quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Anac espera julgar 2.000 recursos contra aéreas até dezembro

Segundo a agência, 20.000 processos aguardam julgamento - muitos ainda da época do antigo DAC

Até dezembro, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pretende julgar 2.000 recursos contra as companhias aéreas nacionais e estrangeiras que operam no país. Se a meta for cumprida, significará que, em apenas seis meses, a agência terá encaminhado 10% dos 20.000 processos acumulados no órgão - muitos ainda herdados do antigo Departamento de Aviação Civil (DAC).

A corrida para limpar o passivo é uma tentativa da Anac de responder a uma incômoda questão: a agência está, de fato, fiscalizando o setor aéreo? Os freqüentes atrasos e cancelamentos de voos não seriam um sinal contrário? Essa dúvida já causou problemas à agência, que foi alertada pela Justiça que poderia ser multada em 10.000 reais por omissão na fiscalização.

"Estamos julgando todos os recursos herdados pela Anac e vamos organizar os dados", afirmou, ao site EXAME, Angela Rizzi, presidente da junta recursal da agência. Segundo ela, ainda não é possível estabelecer um ranking das companhias que mais recebem reclamações - são 2.900 por mês. A junta é a instância responsável por avaliar as contestações das 67 aéreas que operam no país - 20 nacionais e 47 estrangeiras - a queixas de passageiros e investigações iniciadas pela própria Anac. E é a principal aposta da agência para acelerar as punições.

Recursos

Criada em 2008, dois anos após a constituição da própria Anac, a junta já julgou 5.000 recursos em 85 sessões. No entanto, Andréa afirma que muitos recursos são arquivados por falta de documentos. Outros ainda deixam de ser julgados por ultrapassar o prazo prescricional de cinco anos. Ela não soube, no entanto, informar quantos processos caem nesses casos.

Segundo Andréa, os números da agência vêm melhorando. Até junho, as multas emitidas geraram uma arrecadação de 7,4 milhões de reais - mais do que todo o ano passado, quando somaram 7,3 milhões de reais. Em 2007, o total foi de 808.000 reais. As multas mantidas, após recursos, saltaram de 28% dos recursos, em 2008, para 70% no fim do primeiro semestre.

A melhora do desempenho é atribuída à estruturação da junta recursal. Quando o departamento foi criado contava com quatro funcionários. Agora, são 25 pessoas - sendo seis responsáveis pelos julgamentos. No total, a Anac deve receber mais 81 funcionários concursados nos próximos meses, dos quais, 29 são técnicos de regulação de aviação civil.

Lacunas

Os números podem ter melhorado, mas ainda há muito a ser feito para que a Anac seja, efetivamente, percebida pela população como um agente eficaz de fiscalização do setor aéreo. Para começar, três dos cinco cargos de diretoria da agência foram preenchidos apenas no início de agostoa - o que afeta diretamente a operação.

Preenchê-los também não é uma tarefa simples. Embora lide com temas bastante técnicos, a agência não está imune à interferência dos políticos - como, de resto, qualquer órgão da máquina pública.

Antigos diretores da Anac, aliás, já protagonizaram episódios que mostram como pode ser tênue a linha que separa a agência dos interesses do setor que deveria estar fiscalizando.

Fonte: Marcio Orsolini (Exame.com) - Foto: Patricia Santos/Agência Estado

Pluna investiu mais de US$ 2,5 milhões no treinamento de novos pilotos

A Pluna Linhas Aéreas, empresa uruguaia que atua no Brasil e em outros países da América do Sul, amplia seu plano de crescimento com a contratação de novos pilotos e co-pilotos. Os novos profissionais receberam treinamentos técnicos no Centro de Formação da Bombardier, na Espanha, que incluem testes com simuladores de voo, instruções operacionais e de segurança e ainda horas de voo com acompanhamento de instrutores. Para essa capacitação, Pluna investiu cerca de US$ 25 mil por piloto. Hoje, a empresa conta com 78 pilotos e co-pilotos, número 25% superior ao valor registrado há um ano e meio. Nos últimos três anos, foram investidos mais de US$ 2,5 milhões em treinamentos.

Pluna no Brasil

Em 2010, o Brasil é a principal aposta da empresa. Hoje, dos 13 destinos oferecidos pela companhia, seis estão relacionados ao Brasil, e 44% do total de pessoas que viajam pela Pluna têm o país como destino ou partida. Neste ano, a empresa pretende crescer 50% no mercado brasileiro – quantidade de pessoas que têm o Brasil como destino ou ponto de partida.

A Pluna (www.flypluna.com), companhia aérea uruguaia fundada em 1936, atualmente liga as cidades de Montevidéu(Uruguai), Punta del Este (Uruguai), Buenos Aires (Argentina), Córdoba (Argentina), Assunção (Paraguai), Santiago (Chile) a Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis e Foz do Iguaçu. Com um modelo que prioriza voos regionais, a frota da empresa conta com modernos jatos Bombardier CRJ 900 NextGen, com 90 assentos. Até novembro de 2010, a frota contará com 10 aeronaves.

Fonte: Portal Fator Brasil - Foto: Divulgação

TAM, Gol e Azul: de olho nos turistas emergentes

Mas de 8 milhões de brasileiros viajarão de avião pela primeira vez até 2011, segundo dados do Data Popular

Os 8,7 milhões de brasileiros que viajarão de avião pela primeira vez nos próximos meses, segundo o Data Popular, estão na mira das empresas de turismo. Enquanto companhias aéreas como Gol e Azul reafirmam seu posicionamento e investem em produtos para democratizar as viagens de avião, a TAM reformula sua estratégia para se aproximar dos consumidores emergentes e aproveitar o aquecimento do mercado. De acordo com a Anac, somente no primeiro semestre, o número de passageiros transportados cresceu 16%.

Para garantir sua fatia neste bolo, não basta que as empresas apenas deixem os preços mais baratos e ofereçam condições de pagamento facilitadas, é necessário também se aproximar dos novos turistas. Quem nunca viajou de avião, muitas vezes deixa de fazê-lo por falta de informação e até mesmo medo de passar vergonha. Por isso, as empresas investem em ações que orientam os clientes que nunca voaram e marcam presença em canais que fazem parte do cotidiano dessas pessoas.

Uma das iniciativas recentes da TAM neste sentido foi iniciar a comercialização de passagens em lojas da Casas Bahia. O mesmo aconteceu com a Azul, que inaugurou pontos-de-venda em unidades das redes Walmart e Extra. Estando perto dos consumidores, o próximo passo é ajudá-los na hora de voar. Para isso é importante desmistificar as viagens de avião para quem voará pela primeira vez.

Orientação sobre viagens é fundamental

No site Minha Primeira Viagem, a TAM disponibiliza um vídeo com informações para que tudo dê certo, desde apreparação até o desembarque no destino final. Já a Gol e a Azul contam com cartilhas e folhetos nos pontos-de-venda. "Para conquistar estes consumidores não basta apenas uma tarifa competitiva. Precisamos mostrar as vantagens das viagens de avião. Por isso, desenvolvemos uma cartilha explicativa com orientações sobre aeroportos, como chegar, qual é a franquia de bagagem e regras em geral", explica Eduardo Bernardes, diretor comercial da Gol, em entrevista.

Com foco nos consumidores da classe C, a Gol inaugurou no ano passado sua primeira loja física e pretende abrir outras quatro ainda em 2010, todas em São Paulo. A iniciativa faz parte do programa Voe Fácil, criado em 2005 e com mais de dois milhões de clientes cadastrados, que permite o parcelamento de passagens em até 36 vezes.

"Começamos a Gol para democratizar o transporte aéreo do Brasil. Contribuir para o crescimento do mercado é parte da nossa estratégia desde 2001. Além do parcelamento, aceitamos todos os cartões de crédito e oferecemos tarifas que competem com o transporte rodoviário", diz Bernardes.

Facilidade de pagamento e produtos específicos

Parcerias com cartões de crédito são uma estratégia importante para atrair os consumidores das classes C e D. Segundo dados do Data Popular, 99,3 milhões de cartões de crédito estão nas mãos de pessoas da base da pirâmide. Em 2011, 26,4 milhões de brasileiros pretendem viajar de avião e a maior parte deles (67%) se concentra nessas classes, um grupo responsável por movimentar R$ 11,04 bilhões no mercado de viagens domésticas.

Sabendo disso, a Azul foi além do parcelamento tradicional. "A maior parte da classe C tem cartão de crédito, mas com limite baixo, o que não permite que a compra seja realizada. Lançamos então o crédito parcelado. Todo mês debitamos no cartão o valor referente à parcela", ressalta Paulo Nascimento, diretor comercial da Azul.

A facilidade do pagamento, no entanto, precisa vir acompanhada de produtos específicos para cada perfil de cliente. Pensando em facilitar a vida de quem viaja com frequência, principalmente a trabalho, a Azul oferece o Passaporte Azul, que permite que a pessoa voe quantas vezes quiser durante um mês.

Trocar o nicho pela massa

A TAM, que sempre foi reconhecida como uma companhia aérea voltada para a classe média e os executivos, também se preocupa em lançar opções voltadas para os consumidores emergentes. A empresa, no entanto, nega que tenha se reposicionado.

"Durante os últimos anos tivemos aprendizados para elaborar uma estratégia maior, chamada 'elasticidade da marca'. Depois de muitos estudos, constatamos que a TAM não tinha mais porte para ser uma empresa de nicho, mas sim atender mercados massivos e atrair novos viajantes", aponta Manoela Amaro, diretora de marketing da TAM, em entrevista.

Além da parceria com a Casas Bahia, a TAM incentiva os voos em horários alternativos, o que barateia os custos para o cliente, com foco nos turistas emergentes. A empresa também lançará em breve o Giro TAM. O produto voltado para os universitários será vendido em faculdades e permitirá que o cliente possa parar em três lugares antes de chegar a seu destino final.

Ivete Sangalo aproxima TAM dos consumidores

Para comunicar as ações, a TAM conta com a ajuda da cantora Ivete Sangalo. A mais nova garota-propaganda da marca não só participa de toda a divulgação, como também surpreenderá alguns passageiros, ao aparecer como aeromoça em determinados voos da companhia.

Os esforços das empresas são justificados pelos números do mercado. No ano passado, 50 milhões de consumidores fizeram viagens de avião, segundo a Anac. Em cinco anos, é possível que o mercado de aviação tenha potencial para pelo menos dobrar este número. Acompanhando a evolução e o aquecimento do setor de turismo aéreo, os hotéis também querem conquistar estes novos clientes. A partir da bandeira Formule 1, a rede Accor se posiciona para atender consumidores da classe C.

"Quando vai para um hotel, normalmente o hóspede tem uma série de serviços adicionais que não utiliza. O Formule1 já é concebido de forma diferente para oferecer uma tarifa realmente acessível, pagando apenas pela estada", relata Cláudia Barros, gerente de marketing das redes Ibis e Formule 1.

Tarifas atrativas incentivam clientes a prolongar viagem

O Formule 1 ainda oferece parcelamento em até cinco vezes sem juros em todos os feriados nacionais para incentivar viagens a lazer. Já o Ibis, apesar de não ser tão focado no consumidor emergente como o Formule 1, oferece tarifas com desconto também em feriados.

"Conseguimos oferecer tarifas atrativas para incentivar o cliente que está viajando durante a semana a prolongar, ficando o fim de semana também, ou viajando para cidades próximas", conta Cláudia.

Turismo popular

• 83% da classe D nunca viajou de avião

• 53% da classe C nunca viajou de avião

• 58% da população já viajou de ônibus mais de 8 horas

• Nos próximos 12 meses, 8,7 milhões de brasileiros emergentes deverão viajar de avião pela primeira vez

• 26,4 milhões de brasileiros pretendem viajar de avião em 2011. 67% destes se concentram nas classes C e D

• Viagens domésticas nas classes C, D e E movimenta 11,4 bilhões de reais por ano

Pessoas residem no mesmo estado em que nasceram

Região - Porcentagem
Nordeste - 93%
Sul - 88%
Sudeste - 82%
Norte - 78%
Centro-Oeste - 67%

80% das viagens têm objetivo de lazer

Objetivo - Porcentagem
Passear, descansar - 46%
Visitar parentes - 34%
Trabalhar - 14%
Fazer compras - 2%
Tratar da saúde - 1%
Motivo religioso - 1%
Outros serviços - 1%

As classes C e D juntas somam 82% da população

Classe - Porcentagem
C - 66%
AB - 18%
D - 16%

Pretendem viajar de avião nos próximos 12 meses

Classe - Porcentagem
C - 56%
AB - 33%
D - 11%

Meios de transporte que pretendem usar na próxima viagem para fora do estado

Meio - Porcentagem
Carro ou ônibus - 86%
Avião - 85%

Fonte: Sylvia de Sá (mundodomarketing.com.br) via Portal Exame

Air Berlin poupa 33,7 milhões em combustível

O grupo aéreo alemão Air Berlin, que está em processo de integração na aliança 'oneworld', mostra nas suas contas do primeiro semestre publicadas hoje que o combustível foi uma das rubricas de custo onde, ao contrário da generalidade das companhias aéreas, economizou.

O balanço indica que a fatura de combustíveis ascendeu no primeiro semestre a 186,9 milhões de euros, menos 33,7 milhões que no mesmo período em 2009, apesar de ter um aumento do consumo que estima em 5,4 milhões.

O decréscimo da fatura veio, segundo a mesma informação, através de melhorias de eficiência, que permitiram poupar 7,1 milhões, e, sobretudo, pela via do preço, que deu uma economia de 32 milhões.

A mesma informação mostra também graficamente que esta redução via preço do combustível veio de a Air Berlim, com hedging de 89,8% das necessidades de fuel, ter pago este ano um preço médio ligeiramente abaixo do preço de mercado enquanto no primeiro semestre, com hedging de 92,7% das necessidades, esteve com um preço médio bastante superior ao do mercado.

Desta forma, embora segundo a informação se veja que o preço de mercado em abril de 2009 se situava entre os 400 e os 500 dólares por tonelada e este ano estava acima do 700, para a Air Berlin houve um decréscimo de cerca de 900 dólares para a casa dos 700.

Em maio, quando o preço subiu de perto de 500 dólares por tonelada em 2009 para perto dos 800 este ano, para a Air Berlin houve um decréscimo da ordem dos 850 para os 700, e em junho, enquanto o preço de mercado subiu da ordem dos 550 dólares para os cerca de 700, para a Air Berlin houve um decréscimo de perto de algo acima dos 850 dólares para os 700.

Fonte: Presstur

Aeroporto de Vitória da Conquista permanece fechado após acidente aéreo

O aeroporto Pedro Otacílio Figueiredo, em Vitória da Conquista, permanece fechado para pousos e decolagens, nesta quinta-feira, 26, após o acidente envolvendo um avião da empresa Passaredo com capacidade para 50 pessoas na tarde de quarta-feira, 25. Técnicos da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) e do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) realizam trabalhos de recuperação no local e a previsão é de que o aeroporto seja reaberto na manhã desta sexta-feira, 27.

Durante a manhã desta quinta-feira, 26, os profissionais percorreram a pista, avaliando a estrutura do jato e peças que se soltaram durante a manobra. Algumas partes estavam na cabeceira, reforçando a informação de que houve um choque num muro de contenção, próximo a Lagoa das Bateais, área de lazer administrada pela prefeitura que fica entre o bairro Bateais e a entrada da pista do aeroporto.

De acordo com José Antônio Santos, 77 anos, morador do local, foi possível ouvir o barulho provocado pelo acidente a cerca de 50 metros da cabeceira da pista. "Foi um estrondo forte, como se fosse uma bomba bem grande explodindo", afirmou.

O sítio aeroportuário recebe quatro voos diários de São Paulo, Belo Horizonte e Salvador. As decolagens acontecem em igual número, para os mesmos destinos, atendendo a cerca de 230 pessoas por dia.

Segundo comunicado das operadoras de viagens, os passageiros com viagem marcada com destino a Conquista, podem desembarcar em Salvador e chegar até o município em ônibus fretados pelas empresas aéreas. Quem preferir, ainda segundo as empresas, pode remarcar o bilhete ou solicitar reembolso.

Acidente

O avião, que partiu de Guarulhos (SP) às 13h com 27 pessoas a bordo com destino a Conquista, saiu da pista e parou numa área de matagal, com uma das turbinas em chamas, às 14h40 de quarta-feira, 25. Dois passageiros sofreram luxações, foram examinados e liberados no mesmo dia.

O motivo do acidente teria sido o trem de pouso da aeronave, que apresentou falha mecânica durante a abertura, fazendo com que o comandante executasse um pouso forçado na cabeceira da pista.

Em nota divulgada após o ocorrido, a empresa Passaredo Linhas Aéreas, dona da aeronave ERJ 145, da Embraer, afirmou que o avião estava com três tripulantes e 24 passageiros e que, em relação ao fato, "investiga as causas da ocorrência constatada durante o pouso".

Fonte: Juscelino Souza (A Tarde On Line) - Foto: Néia Rosseto

Erro técnico obriga 2 aviões iranianos a pousarem na Turquia

Dois aviões de passageiros Airbus A300, de duas companhias aéreas do Irã, tiveram que aterrissar emergencialmente nesta quinta (26), com uma diferença de pouco mais de uma hora, no aeroporto Atatürk de Istambul, na Turquia, devido a problemas técnicos nos motores, informou a agência oficial turca Anadolu.

Os pilotos da aeronave Airbus A300B4-603, prefixo EP-MNR, da companhia Mahan Air (foto acima), que realizava o voo W5-5060 entre Teerã e Düsseldorf, na Alemanha, com 209 passageiros e 18 tripulantes, pediram permissão para aterrissar em Istambul após detectar fogo no motor esquerdo (CF6) e, após obter autorização, tocaram o chão às 10h02 local (4h02, Brasília).

Pouco mais de uma hora depois, às 11h09 local (5h09, Brasília), outro avião, o Airbus A300B4-605R, prefixo EP-IBC, da empresa Iran Air (foto acima), que levava 236 passageiros no voo IR-763 entre Teerã a Estocolomo, na Suécia, também registrou problemas em seus motores, justo no momento em que acabava de entrar no espaço aéreo búlgaro, por isso que pediu permissão para voltar ao céu turco e aterrissar em Istambul.

Fonte: EFE via Terra - Fotos: Andre Wadman e Adam Samu - AIRportal Hungary (Airliners.net)

Fotos dos destroços do avião que caiu na China


Fotos: AP / Reuters

China ordena inspeções em grande escala após catástrofe com avião da Embraer

O governo da China ordenou inspeções de segurança em grande escala nos aviões do país após a queda de uma aeronave da companhia regional Henan Airlines, fabricada pela brasileira Embraer, na qual morreram 42 pessoas, uma catástrofe que continua sem explicação e que acabou com seis anos de segurança total nos céus do país.

Na terça-feira à noite, um Embraer ERJ-190 da Henan Airlines não conseguiu pousar e se partiu em dois ao lado da pista do aeroporto de Yichun (nordeste), a 150 km da fronteira com a Rússia. Cinquenta e quatro pessoas sobreviveram à queda.

A caixa-preta foi encontrada rapidamente (foto acima), mas o motivo do "pouso prematuro" do avião, a dois quilômetros da pista, permanece uma incógnita.

A única certeza dos investigadores é que não se trata de um ato de sabotagem.

O presidente chinês Hu Jintao e o primeiro-ministro Wen Jiabao determinaram uma investigação e a inspeção dos aviões para "eliminar qualquer risco".

Várias companhias aéreas importantes do país, como a China Eastern e a China Southern, convocaram reuniões para reforçar as medidas de segurança, informou a agência ofical Xinhua (Nova China).

O diretor geral da Henan Airlines, Li Qiang, foi demitido.

Os analistas destacaram que a catástrofe representou o fim de seis anos de segurança nos céus da China.

Antes da tragédia, a aviação civil do país havia registrado 2.102 dias sem acidentes, "o período mais longo na história da China", destacou uma fonte da CAAC (Administração Chinesa de Aviação Civil), citado pelo jornal em língua inglesa China Daily.

Quinze dos 54 sobreviventes feridos estão internados em um hospital de Harbin, a capital provincial. Entre as pessoas em estado grave está o vice-ministro de Recursos Humanos, Sun Baoshu.

A Embraer expressou condolências às famílias das vítimas e enviou uma equipe de técnicos para acompanhar as investigações.

"É a primeira vez que um avião da Embraer se vê envolvido em um acidente fatal", declarou à AFP um porta-voz da empresa, a terceira maior fabricante de aviões do mundo.

As companhias chinesas possuem 30 ERJ-190 e quatro deles pertencem à Henan Airlines, sem contar o avião da tragédia, que estava em uso desde 2008. No total, 74 aeronaves da Embraer de diversos modelos estão em serviço na China, de acordo com o China Daily.

Recentemente, várias companhias aéreas chinesas informaram problemas técnicos em seus ERJ-190, como por exemplo com as turbinas, e de falhas nos sistemas de controle de voo. Em junho de 2009, a CAAC organizou uma reunião sobre a questão, segundo a Xinhua.

A CAAC destacou que o aeroporto de Yichun - reaberto na quinta-feira - tem condições de receber pousos noturnos.

"As normas de segurança estão garantidas, mas não são comparáveis às dos grandes aeroportos", declarou Li Jian, subdiretor da CAAC.

Em setembro do ano passado, a companhia China Southern decidiu não realizar mais pousos noturnos em Yichun por motivos de segurança, informa o Diário da Juventude de Pequim.

Fonte: France Presse via G1 - Foto: Guangli Xing/Xinhua

China já havia detectado defeito em outro avião da Embraer

Problema foi encontrado em modelo igual ao que se acidentou.

Trinta aeronaves da Embraer operam na China.


A Aviação Civil da China detectou há alguns meses falhas técnicas em um avião Embraer E-190, mesmo modelo que aquele que se acidentou na terça-feira (24) no nordeste do país, causando a morte de 42 pessoas e deixando 54 feridos, informou a agência oficial "Xinhua".

De acordo com a agência estatal, tinham sido detectados problemas técnicos em um dos 30 aparelhos deste modelo que operam na China - cinco da Henan Airlines, à qual pertencia o avião acidentado, e 25 da Tianjin Airlines.

Ainda não se sabe, porém, se o acidente foi causado por falha técnica ou humana.

As investigações preliminares mostram que o avião aterrissou longe da pista, causando a destruição da cabine e uma pequena explosão que incendiou parte do aparelho.

De acordo com a Xinhua, a Aviação Civil chinesa realizou em junho uma reunião para discutir os problemas, entre eles fendas em placas das turbinas e informações erradas nos sistemas de controle de voo.

A Embraer ainda não falou sobre o assunto.

Horas depois de receber informações sobre o acidente, a companhia brasileira enviou uma equipe de especialistas a Yichun, a localidade do nordeste da China onde o avião se acidentou, para ajudar a investigar o caso.

Voos suspensos

Enquanto isso, a Henan Airlines, que só conta com aviões do modelo da Embraer em sua frota, suspendeu temporariamente todos seus voos, entre eles o que faz a rota entre Harbin e Yichun, iniciado há apenas duas semanas.

O diretor-geral da companhia aérea, Li Qiang, foi destituído e substituído pelo chefe de pilotos da Shenzhen Airlines, empresa proprietária da Henan.

Aeroporto

O aeroporto de Lindu, nos arredores de Yichun e onde aconteceu o acidente, foi reaberto nesta quinta-feira (26), um dia antes de ser completado um ano de sua inauguração, segundo a Xinhua.

A imprensa local chinesa mostrou dúvidas sobre a capacidade do aeroporto de Yichun, inaugurado em 2009, para realizar voos noturnos, assim como o local do aeroporto, aparentemente rodeado de florestas (o próprio nome da instalação, Lindu, significa "Capital da Floresta").

O acidente põe fim a uma sequência de quase seis anos sem acidentes na aviação civil chinesa. O último tinha acontecido em novembro de 2004, quando um Bombardier CRJ-200 da China Eastern Airlines caiu pouco depois de decolar na cidade de Baotou, da região autônoma da Mongólia Interior, causando 55 mortes.

Revisões

O governo chinês ordenou inspeções de segurança em grande escala nos aviões que operam no país, após o acidente com a aeronave da Embraer. O presidente chinês Hu Jintao e o primeiro-ministro Wen Jiabao ordenaram uma investigação e a inspeção dos aviões para "eliminar qualquer risco".

Por conta do acidente desta semana, grandes companhias aéreas nacionais como a China Eastern e sua concorrente China Southern organizaram reuniões de emergência para revisar as medidas de segurança de seus aparelhos.

Feridos

Muitos dos feridos no acidente continuam recebendo tratamento, e, segundo os médicos, cinco crianças que viajavam no avião se encontram em estado "crítico". Quatro delas sofreram queimaduras em seu aparelho respiratório e estão em situação muito grave, segundo o médico Wang Yongchen, subdiretor do hospital onde estão sendo tratadas, em Harbim.

Outros 10 feridos estão em situação grave, entre eles um vice-ministro do governo chinês, cujo nome não foi revelado.

Fonte: EFE via G1 - Foto: AP

Dois caças gregos batem no ar com 3 pilotos a bordo

Dois dos pilotos foram resgatados, mas o terceiro está desaparecido.

Ainda não há informações sobre as possíveis causas do acidente.


Dois caças-bombardeiros F-16C Block 52+ da Força Aérea da Grécia (similares ao da foto acima) bateram hoje (26) às 14:00 (hora local) durante manobras ao sul da ilha de Creta, dois dos pilotos que estavam nas aeronaves conseguiram deixar os aviões e foram resgatados, um terceiro ainda não foi localizado.

Conforme a agência grega "ANA", dois tripulantes foram resgatados poucos minutos após o acidente por um grupo de pescadores que comunicaram por rádio o resgate.

Os dois pilotos, um com lesões no rosto e o outro ileso, foram transferidos para um hospital.

Testemunhas contaram que o terceiro tripulante foi visto saltando de paraquedas. Aviões e navios ainda estão procurando por ele.

Os dois caças F-16 pertencem a um esquadrão em uma base em Souda (Creta).

Ainda não há informações sobre as possíveis causas do acidente.

Fontes: G1 / ASN - Fotos: dimkamp (Airplane-Pictures.net)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Perito: "comprovo que equipamentos do Legacy estavam desligados"

O perito e especialista em acidentes aéreos Roberto Peterka prestou depoimento nesta quarta-feira ao juiz federal substituto em Sinop, Fabio Henrique de Moraes Fiorenza, sobre dois laudos técnicos que demonstraram que o TCAS e Transponder (equipamentos de segurança de voo) estavam desligados, antes da decolagem dos pilotos americanos no jato Legacy que se chocou com o avião da Gol, em 2006. O acidente matou 154 pessoas no norte de Mato Grosso. O depoimento do perito levou cerca de três horas.

Segundo Peterka, no depoimento ele ressaltou ao juiz que, na caixa preta, não havia registros que o TCAS estava ligado. "Se um deles estivesse ligado (TCAS ou o Transponder) o acidente não teria ocorrido". A perícia foi entregue para a Justiça Federal em 2009, mas ela demorou 8 meses para ser concluída e possui mais de mil páginas.

"Eles (Joseph Lepore e Jan Paul Paladino) afirmaram que ligaram os equipamentos, mas eu comprovei que eles não ligaram. Essas informações foram confirmadas pelos dados da caixa preta e nos autos do processo. Eu estou convicto disso e comprovo", disse o perito.

Ao ser questionado sobre a conduta dos pilotos, Roberto Peterka, disse que não gosta de fazer juízo de valor e quem decidirá sobre a postura dos dois será a Justiça. O advogado e assistente de acusação no processo criminal, Dante D'Aquino, disse que a audiência com o juiz federal foi esclarecedora. Ele relatou que o processo está em seu curso normal e que agora é o momento da produção das provas.

O juiz irá ouvir o depoimento de mais duas testemunhas. "Depois dessa fase, será feito o interrogatório dos pilotos que podem ocorrer de três formas: carta precatória; pessoal (o que acho improvável) ou interrogatório por vídeo conferência. Havia uma tentativa por parte da defesa dos pilotos em atrasar o processo apresentando inúmeras testemunhas no exterior. Ainda bem que o juiz afastou a possibilidade desses depoimentos, pois entendeu que eles eram dispensáveis", diz Dante D'Aquino.

Na decisão do juiz federal tomada no dia 10 de agosto, ele pediu ao Comando da Aeronáutica e à Universidade de Brasília (UnB) a indicação de um profissional para prestar esclarecimentos sobre o sistema de controle de tráfego aéreo no Brasil. Além disso, será ouvido por carta precatória, o brigadeiro Jorge Kersul Filho, chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Fonte: Juliana Michaela (Terra)

Queda de avião de pequeno porte mata 6 pessoas na Colômbia

Um avião de pequeno porte caiu na quarta-feira (25) no nordeste da Colômbia e os seis ocupantes morreram no acidente, cujas causas estavam sendo investigadas, informaram as autoridades.

A aeronave, o Piper PA-34 Seneca, prefixo HK-4429, da empresa Aliar, caiu nas imediações do município de Yopal, a capital do departamento de Casanare, 200 quilômetros a nordeste de Bogotá, disse a Aeronáutica Civil em comunicado.

"Infelizmente os seis ocupantes morreram", acrescentou uma fonte do organismo.

Os mortos no acidente foram: o piloto Javier Muñoz Sánchez e os passageiros Gabriel Ignacio Arango Vélez, Silvia Margarita Lamo Tapias, Dora Cristina Ortiz, María Paulina González e Diana Carolina Camacho.

Em 16 de agosto, um avião Boeing 737-700 com 132 ocupantes sofreu um acidente na ilha de San Andrés, no Mar do Caribe, deixando uma pessoa morta e 114 feridas.

Fontes: Reuters via O Globo / Rádio Caracol

Relatório da CIA vazado pelo WikiLeaks diz que EUA "exportam" terrorismo

Um relatório sigiloso sobre terrorismo vazado pela WikiLeaks e criado pela unidade especial "Red Cell", da CIA (agência de inteligência dos EUA), cita diversos casos em que cidadãos americanos financiaram atividades terroristas.

O documento também analisa os efeitos para Washington caso os Estados Unidos passassem a ser vistos como um "exportador de terrorismo".

Datado de 5 de fevereiro de 2010, o relatório aponta que a própria CIA já admite que cidadãos americanos financiam, planejam ou participam ativamente de atentados terroristas e manifesta preocupação caso a comunidade internacional enxergue o país - que na última década lançou uma campanha global contra o terror - como patrocinador de atividades terroristas.

"Ao contrário do senso comum, a exportação americana de terrorismo ou terroristas não é um fenômeno recente, e nem tem sido associado unicamente com radicais islâmicos ou pessoas de origens étnicas do Oriente Médio, África ou Sul da Ásia. Esta dinâmica desmente a crença americana de que nossa sociedade multicultural livre, aberta e e integrada diminui o fascínio dos cidadãos americanos pelo radicalismo e pelo terrorismo", diz o primeiro parágrafo do relatório da CIA.

A equipe do site WikiLeaks, que já anunciara na terça-feira à noite o vazamento de um relatório secreto da CIA para esta quarta-feira, diz que a agência de inteligência americana cita diversos casos em que ataques perpetrados por terroristas judeus, muçulmanos e ligados ao nacionalismo irlandês que eram baseados em território americano ou financiados por cidadãos dos EUA.

Impactos

O texto da própria CIA nas primeiras páginas do relatório aponta graves consequências para Washington caso os EUA passem a ser vistos como um exportador de terrorismo. Entre elas:

Parceiros internacionais poderiam ter menos disposição em cooperar com os Estados Unidos em atividades envolvendo extradições jurídicas, incluindo a detenção, transferência e interrogatórios de suspeitos em outros países.

Alterando o status de "vítima de terrorismo" - o que concede aos EUA grande espaço de manobra para pressionar outras nações a extraditar cidadãos suspeitos - para "exportador de terrorismo", outros países poderiam exigir uma política recíproca de Washington.

Outros países poderiam exigir que os EUA concedessem informações sobre supostos terroristas ou até extraditassem cidadãos ligados a atividades terroristas. Caso o governo americano se negasse a cooperar, tais nações poderiam se recusar a entregar suspeitos procurados por Washington, afetando alianças e relações bilaterais.

Fonte: Folha.com

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Guerra fiscal prejudica aviação no Brasil

Os aviões brasileiros estão "transportando" combustível para fugir do preço maior do querosene em boa parte dos aeroportos do País. Por causa da guerra fiscal, as companhias são obrigadas a conviver com uma verdadeira "salada" de alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado pelos Estados sobre o querosene, o que interfere no planejamento, nos preços das passagens e até na logística.

Sai mais barato, por exemplo, um avião com destino a Salvador e escala no Distrito Federal decolar com mais combustível do Rio, onde o ICMS é de 4%, para não ter que abastecer em Brasília, que cobra uma alíquota de 25%. Nos últimos meses, as empresas intensificaram o lobby com os governadores para reduzir a alíquota do ICMS do querosene de aviação, item que mais pesa no custo das empresas. Elas pediram apoio do governo federal e do setor de turismo para ajudar na pressão. Com o ICMS mais baixo e uniforme em todos os Estados, as empresas dizem que o preço das passagens vai cair, ajudando a incrementar o turismo interno, principalmente para a classe C, que passou a viajar mais de avião.

Levantamento obtido pela Agência Estado com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) mostra que as alíquotas do tributo, dependendo de cada Estado, variam de 4% a 25%. Em São Paulo, onde as empresas compram cerca de 35% do querosene necessário para seus voos, a alíquota é uma das mais caras: 25%.

No Distrito Federal, ponto importante de distribuição de voos para todo o País, a alíquota do ICMS também está em 25%. Por outro lado, nos aeroportos de Confins, em Minas Gerais, e do Galeão, no Rio de Janeiro, a alíquota é de 4%. "As empresas estão transportando combustível sem necessidade. Isso também traz aumento do custo, porque representa menos carga, já que o avião sai mais pesado", disse o presidente do Snea, José Mollo.

Fonte: Célia Froufe e Adriana Fernanades (Agência Estado)

Um jatinho para chamar de seu

Os especialistas em aviação executiva garantem: este é o momento ideal para investir na compra de uma pequena aeronave.

Depois da crise internacional de 2008/2009, os preços caíram bastante. “E, como se espera uma recuperação do mercado daqui a dois ou três anos, quem comprar agora poderá revender depois por um preço maior”, diz Cássio Polli, diretor comercial da Aerie Aviação Executiva, que negocia aeronaves.

Monomotor da Cessna, um dos mais procurados no mercado

A grande maioria dos aviões adquiridos tem sido utilizada para negócios, por companhias que possuem operações em várias localidades do país e precisam deslocar seus executivos ou então fazendas em regiões mais isoladas. Nos finais de semana, os empresários acabam usando as aeronaves para passeios.

A partir de US$ 500 mil já é possível comprar um modelo pequeno semi-novo, a pistão, para deslocamentos em áreas reduzidas. Os maiores custam a partir de US$ 2 milhões; jatinhos aviões topo de linha, de US$ 20 milhões a US$ 80 milhões.

Quem não tem o montante total na conta pode fazer um financiamento, cujo mecanismo é similar ao do crédito para aquisição de carros. Basta procurar um banco e solicitar os recursos. No momento, no Brasil, a taxa fica em torno de 1,4% ao ano para um empréstimo com prazo entre seis e oito anos. Há prestações a partir de US$ 20 mil mensais.

“Quando começam a se expandir pelo país, as empresas passam a fretar aviões. Chega uma hora, porém, em que é mais barato comprar do que alugar, até porque o tempo que os seus executivos perdem em trânsito vale muito”, explica Polli. “Se a companhia declarar imposto pelo lucro real, ainda pode deduzir os custos.”

A manutenção –cada aeronave tem o seu plano, sugerido pelo fabricante– começa em US$ 20 mil por ano.

O Phenom 100, coqueluche da Embraer

“Os interessados em comprar um avião executivo precisam, primeiro, se informar sobre as opções disponíveis, pensar quanto podem gastar e analisar quantas pessoas voarão naquela aeronave”, ensina Guilherme Souza, diretor do site de classificados de aviões FlightMarket. “Depois, é preciso fazer uma avaliação sobre os trajetos a serem percorridos, porque cada tipo tem o seu limite de horas voadas sem abastecer.” Geralmente, os iniciantes preferem monomotores de marcas bem conhecidas. Depois, vão trocando por modelos mais sofisticados.

Os usados ou semi-novos são bastante vantajosos, explica Souza. “Um avião da década de 1970, por exemplo, se tiver feito todas as revisões recomendadas, está praticamente novo, porque trocou motor e outros equipamentos. Os critérios são bastante rigorosos.”

Essencial, portanto, é verificar a documentação da aeronave para saber se a manutenção está em ordem.

Fonte: Denyse Godoy (Seu Dinheiro/iG) - Fotos: Divulgação

Procon multa a Gol em R$ 3,2 mi

Autuação é devido aos cancelamentos e aos atrasos de voos ocorridos no início deste mês, caracterizando descumprimento de contrato

Se depender da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP), a Gol Linhas Aéreas vai pagar caro pelos atrasos nas decolagens e pelos tumultos gerados no Aeroporto de Congonhas (SP) este mês, por conta de uma falha no programa que gerencia as escalas dos tripulantes dos voos da companhia. Ao autuar ontem a empresa, o Procon-SP aplicou uma multa que chega quase ao valor máximo permitido, de R$ 3,2 milhões.

“Autuamos a Gol porque vários passageiros não conseguiram embarcar, o que configura o não cumprimento de contrato pela empresa. Ao vender uma passagem, a companhia é obrigada a cumprir a data e o horário estabelecidos para o voo”, explicou o diretor executivo do Procon-SP, Roberto Pfeiffer. Além disso, segundo ele, a empresa descumpriu o dever de prestar informação aos prejudicados. “A companhia aérea é obrigada a explicar para os passageiros o motivo que levou ao atraso e, nesse caso, houve uma demora até que ficasse claro que era um problema no software da empresa”, afirmou.

Outro problema constatado pelos técnicos do Procon-SP que estiveram no Aeroporto de Congonhas após passageiros denunciarem os atrasos foi o fato de a empresa não ter prestado assistência adequada aos clientes. Em caso de atraso no voo, os passageiros têm direito a seguir para o destino final em outra aeronave ou de ser reembolsados. Se o atraso for de pelo menos uma hora, poderão usar o telefone da companhia aérea para se comunicar; se for de duas horas ou mais, terão direito a alimentação. Em caso de atrasos de quatro horas ou mais, a empresa terá que arcar também com as despesas de hospedagem, mesmo que não seja necessário pernoitar na cidade de origem.

De acordo com o diretor executivo do Procon, a Gol ainda pode tentar reverter a decisão do órgão de defesa do consumidor. “Agora a empresa terá 15 dias para apresentar a sua defesa, em seguida anunciaremos se a decisão foi mantida ou alterada”, explicou Pfeiffer. Mesmo que a decisão seja mantida, a empresa terá ainda a chance de recorrer. O processo administrativo pode levar até quatro meses para ser finalizado. “A decisão final será tomada até o fim deste ano”, estimou Pfeiffer.

A Gol tem o direito de pagar a multa só após a resolução do processo no Procon. Mas se for confirmada a decisão de hoje, até o fim do ano ela terá de desembolsar os quase R$ 3,2 milhões à fundação. Se não fizer isso, poderá ser incluída na dívida ativa e no cadastro estadual de inadimplentes.

Fraude

Na última sexta-feira, a procuradora Laura Martins Maia de Andrade, do Ministério Público do Trabalho de São Paulo, disse que há indícios de que a Gol tenha manipulado as escalas de voos de seus funcionários. Ao analisar o programa de horas trabalhadas dos empregados, Laura percebeu que a companhia aérea modificou a classificação de voo da tripulação para não exceder o número de horas permitido pela legislação. Na visão da procuradora, isso seria uma tentativa da empresa de evitar ser multada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que anunciou que iria cobrar até R$ 2 milhões da companhia devido às irregularidades. Pela legislação, o funcionário não pode exceder 85 horas trabalhadas no mês.

Fonte: Mariana Mainenti (Correio Braziliense)

TAM estuda parceria com a Absa no setor de cargas, após associação com a LAN

Companhia aérea se beneficiará das operações da líder Absa, que tem 20% do capital nas mãos dos chilenos

A associação com a LAN vai incrementar a presença da TAM no transporte de cargas no país e no exterior. Isso porque a chilena LAN tem 20% do capital da Absa, empresa brasileira líder nacional, que atende também a mais 35 países.

No anúncio do acordo, a TAM afirmou que, dos 400 milhões de reais em sinergias, 110 milhões virão da parte de cargas. "Pretendemos ser parceiros da Absa", disse ao site EXAME Líbano Barroso, presidente da TAM Linhas Aéreas. "Mas vamos pensar nos detalhes disso apenas quando o negócio for aprovado pelas autoridades." A empresa evita detalhar qualquer estratégia que envolva a Latam.

Hoje, há 52 empresas, nacionais e estrangeiras, que transportam cargas. A Absa é a maior empresa cargueira do país com 15,2% do mercado brasileiro e internacional. A TAM aparece na segunda posição, com 13,2%, seguidas por Gol (com 7,5%) e VarigLog (com 4,6%). Procuradas, TAM, LAN e Absa não comentam como ficará a situação das três com a criação da Latam.

A TAM Cargo conta com uma estrutura de 140 aeronaves que atendem 44 aeroportos brasileiros. Internacionalmente, há negócios com 36 países. A diferença entre a brasileira e a chilena ainda é grande: foram 649.000 toneladas transportadas pela Lan contra 183.000 toneladas da TAM, em 2009.

Juntas, as empresas cargueiras do grupo LAN que operam no país (LAN Cargo, LAN Express, LAN Colômbia, LAN Chile e LAN (Argentina) respondem por 4,8% do mercado.Com a TAM, vice-líder no mercado, a empresa ganha mais 13,2% na combinação entre doméstico e internacional.

A receita com transporte de cargas na TAM registrou um crescimento de 33%, aos 285 milhões de reais no segundo trimestre. O resultado se deveu por conta do aumento de volume e das tarifas. Só no transporte internacional, o crescimento saltou 50%. No doméstico, o aumento foi mais modesto, de 16%. Já a LAN apresentou, durante o segundo trimestre, um aumento de 60,3% em cargas, em parte beneficiada pela operação brasileira.

533 milhões de reais em investimentos

O setor de cargas é mais um dos que serão beneficiados com os altos investimentos em infraestrutura no país. O governo parece, finalmente, decidido a melhorar seus aeroportos. A Infraero conta com uma rede de 34 terminais de logística de carga espalhados pelo país. Neles, são prestados os serviços de armazenagem e movimentação da carga a ser exportada e importada.

A Infraero já realiza estudos de viabilidade para implantação de mais dois terminais de logística de carga: um deles nos aeroporto de Palmas (TO) e outro em Uberlândia (MG).

Para turbinar o setor, a empresa, em seu Plano de Investimentos Diretos para os Terminais de Logística de Carga no período 2010-2014, prevê investir 533 milhões de reais em construção de novos terminais, reformas, ampliação e adequação dos complexos atuais, além da aquisição de equipamentos de logística e carga. Só em 2010, serão destinados 58% do valor. O crescimento do setor justifica o investimento. Entre janeiro e julho deste ano, 636.000 toneladas de carga foram movimentadas - uma alta de 36% em relação ao mesmo período de 2009.

Fonte: Marcio Orsolini (Exame.com)

Aposentada relata momentos de pânico em pouso forçado na BA

A aposentada Railda Góes, 66 anos, era uma das 27 pessoas à bordo do avião da empresa Passaredo (modelo ERJ 145, da Embraer) que saiu de Guarulhos, São Paulo, em direção a Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, e fez um pouso forçado por volta das 14h desta quarta-feira, no aeroporto Pedro Otacílio de Figueiredo, na cidade baiana.

Segundo ela, o pânico tomou conta dos passageiros porque algumas pessoas gritavam que o avião estava pegando fogo. A idosa saiu da capital paulista com a filha, Viviane Góes. Assim como os demais passageiros, elas não tiveram ferimentos graves. Apenas duas pessoas tiveram escoriações leves e foram atendidas por ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

O trem de pouso da aeronave, com capacidade para 50 pessoas, não abriu forçando a aterrissagem de barriga. Com o impacto no chão, uma das turbinas chegou a pegar fogo, mas o incêndio foi controlado. Por conta do acidente, a pista foi interditada.

Em nota, a Passaredo informou que está prestando assistência a todos os passageiros e já enviou técnicos ao local para averiguações.

Nota Oficial da Passaredo Linhas Aéreas

"A Assessoria de Imprensa da Passaredo Linhas Aéreas informa que a empresa investiga as causas da ocorrência constatada durante o pouso de hoje da aeronave ERJ 145, às 14h50 horas em Vitória da Conquista (BA). O vôo partiu de São Paulo - Guarulhos às 13h com 27 pessoas a bordo.

A empresa informa ainda que não houve nenhum ferido, que prestou assistência a todos os passageiros e já enviou técnicos ao local para averiguações."


Fontes: Agência A Tarde via Terra / Jornal Nova Fronteira

Avião da Passaredo derrapa na pista e deixa dois feridos em Vitória da Conquista (BA)

Avião que saiu de São Paulo faz pouso forçado na Bahia

Um avião Embraer ERJ-145LU, prefixo PR-PSJ, da Passaredo, com capacidade para 50 pessoas, derrapou duas vezes na pista quando tentava pousar no aeroporto Pedro Otácilio de Figueiredo, em Vitória da Conquista (a 509 km de Salvador, na Bahia) por volta das 14h40 desta quarta-feira, 25. Duas pessoas tiveram escoriações leves e foram socorridas por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

De acordo com as primeiras informações, o trem de pouso do jato da Embraer não abriu, forçando a aterrissagem de barriga. Com o impacto no chão, uma das turbinas chegou a pegar fogo, que foi debelado pelo Corpo de Bombeiros. Por conta do acidente, a pista está interditada.

A aeronave levava 35 passageiros, em sua maioria idosos, e ninguém ficou ferido. Três viaturas do Samu foram enviadas ao local para prestar os primeiros atendimentos. A Polícia Militar também foi acionada.

De acordo com a aposentada Railda Góes, de 66 anos, o susto foi grande, já que as pessoas gritavam que o avião estava pegando fogo. A idosa estava vindo no voo P3-2231 de São Paulo com destino a Vitória da Conquista em companhia de sua filha, Viviane Góes.

A pista do aeroporto ficou interditada por 30 minutos e, em seguida, foi reaberta.

A aeronave da Passaredo é a mesma que faz linha São Paulo / Vitória da Conquista / Salvador / Barreiras / Brasília / São José do Rio Preto.

Fonte: Michele Mendes (A Tarde On Line) / Jornal Nova Fronteira - Foto: Néia Rosseto

Puma Air recebe autorização da Anac para voar a Angola

A Puma Air, companhia aérea que opera voos diários entre as cidades de Belém, Macapá e Guarulhos (SP), recebeu autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), para voar para Angola. Os planos da companhia são de iniciar a rota até o final do ano, com quatro voos semanais para Luanda. Operando atualmente com uma aeronave modelo 737-700, da Boeing, com capacidade para 134 passageiros, a empresa pretende adquirir um outro avião para atender a nova rota.

Após deixar de operar em 2008, a companhia foi adquirida por um grupo de investidores e voltou a voar em abril de 2010. O grupo Ipiranga Obras Públicas e Privadas e o executivo Geison Gambogi são donos de 80% do seu capital. Os 20% de capital restante estão nas mãos da companhia Angola Air Service.

Com investimentos iniciais de R$ 100 milhões, a meta da empresa é transportar 1 milhão de passageiros no seu primeiro ano de atividade.

Fonte: Agência Estado