segunda-feira, 29 de março de 2010

ANA diz que apenas cobra à euroAtlantic sobretaxas que existem em lei desde 1999

A Ana – Aeroportos de Portugal, empresa que gere os aeroportos portugueses, nega que tenha aumentado as taxas de parqueamento de aeronaves a meio de um exercício anual , como alegaram os pilotos da companhia aérea euroAtlantic Airways (EAA).

Recorde-se que os pilotos da EAA acusaram a ANA de pretender acabar com a empresa por manter a aplicação de sobretaxas absurdas e por exigir o pagamento de 2,4 milhões de euros, valor resultante do parqueamento das aeronaves.

Em comunicado, a ANA esclarece que contrariamente ao que alega a euroAtlantic não houve qualquer aumento de taxas a meio de um exercício anual. O que se passou foi que a sobretaxa em vigor há vários anos (ao abrigo do Decreto Regulamentar nº12/99, a que sucedeu posteriormente o Decreto Regulamentar nº 24/09, de 4.9; e da Portaria nº 1312/08, de 12.11) passou a ser devida com mais frequência para os utilizadores que não cumpram os limites de estacionamento impostos.

Ou seja, a ANA diz que só está a cobrar o que está na lei e que apenas não tinha cobrado até ao verão passado porque até então o estacionamento prolongado não causava prejuízo às restantes operações.

Quando começou a afectar o tráfego no aeroporto, a ANA passou a cobrar pelo estacionamento prolongado.

A empresa acrescenta no comunicado que, quando uma aeronave estacionada ultrapassa o período estabelecido (actualmente 18 horas), o aeroporto indaga quanto tempo adicional se pretende de estacionamento. Se essa necessidade for acomodável sem prejuízo para as restantes operações, é autorizado o período adicional.

Por outro lado, acrescenta, as sobretaxas são aplicadas a qualquer aeronave nas mesmas circunstâncias seja qual for o transportador ou operador não sendo portanto um exclusivo da euroAtlantic Airways.

Fonte: Opção Turismo (Portugal)

Pilotos da euroAtlantic acusam ANA de querer acabar com empresa

Os pilotos da euroAtlantic acusam a ANA de pretender acabar com a empresa por manter a aplicação de sobretaxas absurdas e por exigir o pagamento de 2,4 milhões de euros, valor resultante do parqueamento das aeronaves.

- A nossa dívida é de 2,4 milhões de euros, só de sobretaxas. Quando acabarmos a nossa conversa, o valor poderá ser muito maior, afirmou o representante dos pilotos da euroAtlantic Airways, Mário Alvim de Faria, referindo-se às sobretaxas em vigor no Aeroporto da Portela, em Lisboa, aplicáveis aos aviões que estão parqueados.

Recorde-se que no Verão passado a ANA, a entidade responsável pela gestão dos aeroportos portugueses, notificou as transportadoras aéreas que às taxas de estacionamento, 169,36 euros no caso dos aviões mais leves e 1.086,24 euros nos mais pesados, seriam adicionadas sobretaxas de 43,92 euros, aplicáveis a partir da 18.ª hora e renováveis a cada quinze minutos.

- Ao aplicar estas sobretaxas, a ANA está querer a matar a empresa. Estamos a gastar dinheiro a fazer viagens com aviões vazios para estacionarmos no Aeroporto de Faro, que aplica as taxas normais, ou em França, que nem sequer aplica quaisquer taxas. É a única solução pois, com a crise, chegamos a estar parados mais de seis dias , salientou o comandante Mário Faria. A companhia detém actualmente cerca de 60 pilotos e oito aviões, o último dos quais, um Boeing 777, começou a operar em Janeiro passado.

Fonte: Opção Turismo (Portugal)

Problemas de gestão da Varig surpreenderam Gol

Três anos após a aquisição da companhia aérea, Constantino Júnior, presidente da Gol, revela as dificuldades enfrentadas após a compra

Há três anos, em uma operação de US$ 320 milhões, a Gol adquiriu a Varig - ou o que havia restado dela. Na época, a Gol estava interessada na marca Varig, em sua operação internacional, no programa de fidelidade Smiles e nos slots de Congonhas - horários de pouso e decolagem no aeroporto mais rentável do País. Mas quase nada saiu como o esperado.

A marca Varig praticamente desapareceu. Hoje, a bandeira só está presente em voos para três destinos: Aruba, Bogotá e Caracas. As operações de longo curso, como viagens para a Europa, não estão mais nos planos da companhia e o número de slots disponíveis, apesar de relevante, foi reduzido após o acidente da TAM em Congonhas e as restrições impostas ao aeroporto.

Em entrevista ao Estado, Constantino Júnior, presidente da Gol, fez um balanço desses três anos: contou que não esperava a desordem nos processos que encontrou na Varig e falou sobre o futuro da ex-gigante do setor aéreo: "Não vemos uma oportunidade no mercado doméstico para explorar esta marca."

O que deu certo e o que deu errado na aquisição?

É difícil colocar assim. A gente enxergava alguns ativos importantes: espaço nos principais aeroportos brasileiros; direito de explorar algumas rotas internacionais; o Smiles, o maior programa de relacionamento da América Latina. Mas a empresa vinha passando por um processo de deterioração da qualidade operacional. Foi surpreendente para mim encontrar uma empresa de aviação naquele estágio.

Quais foram essas surpresas?

Eles não estavam negligenciando as questões de segurança. Era algo mais voltado às questões de controles. Às vezes tinha surpresa de uma turbina que estava num fornecedor que nós não sabíamos. Os processos da empresa praticamente não existiam. De repente, aparecia uma nota fiscal em uma gaveta, uma coisa que na Gol está muito distante da realidade. Não tinha protocolo (de contrato com fornecedores), não tinha uma centralização. Isso foi surpresa, mas faz parte do negócio. Se estivesse tudo certo, talvez não houvesse um vendedor.

Na época da compra, a expectativa era que a Gol, junto com a Varig, ganhasse participação de mercado e ultrapassasse a TAM. Por que isso não aconteceu?

A aquisição da Varig não estava voltada à conquista da liderança em participação de mercado. Estava muito mais voltada a um fortalecimento da posição da empresa nos principais mercados, leia-se Sul e Sudeste, que é o principal pólo gerador de tráfego no Brasil. E isso a Varig nos trouxe.

Um dos principais problemas logo após a aquisição foi com os voos internacionais. Qual foi o erro da Gol?

Partimos para os voos de longo curso (para a Europa e o México), mas não tivemos êxito. Nós talvez tenhamos cometido um erro estratégico: oferecer um produto sem um diferencial, fosse ele a redução de custo ou melhoria substancial na qualidade do serviço. Entramos nos voos internacionais com aviões que não eram os mais modernos, isso implicou um maior consumo de combustível. Outro ponto: a Varig não tinha acordo de code share (cooperação para o transporte de passageiros) com nenhuma companhia aérea. Tínhamos um prazo para colocar esses voos em operação e conseguimos. Mas o fato é que nosso produto não gerava atratividade.

E agora, qual será o destino da marca Varig?

Apesar de estar sendo usada pontualmente, a marca Varig ainda é reconhecida pelo serviço. Assim, ela vai continuar a atender destinos onde o atributo das duas classes dentro do avião (a econômica e a mais sofisticada) é valorizado. Mas nós não percebemos, hoje, uma oportunidade no mercado doméstico para explorar essa marca. Entendemos que o modelo da Gol, para voos curtos, é o mais adequado: é mais espartano em relação ao serviço de bordo, mais voltado à eficiência e tem custo menores com tarifas menores.

A empresa pretende reativar os voos para a Europa e México?

Não. Queremos apenas expandir para o Caribe e fazer voos charter. A partir de junho, todos os 14 aviões que adquirimos na época da compra da Varig estarão voando (até agora, alguns deles ainda estavam sem operar). As aeronaves estão sendo reconfiguradas para uma classe única, com 260 assentos.

O senhor enxerga outros problemas da aquisição?

Passamos por situações que foram ocasionadas por questões exógenas. Um dos principais ativos eram os slots em Congonhas, que tiveram um valor operacional importante nessa transação. Dois meses após a aquisição da Varig, houve o acidente em Congonhas e as restrições ao aeroporto foram impostas. Ao mesmo tempo, a Varig tinha poucos aviões e muitos slots em Congonhas. E a Gol tinha, proporcionalmente, muito mais aviões que slots. Mas, sem a autorização do Cade, não conseguíamos realmente extrair a sinergia da equação.

A compra da Varig saiu cara?

Não é questão de pagar barato ou caro. A Varig não vinha bem, mas ela fazia sentido para uma empresa como a Gol, que tinha como extrair um benefício. Diria que foi negociado, que foi um preço justo. Pagamos US$ 98 milhões em dinheiro, o restante em ações. Apenas um acordo de emissão de cartões de crédito entre Gol, Smiles, Banco do Brasil e Bradesco permitiu a empresa capitalizar recursos de R$ 250 milhões. Na época, a Varig vinha dando muito prejuízo, exigia aporte de capital. Porém, se você observar, depois desse outubro, os resultados passaram a ser positivos.

Há novos planos de parcerias no exterior?

Temos parcerias com empresas como Air France/ KLM, American e Aeroméxico, integrando os programas de milhagem. Tenho acordo de confidencialidade, mas estamos conversando na Europa, nos Estados Unidos e na África.

A Gol ainda tem de lidar com heranças da Varig?

Esqueletos a gente não tem nenhum. A preocupação foi executar o plano de recuperação judicial, o que já fizemos. Cumprimos todos os pontos previstos naquele contrato. Não temos preocupação. Dizer isso talvez seja um exagero, mas estamos muito tranquilos.

Quais são os planos para o caixa da Gol, atualmente acumulado em mais de R$ 1,5 bilhão?

Isso atende ao objetivo de manter o nível de caixa equivalente a 20% das receitas dos últimos 12 meses. Estamos elevando o patamar para algo em torno de 25%. A indústria é muito volátil, passa por ciclos e é demandante de caixa. Isso nos dá conforto para buscar melhor negociação com os fornecedores, baixar o custo de dívida da empresa. Um caixa forte faz parte da estratégia financeira conservadora.

Quais serão os vetores de crescimento da Gol daqui para frente?

Estamos estudando a nova classe média. Identificamos que, em um raio de 100 quilômetros dos aeroportos em que a Gol opera, existe uma população de 11 milhões de pessoas que poderia considerar a possibilidade de voar de avião. Hoje, temos entre 15 e 16 milhões de pessoas viajando de avião no Brasil. Falamos de um potencial enorme. Estamos tentando entender qual é a necessidade de cada uma dessas comunidades. Algumas iniciativas já estão sendo tomadas, como a flexibilização do Voe Fácil, nosso programa de parcelamento de passagens que tem 2 milhões de clientes. Também queremos ter ações específicas para três grupos: os migrantes, os universitários e os usuários de internet.

Mas, para trazer a nova classe média para o setor, não é preciso melhorar a infraestrutura aeroportuária?

No passado, nenhum especialista no setor projetava um crescimento de 3,5 vezes o PIB, o que se ouvia era que a demanda era inelástica. Houve uma grande mudança de cenário. É evidente a necessidade de investimentos em infraestrutura e isso afeta diretamente o nosso negócio. Hoje, o que estamos fazendo é desviar as conexões de São Paulo para os aeroportos de Confins, Brasília e Galeão. Em número de voos, todo o nosso crescimento já se dá fora de São Paulo. Outra medida que estamos tomando é trocar nossa frota por aviões 25% maiores, para levar mais passageiros.

Fonte: Débora Thomé (O Estado de S.Paulo)

Tripulantes da British Airways realizam terceiro dia de greve

Os tripulantes de cabine da British Airways realizam nesta segunda-feira o terceiro de seus quatro dias de greve em meio a uma nova guerra de declarações entre o sindicato e a companhia aérea britânica, enquanto a oposição parece ter encontrado um novo filão eleitoral.

"O serviço da British Airways está sendo severamente prejudicado pela greve", declarou um líder do sindicato Unite, que convocou essa greve de sete dias dividida em duas etapas, a primeira das quais foi concluída há uma semana, causando transtornos nos planos de voo de milhares de passageiros.

Segundo o sindicato, que representa 12.000 tripulantes de cabine da companhia, apenas 42% dos voos previstos pela empresa partiam de Heathrow, o maior aeroporto do país, nesta segunda-feira, na maioria aviões alugados de outras companhias aéreas.

Um porta-voz da companhia, no entanto, declarou que em torno de 70% dos voos de longa distância e 55% dos voos de curta distância estavam partindo.

O principal sindicato britânico convocou esta greve para protestar contra cortes no quadro de funcionários e outras medidas de austeridade que a direção impôs para reduzir as perdas provocadas pela crise econômica, e não descartou novas greves caso a disputa entre as partes não seja resolvida.

Fonte: France Presse via G1

domingo, 28 de março de 2010

F-35 faz seu primeiro pouso vertical

A nova geração de caças F-35 desce verticalmente de 45 metros de altura

O lendário caça Harrier já vê seu substituto: o jato F-35 Lighting realizou, em março, seu primeiro pouso vertical, segundo o site da Revista Popular Science. Com 13 minutos de vôo, o piloto Graham Tomlinsom posicionou o avião a 45 metros do chão, pairando no ar por um minuto, e então desceu.

O teste aconteceu na pista do Patuxent River Naval Air Station, nos Estados Unidos, e foi iniciado com uma decolagem curta de 93 km/h. Tomlinson afirmou que o pouso vertical com o F-35 foi mais fácil do que com os aviões mais antigos, como o Harrier.

O sucesso do pouso deixa a implantação da nova geração de jatos mais próxima. Os primeiros treinamentos de pilotos para o F-35 estão prometidos para o segundo semestre deste ano. Veja o vídeo do teste de pouso abaixo:




Fonte: Revista Galileu - Foto: NASA

Sorocaba (SP) repara aviões estrangeiros

No Aeroporto de Sorocaba, as empresas Dassault Falcon Jet e Jet Aviation Brazil já realizam serviços de manutenção para aeronaves estrangeiras.

A empresa Dassault Falcon Jet instalou no aeroporto a Dassault Aircraft Services. Recentemente, a empresa recebeu um certificado da FAA (Federal Aviation Administration) americana, que permite a manutenção e reparos de aviões com matrícula dos EUA na instalação do aeroporto, ou seja, em qualquer momento que for preciso, um avião norte-americano agora tem autorização para ser atendido nas instalações de Sorocaba.

Já a empresa Jet Aviation Brazil, de origem Suiça, está aguardando uma licença da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) para o segundo trimestre de 2010, que permitirá acrescentar aos serviços já prestados na instalação do aeroporto de Sorocaba, a manutenção de jatos Gulfstream, considerados como integrantes do grupo que reúne os mais avançados jatos executivos do mundo. Ainda estão nos planos da mencionada empresa que mais serviços sejam agregados no futuro, incluindo outros tipos de aeronaves e manutenção em níveis mais complexos.

Fonte: VIVAcidade - Foto: sorocaba.sp.gov.br

Busca por caixa preta do AF447 recomeça com navios e robôs

A terceira operação de busca das caixas pretas do Airbus A330 inclui alta tecnologia na área de buscas submarinas

A equipe a bordo do navio Anne Candies e do Seabed Worker é composta por 100 pessoas

Serão usados dois navios com dois sonares e três robôs submarinos com capacidade de descer a até 6 mil m de profundidade

Passados dez meses desde que o Airbus A330 que fazia o voo 447 caiu no Oceano Atlântico matando 228 pessoas, as autoridades aeroportuárias francesas ainda buscam entender as causas do acidente. A terceira operação para se encontrar as caixas pretas da aeronave no fundo do mar, a 730 milhas náuticas de Recife, começa neste domingo, e inclui alta tecnologia na área de buscas submarinas, como dois navios equipados com dois sonares e três robôs submarinos com capacidade de descer a até 6 mil metros de profundidade.

O diretor do Escritório de Investigações e Análises para a Segurança da Aviação Civil (BEA, na sigla em francês), Jean-Paul Troadec, foi quem explicou como será a empreitada. Segundo ele, os trabalhos se concentrarão em uma área de 2 mil quilômetros quadrados, dez vezes menor do que a abrangida anteriormente. A missão tem 32 dias de prazo e vai custar 19 milhões de euros.

A equipe a bordo do navio Anne Candies (com bandeira dos EUA) e do Seabed Worker (norueguês) é composta por cem pessoas, entre marinheiros, representantes da Airbus, da Air France, da polícia francesa, das marinhas francesa, americana e brasileira, coordenados pelo BEA. Além deles, participam especialistas em diferentes áreas, como geologia e biologia marinha, meteorologia e oceanografia.

Esse time de técnicos, explicou Troadec, foi importante inclusive para definir em qual área estariam os destroços do voo 447. Foram feitos cálculos a partir do possível ponto onde o avião caiu, quais correntezas e acontecimentos metereológicos influenciariam esses objetos. Ao fim das análises, se definiu a região a ser investigada.

Roteiro

Após sair de Recife, os navios vão levar dois dias para chegar ao ponto definido para as buscas. Os trabalhos começarão com a utilização dos sonares, que são capazes de informar os volumes que estão no fundo do mar. A informação do sonar não diferencia uma caixa preta de uma rocha. Então os técnicos do BEA utilizarão os robôs, equipados com câmeras e iluminação, para tirar a dúvida e, no caso de haver destroço do Airbus, içar o material.

As caixas pretas são essenciais para o esclarecimento das causas, reforçou o diretor do BEA. Ele disse que na hipótese delas não serem recuperadas, o acidente não poderá ser esclarecido.

Embora as buscas tenham como foco as caixas pretas e destroços que possam auxiliar no esclarecimento das causas da tragédia, o BEA se preparou para a possibilidade de encontrarem os restos mortais de algum dos passageiros e tripulantes. Troadec disse que as embarcações possuem câmeras frigoríficas adequadas para uma ocorrência deste tipo.

Expectativa

O administrador Maarten Van Sluys, representante da Associação dos Familiares das Vítimas do Voo 447, estava presente na apresentação do plano de buscas. Ele disse que se emociona toda vez em que os trabalhos de buscas são realizados ou quando recebe novas informações sobre o acidente que matou sua irmã, a assessora de imprensa da Petrobras Adriana Van Sluys.

Maarten disse que encontrar as causas do acidente ocorrido em 31 de maio de 2009 é ponto fundamental para os familiares. "Principalmente, saber se houve ou não sofrimento entre as vítimas", acrescentou.

A descoberta das causas também poderá servir para os familiares ingressarem com novos processos indenizatórios. "Embora na hipótese de não se chegar a uma causa não implicará em uma não ação judicial", afirmou. De acordo com Maarten, dos 48 familiares que participam da associação que dirige, 40 entraram com ações na corte norte-americana. Outros 16 processos são movidos nos fóruns brasileiros. Maarten disse que a justiça norte-americana é mais rápida e determina valores maiores. "No Brasil, familiares das vítimas do acidente com Fokker 100, que ocorreu em 1996, ainda estão tendo seus pleitos contestados nos tribunais".

Fonte e fotos: Celso Calheiros/Especial para Terra

Câmara rejeita lei que previa fone em avião

A Câmara dos Deputados rejeitou uma proposta de lei que tornaria obrigatória a instalação de telefones nos aviões para uso dos passageiros durante as escalas em terra.

Segundo a proposta original do deputado Davi Alves Silva Júnior (PR-MA), os telefones deveriam ser instalados nas aeronaves próximos aos bancos dos passageiros, para uso exclusivamente durante escalas em terra, a fim de que os usuários possam falar com suas famílias e contatos profissionais em caso de atrasos.

A comissão de deputados que analisou o projeto, no entanto, entendeu que a ideia é desnecessária e só aumentaria os custos das empresas aéreas.

Se for para liberar o telefone durante as escalas, é melhor simplesmente permitir que os passageiros usem seus celulares nesses momentos, como já ocorre em muitos casos.

Fonte: Felipe Zmoginski (INFO Online)

Equipes buscam xeque dos Emirados Árabes Unidos desaparecido após cair do avião que pilotava

Forças marroquinas com apoio de equipes de resgate espanholas, franceses e dos Emirados Arábes continuam hoje a buscas do xeque Ahmed bin Zayed al-Nahyan (foto), irmão do presidente dos Emirados Árabes Unidos desaparecido na sexta-feira em um acidente de avião perto de Rabat, no Marrocos.

Na sexta-feira o pequeno avião ultraleve supostamente pilotado por Nahyan caiu em um pântano 20 quilômetros ao sudeste de Rabat. O instrutor de voo espanhol que acompanhava o xeque teve várias fraturas e está em recuperação no hospital.

As autoridades dos EAU dão como certa a morte do xeque, que preside o conselho da Fundação Zayed e dirige a Autoridade de Investimentos de Abu Dabi, o fundo soberano de investimento de maior capital do mundo.

A operação de busca se desenvolve em meio a fortes medidas de segurança junto à residência da família de Nahyan, às margens do pântano.

Agentes do Grupo Especial de Atividades Subaquáticas (GEAS) da Guarda Civil espanhola participam da operação, que é levada a cabo nas águas do pântano, de grande profundidade e cuja capacidade está praticamente no máximo depois das intensas chuvas no Marrocos nos últimos meses.

Em maio de 2008, o xeque Nasser bin Zayed, outro irmão do xeque Ahmed, perdeu a vida após cair do helicóptero em que viajava com outras pessoas nas águas do Golfo Pérsico.

Fonte: EFE via G1 - Foto: WAM

Colômbia usará helicóptero do Brasil em resgates

A senadora colombiana Piedad Córdoba, que lidera a missão para resgatar os militares cativos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), chegou este sábado a Villavicencio no helicóptero brasileiro que participará da operação de resgate no país. Participam da operação dois helicópteros com bandeira da Cruz Vermelha.

"Amanhã sairemos às sete horas da manhã, como havíamos planejado, para retornar antes do meio-dia e logo seguir para Florencia, onde iniciaremos a segunda fase, de resgate a Moncayo", disse Piedad.

Na primeira parte da ação, os helicópteros viajarão no domingo para um lugar determinado pela guerrilha das Farc, para resgatar o soldado Josué Calvo. Na terça-feira, será a vez de resgatar o sargento Pablo Emilio Moncayo, sequestrado em dezembro de 1997. O procedimento foi apresentado à imprensa pelo comissário de paz Frank Pearl.

Em coletiva de imprensa, ele informou que Calvo, de 23 anos, será levado para encontrar seus familiares em uma sala do aeroporto de Vanguardia, de Villavicencio. Em seguida, ele vai falar com os jornalistas, para depois ser levado ao Hospital Militar Central, de Bogotá. Pearl disse que Calvo está ferido em uma de suas pernas e deve passar por tratamento médico. Ele foi sequestrado pelas Farc em abril de 2009 na zona rural de Vistahermosa, município a 180 km ao sul da capital Bogotá.

A expectativa era que a primeira liberação acontecesse neste sábado, mas um anúncio ao final desta sexta-feira reportou que haveria um dia de atraso na operação. Em comunicado, as Farc informaram que o atraso ocorreria por conta de operações militares que estavam sendo realizadas na área de entrega, afirmação que foi desmentida pelo comandante das Forças Armadas, general Freddy Padilla.

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Fonte: AP/Agência Estado - Imagem: Correio Braziliense

sábado, 27 de março de 2010

Foto do Dia

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O Airbus A320-214, prefixo EC-HTD, da Clickair, é seguido por pássaros ao decolar do Aeroporto El Prat-Barcelona (BCN/LEBL), na Espanha, em 17 de novembro de 2007.

Foto: Sebastian Fernandez Bielkiewicz - Simplementevolar (Airliners.net)

Avião da Delta faz aterrissagem forçada no México. Sem feridos.

Uma aterrissagem forçada se realizou na manha deste sábado (27) no Aeroporto Internacional de Guadalajara, no México, despois que uma aeronave da Delta Airlines, modelo McDonnell Douglas MD-88, que havia decolado às 07:30 (hora local) para realizar o voo 338 com destino a Atlanta, Georgia, nos EUA, com 116 passageiros a bordo, notificou a torre de controle que o avião apresentava falhas.

De início, o avião tentou realizar a manobra de aterrissagem em Puerto Vallarta; entretanto, no aeroporto desse município não há se equipes necessárias para esse tipo de emergência. Por isso, regressaram ao Aeroporto de Guadalajara, onde finalmente aterrissou por volta das 10:30 horas (foto acima).

Foi informado que não houve feridos.

As falhas que levaram a realizar as manobras de emergência, se encontravam no trem de aterrissagem e em uma turbina. Em razão disso, a aeronave teve que sobrevoar a região durante vários minutos para queimar combustível e minimizar o risco de um incêndio no momento da aterrissagem.

Para o local se dirigiram elementos da Proteção Civil e Bombeiros, assim como ambulâncias da Cruz Vermelha e da Cruz Verde, a fim de dar apoio aos serviços de segurança do terminal aeroportuario e auxiliar na atenção médica às pessoas que sofreram crises nervosas.

Fonte: informador.com.mx - Foto: S. Nuñez

Norte-irlandês começa tentativa de dar volta ao mundo inédita em autogiro

Norman Surplus decolou na segunda-feira (22) com seu autogiro da cidade costeira de Larne, na Irlanda do Norte, para tentar dar a volta ao mundo. O norte-irlandês planeja viajar 43 mil quilômetros em um autogiro customizado, passando por 26 países, incluindo França, Itália, Grécia, Egito, Arábia Saudita, Paquistão, Mianmar, Taiwan, Japão, EUA e Canadá.

A Federação Mundial de Esportes Aéreos, baseada na Suíça, afirma que não há registro de ninguém que tenha feito uma viagem semelhante em autogiro, que é um veículo semelhante ao helicóptero, mas equipado com um rotor e uma hélice. Surplus aproveitará a viagem para alertar a população e arrecadar dinheiro para projetos ligados à prevenção de câncer no intestino, doença da qual ele próprio se recuperou.

Fonte: G1 (com agências internacionais) - Fotos: AFP

Brasileiro cai para a repescagem em sua estreia na Air Race, em Abu Dhabi

Adilson Kindlemann fica em 14º e terá mais uma chance de buscar vaga entre os 12 que disputarão a corrida deste sábado

Estreante na Air Race, o Circuito Mundial de corrida aérea, o brasileiro Adilson Kindlemann ficou em 14º entre os 15 pilotos que disputam a etapa de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. Neste sábado, ele vai disputar a repescagem, onde buscará uma vaga entre os 12 que se classificam para a corrida, na tarde de sábado.

Adilson perdeu 12 segundos em penalidades e cravou 1m38s91 em sua melhor volta.

- Meu principal objetivo nessa primeira etapa é mostrar aos diretores de prova que sou capaz de competir com segurança, e acredito que consegui mostrar isso na classificação de hoje. Estou entrando no circuito a 330km/h, mais de 30km/h abaixo dos líderes, propositadamente, justamente para deixar claro como não estou forçando demais, já que meu objetivo é aprender. Mesmo assim, deu para sentir que nosso avião tem um ótimo potencial para andarmos mais rápido nas próximas etapas - disse o piloto.

Fonte: Globoesporte.com - Foto: Divulgação

Cinegrafista que sofreu acidente de helicóptero em SP recebe alta

Alexandre Moura ficou internado no Hospital Albert Einstein por 44 dias.

Funcionário da TV Record sobreviveu ao acidente; piloto morreu.

O cinegrafista Alexandre Moura, de 36 anos, vítima de um acidente com um helicóptero da TV Record no dia 10 de fevereiro, em São Paulo, recebeu alta médica na tarde desta sexta-feira (26) após 44 dias de internação.

Moura teve hemorragia cerebral e fraturas em várias partes do corpo. No Hospital Israelita Albert Einstein, onde estava internado, o cinegrafista passou por uma operação de reconstrução da coluna lombar. Em um boletim médico anterior, o hospital havia informado que Moura “não possui nenhuma sequela neurológica e seu quadro de saúde é considerado bom”.

O cinegrafista sobrevoava a região do Morumbi com o piloto Rafael Delgado Sobrinho, de 45 anos, quando a aeronave sofreu uma pane e caiu no gramado do Jockey Club por volta das 10h20 do dia 10 de fevereiro. Delgado Sobrinho morreu na hora.

Fonte: G1 - Foto: Juliana Cardilli/G1

Nasa confirma nova missão da "Discovery" à ISS em abril

A Nasa (agência espacial americana) confirmou hoje o lançamento na próxima segunda-feira dia 5 de abril da nave "Discovery" na missão STS-131 à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

"Estamos prontos para voar", disse Bill Gerstenmaier, administrador adjunto para Operações Espaciais da Nasa durante uma entrevista coletiva no Centro Espacial Kennedy da Nasa na Flórida.

Gerstenmaier indicou que a decisão foi tomada após uma reunião dos técnicos e engenheiros da agência espacial que determinaram que "não há problemas que pudessem impedir a partida e o sucesso da STS-131".

"Todos os sistemas da nave, assim como a carga e a tripulação estão prontos", enfatizou Gerstenmaier.

A "Discovery" levará um módulo multifuncional com compartimentos especificamente projetados para os experimentos científicos que são realizados na estação espacial, assim como ao redor de 1,8 tonelada de equipamentos e provisões para os ocupantes da ISS.

A missão de 13 dias tem previstas três caminhadas espaciais durante as quais se substituirá um tanque de amoníaco no exterior da nave.

Também será recolhido um experimento japonês e se modificará a posição de um giroscópio instalado na viga central do complexo que viaja a quase 400 quilômetros da superfície terrestre.

A próxima das últimas três missões das naves que serão aposentadas no final deste ano ficará a cargo da "Atlantis". O lançamento está previsto para o dia 14 de maio.

Fonte: EFE via G1 - Foto: NASA

Descobertas cinco estrelas em rota de colisão com o Sistema Solar

Ao contrário do Cinturão de Kuiper, que é um anel no mesmo plano orbital dos planetas, a Nuvem de Oort parece ser uma esfera de rochas espaciais, prontas para virarem cometas, ao redor de todo o Sistema Solar - Imagem: NASA

Estrela a caminho

Tem uma estrela no nosso caminho. Ou melhor, cinco estrelas. Ou talvez sejamos nós a estarmos bem no caminho delas.

Um grupo de astrônomos russos e finlandeses usou dados do satélite Hipparcos, da Agência Espacial Europeia (ESA), juntamente com registros de diversos telescópios terrestres, para criar um modelo que mostra a trajetória de algumas estrelas vizinhas do Sistema Solar.

E algumas delas parecem decididas a estreitar os laços de vizinhança e nos cumprimentar bem de perto - elas deverão passar raspando pelo Sistema Solar.

Nuvem de Oort

Vadim Bobylev e seus colegas descobriram nada menos do que quatro estrelas até então desconhecidas que deverão passar a meros 9,5 anos-luz da Terra.

A essa distância, as quatro atingirão a chamada Nuvem de Oort, um verdadeiro campo de pedregulhos espaciais que os astrônomos acreditam ser a fonte de todos os cometas que atravessam o Sistema Solar.

Os efeitos gravitacionais desse encontro, e sua influência sobretudo sobre os planetas mais externos, ainda não foram modelados e não podem ser desprezados de antemão.

Estrela em rota de colisão com a Terra

Mas, segundo Bobylev, a maior ameaça virá mesmo é da estrela Gliese 710, uma anã laranja que, apesar de se encontrar hoje a 63 anos-luz da Terra, está chispando pelo espaço em nossa direção a uma velocidade de 14 quilômetros por segundo.

Segundo os astrônomos, seus cálculos indicam que há uma chance de 86% de que a Gliese 710 atravesse a Nuvem de Oort, arremessando milhões de cometas em direção ao Sol - logo, passando necessariamente pela órbita dos planetas, inclusive da Terra.

Estudos anteriores, contudo, revelam que uma saraivada de cometas gerada pela passagem de uma estrela pela Nuvem de Oort terá sobre a Terra o efeito mais de um chuvisco do que de uma tempestade - nosso planeta deverá ser atingido por não mais do que um cometa por ano.

Se serve de consolo, por outro lado basta lembrar que tudo indica que apenas um choque de um meteorito com tamanho suficiente foi capaz de dizimar a vida na Terra na época dos dinossauros.

Chuva de cometas

A Gliese 710 é uma anã laranja que está chispando pelo espaço em nossa direção a uma velocidade de 14 quilômetros por segundo - Imagem: NASA/Hubble

Há ainda, segundo os cálculos de Bobylev e seus colegas, uma chance em 10.000 de que a Gliese 710 aproxime-se a menos de 1.000 unidades astronômicas do Sistema Solar - uma unidade astronômica equivale à distância entre a Terra e o Sol.

Se isso de fato acontecer, ela atingirá não apenas a Nuvem de Oort, mas também o Cinturão de Kuiper - uma área repleta de pedregulhos espaciais congelados localizado além da órbita de Netuno - assim como outros grupos de objetos que giram em órbitas entre os dois.

Além de uma chuva de cometas eventualmente mais intensa, essa aproximação certamente afetará a órbita de Netuno, com efeitos sobre os demais planetas que ainda deverão ser objetos de novos estudos.

Pedras espaciais

A boa notícia é que, ao contrário das pedras que encontramos pelo caminho aqui na Terra, as pedras espaciais, ou pelo menos as estrelas, costumam ficar a grandes distâncias, e os tropeções demoram bastante para acontecer.

A mais perigosa das cinco ameaças, a Gliese 710, deverá chegar por aqui dentro de 1,5 milhão de anos.

Bibliografia:

Analysis of peculiarities of the stellar velocity field in the solar neighborhood
V. V. Bobylev, A. T. Bajkova, A. A. Myllari
Astronomy Letters
January, 2010
Vol.: 36, p. 27-43
DOI: 10.1134/S1063773710010044

Fonte: Site Inovação Tecnológica

Jipe-robô faz primeira foto de Marte que ele escolheu por conta própria

Upload de software ‘ensinou’ Opportunity a tomar decisões.

Sonda captou imagem ao completar 2.172 dias de missão.


Mais velho e mais sabido - A imagem acima resulta da primeira observação de um alvo selecionado de modo autônomo por uma sonda em Marte, informou a Nasa. Durante o dia marciano (chamado “Sol”) número 2.172 de sua missão no planeta vermelho, o jipe-robô Opportunity usou um software recentemente carregado que o tornou capaz de restringir uma área, a partir de uma visualização de ângulo largo, e apontar sua câmera panorâmica para observar o alvo selecionado através de 13 diferentes filtros. O novo software foi batizado de Autonomous Exploration for Gathering Increased Science (Aegis).

Fonte: G1 - Foto: Nasa / JPL-Caltech/Cornell University

Piloto aponta necessidade de reformas no aeroporto da Pampulha

Gaúcho chefia a base operacional de tripulantes da Trip na Pampulha conta que aeroporto tem diversas limitações e precisa passar por reformas para se adequar

“A aviação é profissão, não é emprego”. É assim que o comandante gaúcho Leci Oliveira Peres, de 63 anos, define sua paixão como piloto de aviação comercial. Depois de 40 anos como piloto da Força Aérea Brasileira (FAB), ele decidiu entrar para a aviação comercial. Há dois anos é piloto da Trip Linhas Aéreas, que faz voos regionais e interestaduais com operações nos aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins) e na Pampulha.

O estilo de vida do comandante ajudam a definir a vida de um piloto: ele é gaúcho, tem residência fixa no Rio de Janeiro (RJ) e um apartamento “dormitório” em Belo Horizonte, onde é chefe da base operacional dos tripulantes. Pela FAB já morou em vários lugares do Brasil (do sul ao nordeste) e do exterior. Dos aeroportos brasileiros, conhece praticamente todos, pois viaja cerca de 20 dias por mês.

Peres atuou durante 20 anos na Força Aérea em aviões de combate e 18 anos no sistema de controle de espaço. Pilotou desde aviões de transporte a presidenciais e de inspeção de voo (que faz o controle nos esquipamentos de auxílio à navegação aérea). Com tantos anos de experiência nos ares, o gaúcho revela que todo piloto é comandante de um avião. Ou seja, o copiloto, ou piloto auxiliar, é também um comandante. “Só que nas empresas aéreas ele tem uma função. É responsável por tudo que acontece no avião, como a tripulação, a condução de passageiros, as situações emergenciais, é a autoridade policial e quem faz registro de certidões de óbito ou nascimentos, se acontecerem”, diz. As divisas que levam no ombro, conhecidas como “berimbelas”, também se diferem: a do comandante tem quatro faixas e a do copiloto duas.

Atualmente pilota o ATR-42 (48 passageiros) e o AT-72 (até 68 passageiros) da Trip, que tem o seu centro de manutenção de aeronaves no aeroporto da Pampulha. Os voos com saídas da Pampulha têm como destino o interior de Minas Gerais, o aeroporto Santos Dumont (no Rio de Janeiro) e de Guarulhos (São Paulo). De Confins os voos vão para Uberaba, Uberlândia, Brasília e outras cidades, até Belém do Pará. A companhia conta ainda com um jato Embraer 175 que faz a rota de Santos Dumont a Confins.

Os investimentos e as características dos aeroportos, segundo o comandante, dependem das aeronaves que recebem. “Cada aeronave, em função das suas características de peso, exige um comprimento de pista. Todas as empresas aéreas só operam em pistas recomendadas pelos manuais das aeronaves”, explica. Quanto maior a altitude, diz, maior o comprimento de pista necessário para fazer a decolagem. “A umidade do ar e a temperatura também influenciam na densidade do ar”, ressalta.

Belo Horizonte se encontra a 2,6 mil pés (cerca de 800 metros de altitude), segundo o comandante. “Com essa altitude, o avião precisa de uma pista mais ampla. As estruturas dos aeroportos foram calculadas para isso.” Ao comparar o aeroporto de Confins com o da Pampulha, ele frisa que são distintos. “O de Confins é um dos melhores que temos em termos de planejamento”, afirma.

Já o da Pampulha, ressalta o comandante, tem comprimento de pista, mas é cercado por morros dos dois lados e uma represa em um dos lados, o que não permite aproximação de precisão por instrumentos de bordo e auxílios de navegação no solo. “O da Pampulha não aceita uma aproximação e pouso com sistemas de precisão como o de Confins, pois tem obstáculos nas proximidades”, observa. E a aproximação por instrumentos de precisão permite um pouso mais seguro para as aeronaves em condições meteorológicas adversas, com visibilidade reduzida e nuvens baixas.

O comandante considera que serão importantes novos investimentos tanto em Confins como na Pampulha. “Confins teve um aumento grande no número de passageiros nos últimos tempos”, diz. Já o da Pampulha, ele considera mais limitado, pois não tem muita capacidade de expansão. Ele considera que o aeroporto poderia se limitar aos voos regionais, porque o pátio de aeronaves já está saturado, o saguão e as salas de embarque não foram dimensionadas para grande volume de passageiros e o pátio de estacionamento das aeronaves tem limitações. “Não tem como expandir. O avião que for pousar lá e precisar de mais pista, vai precisar fazer um retorno (meia volta). Aí ocupa a pista por mais tempo. Nenhum avião pode aproximar ou decolar enquanto ele estiver na pista. Isso diminui o número de aeronaves para operar por hora”, diz.

Peres se formou em 1971 na Academia da Força Aérea. Fez o curso de três anos no Rio de Janeiro e finalizou em Pirassununga (interior de São Paulo). Ele explica que para ser piloto de aviação comercial é preciso primeiro tirar a carteira de piloto privado e, depois, de comercial. Para ser copiloto na Trip, é preciso ter experiência média de mil horas de voo e de 4 mil horas para o comandante, além de experiência. A paixão de gaúcho pelas viagens de voo já está em nova geração. O filho de 36 anos é comandante da TAM. E a filha, mesmo que indiretamente, também foi pelo mesmo ramo: formou em turismo.

Fonte: Geórgea Choucair (Estado de Minas) via Portal UAI - Foto: Juarez Rodrigues (EM/DA Press)

Obras no Aeroporto Salgado Filho

As obras de alargamento e ampliação da pista de pouso e decolagem do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, foram retomadas nesta semana. O projeto estava suspenso desde o início da alta temporada devido ao aumento de voos, especialmente durante as férias.

A equipe envolvida no serviço de alargamento e balizamento realizou a medição de atrito da pista de pouso e decolagem.

A obra vai alargar a pista dos atuais 42 para 45 metros e é pré-requisito para a ampliação total da pista do aeroporto, que passará de 2,2 mil para 3,2 mil metros.

Com a medida, o Salgado Filho poderá receber aeronaves de grande porte e ampliará a capacidade de transporte de cargas.

Fonte: Zero Hora - Foto: Divulgação/Infraero