domingo, 17 de abril de 2022

Por que os aviões não seguem a rota mais curta?


Todo mundo aprende desde cedo que a distância mais curta entre dois pontos é uma linha reta, certo? Por que, então, os pilotos de aviões não seguem a rota mais curta em seus planos de voo? Ou melhor: por que os aviões não voam em linha reta, de um ponto “A” para um ponto “B”?

A resposta para esta pergunta pode desagradar a quem tem certeza de que a Terra é plana. Para começar a explicar o porquê de os aviões não voarem em linha reta, o primeiro ponto é justamente esse: Porque a Terra é redonda.

Geometria


Polêmica à parte com quem defende a teoria do Terraplanismo, o segundo ponto a ser abordado em relação à pergunta sobre os aviões não seguirem a rota mais curta é baseado no chamado caminho geodésico.

Para quem não sabe, o caminho mais curto entre dois vértices é chamado de geodésico, e essa rota em curva, comum tanto na aviação como na navegação, conhecida como geodésica, é o que explica a rota dos aviões.

Mapa em duas dimensões mostra rota mais curta que avião poderia seguir
(Imagem: Reprodução/Melhores Destinos)
O pessoal do site Melhores Destinos conseguiu ilustrar essa explicação mostrando dois mapas - um em duas dimensões e outro no Globo terrestre. Ambos projetando uma rota simulando um voo entre Nova York, nos Estados Unidos, e Madri, na Espanha.

Observando o mapa em duas dimensões, parece claro que bastaria voar em linha reta para sair de um ponto e chegar ao outro, certo? Apesar disso, o avião, ao cumprir essa rota, faz a curva ilustrada na figura acima. Por que?

A resposta é a que já dissemos. Porque o mundo não tem apenas duas dimensões. Olhando para o Globo (abaixo), é possível ver que o avião usa a tal rota geodésica. Ela é, na verdade, a mais curta possível dentro de uma curvatura, mas não a mais reta.

Segunda figura explica o porquê aviões não usam a rota mais curta
(Imagem: Reprodução/Melhores Destinos)

Segurança também explica


Além do fato de a Terra não ser plana e, por isso, responder quase por completo à questão sobre porque os aviões não seguem a rota mais curta, há ainda mais um ponto importante a ser considerado.

A resposta está na segurança, principalmente em voos mais longos. Ao estabelecerem as rotas de voos, as empresas costumam procurar por caminhos com o maior número de aeroportos entre a origem e o destino. Por que? Para poder pousar o avião em casos de emergência.

Esse procedimento é chamado de certificado ETOPS (Extended Twin Engine Operations). Ele define que, para um voo com certificado de 120 minutos, a distância máxima do ponto de saída para um próximo aeroporto não pode exceder esse tempo.

Há de se considerar também outros fatores, que vão desde possíveis restrições nos espaços aéreos que liguem "em uma reta" o ponto de saída ao de destino, condições de temperatura e pressão e, até mesmo, um critério conhecido como jato.

O jato em questão não é aquele que se refere a um tipo de avião e sim às correntes de ar que se formam perto do topo da troposfera, camada mais baixa da atmosfera da Terra. Como elas podem alcançar até 400 km/h, quanto mais forem evitadas pelos aviões em suas rotas, mais segurança para os voos.

Por Paulo Amaral | Editado por Jones Oliveira (Canaltech) - Com informações de Melhores Destinos

sábado, 16 de abril de 2022

Sessão de Sábado - Filme "O Espião Inglês (2021)" (dublado)

Durante a Guerra Fria, diversos civis atuaram como espiões para impedir o avanço soviético no mundo. Greville Wynne (Benedict Cumberbatch), um engenheiro elétrico britânico, foi um desses homens recrutados pelo Serviço de Inteligência Militar Britânico, O MI5. Através de informações cruciais obtidas por uma de suas fontes, Wynne conseguiu determinar o fim da Crise dos Mísseis de Cuba, em 1962. Sua jornada vai se tornando mais arriscada e ele se vê cada vez mais envolvido em uma trama de paranoia e ameaças.

("The Courier", 2021, EUA/Reino Unido, 1h52min, Espionagem, Suspense, Biografia, dublado)

Saiba como funciona o Sistema de Cooperação entre as Forças Aéreas Americanas

O SICOFAA é composto por 21 Forças Aéreas do continente americano e completa 61 anos atuando na troca de experiências, conhecimentos e treinamentos que permitem o fortalecimento de suas capacidades operacionais e profissionais.

O uso de meios e capacidades militares em missões de ajuda humanitária tem sido de grande importância para garantir a sobrevivência e a integridade da população. No entanto, as barreiras naturais e as distâncias geográficas são obstáculos que, na maioria das vezes, só podem ser superadas por meio do poder aéreo. Para atuar em cenários complexos para salvar vidas, a união entre as Forças Aéreas do continente americano formaram o Sistema de Cooperação entre as Forças Aéreas Americanas (SICOFAA).

O Sistema tem a missão de promover a troca de experiências, conhecimentos e treinamentos que permitam o fortalecimento das capacidades das Forças Aéreas, de forma a dar suporte às necessidades de seus membros, além de construir laços de cooperação mútua e de interoperabilidade que garantam a eficácia em responder a uma situação de emergência de forma combinada, atendendo às intenções diplomáticas entre os países do continente.

A Força Aérea Brasileira (FAB), que é membro do SICOFAA, já atuou em diversas missões de ajuda humanitária, sendo uma delas em 2017, no Peru. O fenômeno El Niño atingiu a costa do país, o que resultou em alagamentos e transbordamentos de rios em diversas regiões, deixando pessoas desabrigadas. Foram transportados mantimentos, água e medicamentos, além de pessoas. No mesmo ano, a Força Aérea ajudou também no combate aos incêndios no Chile. Foram mais de 500 mil litros de água lançados sobre os focos de incêndio localizados, principalmente, na região de Bío-Bío. O incêndio devastou uma área de mais de 400 mil hectares e deixou mais de 4.000 desabrigados.


Recentemente, a FAB transportou ao Haiti equipes de especialistas e peritos em busca e resgate, medicamentos e insumos estratégicos para assistência farmacêutica emergencial. O país caribenho foi devastado por um terremoto que deixou milhares de pessoas desabrigadas. O acionamento para a ajuda ao Haiti foi solicitado pela República Dominicana, país integrante do SICOFAA.

Mas, como funciona o SICOFAA?


Como foi criado esse Sistema para atender às emergências? A intenção de reunir os Comandantes das Forças Aéreas Americanas nasceu em 1961 e foi sugerida pelo então Chefe do Estado-Maior da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), General Thomas D. White, em uma ideia que se cristalizou na primeira Conferência de Chefes das Forças Aéreas Americanas (CONJEFAMER), na Base Aérea de Randolph, no Texas (EUA). No encontro, foram discutidos os objetivos de fortalecimento das relações interinstitucionais, bem como o planejamento de uma efetiva cooperação profissional entre países. Já em 1964, a Força Aérea Peruana propôs a criação de uma organização que tivesse uma relação profissional mútua voluntária e apresentou, para apreciação, o documento intitulado “Bases e procedimentos para um sistema de cooperação entre as Forças Aéreas Americanas”, aceito na Conferência de 1965, que mais tarde se tornou a Primeira Carta Constitutiva do SICOFAA.

O Sistema foi desenvolvido para ser uma organização interamericana, de caráter voluntário, com a finalidade de promover e fortalecer os laços de amizade que unem seus membros, por meio da coordenação e da cooperação das Forças Aéreas quando houver a necessidade de agir em conjunto, com ajuda de seus respectivos governos. Os países cujas Forças Aéreas são membros do SICOFAA são: Argentina, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Estados Unidos, Guatemala, Guiana, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.


Com o passar do tempo, verificou-se a necessidade de implantar no Sistema níveis de funcionamento, com a Reunião de Planejamento Prévio (PREPLAN) a cada CONJEFAMER, composta por delegados dos chefes de cada Força Aérea, que se reúnem com o objetivo de estudar os temas propostos e implantar Comissões e Simpósios especiais, constituídos por especialistas, para tratar os problemas atribuídos em cada encontro. Segundo o Comodoro Pablo Ribnikar, da Força Aérea Argentina, atual Secretário-Geral Adjunto do SICOFAA, a união e a cumplicidade entre os países são fundamentais para que as ações designadas pelo Sistema sejam realizadas com sucesso. “O Sistema é um braço armado, logístico, de resposta imediata a quem necessitar. Estamos em alerta para atuar a qualquer momento e a qualquer hora”, ressaltou.

O SICOFAA tornou-se um modelo de organização e cooperação e, desde 2015, vem compartilhando suas experiências no continente africano. São 54 países na África com idiomas diversos, o que dificulta a criação de uma doutrina, a execução de exercícios, dentre outros obstáculos. O continente segue, agora, o modelo do SICOFAA, mas como Associação de Forças Aéreas Africanas, com os idiomas padronizados: inglês e francês. A Carta Constitutiva e o plano estratégico também foram desenvolvidos com o apoio do SICOFAA.

Exercício Operacional para salvar vidas


Todos os anos, os comandantes das Forças Aéreas americanas se reúnem para tratar de assuntos relativos à cooperação entre os membros que participam do SICOFAA, principalmente para o planejamento de ações de ajuda humanitária em situações de desastres naturais. Essa reunião é denominada Conferência dos Comandantes das Forças Aéreas Americanas (CONJEFAMER). Durante a realização da Conferência, também é definida a organização de Comitês para a discussão de temas específicos ligados às áreas de Operações ou de Logística, aos Exercícios de Cooperação, dentre outros assuntos.


Durante a 60ª CONJEFAMER, em setembro de 2020, realizada virtualmente devido à COVID-19, foram definidos os procedimentos do sétimo exercício internacional de ajuda humanitária, realizado na Colômbia em setembro deste ano. Sob o lema “Unidos para salvar vidas”, o Exercício Cooperación VII reuniu militares de 15 países que treinaram próximo ao real, combinando as capacidades das delegações, quando necessário, em operações humanitárias de grande escala nos países do continente. O Exercício visou o aperfeiçoamento dos pontos fortes e habilidades operacionais dos membros do SICOFAA, além de se tornar o espaço ideal para a troca de experiências, métodos, táticas e conhecimentos para o desenvolvimento eficaz de operações de combate a incêndio, de evacuações aeromédicas e de busca e salvamento. Foram registradas mais de 175 horas de voo, cerca de 700 militares envolvidos, 12 aeronaves empregadas, 170 missões realizadas e mais de 80 pacientes atendidos.

O então Oficial de Ligação da Força Aérea Brasileira junto ao SICOFAA, Coronel Aviador Arthur de Souza Rangel, acrescentou a relevância dos treinamentos. “Nenhum dos nossos países está imune a desastres naturais. O exercício nos deu a oportunidade de conhecer e treinar juntos em cenários realistas, estando preparados para responder juntos a qualquer emergência desse tipo”, completou.

O Exercício Cooperación VII foi configurado em dois cenários simulados de terremoto e tsunami, em Puerto Salgar (Cundinamarca) e Coveñas (Sucre), respectivamente. Foram realizadas missões de busca, resgate e evacuação aeromédica, utilizando as capacidades das tripulações e aeronaves participantes para treinar, avaliar e padronizar os procedimentos estabelecidos para atendimento em situações de emergência.


O Secretário-Geral do Sistema de Cooperação entre as Forças Aéreas Americanas (SICOFAA), Coronel Michael Douglas Ingersoll, da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), destacou o empenho dos que atuaram no Exercício. “O Cooperación VII é um instrumento muito importante para praticar os enlaces de comunicação e exercer nossas capacidades. Tivemos 15 países nessa edição. Foi a maior participação em toda história do SICOFAA, que contou com o envolvimento do mais novo avião da FAB, o KC-390. O apoio da aeronave superou as expectativas nesse exercício”, destacou.

O Subdiretor da Secretaria Permanente do SICOFAA, Doutor Alberto Moreno Bonet, comentou sobre as considerações captadas durante o exercício. “Essa coleta de informações é uma doutrina recente no SICOFAA. Com essa metodologia, foi criada uma ferramenta, a OLA – Observações e Lições Aprendidas, que são bases de dados que nos permitem consolidar e realizar as análises de processos e convertê-las em lições aprendidas que são compartilhadas com o país que será o anfitrião do próximo exercício e com todos os membros do SICOFAA”, explicou.

Os próximos eventos relativos ao ciclo 2022-2023 do Sistema de Cooperação entre as Forças Aéreas Americanas (SICOFAA) estão previstos para serem realizados na Argentina e no Peru, respectivamente.

KC-390 Millennium: missão cumprida com 100% de disponibilidade



Vislumbrado durante o treinamento pela operabilidade e versatilidade, o KC-390 Millennium conclui sua participação no Exercício Cooperación VII com todos os objetivos alcançados. Operado pelo Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1° GTT) – Esquadrão Zeus, o avião contabilizou mais de 25 horas de voo, realizando missões de transporte aéreo logístico e lançamento de paraquedistas, apresentando 100% de disponibilidade para atender os acionamentos no exercício.

O então Chefe do Estado-Maior da Ala 2, Tenente-Coronel Luiz Fernando Rezende Ferraz, descreveu a participação do KC-390 Millennium no treinamento. “Neste Exercício, tivemos a oportunidade de, pela primeira vez, testar o KC-390 no ambiente de interoperabilidade com várias Forças Aéreas dos países participantes; realizar o lançamento de paraquedistas estrangeiros, que nos permitiu identificar as doutrinas e peculiaridade dos países; e operar a aeronave em pistas na Colômbia, com mais de sete mil pés de altitude. Todos os voos ocorreram de acordo com o planejado e cumprimos todas as missões solicitadas”, frisou.


O primeiro KC-390 Millennium foi entregue à Força Aérea em setembro de 2019, e, após cerca de um ano e meio operando a aeronave multimissão, a FAB atualmente conta com quatro KC-390 em sua frota realizando missões fundamentais para o País, como a Operação COVID-19, de apoio ao enfrentamento à pandemia do novo Coronavírus, e nas missões de assistência humanitária à República Libanesa e ao Haiti.

Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Raquel Alves / Edição: Agência Força Aérea - Revisão: Major Oliveira Lima / Fotos: Força Aérea Colombiana/FAC; Esquadrão Zeus/1ºGTT; Tenente Raquel Alves/CECOMSAER

Aconteceu em 16 de abril de 1972: A queda do Fokker da ATI em Frosinone, na Itália


Em 16 de abril de 1972, o Fokker F-27 Friendship 200, prefixo I-ATIP, da Aero Trasporti Italiani - ATI, iria realizar o voo BM392, um voo doméstico na Itália entre o Aeroporto Fiumicino, em Roma, e o Aeroporto de Foggia, levando a bordo 15 passageiros e três tripulantes, sendo eles o piloto Paolo Lombardino, o copiloto Vittorio Pedemonte e o engenheiro de voo Clemente Basile.

O voo foi liberado para decolagem da pista 16 e a decolagem foi realizada às 21h56. Imediatamente após a decolagem, a tripulação contatou o controlador de Partida de Roma. O controlador confirmou a liberação em rota via Pratica, Latina e Teano. Ele então instruiu a tripulação de voo a entrar em contato com Pratica di Mare. A tripulação não conseguiu entrar em contato com o controlador de tráfego aéreo em Pratica di Mare. 

 Fokker F-27 Friendship 200, prefixo I-ATIF, da ATI, "gêmeo" do avião acidentado
Às 22h00 o voo entrou em contato com a partida de Roma novamente. Eles relataram que saíram do FL65 para o FL110 e notaram seus problemas para entrar em contato com Pratica di Mare. Eles foram então instruídos a ligar para o Rome-Control (Setor Terminal Sul). Às 22h04, o voo 392 contatou o controlador do Setor Terminal Sul e relatou no FL100, estimando chegar a Latina às 22h10.

Às 22h05 o voo foi liberado para subir ao FL150, atendendo a solicitação específica do piloto. O F-27 também foi liberado para uma rota direta para Teano, evitando Latina. Três minutos depois, o piloto relatou ter passado no FL135 e a tripulação foi instruída a mudar as frequências para Teano. Nada mais foi ouvido sobre o voo. 

A essa altura, o voo entrou em uma área de mau tempo com atividade local de tempestades. A aeronave havia quase alcançado o FL150 quando repentinamente perdeu 1.200 pés de altitude e a velocidade no ar caiu 30 nós. Isso evoluiu para oscilações fugóides das quais os pilotos não foram capazes de se recuperar. O avião entrou em uma descida e atingiu o solo a 340 nós em um ângulo de 20 graus, em um campo aberto localizado perto de Frosinone, cerca de 75 km a sudeste de Roma. Todas as 18 pessoas a bordo morreram no acidente.


A investigação sobre o acidente foi apontou: "A Comissão não dispõe de elementos para determinar a causa certa ou provável do acidente. No entanto, com base nas informações fornecidas pelo gravador de voo e em todas as investigações efetuadas, considera que pode formular razoavelmente o hipótese de que, imediatamente após atingir o nível de cruzeiro FL 150, a aeronave entrou repentinamente em uma área caracterizada por forte turbulência e correntes descendentes de intensidade considerável e que, como resultado ou concomitantemente, ocorreu um evento ou condição que determinou a atitude anômala da aeronave e/ou dano significativo ao mesmo, mesmo que não identificável, principalmente no que diz respeito ao sistema de controle de voo."


E prosseguiu: "Exclui-se que os fatores meteorológicos por si só poderiam ter causado diretamente a queda da aeronave. Além disso, não há elementos que nos permitam hipotetizar uma causa contribuinte atribuível a erros de pilotagem, enquanto há dúvidas sobre a manutenção pelos pilotos, na fase crítica do voo, da capacidade psicofísica necessária para controlar a aeronave, e isso devido às tensões específicas a que foram submetidos."

Por Jorge Tadeu (com ASN e baaa-acro)

Documento secreto lança luz sobre morte de secretário-geral da ONU em 1961 em acidente aéreo

O ex-secretário-geral da ONU Dag Hammarskjold em 7.ago.1953 (Foto: Sam Falk/The New York Times)
Um documento classificado como "altamente secreto", que foi obtido por um jornalista francês e ao qual a AFP teve acesso, revela que um movimento clandestino contrário à independência da Argélia havia condenado à morte o então secretário-geral da ONU, o sueco Dag Hammarskjöld, falecido em 1961 em condições não esclarecidas, após a queda do avião em que viajava pela África. 
Seis décadas depois de sua morte, o mistério permanece. A ONU tem a previsão de publicar até o fim de setembro um aguardado relatório, que é o resultado de uma nova investigação iniciada em 2015-2016, após a descoberta de novos documentos.

No entanto, o escritor e jornalista francês Maurin Picard, autor do livro "Ils ont tué Monsieur H" ("Mataram o senhor H", em tradução livre), descobriu recentemente uma cópia de uma carta da Organização Armada Secreta (OAS), um movimento paramilitar de extrema-direita, nos expedientes do ex-secretário francês de Assuntos Africanos e Malgaxes (relativos a Madagascar) no Arquivo Nacional da França. 

A reprodução da carta, à qual a AFP teve acesso, mostra que ela estava destinada ao finado secretário-geral da ONU, tem impressa uma letra "H" azul dentro de um círculo e o carimbo "altamente secreto" estampado em vermelho. Nela, a política de descolonização geral do diplomata sueco é denunciada abertamente. 

Datado em Paris no final de julho de 1961, o documento garante que o "comitê diretor da OAS" havia "condenado à morte" Hammarskjöld por sua política de descolonização, depois de constatar que era "urgente acabar com sua intromissão nefasta" nos assuntos mundiais. "Esta sentença, de acordo com a justiça e a equidade, será executada o mais rápido possível", diz a carta sem rodeios.

Em 18 de setembro de 1961, o avião no qual viajava Dag Hammarskjöld caiu no que era na época a Rodésia do Norte (atual Zâmbia), quando estava prestes a negociar um cessar-fogo em Katanga, uma república não reconhecida a nível internacional e rica em minerais. O diplomata sueco acabou falecendo, aos 56 anos, junto com as outras 15 pessoas que o acompanhavam na viagem.

(Foto AP via BBC)
A província de Katanga, no território da atual República Democrática do Congo, havia se proclamado como um Estado independente em julho de 1960, após o fim do antigo Congo belga. 

Até agora, as investigações sobre a morte de Hammarskjöld se debruçavam sobre a hipótese de um ataque aéreo. Em 2019, os investigadores lamentaram a falta de colaboração de Estados Unidos, Reino Unido e África do Sul para esclarecer o caso.

Via AFP/UOL

Preço das passagens aéreas afasta passageiros e muda comportamento

Segundo a ABEAR, Associação Brasileira das Empresas Aéreas, as passagens no Brasil estão caras principalmente porque o preço do querosene de aviação subiu 76,2% no ano passado pela Petrobrás. Além do reajuste de 18% este mês. O combustível é responsável por 35% dos custos do setor.

Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (Foto: Bianca Vendramini/CBN)
Viajar de avião está cada vez mais caro. A alta dos preços das passagens fez muita gente cancelar os deslocamentos ou trocar o meio de transporte. O que está por trás disso é a escalada no valor do querosene de aviação. As empresas aéreas pressionam por medidas para segurar os reajustes do combustível. Já a Petrobras informa que não pode mudar a política de preços.

Acostumada com a ponte aérea entre o Sudeste, o Nordeste e o Norte do Brasil há cerca de cinco anos, a fotógrafa e empresária Bruna Brandão, de Belo Horizonte, tem ficado impressionada com os preços das passagens de avião.

"Eu já fui muito para o Nordeste, mesmo fora de época eu ia muito para Pernambuco. Em temporada, que é mais caro, chegava a R$ 1,2 mil antes da pandemia. Hoje em dia você vai olhar passagem está tudo em R$ 2 mil, R$ 3 mil. Eu também estava no Pará agora para um trabalho. Dessa vez, o próprio trabalho pagou as passagens, mas eu via o valor que estava. Eu fui fotografar em Manaus, só ida estava mais de R$ 3 mil. É assustador".

Por causa dos valores altos, a Bruna acabou cancelando uma viagem de negócios da capital mineira para Paraíba. Ela é também produtora de cachaça e iria participar de um evento do setor na cidade de Areia.

"Os preços estão um pouco impraticáveis. Mais de R$ 3 mil. Acho que vai me prejudicar porque é um evento onde acontecem muitos contatos. Ali eu ia fazer alguns cursos. Tem um curso de sommelier que eu ia fazer que estava com vagas abertas e aqui o curso seria pago".

E mesmo quando dá para encontrar passagens aéreas mais baratas, às vezes o preço alto fica por conta das bagagens.

A podcaster, Ângela Goldstáin, moradora de São Paulo, tinha planos de fazer uma viagem de carro com o namorado por Minas Gerais. O custo pesado da gasolina inviabilizou o passeio. Daí a alternativa - uma viagem internacional - ficou até mais barata. Mas, para conseguir um preço bom, ela disse que o jeito vai ser espremer tudo na mala de mão.

"Me veio a ideia de Buenos Aires que está com um câmbio favorável para a gente. E aí eu achei a passagem de avião por R$ 1,3 mil - ida e volta. Só que esse preço era sem a bagagem. Para despachar uma mala vai custar mais de R$ 600. Eu vou levar umas roupas mais leves na mala, vai com um sapato mais pesado o pé, leva uma sandalinha na mala, e vai ser isso. Porque eu fiquei chocada com o preço para fazer o despacho da mala”.

Os relatos da Bruna e da Ângela são bastante representativos do que está acontecendo com os viajantes Brasil afora. O presidente da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo, Roberto Nedélciu, explicou que muita gente acaba optando por outros meios de transporte para não ficar sem viajar.

"Muitos viajantes hoje estão procurando as agências e operadoras para comprar só a parte terrestre. A parte aérea está usando ou algum crédito, ou comprando por milhas, ou de outras formas quaisquer, para tentar baratear o custo da viagem".

O presidente da ABEAR, Eduardo Sanowicz, tenta negociar com o governo federal a criação de uma mesa de negociação para frear os preços das passagens.

"Nós entendemos que vários players têm suas verdades nesse assunto do combustível. Nós temos as nossas verdades, a Petrobrás, o governo, a ANAC, o Ministério das Minas e Energia, da Insfraestrutura, da Economia. Então, o que nós pedimos é para criar uma mesa permanente de debate para que cada um coloque seus temas e suas posições em relação ao tema do combustível. Afim de que a gente possa abrir todas as partes que compõem esse custo e entender aonde a gente pode diminuí-lo revê-lo e minimizá-lo".

Na última segunda-feira, representantes da aviação se reuniram com ministros para tratar do assunto. Ainda não há uma data para que as reuniões ocorram.

Além disso, a ABEAR reivindica que a Petrobras modifique o cálculo de composição dos preços do querosene de aviação. O combustível, derivado do petróleo, acompanha a política de preços internacional. Por isso, a guerra na Ucrânia agravou a situação.

A Petrobras respondeu que precisa manter esse formato para evitar um eventual desabastecimento desse tipo de combustível. A empresa afirmou ainda que os ajustes de preços seguem uma fórmula negociada com as distribuidoras de querosene para o setor.

Via Laura Marques (CBN)

Mergulhadores da Marinha dos EUA recuperam aeronave E-2D que caiu no mar no final de março

Mergulhadores da Marinha dos EUA, no dia 12 de abril, recuperaram uma aeronave E-2D que caiu no mar perto das Ilha Wallops e Chincoteague, na costa de Virginia-Maryland.

Aeronave E-2D Advanced Hawkeye que caiu no dia 30 de março na costa leste dos EUA
A Marinha dos EUA convocou mergulhadores da Unidade 2 de Mergulho e Salvamento Móvel de Little Creek, especializada em salvamento e recuperação de objetos subaquáticos. Eles cortaram a aeronave em seções e prepararam cada seção para ser levantada com um cabo. Um guindaste levantou cada seção da água e barcaças transportaram as peças da aeronave para uma estação na NASA próxima do local.

A aeronave E-2D Advanced Hawkeye, ligada ao Esquadrão de Comando e Controle Aerotransportado (VAW) 120 sediado em Norfolk, Virginia, estava realizando operações de voo de rotina nas proximidades da Ilha Wallops quando caiu por volta das 19h30 no dia 30 de março.

Barcaças, carregando o que restou da aeronave E-2D Advanced Hawkeye da Marinha dos EUA
que caiu, seguiram para uma instalação da NASA em Wallops, na terça-feira, 12 de abril. (Foto: AP)
O acidente, que deixou um militar morto e dois feridos. Um dos três marinheiros do avião morreu no acidente, enquanto os outros dois foram resgatados pela Polícia Estadual de Maryland e pela Guarda Costeira, que os encontrou feridos em cima dos destroços parcialmente submersos.

O acidente com o avião tático avançado de alerta antecipado continua sob investigação, disse um comunicado da Marinha dos EUA.

Guerra na Ucrânia: qual o potencial risco do uso de armas nucleares?

A Rússia tem muitas armas nucleares táticas. De acordo com o Boletim dos Cientistas Atômicos, há 1.588 ogivas nucleares russas, sendo 812 em mísseis terrestres, 576 em submarinos e 200 em bombardeiros.

Aeronave Blackjack (Tu-160), da força nuclear estratégica da Rússia em foto sem data
(Foto: Reprodução/Tupolev/Arquivo)
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse nesta sexta-feira (15) que "o mundo inteiro" deveria estar "preocupado" com o risco de que Vladimir Putin, em resposta aos reveses militares na Ucrânia, possa recorrer a uma arma nuclear tática, reforçando o alerta já feito pelo diretor da Inteligência dos EUA (CIA). O precedente seria extremamente perigoso e quebraria um tabu existente desde 1945.

O chefe da CIA, William Burns, declarou nesta quinta-feira (14) que a ameaça representada pelo “uso potencial de armas nucleares táticas" ou de "baixa potência" pelo presidente russo, Putin, em caso de desespero diante dos fracassos de seu exército, deveria ser levada a sério.

Mas Burns acrescenta que "nós realmente não vimos nenhum sinal concreto, como deslocamentos ou ações militares que possam aumentar nossas preocupações".

Questionado pelo canal americano CNN se compartilhava dessa preocupação, o presidente Zelensky respondeu: "Não só eu, acho que o mundo inteiro, todos os países deveriam estar preocupados".

Ele explicou que essa preocupação dizia respeito a "armas nucleares" ou "armas químicas". "Eles podem fazer isso", acrescentou, "para eles, a vida das pessoas não vale nada", insistiu Zelensky na entrevista que será transmitida na íntegra, no domingo (17), mas que a CNN já publicou um trecho.

"Não fiquemos preocupados, estejamos preparados", acrescentou o presidente ucraniano. "Mas esta não é uma questão da Ucrânia", diz respeito “ao mundo inteiro", insistiu.

A hipótese foi levantada logo após o início das hostilidades, quando Vladimir Putin indicou que havia ordenado a seus generais para que "colocassem as forças de dissuasão do exército russo em alerta especial de combate".

Arsenal


A Rússia tem muitas armas nucleares táticas, menos poderosas do que a bomba de Hiroshima, por exemplo. Menor em carga explosiva do que uma arma nuclear estratégica, a arma nuclear tática é teoricamente destinada ao campo de batalha, sendo transportada por um vetor com alcance inferior a 5.500 km.

A tática russa de "escalada-desescalada" consistiria em primeiro usar uma arma nuclear de baixa potência, para ganhar vantagem em caso de um conflito convencional com o Ocidente.

“Eles precisam desesperadamente conquistar vitórias militares para transformá-las em alavancagem política", explicou à AFP Mathieu Boulègue, do instituto de análises britânico Chatham House, no final de março.

"As armas químicas não mudariam a guerra. Uma arma nuclear tática, que destruísse uma cidade ucraniana, sim. É improvável, mas não impossível. E seria o colapso de 70 anos da teoria da dissuasão nuclear", ele acrescenta.

Míssil é lançando por tropas ucranianas perto de Luhansk, na região de Donbass
no domingo, 10 (Foto: Anatolii Stepanov/AFP)
Para Pavel Luzin, analista do Instituto Riddle, com sede em Moscou, a Rússia poderia usar uma arma nuclear tática “para desmoralizar um adversário, para impedir que o inimigo continue lutando”. O objetivo é antes de tudo "demonstrativo", acrescenta o especialista à AFP. "Mas se o adversário ainda quiser lutar depois, a arma pode ser usada de forma mais direta."

Tecnicamente, Moscou está equipada. De acordo com o respeitado Boletim dos Cientistas Atômicos, "1.588 ogivas nucleares russas estão implantadas", sendo 812 em mísseis terrestres, 576 em submarinos e 200 em bombardeiros.

Outros observadores preferem acreditar que o tabu absoluto permanece. Se Vladimir Putin decidir destruir até mesmo uma aldeia ucraniana para mostrar sua determinação, a área seria potencialmente barrada à vida humana por décadas.

"O custo político seria monstruoso. Ele perderia o pouco apoio que lhe resta. Os indianos recuariam, os chineses também", afirma à AFP William Alberque, do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS). "Eu não acho que Putin faça isso", conclui.

Para os especialistas, a Rússia não desfrutaria da estatura militar que tem hoje sem o seu poderio nuclear. O país não constituiria uma ameaça de tal magnitude apenas com suas forças convencionais, que mostram uma imensa capacidade de destruição na Ucrânia, mas, também, fraquezas táticas, operacionais e logísticas.

Via RFI

Fita adesiva e algemas: as armas em aviões contra passageiros desobedientes

Passageiros desobedientes podem ter de ser contidos com fita adesiva e algemas
descartáveis em último caso (Imagem: Montagem/Reprodução)
Passageiros desobedientes costumam causar muitos problemas para companhias aéreas. Por isso, os tripulantes precisam estar treinados para lidar com os mais diferentes tipos de situação.

Mesmo conseguindo contornar a maioria dos problemas, nem sempre o passageiro colabora. Então é preciso conter a pessoa para garantir a segurança dos demais a bordo e do próprio voo. Em último caso, pode até mesmo ser necessário amarrar e imobilizar o passageiro em um dos assentos do avião com fita adesiva e algemas descartáveis.

Armas a bordo


As armas que os comissários têm para controlar passageiros desobedientes não são equipamentos de choque ou armamentos de fogo. Em diversos países, se, após um processo de tentativa de convencimento, o passageiro insistir em colocar a segurança em risco, ele pode ser contido fisicamente. 

Algema descartável, como as que podem ser utilizadas a bordo dos aviões (Foto: Reprodução)
Para isso, os comissários, não raramente com a ajuda de outras pessoas a bordo, precisam amarrar o passageiro em seu assento. Isso costuma ser feito com o uso de algemas descartáveis.

Cada empresa tem sua política própria do que pode ser levado a bordo e como cada item deve ser utilizado. Então, isso não pode ser considerado regra, embora seja uma prática que vem sendo observada nos últimos anos mundo afora. 

Ainda pode ser necessário utilizar uma fita adesiva para manter o passageiro em seu assento.

Casos recentes


Em 2019, um passageiro tentou entrar à força na cabine de comando de um avião durante um voo da S7 Airlines na Rússia. Segundo o governo daquele país, o passageiro foi algemado e preso com fita adesiva ao seu assento em decorrência da falta de obediência às normas a bordo. 

Em 2021, um homem de 22 anos foi amarrado com fita adesiva ao seu assento no avião durante um voo nos EUA. O motivo seria o fato de ele ter tentado agarrar os seios de duas comissárias e ter se recusado às ordens para parar, de acordo com o sindicato da categoria.


Apenas em último caso


As técnicas de restrição de passageiros só são utilizadas em último caso. Antes disso, são tentadas outras formas de convencimento para garantir que nada saia fora do planejado ou do aceitável no voo.

Há uma interpretação no meio, entre várias outras, de que existem três tipos de passageiros desobedientes nos voos: 
  1. Colaborativo: Ele retruca, reclama dos pedidos dos tripulantes, mas acaba obedecendo
  2. Problemático: Discute com a tripulação, oferece uma resistência maior, mas a equipe da companhia aérea consegue contornar o problema conversando com ele
  3. Agressivo: É necessário agir de maneira mais contundente, incluindo a contenção física
Antes do último nível, se o passageiro se recusa em obedecer às ordens, algumas companhias recomendam a leitura de uma carta padrão de falas. Nela podem estar escritas as consequências do ato do passageiro, o que a tripulação está autorizada a fazer etc.

A legislação brasileira prevê pena de até cinco anos para quem expõe uma aeronave a uma situação de perigo. Se houver queda ou destruição da aeronave por causa da conduta do passageiro, a pena pode chegar a 12 anos.

E depois?


Enquanto a situação problemática se desenvolve dentro do avião, os tripulantes avisam o comandante para que ele esteja ciente e decida qual a melhor postura a ser tomada. Eventualmente, pode até ser necessário que seja feito um pouso em um local não planejado inicialmente. 

Nesse tipo de situação, também é comum haver a presença da Polícia Federal (ou órgão similar em outros países) no desembarque para a retirada do passageiro que está a bordo da aeronave.

Via Alexandre Saconi (UOL)

Avião se acidenta ao pousar em St. Barths, no Caribe

O avião parou na grama depois de sair da pista em St. Barths após o pouso forçado
na manhã de sexta-feira (Foto cortesia Guadalupe Premier)
Um monomotor Piper 28 R caiu ao pousar na pista do Aeroporto Remy de Haenen (Aeroporto Gustaf III) de St. Barths, na ilha caribenha de São Bartolomeu, na manhã de sexta-feira (15) por volta das 9h30. Felizmente o acidente não causou feridos.

Segundo informações dos colegas Guadalupe Premier, os quatro ocupantes, três passageiros e o piloto, ficaram abalados, mas ilesos.

Imagens de videovigilância do Col de Tourmente mostram o avião se aproximando em grande altitude, descendo rapidamente e deslizando ao longo da pista com fumaça saindo da parte traseira, levantando a suspeita de que o trem de pouso não foi acionado.


O piloto era Michel Fauconnier, presidente do aeroclube “Les Ailes Guadeloupéennes”. O avião já foi rebocado da pista. A causa do acidente está sob investigação.

O piloto e instrutor de voo certificado Ariel Weiss disse ao The Daily Herald que ficou claro no vídeo que o piloto estava muito alto e sua velocidade muito lenta, fazendo com que o avião ficasse muito lento.

“Parece que ele se lembrou de baixar o trem de pouso, e ele estava abaixado, mas o pouso horrível que ele fez foi porque a aeronave estolou sem velocidade de avanço suficiente e ele não adicionou energia suficiente para corrigir”, explicou Weiss. “O trem de pouso do lado direito quebrou com o impacto. É por isso que a aeronave desviou da pista para a direita porque o trem de pouso do lado esquerdo ainda estava intacto.”

Airbus sofre incêndio no trem de pouso após aterrissam na Arábia Saudita


O trem de pouso do Airbus A340-600 da Azman Airlines pegou fogo enquanto os passageiros desembarcavam do voo ZQ2350 no aeroporto de Jeddah, na Arábia Saudita, na quinta-feira (14). O fogo foi rapidamente extinto pela equipe de terra. Não houve feridos.

Vídeo de helicóptero com corpo pendurado chama atenção em Vila Velha (ES)

Imagens foram compartilhadas nas redes sociais e despertaram curiosidade sobre a que se referia a ação registrada nesta sexta-feira (15).


Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), a ação se tratava da retirada de um corpo de um local de difícil acesso no bairro, chamado Morro do Cruzeiro.

Primeiro, policiais militares foram acionados pelo Ciodes para atender uma ocorrência de encontro de cadáver. Mas como não conseguiram subir até o ponto onde o corpo estava, foi necessário pedir suporte ao Núcleo de Operações e Transporte Aéreo da Secretaria da Casa Militar (Notaer).

"Na manhã desta sexta-feira (15), o Ciodes recebeu a informação de que havia um corpo no Morro do Cruzeiro, no bairro São Torquato, em Vila Velha. Policiais militares foram ao local, porém não conseguiram ter acesso à vítima. Foi acionado o Notaer, que localizou o corpo entre duas pedras. A equipe de perícia da Polícia Civil foi acionada", informou a Sesp.

Em nota, a Polícia Civil afirmou que o caso seguirá sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha. "Até o momento nenhum suspeito foi detido e detalhes da investigação não serão divulgados, por enquanto."

A instituição acrescentou que o corpo da vítima foi encaminhado ao Departamento Médico Legal (DML) de Vitória para exames e depois seria liberado para os familiares.

"A Polícia Civil destaca que a população tem um papel importante nas investigações e pode contribuir com informações de forma anônima através do Disque-Denúncia 181, que também possui um site onde é possível anexar imagens e vídeos de ações criminosas, o disquedenuncia181.es.gov.br", concluiu a PC, na nota.


Piloto que fez pouso de emergência em Paranavaí (PR) é preso ao voltar para buscar avião

Segundo a polícia, homem tinha mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas. Documento foi expedido pela Justiça do Amazonas.

Avião de pequeno porte faz pouso de emergência no aeroporto de Paranavaí (Foto: Eduardo Ortiz)
O piloto que fez um pouso de emergência no aeroporto de Paranavaí, no noroeste do Paraná, foi preso ao voltar para buscar o avião. Segundo a polícia, o homem tinha um mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas.

O pouso de emergência aconteceu no domingo (10). O avião de pequeno porte ficou danificado depois de um trem de pouso não funcionar durante a aterrissagem.

Conforme a polícia, o mandado de prisão por tráfico de drogas foi expedido pela Justiça do Amazonas.

Depois da prisão, o piloto foi encaminhado para a delegacia de Paranavaí. Já a aeronave passou por reparos e está em um hangar da cidade.


O acidente


A aeronave saiu de Tatui, interior de São Paulo, com destino a Paranavaí. Dois ocupantes que estavam no avião não se machucaram.

Conforme relato do piloto e do copiloto, no momento da aterrissagem o trem de pouso não funcionou e o avião arrastou o bico pela pista por alguns metros.

Eles informaram ainda que no painel da aeronave não havia nenhum sinal de pane, por isso, se assustaram ao perceber que o trem de pouso não havia funcionado.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foi comunicado e autorizou a retirada do avião da pista.

Por RPC Noroeste

Em incidente grave, avião A330 deixa pastilhas de freio na pista ao pousar

Uma ocorrência com um avião Airbus A330 durante um pouso no dia 31 de março foi considerada um incidente grave pela autoridade que iniciou a investigação do caso.

Airbus A330-200F da Turkish Cargo (Imagem: Ignacio Ferre Pérez) 
Segundo reporta o The Aviation Herald, o avião envolvido foi o Airbus A330-243F cargueiro registrado sob a matrícula TC-JDP, da companhia Turkish Cargo, quando estava finalizando o voo TK-6305 de Istambul, na Turquia, para Londres, na Inglaterra.

Os pilotos pousaram o jato na pista 04 do aeroporto Stansted no que parecia ser uma operação sem intercorrências, porém, descobriu-se que o A330 deixou para trás várias pastilhas de freio durante o deslocamento até livrar a pista.

A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 15 de abril de 2022, pela AAIB (Air Accidents Investigation Branch), autoridade de investigação do Reino Unido, que informou que a ocorrência foi classificada como um incidente grave e está sendo investigado.

O nível de danos à aeronave foi classificado como menor, e os conjuntos de freio estão aguardando avaliação adicional.

A aeronave pôde decolar de volta para Istambul cerca de 26 horas após o pouso, retomando normalmente os serviços comerciais.

Nota: a título de demonstração, o vídeo a seguir mostra um procedimento remoção de freio de uma das rodas. Foram partes deste conjunto que foram perdidas no incidente:


Avião faz pouso de emergência no aeródromo de Ibotirama, no oeste da Bahia

Caso aconteceu na tarde desta sexta-feira (15). Ninguém ficou ferido.


Um avião fez um pouso de emergência no aeródromo de Ibotirama, no oeste da Bahia, na tarde desta sexta-feira (15), após enfrentar problemas em um dos motores. Conforme a Guarda Municipal da cidade, ninguém ficou ferido.

Além disso, durante a aterrisagem, um dos pneus estourou. Em seguida, a aeronave saiu da pista e parou em uma área de mata, dentro do aeródromo, conforme informou a Guarda Municipal.


No momento do pouso forçado, estavam no avião um piloto, o copiloto e seis passageiros. A aeronave saiu de Belém, no Pará, e tinha Porto Seguro, no sul da Bahia, como destino.


Via g1 - Fotos: Gazeta 5

Piloto de avião que desapareceu enquanto aplicava defensivos agrícolas é encontrado morto, dizem bombeiros

Força Aérea encontrou aeronave acidentada na manhã desta sexta-feira, em Mineiros, cerca de 24 horas após sumiço. Fotos mostram que veículo foi parcialmente destruído; confira.

Avião encontrado acidentado na zona rural de Mineiros (Foto: Reprodução/Corpo de Bombeiros)
Equipes do Corpo de Bombeiros encontraram o piloto do avião agrícola Cessna A188B, prefixo PR-AMM, da empresa Savana Aero Agrícola, Marconi Baumgardt, de 45 anos, já morto, quando foram socorrê-lo de acidente aéreo na zona rural de Mineiros, no sudoeste de Goiás, nesta sexta-feira (15). O homem e a aeronave haviam sumido após saída para aplicação de defensivos na manhã do dia anterior.

O dono da empresa responsável pelo avião avisou o Corpo de Bombeiros que havia perdido o contato com o funcionário e acionou a Força Aérea Brasileira (FAB) para ajudar nas buscas. O g1 não conseguiu localizar o empresário para falar sobre o caso até a última atualização desta reportagem.

FAB localiza avião que sumiu enquanto aplicava defensivos agrícolas
(Imagem: Reprodução/Flightaware)
Segundo a FAB informou no início da tarde, as buscas começaram ainda na quinta-feira (14) à noite, mas a aeronave foi encontrada por volta de 9h desta sexta-feira.

A reportagem entrou em contato com a FAB novamente, por e-mail às 17h35, e aguarda retorno para saber se há uma investigação em andamento e o que já se sabe sobre o que aconteceu.

Piloto Marconi Baumgardt, de 45 anos, foi encontrado morto após acidente com
avião agrícola na zona rural de Mineiros (Foto: Reprodução)
Os bombeiros enviaram duas equipes ao local para prestar socorro, mas constataram que o piloto já estava morto. A corporação registrou que, após realização de perícia, o corpo do homem foi retirado e deixado aos cuidados do Instituto Médico Legal (IML).

A Polícia Técnico-Científica informou que enviou "uma equipe de Engenharia Forense para fazer a Perícia Criminal do caso".


Via g1

Porta de avião abre durante voo no AC e passageiros seguram cabos para mantê-la fechada até o pouso

Passageiros mantiveram porta fechada puxando cabos até a aeronave pousar em Rio Branco. Aeronave tinha saído do Jordão com destino à capital acreana. Empresa disse que investiga o que aconteceu.


Um voo entre a cidade do Jordão, interior do Acre, e a capital Rio Branco quase termina em tragédia nessa quinta-feira (14). A porta do avião da empresa Rio Branco Táxi Aéreo abriu em pleno voo e os passageiros tiveram que segurar para mantê-la fechada até o momento do pouso no aeroporto da capital acreana.

Ninguém ficou ferido. O voo saiu às 12h30 do Jordão e pousou na capital às 14h. Vídeos gravados dentro da aeronave mostram as pessoas mantendo a porta fechada puxando alguns cabos até o pouso.


Segundo um dos passageiros, que pediu para não ter o nome divulgado, a porta abriu após um dos cabos de sustentação se romper. Para puxar e fechar a porta, segundo ele, outro passageiro se colocou para fora da aeronave sustentado por um cinto.

Com o incidente, o piloto desligou um dos motores e continuou o voo com apenas um.

"Quando a porta se abriu, um dos cabos bateu na hélice e, não sei se foi o vento ou a hélice, quebrou um dos cabos, ficando essa porta suspensa pelo outro cabo. Então, o rapaz foi lá, não tinha como pegar esse cabo do lado dele, e teve que ir mais distante e quando puxou [a porta] veio o cabo solto também. Duas pessoas ficaram puxando de um lado e outras duas do outro", relembrou.


A aeronave tinha cerca de 12 pessoas, entre passageiros e dois tripulantes. O passageiro relatou também que ouviu um barulho estranho cerca de 30 minutos antes do pouso. Ao olhar para a porta, ele disse que viu a saída aberta.

"Ouvimos um barulho, impacto grande, um estrondo e o vento entrando dentro do avião. De uma hora para outra a hélice do lado direito parou, o piloto desligou. Um rapaz foi na frente do avião, o copiloto também saiu e foi para a porta", disse.

Ainda segundo o passageiro, algumas pessoas ficaram nervosas com a situação. Uma mulher chegou a ficar com a pressão alta. Além disso, ele diz que a empresa, após o pouso, não prestou nenhum tipo de esclarecimento ou ofereceu apoio aos passageiros. "Creio que ficaram segurando a porta por uns 20 minutos. A empresa não explicou o que aconteceu, se foi algo grave, se o avião poderia ter caído, se era uma falha aceitável. Nem uma água com açúcar ofereceram, nada", criticou.

'Anormalidade'


O engenheiro aeronáutico e representante da Empresa Rio Branco Táxi Aéreo, comandante Ricardo Lima, confirmou o incidente durante o voo e falou que toda situação já foi repassada para o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Ele afirmou que ainda não se sabe o que causou o rompimento de um dos cabos, mas garantiu que todos os procedimentos foram feitos e o voo concluído sem mais anormalidades. A empresa investiga o que aconteceu.

"A porta se abriu em voo, estamos fazendo a manutenção, fizemos tudo de acordo com o que é previsto. Já foi comunicado ao Cenipa, toda nossa obrigação como empresa de táxi aéreo estamos fazendo. Já tenho relatos de que a aeronave, ao decolar no Jordão, pegou turbulência, ou seja, se fosse um problema muito sério teria aberto na turbulência", argumentou.

O comandante destacou também que já foi trocada a hélice e feita manutenção na aeronave. O avião já está disponível para voo novamente. "O corrimão que é de corrente encostou na hélice e chegou a bater. Antes que acontecesse qualquer outra coisa, o piloto cortou o motor, que é previsto dentro do manual. Tudo isso que aconteceu está previsto dentro do manual do fabricante da aeronave", concluiu.

Via g1 e Metrópoles - Foto: Reprodução

sexta-feira, 15 de abril de 2022

Aconteceu em 15 de abril de 2008: A queda do voo 122 da Hewa Bora Airways em uma área residencial e comercial na RD do Congo


Em 15 de abril de 2008, o voo 122 da Hewa Bora Airways, um avião da McDonnell Douglas DC-9-51, caiu em uma área residencial e comercial de Goma, na República Democrática do Congo, imediatamente ao sul do Aeroporto Internacional de Goma.

Pano de fundo


A parte oriental da RDC foi devastada pela guerra durante décadas, à medida que várias facções buscavam o controle dos recursos minerais. Goma era um centro de transporte aéreo de cassiterita (minério de óxido de estanho) de Nord-Kivu .

A União Europeia incluiu todas as companhias aéreas da RDC em sua lista de companhias aéreas proibidas na UE. Acidentes muito semelhantes na RDC em outubro anterior na capital, Kinshasa e em 1996 também ocorreram em áreas residenciais ou de mercado. Como a RDC tem tão poucas estradas transitáveis, a maior parte da carga é transportada por via aérea, os mercados são comuns perto de pistas de pouso.

Goma fica no Vale do Grande Rift Africano, vulcanicamente ativo . Um vulcão, Nyiragongo, está tão perto que sua erupção em janeiro de 2002 destruiu a extremidade norte da pista 18/36, deixando apenas 2 quilômetros (1,2 mi) para operações de aeronaves. 

O Aeroporto Internacional de Goma está a 1.551 metros (5.089 pés) de altitude, e a temperatura no meio da tarde é de cerca de 22° C (72 °F). Esses fatores reduziriam o peso máximo de decolagem (MTOW) na pista do medidor de 1995 de 55 toneladas (121.000 lb) para menos de 45 toneladas (99.000 lb). Outro relatório afirma que apenas 1600 a 1800 m da pista eram utilizáveis. Se o menor desses números estivesse correto, o MTOW correspondente seria reduzido em mais 3 toneladas (7.000 lb).

O voo e o acidente



A aeronave McDonnell Douglas DC-9-51, prefixo 9Q-CHN, da Hewa Bora Airways (foto acima), decolou da pista 18 do Aeroporto de Goma com destino a Kisangani, levando a bordo 86 passageiros e oito tripulantes. 

Após escalar 300 metros, o motor número um do DC-9 pegou fogo, provavelmente após à ingestão de água em uma poço na pista do aeroporto, evoluindo para uma falha incontida do motor. 

A aeronave, posteriormente, ultrapassou a pista e caiu às 14h30 hora local (12h30 UTC), impactando casas de concreto, lojas e bancas de mercado. O local do acidente estava localizado no mercado Birere, em l'Avenue du 20 Mai, logo após a extremidade sul da pista 18. Três pessoas a bordo morreram na hora, bem como 37 outras em solo.


Resgate


O aeroporto não tinha equipamento de combate a incêndios em funcionamento. A resposta inicial ao acidente envolveu várias agências internacionais presentes em Goma, incluindo várias organizações das Nações Unidas (MONUC, Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários, UNICEF, Organização Mundial da Saúde) e também Médicos Sem Fronteiras França e Cruz Vermelha Internacional. 


Membros do 6º Batalhão da Infantaria Ligeira Sikh, O Exército indiano, que foi destacado lá como parte da Brigada Kivu do Norte da Missão da ONU no Congo (MONUC), entrou em ação para resgatar 6 sobreviventes e recuperar 18 corpos. 

O pessoal do Exército indiano também esteve envolvido no controle inicial da multidão e na prevenção de incêndios que se espalharam para áreas densamente povoadas nas proximidades. Ambos os gravadores de voo foram recuperados.


Vítimas


Havia 86 passageiros e oito tripulantes a bordo. Três dos passageiros e 37 pessoas morreram no acidente. Outros 40 passageiros e 71 pessoas no terreno ficaram feridos.

O bispo metropolitano ortodoxo grego da África Central, Ignatios, estava entre os sobreviventes do acidente. Outro sobrevivente não congolês foi um engenheiro da Alcatel chamado Selami Mordeniz. 


No quarto dia, mais restos foram recuperados, trazendo o número de mortos para 44, enquanto 13 ainda estavam desaparecidos e 60 foram resgatados. 

Uma descoberta adicional, juntamente com duas mortes no hospital, elevou o número de mortos para 47 em 19 de abril. A clínica Heal Africa tratou muitos dos feridos. Um dos que ainda estavam desaparecidos após 48 horas era um trabalhador humanitário do grupo Médicos Sem Fronteiras.


Investigação


Em seu relatório de 2011 ao Congresso, o NTSB classificou esse acidente como uma investigação importante em andamento, na qual estava ajudando a República Democrática do Congo.

Consequências


Um jornal de Kinshasa, Le phare, relatou que os aeroportos em todo o país ainda usavam infraestrutura de cinquenta anos da era colonial belga.

Dois dias após o acidente, o governo da RDC se comprometeu a fazer os reparos da pista negligenciados desde janeiro de 2002.  Uma organização local de direitos humanos (Renadhoc, a Rede Nacional de Organizações Não Governamentais de Direitos Humanos) colocou a culpa no governo da RDC. 


O governo alemão patrocinou um projeto de € 15 milhões de três anos para reabilitar os 1.100 m de pista enterrada após a queda de Hewa Bora, mas esse trabalho foi suspenso quando outra aeronave, operada pela CAA (Compagnie Africaine d'Aviation) sobrevoou o lava em novembro de 2009. O Banco Mundial liberou US$ 52 milhões em 2015 para concluir a obra.

Por Jorge Tadeu (com ASN, Wikipedia e baaa-acro)