terça-feira, 24 de junho de 2008

‘Primeira batalha da Guerra Fria’ completa 60 anos

Soviéticos bloquearam acesso por terra a Berlim Ocidental, que foi suprida pelo ar.

W.C. 'Dub' Suthers, de 79 anos, engenheiro de vôo, relembra os tempos da ponte aérea.


Alemães, britânicos e norte-americanos celebram nesta terça-feira (24) os 60 anos do que foi apelidado de "primeira batalha da Guerra Fria". Em 24 de junho de 1948, começava a ponte aérea para abastecer a cidade de Berlim, após o bloqueio do acesso terrestre à cidade pelas forças soviéticas que ocupavam a porção oriental da Alemanha.

Aviões C-47 descarregam suprimentos no aeroporto de Tempelhof, durante o período de ponte aérea

Quandos os aliados venceram a 2ª Guerra Mundial, em 1945, a Alemanha, livre dos nazistas, foi repartida em quatro zonas administrativas - controladas por União Soviética, Estados Unidos, Reino Unido e França.

A capital alemã, Berlim,apesar de estar geograficamente localizada no que então era a zona soviética, também foi subdividida em quatro áreas, o que criou um núcleo capitalista (o território de americanos, franceses e ingleses) no meio do território sob controle soviético.

Como Moscou não queria ter uma vitrine do capitalismo em seus domínios, resolveu fechar o acesso terrestre a Berlim Ocidental, o que, segundo os planos de Josef Stalin, obrigaria a cidade a aceitar ajuda soviética mais cedo ou mais tarde. Americanos e britânicos decidiram então criar uma ponte aérea para suprir as necessidades básicas da cidade.

“Tudo que se necessitava naquela cidade de 2,5 milhões de habitantes tinha que ser levado de avião”, relembra W.C. “Dub” Suthers, veterano de 79 anos que participou da operação como engenheiro de vôo, com 196 missões realizadas ao todo, em entrevista ao G1. Ele tinha 20 anos quando foi convocado a ajudar no transporte de suprimentos. “Nosso grupo transportava carvão e farinha. Os britânicos tinham a missão de suprir a cidade com gás e combustível”, conta.

Os engenheiros de vôo eram os terceiros homens (depois do piloto e do co-piloto) a operarem os aviões C-47 e C-54, destacados pelos EUA para a ponte. Sua função era controlar as condições técnicas durante o vôo, monitorando a temperatura e a pressão dos motores, por exemplo.


“Eu estava estacionado na costa oeste dos EUA. Um dia, estávamos saindo para o Alasca e os seis aviões em que estávamos receberam ordem para retornar. Disseram que os aviões seriam embarcados para Berlim no dia seguinte”, conta Suthers.

Segundo o veterano, somente por parte dos EUA houve 30 mil homens envolvidos na operação, incluindo o pessoal da Marinha e do Exército. “Tínhamos 350 aviões ao todo e tentávamos manter 225 voando”, conta o ex-engenheiro de vôo. “Era um trabalho duro. Voávamos 12 horas por dia, 7 dias por semana, enquanto o clima permitisse. Se o tempo estivesse ruim, ficávamos encarregados da manutenção das aeronaves.”

A grande quantidade de vôos ininterruptos podia levar a erros. De fato, vários aviões caíram nos 11 meses de bloqueio, e dezenas de americanos e britânicos perderam a vida tentando manter Berlim abastecida. Os soviéticos ainda voavam próximo aos aviões cargueiros, ou davam tiros ao ar, para atrapalhar as viagens.

“Eu só fui para a Alemanha na época do bloqueio. Mas as histórias que ouvia eram que, depois da guerra, os alemães queriam que nós (os aliados) fôssemos embora. Mas, quando começou a ponte aérea, as pessoas perceberam o que estávamos fazendo. Claro, os alemães nos odiavam, afinal tínhamos bombardeado eles muito. Mas não demorou muito para que percebessem que estávamos tentando salvá-los”, conta Suthers.

Crianças de Berlim brincam de ponte aérea durante o período de bloqueio. O esforço para garantir suprimentos à cidade fez com que os alemães vissem com outros olhos a presença de americanos e britânicos, seus inimigos na recém-terminada 2ª Guerra Mundial, em seu país

Àquela altura, os inimigos principais dos EUA já não eram os alemães, mas sim os soviéticos. “Nós até tínhamos mecânicos alemães trabalhando nos aviões. Traduzimos os manuais dos nossos aviões para o alemão, e depois contratamos ex-pilotos de caça alemães para serem nossos mecânicos. E eram bons mecânicos”, conta Suthers.

“Nós nos sentíamos realmente como se estivéssemos na primeira batalha da Guerra Fria. A batalha era que nós tínhamos que manter Berlim e a Alemanha livres de virarem comunistas. Se os americanos tivessem sido forçados para fora de Berlim, a cidade rapidamente teria virado comunista. E talvez toda a Europa teria virado comunista”, analisa.

O clima tenso entre os soviéticos e os EUA, no entanto, não preocupava muito o então jovem militar. “Não tinha medo de ser atacado pelos russos porque o Truman (Harry Truman, então o presidente dos EUA) trouxe três B-29 ( avião conhecido também como “Superfortaleza”, modelo utilizado para lançar bombas atômicas sobre o Japão) para a Europa – dois para a Inglaterra e um para a Alemanha – e os russos sabiam que tínhamos a bomba atômica”.

Os soviéticos chegaram a oferecer comida grátis aos berlinenses ocidentais, mas a ponte aérea funcionava de forma tão eficiente que Moscou acabou sendo obrigada a levantar o bloqueio, percebendo que não conseguiria ganhar a população, que chegou a fazer uma grande manifestação para pedir a manutenção do apoio dos países capitalistas.

Vôo comemorativo

Secretário de uma associação de veteranos participantes da ponte aérea de Berlim, Suthers foi convidado para refazer, nesta terça-feira (24) junto com outros companheiros, um vôo comemorativo entre Frankfurt e Berlim, com um avião da época.

Próximo de completar 80 anos, Suthers segue na ativa como sócio de uma empresa de software no Texas e acompanha as novas empreitadas militares de seu país. Ele apóia a presença dos EUA no Iraque, onde seu neto lutou. “Meu neto é fuzileiro naval e acaba de voltar do Iraque, há dois meses. Ele vai se alistar novamente para entrar nas forças especiais e então voltará para lá. E tenho que dizer: nós temos que fazer isso. Acho que precisamos pará-los em algum lugar. E é melhor que os paremos lá do que aqui. Deveríamos ter planejado melhor, mas eu estou 100% com os militares."

Fonte: G1

Teixeira fez ao menos seis reuniões com Lula no Planalto

Encontros de Lula com o advogado do caso VarigLog ocorridos desde 2006 não foram registrados na agenda pública do presidente

Compadre de Lula é acusado de interferir na venda da empresa aérea; Planalto afirma que nem todos os compromissos são divulgados


LETÍCIA SANDER
ALAN GRIPP
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA


A Presidência reconheceu que o advogado Roberto Teixeira esteve pelo menos seis vezes no Palácio do Planalto com Luiz Inácio Lula da Silva, seu compadre, desde 2006, em encontros não registrados na agenda pública do presidente.

Teixeira é acusado de usar sua influência junto ao governo para aprovar a venda da Va- rigLog para o fundo americano Matlin Patterson e três sócios brasileiros, que o contrataram.

Ao menos dois desses encontros estão relacionados diretamente com o negócio, aprovado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em junho de 2006. No mês seguinte, a Va- rigLog adquiriu a Varig. A assessoria de Teixeira diz que as demais visitas foram apenas de cortesia ao amigo Lula.

No dia 15 de dezembro daquele ano, Teixeira foi ao encontro de Lula acompanhado dos sócios da Varig um dia depois de a companhia receber da Anac, em cerimônia em Brasília, certificado que lhe deu autorização para voar.

Segundo Marco Antonio Audi, sócio afastado da VarigLog, o encontro foi convocado às pressas por Teixeira na manhã do dia 15, quando todos já haviam retornado a São Paulo, após a cerimônia. Audi então alugou um jatinho particular, onde viajaram, além dele e de Teixeira, os sócios brasileiros Eduardo Gallo e Marcos Haftel e o representante do fundo americano, o chinês Lap Chan.

Outro encontro de Teixeira com Lula ocorreu em 28 de março de 2007. Naquele dia, o advogado foi ao Planalto acompanhado dos empresários Nenê Constantino e Constantino de Oliveira Jr., donos da Gol. O motivo da reunião, segundo os empresários, era comunicar oficialmente a Lula a compra da Varig pela Gol.

Nas duas ocasiões, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), acusada de interferir na venda da VarigLog, estava presente.

O Planalto argumenta que nem todos os compromissos do presidente são divulgados.

Fonte: Jornal Folha de S.Paulo

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Helicóptero do Exército cai em lago em Tefé (AM); piloto morreu

Um helicóptero Eurocopter HM-1 Pantera do 4º Batalhão de Aviação do Exército, do Comando Militar da Amazônia, com cinco tripulantes, caiu em um lago no município de Tefé (AM) na tarde desta segunda-feira (23). O piloto da aeronave, capitão de Artilharia Marco Aurélio da Silva Martins, morreu na hora. Os outros quatro tripulares foram resgatados e não correm risco de morte.

De acordo com a assessoria de comunicação do Comando Militar da Amazônia (CMA), a aeronave saiu por volta das 12h do município de Tabatinga. O acidente ocorreu quando o helicóptero se aproximava do aeroporto de Tefé. A aeronave pertence ao 4º Batalhão de Aviação do Exército.

O helicóptero voltava de uma operação de vacinação de comunidades indígenas, em apoio a Funasa (Fundação Nacional de Saúde). Chovia muito na região no momento do acidente, de acordo com as informações do comando.

Segundo a Polícia Militar, dois tripulantes ficaram gravemente feridos e foram encaminhados para o hospital da 16ª Brigada do Exército. Os outros dois sofreram ferimentos leves e foram atendidos no hospital regional de Tefé.

Fonte: Folha de S.Paulo (atualizado em 26/06/08 às 02:53 hs.)

Dois homens morrem em acidente em Nova Jersey, nos EUA

Dois homens de Gloucester County morreram na manhã de domingo (22) quando o seu pequeno avião Aero L-29 Delfin caiu em uma área arborizada perto do Aeroporto Municipal Millville, em Cumberland County, Nova Jersey, EUA, pouco depois da decolagem, de acordo com a FAA (Federal Aviation Administration).

O piloto do avião foi identificado pela polícia como o empresário William Crean, 65, de Sewell, no estado de Nova Jersey.

O passageiro de 57 anos de idade, era um morador de Gloucester County cujo nome ainda não foi liberado pela Polícia do Estado.

A aeronave caiu às 8:03 (hora local) a cerca de meia milha a noroeste do aeroporto, disse Holly Baker, porta-voz da FAA. O avião era um modelo experimental "feito em casa", disse Baker.

O avião caiu em uma área arborizada entre a Cedarville Road e a Dividir Creek Road, Salmon disse.

Representantes da FAA e da NTSB (National Transportation Safety Board) foram notificadas, disse Salmon.

O National Weather Service havia previsto fortes chuvas e trovoadas com rajadas de ventos na área onde ocorreu o acidente.

Fontes: NJ.com / ASN - Fotos: Cindy Hepner

Avião cai na Bégica. Sem mortos.




Em Kiewit, uma comunidade de Hasselt, na Bélgica, o avião rebocador Piper CUB (PA 28-150), prefixo D-EFXY, caiu no domingo (22) a tarde. Não houve mortes.

O avião tinha acabado de decolar de Kiewit e perdeu potência rapidamente caindo sobre o hangar. Não houve tempo hábil de desacoplar o planador que ele puxava. O piloto ficou levemente ferido.

O forte vento na região foi a provável causa do acidente.

Fontes: De Redactie (Bégica) / ASN

Ultraleve faz pouso forçado na Alemanha

O piloto de um avião ultra-leve Remos G-3, prefixo D-MOPD, e a passageira, sua mulher, escaparam ilesos após o pouso forçado realizado no domingo (22) à tarde em Hettstädter, na Alemanha.

O piloto, de 43 anos, decolou do distrito de Wuerzburg mas a aernave não atingiu a altura adequada. Como resultado, a aeronave fez um pouso forçado em uma área vizinha ao aeródromo. Os danos ao ultraleve foram estimados em cinco mil Euros.

O piloto e sua esposa, de 46 anos, são do Distrito de Wuerzburg.

Bombeiros voluntários de Waldbüttelbrunn, Hoechberg e Hettstadt foram por precaução ao local do pouso. Foi aberta uma investigação para apurar a causa do acidente.

Fonte: Main Post (Alemanha)

Bombardier vende aviões regionais em contratos de US$ 226 milhões

A Bombardier anunciou nesta segunda-feira que fechou contratos de venda de aviões regionais que totalizam cerca de 226 milhões de dólares com duas companhias aéreas diferentes.

A fabricante canadense informou que vendeu três aeronaves turbohélice Q400 NextGen para a All Nippon Airways por cerca de 80 milhões de dólares.

Em outro acordo, uma companhia aérea não identificada encomendou quatro jatos regionais CRJ700 NextGen com opções para mais quatro aeronaves. A encomenda firme vale cerca de 146 milhões de dólares e com o exercício das opções o valor dobra para 302 milhões de dólares.

Fonte: Scott Anderson (Reuters)

Aérea do Japão vai testar avião movido a biocombustível

JAL vai participar de projeto com a fabricante Boeing.

Avião será abastecido com biocombustível feito de produtos não-alimentícios.

O presidente da Japan Airlines (JAL), Haruka Nishimatsu (à esquerda), mostra modelo de avião da empresa, enquanto a presidente da Boeing Japão, Nicole Piasecki, segura amostra de biocombustível em conferência de imprensa em Tóquio, nesta segunda-feira (23). A JAL vai se juntar a projeto de biocombustível com a fabricante de aeronaves Boeing e operar um vôo de demonstração. A maior companhia aérea japonesa vai utilizar um Boeing 747 abastecido com a segunda geração de biocombustíveis feitos de produtos não-alimentícios.

Fontes: G1 / AFP - Foto: AFP

Passageiros contam como sobreviveram a queda de avião nos Andes

Eles cogitaram comer o corpo do piloto, que morreu dois dias depois do acidente.

Também beberam água extraída da neve e suportaram temperaturas abaixo de zero.




Era para ser uma viagem simples, entre Puerto Montt e Junta, cidades da região sul do Chile separadas por pouco mais de 200 km. O avião bimotor, que fez há viagem há duas semanas, decolou no sábado (7) e deveria fazer o trajeto em uma hora e quinze. Mas a 19 km do destino veio o desastre e o avião caiu.

Os sobreviventes passaram cinco dias e quatro noites isolados. Praticamente sem comida, beberam água extraída da neve, suportaram temperaturas abaixo de zero e temeram pelo pior. O resgate realizado pela Força Aérea Chilena no dia 11 de junho foi bem sucedido: dos dez ocupantes do avião acidentado, nove viveram para contar a história.

O piloto Nelson Bahamondes - 65 anos, mais de 40 anos de profissão - morreu dois dias depois do acidente, por conta de uma forte pancada na cabeça.

O engenheiro elétrico Omar Villegas conta que, quando ele e os companheiros perceberam que o piloto tinha morrido, foi um choque. Entraram no avião e ficaram calados. “Percebemos que era esse nosso destino”, lembra. Refugiado da cidade de Chaitén, que dá nome ao vulcão que entrou em erupção em maio, Villegas tomou seu segundo susto em pouco mais de um mês.

“Achamos que não ia ser daquela vez, mas aí o helicóptero voltou. Fiz uma força mental, que nunca tinha feito na vida, para atrair a atenção dos militares”, contou Omar, sobre a aproximação do socorro.

Queda

Miguel Almonacid, 29, pai de quatro filhos, conta que as condições de vôo não eram boas e e que, de repente, pioraram com chuva e neve. Ele, que estava na cadeira do co-piloto, se lembra de ter gritado ao piloto para ter cuidado. Omar, que estava mais atrás, diz que não houve nem tempo para a posição de pouso de emergência, aquela da cabeça entre as pernas, porque a asa esquerda já batia contra as árvores.

Mesmo gravemente ferido, o piloto dava instruções aos passageiros, lembra Omar. Até momentos antes de morrer, dizia o que eles tinham que fazer para se proteger do frio e para serem avistados pelo resgate. Antes de morrer, conta Miguel, amigo do piloto, ele pediu que lhe fechassem a boca, nada mais.

Sobrevivência

Com o passar dos dias, além do frio, os sobreviventes começavam a enfrentar outro problema: a fome. Omar tentou comer grama, mas desistiu porque era simplesmente intragável. Água havia, do gelo que se acumulava ao redor do avião, mas para tentar se aquecer um pouco, só havia uma opção. O engenheiro conta que durante três dias bebeu a própria urina. “Era o que havia de quente”, diz. “Não tínhamos uma cozinha, não era um pic-nic.”

Passageiros começaram a pensar numa solução dramática para a fome. Miguel conta que tinham decidido comer a carne do piloto, porque a fome era insuportável.

Perdidos e desesperados, eles lembraram do drama famoso acontecido há 36 anos, quando o avião que levava uma equipe de rugby uruguaia caiu, também nos Andes. Sobreviventes comeram carne humana. Numa entrevista ao fantástico em 96, um dos 16 passageiros que escaparam contou que a decisão foi difícil, mas inevitável.

“Justo no dia em que íamos fazer isso, fomos localizados por um dos helicópteros da força aérea. Se isso não tivesse acontecido talvez naquela mesma tarde teríamos começado a comer o corpo do piloto”, conta Miguel.

O comandante da terceira brigada aérea, general Hugo Peña, diz que foi muito difícil localizar o avião. A fuselagem, branca, no meio da neve confundia as equipes. Além disso, ele afirma, o tempo na região é traiçoeiro: muda de repente e pega de surpresa até os pilotos mais experientes.

O general Peña conta que os acidentes por lá são freqüentes, um avião cai a cada ano e meio, dois anos. Normalmente, as equipes de busca encontram os ocupantes mortos.

Fontes: G1 / Fantástico (TV Globo)

Acidente TAM: familiares temem prescrição de culpa

Quase um ano após a tragédia, familiares de vítimas do acidente da TAM em Congonhas, zona sul de São Paulo, ainda não têm a certeza de um dia ver punidos criminalmente os responsáveis. Segundo o assistente de acusação no processo, caso a Justiça decida levar a júri a morte das 199 vítimas como um único homicídio, existe chance de que a sentença seja proferida com a punibilidade criminal já extinta.

O advogado contratado pela associação de familiares das vítimas (Afavitam), Eduardo Leite, afirma que o atraso na entrega de relatórios como o do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e do Instituto de Criminalística (IC) prejudicam a conclusão do inquérito e, consequentemente, atrasam a denúncia do Ministério Público (MP).

- Prometeram para março, passou abril, maio e agora a previsão é setembro - diz.

O primeiro-secretário da Afavitam, Christophe Haddad, afirma que a associação quer a condenação por homicídio com dolo eventual de representantes da companhia aérea TAM, da empresa que administra os aeroportos (Infraero) e da agência nacional reguladora do espaço aéreo (Anac).

Segundo Leite, a demora no processo pode acarretar na extinção da punibilidade criminal, já que, no caso de homicídios culposos - caso a interpretação da Justiça seja essa - a prescrição pode acontecer em até 4 anos depois do fato.

- A prescrição depende da sentença, que depende da interpretação do juíz - afirma Leite.

A atual promessa do Cenipa é de que o relatório seja entregue em setembro. Do Cenipa depende o relatório do IC, que também afirmou, por meio de sua assessoria, que concluiria seu documento em setembro.

Denúncia até fim do ano

O 1° promotor de Justiça Criminal do Foro Regional do Jabaquara, onde corre o processo, afirma que a demora na conclusão do inquérito não é motivo de preocupação.

- Não estamos nem pensando em prescrição - afirma.

Segundo ele, a demora na conclusão dos relatórios é natural "num caso desta complexidade" e é "preferível" apresentar uma denúncia com boa fundamentação do que uma rápida.

- É natural que os parentes tenham pressa, mas não podemos apresentar nada precipitado porque pode surgir algo que contradiga as conclusões e, aí sim, uma demora maior - diz.

O promotor afirma que espera apresentar a denúncia até o fim do ano. Segundo o delegado responsável pelo inquérito, Antonio Carlos Barbosa, toda a parte de depoimentos já está concluída e o fim das investigações espera apenas a entrega dos documentos.

- Para um caso desta complexidade, correu de maneira até rápida - afirmou.

Indenizações

Procurada pela reportagem, a TAM diz que não se pronunciará sobre o acidente até que for concluído o processo. Segundo a aérea, até o dia 12 de junho foram fechados e pagos acordos de indenizações com 75 famílias.

Fonte: JB Online

TAM paga R$ 13 mil por extravio de malas

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) condenou a TAM a pagar R$ 3 mil, por danos materiais, a duas irmãs que tiveram suas bagagens extraviadas quando voltavam da Alemanha. Na sentença, a aérea também foi condenada a pagar R$ 5 mil para cada uma delas a título de danos morais.

A decisão, tomada pela 4ª Câmara de Direito Civil, foi unânime. De acordo com as irmãs, foram tratadas com "descaso" ao reclamar do ocorrido nos balcões de atendimento da empresa nos aeroportos de Guarulhos (SP) e Hercílio Luz (SC).

Ao recorrer da decisão de primeira instância, a TAM afirmou que não há provas do extravio das bagagens e que as indenizações deveriam ser pagas de acordo com o Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA), que prevê a limitação da responsabilidade do transporte aéreo em casos deste tipo.

Segundo o relator do processo, o desembargador Trindade dos Santos, é dever das companhias zelar pela segurança dos pertences de seus clientes. "As empresas aéreas tem o dever de transportar as pessoas e a sua bagagem com segurança a e responsabilidade até o local previsto", afirmou em seu despacho.

Fonte: Invertia

domingo, 22 de junho de 2008

Avião de paraquedismo cai na Áustria

Um avião de paraquedismo, o Antonov An-2R, prefixo HA-MBC, operado pela Air Patrol, caiu no sábado (21) em Krems-Gneixendorf, na Áustria.

Logo após a decolagem, uma hélice do motor caiu sobre a pista. O incidente terminou sem prejuízo foi, ninguém foi ferido.

O avião estava com o piloto e 12 pára-quedistas a bordo. Ninguém se feriu.

Leopold Truschnigg, gerente de operações do aeródromo de Krems-Gneixendorf tranquilizou: "Graças a Deus tudo terminou sem o prejuízo esperado." O avião em causa teve, no entanto, uma "perda total".

Asas quebradas

A aeronave foi bastante danificada, tendo suas duas asas se quebrado. O propritário do avião, um húngaro, deve agora decidir onde colocar destroços.

Fontes: Noe.orf.at / ASN

Avião cai em Nova Jersey (EUA) e mata seus dois ocupantes

No sábado funcionários da FAA estavam tentando determinar como um avião de acrobacia aérea, um Harmon F1 Rocket, prefixo N623BL, na rua principal de Belleplain (Cape May), em Nova Jersey, nos EUA, matando as duas pessoas a bordo, um agente da polícia e sua esposa, ambos de Atlantic City.

O Harmon Rocket caiu pouco antes das 20:00 (hora local) de sexta-feira (20), informou a polícia do estado.

As vítimas foram identificadas como Dennis McGurk Jr., 37 e Oksana McGurk, 34, ambos de Mays Landing.

"Houve uma grande bola de fogo e, obviamente, um som horrível som", disse uma testemunha.

Fontes: 7Online / ASN / AP - Fotos: Action News

Gol quer receber de volta metade do que pagou pela Varig

Dez meses depois de fechar o maior negócio do mercado da aviação civil brasileira, a Gol ingressou em janeiro deste ano com um pedido de arbitragem na Câmara de Comércio Internacional (ICC, na sigla em inglês) para cobrar a devolução de metade dos US$ 320 milhões pagos à VarigLog para comprar a Nova Varig. A segunda maior companhia aérea do Brasil cobra ressarcimento por superavaliação dos ativos adquiridos, em março do ano passado, do fundo de investimentos americano Matlin Patterson, controladora indireta da VarigLog por meio da Volo do Brasil.

Na prática, a manobra da Gol arrastou para cortes internacionais a polêmica que envolve todos os negócios do "salvamento da Varig", intermediados pelo escritório de Roberto Teixeira, compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e sob suspeita de ingerência do Planalto. O gabinete presidencial foi o palco para a comemoração da transação pelos empresários e seus advogados.

Apesar de estar em fases preliminares, a disputa na CCI e na Justiça americana promete ofuscar a briga na Corte federal de São Paulo e as discussões na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que informalmente já dá sinais de que não vai querer interferir no negócio Gol-Varig. Corre apenas um prazo de adequação do limite do capital estrangeiro concedido à VarigLog, aérea especializada em carga. Este vence em 7 de julho.

O Globo obteve documento da CCI, de 4 de fevereiro deste ano, que confirma o pedido de arbitragem feito pela GTI, subsidiária da Gol criada para gerir a Varig. Os três árbitros indicados são os brasileiros Pedro Batista Martins e Gustavo Tepedino e o espanhol Juan Fernandez Armesto - todos advogados e professores especializados em disputas empresariais. Para garantir o andamento do processo de arbitragem, a Gol foi instada a depositar uma "entrada" de custos de US$ 157,5 mil.

Fonte: O Globo

sábado, 21 de junho de 2008

Avião derrapa e interdita o Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza

O Cessna 402B, PT-OPI no Aeroporto em Natal ao lado de um Boeing da BRA, o PR-BRW em 13/03/2006

Um avião particular Cessna 402B, prefixo PT-OPI, que vinha de Teresina para Fortaleza, somente com o piloto, derrapou na sexta-feira (20), por volta das 20h30, na pista principal do Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, no Ceará, após o trem de pouso ter apresentado defeito. Não houve vítimas.

Com o acidente, a pista do Aeroporto ficou interditada até as 23 horas. O fato despertou a atenção de curiosos que tentavam ver a partir do mirante a aeronave na pista. Procurada pela reportagem, a Infraero disse que só falaria hoje sobre o ocorrido.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também foi procurada, mas os telefones não atendiam após as 23 horas. Em abril do ano passado, um Boeing da Gol, com 118 passageiros, com destino a Juazeiro do Norte, derrapou quando aterrissava na pista do Aeroporto, ultrapassando 15 metros do pavimento. O avião ficou atolado na lama.

Fonte: Diário do Nordeste - Foto: Zaza - Contato Radar (Airliners)

Gambá causa atraso de duas horas em vôo nos EUA

Um intruso causou uma situação desconfortável em um vôo que iria de Miami, nos Estados Unidos, para Bogotá, na Colômbia. O vôo 915 da American Airlines teve um atraso de duas horas na quarta-feira (18) à noite depois que um gambá foi encontrado no compartimento de carga do avião.

O mau cheiro do animal havia se espalhado por toda a aeronave, de acordo com funcionários da companhia. O gambá foi descoberto no momento em que o avião estava sendo carregado. Quando a tripulação tentou retirá-lo do avião, ele começou a soltar o seu cheiro bastante desagradável, disse o porta-voz da aérea, Tim Wagner.

Ninguém ficou ferido, mas o fedor chegou à parte principal da aeronave, fazendo com que os passageiros tivessem que ser retirados. "Estava um cheiro muito ruim lá dentro", afirmou Wagner. O vôo atrasou mais de duas horas. O gambá foi retirado do avião, mas a companhia não informou para onde ele foi levado nem como ele conseguiu chegar até a aeronave.

Fontes: Terra / AP

Ameaça de ataque de Israel contra o Irã faz preço do petróleo subir



Operações com mais de 100 aviões israelenses no início de junho no Mediterrâneo seriam ensaio para bombardear instalações nucleares iranianas. A notícia causou o aumento do preço do petróleo.

Fontes: G1 / Jornal das Dez (Globonews - 20/06/2008)

Jobim quer redução de impostos estaduais para ajudar setor aéreo

Ministro da Defesa pretende estimular a aviação regional.

Segundo ele, redução do ICMS reduziria preço do combustível.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, cobrou nesta sexta-feira (20) uma redução dos impostos estaduais para estimular a aviação regional.

No entender do ministro, a interligação aérea entre cidades de menor porte no país não é satisfatória e os chamados vôos regionais respondem por uma parcela "baixíssima" dos cerca de dois mil vôos diários no Brasil.

"Precisamos examinar qual a participação do Estado na aviação regional, precisamos ter uma posição intervencionista nesse caso", declarou Jobim a jornalistas em evento da Marinha, no Rio de Janeiro.

Alternativas

Segundo o ministro, uma das alternativas para impulsionar a aviação regional seria a redução do Imposto sobre a Comercialização de Mercadorias e Serviços (ICMS), um tributo estadual que tem alíquotas distintas em cada um dos Estados brasileiros.

O ICMS é um dos tributos cobrados sobre o querosene de aviação. O combustível é um dos principais custos das companhias aéreas.

"Os governadores do Pará, do Mato Grosso, Amazonas e Rio Grande do Sul, por exemplo, querem ou não ter vôos para o interior?", questionou o ministro.

"Se querem, terão que desonerar o ICMS para viabilizar economicamente algo que não caminha sozinho no mercado. Queremos um tratamento diferenciado para viabilizar o retorno da aviação regional", acrescentou Jobim.

Aquecimento

O segmento regional tem registrado aquecimento recente, com novos entrantes e investimentos em aumento de frota. Em março, o fundador da norte-americana JetBlue, David Neeleman, anunciou a criação da aérea regional Azul, com planos para começar a operar no início de 2009 e chegar a uma frota de 76 aviões após cinco anos. Na quinta-feira, a Trip, dos grupos rodoviários Águia Branca e Caprioli, anunciou compra de cinco jatos da Embraer, em contrato de 167,5 milhões de dólares.

Fontes: G1 / Reuters

Queda de helicóptero na Tailândia deixa 10 mortos

Um helicóptero Bell UH-1N do exército tailandês (Thai Army) caiu na sexta-feira (20) em uma floresta no sul do país, próximo a Base Militar Bannang Sata, na Província de Yala, na Tailândia.

Os dez ocupantes morreram.

O Bell UH-1H - com seis peritos forenses, dois pilotos e dois mecânicos de bordo - sofreu problemas no motor ao sul da província de Yala.

"O piloto estava tentando fazer uma aterrissagem de emergência, mas o helicóptero bateu nas árvores e caiu, matando todos a bordo", informou o Coronel Thanathip Sawangsang.

O helicóptero transporta uma equipe forense para o local de combate entre rebeldes muçulmanos e forças de segurança, em Yala, uma das quatro províncias onde 3.000 pessoas foram mortas desde 2004.

Os níveis de violência na região predominantemente muçulmana, um sultanato independente até anexado a maioria budista da Tailândia há um século, diminuiu após um novo chefe do exército ter assumido o comando em outubro passado.

Deep Sul Watch, um grupo de reflexão de uma Universidade em Pattani, que recolhe diariamente notícias de ataques, disse que as mortes relacionadas com a insurgência caíram para 19 em maio, após as 32 mortes em abril.

Fonte e Fotos: Reuters

Três morrem em queda de avião na Noruega

O avião antes da queda

O avião bimotor Fairchild SA-226T Merlin IIIB, prefixo LN-SFT, da Helitrans, caiu durante um vôo de treinamento às 10:33 (hora local) de sexta-feira (20), a 15 milhas a Oeste de Marsteinen e a sudoeste de Bergen, na Noruega.

O avião decolocou de Bergen às 10 horas para 1,5 hora uma viagem. Foram localizadas machas de óleo e escombros sobre o mar. O avião desapareceu do radar às 10:32 (hora local), a oeste da ilha Sotra.

As condições climáticas adversas com fortes ventos fortes e má visibilidade na área do acidente foram relatados.

Os três ocupantes a bordo morreram.

Fonte: ASN - Foto: Einar Jansen (Airpics)