os preços dos ingressos para a primeira classe só de ida eram $ 198,88 e $ 124,40 para o ônibus. Os passageiros em direção ao leste incluíram a atriz Jane Wyman e o piloto de caça da Segunda Guerra Mundial, Brigadeiro General Robert Lee Scott Jr., autor de God is My Co-Pilot . O poeta Carl Sandburg voou no vôo de volta para o oeste.

Antes do primeiro voo de passageiros, o capitão Macatee e o capitão Smith voaram no Boeing 707 por 200 horas. Em uma entrevista trinta anos depois, Macatee comentou: “Mas aquelas quatro horas e três minutos foram as maiores para mim. Eles sempre serão. ”

Tripulação de voo inaugural da American Airlines com Boeing 707 Flagship Califórnia, em LAX, 25 de janeiro de 1959. Da esquerda para a direita: Engenheiro de voo Norman Rice, aeromoça Marilyn Rutkowski, aeromoça Edna Garrett, capitão Charles Macatee, aeromoça Argie Hoskins, capitão Lou Szabo, aeromoça Claire Bullock, Engenheiro de Voo Bill Duncan (American Airlines)
O Boeing 707 foi desenvolvido a partir do modelo 367-80 anterior, o “Dash Eighty”. É um transporte a jato de quatro motores com asas inclinadas e superfícies de cauda. A borda dianteira das asas é varrida em um ângulo de 35°. O avião tinha quatro tripulantes: piloto, co-piloto, navegador e engenheiro de voo. O avião podia transportar no máximo 189 passageiros.

O Boeing 707 esteve em produção de 1958 a 1979. 1.010 foram construídos. A produção de 707 aeronaves continuou em Renton até que a última fosse concluída em abril de 1991.

O primeiro Boeing 707 da American Airlines foi este 707-123B, N7501A, fotografado por Jon Proctor em Chicago O'Hare, 30 de julho de 1961 (Foto: Jon Proctor/Wikipedia)
Em 1961, o N7503A foi atualizado para o padrão 707-123B. Isso incluiu uma mudança dos motores turbojato para Pratt & Whitney JT3D-1 mais silenciosos, potentes e eficientes. As asas do 707-123B foram modificadas para incorporar as mudanças introduzidas com o Boeing 720 e um painel traseiro mais longo instalado.

Após 28 anos, o Astro Jet inaugural da American Airlines foi aposentado.

Por Jorge Tadeu (com informações de Wikipédia e Airways Magazine)

112,6 milhões de brasileiros viajaram de avião em 2023, aponta Anac

Número representa alta de 15,3% e é melhor resultado anual desde 2020, quando teve início pandemia de Covid.

Dados de dezembro de 2023 (ANAC)
Em 2023, 112,6 milhões de brasileiros viajaram de avião. O número representa alta de 15,3% em relação ao ano anterior, sendo que é o melhor resultado anual desde 2020, quando teve início a pandemia de Covid-19.

Esse também foi a primeira vez que os resultados do setor aéreo ultrapassam a marca de 100 milhões de passageiros anuais desde a pandemia. Os dados fazem parte do relatório de demanda e oferta da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e foram divulgados na segunda-feira (22) pelo Ministério de Portos e Aeroportos em conjunto com o Ministério de Turismo.

Do total de passageiros, 91,4 milhões viajaram em voos domésticos, ante os 82,2 milhões registrados em 2022, e 21,2 milhões em voos internacionais, comparado aos 15,4 milhões de 2022. O crescimento no número de voos domésticos foi de 8%, para 789,3 mil, e de 29,8% nos internacionais, para 112 mil voos. No total, o aumento médio de voos chegou a 10,5%.

O levantamento mostra ainda que os aportes públicos totalizaram R$ 187 milhões e foram voltados para aviação regional. Já o investimento privado chegou a R$ 1,2 bilhão. Para 2024, a previsão é de que os recursos mais do que dobrem, chegando a R$ 480 milhões do setor público e a R$ 2,6 bilhões no privado, conforme o levantamento.

Os dados estão disponíveis na mais recente atualização do relatório de demanda e oferta publicado mensalmente pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). O relatório apresenta, além de dados de movimentação de passageiros, movimentação de cargas, fluxos por aeroporto, companhia aérea, rotas, entre outros.

Via InfoMoney e ANAC

sábado, 20 de janeiro de 2024

O que aconteceu com os McDonnell Douglas DC-10s da Varig?

Em 1927, a Varig se tornou a primeira companhia aérea a ser fundada no Brasil. Por décadas, dominou a aviação comercial brasileira, principalmente seu mercado internacional. 

Entre suas aeronaves estavam 15 exemplares do notável trijet McDonnell Douglas DC-10-30 de corpo largo. No momento em que a companhia aérea fechou em 2006, a maioria de seus DC-10s já havia partido para outras empresas. Mas para onde essas aeronaves foram parar?

Varig DC-10 Zurique 1995. A Varig operou o McDonnell Douglas DC-10 por mais de
três décadas após seu lançamento em 1974 (Foto: Aero Icarus via Flickr)

O DC-10 na Varig


O nome Varig era na verdade uma sigla, significando V iação A érea RI o- G randense. O Planespotters.net relata que a primeira de sua aeronave McDonnell Douglas DC-10-30 chegou à companhia aérea em maio de 1974. Registrado como PP-VMA, foi o primeiro de três DC-10s que a Varig recebeu naquele ano. 

O maior número de entregas em um único ano ocorreu em 1980, quando a companhia aérea recebeu mais seis exemplares entre janeiro e novembro. O último par chegou à companhia aérea em julho de 1994.

A McDonnell Douglas projetou o DC-10 como um sucessor de longo alcance de seu jato DC-8 quadjet de corpo estreito. O primeiro vôo do tipo ocorreu em 1970, com o serviço comercial começando com a American Airlines um ano depois.

Varig DC-10 Orlando, Flórida. A Varig recebeu seu último DC-10 em 1994 (Foto: Getty Images)
A produção da aeronave durou um período de 20 anos entre 1968 e 1988. Durante esse tempo, McDonnell Douglas produziu 386 exemplares do DC-10, bem como 60 aviões tanque militar KC-10. McDonnell Douglas posteriormente desenvolveu o tipo no MD-11 maior. A Varig operaria 26 exemplos desse tipo.

Onde eles foram parar?


Os primeiros DC-10s a deixar a frota da Varig foram PP-VMO, PP-VMP e PP-VMR, em 1980. Todas as três aeronaves estavam com a companhia aérea há apenas um ano em arrendamentos de curto prazo. Os dois primeiros vieram da (e posteriormente retornaram à) Canadian Pacific Air Lines. 

Enquanto isso, o PP-VMR voltou para seu proprietário original, Singapore Airlines, onde permaneceu até 1983. Depois disso, passou o resto de sua carreira em uma configuração de 314 lugares para toda a economia com Biman Bangladesh Airlines, que aposentou este exemplo em 2011

A maioria dos DC-10s remanescentes da Varig deixaram a empresa aérea durante a década de 1990 após períodos consideravelmente mais longos. Os destinos para estes incluíam outras companhias aéreas sul-americanas. Entre eles estavam a ex-operadora de bandeira uruguaia PLUNA e a venezuelana Avensa.

Dois dos DC-10 da Varig foram para a Northwest em 1999. A companhia aérea aposentou seu último DC-10 em 2007 e se fundiu com a Delta em 2010 (Foto: Getty Images)
Outros exemplos encontraram novas oportunidades de vida na América do Norte, com a transferência do PP-VMD para a Canadian Airlines International em março de 1998. Dois ex-Varig DC-10s também chegaram à Northwest Airlines , uma das maiores operadoras do tipo, em 1999.

Operações de carga


Os dois últimos DC-10s a deixar a Varig permaneceram com a empresa em alguma capacidade. O PP-VMU (2001) e o PP-VMT (2006) mantiveram seus registros brasileiros e foram transferidos para a Varig Logística, divisão de carga da companhia aérea.

Aqui, eles foram reconfigurados para operar serviços de frete, e permaneceram na VarigLog até 2009. Em seguida, a locadora americana Pegasus Aviation obteve as duas aeronaves, que voltou a registrar como N576SH e N578SH. Ambos os exemplos foram desfeitos no Marana Pinal Airpark, no Arizona, em setembro de 2017.

VarigLog DC-10F Miami. A VarigLog operou três aeronaves DC-10F. Dois deles haviam servido anteriormente na divisão de passageiros da companhia aérea (Foto: Aero Icarus via Flickr)
A VarigLog também operava um terceiro DC-10F, que tinha o registro PP-VQY. Este havia voado anteriormente sob o registro G-BEBL da British Caledonian Airways. Aqui, foi nomeado Sir Alexander Fleming - The Scottish Challenger , embora tenha sido alterado para Forest of Dean quando a British Airways assumiu a companhia aérea.

O PP-VQY voou para a VarigLog entre abril de 2001 e setembro de 2008. Em seguida, foi obtido pela companhia aérea de carga canadense Kelowna Flightcraft e registrado novamente como C-GKFB. Foi desmembrada em Hamilton, Ontário, em junho de 2016. 

Quanto à VarigLog, ela sobreviveu à divisão de passageiros da companhia aérea por seis anos, fechando em 2012. Nessa época, sua frota consistia de apenas quatro estreitos Boeing - um 727, um 757 e um par de 737s.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com informações do Simple Flying

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

O que é skiplagging e por que a prática é 'odiada' pelas companhias aéreas?

Skiplagging, no mercado de aviação comercial, consiste em comprar um voo
para um destino e desembarcar em uma escala (Foto: Shutterstock)
Segundo um inglês, conhecido das andanças pela França, skiplagged não tem tradução fácil, mas skip pode significar “pular algo, livra-se de algo” como “to skip school”, livrar-se da escola.

Skiplagging, no mercado de aviação comercial, consiste em comprar um voo que realiza pelo menos uma escala ou uma conexão, porém, ao invés do passageiro voar até o destino final que consta no bilhete comprado, desembarca no meio do caminho.

Digamos que compremos um bilhete de Guarulhos para São Luís no Maranhão, com conexão em Fortaleza. O passageiro que realiza skiplagging desembarca em Fortaleza.

Na verdade, então, o passageiro não desejava chegar a São Luís, mas tinha Fortaleza em mente.

Um dos pontos que você deve estar pensando é que se esse passageiro despachou malas e que elas irão até São Luís.

Exatamente. Aí um ponto central da estratégia: despachar malas, nem pensar. O viajante deve se valer de volumes pequenos, de até 10kg, que possam ser acomodados no compartimento interno de bagagens.

Agora que você já sabe o que é skiplagging, por que pessoas buscam esses itinerários não ortodoxos?

Porque algumas vezes, o preço final é relevantemente menor.

Qual o grande efeito colateral do skiplagging?


Voos muito mais longos, estratégia muito sensível a mudanças de logística da companhia aérea. E se a conexão no destino que você deseja descer for trocada por um voo direto ou por conexão em outra cidade?

Qual a lógica da estratégia?

Vamos contextualizar com a situação do Brasil. As três grandes companhias aéreas do país operam numa sistemática de hubs nacionais, concentradores de voos.

Já que os hubs são grandes concentradores de voos, operações entre hubs têm grande demanda de passageiros, estão entre os 10 aeroportos mais movimentados do país e, naturalmente, o preço de passagens é alto, mais pela grande procura, do que por critérios de custo de operação. O que vale não é a distância, mas a demanda.

Assim, quando procuramos voos entre Guarulhos e Salvador ou Guarulhos e Brasília, o preço de voos, sobretudo diretos, é bastante elevado, já que as taxas de ocupação desses trechos frequentemente ultrapassam os 90%.

Então, entre grandes aeroportos, a tarifação das companhias tende a ser sempre alta, são aeroportos que dão bons retornos econômicos às aéreas, em regra.

Entre aeroportos menos movimentados ou até entre um hub e um aeroporto médio/pequeno, a demanda tende a ser menor. É muito comum vermos ocupações que variam de 60% a 80% entre rotas médias e pequenas, ou seja, há sempre quantidade de assentos vazios.

Assim, uma tarifação elevada certamente “mataria” a rota. Logo, a forma que as companhias tendem a manter rotas menos demandadas são pelo menos duas:
  1. Ligar cidades médias aos hubs;
  2. Tarifas médias ou baixas.
E é nos dois quesitos acima que a estratégia skiplagging deve se basear em sua maioria. O viajante deverá buscar por passagens entre destinos menos badalados, torcendo que haja paradas no destino onde deseja ir: menor demanda, menor preço.

Plataformas especializadas em skiplagging


No Google, há muitas páginas sobre skiplagging, milhares de menções. Desde informações sobre, até plataformas buscadoras de passagens que usem a estratégia como a americana Skiplagged.

A página é icônica porque foi organizada por um americano de 22 anos e que foi processado por grande companhia dos Estados Unidos, que buscava mitigar a ocorrência de skiplagging.

Na página da plataforma, a capa diz: “nossos voos são tão baratos, que a UNITED nos processou... mas nós vencemos”.

Nós inclusive comparamos os preços de viagens diretas no skiplagged.com e em buscadores nacionais para validá-la e os preços eram, de fato, praticamente idênticos às ferramentas nacionais.

A plataforma funciona nos termos de vários outros buscadores, em que o viajante informa origem e destino, põe data de ida e volta. Porém, noutra tela, o viajante pode selecionar a cidade onde realmente deseja desembarcar: “layover cities” ou cidades-escala. Posso escolher voar entre hubs grandes, mas desembarcar numa cidade menor: tudo pensado para dar bom retorno financeiro às buscas.

Nos resultados, o usuário informa se quer buscar voos de maneira convencional, destino final onde realmente deseja ir, ou através da chamada (cidade-escondida) “hidden-city”, que é o skiplagging.

Interessante notar que no caso acima, a estratégia não funciona na data mencionada: um voo entre Guarulhos e Fortaleza (03/01) está mais barato em voo direto (R$ 681,00).

Porém, entre Guarulhos e Recife, mesmo dia, skyplagging dá leve vantagem financeira e ainda mais com voo direto.

A plataforma consegue ainda otimizar o tempo de voos para a chegada no destino realmente buscado.

Assim, como vemos, skyplagging é uma ferramenta (ainda que seja controversa) que consegue auxiliar algumas vezes a busca por melhores preços de passagem.

Como vimos, há alguns efeitos colaterais para a estratégia como voos demasiadamente longos, tempo bem superior ao convencional entre ou a não possibilidade de se despachar malas ou os avisos legais de que as companhias aéreas “não curtem que você perca voos para economizar dinheiro”, conforme aviso da plataforma.

Há reportes do exterior de companhias aéreas processando passageiros a fim de apresentar punições exemplares e evitar novos casos.


Demais estratégias que buscam baratear passagens


A aquisição de passagens através da combinação entre milhas aéreas e pagamento em dinheiro (dinheiro, cartão, débito) pode ser uma opção para um viajante que e/ou não deseja pagar o valor cheio do trecho ou que não possua a total quantidade de milhas requerida.


Assim, nos sites das grandes companhias aéreas sempre há a chance de busca de passagem com milhas ou milhas+dinheiro, que pode ser uma boa alternativa ao viajante, sobretudo se você tem bastante milhas advindas de gastos com cartões de crédito, por exemplo.

Vi algumas menções a buscar passagens com abas anônimas de navegadores, mas não consegui verificar diferença de preço. Teoricamente, com aba anônima, o site não conheceria minha tolerância a preço, podendo propor preços mais baixos.

Prejuízo para as companhias aéreas


Em todos os textos que li sobre skiplagging sempre se chama atenção sobre como as companhias aéreas buscam evitar a artimanha.

A prática resulta em prejuízo direto para as empresas quando vemos que, saltando antes do fim do voo, paga-se mais barato e o viajante não dá tempo para que a aérea recomercialize seu assento nos trechos em que deveria estar a bordo. No Brasil, não é uma prática ilegal, mas pode ser taxada de antiética.

Esse prejuízo acontece de fato em um ramo da economia que é extremamente frágil a ondas de baixa demanda, combustíveis, etc. A aviação comercial é negócio de risco e o retorno médio das mais bem geridas companhias aéreas do mundo não chega a dois dígitos. Brinca-se que a forma mais fácil de se fazer um milionário é um bilionário comprar uma empresa aérea.

Por outro lado, muitos textos que li consideram que skiplagging é consequência de uma precificação de oportunidade, não embasada em reais custos para se voar, mas em custo especulativo sobre demanda.

Esse custo especulativo certamente pode chegar a ser ruim para a própria companhia aérea, que comercializa menos assentos. Na pandemia, vi vários relatos de viajantes que pagavam mais de R$ 2000 para voar num trecho de 1h e mostravam o avião com baixíssima ocupação.

Qualquer estudante secundarista sabe que o máximo faturamento de vários empreendimentos não se dá com a máxima ocupação, porém a estratégia de preços, cancelamento de passagens, remarcação, por exemplo, é muito nociva ao passageiro também.

Nesse meio, certamente, há muito espaço para discussão.

Via Igor Pires (Diário do Nordeste)

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Hoje na História: 15 de janeiro de 2001 - Fundação da Gol Linhas Aéreas Inteligentes

GOL: veja a evolução da companhia desde o seu primeiro ano de operações.

Via Aeroflap

(Foto: Gabriel Melo)
Neste dia 15 de janeiro, a GOL Linhas Aéreas está completando mais de duas décadas de operações, esta que foi a primeira companhia aérea sob o conceito de low cost e low fare do país, mudou diversas práticas para os passageiros brasileiros. Neste artigo vamos falar um pouco sobre a trajetória da ‘laranjinha’ e mostrar o cenário atual.

Destinos e cidades atendidas


Lançada oficialmente em agosto do ano 2000, fez o seu primeiro voo em 15 de janeiro de 2001 com um Boeing 737-700 partindo de Brasília para Congonhas em São Paulo ás 06h56 da manhã.

Propaganda de lançamento da GOL (Imagem: Aviaçãocomercial.net)
A GOL iniciou suas primeiras rotas para 10 cidades, sendo São Paulo no Aeroporto de Congonhas e também em Campinas, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador e Recife. A empresa encerrou 2001 com 17 cidades atendidas.

Ainda no ano de 2001, a empresa conseguia autorização do DAC, na época, para operar na maior rota do país, a ponte aérea Rio-São Paulo.


Pouco mais de um ano depois, a companhia fundada por Constantino de Oliveira Júnior já realizava voos para todas as regiões do Brasil. Em 2004, a empresa chegava a sua primeira base internacional sendo Buenos Aires na Argentina.

Em 2005, a GOL já atendia a todas as capitais do Brasil, e consolidava seu hub nos Aeroportos de Brasília, São Paulo (CGH), Rio de Janeiro (GIG). A expansão internacional continuava chegando a mais cidades na Argentina, assim como Santiago no Chile e Santa Cruz de la Sierra na Bolívia.

A medida que os anos passavam, a GOL abria novas bases domésticas e forçava seus hubs assim como para a malha internacional. Em 2009 começou a realizar seus primeiros voos durante a alta temporada para Aruba no Caribe, a partir do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Também foram acrescentadas bases em Caracas, Barbados e Punta Cana.

Ainda em 2009, permitia seus clientes a voarem para a Europa através do acordo de parceria com a Air France/KLM em voos de codeshare e também em acordo com a American Airlines. A empresa buscava alçar voos ainda maiores em 2012 com o início dos voos para os EUA com uma escala em Santo Domingo.

Nos dias de hoje, a malha doméstica da GOL atende mais de 72 bases no Brasil, incluindo rotas regionais. A companhia também atende a 14 destinos internacionais em voos próprios em 10 países.

Hoje o Aeroporto de Brasília e o Aeroporto de Guarulhos em São Paulo, possuem voos para todas as capitais do país através da malha da GOL, consolidando dois grandes hubs da empresa.

Frota


A GOL iniciou sua trajetória com uma frota nova e moderna, com apenas o Boeing 737-700 de modelo. Inicialmente eram sete aeronaves, sendo boa parte delas novas de fábrica.

Durante alguns anos o 737-700 continuava a ser a principal aeronave da companhia, em 2002 os primeiros 737-800 começavam a chegar mas ainda estava longe de ser a principal aeronave.

Ao final de 2002, a frota da GOL chegava a 19 aeronaves, sendo 15 737-700 e 4 737-800. A frota ganharia um ‘novo avião’ para ajudar na expansão da empresa a partir de 2004, com a chegada do Boeing 737-300 que viria para ‘tampar’ buraco durante algum tempo.

Boeing 737-700 em Congonhas (Foto: Aeroprints.com via Wikimedia)
Com um lucro invejável, uma operação enxuta, a ‘laranjinha’ em 2005 fez a maior encomenda de uma companhia aérea brasileira, o pedido foi para 63 aeronaves Boeing 737. Pedido este que tempos depois, seria elevado para 101 novas aeronaves.

Os novos aviões começavam a chegar em 2006, já com o inovador pacote Short Field Performance que permitiriam a empresa a operar no Aeroporto Santos Dumont com maior capacidade e liderar a oferta de assentos.

Frota crescia com o Boeing 737-800 (Imagem: Aviaçãocomercial.net)
Em pouco tempo, o Boeing 737-800 se tornava a espinha dorsal da frota da GOL, número que foi elevado para 41 aeronaves ao final de 2007, superando o número da versão -700 na frota.

Com a aquisição da Varig em 2007, a companhia também passava a contar com aeronaves widebody pela primeira vez em sua história, o Boeing 767 com as versões -200 e -300 agora estavam na frota da empresa.

Boeing 767 da Varig que já operou voos para a GOL (Foto: Ricardo Rodrigues via Planespotters)
Com isso também foi elevado o número de aeronaves 737-300 que foram herdados da Varig, aeronave esta que a GOL estava devolvendo gradativamente em razão de seus custos operacionais.

O Boeing 737-800 continuava soberano na frota ano após ano, chegando a GOL a operar mais de 100 aeronaves do tipo em 2013. Os 767s deixaram a frota em 2011, o mesmo ano que a companhia aérea recebia o primeiro exemplar do 737 com o novo Sky Interior.

Alguns 737-700 começaram a serem devolvidos, assim como alguns 737-800 mais antigos e substituídos por novos e com o pacote SFP. Em 2018, a GOL recebia o seu primeiro Boeing 737 MAX 8.

O novo avião permitiria a empresa a retomar seus planos de fazer voos para os EUA, porém com um alcance maior, o 737 MAX permitiu a GOL fazer voos diretos para Miami e Orlando a partir de Brasília seu hub e também de Fortaleza.

Boeing 737 MAX da GOL (Foto: Pedro Viana)
Com o aterramento da frota mundial de 737 MAX, a GOL honrou os bilhetes de seus passageiros mas em alguns casos realizava uma escala técnica em Punta Cana, tanto no trecho de ida como o de volta. Em 2020, foi a primeira no mundo a realizar voos com a aeronave após a nova certificação e deu iniciou seu plano de modernização de frota.

Em 2022, a empresa passaria a utilizar pela primeira vez em sua história, uma aeronave totalmente dedicada ao transporte de cargas. Utilizando antigos 737-800, a GOL realizou a conversão e colocou de novo em operação, porém como cargueiros em parceria com o Mercado Livre.

Atualmente, a frota da GOL é de 141 aeronaves, sendo 19 737-700, 84 737-800 incluindo os dois cargueiros, e 38 737 MAX 8.

No início da empresa, as aeronaves de sua frota eram configurados apenas em uma única classe, hoje são configuradas em duas classes de serviço: GOL+ Conforto e demais assentos em voos domésticos e GOL Premium Economy e demais assentos em voos internacionais.

Curiosidades


  • Em apenas 6 meses de operação, a GOL atingiu a marca de um milhão de passageiros transportados.
  • Foi a primeira companhia aérea a vender passagens na internet.
  • A GOL já foi a 4ª empresa aérea mais lucrativa do mundo, o fato ocorreu em 2004.
  • Foi a primeira no mundo a operar o Boeing 737 com o pacote de melhorias operacionais, o Short Field Performance.
  • Foi a primeira companhia aérea a utilizar o serviço de reconhecimento facial para realizar o check-in.
  • A GOL lançou em 2020 o processo de check-in pelo aplicativo WhatsApp, e também o aplicativo de tradução de libras a bordo.
  • Foi a primeira empresa a realizar um voo com internet via Wi-Fi a bordo.
  • A GOL é uma das 13 companhias aéreas do mundo a ser reconhecida com certificado de estágio 1 da IATA em Avaliação Ambiental.
  • Há 10 anos é a transportadora e patrocinadora oficial da Seleção Brasileira de futebol, com três aeronaves temáticas.
  • Durante a pandemia de Covid-19, foi a primeira companhia aérea brasileira a oferecer gratuidade aos profissionais da saúde.
  • Em diversas ocasiões, a GOL lançava promoções das cidades de aniversário, com o valor de apenas R$ 1 real no trecho da volta.
  • Sob o conceito de baixo custo e baixa tarifa, a companhia já chegou a operar com a tarifa mais baixa do mercado por um bom tempo, obrigando as concorrentes a reduzir seus valores.
  • Para a manutenção de sua frota, a GOL conta com sua unidade de manutenção de aeronaves com unidades em Confins, Congonhas e Brasília chamada GOL Aerotech.
  • Para ter uma melhor operação, a GOL retirava de sua frota os fornos da galleys, tendo mais espaço para colocar assentos. O serviço de bordo era inédito no Brasil, com barrinhas de cereal e bebidas que logo evoluíram para sanduiches quentes.
Veja algumas pinturas especiais feitas pela companhia aérea ao longo dos anos, clicando aqui.

Veja toda a história da GOL, a primeira companhia low cost do Brasil, clicando aqui.

domingo, 14 de janeiro de 2024

Hoje na História: 14 de janeiro de 1976 - British Airways recebe seu primeiro Concorde

A cerimônia oficial de entrega do G-BOAA (Foto: Steve Fitzgerald via Wikimedia Commons)
Hoje na Aviação, em 1976, a British Airways (BA) recebeu seu primeiro avião supersonico Concorde. O G-BOAA foi entregue em uma cerimônia oficial em London Heathrow (LHR) em 14 de janeiro de 1976. O G-BOAA, também conhecido como 'Alpha Alpha', havia voado subsonicamente do Filton Aerodrome (FZO) no dia anterior.

A aeronave operaria o primeiro serviço Concorde programado da companhia aérea para o Bahrein (BAH) em 21 de janeiro de 1976. No comando estava o capitão Norman Todd, auxiliado pelo capitão Brian Calvert e pelo engenheiro de vôo sênior John Lidiard.

Em abril de 1988, o ‘AA’ tornou-se o primeiro Concorde da frota a completar a verificação de manutenção necessária de 12.000 horas de voo. Isso fez com que a fuselagem fosse declarada apta para voar, em “excelentes condições” e pronta para voar no próximo século.

G-BOAA em Londres (Foto: Konstantin von Wedelstaedt via Wikimedia Commons)
Durante seus anos de voo, o 'AA' operou vários sobrevoos especiais. Em 6 de junho de 1990, voou em formação com um Spitfire sobre as falésias brancas de Dover. Isso marcaria o 50º aniversário da Batalha da Grã-Bretanha. Então, em 2 de junho de 1996, voou com os Red Arrows para comemorar os 50 anos do Aeroporto de Heathrow de Londres (LHR).

O 'Alpha Alpha' nunca mais voltaria aos céus após o pouso da frota após o acidente da Air France em Paris em 25 de julho de 2000. O jato deveria realizar uma verificação C e a BA decidiu não instalar as modificações exigidas pela CAA para fazer Concorde aeronavegável novamente. Portanto, o avião foi aterrado para ser usado como peças de reposição para suportar as fuselagens restantes.

Operou seu serviço comercial final, o voo BA002, de Nova York (JFK) a Londres (LHR) em 12 de agosto de 2000. Voou 22.768 horas e 56 minutos e realizou 6.842 voos supersônicos e 8.064 pousos.

Após a retirada do tipo de serviço da BA em 2003, o G-BOAA foi transferido para o National Museum of Flight, East Fortune, Escócia. Ao contrário de seus navios irmãos, levados para seus locais de descanso final, o 'AA' seria cortado antes de ser transferido por estrada e mar para a Escócia. Aqui ela foi remontada onde permanecerá.

O G-BOAA está agora em exibição no National Museum of Flight,
em East Fortune, na Escócia (Foto: National Museums Scotland)
Com informações de Airways Magazine

Hoje na História: 14 de janeiro de 1973 - Vasp compra avião Bandeirante para voar entre cidades de São Paulo

Em 14 de janeiro de 1973, o jornal Folha de São Paulo anunciou em sua primeira página a compra pela Vasp do avião Bandeirantes da Embraer.


"O presidente da Vasp, Luís Rodovil Rossi, recebeu o aval do governador de São Paulo, Laudo Natel, para adquirir aeronaves do modelo Bandeirante e reestabelecer o tráfego aéreo em várias regiões do estado.

Esse avião é produzido pela Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) em São José dos Campos (SP) e é indicado para operar em aeroportos como os existentes no interior de São Paulo.

É um bimotor turbo-hélice para 12 passageiros, com turbinas PTGA-27. A sua velocidade de cruzeiro é de 435 km/h.

Os Bandeirantes deverão também substituir as antigas aeronaves Douglas DC-3 em outras linhas da Vasp."


sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Curiosidade: Por que as bandeiras dos países aparecem ao contrário nos aviões?

Você já se perguntou por que as bandeiras dos países que estão na fuselagem dos aviões são pintadas ao contrário? A Vexinologia, o estudo de bandeiras, explica o motivo!


Quando uma bandeira é posta em um mastro, dependendo da direção que o vento está soprando, ela pode aparentar estar ao contrário, dependendo do ponto de vista do espectador.

A “etiqueta das bandeiras” determina que elas devem ser exibidas nos aviões como se fossem objetos físicos, ou seja, como se fossem afetadas pelo vento. Por este motivo, quem olha a aeronave do lado direito tem a impressão que a bandeira está “ao contrário”, enquanto do lado esquerdo ela é posicionada normalmente.

Caso não fossem posicionadas “ao contrário”, passaria a impressão de que o avião está se movendo para trás.


No exemplo acima da Qantas, é possível ver que a bandeira Australiana é posta “ao contrário”, de uma maneira que pareça que o vento está soprando da frente para a traseira da aeronave. Isso também é visível no caso da Singapore Airlines, com a bandeira de Singapura:


Aliás, vale conferir o tweet da fabricante Airbus sobre o assunto:

“Não está ao contrário! O governo federal americano diz que quando a bandeira está em um veículo (como no A350-900 da Delta), as estrelas da bandeira americana deve ser posicionada em direção a frente do veículo.”


No caso da bandeira do Brasil, isso não é muito aparente, já que o formato simétrico torna o desenho praticamente similar em qualquer dos pontos de observação.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Novas companhias aéreas que devem decolar em 2024

(Imagem: Global Airlines)
A indústria da aviação está se preparando para um ano emocionante, com várias novas companhias aéreas em fase de arranque prontas para estrear em 2024. Estes recém-chegados prometem oferecer experiências de viagem inovadoras e potencialmente perturbar o mercado estabelecido.

É importante observar que as datas e detalhes de lançamento da companhia aérea podem estar sujeitos a alterações. No entanto, estas startups representam uma gama diversificada de abordagens, desde a consciência ambiental até à conectividade regional. Aqui está uma visão mais detalhada de alguns dos participantes mais promissores:

Antecipados (lançamentos no primeiro trimestre)

  • Really Cool Airlines (Tailândia): Visando rotas mal atendidas na Ásia, esta startup visa conectar Bangkok a destinos como Japão, Cingapura e China. Começando com os Airbus A330-300, eles priorizam a satisfação do cliente e a conectividade regional. Além dos A330-300, a companhia aérea com sede em Bangkok também tem Airbus A350-900 encomendados.
  • NEOM Airlines (Arábia Saudita): Alinhada com o ambicioso projeto NEOM, esta companhia aérea operará inicialmente aeronaves existentes com foco na sustentabilidade através do uso de SAF. À medida que o NEOM avança, espere uma transição para modelos mais novos e ambientalmente conscientes. A startup da Arábia Saudita é única porque planeja ficar sediada em uma cidade que ainda não existe. O homônimo da companhia aérea é a futura cidade de NEOM, uma cidade planejada no Mar Vermelho pelo governo da Arábia Saudita.
  • Air Japan (Japão): Preparada para competir diretamente com a ZIPAIR Tokyo da Japan Airlines, a Air Japan está se preparando para o lançamento de seu primeiro voo para Bangkok no início de fevereiro. A companhia aérea detida pela ANA comercializa-se como uma transportadora de baixo custo, com os seus planos para uma rede de rotas de médio curso já a assumir a forma de voos para Seul e Bangkok. Como a maioria das companhias aéreas de baixo custo, os Boeing 787 da Air Japan serão equipados com cabine de classe econômica. Isto contrasta com o seu concorrente, que oferece um produto de classe empresarial, bem como uma economia padrão.

Impulso do meio do ano (lançamento no segundo trimestre)


O primeiro A380 da Global Airlines foi adquirido em 2023 (Foto: Global Airlines)
  • Air Cahana (EUA): Defendendo a descarbonização, a Air Cahana utilizará turboélices movidos a hidrogênio para rotas domésticas. Esta abordagem ecológica, juntamente com o seu compromisso com a acessibilidade, promete abalar o mercado regional dos EUA. A startup norte-americana deverá lançar uma frota de Pilatus PC-12, movidos por um combustível ambientalmente limpo composto de hidrogênio.
  • Global Airlines (Reino Unido): Usando uma frota apenas de Airbus A380, a Global Airlines é talvez a companhia aérea mais esperada a ser lançada este ano. James Asquith, fundador do popular site de viagens Holiday Swap, fundou a companhia aérea com a esperança de conectar as principais cidades dos EUA e do Reino Unido. A Global Airlines está preparada para transportar rotas entre Londres, Nova York e Los Angeles, operando seus A380 em uma configuração de três classes.

Possibilidades emergentes (terceiro trimestre e além)


(Imagem: Divulgação)
  • Pattaya Airways: A companhia aérea do Grupo Pattaya prestará serviços de carga aérea internacional, um movimento estratégico alinhado com as tendências de crescimento observadas no setor. O recém-chegado de carga recebeu a Licença de Operação Aérea (AOL) da Autoridade de Aviação Civil da Tailândia em 18 de setembro de 2023 e planeja iniciar as operações no quarto trimestre de 2024.
  • P80 Air: O Ministério dos Transportes da Tailândia também emitiu um AOL para P80 Air. O AOL é um precursor para garantir um certificado de operador aéreo (AOC). A startup está planejando um lançamento no terceiro trimestre de 2024.
Não é nenhum segredo que o que 2024 tem a oferecer será um ano importante para a aviação, seja com novas startups, novas aeronaves ou novas rotas. Estas startups podem nem sequer decolar, já que muitas start-ups da aviação nunca saem do solo. No entanto, com estas companhias aéreas, o futuro mostra-se promissor no mundo das viagens sustentáveis e de baixo custo.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com informações de Airways Magazine