quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Nos EUA, lei permite aviões não tripulados para fins comerciais

Drones podem ser utilizados para desde a venda de imóveis à pulverização de plantações, monitoramento da vida selvagem e filmagens

A carreira de Daniel Garate desmoronou na semana passada quando a polícia de Los Angeles alertou agentes imobiliários locais que não contratassem fotógrafos como ele, que estava ajudando a vender imóveis de luxo usando um avião não tripulado para tirar fotos aéreas das propriedades.

Utilizar aviões não tripulados para fins comerciais, segundo a polícia, vai contra as regras federais de aviação.

"Eu estava pagando as contas com isso", disse Garate, que recentemente deu uma demonstração gratuita de seu método no subúrbio de Woodland Hills, localizado no sul da Califórnia.

Mas sua carreira, em breve, retomará seu curso.

O fotógrafo Daniel Garate mostra seu hexacopter em Woodland Hills, na Califórnia

Uma nova lei federal, assinada pelo presidente recentemente, obriga a Administração Federal de Aviação a permitir que aviões não tripulados sejam utilizados para todos os tipos de empreendimentos comerciais - da venda de imóveis à pulverização de plantações, monitoração de derramamentos de petróleo e da vida selvagem, até mesmo para a produção de filmes de Hollywood. A polícia e os serviços de emergência locais também poderão usar essas aeronaves em seus serviços.

Mas enquanto as empresas, especialmente as fabricantes de aeronaves não tripuladas, estão comemorando a abertura do mercado para esses aparelhos, a lei passou a gerar preocupações sobre a quantidade de detalhes que serão pesquisados sobre a vida na superfície urbana – e o que será feito com essa informação. Preocupações de segurança, tais como colisões no ar e danos a propriedade sobre o solo também são um problema.

Os tribunais americanos têm geralmente permitido a vigilância da propriedade privada a partir do espaço aéreo público. Mas os estudiosos do direito de privacidade dizem que a proliferação dos aviões não tripulados provavelmente irá forçar os americanos a reexaminar a quantidade de vigilância com a qual se sentem confortáveis.

"As leis de privacidade de hoje não oferecem privacidade alguma quando você enquanto estiver em público, nem em qualquer lugar visível de um ponto de vista público", disse Ryan Calo, diretor de assuntos de privacidade e robótica no Centro para Internet e Sociedade da Universidade de Stanford.

Mercado

O mercado de aviões não tripulados está sendo avaliado em US$ 5,9 bilhões e essa quantia ainda deve dobrar na próxima década, segundo dados da indústria.

"Nós vemos um enorme potencial de mercado", disse Ben Gielow da Associação Internacional de Veículos Não Tripulados, um grupo fabricante de aviões não tripulados para fins comerciais.

Garate, por enquanto, pretende trabalhar principalmente no Peru, país da onde vem e onde usa seu avião não tripulado para filmar comerciais para bancos locais. Ele disse que foi abordado por um paparazzo no ano passado sobre a possibilidade de filmar o casamento da estrela de televisão Kim Kardashian usando um avião não tripulado, mas recusou a oferta.

"Talvez a agência reguladora deva emitir uma carteira de motorista para esaa atividade, juntamente com um teste de voo", disse ele. "E talvez também efetuar uma verificação de antecedentes criminais para garantir que eu não sou um terrorista".

Fonte: Nick Wingfield e Somini Sengupta (The New York Times) via iG

Passagens de avião ficam até 60% mais baratas na baixa temporada

Passados o carnaval e as férias de verão, muitos brasileiros estão desarrumando as malas e voltando à rotina. Mas tem gente que ainda está se preparando para começar a curtir uns dias de descanso e diversão, com a vantagem de que vai pagar bem menos. O motivo: na semana que vem, começa a baixa temporada do turismo. E quem viajar nos meses de março a junho e de agosto a novembro conseguirá economizar muito mais — até 60% — e aproveitar os mesmos atrativos de quem viajou na alta temporada, sem se preocupar com filas, multidões e preços muito mais altos.

— A ocupação dos hotéis cai muito e as companhias aéreas fazem mais promoções. Na alta temporada, o turista tem muita desvantagem, porque vai pagar tudo mais caro — explica George Irmes, presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav) do Rio de Janeiro.

Para atrair mais consumidores, as operadoras de turismo também oferecem desconto nos pacotes. Uma viagem para Porto Seguro, por exemplo, com passagens aéreas (ida e volta), hospedagem com café da manhã e traslado (aeroporto/hotel/aeroporto) custava, por pessoa, R$ 1.948 na alta temporada. Quem tirar férias ou conseguir folgas no mês que vem economizará 51%: o preço cai a R$ 958.

Nordeste em março

Em março, o mar ainda está maravilhoso no Nordeste. E, nos meses de alta temporada, os turistas enfrentam filas até na hora das refeições. Em novembro, quando começa o Natal Luz (evento de luzes e shows que acontece na cidade) em Gramado, os hotéis elevam as tarifas. Fora do evento, a hotelaria tem preços fantásticos — conta Irmes, segundo o qual uma viagem de sete dias para Gramado, na época do Natal, custa R$ 1.650. Na baixa temporada, sai por R$ 1.080.

Época de promoções nas aéreas

As companhias aéreas também costumam lançar mais promoções nos meses de baixa temporada. Em março, por exemplo, os consumidores devem ficar de olho na campanha de aniversário da Gol. No ano passado, a empresa vendeu bilhetes de volta por R$ 10.

Na Webjet, quem comprar passagem hoje, com embarque no período entre 1 de março a 4 de abril, terá 20% de desconto no bilhete. Para ter direito à promoção, é preciso inserir no site da empresa (www.webjet.com.br) o código “voeweb” no campo indicado.

Quem comprar passagem da Azul até 2 de março pode encontrar assentos a partir de R$ 99,90, como o voo do Rio para Campinas (SP). A compra tem que ser feita, pelo menos, 14 dias antes do embarque.

Fonte: extra.globo.com - Imagem ilustrativa

Microsoft Flight gratuito é lançado oficialmente


A Microsoft acaba de lançar oficialmente o sucessor do Microsoft Flight Simulator X, chamado simplesmente de Microsoft Flight.

O game é gratuito, sendo necessário apenas uma conta na Live para poder baixar o game. No início o game terá toda a ilha principal do Havaí e apenas um avião monomotor modelo Vans RV-6A.

Microsoft Flight terá inúmeros DLC's que os jogadores poderão comprar conforme o gosto. Num primeiro instante estará disponível por 1600 MS Points (US$ 19,99) todas as outras ilhas que formam o arquipélago do Havaí em um pack chamado Hawaiian Adventure Pack. Este pack também incluirá um novo avião.

Além desse pack, dois aviões estarão disponíveis para a compra: o Maule M-7-260C que deverá custas 1200 MS Points (US$ 14,99) e o Norte American P-51 Mustang que custará 640 MS Points (US$ 7,99).

Quem foi Beta-tester ganhou todos os primeiros DLC's gratuitamente na forma de um agradecimento por parte da Microsoft. Um e-mail foi enviado há 15 dias com as devidas keys.

A Microsoft divulgou um vídeo para anunciar o lançamento do game e ainda os requerimentos exigidas para rodar o game. Confira:


Fonte: adrenaline.uol.com.br

Acidente traz à tona polêmica sobre localização de aeroclube no AM

Ministério Público Federal investiga sobre a segurança e os riscos.


Administrador do aeroclube diz que local que não oferece perigo.


O Ministério Público Federal do Amazonas (MPF/AM) dá prosseguimento às investigações, iniciadas em janeiro, sobre a segurança e os riscos envolvendo a localização do Aeroclube do Amazonas (ACA), cenário de acidente envolvendo a queda de um avião de pequeno porte que vitimou o piloto, na manhã desta terça-feira (28), em Manaus.

Em nota, o MPF/AM explicou que o inquérito, instaurado pelo procurador Thales Cardoso, está no início e que estão aguardando informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre a segurança do aeródromo. Ainda, segundo a nota, o Ministério Público deve acompanhar as investigações sobre as causas do acidente desta terça-feira.

O aerórodromo está localizado no bairro Flores, Zona Centro-Sul, uma das áreas centrais da capital. Os moradores locais afirmam que estão vulneráveis a possíveis acidentes. Segundo a estudante Daigliane Souza, é comum caírem paraquedas nas proximidades do aeroclube. "Se cair algum avião pode afetar alguém que mora aqui perto. De vez em quando, cai paraquedas", disse.

O empresário, Eric Almeida, também mora próximo ao aeródromo e reclama da insegurança. "Eu não sei porque as autoridades não retiram o aeroclube daqui. Tem muitos moradores aqui e se torna perigoso", afirmou.

Segundo o administrador do Aeroclube do Amazonas, Luiz Mário Peixoto, a localização atual das pistas de decolagens não oferece riscos à população. "Por irresponsabilidade dos gestores municipais, hoje há muita gente morando próximo ao aeroclube mas não há residências próximas às àreas de pouso e decolagem das aeronaves. Então, não há risco para os moradores", explicou.

Aeroclube está localizado em área urbana próximo a pistas de grande fluxo de veículos e condomínios

Fonte: G1 - Fotos: Reprodução (ACA) / Reprodução (TVAM)

Perícia que investiga acidente com avião no AM ficará pronta em um mês

Empresa afirma que avião passou por manutenção na última semana.

O modelo do monomotor não tem caixa preta.



Na tarde desta terça-feira (28), peritos recolheram partes do avião que caiu na Zona Centro-Sul de Manaus. O relatório preliminar que apontará as causas da queda ficará pronto em um mês, mas somente após um ano de investigação será divulgada a conclusão final da perícia.

De acordo com o Major Rangel, chefe do Serviço Regional de Investigação de Acidentes, somente a análise dos equipamentos do avião pode esclarecer as causas do acidente. O modelo da aeronave que caiu não tem caixa preta.

O monomotor de fabricação americana operava desde 1999 e, segundo a empresa, havia passado por revisão na última quarta-feira (22). De acordo com informações do Serviço Regional de Investigação de Acidentes, momentos antes da decolagem, o comandante Almeida, piloto do avião, afirmou que estava pronto para decolar, o que leva a crer não havia nada de errado. Trinta segundos depois, o avião caiu.

Fonte: G1 - Fotos: Ronaldo Menezes (d24am.com) / A Crítica

Engenheiro monta fábrica de aviões em Campanha, no Sul de Minas

Empresa já produz aeronaves para treinamento de pilotos e lazer.

Empresário também desenvolveu projeto de um avião agrícola.


Após 24 anos de profissão, um engenheiro de Campanha, no Sul de Minas, decidiu abrir uma fábrica de montagem de aviões no município. A empresa, que já produz aeronaves para treinamentos de pilotos e lazer, é uma meta antiga do mestre em engenharia aeronáutica Roberto Brandão Serrano.

Serrano realizou viagens para 27 países onde participou de diversos treinamentos. O engenheiro, que já trabalhou na Força Aérea Brasileira e na Embraer, resolveu montar o próprio negócio na cidade em que nasceu.

“A mesma dificuldade que eu tenho aqui em achar mão de obra eu teria em qualquer outra parte do Brasil, então pensei em montar a fábrica na minha terra natal”, explica Serrano.

Parte das peças dos modelos fabricados são originais do Brasil e algumas oriundas dos Estados Unidos, mas o processo todo de montagem acontece em Campanha. O empresário ainda desenvolveu o projeto de um avião agrícola, o K.A 01, 100% de autoria dele.

“O K.A 01 deverá ser capaz de pulverizar lavouras sem contaminar a pessoa que o está pilotando. Quando as aeronaves estiverem prontas, irão passar por testes e uma inspeção da Agência Nacional de Aviação Civil. Meu desejo é vê-lo no mercado até o final de 2012.”, informa o engenheiro.


Segundo Serrano (foto acima), há 162 intenções de compra para o avião agrícola, sendo que 44 já foram assinadas. Os clientes são de São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

Fonte: G1 - Fotos: aerofree.com.br / Reprodução/TV Globo

Chinês constrói avião em casa

Família ajuda fazendeiro Li Jingchun no projeto em Liaoning.

Construção da aeronave já lhe custou dois anos e US$ 6.300.


Li Jingchun, um fazendeiro de 58 anos, trabalha com a ajuda da família em seu avião feito em casa, nesta terça-feira (28), em sua residência em Xiahe, na província chinesa de Liaoning.


A aeronave tem 5 metros de comprimento, 1,5 metro de largura e é feita basicamente de placas de ferro recicladas. Ele já gastou dois anos e mais de US$ 6.300 no projeto.

Fonte: G1, com Reuters - Fotos: Sheng Li (Reuters)

Táxis clandestinos são flagrados agindo livremente em aeroportos

Sem linhas de ônibus eficientes e sem trens, sobram os táxis, as filas e a feira de ofertas em cada desembarque.

Nos dias de carnaval, enquanto seis milhões de pessoas viajavam de avião pelo Brasil, o Jornal Nacional testava o funcionamento dos principais aeroportos do país. Milhões de visitantes vêm por aí, na Copa das Confederações e na Copa do Mundo.

Saguões lotados e um problema constante nos aeroportos brasileiros: sair deles. Sem linhas de ônibus eficientes e sem trens, sobram os táxis, as filas e a feira de ofertas em cada desembarque.

Uma atividade ilegal prospera nessa disputa por passageiros. No desembarque em Salvador, o alerta vem nos alto falantes: “Senhores passageiros, para sua segurança, não utilize serviços de transporte oferecido por particulares”. Mas o aviso não diminui o assédio.

Na sexta-feira (17), às 21h, já era carnaval na Bahia. E milhares de pessoas desembarcavam no Aeroporto de Salvador. Os táxis clandestinos agem na maior cara de pau. Um homem oferece o serviço insistentemente ao lado de outros taxistas clandestinos, que tentam convencer o turista com um argumento surpreendente: “Aqui só atuam clandestinos de confiança”.

“Não é uma situação nova. A Infraero vem fazendo reuniões para sanar o problema”, disse José Cassiano Ferreira Filhom superintendente da Infraero de Salvador.

De Salvador para o Rio

E já na esteira de retirada das bagagens, a mala foi destruída para ser aberta. O Aeroporto Tom Jobim tem uma delegacia da Polícia Civil, Polícia Militar e Federal, e seguranças privados da própria Infraero. Mesmo assim, como em Salvador, os piratas agem livremente, com outro grupo também bem conhecido por ali: os cambistas irregulares.

O superintendente da Infraero do Rio de Janeiro, Abibe Ferreira Júnior, diz que os táxis clandestinos acabam mês que vem com um novo sistema de controle. ”As ações pontuais, estamos tomando as providências com a Polícia Federal e a delegacia do aeroporto.”

Enquanto isso, o carregador de malas saca a calculadora e, em um canto do Aeroporto Internacional do Rio, troca dinheiro: dólar, euro, como se fosse uma casa de câmbio.

Fonte: Jornal Nacional (TV Globo)

Avião brasileiro faz pouso de emergência nos EUA

Embraer 170 posou de bico após piloto relatar falha em trem de pouso.

Aeronave voava com 69 passageiros e 4 tripulantes; ninguém ficou ferido.


O avião brasileiro Embraer ERJ-170, prefixo N637RW, fez um pouso de emergência no aeroporto de Newark, nos EUA, na noite de segunda-feira (27), após uma falha no trem de pouso dianteiro, e os passageiros tiveram que deixar a aeronave pelas saídas de emergência, segundo a rede americana NBC.


O piloto do voo UA-5124/S5-5124 da companhia United Airlines/Shuttle America, que ia de Atlanta para Newark, chegou a anunciar pelo rádio que teve havia um problema com o trem de pouso dianteiro pouco antes da aterrissagem no aeroporto de Newark, de acordo com a porta-voz da FAA (órgão federal de aviação dos EUA), Arlene Salac.



O piloto então declarou emergência e solicitou equipes de bombeiro na pista para o pouso. O avião posou de bico na pista, já que o trem de pouso traseiro funcionou.

A aeronave voava com 69 passageiros e quatro tripulantes. Ninguém ficou ferido, informou a Shuttle America em um comunicado.

O aeroporto foi fechado por cerca de meia hora enquanto equipes de emergência liberavam a pista. A operação causou atrasos e até adiamentos de voos, segundo a NBC.





Fontes: Aviation Herald / G1 - Fotos: Reuters / CBS / Agências

Embraer lamenta cancelamento de contratos dos EUA

A fabricante de aviões Embraer lamentou nesta terça-feira a decisão da Força Aérea americana de cancelar um contrato de 355 milhões de dólares por 20 aviões AT-29 Super Tucano.

Os aviões, que seriam fornecidos em associação com a americana Sierra Nevada Corporation (SNC) - principal empresa a cargo do contrato - iriam equipar a nova Força Aérea afegã.

A Força Aérea americana anunciou nesta terça-feira que cancelava o contrato que havia fechado com a Embraer em dezembro, citando problemas com a documentação entregue pela fabricante.

"A Embraer lamenta o anúncio de hoje da Força Aérea americana de deixar de lado o contrato firmado, relacionado com o programa de apoio aéreo do Afeganistão", disse a empresa em comunicado.

"Junto à sua parceira americana, Sierra Nevada Corporation, a Embraer participou do processo de seleção entregando no prazo e sem exceções toda a documentação requerida", completou.

A Embraer disse que a "decisão a favor dos Super Tucano (...) foi uma escolha pelo melhor produto com um desempenho provado e todas as capacidades para cumprir com as demandas dos clientes".

A empresa brasileira afirmou que continua comprometida "em oferecer a melhor solução para a Força Aérea americana e espera mais esclarecimentos sobre o tema para decidir futuros passos, em consulta com seu sócio, a SNC".

A decisão da Força Aérea americana ocorreu depois que um fornecedor americano concorrente, Hawker Beechcraft Corp. de Wichita, Kansas, apresentou uma ação na corte federal americana para bloquear o contrato com a Embraer-Sierra Nevada.

A Hawker Beechcraft afirmou que seu avião Beechcraft AT-6 foi excluído do chamado à licitação.

O AT-29 Super Tucano é um avião turbo-hélice desenhado para ataques leves, contrainsurgência, apoio aéreo próximo, missões de reconhecimento aéreo em ambientes de baixas ameaças, assim como para o treinamento avançado de pilotos.

Fonte: AFP via G1

EUA cancelam contrato com Embraer sobre Super Tucano


A Força Aérea dos Estados Unidos informou nesta terça-feira que está cancelando contrato de 355 milhões de dólares para fornecimento de 20 aviões Super Tucano, da Embraer, citando problemas com a documentação.

A empresa brasileira, entretanto, disse que forneceu toda a documentação requerida no prazo solicitado.

A Força Aérea disse que vai rescindir o contrato efetivamente na sexta-feira e investigar a decisão da licitação, que também está sendo contestada na Justiça dos EUA pela norte-americana Hawker Beechcraft.

Em comunicado, a Embraer "lamenta" a decisão. "A decisão a favor do Super Tucano... foi uma escolha pelo melhor produto, com desempenho em ação já comprovado e capaz de atender com maior eficiência às demandas apresentadas pelo cliente", disse a Embraer.

A fabricante disse ainda que "permanece firme em seu propósito de oferecer a melhor solução para a Força Aérea dos EUA e aguardará mais esclarecimentos sobre o assunto" para decidir os próximos passos.

O secretário da Força Aérea Michael Donley disse, em comunicado, que "apesar de buscarmos a perfeição, nós às vezes não atingimos nosso objetivo, e quando fazemos isso temos que adotar medidas de correção", disse

"Uma vez que a compra ainda está em litígio, eu somente posso dizer que o principal executivo de aquisições da Força Aérea, David Van Buren, não está satisfeito com a qualidade da documentação que definiu o vencedor."

O general da área de equipamentos da Força Aérea dos EUA, Donald Hoffman, ordenou uma investigação sobre a situação, afirmou o porta-voz da Força Aérea. Não foram fornecidos mais detalhes, visto que as propostas apresentadas para a Força Aérea possuíam dados confidenciais das empresas.

A notícia acerca da rescisão do contrato é um revés para o grupo de aquisições da Força Aérea dos EUA, que lutava para reconstruir sua reputação após uma série de embaraçosas revogações durante uma batalha entre a Boeing e a europeia EADS para a fabricação de 179 aviões de reabastecimento aéreo para as forças armadas norte-americanas.

Em 30 de dezembro, a Força Aérea dos EUA definiu que a Sierra Nevada e a Embraer tinham obtido o contrato para venda de 20 aviões Super Tucano A-29, assim como treinamento e suporte, para serem utilizados no Afeganistão.

Entretanto, a licitação foi paralisada em janeiro, quando a Hawker Beechcraft entrou na Justiça questionando a decisão. No ocasião, a Força Aérea disse, contudo, que acreditava que a competição e a avaliação para seleção do fornecedor tinham sido justas, abertas e transparentes.

A Hawker havia oferecido seus aviões AT-6 de ataque leve na competição, afirmando que eles custariam 25 por cento menos e que haveria um "custo drasticamente mais eficaz" de manutenção que os aviões da Embraer.

A companhia disse ainda que a decisão poderia afetar 1.400 empregos em Kansas e em outros Estados dos EUA e tornar ociosa uma das últimas fábricas no país capazes de construir um turboélice militar.

A força aérea dos EUA notificou a Hawker em novembro de que a sua aeronave não era competitiva e que seria desqualificada. A Sierra Nevada disse em comunicado neste mês que a Força Aérea havia encontrado "diversas deficiências" no avião da Hawker.

O Super Tucano A-29 foi desenvolvido para missões de contra-insurgência e atualmente é usado por cinco forças aéreas, e ainda existem outras encomendas, segundo a Embraer.

Em entrevista à Reuters em 16 de janeiro, o presidente da Embraer Defesa e Segurança, uma empresa da fabricante brasileira, Luiz Carlos Aguiar, havia mostrado confiança na retomada do contrato com os EUA.

Na ocasião, o executivo disse, ainda, que a venda para os EUA funcionaria de vitrine para campanhas promocionais do Super Tucano junto a outras forças aéreas.

Fonte: Andrea Shalal-Esa, com reportagem adicional de Carolina Marcondes em São Paulo (Reuters) via G1 - Foto via aero.jor.br

Restos humanos do 11 de Setembro foram para aterro sanitário

Revelação faz parte de relatório sobre necrotério militar em Dover.

Pentágono já havia admitido que restos de soldados haviam ido para aterro.

Restos humanos encontrados após o 11 de Setembro foram incinerados e levados para um aterro sanitário, informou nesta terça-feira (28) o Departamento americano da Defesa.

Foto: AP Photo/Steve Ruark
A revelação faz parte de um relatório sobre o necrotério militar da Base Aérea de Dover (Delaware, leste), criticado em novembro passado pela má administração dos restos de soldados mortos no Iraque e no Afeganistão.

Alguns foram extraviados ou misturados; outros acabaram num vertedouro na Virgínia (leste). Mas não são aparentemente os únicos.

O general da reserva John Abizaid, da subcomissão de Saúde da Defesa, durante apresentação do relatório no Pentágono, nesta terça-feira (28 - Foto: Win McNamee (Getty Images/AFP)

"Vários fragmentos de ossos vindos do atentado contra o Pentágono e do local onde caiu um avião em Shanksville", no dia 11 de setembro de 2001, também foram enviados a um aterro sanitário, segundo o relatório desta terça-feira.

"Uma vez incinerados, os restos foram colocados em contêineres lacrados entregues a uma firma terceirizada, encarregada do tratamento do lixo hospitalar", segundo o relatório.

O Pentágono reconheceu no ano passado que os restos dos soldados mortos no Iraque e no Afeganistão e tratados em Dover tinham sido incinerados e jogados num aterro na Virgínia. A revelação causou revolta entre as famílias de soldados e desencadeou uma nova política.

Esta prevê que os restos incinerados, não identificados, sejam submersos.

O relatório desta terça-feira está em contradição com uma versão anterior da Força Aérea, para quem não havia vestígios de como os restos humanos não identificados tinham sido administrados, antes de 2003.

O secretário americano da Força Aérea, Michael Donley, disse nesta terça-feira que o setor aceita "a responsabilidade e a culpa" pela má gestão denunciada em Dover, e trabalha para que esta espécie de erro não se repetisse mais.

Fonte: France Presse via G1

29 de fevereiro de 1996 - Acidente mata 123 passageiros no Peru

O voo 251 da Faucett Aviation Company que havia decolado do Aeroporto Internacional Jorge Chávez, em Lima, com destino ao Aeroporto Internacional Ciriani Santa Rosa, em Tacna, ambas cidades peruanas, se acidentou no dia 29 de fevereiro e 1996, a 6,3 km de Arequipa, também no Peru.

O avião era o era Boeing 737-222, prefixo OB-1451, construído em 1968. Os 123 passageiros a bordo morreram no acidente: eram 72 peruanos, 42 chilenos, 3 belgas, 2 bolivianos, 2 canadenses, 1 brasileiros e 1 argentino.

O acidente ocorreu com a queda do avião e o impacto com o solo durante a tentativa de aterrissagem. A tripulação observava nos instrumentos uma altitude que, depois, se comprovou errônea, provocada por uma falha no altímetro. A aeronave voava 1000 pés abaixo da altitude correta (estava a 8644 pés, acreditando estar a 9500 pés).Para pousar na elevada pista do Aeroporto Rodríguez Ballón era necessária a altitude de 8404 pés.

Alguns fatores que contribuíram para o acidente foram a baixa visibilidade causada pela escuridão (eram 20:25 hora local) e a espessa neblina que se estendia sobre as montanhas no momento do pouso.

Enquanto efetuavam uma aproximação VOR/DME a pista 09 do Aeropuerto Rodríguez Ballón, o avião chocou-se contra as montanhas que se encontravam no meio do padrão de voo a 8015 pés. A seção dianteira da aeronave se partiu com o impacto e a parte central da fuselagem se rompeu e golpeou o cume de uma colina, até parar próximo ao cume de outra elevação. A calda foi encontrada num vale entre duas montanhas.

A empresa aérea declarou falência e encerrou suas operações em 15 de novembro de 1999.




Leia também:


MTC dice que accidente de Fauccett de 1996 fue por falla humana y no por sobrepeso.


Relatório sobre o acidente (Força Aérea do Peru).

Fontes: Wikipédia / aeronoticias.com.pe / Força Aérea Peruana

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Passageiros entendem piloto dizer "bomba" e entram em pânico durante voo

Um piloto utilizou o sistema de som de um avião para desejar feliz aniversário para a mãe de um controlador de tráfego aéreo e causou pânico nos Estados Unidos.

Na última sexta-feira (24), o piloto da Southwest Airlines - durante o voo entre Maryland e Long Island -, ao dizer aos passageiros que eles tinham "uma mãe a bordo" (em inglês, "mom on board"), os passageiros entenderam que havia uma "bomba a bordo" (em inglês, "bomb on board").

Os passageiros entraram em pânico e a tripulação do avião da Southwest Airlines garantiu que não havia nenhuma bomba na aeronave. Vários passageiros prestaram queixas às autoridades sobre o episódio. Um porta-voz da companhia garantiu que tudo foi apenas um mal entendido.

Fontes: O Dia Online / New York Daily

Piloto de avião poderá notificar na internet uso indevido de raio laser

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) criou uma ficha em seu site, para dar celeridade a registros e processamento de casos de uso indevido dos apontadores com mira a laser.


O piloto que for alvo de brincadeiras com o uso de raio lasers poderá notificar, pela internet, a ocorrência. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) criou uma ficha em seu site, para dar celeridade a registros e processamento de casos de uso indevido dos apontadores com mira a laser. Em 2011, o órgão recebeu 332 notificações desse tipo nas proximidades dos aeroportos brasileiros.

O lançamento do formulário online também visa a dar informações para ajudar na criação de ações alertando sobre os riscos dessa prática, que é crime, especialmente nas regiões próximas a torres de controle e a aeroportos.

"Como atividade preventiva, será possível desenvolver campanhas educativas direcionadas a essas localidades de maior risco, com o apoio das secretarias de educação, por exemplo", explica o Major Aviador Márcio Vieira de Mattos, investigador do CENIPA, responsável pelo gerenciamento do Programa Relatório de Prevenção.

Os primeiros relatos sobre a prática ocorreram no início de 2010, e se intensificaram ao longo daquele ano e de 2011. Os fatos que começaram a chamar a atenção da comunidade aeronáutica ocorreram no Aeroporto de Londrina. Em 2011, essa mesma localidade foi a mais atingida pela brincadeira, com 111 relatos de pilotos surpreendidos pela luz verde. Galeão, Vitória e Campinas também estão entre os aeroportos mais rodeados por vizinhos inconsequentes.

Segundo a CENIPA, a probabilidade de que a incidência de raio laser cause um acidente com uma aeronave é baixa, mas ela pode ser um fator de distração para o piloto, em momentos que exigem concentração, como durante o pouso. "No entanto, por menor que seja o risco, as pessoas precisam saber que ele existe", defende o Major Mattos.

A Câmara dos Deputados também está atenta aos riscos do uso dos apontadores de laser. Tramita na Casa projeto que pune o uso indevido do objeto. O projeto prevê que será considerada infração, sujeita a prisão simples de três meses a dois anos e de multa, o uso do instrumento contra torre de controle de tráfego aéreo, cabine de aeronave, ou veículos motorizados.

Fonte: Agência O Globo via portal@d24am.com - Foto: FAB/Divulgação

Aeronáutica começará a investigar as causas da queda de um avião monomotor em São José, na Grande Florianópolis

Susto na aterrissagem


A investigação da aeronáutica deve começar nesta terça-feira para apurar as causas do acidente com o avião monomotor que caiu em São José, por volta de 18h do dia anterior. Um oficial de segurança do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) é aguardado pela direção do Aeroclube de SC.

Segundo o presidente do Aeroclube, Luiz Adauto Costa, que espera pelo técnico, ainda é cedo para apontar quais podem ter sido as causas, mas adianta que pode ter acontecido um erro humano.

— O aluno que passava por treinamento estava fazendo uma manobra de aterrissagem quando acabou batendo na árvore, são coisas que fazem parte do treinamento — explica.

Segundo ele, o tempo apresentava boas condições de navegação no local e a visibilidade era boa, o que contribui para voos em segurança.

Carlson Frany, aluno e piloto do monomotor modelo Paulistinha P56R no momento do acidente, teve ferimentos leves, foi encaminhado para o Hospital Regional de São José e recebeu alta ainda na noite de segunda-feira.

O instrutor de voo Mateus Lozoti também foi levado ao HR, onde permanece internado. Ele deve passar por uma microcirurgia no rosto nesta terça-feira, segundo o presidente do aeroclube.

Fonte: Diário Catarinense - Foto: Flávio Neves/Agencia RBS

Avião cai durante treinamento em aeroclube de SC



Um avião monomotor caiu e colidiu contra uma árvore durante um treinamento realizado na tarde dessa segunda-feira em São José, município da região metropolitana de Florianópolis. Duas pessoas ficaram levemente feridas.

O piloto Mateus Lozotti e o aluno Carlson Frany estavam em uma aeronave modelo Paulistinha P56 realizando manobras no aeroclube local, por volta das 18 horas. Ao tentar arremeter o monomotor, o piloto acabou perdendo o controle. O avião caiu sobre um matagal e atingiu uma árvore.

Os dois foram socorridos por uma equipe de resgate e levados até um hospital de São José. O aluno foi medicado e liberado, enquanto Mateus deve permanecer internado. Ele sofreu apenas ferimentos leves.

As possíveis causas do acidente ainda serão investigadas pela Aeronáutica. Uma perícia deve ocorrer no aeroclube nesta terça-feira.


Fontes: Fabrício Escandiuzzi (Terra) / Diário Catarinense- Fotos: Flávio Neves (Agência RBS)

Fiscalização da Anac é frouxa,diz piloto

“Falta fiscalização nos aeroportos de Belém”, denuncia o piloto Paulo Rodrigues, presidente do Aeroclube do Pará. De acordo com ele, desde 2009, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), órgão regulador da aviação comercial no país, mantém um efetivo de apenas dois funcionários para cobrir todo o Estado.

“É um absurdo, se for pensar na nossa região, que é imensa e que necessita do avião como meio de transporte para alcançar áreas a que muitas vezes não se tem acesso por terra. Se não tem fiscalização, você relaxa, aí começam a acontecer acidentes”, analisa. Ele estima que uma frota de 300 aeronaves, entre monomotores e bimotores, circulem no espaço aéreo do Pará.

Rodrigues aponta problemas também no controle da concessão de licenças para pilotos por parte da Anac. Como explica, para se capacitar como piloto é necessário um curso teórico de quatro meses, exigido para realizar a prova teórica da Anac. Após aprovado, o candidato se submete a 36 horas de voo em um avião e uma prova prática de pilotagem.

“Porém, o controle da Anac é frouxo. Para ser piloto, basta o camarada ter o 1º grau completo e estudar em casa. Não é exigido que faça o curso teórico em uma escola reconhecida pela Anac. Como o cadastro é eletrônico, depende da palavra do candidato apenas comprovar se o curso foi feito ou não”, avalia.

Medo coletivo

É com pesar e receio que o setor de aviação paraense vem recebendo as últimas notícias. “Todos ficam um pouco paranoicos com tantos acidentes. A aviação é considerada uma profissão de risco, mas não é normal a quantidade de acidentes que vêm acontecendo. Sofro pela morte do Roberto (Roberto Carlos Figueiredo, piloto do avião do deputado Alessandro Novelino, também morto no acidente do último sábado), ele era meu amigo. E sofro por ter que ficar tanto tempo sem respostas pela causa de tantas mortes. Elas (as respostas) podem salvar as vidas de outros tantos pilotos”, afirma um piloto que não quis se identificar.

Piloto privado com três anos de profissão, ele confirma as denúncias de falha na fiscalização. “Os ficais vêm muito pouco fazer vistorias. A culpa não é deles. É a quantidade de trabalho que exigem que eles façam. Durante o período de carnaval, aumenta a quantidade de voos no Estado e a Anac não acompanha essa demanda. Se no trânsito é assim, por que na aviação seria diferente?”, questiona.

Outro fator de risco típico da região é ausência de fiscalização e manutenção das pistas de pouso no interior, o que dá abertura a perigosas improvisações. “A maioria das pistas no interior não é apropriada. São descampados de piçarra ou terra batida. Pouquíssimas são afastadas e quase todas são no meio do centro urbano. Muitas das vezes os pilotos têm que pousar em uma estrada ou rodovia. Ficamos taxiando (voando em círculos) até saírem os veículos, pessoas, até mesmo gado do caminho. Imagina o perigo”, relata.

Em números

168 É o número de aeroportos existentes no Pará, sendo 44 aeroportos públicos e outros 124 privados, incluindo também os helipontos. Redução não compromete, garante Anac

O total de acidentes aéreos registrados no Pará no mês de fevereiro é quase a metade dos desastres envolvendo aeronaves em todo o ano de 2010 no Estado. De um total de nove acidentes naquele ano, apenas cinco tiveram seus relatórios de apuração de possíveis causas concluídos. Em 2011, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), somente nos seis primeiros meses do ano foram registrados 23 desastres aéreos em toda a região amazônica, ou quase um acidente a cada 12 dias. No Pará, foram sete. O recorde ficou com o Mato Grosso, com nove acidentes.

Mas nem os recentes acontecimentos no Pará, que registrou quatro graves acidentes em fevereiro, foram suficientes para mobilizar técnicos da Anac - autarquia que tem a responsabilidade de regular e fiscalizar a aviação civil brasileira - no sentido de priorizar os trabalhos de apuração e investigação no Estado.

O DIÁRIO solicitou à agência que informasse se, mediante tais acontecimentos em sequência, a Anac pretendia tomar alguma medida mais pontual, como por exemplo, enviar técnicos para o Estado para averiguar a qualidade dos produtos oferecidos. Para essa pergunta, não houve resposta da assessoria de imprensa do órgão.

Em agosto de 2010, a Anac decidiu fechar os postos de serviços de 22 capitais, inclusive Belém, Boa Vista, Macapá, Manaus e Porto Velho. Na época, a agência informou que a decisão não era econômica, mas de eficiência. Pela configuração anterior, os atendentes apenas recolhiam as queixas dos passageiros e as encaminhavam para as respectivas gerências regionais, onde eram analisadas. Na nova configuração, dizia a Anac, estaria “desenvolvendo ferramentas tecnológicas de controle e vistoria” que permitiriam que tudo fosse feito pela internet.

A Anac disse também, na época do fechamento, que iria “reforçar os canais de atendimento com o passageiro”, com o aumento de 20% do efetivo que trabalha no telefone gratuito 0800 e no site da agência na internet.

Quando foi anunciada a decisão, parlamentares paraenses apelaram à direção da Anac pelo não fechamento dos escritórios nos Estados do Norte. O senador Flexa Ribeiro (PSDB) e os deputados federais peemedebistas

Elcione Barbalho e José Priante entregaram um ofício para o então ministro da Defesa, Nelson Jobim, solicitando a manutenção do escritório em Belém.

A região Norte é carente de transporte fluvial e terrestre e, por isso, o avião acaba sendo um dos principais meios para transportar doentes e passageiros de uma forma geral, do interior para cidade, com maior infraestrutura. Em Belém, o escritório do órgão fazia homologação das empresas de táxi aéreo, fiscalizava a manutenção de aviões e a regularidade de mecânicos e pilotos.

A assessoria da Anac informou que a centralização das operações de fiscalização foi uma decisão da diretoria da Anac por avaliar que, naquele momento, essa seria a melhor forma de atuação. Segundo a resposta enviada pela assessoria, essa medida não interfere na qualidade do serviço prestado pelos técnicos da agência. “Sempre que necessário, a Superintendência de Segurança Operacional encaminha novas equipes para fiscalização regional”, conclui a nota.

Seis acidentes ocorreram por falha em motor

Relatório da Aeronáutica, que analisou os principais fatores contribuintes em acidentes aéreos entre 2000 e 2009, determinou que, em 69,4% dos casos de desastre em todo o país, um erro no julgamento dos pilotos interferiu na tragédia. Em 47,7% dos acidentes ficou constatada também falta de planejamento e, em 28,1%, o fator “indisciplina de voo” interferiu no acidente.

No caso do Pará, dos 13 acidentes investigados pelo Ceripa desde 2001, seis foram ocasionados por falha de motor em voo. Um só acidente foi causado por fenômeno meteorológico em voo. Foi o caso do turboélice, modelo Mitsubishi MU-2B, prefixo PT - LFX, que decolou de São Luís em 1º de julho de 2003 com direção a Belém, que afundou na baía do Guamá, matando seus quatro ocupantes.

O relatório também mostra que um único acidente foi registrado por colisão com um pássaro em voo. Um monomotor decolou da pista da fazenda Iriri, em agosto de 2010, em direção à São Félix do Xingu, quando colidiu com um urubu. O piloto, que estava sozinho na aeronave, conseguiu realizar um pouso de emergência e saiu ileso do acidente.

A Agência Nacional de Aviação Civil informou que as formas utilizadas pelas Superintendências de Aeronavegabilidade (SAR) e de Segurança Operacional (SSO) para realizar a fiscalização são: auditorias de empresas; auditorias de escolas de aviação civil; auditorias de aeroclubes; inspeções de rampa (durante os preparativos para o voo ou após a conclusão); vistorias de aeronaves; e voos de acompanhamento (inspeção na execução do voo).

Segundo a Agência, as auditorias periódicas ou especiais na empresa, inspeções de rampa e voos de acompanhamento são atividades programadas, realizadas conforme o Plano de Vigilância Continuada (PVC) e previstas no Plano de Trabalho Anual (PTA), enquanto as vistorias técnicas nas aeronaves são realizadas quando há a inclusão de aeronave na frota de uma empresa ou para renovar o Certificado de Aeronavegabilidade a cada seis anos.

A manutenção das aeronaves particulares, informa a Anac, segue o Manual de Procedimentos de Manutenção Aeronáutica de acordo com o modelo de aeronave. Nesse manual está descrito quando as peças devem ser trocadas e revisões realizadas. “Porém, anualmente é obrigatória uma revisão realizada em uma oficina certificada pela Anac, na qual inspetores de aviação civil da Agência certificam que a manutenção das aeronaves está em dia.”

Conforme informação da Anac em 2011, os inspetores lotados em Belém realizaram na região a fiscalização de 343 pilotos e de 278 aeronaves, notificaram 40 aeronaves, emitiram 16 autos de infração para pilotos e empresas e quatro autos de interdição para aeronaves. “A fiscalização realizada pela Anac no Estado do Pará é executada por diversos setores que compõem a Agência”, informou a assessoria.

Em números

Sete acidentes aéreos foram registrados no Pará, somente nos seis primeiros meses de 2011. Em toda a Amazônia, foram 23.

Quatro acidentes graves já foram registrados somente em fevereiro deste ano no Pará.

Fonte: Diário do Pará

Repórter do G1 é detido durante cobertura de acidente de avião

Carlos Eduardo Matos é acusado de desacato à autoridade.

Jornalista nega ter insultado PM. Ele prestou depoimento e foi liberado.


O repórter Carlos Eduardo Matos, do G1 Amazonas, foi detido na manhã desta terça-feira (28), durante a cobertura do acidente envolvendo a queda de um avião de pequeno porte, na Zona Centro-Sul de Manaus. O jornalista fotografava a área onde o avião caiu junto a repórteres de outras emissoras quando foi detido sob acusação de desacato. Segundo a polícia, ele foi algemado e retirado do local para preservar o local do acidente.

Matos foi levado para o 10º Distrito Integrado de Polícia (DIP), localizado no bairro Alvorada, Zona Centro-Oeste de Manaus. Ele prestou esclarecimentos e foi liberado no fim da manhã.

Segundo Matos, a área onde ele estava tirando fotos não estava isolada. "Outros profissionais da imprensa estavam no mesmo local e um tenente da Polícia Militar me impediu de continuar o trabalho. Ele tomou os dois telefones celulares que estavam comigo e me levou algemado para a viatura. Não havia necessidade disso, não agredi ninguém, não falei nada demais para ser tratado dessa forma. Fui fichado na delegacia e estou respondendo por desacato à autoridade", declarou.

O tenente Anderson Pereira Alfon foi quem fez a detenção do jornalista. Ele disse que a área onde eles estavam oferecia riscos. "Nós estávamos apenas preservando o local do acidente, impedindo que o trabalho da perícia fosse atrapalhado. Havia risco de explosão", declarou.

Fonte: G1 - Imagem: Reprodução da TV

'Era para eu estar no avião que caiu', diz amigo de piloto morto em Manaus

Autônomo filmou os destroços do aeronave que caiu nesta terça-feira (28).

Gabriel contou ao G1 que, por pouco, não embarcou na avião.


"Foi como se estivesse faltando gasolina no avião", afirmou o autônomo Gabriel Matos (foto acima), amigo do piloto que morreu em acidente, na manhã desta terça-feira (28), ao decolar em uma aeronave no Aeroclube de Manaus. O autônomo estava entre as duas pessoas presentes na pista do aeródromo no momento do acidente e contou ao G1 que, por pouco, não embarcou na aeronave.

Segundo Gabriel, o procedimento de abastecimento do avião era uma tarefa de rotina para o piloto. "Eu, por acaso, não fui embarquei dessa vez. Fui pegar minha moto e o piloto falou que era só o tempo de ele ir abastecer a aeronave e voltar", disse Gabriel.

Gabriel Matos chegou a filmar os destroços do avião e viu o corpo do amigo. "Nossa! Foi uma cena muito feia que vi. Cheguei a ver o corpo dele", afirmou. Segundo o autônomo, a avião estava intacto. "A aeronave estava intacta. Foi estranho ver que ele decolou e, logo depois, bateu em um fio e o avião foi caindo", completou ao lembrar da cena do acidente.

Fonte: Girlene Medeiros (G1) - Foto: Muniz Neto (G1)

Avião de pequeno porte cai logo após a decolagem e mata piloto no AM

Aeronave havia acabado de decolar do Aeroclube de Manaus.

Apenas o piloto estava no avião que não explodiu.

Área onde o avião caiu. A polícia ainda não autorizou a realização de 
fotos do avião por conta do risco de explosão

Um avião de pequeno porte, modelo Cessna 208B Caravan, prefixo PT-PTB, da empresa CTA (Cleyton Táxi Aéreo), caiu na manhã desta terça-feira (28) por volta de 6h16, logo após a decolagem, em um terreno localizado em frente ao Aeroclube de Manaus, Zona Centro-Sul. Apenas o piloto, de 54 anos, estava na aeronave e morreu na hora. De acordo com a Secretaria de Segurança do Amazonas (Seseg), o avião prestava serviço a Prefeitura do município de Nova Olinda do Norte, a 138 Km de Manaus.

Homens do SAMU no momento em que entravam na mata para localizar o piloto

Ainda segundo informações da Seseg, o piloto iria abastecer a aeronave no Aeroporto Eduardo Gomes, Terminal 2, conhecido como Eduardinho. Durante a decolagem o avião não ganhou altitude e teria batido com a asa esquerda em um poste. O aparelho caiu no terreno de uma distribuidora de produtos eletrônicos.

No local do acidente, o irmão do piloto informou que ele tinha mais de 30 anos de profissão. "Ele era considerado um dos mais experientes na empresa em que trabalhava", disse.

Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros do Amazonas, Orleilson Muniz, após o abastecimento o destino da aeronave era a cidade de Boa Vista, em Roraima. O avião prestaria serviço aeromédico.

Carro do IML fez a remoção do corpo do piloto

Para ele, as primeiras impressões são de falha mecânica. "Há suspeita de falha no motor. Há forte cheiro e grande quantidade de querosone derramado e tudo indica que não faltaria combustível para ele chegar ao seu destino. Vamos aguardar as investigações", declarou.

Os moradores de condomínios próximos ao acidente ouviram o barulho do impacto da queda. O avião não explodiu. Carros do Corpo de Bombeiros, Serviço Móvel de Urgência (SAMU), da Polícia Militar e do Instituo Médico Legal (IML) estão no local. A área está isolada.

Fonte e Fotos: Carlos Eduardo Matos/G1

Virgin diz que 1º voo espacial comercial será em '2013 ou 2014'

Empresa anunciou que os testes com a nave começarão ainda em 2012.

Quase 500 clientes já pagaram os US$ 200 mil pela viagem.

A Virgin Galactic, parte do Virgin Group de Richard Branson, planeja realizar um voo de teste de sua primeira nave espacial fora da atmosfera terrestre neste ano, e o serviço comercial de passageiros em voos suborbitais deve ser iniciado em 2013 ou 2014, disseram executivos da empresa na segunda-feira (27).

Quase 500 clientes já garantiram lugar nos voos do SpaceShipTwo, uma espaçonave que acomoda seis passageiros e dois pilotos e está sendo construída e testada pela Scaled Composites, companhia aerospacial fundada pelo projetista aeronáutico Burt Rutan mas agora controlada pela Northrop Grumman.

Os voos suborbitais, que custarão US$ 200 mil por passageiro, devem atingir altitude de 109 quilômetros, o que propiciará aos viajantes alguns minutos de gravidade zero e permitirá que vejam a Terra tendo como fundo a escuridão do espaço.

"Na área suborbital, existe muito a ser feito. Trata-se de uma área que não foi explorada nas últimas quatro décadas", disse Neil Armstrong, que era pioloto de teste do avião de pesquisa X-15 nos anos 60 antes de se tornar astronauta e liderar a primeira missão a pousar na Lua.

Turistas espaciais verão a Terra desta altitude
"Há muita oportunidade", disse Armstrong aos 400 participantes da Next-Generation Suborbital Researchers Conference, em Palo Alto, Califórnia. "Espero que algumas das novas abordagens venham a se provar lucrativas e úteis. E estou seguro de que isso acontecerá".

A Virgin Galactic é a mais visível entre as empresas que estão desenvolvendo espaçonaves para propósitos de turismo, pesquisa, educação e negócios.

O SpaceShipTwo, o primeiro aparelho na frota de cinco espaçonaves que a Virgin planeja, já completou 31 testes de voo na atmosfera - 15 deles atrelados ao WhiteKnightTwo, o avião que o transporta, e 16 em voo planado- disse William Pomerantz, vice-presidente de projetos especiais da Virgin Galactic, em palestra na conferência.

Os preparativos para os primeiros voos propelidos por foguete estão em curso no centro de montagem da Scaled Composites em Mojave, Califórnia, e o teste inicial deve acontecer neste ano.

SpaceShipTwo, nave da Virgin Galactic que levará turistas ao espaço
"Esperamos instalar o motor-foguete na espaçonave ainda neste ano, e começar os testes com autopropulsão", disse David Mackay, chefe dos pilotos de teste da Virgin Galactic, durante a conferência.

"Gostaríamos de ser os primeiros a fazê-lo, mas não estamos correndo contra ninguém. Não se trata de uma corrida espacial como a ocorrida na era da Guerra Fria", acrescentou.

"O intervalo entre o primeiro voo com motor e o primeiro voo espacial não será longo, e de lá para o primeiro voo comercial ao espaço tampouco deve haver muita demora", disse Pomerantz a jornalistas, mais tarde.

Ele disse que os serviços de passageiros começariam em 2013 ou 2014, a depender dos resultados dos testes de voo e outros fatores, tais como o treinamento de pilotos.

Fonte: Reuters via G1 - Imagens: Divulgação

Guia de carreiras: aviação civil

Curso superior tem vantagens em relação à formação dos aeroclubes.

Além de ser piloto, estudante pode atuar em áreas administrativas.


Quem pretende se tornar piloto de avião tem dois caminhos: pode fazer um curso em algum aeroclube ou, ainda, optar por uma graduação de aviação civil oferecida por instituições de ensino reconhecidas pelo Ministério da Educação. Uma das vantagens de quem tem formação superior nesta área é que, segundo especialistas, na hora de contratar pilotos, as grandes companhias aéreas exigem menos horas de voo e estes ingressam mais rápido no mercado de trabalho do que os formados em aeroclubes.

Uma hora de voo pode custar até R$ 1.000 e toda a parte prática é realizada nos aeroclubes. As instituições de ensino costumam ter simuladores de voo, mas eles não são suficientes para o estudante cumprir a carga horária exigida pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) na formação de pilotos.

"Para a Anac, tanto o aeroclube como a universidade são escolas de aviação. Temos a mesma homologação dos aeroclubes. A grande diferença é que o aeroclube ensina somente aquilo que ocorre no voo e a universidade ensina também todas as áreas relacionadas, e proporciona um conhecimento amplo em relação à aviação", afirma Edson Luiz Gaspar, coordenador do curso de aviação civil da Universidade Anhembi Morumbi.

O conteúdo do curso de aviação civil inclui disciplinas relacionadas à física como aerodinâmica de voo, navegação, meteorologia e regulamento de tráfego aéreo. A duração é de três anos. A graduação também habilita o profissional a trabalhar em áreas administrativas como gestor de aeroportos ou de empresas aéreas.

"Na aviação há várias carreiras com diferentes atuações. Em uma companhia aérea, por exemplo, há pessoas que gerenciam a aeronave, a compra e a venda das passagens, elaboram a escala de voo, cuidam da saúde do piloto. Há uma equipe muito grande que permite que o piloto voe e atinja seu destino", diz Gaspar.

Por conta dessa ampla capacitação é comum, de acordo com o coordenador, muitos alunos ingressarem na aviação civil em cargos administrativos para bancar a parte prática do curso com as horas de voo e depois migrarem de área e se tornarem pilotos.

Apesar das vantagens, a graduação, no entanto, pode ser uma opção mais cara se comparada ao curso dos aeroclubes. Segundo Gaspar, a faculdade custa de R$ 120 mil a R$ 150 mil, incluindo as horas de voo, enquanto no aeroclube, o preço deve ficar em torno de R$ 100 mil.

Percurso para voar

Depois de passar por uma rígida bateria de exames médicos no Hospital da Aeronáutica, estudar a parte teórica, fazer 40 horas de voo e concluir o primeiro ano de faculdade, o estudante recebe o brevê (licença) para atuar como piloto privado, o que não permite que ele seja remunerado. A partir do segundo ano do curso, com nova série de exame e mais 40 horas de voo instrumental e outras 70 horas de voo (noturno e diurno), o estudante adquire o brevê de piloto comercial e já pode trabalhar.

Carlos Kodel, de 37 anos, é piloto da Avianca Linhas Aéreas e se formou em aviação civil em 2003 pela Anhembi Morumbi. Para ele, a faculdade deu uma boa base para a progressão da carreira. "No curso você tem acesso a uma gama de matérias que te dão uma noção de 360 graus de tudo que ocorre a sua volta. Pilotos que têm curso superior de aviação levam vantagem e as empresas aéreas entenderam isso."

Veja universidades que oferecem curso de aviação civil (link para o E-MEC).

Fonte: Vanessa Fajardo (G1) -  Arte: G1

Curto-circuito na cabine interrompe voo da FAB em Salvador, diz Base

Aeronave transportava dez militares na noite de segunda-feira (27).

Curto-circuito teria acontecido no console da cabine, informa Base Aérea.

Um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) foi interrompido na noite de segunda-feira (27) após a ocorrência de um curto-circuito no console, localizado na cabine da aeronave, de acordo com informações da Base Aérea de Salvador, de onde partia a incursão militar de âmbito local.

Dez pessoas, todos militares, já estavam sobrevoando a cidade quando o incidente aconteceu, gerando forte fumaça. A assessoria de imprensa da Base Aérea informa que irá enviar nota à imprensa com detalhes sobre a ocorrência.

Fonte: G1

Empresas de táxi aéreo denunciam transporte clandestino no país

Avião privado cobrando para transporte de passageiro é ilegal, diz senador.

Anac diz coibir prática; licença de piloto e avião podem ser apreendidos.

Aeronave de táxi aéreo recebe passageiros em hangar
Representantes de 40 empresas que integram a Associação Brasileira de Táxi Aéreo (Abtaer) foram ao Senado denunciar a existência de transporte aéreo clandestino no país e pedir maior fiscalização. Eles relataram casos em que aeronaves particulares, como jatos, monomotores ou bimotoroes, são usados ilegalmente para transporte de pessoas, sendo que não possuem autorização para isso.

“O tratamento dado à questão é muito ruim. Qualquer um que tenha uma aeronave local ou repassa para transporte de passageiros sem nenhuma fiscalização por parte da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). E as aeronaves particulares não possuem autorização para o transporte de passageiros pagantes, colocando em risco estas pessoas”, disse o comandante Milton Arantes Costa, presidente da Abtaer.

O setor conta com 1.500 aeronaves operando oficialmente no Brasil, conforme a Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), e há pelo menos outros 500 aviões operando de forma clandestina. Estimativa da Abtaer aponta que o táxi aéreo movimenta cerca de R$ 700 milhões mensalmente no país (cerca de R$ 8,4 bilhões por ano), mas o faturamento das empresas caiu até 80% em 2011 devido, dentre outros fatores, à invasão dos "piratas" no mercado.

Em nota, a Anac informou que fiscaliza e pune a prática no país, podendo até apreender a aeronave ou cassar a licença do piloto que estiver fazendo o voo.

A reclamação foi levada pelas empresas a representantes do setor da aviação à Subcomissão Temporária sobre a Aviação Civil no Senado, instalada no último dia 9. Para o presidente da comissão, senador Vicentinho Alves, a Anac deveria realizar inspeções surpresas nos hangares e aeroportos para coibir a prática.

“Oficialmente, apenas táxis aéreos e empresas que operam linhas aéreas podem fazer transporte de passageiros com fins comerciais. Para combater o transporte clandestino, entendo que a Anac deve fazer inspeções de rampa (surpresas), verificando junto aos passageiros e pilotos sobre o tipo de voo que está sendo realizado, quem está pagando, cobrando a nota fiscal, se o tipo de aeronave é o específico para o transporte de passageiros, se a mesma tem seguro, dentre outras coisas”, afirmou Vicentinho ao G1.

'Voos piratas'

O comandante Milton explica que, enquanto um táxi aéreo demora até 9 meses para incluir uma aeronave legalmente em sua frota e habilitá-la para o transporte de passageiros, aviões que acabaram de ser adquiridos entram em operação no mercado rapidamente, fazendo que as empresas percam passageiros. “Os clandestinos não seguem regulamentação, as normas de manutenção e nem exigem que os pilotos tenham a formação necessária. Empresários que compram aeronaves acabam usando para transporte de outras pessoas para reduzir os custos de manutenção, e isso é ilegal”, disse.

Concorda com ele o comandante Jorge Bittar, president da Helimarte Táxi Aéreo. “O transporte pirata é o nosso maior inimigo. Os proprietários, ou até mesmo pilotos, agenciam voos e não sofrem a mesma fiscalização que sofremos. Assim que eu contrato um piloto, ele precisa passar por um treinamento de 4 meses para operar transporte de passageiros, e eu fico pagando por isso.

O clandestino começa a operar na hora, sem nenhum controle e preparação”, critica
O gerente comercial da Flex Táxi Aéreo, Luiz Lopes, lembra de ter perdido negócios, em que um futuro cliente optou pelo transporte clandestino por ser mais barato, e diz que é "prática comum" aviões particulares serem fretadas ou venderem trechos para transporte de pessoas no interior do país. Enquanto que um quilômetro de voo de táxi aéreo, em um King Air, pode ficar em R$ 13, um clandestino pode cobrar cerca de R$ 7, apenas como exemplo.

Segundo o senador Vicentinho, as regras pra táxi aéreo são rígidas. Ele explica algumas diferenças: “Aeronaves que transportam passageiros de forma clandestina não passam por manutenção tão rigorosa como a dos táxis aéreos, que fazem manutenção periódica do mesmo nível que as linhas aéreas. A tripulação dos táxis aéreos precisa ser do quadro de funcionários da empresa (com carteira assinada) e as aeronaves têm seguro de cobertura obrigatória, além de certificado de homologação. Todas aeronaves são da categoria TPX (sigla para Transporte Aéreo Regular)”.

Outro lado

Em nota ao G1, a Anac informou que fiscalizar e punir o transporte ilegal é uma das atribuições da agência e que "somente empresas certificadas pela Anac estão autorizadas a realizar voos comerciais sob demanda (táxi aéreo) e os pilotos-comandantes devem possuir licença de piloto comercial".

Segundo a agência, empresas de táxi aéreo autorizadas "passam por inspeções periódicas, na quais se verificam, entre outras coisas, as condições da aeronave e das operações aéreas, incluindo o treinamento da tripulação. A fiscalização da Anac é contínua e ocorre de forma programada, não programada e sempre que há denúncia".

A Anac diz que "executar qualquer modalidade de serviço aéreo sem estar devidamente autorizado e explorar serviços aéreos sem concessão ou autorização são infrações ao Código Brasileiro de Aeronáutica" passíveis de sanções administrativas, como multas, cassação de certificados ou licenças, até a apreensão de aeronave. O órgão recomenda que o usuário, antes de ser transportado, verifique se a empresa possui autorização.

Fonte: Tahiane Stochero (G1) - Foto: Abtaer/Divulgação