segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Escritor relata a experiência de ver viajantes no Aeroporto de Heathrow

O aeroporto de Alain de Botton é o centro da modernidade do planeta, o ponto de interseção entre todos os mundos, um lugar misterioso e fascinante pelo qual desfila, a cada dia, toda a diversidade do globo. O aeroporto de De Botton é Heathrow, uma das portas de chegada à Inglaterra, o anteportão de Londres, o lugar onde se é admitido ou recusado em solo inglês. Mas disso pouco se fala em Uma semana no aeroporto, livro que o escritor suíço acaba de lançar sob encomenda da administração de Heathrow, que pagou para a pena do autor de Arquitetura da felicidade riscar a vida secreta e anônima dos frequentadores do aeroporto.

“Sou apaixonado por aeroportos. O problema é que só costumamos frequentá-los quando precisamos pegar um avião — e, como é difícil encontrar os caminhos dos portões, costumamos não olhar em volta nem observar os arredores. Aeroportos são os centros criativos do mundo moderno. É onde encontramos, de maneira concreta, todos os temas da modernidade. Aqui você vê a globalização, a destruição ambiental, a correria, o consumismo, a quebra dos laços familiares, tudo em ação”, descreve.

Terminal 5

Corria o verão de 2009 quando Botton se instalou em uma mesa de vidro num canto do Terminal 5, o mais novo de Heathrow. Dali, observava — e eventualmente abordava — quem passasse. Munido de material humano bastante farto, escreveu o pequenino livro no qual conta histórias reais ou possíveis de seus alvos. Botton diz ter conseguido permissão para circular por todas as áreas, inclusive as mais restritas de Heathrow.

Sem um cartão de embarque, mas munido de poderoso crachá, ele passou pela cozinha destinada às refeições servidas nas aeronaves, pelo hangar de manutenção dos aviões, pela central de distribuição de planos de voo aos pilotos, pelo dormitório do pessoal da limpeza e, evidentemente, pelos terminais de passageiros. Evitou a imigração, o centro mais nervoso de aeroportos internacionais de países europeus, uma região cheia de dramas. Dedicou ao tema um pequenino capítulo — menos de uma página — e seguiu adiante, direto para as dores de cabeça ou felicidades na restituição de bagagens. Esse sim, um tema abordado com mais afinco, embora não escape de considerações rasteiras como a de que “os ricos tendem a carregar bagagens menores porque sua classe social e seus trajetos os levam a endossar o tão propalado axioma de que se pode comprar qualquer coisa em qualquer lugar.”

Botton diz não ter sofrido restrições de temas. Apesar de ter sido pago pelos donos de Heathrow, garante que Uma semana no aeroporto é fruto exclusivo de sua criatividade. Não se trata, portanto, de um folheto de propaganda. Mas Botton não pode negar que tudo parece entusiasmante e esplendoroso demais nesse enorme aeroporto. Os dramas, desencontros (ou encontros) e melancolias ficam por conta dos personagens.

Trecho

“Se muitos viajantes ficam angustiados ou com raiva depopis de passar pela revista ou por um interrogatório, é porque tais medidas de segurança podem facilmente ser percebidas como uma acusação, ainda que apenas em um nível inconsciente, e despertam sentimentos de culpa preexistentes.

Uma longa espera no escâner pode induzir muita gente a duvidar de si mesma. Começamos a nos perguntar se por um acaso não temos uma granada escondida em nossa bolsa ou se equivocadamente não nos inscrevemos em uma oficina de um mês de treinamento terrorista. A psicanalista Melanie Klein, em Inveja e gratidão (1963), atribui esse sentimento latente de culpa, parte integrante da natureza humana, ao desejo edipiano de assassinar o progenitor de nosso mesmo sexo. Tais sentimentos de culpa podem ser tão intensos no adulto que poderiam até mesmo levá-lo não só à compulsão de fazer falsas confissões a pessoas em posição de autoridade como também cometer crimes reais, em uma tentativa de obter algum alívio da devastadora sensação de ter feito algo errado.

A passagem sem incidentes pelo posto de inspeção tinha uma vantagem, ao menos para aqueles que (como este autor) são torturados por uma vaga sensação de sua própria culpabilidade. Deslizar sem o sobressalto de apitos ou paradas traumáticas pelos detectores franqueava a passagem para o resto do terminal com a mesma sensação de quem sai da igreja depois de se confessar ou da sinagoga no Dia do Perdão, depois de rezar: momentaneamente absolvidos e aliviados, dando uma trégua à pressão do peso de nossos pecados.”

Cinco perguntas - Alain de Botton

O senhor se sentiu confortável para escrever um livro encomendado por uma grande corporação para falar dela mesma, no caso o Aeroporto de Heathrow? Eles recomendaram evitar algum assunto?

Heathrow deixou o roteiro muito aberto. Eles não me disseram o que escrever e nem mesmo leram o texto antes de ser publicado. Fui autorizado a fazer o que quisesse, precisamente porque o motivo do livro era o oposto de um folder de propaganda. Então escrevi o que senti, fui aonde minha curiosidade me levou.

Imigração é um tema muito sensível em aeroportos europeus, especialmente no de Londres. Dezenas de pessoas são retidas e deportadas diariamente, mas o senhor dedica apenas meia página ao tema. Por que decidiu evitá-lo?

O tema é muito importante e já o discuti bastante. O que tem me fascinado é o fato de aeroportos sempre nos aproximarem da possibilidade da morte — e o estado de consciência ou inconsciência em relação a isso costuma nos libertar de nossas inibições, o que torna emoções de todos os tipos potencialmente mais possíveis. Nos livramos de hábitos diários e ficamos mais abertos ao encontro inusitado. Pessoas que estiveram em casamentos sem amor por décadas vão, de repente, dizer cosias românticas inesperadas em aeroportos. A possibilidade de um acidente de avião pode fazer maravilhas em relacionamentos comportados.

O senhor se sente mais como um repórter ou como um escritor ao escrever o livro?

Para ser um pouco pretensioso, eu tentei soar como um poeta. A ideia de um aeroporto é inerentemente poética, porque esses lugares ajudam a nos colocar em contato com a ideia de alternativas — eles nos relativizam. Eles nos fazem pensar que agora, neste momento, em algum lugar distante do globo, coisas muito diferentes estão acontecendo. Eles fazem aquela tarefa muito básica dos lugares de viagem: nos sacodem no sentido de lembrar que o mundo é estranho, mais excitante, mais variado do que imaginamos, que estamos em arredores familiares, e perigamos cair no enfado e na rotina.

Sobre que temas o senhor ainda não escreveu e gostaria muito de trabalhar?

Eu adoraria escrever outros livros que se passassem em importantes lugares do mundo moderno. Por exemplo, um livro sobre uma usina nuclear ou um sobre um asilo de velhos, ou um livro sobre a Casa Branca. Há espaço, eu acredito, para uma certa poética ao escrever sobre lugares e temas sobre os quais normalmente só lemos nos jornais.

Qual sua conclusão sobre aeroportos? Mudou de ideia depois de escrever o livro?

Acho que mesmo que pensar em voar hoje seja a coisa mais normal do mundo, nunca poderá ser normal realmente. É muito estranho, nós sonhamos durante muito tempo em tomar conta dos céus. Inconscientemente, todos sabemos que estamos desafiando os deuses, que estamos invadindo os céus, que são suas casas, e que uma máquina pode quebrar ou uma asa pode romper e assim, facilmente, podemos ser reduzidos a chamas. Não falamos sobre isso, mas me parece impossível que isso não esteja registrado em algum lugar do nosso processo neuronal. O aeroporto resta fascinante, hipnotizante até. É o coração pulsante dos tempos modernos.

Serviço

"Umas semana no aeroporto"
De Alain de Botton
Tradução: Maria Luíza Machado Jatobá
Editora Rocco, 218 páginas
Preço: R$ 33,50.

Fonte: Nahima Maciel (Correio Braziliense) - Foto: Leon Neal/Agence France-Presse/Getty Images

EUA: avião é desviado após relatório de mau cheiro na cabine

Neste domingo (31/10), o Boeing 767-2Q8/ER, prefixo N766VA, da Vision Airlines que ia de Nova York para Havana, Cuba, carregando 154 passageiros, foi desviado para o Aeroporto Internacional Baltimore Washington, próximo à Baltimore, após um relato de mau cheiro na cabine.

O porta-voz da companhia Bryan Glazer disse que o voo RBY-6401 que saiu do Aeroporto Internacional John F. Kennedy fez um pouso de precaução no final da tarde desse domingo, foi inspecionado e logo decolou em direção a Cuba.

A pequena companhia aérea chamou a atenção em julho, quando um de seus aviões foi utilizado para transportar um grupo de agentes russos. Dez agentes secretos expulsos dos Estados Unidos por terem trabalhado para os serviços russos foram trocados no aeroporto de Viena por quatro espiões que trabalhavam para os Estados Unidos na Rússia, em uma operação sem precedentes desde a Guerra Fria.

Fontes: Terra (com informações do The New York Times) / Site Desastres Aéreos

domingo, 31 de outubro de 2010

Helicóptero de quatro hélices é febre mundial

Esse talvez seja um dos “brinquedos” mais desejados do momento, para quem não conhece, estamos falando do Parrot AR. Drone, um “quadricóptero” elétrico controlado pelo iPhone, iPad e iPod Touch. O AR. Drone foi lançado na CES deste ano, mas só agora começou a ser vendido, e está vendendo muito…

Ele é inovador pois combina o melhor de vários “mundos”, modelismo, video-game e realidade aumentada. O Drone possui em seu corpo, duas câmeras que podem ser visualizadas na tela de seu iPhone ou iPad, o que faz com que a brincadeira atinja um outro nível. Imagine só as possibilidades…

Falando em vídeo-game, o brinquedo vem com um jogo na memória, o AR.FlyingAce, que utiliza a camera do Drone e realidade aumentada, para criar uma batalha aérea entre dois AR. Drones. O Drone cria uma rede Wi-fi, sem a necessidade de um roteador, aí é só acessar esta rede pelo iPhone ou iPad e sair voando.

Fonte: MSN Tecnologia via Marilucia (dihitt.com.br)

Saudita da Al-Qaeda é principal suspeito de ter fabricado bombas interceptadas

O saudita Ibrahim Hassan Al-Asiri (fotos acima), suposto fabricante de artefatos explosivos da Al-Qaeda, é o principal suspeito do complô para o envio de pacotes-bomba do Iêmen aos Estados Unidos, afirmou uma fonte do governo americano.

"As atividades passadas e a experiência com explosivos de Al-Asiri fazem dele o principal suspeito", afirmou a fonte, que pediu para não ser identificada.

"Há indícios de que pode ter tido um papel em complôs passados da AQPA (Al-Qaeda na Península Arábica), incluindo a tentativa de assassinato de um funcionário saudita e o atentado frustrado do Natal do ano passado", completou.

O conselheiro do presidente Barack Obama para antiterrorismo, John Brennan, já havia afirmado que o mesmo indivíduo confeccionou os artefatos explosivos interceptados na sexta-feira procedentes do Iêmen e a bomba para o ataque frustrado do Natal de 2009 no voo Amsterdã-Detroit.

"Acredito que até o momento as análises forenses indicam que o indivíduo responsável por armar estes artefatos é o mesmo", disse John Brennan em entrevista ao programa "This Week" do canal ABC.

O jornal Washington Post já havia mencionado o nome do especialista em explosivos saudita Ibrahim Hassan al-Asiri, de 28 anos.

O jovem, que mora no Iêmen, está na lista de homens mais procurados da Arábia Saudita e é apontado como a pessoa que concebeu e fabricou a bomba de pentrita colocada na roupa de Farouk Abdulmutallab, o jovem nigeriano que tentou detonar o explosivo em um avião comercial que viajava de Amsterdã (Holanda) para Detroit (Michigan, norte dos EUA) em dezembro de 2009.

"Com certeza é alguém em quem se presta atenção", afirmou um alto funcionário do governo, não identificado, ouvido pelo jornal.

Fonte: AFP - Fotos: Yemen Interior Ministry/Getty

Pacote-bomba enviado aos EUA viajou em voos comerciais

Artefato foi encontrado, na última sexta, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos

Um dos dois pacotes-bomba enviados aos Estados Unidos e interceptados na última sexta-feira em aviões de carga, também viajou em dois voos comerciais antes de ser identificado. A informação é de um porta-voz da companhia aérea Qatar Airways e foi divulgada, neste domingo, pela rede americana CNN.

Trata-se do pacote que foi detectado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A companhia Qatar Airways tem voos de passageiros diários do Iêmen e também costuma embarcar pacotes de serviços de mensagem.

O porta-voz não especificou em quais voos o pacote com explosivos teria sido transportado, nem quantos passageiros viajaram com a bomba, que estava escondida no cartucho de tinta de uma impressora.

Suspeitos

Segundo a a rede CNN, investigadores americanos acreditam que o especialista em bomba e militante da Al Qaeda, Hassan al-Asiri, de 28 anos, estaria ligado à tentativa de ataque da última sexta-feira. Acredita-se que Al-Asiri esteja no Iêmen e que ele também tenha confeccionado a bomba para o atentado frustrado, do Natal de 2009, em um voo entre Amsterdã, na Holanda, e Detroit, nos Estados Unidos.

Uma estudante de Engenharia, que havia sido detida no Iêmen junto com sua mãe sob suspeita de envolvimento na tentativa de ataque da última sexta, foi liberada neste domingo. Ela foi identificada como Hanan Al-Samaui, de 22 anos.

Histórico

Na última sexta-feira, autoridades interceptaram dois pacotes com explosivos. Eles haviam sido enviados do Iêmen com destino a sinagogas na área de Chicago, nos Estados Unidos. Um deles foi interceptado e descoberto ainda na segunda escala, em Dubai, num avião da FedEx e o outro somente no aeroporto de East Midlands, no Reino Unido, numa aeronave da UPS (United Parcel Service). Ambas são empresas globais de logística.

Fonte: Veja.com (com agências EFE e France-Presse) - Foto: Karim Sahib/AFP

Mulher suspeita de enviar pacotes-bomba aos EUA ganha liberdade

Mohammed al-Samawi, o pai da mulher detida por suspeita de envolvimento no envio de bombas em aviões com destino aos EUA, aguarda com vizinhos fora de sua casa em Sanaa o retorno da filha, libertada neste domingo

A estudante iemenita presa neste sábado por um suposto envolvimento no envio de dois pacotes com explosivos aos Estados Unidos foi libertada pelas autoridades do Iêmen, disse à Agência Efe um responsável de segurança que pediu anonimato.

A fonte assinalou que a universitária Hanan al-Samawi, de 22 anos, está em liberdade condicional desde esta tarde e foi entregue a seu pai.

A mãe da jovem, que também foi detida, embora não tenha sido informada oficialmente sua participação no envio dos pacotes localizados na sexta-feira passada em Dubai e no Reino Unido, também foi libertada, apontou a fonte.

Ontem à noite, a Polícia iemenita deteve na capital a estudante da faculdade de Engenharia da Universidade de Sanaa, após ter cercado sua casa.

Aparentemente, a jovem foi identificada graças ao chip de um telefone celular encontrado no pacote interceptado no Reino Unido, que da mesma forma que o localizado em Dubai tinha como destino duas sinagogas de Chicago (EUA).

Os pacotes foram enviados do Iêmen pelas empresas de transporte americanas UPS e FedEx, e é possível que Al Qaeda na Península Arábica esteja por trás da operação.

O primeiro foi localizado e desativado no aeroporto britânico de East Midlands, a bordo de um avião da UPS, e o segundo em um contêiner da FedEx a bordo de uma aeronave que tinha feito a rota Sanaa-Doha-Dubai.

Em entrevista coletiva anterior à detenção da jovem, o presidente do Iêmen, Ali Abdala Saleh, havia afirmado que a estudante era a responsável pelo enviou dos pacotes aos EUA.

Fonte: EFE via Terra - Foto: Reuters

Bagdá recebe primeiro voo de uma companhia europeia desde 1990

Um avião da companhia francesa Aigle Azur procedente de Paris pousou neste domingo em Bagdá (foto acima), no primeiro voo direto de uma empresa europeia para a capital iraquiana após o embargo internacional ao país, em 1990.

O Airbus A319, que pousou às 6H00 (1H00 de Brasília), depois de pouco mais de cinco horas de voo, decolou do aeroporto parisiense Charles de Gaulle com 111 pessoas a bordo, incluindo a secretária de Estado francesa para o Comércio Exterior, Anne-Marie Idrac.

A secretária viajou ao lado de 40 empresários franceses.

A Aigle Azur, que pertence à família franco-argelina Idjerouidene, começará a explorar esta linha em 2011, a princípio com dois voos semanais a partir de Paris.

Fonte: AFP

sábado, 30 de outubro de 2010

Estação espacial completa 10 anos

Há uma década, astronautas chegavam ao maior veículo orbital já construído

A ISS há 10 anos e hoje

Da Terra, há pouco para ver, mas de perto o local ganha uma forma mais complexa: um casco brilhante de tubos interligados e treliças de metal sustentadas por gigantescos painéis em forma de asas. Com o espaço interno de uma casa de cinco dormitórios, ali se encontram os ambientes de convivência mais extremos que já se construiu. O que parece uma estrela nos céus é o reflexo da luz solar na Estação Espacial Internacional (ISS).

Na próxima semana, a Nasa comemorará dez anos de vida no maior veículo espacial orbital já construído (os primeiros residentes chegaram em 2 de novembro de 2000), mas pouco menos de 200 pessoas conheceram a vida a bordo dele. "Mal consigo acreditar no que vi", diz Piers Sellers, astronauta da mais recente missão à estação. "Toda hora ela volta nos meus sonhos."

As filmagens de astronautas dando cambalhotas e caçando comida pelo ar faz parecer que a estação espacial está flutuando, livre da influência da gravidade. Nada poderia estar mais errado. O posto avançado orbital - todas suas 450 toneladas - está caindo na Terra e se espatifaria nela se não estivesse se movendo com velocidade para manter uma curva suave em torno do planeta.

A viagem

Chegar à estação espacial leva dois dias. A estação voa a uma altitude de 354 quilômetros (mais de 30 vezes a altitude de um avião, a uma velocidade de 27,5 mil km/h). O ônibus se aproxima da estação por baixo e dá um cambalhota para trás. A tripulação tira fotos, que são examinadas em busca de rachaduras e furos - danos provocaram a destruição do ônibus Columbia em 2003.

A cautela se justifica pelos valores: US$ 1,7 bilhão para um ônibus espacial e US$ 100 bilhões para a estação. "Você vê aqueles rostos pálidos excitados por nos ver. Às vezes, passaram-se meses desde a última vez que viram alguém de fora", diz Sellers.

O espaço

Ao todo, o espaço vital na estação é o equivalente a uma vez e meia o de um Boeing 747. Instalações de armazenamento, laboratórios e salas se projetam desse tubo para dar aos astronautas espaços para fazerem suas tarefas, experiências e operar os dois braços robóticos da estação. Aparafusada na estação está uma enorme estrutura com 16 painéis solares para fornecer energia elétrica.

A estação tem uma tripulação de seis pessoas. Há uma arte sutil em se movimentar sem se chocar com tudo, arrancando computadores, equipamentos e outros objetos presos por almofadas de velcro. A higiene pessoal é obrigatória, mas as condições de falta de gravidade tornam o banho uma coisa delicada. Gotículas de água pode causar sufocamento se forem inaladas e podem provocar curto-circuito em equipamentos, por isso muitos usam lenços úmidos.

Sabe-se de tripulações exclusivamente masculinas que se despiam e se esfregavam em massa. Lavar o cabelo é espinhoso. Os homens recebem cortes de cabelo escovinha antes de uma missão. Mesmo Sunita Williams, que passou 195 dias na estação - um recorde feminino -, teve seu cabelo preto cortado. "Lavar era demorado", diz ela.

Usar o vaso sanitário também exigia uma certa prática, mas isso ficou menos traumático depois do redesenho que substituiu sacos plásticos por um vaso com sistema de sucção, como os usados em aviões. A urina dos astronautas é reciclada para consumo.

A rotina

A estação espacial leva uma hora e meia para circundar o planeta - são 16 voltas por dia. Um esquema de janelas vedadas e horários para dormir é imposto pelos controladores da missão. As tripulações são despertadas por música acionada pela Nasa. Cada dia, a trilha é dedicada a um astronauta e escolhida por sua esposa ou algum colega.

Fonte: O Estado de S.Paulo - Tradução: Celso Paciornik - Fotomontagem: N. Atkinson

Balões caem em Boituva, três turistas morrem e mais de 10 ficam feridos

Um grave acidente envolvendo balões de turismo aconteceu na manhã deste sábado no município de Boituva, a 117 quilômetros de São Paulo. Pelo menos dezesseis pessoas ficaram feridas e três morreram, segundo informações da Guarda Civil Municipal da cidade. É o primeiro acidente de balão com mortes no país, segundo a Confederação Brasiliera de Balonismo.




Oito balões saíram do Centro Nacional de Paraquedismo na manhã deste sábado e pelos menos seis foram atingidos por uma rajada de vento. Segundo o Corpo de Bombeiros, quatro balões fizeram pousos de emergência.

De acordo com o relato de uma testemunha, Wady Hadad, outros dois balões - um com seis e outro com nove pessoas - caíram por volta das 7h15m da manhã, a cerca de 5 quilômetros do ponto de decolagem. O balão que decolou com seis pessoas caiu próximo a uma residência em um bairro rural chamado Fazenda Pinhal. Neste morreram três pessoas: o piloto Antonio Carlos Giusti, além de Cláudia Monteiro e Everton Dercilia. Os demais passageiros ficaram feridos. Segundo testemunhas, o balão bateu em árvores e caiu sobre uma grade com lanças.

O outro balão, com nove pessoas, também caiu próximo ao primeiro. Antes de cair, este balão 'quicou' na área de um condomínio de chácaras chamado Vitasay e, em seguida, caiu em um canavial próximo à Rodovia Castello Branco. As vítimas foram levadas para hospitais de Sorocaba, Boituva e Itu. Uma jornalista de uma emissora de TV que estava a passeio sofreu traumatismo craniano e foi levada para o Sanatorinho, em Itu. Uma criança de 6 anos também foi internada com ferimentos.

Segundo informou o Hospital Regional de Sorocaba, quatro pessoas foram atendidas e nenhuma delas corre risco de morte. São elas: Alessandro Taveira, Claudio Vitorino da Silva (fratura na costela), Mário César Machado Cruz e Fabiana Garcia Magalhães (fratura no antebraço). Todos estão internados na ala de politraumatismo

O piloto de um dos balões que conseguiu pousar, Jhonny Alvarez, disse que quando todos decolaram o tempo estava bom, mas que logo em seguida houve uma mudança brusca, com vento e chuva forte. A meteorologia já previa nesta sexta-feira a passagem de uma frente fria pelo estado de São Paulo, com chuva.

Os voos de balão começaram em Boituva no ano 2000 com o Clube de Balonismo e hoje já existem diversos profissionais atuando na área. Os voos podem ser feitos nos fins de semana e nos feriados, desde que previamente agendados. Só há decolagem se as condições do tempo forem favoráveis, de acordo com as empresas.

Segundo os organizadores dos passeios, não é necessário nenhum conhecimento ou experiência prévia dos passageiros. Também não são necessárias roupas especiais para voar. O voo é feito com um piloto habilitado, que dá todas as instruções aos passageiros. Os passeios duram cerca de 1 hora e custam R$ 250, cobrindo uma distância de até 30 quilômetros, dependendo da velocidade do vento.

Fontes: SPTV / TVTEM / O Globo - Foto: Jornal Primeira Impressão

Melhorias na Torre de Controle do Santos Dumont

Os controladores de tráfego aéreo do Aeroporto do Rio de Janeiro/Santos Dumont (RJ) iniciaram, neste mês de outubro, a operação experimental de uma nova central de áudio da Torre de Controle do aeroporto – operada por profissionais da Infraero. A empresa investiu cerca de R$ 267 mil na aquisição da central, que estará em teste até o próximo dia 15/11.

O equipamento possui instrumentos de última geração, além da ferramenta “touch-screen”, que permite, com um simples toque na tela, o acesso do controlador aos diversos segmentos operacionais de telecomunicações, proporcionando de maneira ágil o acesso aos recursos de rádio e telefonia de qualquer ponto da rede.

“Esta central, com suas modernas consoles, permitem pureza na transmissão e clareza na recepção. Ela vem nos trazer precisão, confiabilidade e a tranquilidade necessária para realizarmos um trabalho de excelência", explicou Antônio Barrocas, coordenador de Tráfego Aéreo da Torre de Controle do Santos Dumont.

No último dia 20/10 foi celebrado o Dia Nacional do Controlador de Tráfego Aéreo. O controlador de voo é o profissional responsável pela radiocomunicação com os pilotos, pelas comunicações de coordenação com os órgãos de tráfego aéreo adjacentes, emitindo autorizações e instruções que visam a separação, a ordenação, a fluidez e a segurança das operações aéreas.

Fonte e fotos: Assessoria de Imprensa – Infraero

França e Reino Unido suspendem frete aéreo do Iêmen

A França e o Reino Unido aplicaram restrições ao frete aéreo de cargas vindas do Iêmen após dois pacotes-bomba do país asiático terem sido interceptados em Dubai e na Grã-Bretanha.

A agência de aviação civil francesa (DGAC) afirmou em um comunicado que, "após a descoberta de dois aviões transportando pacotes suspeitos do Iêmen e depois do alerta internacional feito pelas autoridades norte-americanas", foi solicitado que "todas as companhias aéreas suspendessem o carregamento de cargas vindas do Iêmen".

A DGAC, no entanto, informou que a suspensão no transporte de cargas iemenitas era temporária e que discutiria o assunto com outras autoridades de transporte europeu.

No Reino Unido, a secretária do Interior, Theresa May, disse que o país baniu a movimentação de todas as cargas aéreas desacompanhadas vindas do Iêmen. Ela acrescentou que o governo não elevará o nível de probabilidade de ataque terrorista - atualmente em "severo". As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Abaixo: uma década de violência no Iêmen:


Fonte: Agência Estado - Imagem: BBC

Pirocumulonimbus: super nuvem supera força de um vulcão

Uma cumulonimbus é uma nuvem impressionante - uma torre gigantesca em forma de bigorna, que pode chegar a 8 quilômetros (km) de altura, disparando raios, ventos e chuvas.

Uma pirocumulonimbus combina fumaça e fogo com as características de uma tempestade violenta. Poluentes dessas tempestades são canalizados até a estratosfera - Imagem: Naval Research Lab/Mike Fromm

Adicione fumaça e fogo a essa mistura e você terá uma pirocumulonimbus, um verdadeiro dragão das nuvens, capaz de cuspir fogo, gerando uma tempestade explosiva realmente criada pela fumaça e pelo calor do fogo, capaz de devastar milhares de hectares.

E, nesse processo, a tempestade de pirocumulonimbus vai criar um funil que, como uma chaminé, levará sua fumaça até a estratosfera da Terra, com efeitos adversos duradouros.

Nuvem dragão

Estudando esses dragões das nuvens, que cospem o fogo que as gera para áreas enormes, os cientistas agora acreditam que estas tempestades intensas podem ser a fonte do que anteriormente se acreditava serem partículas vulcânicas arremessadas até a estratosfera.

Eles também sugerem que as pirocumulonimbus aparecem com mais frequência do que se pensava, e afirmam que elas são responsáveis por um grande volume dos poluentes aprisionados na atmosfera superior da Terra.

"Um pirocumulonimbus individualmente pode injetar partículas na baixa estratosfera em altitudes de até 16 km," afirma o Dr. Glenn K. Yue, um cientista atmosférico do Centro de Pesquisas Langley, da NASA.

Yue é um dos oito autores de um artigo sobre pirocumulonimbus, publicado no Boletim da Sociedade Meteorológica Americana, intitulado "A História Não Contada das Pirocumulonimbus".

Nuvem vulcânica

O artigo reavalia dados anteriores para concluir que muitos eventos de poluição na estratosfera têm sido erroneamente atribuídos a partículas de erupções vulcânicas.

Três "fenômenos de nuvens misteriosas" foram citados como exemplos que foram na verdade o resultado de tempestades pirocumulonimbus, incluindo um inicialmente atribuído à erupção de 1991 do Monte Pinatubo, nas Filipinas.

A coluna de fumaça que se pensava ter sido criada pelo Pinatubo foi, concluem eles, de uma tempestade pirocumulonimbus no Canadá.

Imagem real de uma pirocumulonimbus registrada no dia 19 de Junho de 1991 em Quebec, no Canadá - Imagem: Fromm et al.

Uma razão para essa interpretação errônea, diz Yue, é que os cientistas acreditavam que nenhum fenômeno natural teria tanta energia quanto uma erupção vulcânica para penetrar a "tropopausa" da Terra em um período tão curto de tempo. A tropopausa é a barreira entre a atmosfera baixa e a estratosfera.

Chuva de fogo

Yue e seus colegas reavaliaram dados do instrumento SAGE II, a bordo do Earth Radiation Budget Satellite satélite. O SAGE II foi lançado em 1984 e desativado em 2005.

"Nosso trabalho também mostra que as pirocumulonimbus acontecem com mais frequência do que as pessoas imaginam," acrescenta Yue. Em 2002, por exemplo, vários instrumentos de sensoriamento detectaram 17 eventos distintos de pirocumulonimbus apenas na América do Norte.

Os seres humanos têm sido responsáveis por muitas tempestades pirocumulonimbus, diz Mike Fromm, primeiro autor do artigo.

O pior incêndio da história do Colorado foi iniciado por um funcionário do serviço florestal "e dentro de 24 horas houve uma tempestade pirocumulonimbus," diz Fromm, um meteorologista do Laboratório de Pesquisas Navais em Washington.

Impulsionado pela tempestade que que ele próprio gerou, o incêndio de 2002 destruiu 138.000 acres (558,5 quilômetros quadrados) em quatro municípios, deslocou mais de 5.000 pessoas de suas casas e causou seis mortes.

Se as ações humanas influenciam a atividade das pirocumulonimbus o suficiente para afetar significativamente o clima global é uma questão em aberto. Acredita-se que a atividade humana cause o aquecimento global, que aumenta o número de incêndios florestais.

"É uma história convincente. Mas não sabemos o bastante para dizer se há provas suficientes disso," diz Fromm.

Bibliografia:

The Untold Story of Pirocumulonimbus
Michael Fromm, Daniel T. Lindsey, René Servranckx, Glenn Yue, Thomas Trickl, Robert Sica, Paul Doucet, Sophie Godin-Beekmann
Bulletin of the American Meteorological Society
Vol.: 91, Issue 9
DOI: 10.1175/2010BAMS3004.1


Fonte: Michael Finneran (NASA) via Site Inovação Tecnológica

República Dominicana solicita ajuda para aviação do Haiti

A República Dominicana solicitou na quarta-feira ajuda concreta para o sistema de aviação civil do Haiti, que entrou em colapso após o terremoto que assolou parte da nação em 12 de janeiro. O pedido foi feito pelo diretor-geral do Instituto Dominicano de Aviação Civil (Idac), José Tomas Pérez, na terceira reunião sobre segurança operacional da aviação pan-americana, que aconteceria até sexta-feira em Punta Cana, leste do país.

Segundo o diretor, após o terremoto o sistema de aviação do país vizinho entrou em colapso, por isso que considerou "uma prioridade a administração de ajudas concretas" nessa matéria. Na reunião participam representantes de 11 países, incluindo Colômbia, Costa Rica, Chile, Brasil, Estados Unidos, Haiti, Jamaica e a República Dominicana, além de dezenas de organizações internacionais de aviação civil.

Pérez afirmou ainda que a República Dominicana experimentou nos últimos anos um crescimento considerável de sua segurança operacional, graças ao trabalho interno e à supervisão de entidades como a Organização da Aviação Civil Internacional (Icao) e a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês).

A diretora regional da Icao, Loretta Martin, falou sobre a redução dos acidentes aéreos no ano passado, quando 2,3 trilhões de passageiros percorreram o mundo e "só 654 pessoas foram vítimas de acidentes fatais". Isso significa "que a redução de acidentes foi considerável", mas afirmou que a meta é "que não haja um só acidente, que ninguém saia lesionado durante uma operação aérea".

Fonte: EFE via Terra - Imagem: haitilibre.com

Infraero instala equipamentos para passageiros especiais nos aeroportos do Rio e João Pessoa

A Infraero confirmou que já foram instalados equipamentos para facilitar a acessibilidade dos passageiros especiais nos aeroportos internacionais do Rio de Janeiro/Galeão-Antonio Carlos Jobim e de João Pessoa/Presidente Castro Pinto. Essas ações fazem parte da Política de Acessibilidade da empresa.

No Aeroporto Internacional do Galeão (RJ), a Infraero disponibilizou, no Terminal de Passageiros 1, nove balcões de check-in adaptados para usuários cadeirantes (foto acima). Os balcões são identificados com um adesivo e possuem uma mesa retrátil que, quando acionada, fica na altura do passageiro que utiliza cadeira de rodas.

O superintendente do Galeão, André Luis Marques, classificou a ação como um ato de suma importância na relação do aeroporto com os passageiros. "O aeroporto, adaptando-se a essas necessidades, torna-se habilitado para qualquer evento e para atender com maior nível de conforto os passageiros e usuários", afirmou André Luis.

As novas instalações atendem todas as empresas aéreas do Terminal 1, que compartilham os balcões de check-in. A intenção é de que mais equipamentos como esses sejam instalados no Terminal de Passageiros 2.

Fonte: Mercado & Eventos - Foto: Infraero

Pilotos e comissários de bordo da França fazem greve

Sindicatos representando os pilotos e comissários de bordo da França anunciaram uma greve de quatro dias a partir de sexta-feira, dia 5 de novembro, como forma de protesto contra um plano da Assembleia Nacional que prevê a aplicação de impostos a alguns benefícios oferecidos a esses profissionais.

Os parlamentares estão debatendo se os pilotos e comissários, que pagam menos por passagens aéreas, estadias em hotéis e estacionamento em aeroportos, devem pagar impostos por esses serviços, o que reduziria o desconto atualmente oferecido.

"Isso não diz respeito apenas aos pilotos, afeta todos, particularmente os funcionários de transporte", disse Yves Deshayes, membro do departamento executivo do SNPL France Alpa, principal sindicato de pilotos da França.

O SNPNC/FO, sindicato dos comissários de bordo franceses, alertou que a lei terá sérias consequências para seus membros. "Diversos comissários vivem no interior e trabalham em Paris. Eles usam de três a quatro passagens por mês para voltar para casa", afirmou a presidente do sindicato, Fatiha Aggoune-Schneider. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Agência Estado - Foto: AFP/france24.com

Justiça condena companhia aérea a indenizar passageiros maltratados no embarque

A 2ª Turma Cível do TJ-DF (Tribunal de Justiça do Distrito Federal) confirmou a sentença da 4ª Vara Cível de Brasília, que condenou a TRIP Linhas Aéreas a pagar indenização de R$ 10 mil, a título de danos morais, e R$ 2.195,40, por danos materiais, a dois passageiros que foram maltratados no balcão de embarque da empresa. A decisão foi unânime.

Segundo o acórdão, os passageiros adquiriram passagens para Fernando de Noronha no site da TAM Linhas Aéreas, e a empresa TRIP ficou responsável pelo trecho que vai de Fernando de Noronha a Recife. No momento do ckeck- in, o funcionário da TRIP, mesmo diante da confirmação junto à TAM de que um dos passageiros teria direito a maior franquia de bagagem, cobrou o excesso de peso das malas e emitiu um recibo sem qualquer individualização do serviço cobrado.

Os passageiros pediram recibo detalhado para poderem solicitar o ressarcimento do valor à TAM. Segundo informações da assessoria de imprensa do TJ-DF, o funcionário,de forma grosseira, disse que se eles quisessem embarcar teriam que aceitar aquele recibo. Quando o passageiro tentou ler o recibo, foi surpreendido por um movimento brusco do funcionário que lhe retirou o papel, amassou e o jogou na cesta de lixo.

Segundo o processo, além de retirar o recibo, o funcionário impediu um dos passageiros de pegar a nota de bagagem do lixo, e disse: "eu não entro na sua casa e no meu balcão você também não entra". Diante da humilhação e intransigência sofrida, os passageiros tiveram de recolher suas bagagens e foram para a delegacia local.

A Turma entendeu que o grau de lesividade da conduta negligente da empresa TRIP é alto, pois os consumidores foram mal tratados, tiveram de se encaminhar à autoridade policial, perderam o vôo, tiveram de adquirir novas passagens, procurar outra empresa aérea, com o desgaste físico e emocional que tais fatos implicam. Os passageiros receberão, por dano material, o valor gasto com a compra de novas passagens em outra empresa aérea e, pelo dano moral, R$ 5.000 cada um.

Fonte: Última Instância

Brasileiro gasta US$ 2 bi com aéreas estrangeiras

Valor pago em passagens até setembro às empresas estrangeiras já passa de US$ 2 bilhões e supera o total de 2009, enquanto estrangeiros gastaram apenas US$ 198 milhões com empresas brasileiras

O dólar barato produz um efeito extra para os milhões de dólares deixados mensalmente por brasileiros em hotéis e lojas do exterior. Além do rombo da conta de turismo, viajantes também têm feito disparar o saldo negativo da conta de passagens aéreas.

Segundo dados do Banco Central, brasileiros pagaram US$ 262,2 milhões em setembro às companhias estrangeiras que ligam o Brasil a outros países, valor 40% maior que o verificado em igual mês do ano passado.

No acumulado do ano, a conta paga às empresas aéreas estrangeiras já soma US$ 2,07 bilhões - valor superior ao total pago em todo o ano de 2009, quando a despesa somou US$ 1,99 bilhão. A conta de passagens é contabilizada à parte do saldo de viagens internacionais.

Enquanto brasileiros gastaram mais de US$ 2 bilhões com bilhetes em companhias estrangeiras, empresas brasileiras receberam em setembro apenas US$ 17,5 milhões de turistas internacionais em visita ao Brasil.

No acumulado de janeiro ao mês passado, o valor soma US$ 198 milhões - menos de um décimo da despesa de brasileiros nos aviões estrangeiros.

Além de o brasileiro viajar cada vez mais ao exterior, o déficit da conta de passagens é potencializado pela forte concorrência dos estrangeiros. Um exemplo está em uma das rotas mais usadas para os Estados Unidos: o voo entre São Paulo e Nova York. Diariamente, há cinco voos diretos entre as duas cidades - três de empresas estrangeiras (American Airlines, Continental e Delta) e duas partidas da brasileira TAM.

Entre Guarulhos e Miami, três dos cinco voos diários são operados pela American Airlines e dois pela TAM. Para Madri, a espanhola Iberia tem dois voos diários e a TAM viaja apenas uma vez por dia. Há, ainda, dois voos semanais da Air China para a capital espanhola.

Além disso, há uma série de rotas que partem das cidades brasileiras e são exploradas exclusivamente pelas companhias estrangeiras, como Atlanta, Cidade do México, Cidade do Panamá, Dallas, Doha, Dubai, Houston, Johannesburgo, Lisboa, Los Angeles, Pequim e Toronto.

Fonte: Fernando Nakagawa - O Estado de S.Paulo

Pantanal cancela outro voo; ônibus conduz passageiros até Londrina

MP move inquérito para averiguar reincidência; Anac observa situação

Mantendo a regularidade ao longo da semana, a Pantanal Linhas Aéreas cancelou novamente o voo das 17h20, que partiria nesta sexta-feira (29) com destino à Guarulhos. De segunda-feira até ontem, três dos cinco embarques marcados para o mesmo horário foram cancelados e a exemplo do que aconteceu na quarta-feira (27) os passageiros que insistiram em viajar foram levados de ônibus até Londrina (PR) para de lá partirem rumo à região metropolitana de São Paulo.


Nos últimos 10 dias pelo menos 10 voos locais foram cancelados pela companhia aérea, situação que já lhe rendeu o status de alvo em inquérito movido pelo Ministério Público (MP) e também avaliações mais detalhadas da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

O MP anunciou na quinta-feira (28) que vai iniciar nos próximos dias, ainda sem data definida, a coleta de depoimentos de passageiros prejudicados pela Pantanal e também pela Passaredo, que cancelou um voo no sábado.

Ontem um dos prejudicados foi a advogada Nicole Terpins, que foi até Londrina para embarcar e acabou perdendo compromissos na capital paulista. “É uma situação complicada. A gente depende de horários, tem compromissos na agenda, e acabamos tendo que desmarcar pela falta de comprometimento da companhia com os usuários”.

Não há previsão confirmada de cancelamento para hoje, mas para amanhã a Pantanal já anunciou que o voo das 5h não deve decolar.

Fontes: diariodemarilia.com.br / folhadaregiao.com.br

Proteger a Terra contra asteroides requer cooperação, diz astronauta

A Nasa rastreia cerca de 7.000 objetos próximo da Terra que têm alguns metros de diâmetro

Ilustração do asteroide de Chicxulub, que teria preciptado o fim dos dinossauros

Cientistas espaciais e ex-astronautas de diversos países estão pedindo um aumento na cooperação internacional para ajudar a evitara a ameaça de um asteroide chocando-se com a Terra.

O ex-astronauta da Nasa Thomas D. Jones disse que já existe tecnologia para evitar que uma rocha gigante atinja a Terra, mas que a implementar um plano de defesa requer que os países trabalhem juntos.

Jones faz parte de um grupo que se reuniu no centro de operações da Agência Espacial Europeia (ESA), na Alemanha, para pressionar agências espaciais de todo mundo a formar um grupo para tratar do problema, dentro das Nações Unidas.

A Nasa rastreia cerca de 7.000 objetos próximo da Terra que têm alguns metros de diâmetro. Desses, 1.111 são "potencialmente perigosos".

No dia 12 de outubro, um pequeno asteroide, 2010 TD54, passou entre a Terra e a Lua. Com tamanho estimado entre 5 metros e 10 metros de diâmetro, em seu momento de maior aproximação de nosso planeta o asteroide chegou a 45.000 km sobre Cingapura. O risco de colisão foi considerado zero.

Atualmente, de todos os asteroides monitorados, apenas um, 2007 VK184, atinge um grau acima de zero na Escala Torino, criada para medir riscos de colisão.

Ele está no primeiro grau da escala, definido como "cálculos atuais mostram que a chance de colisão é extremamente baixa, sem causa para atenção ou preocupação do público".

O asteroide fará quatro passagens próximas da Terra entre 2048 e 2057. O maior risco de colisão, de 0,03%, está em 2048. Seu diâmetro é de 130 metros.

Fonte: Carlos Orsi (estadão.com.br com Associated Press) - Imagem: Divulgação/JPL-Nasa

Traje espacial parecido com uniforme do Homem Aranha mantém ossos de astronautas intactos

Roupa desenvolvida pelo MIT será usada em missões longas, como em viagens a Marte

Esta nova roupa parecida com a malha do Homem Aranha pode não ser muito fashion, mas deverá ajudar a manter os ossos dos astronautas intactos durante missões longas.

Testes com o protótipo do traje, que está sendo desenvolvido por uma equipe do Laboratório Homem-Veículo do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), nos Estados Unidos, mostram que simula os efeitos da gravidade no corpo humano, o que poderá resolver um dos maiores obstáculos ao futuro das viagens espaciais. A informação é do site Popsci.

Astronautas perdem de 1% a 2% da massa dos ossos a cada mês que ficam no espaço. Nas missões Gemini, regimes de exercícios de condicionamento foram usados para tornar mais lenta essa perda óssea.

Mas um estudo da Nasa revelou que, mesmo assim, membros da tripulação da ISS (Estação Espacial Internacional) perderam até 2,7% da parte interna dos ossos e 1,7% do osso do quadril por mês.

Se os membros da tripulação perderem essa quantidade de osso depois de quatro a seis meses no espaço, astronautas em viagem a Marte – missões que podem levar vários anos – poderiam perder massa óssea suficiente para ter fraturas durante as tarefas na superfície do planeta vermelho.

Com estribos em volta do pé, o traje espacial é muito curto de propósito para que fique esticado ao ser colocado, puxando os ombros do astronauta na direção do pé.

Em condições normais de gravidade na Terra, as pernas do ser humano suportam mais peso do que o tronco. Como a parte de baixo do traje esticam mais do que a região do tronco, as pernas do astronauta ficam sujeitas a uma força maior, imitando os efeitos da gravidade na Terra.

O teste do protótipo foi realizado em voos parabólicos que criaram breves períodos de gravidade zero. Os resultados mostraram que o traje imitou com sucesso a força da gravidade sobre o tronco e as coxas, mas não exerceu força suficiente na parte inferior das pernas.

Agora, os pesquisadores vão melhorá-lo para resolver esse problema. Eles também pretendem testar o traje para ver como se comporta à noite.

Voluntários que o testaram nos voos disseram que ele é confortável e não restringiu muito os movimentos, o que significa que os membros da tripulação poderão usá-lo para trabalhar e se exercitar.

Fonte: R7 - Foto: Reprodução