quarta-feira, 7 de novembro de 2007

TAM, Gol, Varig e OceanAir aceitarão bilhetes da BRA

As companhias aéreas TAM, Gol, Varig e OceanAir divulgaram nesta quarta-feira comunicados em que anunciam que, seguindo solicitação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), irão aceitar em seus vôos os bilhetes já emitidos pela BRA para destinos dentro e fora do país. A disponibilidade nos vôos, no entanto, só poderá ser conferida no momento do check-in.

Gol e Varig solicitam, no entanto, que para evitar transtorno aos passageiros, as pessoas interessadas em acomodação na companhia procurem a BRA para que esta providencie a reacomodação de acordo com os processos adotados entre companhias aéreas.

A assessoria de imprensa da TAM informa que os passageiros não precisam fazer nenhuma troca prévia e podem apresentar seus bilhetes originais da BRA no balcão de embarque. Mas, no caso de não haver assento disponível no vôo, o passageiro será orientado a aguardar a próxima decolagem para seu destino e checar novamente a disponibilidade de lugares.

Para checar os horários dos vôos da TAM, os passageiros com bilhetes da BRA devem entrar em contato com a central de atendimento da empresa pelo telefone 4002-5700, que funciona 24 horas.

As três empresas já disponibilizaram balcões de embarque em seus check in do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, especialmente para atender passageiros com bilhetes da BRA. Alguns já embarcaram na manhã desta quarta-feira.

A assessoria de imprensa da OceanAir informou que a empresa também aceitará em seus vôos os bilhetes já emitidos pela BRA, de acordo com a disponibilidade de assentos.Para informações, os passageiros com bilhetes da BRA devem entrar em contato com a central de atendimento da OceanAir pelos telefones 4004- 4040 (nas principais capitais) e 0300-789-8160 (nas demais cidades) ou pelo site.

O diretor do Procon de Guarulhos, Leonardo Freire Pereira, disse que vê com surpresa a receptividade das duas companhias aéreas e alerta para o fato de nenhuma delas ter informado até quando irão atender os passageiros da BRA. Segundo Pereira, a BRA tem cerca de 70 mil passagens vendidas até meados do mês de abril de 2008.

Informações desencontradas

Apesar da aparente normalidade, passageiros que chegaram ao Aeroporto de Cumbica na manhã desta quarta-feira receberam informações desencontradas e nem sempre foram bem sucedidos na tentativa de conseguir resolver seus problemas.

O casal Arnaldo e Diva Santos comprou oito passagens para voar pela BRA no dia 20 de novembro, de Guarulhos para Recipe. O pagamento foi parcelado em cinco vezes no cartão de crédito. A família iria passar férias na capital de Pernambuco e ficou sabendo pela imprensa da crise na empresa aérea. Compareceu à loja da companhia, em Cumbica, e saiu de lá com um documento assinado e carimbado pela BRA, garantindo o reembolso integral dos bilhetes em um prazo de 30 a 60 dias. "Aceitamos. Vamos confiar que teremos o dinheiro de volta e tentar comprar novos bilhetes por outra companhia", disse Arnaldo.

Lua de mel adiada

Os amigos Rodrigo Vieira, 26 anos, e Manassés Lucas, 21, não tiveram a mesma sorte. Os dois compraram, por R$ 1.500 cada, um pacote para passar sete dias em Porto Seguro, no sul da Bahia. A compra foi feita em uma agência de viagem da zona leste de São Paulo e eles embarcariam no próximo dia 10. A viagem estava programa havia 8 meses.

Informados também pela imprensa da crise na BRA, telefonaram para a Anac na tarde de ontem e foram informados de que deveriam resolver o problema diretamente na agência de viagem. A agência disse que o problema era da BRA e encaminhou os dois para a empresa. Na loja da BRA em Cumbica, funcionários disseram que o problema, neste caso, era da agência de viagem. "No Brasil é assim. Nada funciona", desabafa Rodrigo, que viajaria em lua de mel. "Agora vamos ao Juizado Especial para ver se resolvem nosso problema."

Vôo mudou de horário

O motorista Celso (que preferiu não divulgar o sobrenome) recebeu na noite de ontem um telefonema da BRA informando que o vôo em que ele embarcaria com o sogro para Belém do Pará havia mudado de horário: das 8h40 desta quarta-feira para as 22h. "Em nenhum momento disseram que a empresa iria fechar", disse.

Ele conta que, ainda ontem, tentou contatar a empresa pelo e-mail e telefone divulgados pela imprensa mas não conseguiu. No chek in da TAM, Celso foi orientado a ir à loja da BRA, porque, segundo funcionários da TAM, a empresa precisaria "endossar" o pedido de realocação. "Eu não me importo de não viajar hoje, mas não posso perder o dinheiro e tenho que embarcar o meu sogro de 70 anos, que é doente, ainda esta semana."

Gol embarca passageiro

O empresário Wagner Silveira seguiu as orientações da empresa e conseguiu ter sucesso. Ele chegou ontem da Argentina e embarcaria hoje para Brasília em um vôo das 8h30 da BRA. "Ontem à noite me telefonaram e comunicaram que meu vôo estava cancelado, mas que comparecesse ao aeroporto, no chek in da empresa, que seria realocado."

Às 9h o empresário chegou a Cumbica, mas nos balcões vazios da BRA só havia um aviso para procurar a Gol ou a TAM. Ele acabou conseguindo embarcar pela Gol em um vôo das 13h20.

Para Roma, em vez de Milão

O cozinheiro Jean Fábio Belmiro, 32 anos, já está sofrendo com a crise da BRA há mais tempo. Ele saiu de Guatá, em Santa Catarina, sua cidade natal, para embarcar em São Paulo rumo a Milão, onde mora atualmente, na quinta-feira passada (1/11). A empresa já havia cancelado, no entanto, os vôos internacionais alegando falta de manutenção adequada nos jatos. Desde então, Belmiro foi mantido em um hotel e ontem, quando a empresa anunciou que "fecharia as portas" procurou a BRA em Cumbica. "Fiquei aqui no aeroporto das 18h até mais de meia-noite e me mandaram voltar hoje, às 13h."

Depois de procurar funcionários da BRA, a Anac e ainda o Juizado Especial do aeroporto, Belmiro conseguiu a promessa de embarcar ainda hoje, em um vôo da Varig, para Roma. "Como moro em Verona, terei que arcar com as despesas para chegar até lá a partir de Roma. Mas aceitei, é melhor do que nada e já estou prestes a perder o emprego, pois já faltei sete dias", disse ele.

Reclamações

A diretora do Juizado dos Aeroportos do Estado, Márcia Luiza Negretti, informou que já recebeu reclamações de vários passageiros da BRA, mas que na maioria dos casos são passageiros com passagens compradas para datas ainda distantes. Segundo ela, alguns passageiros estão se precipitando em procurar o Juizado antes de tentar resolver o problema com a empresa.

Márcia Luiza disse ainda que as empresas TAM, Gol, Varig e OceanAir estão dando prioridade para realocar passageiros com viagens já iniciadas, que estão em trânsito.

No fim do dia, o órgão deverá divulgar um balanço das reclamações dos passageiros e também daqueles que conseguiram já embarcar por outras companhias áereas.

A crise

A empresa aérea BRA anunciou na tarde de terça a suspensão de todos os seus vôos a partir de hoje, e demitiu todos os 1.100 funcionários, alegando falta de dinheiro. A BRA divulgou canais de comunicação para os clientes que já compraram passagem: o contato pode ser feito pelos telefones 11. 3583-0122 ou e-mail atendimento@braereo.com.br, antes de irem para o aeroporto.

Fonte: Notícias UOL

BRA vendeu 70 mil passagens até março de 2008

A BRA anunciou nesta quarta-feira que vendeu 70 mil passagens até março de 2008. A companhia aérea propõe que estes clientes troquem seus bilhetes em outras empresas ou negociem o reembolso do valor pago.

Nesta quarta-feira, primeiro dia sem vôos da BRA, os passageiros encontram dificuldades para entrar em contato com a empresa pelo telefone de informações. No Rio de Janeiro, clientes contrariaram a recomendação da companhia, que era de que eles não se dirigissem a lojas ou aeroportos em busca de informações, e fizeram fila no balcão da BRA no aeroporto internacional Tom Jobim.

Em São Paulo, os clientes que procuram a empresa no aeroporto de Congonhas são encaminhados para Guarulhos, onde, pela manhã, o movimento foi tranqüilo e as trocas ocorreram sem problemas, segundo o Procon-SP.

Fonte: Invertia

SP: TAM, Varig e Gol aceitam passagens da BRA, diz Procon

A troca de bilhetes de passageiros da BRA por tíquetes da TAM, Gol e Varig acontece sem problemas na manhã desta quarta-feira em Guarulhos, informou Leonardo Freire, diretor do Procon-SP, à Globonews. Um representante do órgão de defesa do consumidor está no aeroporto internacional de São Paulo acompanhando este processo.

Dois balcões foram abertos no aeroporto de Guarulhos exclusivamente para atendimento de passageiros que tenham bilhetes da BRA, segundo informou o Procon-SP ao canal de notícias. De acordo com a emissora, os postos da BRA no aeroporto internacional de São Paulo estão fechados.

Segundo o Procon-SP, os passageiros que compraram passagens da BRA via agência de viagens devem procurar o local em que efetuaram a compra e não a companhia aérea.

Congonhas

No aeroporto de Congonhas, os passageiros com bilhetes da BRA precisam procurar a própria empresa antes de tentar trocar suas passagens em outras companhias aéreas. A BRA, contudo, diz que as trocas estão ocorrendo somente no aeroporto de Guarulhos.

O Procon-SP orienta aos consumidores que guardem toda a documentação que demonstre o contrato firmado com a BRA, bem como os relativos às despesas. No caso de não conseguir embarcar ou enfrentar atrasos de vôos, o consumidor deve procurar a Agência de Aviação Civil (Anac) ou os postos do juizado instalados nos aeroportos ou os postos do Procon-SP. A fundação informa que está acompanhando atentamente os desdobramentos do episódio.

Fonte: Invertia

Lucro da Gol cai para R$49,41 mi no 3o trimestre

A Gol, segunda maior companhia aérea brasileira em número de passageiros transportados, teve um lucro líquido de 49,41 milhões de reais no terceiro trimestre de 2007, segundo legislação contábil do Brasil, queda de 78,7 por cento em relação ao mesmo período de 2006.

A receita operacional líquida da companhia, porém, aumentou 18,7 por cento, para 1,28 bilhão de reais, na mesma comparação.

A Gol adquiriu a Varig, que tem cerca de 5 por cento do mercado doméstico, no segundo trimestre deste ano.

Fonte: Alberto Alerigi Jr. (Reuters)

TAM aceitará bilhetes da BRA

A TAM divulgou na manhã desta quarta-feira um comunicado oficial em que anuncia que, seguindo solicitação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), vai aceitar em seus vôos os bilhetes já emitidos pela BRA para destinos dentro e fora do país. Os passageiros com esses bilhetes, no entanto, serão acomodados de acordo com disponibilidade de assentos nos vôos da TAM. Essa disponibilidade só poderá ser conferida no momento do check-in, o que pode complicar o embarque.

De acordo com a assessoria de imprensa da TAM, os passageiros não precisam fazer nenhuma troca prévia e podem apresentar seus bilhetes originais da BRA no balcão de embarque. Mas, no caso de não haver assento disponível no vôo, o passageiro será orientado a aguardar a próxima decolagem para seu destino e checar novamente a disponibilidade de lugares.

Para checar os horários dos vôos da TAM, os passageiros com bilhetes da BRA devem entrar em contato com a central de atendimento da empresa pelo telefone 4002-5700, que funciona 24 horas.

A BRA também divulgou canais de comunicação para os clientes que já compraram passagem: o contato pode ser feito pelos telefones 11. 3583-0122 ou e-mail atendimento@braereo.com.br, antes de irem para o aeroporto.

Com passagens já vendidas até para vôos em janeiro, a empresa aérea BRA anunciou na tarde de terça a suspensão de todos os seus vôos a partir de hoje, e demitiu todos os 1.100 funcionários, alegando falta de dinheiro.

Veja a íntegra do comunicado da TAM:

A TAM Linhas Aéreas, atendendo solicitação da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), aceitará a partir desta quarta-feira, dia 7, os bilhetes já emitidos pela BRA para destinos domésticos e internacionais, de acordo com a disponibilidade de assentos nos vôos operados pela TAM.

Fonte: Folha Online

Saiba o que fazer se você tem uma passagem da BRA

A BRA, que nesta quarta-feira irá suspender todos os seus vôos, aconselha aos clientes que já compraram passagem a entrar em contato com a empresa pelo telefone 11-3583-0122 ou e-mail atendimento@braereo.com.br antes de irem para o aeroporto.

Segundo a empresa, os passageiros podem esclarecer dúvidas sobre os procedimentos necessários para a remarcação de vôos em outras companhias aéreas e receber o reembolso com o valor da passagem. A TAM disse que trocará as passagens de clientes da BRA, seguindo determinação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A agência disse ainda que quem tiver bilhete da BRA deve procurar funcionários da Anac nos aeroportos.

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) diz que, no caso dos vôos já marcados, a BRA tem por obrigação acomodar os passageiros em vôos de outras companhias nas mesmas condições contatadas, mesmo que o pagamento ainda não tenha sido feito por completo.

De acordo com o Idec, na impossibilidade de se remarcar a passagem, o consumidor tem direito ao reembolso dos valores pagos. No caso de bilhete adquirido pelo sistema de crediário ou cartão de crédito, o passageiro tem direito à imediata devolução dos valores já quitados, além do estorno das prestações futuras.

O órgão de defesa do consumidor diz que no caso de pacotes turísticos, a responsabilidade é das agências nas quais os clientes contrataram os serviços.

Veja o comunicado da BRA na íntegra:

A BRA Transportes Aéreos S/A informa que solicitou à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a suspensão temporária de todos os seus vôos (domésticos e internacionais) a partir de quarta-feira (dia 7).

A BRA orienta os passageiros a não se dirigirem aos aeroportos ou às lojas antes de entrar em contato com o telefone 11-3583-0122 para obter detalhes sobre a reacomodação em outras companhias aéreas ou sobre o reembolso da passagem.

Fonte: Invertia

BRA: passageiros não conseguem trocar vôos em Congonhas

Os passageiros da BRA que já possuem passagens compradas não conseguiram trocar seus bilhetes por de outras companhias nesta quarta-feira no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Na loja da empresa, eles foram informados que podem ser reembolsados, mas a troca de vôos está ocorrendo somente no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, de onde saem todos vôos da companhia desde outubro. A empresa anunciou ontem a suspensão dos vôos e demissão de 1,1 mil empregados.

Desde as 8h, quando a loja abriu, foram atendidas cerca de 30 pessoas. Entre eles, está o comerciante Moises Gomes, 32 anos, que tinha um vôo hoje para o Rio de Janeiro às 9h50.
Gomes afirmou que foi ao aeroporto para ver outros vôos, pois a viagem era inadiável. Ele decidiu por comprar uma passagem pela TAM e fez o pedido para o reembolso dos R$ 434 pagos pelo bilhete da BRA.

"A passagem da TAM custa o dobro, mas eu só tinha informações sobre reembolso. Vim logo para o aeroporto procurar outra passagem, porque minha viagem é inadiável", disse Gomes.

Já o decorador Rodrigo dos Santos, 24 anos,foi surpreendido hoje quando chegou ao aeroporto e foi informado que não poderia comprar uma passagem da BRA para um vôo que teria que fazer para Salvador. "Agora ficou ruim, vou ter que procurar em outra companhia", disse.

Para a aposentada Maria José Cavalcante, 51 anos, o maior problema hoje é a falta de informação da BRA aos passageiros. Ela havia comprado há um mês uma passagem para Fortaleza.

"Todos os telefones que eu ligo ninguém atende. Desde ontem estou tentando informações e não consegui. Liguei na Anac e me disseram que não poderiam informar nada", afirmou Maria.

Funcionários

A loja da BRA em Congonhas possui 12 funcionários e alguns já foram liberados para procurar emprego. Apesar do desânimo, eles seguem a orientação de auxiliar os passageiros.

Um dos empregados, que preferiu não se identificar, disse que, pela forma como a empresa estava, já esperava a demissão e a paralisação dos vôos. Já para outro funcionário, foi uma surpresa. "Fui chamado para uma reunião ontem às 15h e avisaram que estavam todos de aviso prévio, que a prioridade era reembolsar os passageiros ou remarcar as passagens", disse.

Fonte: Invertia

Aeromoça denuncia precariedade em vôos da BRA

Saída da empresa do mercado pode dificultar a vida de quem pretende viajar no fim do ano. Passageiros e ex-funcionários reclamam da falta de informações.


A interrupção das operações da empresa BRA deixou passageiros longe de seus de suas casas. Em uma reportagem exclusiva do "Bom Dia Brasil", uma aeromoça acusa a companhia de ter funcionado precariamente. Ela ficou sabendo pela televisão que estava desempregada.
A aeromoça trabalhava na companhia havia mais de dois anos. “Cheguei a ligar para a companhia aérea, mas não informaram nada. Ficaram dando desculpas e ninguém informa nada”, disse ela. Segundo a funcionária, nos últimos dois meses a situação estava cada vez mais precária.

“Muitas vezes não tinha nem o que servir para o passageiro em três horas de vôo. Várias vezes deixamos de comer a nossa refeição que a gente comprava fora da aeronave, porque para a gente também não tinha mais nada, para dar para criança. No finalzinho, só serviam água e olhe lá ainda”, conta.

A aeromoça questiona a segurança dos aviões. “É uma situação que a gente vê que não tinha nada para servir dentro da aeronave, como será que anda a manutenção? São aviões que já tinham históricos de que poderia acontecer alguma coisa. Era histórico de despressurizações, principalmente despressurizações. Graças a Deus, a empresa parou numa hora ainda que não tivesse acontecido nada de grave, porque, se tivesse continuado, com certeza poderia ocorrer mais uma vez no Brasil outra tragédia”, comentou a aeromoça.

Ela diz que faltavam funcionários. “Quantas vezes a gente descia junto com os passageiros para levar até outra aeronave, porque não tinha funcionário em solo. A gente precisa receber o que a gente trabalhou. Eu só quero isso”, continuou a aeromoça.

Surpresa

As demissões também pegaram de surpresa os sindicalistas, que temem que uma cena conhecida no setor se repita. “O que tememos é que, a exemplo dos trabalhadores da Vasp, da TransBrasil e da Varig, os trabalhadores da BRA tenham o mesmo fim: vão sair com uma mão na frente e outra atrás e não receberão seus direitos trabalhistas. Empresa não pode fazer greve. Pode ser que eles estejam tentando com artifício, fazendo um locaute, para pressionar o governo para colocar dinheiro no negócio”, afirmou o presidente da Federação de Trabalhadores de Transportes Aéreos, Uébio José da Silva.

Cada dia, uma turbulência – a crise aérea já voou um longo percurso pelos céus e aeroportos do Brasil, pelos gabinetes de governo e de empresas também. Na terça-feira (6), mais um sinal da precariedade extrema desse serviço essencial ao país: uma companhia deixou de funcionar, demitiu os funcionários e, literalmente, saiu do ar.

Sem explicações

A BRA, a terceira maior empresa em operação, deixou passageiros longe de casa, descumprindo os contratos, deu poucas explicações e surpreendeu os órgãos do governo. Quem ficou com o bilhete? Mais um mico na mão. Ninguém sabia de nada. Ao todo, 1,1 mil funcionários ficaram sem emprego de uma hora para outra. Tinha gente trabalhando sem saber que já estava na rua e tem gente viajando e não sabe bem como vai voltar para casa. “Cheguei a ligar para a companhia aérea, mas não informaram nada. Ficaram dando desculpas e ninguém informa nada”, disse ela.

Férias de fim de ano

A consultora no mercado de aviação, Amarilis Romano, diz que a saída da BRA do mercado às vésperas das festas de Natal e de Ano Novo pode dificultar a vida de quem pretende viajar. “A situação dos vôos do cliente e do consumidor que quer voar vai ficar bem mais complicada, porque ele deixou de ter uma opção importante”, observa Amarilis Romano. A empresa era conhecida por oferecer passagens mais baratas. “A BRA tem preço melhor. Por isso, viemos direto para a BRA comprar”, comentou um senhor. A BRA tem uma frota de dez aeronaves. Até terça-feira (6), seis estavam em operação. Com a suspensão dos vôos, a partir desta quarta (7) os consumidores que compraram passagens serão reembolsados ou reacomodados em outras companhias.

Volta pra casa

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciou que vai pedir prioridade às empresas aéreas para aqueles passageiros que já usaram o bilhete de ida e agora precisam retornar ao ponto de origem. Nos aeroportos, as lojas da BRA estão fechadas. Horas depois do anúncio, ainda tinha gente querendo comprar passagem. “Acho isso um absurdo. Fui surpreendida”, comentou uma passageira. “Na verdade, acho que existe aí uma omissão de informações”, disse uma jovem. O consumidor que procurou informações pela internet encontrou o site da companhia fora do ar. Ficou só uma mensagem da empresa aérea informando um endereço eletrônico para contato e um número de telefone, que passou boa parte da noite desta terça com sinal de ocupado. Esta é uma dificuldade a mais para os 70 mil passageiros que compraram bilhetes da companhia até março do ano que vem.

Fonte: G1

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Fundada por irmãos, BRA iniciou operações em 1999

Desde dezembro, empresa é administrada por grupo denominado Brazil Air Partners.
Com vôos internacionais, companhia ganhou espaço no mercado brasileiro neste ano.

Fundada em 1999, a BRA Transportes Aéreos entrou no mercado de aviação civil brasileiro como operadora de vôos charter, e tinha o objetivo de ocupar parte significativa do segmento low fare (baixo custo), na qual a Gol Linhas Aéreas foi bem-sucedida.

De acordo com a assessoria de imprensa, a empresa chegou a operar 315 vôos mensais, para destinos nacionais e internacionais. De janeiro de setembro de 2007, já com três vôos internacionais, a empresa transportou quase 2 milhões de passageiros.

Novos sócios

Em dezembro do ano passado, a BRA passou a ser administrada por um grupo de investidores chamado Brazil Air Partners. O controle societário e de gestão da companhia, porém, ainda permaneceu com os fundadores da companhia - os irmãos Humberto e Walter Folegatti.

A Brazil Air Partners tem como sócios o Bank of America, a Goldman Sachs & Co. e a Gávea Investimentos, do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, entre outros. O grupo tem 20% do capital da BRA.

A empresa era, em outubro, a quarta maior do mercado de aviação nacional, atrás da TAM, da Gol e da Varig. Segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a BRA vinha ganhando espaço no mercado brasileiro. Em setembro de 2006, a participação no mercado nacional era de 3,41%, mas subiu para 4,6% no mesmo mês deste ano.

Em maio, a empresa teve aprovado pela Anac o sistema de compartilhamento da OceanAir, quinta colocada no mercado nacional de aviação civil. Por divergências de estratégia e do modelo de negócios adotados, porém, a parceria foi encerrada em outubro.

Problemas técnicos

A empresa, desde o início de seus vôos internacionais, vinha enfrentando problemas técnicos com suas aeronaves. Em julho, um vôo da empresa com destino a São Paulo com 225 pessoas a bordo fez um pouso de emergência em Lisboa devido a um problema na turbina.

No início de outubro, um vôo da empresa que fazia a rota Porto Alegre-São Paulo teve despressurização na cabine e teve de passar por uma manutenção antes de levantar vôo novamente.

Ofício

O presidente da BRA, Humberto Folegatti, enviou um ofício à Anac no último dia 18 em que reconhecia que a empresa enfrentava problemas operacionais motivados principalmente por serviços de manutenção não-programados. Segundo a BRA, houve também atraso no recebimento de duas novas aeronaves adquiridas recentemente.

Em nota oficial, a BRA informou que solicitou à Anac uma autorização para adequar a malha apresentada em 1º de outubro de forma a passar a operar com seis aeronaves, sendo uma para reserva técnica.

Segundo a assessoria de imprensa da BRA, não há exigência da Anac em relação ao número de aeronaves que uma companhia precisa ter para operar. A frota da empresa é de 10 aeronaves, porém apenas seis estão em operação.

Fonte: G1

Leia mais sobre a crise na BRA

Em crise financeira, BRA pede suspensão de vôos e afasta funcionários

A BRA Transportes Aéreos divulgou nota informando que pediu à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a suspensão temporária de todos os seus vôos (domésticos e internacionais) a partir desta quarta-feira (7). A companhia enfrenta crise financeira. A assessoria de imprensa da BRA informou ao UOL News que será tentado um novo aporte financeiro com seus acionistas. A aérea anunciou que todos seus 1.100 funcionários foram colocados em aviso prévio. A BRA evitou usar o termo demissão.

Na nota, a BRA aconselha os passageiros a não se dirigirem aos aeroportos ou às lojas antes de entrar em contato com o telefone (0xx11)3583-0122 (em São Paulo).

A assessoria de imprensa do Ministério da Defesa informou que uma equipe da Anac foi deslocada para a sede da BRA, em São Paulo.

Ainda segundo a assessoria do ministro Nelson Jobim, a principal preocupação no momento é com os passageiros que estão viajando pela BRA (compraram passagens de ida e volta). A Anac vai tentar acomodar esses passageiros em vôos de outras companhias aéreas.

A BRA fazia 26 rotas nacionais e 3 internacionais, com 35 vôos domésticos e 5 internacionais em média por semana. A BRA já havia suspendido todos os seus vôos internacionais porque os dois aviões que atendiam a esses vôos estariam em manutenção.

Leia abaixo a nota divulgada à imprensa:

A BRA Transportes Aéreos S/A informa que solicitou à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) a suspensão temporária de todos os seus vôos (domésticos e internacionais) a partir de quarta-feira (dia 7). A BRA orienta os passageiros a não se dirigirem aos aeroportos ou às lojas antes de entrar em contato com 11-3583-0122 para obter detalhes sobre a reacomodação em outras companhias aéreas ou sobre o reembolso da passagem.

O site da BRA estava fora do ar no final da tarde e no início da noite. O internauta que tentasse acessar o endereço www.voebra.com.br se deparava com a seguinte mensagem: "Desculpe o transtorno. O Site BRA está em manutenção. Tente mais tarde.

"A assessoria de imprensa da empresa informou que nenhum diretor da BRA poderia dar entrevista por enquanto.

Com problemas para pagar fornecedores, a empresa precisa de cerca de US$ 30 milhões para voltar a operar no azul, segundo a Folha de S.Paulo em reportagem publicada no último sábado. A Folha apurou que a companhia aérea vem mantendo teleconferências diárias com o grupo de fundos que investiu na empresa, em 2006, na tentativa de conseguir um novo aporte.

Em setembro passado, a BRA operava 4,6% dos vôos domésticos.

Fonte: Folha de S.Paulo

Sem documentos, garoto de 11 anos embarca sozinho em avião

Menino fugiu de casa e pegou dois ônibus para chegar ao aeroporto de Cuiabá.
Em SP, ele ficou perdido e chamou atenção dos seguranças do aeroporto de Guarulhos.

Um menino de 11 anos conseguiu embarcar, sozinho, em um avião da empresa Gol. Ele viajou de Cuiabá a São Paulo, sem passagem e sem documentos. O caso aconteceu no dia 18 de outubro, mas só foi divulgado agora.

O garoto fugiu de sua casa, embarcou em dois ônibus e foi ao aeroporto Marechal Rondon, na capital do Mato Grosso. Sem passagem aérea, o menino driblou a equipe de segurança, se misturou entre os passageiros e entrou num avião da Gol.

Ao desembarcar no aeroporto de Guarulhos, ele ficou perdido e chamou a atenção dos seguranças, que o observavam pelo sistema de vídeo.

A Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos das Crianças abriu inquérito para apurar as responsabilidades sobre o caso. A família do garoto já foi acionada pelo conselho tutelar.

A companhia aérea ainda não se manifestou sobre o assunto.

Fonte: G1 / Imagem: Reprodução da TV

FAB restringe pousos de jatos de autoridades no Campo de Marte

Tamanho de pista é prejudicado por acidente geográfico, justifica Aeronáutica.
Outros motivos são custo elevado das aeronaves e segurança dos passageiros.

Uma norma operacional da Força Aérea Brasileira (FAB) restringe os pousos das aeronaves do Grupo de Transporte Especial (GTE), responsável pelos vôos com ministros e autoridades, no Aeroporto Campo de Marte, na Zona Norte de São Paulo. De acordo com Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), além de questões de segurança, o elevado custo das aeronaves faz com que os vôos não ocorram no local.

O GTE conta com oito aeronaves do modelo Learjet 35, o mesmo que caiu neste domingo (4) sobre casas do bairro da Casa Verde. Outra justificativa para a restrição de pousos no Campo de Marte é que, ao contrário da aeronave acidentada, os jatos do GTE não têm reverso nas turbinas, equipamento que auxilia na frenagem dos aviões em pistas menores, segundo a Aeronáutica.

A pista do Campo de Marte tem 1.600 metros de comprimento, mas um morro que fica na direção da cabeceira impede que as aeronaves façam uma manobra necessária para o pouso logo no início do espaço disponível. Por conta disso, os jatos tocam o solo já com 300 metros de pista, o que faz com que, na prática, haja apenas 1.300 metros para a operação. A norma da FAB determina que os aeroportos usados para o pouso destes jatos tenham, no mínimo, 1.500 metros disponíveis.

O tenente-coronel Henry Munhoz Wender diz que, além da segurança das autoridades, também está em jogo o alto custo das aeronaves. “Existe todo um cuidado com o transporte de autoridades, que são representantes da nação. Mas quando você está operando um Legacy, está operando um equipamento que custa mais de US$ 20 milhões. São equipamentos caríssimos. Todo cuidado é o mínimo que a nação exige de nós”, disse.

Além dos oito aviões do modelo Lerjet 35, fazem parte da frota do GTE o avião presidencial, um Airbus apelidado de “Aerolula”, jatos Legacy, Boeings e helicópteros.

Fonte: G1

Para especialista, pane no motor pode ter provocado queda de avião

Perito ouvido pelo Jornal da Globo acredita que houve problemas no motor direito.

Jato LearJet caiu sobre casas no domingo em SP, matando 8 pessoas.

Peritos que investigam o acidente do jatinho que caiu sobre casas logo após a decolagem no Campo de Marte, em São Paulo, no domingo (4), matando 8 pessoas na zona Norte de São Paulo, acreditam na possibilidade de que uma pane no motor da aeronave nos primeiros segundos tenha provocado o acidente.

Nesta terça-feira (6), começa a perícia dos motores e da caixa de voz do LearJet.

Para especialistas ouvidos pelo Jornal da Globo, a posição das alavancas do avião da maneira que foram encontradas nos destroços sugere que o motor direito não funcionou corretamente, o que explicaria a trajetória do avião e a maneira como ele se chocou com a casa.

As imagens que mostram a posição das manetes de controle da aeronave chamou a atenção do especialista em segurança de vôo, Jorge Barros, que já participou da investigação de 18 acidentes aéreos. Ele acredita que o motor direito tenha parado logo após a decolagem.

"Esta alavanca estando recuada do jeito que se apresenta pode indicar que houve um problema no motor direito e que a tripulação tentou resolver este problema em princípio recuando a manete da direita para proceder a correção do problema do motor e que acabou não dando tempo e o avião se acidentou", analisa o especialista.

Para ele, uma aeronave LearJet 35-A, como a que se acidentou no domingo, pode voar apenas com um motor, mas a decolagem é um momento crítico.

"Se um dos motores deixa de funcionar neste momento crítico, ele (o avião) perde velocidade ou deixa de ganhar velocidade e não consegue subir, mas também não se consegue controlar o avião", afirma Barros.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave estava com a manutenção em dia e a Reali Táxi Aéreo, dona do jato, garante que respeita as normas técnicas.

Em Salvador, o ministro da Defesa Nelson Jobim disse que vai recomendar à Anac que seja determinado uma melhor avaliação das aeronaves de pequeno porte.

“O Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) fará a análise desse acidente que ocorreu e eu pretendo que a Anac, então, determine uma maior fiscalização no que diz respeito a essas aeronaves pequenas. Enfim, da aviação geral, que compreende táxi aéreo assim como os aviões particulares", disse Jobim.

Perícia começa nesta terça

Peritos iniciam nesta terça-feira a análise dos motores e da caixa de voz do LearJet que se acidentou no domingo. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) ainda avalia se haverá necessidade de enviar para análise no exterior a caixa de voz.

De acordo com informação da assessoria da Aeronáutica repassada para o G1, aparentemente o item foi preservado integralmente. Nesta segunda-feira (5), a Polícia Civil ouviu depoimentos de testemunhas.

Os depoimentos vão formar o pano de fundo na investigação que apura responsabilidades sobre o acidente nos arredores do Campo de Marte.

“O que a gente pode adiantar é que tudo vai depender dos laudos técnicos periciais, como no caso da caixa que é uma gravação interna da cabine. Nós conversamos com o pessoal da Aeronáutica, então eles vão proceder esses laudos”, disse a delegada da 4ª Seccional Norte de São Paulo, Elisabete Sato, responsável pelo inquérito.

Decolagem

A única certeza até agora é que, na decolagem, o Learjet deveria ter feito a curva para a esquerda, mas, por algum motivo ainda desconhecido, tomou exatamente o sentido contrário. Segundo a Reali Táxi Aéreo, que se apresentou como a dona do avião, a manutenção estava em dia. Ainda segundo a empresa, o piloto Paulo Roberto Montezuma Firmino, contratado em janeiro, era experiente. E o co-piloto Alberto Soares Júnior, que trabalhava há quatro meses na Reali, tinha formação adequada.

De acordo com funcionários do aeroporto de Angra dos Reis, na quinta-feira (1º) à tarde, piloto e co-piloto saíram de São Paulo e pousaram na cidade com seis passageiros. Dois homens, duas mulheres e duas crianças, que ficaram na cidade. O avião pousou em uma pista de 980 metros - menor do que o exigido para esse tipo de aeronave, que é 1.200 metros.

No dia seguinte, sexta-feira (2), a tripulação voltou para São Paulo e trazia de carona um outro piloto, o comandante Wilson. No domingo, às 10h, a tripulação e o carona voltaram para Angra. O Learjet foi buscar os passageiros que havia deixado lá. E voltou ao meio-dia, com os seis passageiros que desembarcaram no Campo de Marte. Às 14h10, o avião decolou pela última vez.

Fonte: G1

Mercado de táxi aéreo cresce 20% em 1 ano

No último ano, o mercado de táxi aéreo no Brasil teve um crescimento de 20%, após dez anos de estagnação. O crescimento, de uma maneira irônica, caminha junto ao caos nos aeroportos. Caos este que, desde a semana passada, praticamente excluíu as empresas de Congonhas, de acordo com o Sindicato Nacional de Táxi Aéreo (Sneta). As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Segundo o Sneta, as 200 empresas de táxi aéreo existentes no mercado hoje, fazem os trabalhos mais diversificados. Os aviões e helicópteros são alugados para transporte de passageiros, peças de automóveis, órgãos e até reparo de linhas de transmissão energizadas, entre tantos outros, diz o jornal.

O superintendente do sindicato, Fernando Alberto dos Santos, afirma que "com o crescimento da economia e a incerteza nos aeroportos, aumentou muito a quantidade de lideranças empresariais importantes fretando aviões".

De acordo com a Folha de S.Paulo, a Anac informou que o processo para essas empresas serem certificadas tecnicamente para operar e autorizadas a funcionar comercialmente pode levar até nove meses, e é praticamente tão rígido quanto o das companhias de aviação regular.

Fonte: Terra

Saito: defesa aérea do País não está "confortável"

Segundo a Folha de S.Paulo, o comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), brigadeiro Juniti Saito, informou que o Brasil não está em posição "confortável" em relação aos equipamentos de defesa aérea. Ele, entretanto, negou que o projeto de reaparelhamento do setor esteja ligado à preocupação com a Venezuela. Na última semana, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, confirmou a reativação do plano de reaparelhamento das Forças Armadas.

De acordo com a Folha, Saito informou que a FAB deve retomar uma idéia de compra de caças que poderia chegar a US$ 4,3 bilhões.

Segundo o brigadeiro, o País não está em uma "posição confortável" quando comparada a situação de sua defesa aérea com a de países da América do Sul. "Não é uma posição confortável, mas estamos trabalhando para melhorar", disse.

Na quarta-feira, Jobim, confirmou, em audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, a execução do projeto FX-2, que prevê a compra de 36 caças para a Aeronáutica. Entre os argumentos para a execução do FX-2 estavam o sucateamento da frota da Força Aérea Brasileira (FAB) e a informação de que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, teria dado a largada para uma corrida armamentista.

Fonte: Terra

Tráfego de passageiros da Gol recua em outubro

A taxa de ocupação das aeronaves do grupo Gol caiu em outubro em relação ao mesmo mês de 2006, informou a companhia nesta terça-feira.

A relação entre número de passageiros transportados e assentos disponíveis caiu de 70% há um ano para 68,8% em outubro, divulgou a empresa em comunicado ao mercado. Os dados incluem os números da Varig, comprada pela Gol em abril.

O grupo transportou um total de 2,17 milhões de passageiros em outubro, aumento de 62,7% sobre o total apurado no mesmo mês de 2006. Enquanto isso, a oferta de assentos foi de 3,15 milhões, evolução de 65,4% na mesma comparação.

No mercado doméstico isoladamente, a taxa de ocupação do grupo foi de 70,5% contra 70,6% um ano antes. Já no mercado internacional, a taxa caiu de 64,3% para 62,2% no mês passado.

Fonte: Invertia

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Avião da TAM teria desviado de colisão em Brasília

Vôo 3813 fazia a rota entre Palmas e Brasília na manhã desta segunda-feira.
A Aeronáutica negou risco de colisão.

Os passageiros do vôo 3813 da TAM, que fazia o rota entre Palmas (TO) e Brasília, na manhã desta segunda-feira (5), tomaram um susto quando a aeronave fez uma manobra brusca e, em seguida, foram informados pelo piloto que o motivo seria ter que desviar de uma outra aeronave (não identificada) em rota de colisão. Os passageiros ficaram tensos e alguns se sentiram mal.

O fato aconteceu cerca de 30 minutos depois de ter decolado do Aeroporto de Palmas. A aeronave, um airbus com aproximadamente 100 passageiros, tinha tripulação chefiada pelo comandante Edécio.

Entre os passageiros do avião estavam o prefeito de Porto Nacional (TO), Paulo Mourão (PT), e sua mulher Ana (que teve que tomar calmante depois). "Com mais ou menos uns 30 minutos de vôo houve uma manobra brusca do comandante e isso causou muito desconforto. Alem do temor de muitos passageiros. Em menos de dez segundos nós tivemos uma mudança de altitude de mais de seis mil pés de altura", disse o prefeito, após o desembarque em Brasília.

"Teve um momento de tensão onde o piloto teve que fazer uma manobra muito radical e as pessoas se assustaram, ficou um olhando pro outro e o piloto comunicou pelo sistema de comunicação que teve que fazer uma manobra que ele denominou de manobra evasiva. Deu a entender que ele teve que deslocar daquele trajeto que ele ia pra evitar uma colisão com uma outra aeronave", disse o assessor da Caixa Econômica Federal, Kurmaré Zacarioti, que também estava a bordo.

O Comandante Edécio teria registrado a ocorrência no Cindacta 1, em Brasília, e disse que iria encaminhá-la para o Sindicato dos Pilotos da TAM.

Segundo a assessoria da TAM, o avião arremeteu na primeira tentativa de pouso (sem motivo confirmado). A aeronave pousou normalmente na segunda tentativa, às 7h14 da manhã, no aeroporto de Brasília.

A assessoria da TAM informou também que a manobra feita pelo piloto seguiu estritamente as informações do Traffic Allert and Collision Avoidance System (TCAS), equipamento de segurança do avião. A TAM informou ainda que a manobra não colocou em risco a segurança dos passageiros. A companhia aérea, no entanto, não soube informar o que motivou o alerta do aparelho.

A assessoria de comunicação da Aeronáutica informou que o radar do Centro de Controle de Brasília (Cindacta 1) não detectou nenhuma aeronave se aproximando do avião da TAM. Os dados do equipamento indicaram que o avião mais próximo passou a 20 milhas de distância, o que equivale a mais de 37 Km. Segundo a assessoria, não houve risco para o tráfego aéreo.

Fonte: G1 / Vídeo: Terra

Veja foto do Learjet antes do acidente

Foto: Airliners.net

Acidente com Learjet é o 5º em SP nesta semana

O acidente com o Learjet é o quinto que ocorre em São Paulo, esta semana. Na tarde de quinta-feira, três helicópteros caíram num intervalo de duas horas. No dia anterior, um avião Tucano da FAB, caiu em Pirassununga. Segundo a Aeronáutica, o avião teve problemas e o capitão-aviador Luís Herique Velasco Braga, e o segundo sargento André Ricardo Moreira, foram obrigados a ejetar, mas não se feriram.

Menos sorte tiveram os ocupantes do helicóptero Robson 44 prefixo PT- YMF no qual três pessoas da mesma família morreram quando a aeronave caiu no parque da Jandaia, em Carapicuíba, município da região metropolitana de São Paulo.

Duas horas após, caía o helicóptero Robinson 22 prefixo PT-YOU em Mogi das Cruzes. O major-aviador Marco Antônio Molinari e o piloto civil Pedro Baldo ficaram feridos. O terceiro acidente aconteceu às margens da rodovia SP-322, em Ribeirão Preto: os quatro ocupantes ficaram feridos.

Fonte: JB Online

Veja a ficha técnica do Learjet 35A

Clique sobre a imagem para ampliá-la.

Veja quem são as vítimas do acidente aéreo

Oito pessoas morreram e duas ficaram feridas no domingo (4) após a queda de um jatinho executivo sobre residências da região de Casa Verde, na Zona Norte de São Paulo. A aeronave decolou do Aeroporto de Campo de Marte, também na Zona Norte, e caiu por volta das 14h10.

Seis das oito vítimas fatais pertencem à mesma família. Os outros dois mortos são o piloto e o co-piloto da aeronave. Veja a lista de vítimas:

Paulo Roberto Montezuma Firmino, 39 anos

O piloto era de São José dos Campos, interior de São Paulo, e trabalhava para a Reali Táxi Aéreo, empresa dona do avião. O porteiro do edifício de São José dos Campos onde o piloto morava o descreveu como uma pessoa "extrovertida e brincalhona".

Alberto Soares Junior, 24

O co-piloto era de Piracicaba, interior de São Paulo, e trabalhava para a Reali Táxi Aéreo. Assim como aconteceu com o piloto, seu corpo foi identificado por meio de impressões digitais.

Lina Oliveira Fernandes, 75

Estava com sua família (filho, nora, netas e bisneto) na casa que foi completamente destruída pelo avião. É a vítima mais velha desse acidente.

Aires Fernandes, 54

Filho de Lina, estava na casa que ficou completamente destruída. Também morreram sua mulher, Rosa, sua filha, Ana Maria, e seu neto, Luan. Sua outra filha, Cláudia, estava na casa, mas sobreviveu ao acidente.

Rosa Lima, 54

Mulher de Aires, Rosa também estava na casa atingida pelo avião. Ela tinha duas filhas com Aires: Ana Maria e Cláudia. A segunda, de 16 anos, sobreviveu.

Ana Maria Lima Fernandes, 21

Filha de Rosa e Aires, ela estava na casa com o companheiro, Lucas, e com o filho, Luan. Seu corpo foi identificado pelas impressões digitais.

Lucas de Souza Soh Júnior, 20

Companheiro de Ana Maria, Lucas estava na casa da família dela com o filho, Luan. Seu corpo foi identificado pelo irmão, através de fotografia apresentada pelos peritos.

Luan Vitor de Lima, 9 meses

Filho de Ana Maria e Lucas, é a vítima mais jovem do acidente.

Duas meninas ficaram feridas: a estudante Laís Gonçalves da Silva Mello, de 11 anos, que sofreu ferimentos na cabeça, e Cláudia de Lima Fernandes, de 16 anos, internada com queimaduras.

Fonte: G1

Casas da região da queda de avião devem ser demolidas

Equipes da Defesa Civil do município vão vistoriar hoje as residências no entorno do local do acidente com um Learjet, na tarde de ontem, no bairro da Casa Verde, zona norte da capital.

De acordo com a Defesa Civil, as casas de número 104, 118 e 120 foram interditadas totalmente e a de número 126 teve interdição parcial. As três casas devem ser demolidas, de acordo com a Prefeitura, mas a informação será confirmada apenas após a vistoria da Defesa Civil.

Além dos escombros das casas atingidas e das já interditadas, as residências no entorno do acidente também serão verificadas, para inspeção de possíveis rachaduras, para verificar se é possível continuarem sendo habitadas.

Segundo o Centro de Operações dos Bombeiros (Cobom), duas viaturas e suas equipes permanecem no local à espera da Aeronáutica. Segundo o Cobom, as equipes estão à disposição para procurar possíveis peças do avião acidentado que ainda possam estar no meio dos escombros.

Fonte: Folha Online

Veja imagens do acidente com o Learjet










Fonte: Folha Online

Veja imagens do acidente com o Learjet









Fotos: Folha Online / Terra

Clique nos links e leia todas as notícias publicadas sobre o acidente com o Learjet

Leia todas as notícias publicadas pelo G1:

Proprietária do Learjet afirma que aeronave estava regular
Vizinho ajudou no resgate de jovem em escombros
Tripulação do Learjet é identificada pela empresa
Vizinha se abriga em um dos poucos cômodos livres do fogo
Sobrevivente de queda de Learjet se diz preocupada com amiga
Investigação sobre queda de avião vai durar 90 dias, diz Aeronáutica
Avião virou para o lado errado, diz coronel
Jobim quer aumentar fiscalização da aviação geral
Buscas são encerradas: 8 pessoas morreram na queda de avião em SP
Manutenção de avião estava em dia, diz Anac
Veja os bloqueios que a CET montou na região do acidente
Bombeiros dizem que seis morreram em queda de Learjet em SP
Campo de Marte tem alto movimento de aeronaves de pequeno porte
Cães farejadores buscam vítimas da queda do Learjet em SP
Mulher ferida em queda de avião tem 30% do corpo queimado
Testemunha diz que avião desviou de prédio antes de cair
Menina de 11 anos é retirada com vida dos escombros
PM confirma sete mortes em queda de Learjet em SP
Learjet 35 é bimotor de fabricação americana
Empresa dona de avião que caiu é especializada em transporte de pacientes
SP registra cinco acidentes aéreos em uma semana
Queda de avião deixa cinco mortos e três feridosGaroto de 15 anos ajudou no resgate das vítimas de queda de avião
Bombeiros confirmam três mortos em queda de avião
Avião de pequeno porte cai na Zona Norte

Fonte: G1

Acidente com avião executivo em SP


Oito pessoas morreram na tarde de domingo, dia 4 de novembro de 2007, quando um jatinho executivo modelo LearJet 35A caiu sobre residências na região de Casa Verde, na Zona Norte de São Paulo. O avião, que caiu por volta das 14h10, havia decolado minutos antes do Aeroporto de Campo de Marte, também na Zona Norte da capital paulista.

Segundo o capitão Mauro Lopes, porta-voz do Corpo de Bombeiros, quatro homens, duas mulheres, um bebê e uma vítima não-identificada foram retirados de escombros. A última resgatada, pouco depois das 18h, foi um bebê de aproximadamente 9 meses.

Vinte e duas equipes, com mais de 60 homens, foram enviadas para o local e o trânsito foi bloqueado nas imediações. Em uma das casas atingidas moravam 12 pessoas.

Fonte: G1 / Imagem: Folha de S.Paulo

domingo, 4 de novembro de 2007

Empresas aéreas driblam restrição a Congonhas

Diante da proibição de vôos do Aeroporto de Congonhas para cidades a mais de mil quilômetros de São Paulo, a professora Vera Lúcia Bertolini não pensou duas vezes na segunda-feira. Seguiu para o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, para embarcar com destino a Cuiabá (MT).

“Quando percebi o erro já era tarde. Estava chegando a Cumbica e perdi o vôo”, disse. No dia seguinte ela embarcou finalmente para Cuiabá. Partindo de Congonhas.

Aproveitando brechas de uma portaria mal escrita, as companhias driblam a restrição e fazem vôos de Congonhas para qualquer lugar do País. Elas simplesmente dividiram o vôo - agora são dois bilhetes - e introduziram uma conexão relâmpago. Em muitas conexões, feitas num aeroporto no perímetro permitido, como Galeão, Confins ou Brasília, o passageiro nem desce do avião. A prática foi flagrada pelo jornal O Estado de S. Paulo terça-feira em dois vôos da TAM.

Eles saíram de Congonhas para Cuiabá (a 1.360 quilômetros) e Salvador (a 1.468 quilômetros).

As restrições, impostas pelo Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac), foram pensadas no calor da tragédia do Airbus da TAM, em 17 de julho. Três dias depois, o Conac determinou que Congonhas deixaria de ser um ponto de escalas e de conexão de vôos e limitou os percursos a mil quilômetros. A idéia era desafogar o aeroporto mais movimentado do País e reforçar a segurança.

“As medidas não foram seguidas de justificativas técnicas”, diz o especialista Respício do Espírito Santo Junior, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Não admira que companhias estejam aproveitando brechas legais.”

Segundo fontes do setor, vôos de mais de mil quilômetros partindo de Congonhas com conexão relâmpago, sem troca de avião, estão sendo feitos por todas as grandes companhias. Elas revelam que a prática foi adotada pela Gol em rotas similares às da TAM (Congonhas para Salvador e Cuiabá). Procurada, a Gol não se manifestou. O vice-presidente de Planejamento da TAM, Paulo Castello Branco, disse que a TAM segue “religiosamente” as restrições.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Colômbia: falha em avião da Embraer força retorno para aeroporto

Um avião da Embraer usado pela companhia aérea colombiana AeroRepública sofreu, após decolar neste sábado, uma falha em um de seus sistemas de ar-condicionado, enchendo a cabine de fumaça e obrigando o piloto a retornar para o aeroporto, informaram passageiros à imprensa local.

O aparelho, com capacidade para 106 passageiros, decolou da cidade de Pereira rumo a Bogotá, quando, surpreendentemente, a cabine começou a ficar cheia de fumaça, provocando pânico entre os passageiros e problemas respiratórios.

Diante disso, a tripulação decidiu retornar para Pereira, onde alguns passageiros receberam atenção médica devido à inalação dos gases. Depois, os 70 passageiros embarcaram em outro vôo da companhia Avianca e seguiram para Bogotá.

A falha, ocorrida hoje no avião comprado pela AeroRepública do fabricante brasileiro Embraer, já tinha sido registrada há um mês, embora não se saiba de foi no mesmo aparelho.

Fonte: AFP

sábado, 3 de novembro de 2007

Vôo do primeiro cão ao espaço completa 50 anos hoje

Viagem ajudou a construir caminho para que vôo espacial com humanos pudesse ser realizado

A cadela Laika
(Foto: AP)

Apenas um mês depois de a União Soviética parar o mundo ao colocar o primeiro satélite artificial em órbita, o bloco atingiu uma nova vitória - um satélite muito maior, levando uma cadela vira-lata chamada Laika. A missão, que completa 50 anos neste sábado, 3, não teve um final feliz, mas ajudou a construir o caminho para o vôo com humanos.

Assim como outros episódios do programa espacial soviético, a missão de Laika foi oculta em um véu de segredos, e apenas depois do colapso da União Soviética os participantes puderam contar a história real por trás dela.

O satélite que levou Laika ao espaço foi construído em menos de um mês no que foi, provavelmente, a missão espacial mais rapidamente preparada da história.

Entusiasmado com a repercussão internacional do lançamento do Sputnik, em 4 de outubro de 1957, o líder soviético Nikita Khrushchev convocou Sergei Korolyov, o pai do programa espacial soviético, e ordenou que ele criasse "algo novo" para celebrar o aniversário, no dia 7 de novembro, da Revolução Bolchevique de 1917.

O pedido de Khrushchev foi um choque até mesmo para Korolyov, que havia conseguido, junto com sua equipe, conseguiu montar o primeiro Sputnik em menos de três meses, disse Georgy Grechko, um cosmonauta que começou sua carreira como engenheiro espacial.

- "Nós não acreditávamos que vocês ultrapassariam os americanos com seu satélite, mas vocês o fizeram. Agora você deve lançar algo novo até 7 de novembro", disse Korolyov contando o que ouviu de Khrushchev, de acordo com Grechko.

Boris Chertok, o braço direito de Korolyov, disse que o prazo curto tornou impossível criar uma espaçonave completamente nova, mas poucos concordaram em simplesmente repetir o lançamento de Sputnik. Assim, quando alguém da equipe sugeriu colocar um cão em órbita, Korolyov abraçou a idéia imediatamente.

Pouco se sabia sobre o impacto do vôo espacial em seres vivos, e alguns acreditavam que eles seriam incapazes de sobreviver ao lançamento ou às condições do espaço.

A União Soviética já havia testado o lançamento de cães em missões suborbitais curtas durante testes de mísseis, e alguns deles sobreviveram a muitas delas. Todos eram vira-latas - os médicos acreditavam que eles eram capazes de se adaptar mais rapidamente a condições difíceis - e todos eram pequenos, para que pudessem caber nas minúsculas cápsulas.

Apenas nove dias antes do lançamento, o doutor Vladimir Yazdovsky escolheu um deles - a cadela Laika, de dois anos - para a missão.

As histórias sobre como ela foi escolhida variam: alguns dizem que Laika foi escolhida por sua boa aparência - um pioneiro espacial soviético tinha que ser fotogênico. Outros dizem que a primeira opção para a missão foi deixada de lado pois os médicos ficaram com pena dela: já que não havia tempo para criar um novo veículo de reentrada para o lançamento, a glória de fazer parte da história espacial também significava a morte certa.

"Laika era tranqüila e charmosa", escreveu Yazdovsky em seu livro, que trata da história da medicina espacial soviética. Ele lembrou que antes de levá-la à plataforma de lançamento, ele levou a cadela para casa para brincar com seus filhos. "Eu queria fazer algo bom por ela: ela tinha tão pouco tempo de vida", disse.

Correndo contra o tempo, Korolyov e sua equipe combinaram uma cápsula que levaria Laika, que possuía sistemas básicos de sobrevivência, com elementos do primeiro Sputnik. Eles decidiram não separar o satélite do segundo estágio do foguete para simplificar seu desenvolvimento.

Eles trabalharam sem diretrizes em um ritmo notável até para a época da corrida espacial e que parece impossível para os padrões de hoje.

"Agora que temos computadores, equipamentos industriais sofisticados, lasers e outras coisas, ninguém é capaz de construir um novo satélite em apenas um ano", disse Grechko em uma entrevista.

"Hoje em dia, levaria um mês apenas para começarmos a fazer os planos. Korolyov nos disse depois que foi o mês mais feliz de sua vida", contou.

Por conta de problemas técnicos de última hora, Laika teve que esperar na cabine pelo lançamento por três dias. No dia 3 de novembro, ela foi lançada ao espaço no Sputnik 2, que pesava 508 quilos _ uma amostra da habilidade soviética de levar grandes cargas ao espaço.

O Sputnik 1 pesava apenas 83,6 quilos, enquanto o primeiro satélite norte-americano, o Explorer 1, lançado em 31 de janeiro de 1958, pesava apenas 14 quilos.

Quando Laika alcançou a órbita, os médicos perceberam, aliviados, que seu batimento cardíaco, que havia subido durante o lançamento, e sua pressão sanguínea estavam normais. Ela comeu uma comida especialmente preparada que estava em um contêiner.

De acordo com os relatórios oficiais, a cadela foi sacrificada após uma semana. A missão de Laika gerou uma série de protestos de ativistas a favor da proteção dos animais.

Apenas após o fim da União Soviética alguns participantes do projeto contaram a verdadeira história: Laika seria, de fato, sacrificada, mas ela morreu, aparentemente em decorrência de superaquecimento, depois de algumas horas em órbita.

"Era impossível construir sistemas confiáveis de sobrevivência e controle do calor em um tempo tão curto", disse Chertok em suas memórias.

Diversos outros cães morreram em lançamentos que falharam antes do vôo bem-sucedido - e retorno seguro à Terra - dos cães Belka e Strelka em agosto de 1960.

Após alguns outros vôos com cães, a União Soviética levou o primeiro homem - Yuri Gagarin - ao espaço em 12 de abril de 1961.

Gagarin é citado por ter dito: "Eu ainda não entendo quem eu sou: o primeiro humano ou o último cão no espaço".

Fonte: Estadão

Avião apreendido no RS é liberado, mas dinheiro fica

Os R$ 24 milhões em moeda estrangeira ficarão no Brasil até o fim das investigações.
Aeronave com destino a Montevidéu pousou em cidade gaúcha por causa de temporal.

Avião que transportava R$ 24 milhões deixa o Brasil
(Foto: Renoir Sampaio/ Zero Hora/ Ag.RBS)

O avião que na segunda-feira (29) aterrissou em Cruz Alta (RS) transportando cerca de R$ 24 milhões em moedas de oito países diferentes decolou na manhã desta sexta-feira (2). O Cessna 411 paraguaio levantou vôo por volta das 9h30 em direção a Santa Maria (RS), de onde seguiria para o Paraguai.

Segundo o chefe da Divisão de Repressão ao Contrabando e Descaminho da Receita Federal no estado, Paulo Ricardo Chagas Meksraitis, o avião estava sob responsabilidade da Delegacia da Receita Federal de Santo Ângelo, e deve ter sido liberado porque não influenciaria na investigação da origem do dinheiro.

Desde terça-feira (30), a Receita Federal trabalha para apurar a origem e o destino dos R$ 24 milhões que estavam no avião contratado pela empresa de transporte de valores Prosegur.

Na segunda-feira, devido a um temporal, o avião com quatro pessoas a bordo teve de aterrissar no Aeroclube de Cruz Alta. Ele transportava o dinheiro de Assunção para Montevidéu.

"O dinheiro segue apreendido enquanto verificamos a documentação. No início da próxima semana, teremos uma posição sobre o que vai ser feito do dinheiro", disse Meksraitis.

Fonte: G1

Grupo provoca princípio de tumulto em Congonhas

Um grupo de passageiros provocou um princípio de tumulto por volta das 23h desta quinta-feira, dia 1º, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em protesto contra atrasos em vôos da empresa Gol. Segundo a Infraero, eles invadiram um finger (corredor que dá acesso à aeronave).

Como as atividades daquele finger já estavam encerradas, ele não estava conectado a nenhum avião. A assessoria de imprensa da Infraero informou que foi chamado apoio de seguranças para que o grupo se retirasse do local, pois houve resistência de algumas pessoas.

Fonte: Terra

Público de aeroporto de Presidente Prudente aumenta 700%

Aeroporto é o terceiro em movimento do interior de São Paulo

Com apenas uma companhia aérea em operação, o Aeroporto Estadual de Presidente Prudente passou a ser o terceiro do interior de São Paulo em número de passageiros por embarque e desembarque. Com 4.120 passageiros no primeiro semestre de 2006, passou para 29.329 no mesmo período deste ano, um crescimento de sete vezes, conforme balanço do Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo). Durante todo o ano passado, o aeroporto teve movimento de 9.570 passageiros e, em 2005, 9.798.


Pista tem 2,1 mil metros, 200 a mais que o
aeroporto de Congonhas em São Paulo

O motivo seria a queda do valor das passagens, que podem ser encontradas por até R$ 79,00 no trajeto de Presidente Prudente à capital do Estado, menos que uma passagem de ônibus leito para o mesmo itinerário, que custa R$ 85,00.

Segundo o levantamento da Daesp, o aeroporto de Prudente fica atrás apenas dos aeroportos de Ribeirão Preto, com 245.680 embarques e desembarques até julho, e São José do Rio Preto que registrou 187.605 passageiros no acumulado de 2007.

Segundo o encarregado administrativo do aeroporto João Carlos Gomes, 54 anos, o aumento no movimento diário do aeroporto trouxe resultados positivos para todos os setores: "A situação melhorou muito para os taxistas, empresas locadoras de veículos e até para o proprietário do restaurante que funciona no local. Ele trabalhava apenas com o pessoal da família, mas agora, com o aumento do movimento, teve de contratar empregados para atender a demanda", afirmou.

Na opinião de Gomes, o aeroporto de Presidente Prudente possui qualidades superiores a muitos outros do País. "Temos uma pista de 2.100 metros, 200 a mais que o aeroporto de Congonhas em São Paulo, uma ampla área de escape e em caso de chuva, apresenta uma drenagem perfeita, sem oferecer qualquer risco de pouso ou decolagem", explica.

"Nosso balizamento está classificado como um dos melhores do País, tanto que as instalações são utilizadas para treinamento de pilotos para aviões de médio porte e serve como base regional para aeronaves militares. Temos sete angares de grande porte e mais um aeroclube com uma excelente escola de pilotagem" explica o encarregado.

De acordo com o diretor regional da Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Fernando Rodrigues Carballal, os dados mostram a demanda reprimida que existia na região. Segundo ele, a falta de concorrência, com a atuação de apenas uma empresa em Prudente, tornava as passagens muito caras.

"O principal é a concorrência, que regula os preços. Se a Gol vier mesmo para Prudente, o que está previsto ainda para este mês, vai faltar aeroporto", considera. As negociações entre o Daesp e a Gol para que a empresa passe a operar em Prudente estão adiantadas.

Para Carballal, é preciso que o Daesp melhore de alguma forma os serviços realizados. "A sala de embarque hoje se tornou pequena. É preciso que ela seja ampliada com urgência para adequar o atendimento aos passageiros". Já estão previstas as reformas e ampliações das estruturas físicas como ampliação do setor de embarque e desembarque, sanitários, restaurante e a modificação para a posição de check-in.

O Daesp está vinculado à Secretaria de Transportes do Governo do Estado de São Paulo e mediante o convênio com o comando da Aeronáutica, através da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), tem a responsabilidade de administrar, manter e explorar 31 aeroportos públicos no Estado. Aeroportos como de Congonhas, Cumbica, Viracopos, Campo de Marte e São José dos Campos são administrados pela Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária).

Fonte: Terra

Presidente e fundador da BRA anuncia renúncia

O presidente da companhia aérea BRA, Humberto Folegatti, anunciou nesta quinta-feira sua renúncia ao cargo. O executivo não esclareceu os motivos de sua saída, que embora anunciada somente ontem, aconteceu no dia 22 de outubro.

Folegatti continuará na empresa, como presidente do conselho de administração, órgão que agora procura um novo presidente para a companhia aérea.

O executivo fundou a companhia aérea em 1999, ao lado do irmão, Walter Folegatti. Entre os sócios atuais da BRA estão os fundos de investimentos Investments 2234 Overseas Fund VI BV, uma subsidiária do Bank of America Corp.; Darby BBVA Overseas Investments, Development Capital; Gávea Investment Fund; o banco Goldman Sachs & Co.; HBK Investments, e a Millennium Investments.

Fonte: Invertia

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Três helicópteros caem em SP em duas horas; três morrem e seis ficam feridos

Helicóptero com 4 ocupantes cai em Carapicuíba (Grande SP); dois morreram
Foto: Almeida Rocha/Folha Imagem

Três helicópteros caíram em diferentes pontos de São Paulo em um intervalo de duas horas, na tarde desta quinta-feira. No total, três pessoas morreram e outras seis ficaram feridas.

Os acidentes aconteceram em Carapicuíba e Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo; e em Ribeirão Preto (314 km a norte de São Paulo). Não existe aparente relação entre os acidentes. Fortes ventos foram registrados em regiões de São Paulo, mas não há confirmação de que tenham contribuído para as quedas. As causas serão investigadas.

O primeiro acidente ocorreu por volta das 13h50. O helicóptero - Robinson 44, prefixo PT-YMF - caiu em uma área desabitada do Parque Jandaia, próximo ao Rodoanel, em Carapicuíba. A aeronave caiu logo depois de decolar da Helipark - empresa que, em seu site, se se define como "o maior centro de serviços especializados para helicópteros da América Latina".

Regina Maia Ticoulat Velloso, 78, e João Dante Velloso Viggiani, 16, morreram no local. Ignácio Bueno de Moraes Neto, 62, chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Uma quarta vítima -Regina Maria Velloso de Moraes - permanece internada em estado grave na UTI do hospital.

Inspeção

Pouco depois, por volta das 14h10, um Robinson 22 prefixo PT-YOU caiu no bairro de Taiçupeba, em Mogi das Cruzes (região metropolitana).

De acordo com a FAB (Força Aérea Brasileira), a aeronave saiu do aeroporto de Cumbica (Guarulhos) levando o major-aviador Marco Antonio Molinari e o piloto civil Pedro Ivo Baldo, que ficaram feridos. Ainda não se sabe quem pilotava o helicóptero.

A FAB informou que o major Molinari é inspetor de aviação civil. Baldo realizava um vôo de inspeção, uma espécie de reciclagem para revalidar a habilitação para pilotar aeronaves. Ambos foram socorridos pelo helicóptero Águia da Polícia Militar e medicados no Hasp (Hospital de Aeronáutica de São Paulo), localizado na zona norte de São Paulo.

Ribeirão Preto

Em Ribeirão Preto (314 km a norte de São Paulo), outro helicóptero caiu por volta das 16h, às margens da rodovia SP-322.

Segundo a Polícia Militar, três pessoas ficaram feridas. A aeronave havia saído de um heliponto ao lado do Novo Shopping, voou por poucos minutos e caiu, no bairro Manoel Pena. O helicóptero pegou fogo após a queda.

O helicóptero pertence à empresa ABC Helicópteros, que informou que a causa do acidente será investigada.

Fonte: Folha Online

Zuanazzi diz haver "agenda oculta" que não quer pobre em avião

As autoridades brasileiras deveriam admitir a existência de uma agenda oculta que não quer pobres viajando de avião. Essa foi a mensagem deixada hoje pelo presidente demissionário da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, em entrevista na qual se despediu do cargo e procurou esclarecer e defender suas ações à frente do órgão durante o apagão aéreo.

Ele não citou nomes, mas claramente se referiu ao ministro da Defesa, Nelson Jobim. Não vou falar em nomes, mas quem diz que aeroportos se transformaram em rodoviárias (...) precisa ser honesto e assumir que não gosta nem quer pobres em aeroportos e aviões, fulminou o diretor, citando frase dita pelo ministro.

Segundo Zuanazzi, há uma agenda oculta para o setor aéreo, na qual se propõem medidas que levem a aumento no preço das passagens e, consequentemente, à limitação do acesso às classes mais pobres. Abertamente, o presidente critica as propostas de Jobim de reduzir a oferta em alguns aeroportos e restringir as horas de vôos das aeronaves que, segundo ele, devem levar a aumento nos preços e diminuir a chance de pobres e de a classe média viajarem.

Ainda sem se referir diretamente a Jobim, Zuanazzi comparou as mudanças na diretoria da Anac com um time de futebol que, atuando mal, troca seu treinador. Às vezes o problema é esse, mas na maioria dos casos, o motivo (do mau desempenho) é outro. Mas, segundo ele, isso é praxe na política brasileira, que agora vê um movimento sendo criado e que leva à saída da diretoria de uma agência de Estado.

Fonte: José Sergio Osse - Valor Online

Aeronáutica encerra inscrições para 110 vagas

Vagas são para médicos, dentistas e farmacêuticos.

Aprovados farão parte dos quadros do Corpo de Oficiais da Ativa da Aeronáutica.

A Aeronáutica encerra nesta quinta-feira (1) as inscrições para o exame de admissão aos cursos de adaptação de médicos, dentistas e farmacêuticos da Aeronáutica (Camar, Cadar e Cafar). Os aprovados farão parte dos quadros do Corpo de Oficiais da Ativa da Aeronáutica.

Clique aqui para ver o edital

São 110 vagas para as seguintes especialidades: anestesiologia (7 vagas), anatomia patológica (2), cancerologia (2), cardiologia (8), cirurgia geral (5), cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial (2), clínica médica (22), clínica odontológica (3), dermatologia (1), endocrinologia (2), farmácia bioquímica (3), farmácia hospitalar (2), ginecologia e obstetrícia (3), infectologia (3), medicina intensiva (6), mastologia (1), nefrologia (1), neurologia (1), odontologia para pacientes com necessidades especiais (1), oftalmologia (1), otorrinolaringologia (5), ortodontia (1), ortopedia (4), pediatria (3), periodontia (1), pneumologia (1), prótese dental (3), psiquiatria (8), radiologia (3) e urologia (5).

O valor da taxa de inscrição é de R$ 85 e os interessados podem inscrever-se por meio do site www.fab.mil.br (link "Concursos/Em andamento").

Os interessados também poderão obter informações sobre o exame com os Serviços Regionais de Ensino (Serens) e com o Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), por intermédio dos seguintes telefones:

Serens 1 – Belém - PA: (91) 3231-2989 e FAX: 3238-3500

Serens 2 – Recife - PE: (81) 2129-7092 e FAX: 2129-7222

Serens 3 – Rio de Janeiro - RJ: (21) 2101-4933, 2101-6015, 2101-6026 FAX: 2101-4949

Serens 4 – São Paulo - SP: (11) 3346-6109 e FAX: 3208-9267

Serens 5 – Canoas - RS: (51) 3462-1204 e FAX: 3462-1132

Serens 6 – Brasília - DF: (61) 3364-8205 e FAX: 3365-1393

Serens 7 – Manaus - AM: (92) 2129-1736 e FAX: 2129-1735

CIAAR. Belo Horizonte - MG: (31) 4009-5066, 4009-5098, 4009-5068 e FAX: 3491-2264

Fonte: G1

Avião gigante pode virar jato particular de magnatas

O A380 personalizado poderia custar até US$ 470 milhões

O novo Airbus A 380, o maior avião comercial do mundo, acabou de completar sua primeira viagem e já há planos para transformá-lo em um jato privado de luxo. Duas companhias européias, a alemã Lufthansa Technik e a suíça Jet Aviation, anunciaram a intenção de converter a enorme aeronave em uma mansão voadora, com quartos, cinema e academia, com sauna e banheira de hidromassagem.

Na Europa, a mídia afirma que a Lufthansa Technik, uma subsidiária da companhia aérea Lufthansa, já recebeu uma encomenda para um jato de luxo particular, do magnata russo Roman Abramovich, dono do time inglês Chelsea, entre outros investimentos. No entanto, tanto a empresa quanto o empresário negaram.

"Definitivamente há um mercado para uma versão executiva do Airbus 380", diz Bernd Habbel, diretor de comunicação da Lufthansa Technik. A compra de jatos particulares alcançou nível recorde e cerca de 1 mil aeronaves já foram entregues em 2007. Analistas dizem que as vendas podem chegar a US$ 200 bilhões na próxima década.

Contudo, a maioria destes aviões são relativamente pequenos, como os modelos Learjet, Cessna Citation ou Gulfstream e custam entre US$ 2 milhões e US$ 5 milhões. Os maiores aviões modificados para tornarem-se um jato particular, atualmente, são os modelos A320 ou Boeing 737, vendidos por cerca de US$ 70 milhões.

A Lufthansa Technik não fala em preço, mas a Airbus já comentou que um A380 custa US$ 320 milhões. Especialistas dizem que a personalização interior pode custar entre US$ 50 milhões e US$ 150 milhões.

Fonte e Foto: AP