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sexta-feira, 7 de julho de 2023

Já presenciou uma briga no avião? Barracos entre passageiros crescem 92% no Brasil; psicólogos explicam os motivos

Apenas nos três primeiros meses deste ano, 114 discussões dentro de aeronaves aconteceram no Brasil, mais de uma por dia.

Brigas dentro de aviões cresceram no Brasil e no mundo (Imagem: Andre Mello/Editoria de Arte)
Vídeos mostrando confusões dentro de aviões estão se tornando cada vez mais comuns nas redes sociais. E isso não ocorre só porque hoje todos podem puxar um celular e filmar a briga. Os desentendimentos dentro de aeronaves realmente estão crescendo. Um levantamento da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) aponta que nos três primeiros meses de 2023 foram registrados 114 casos de passageiros indisciplinados nos aviões. Ou seja, mais de um episódio por dia.

No ano passado os barracos dentro de aviões bateram um recorde: foram 585 casos, um aumento de 92,4% em comparação com os episódios ocorridos em 2019, quando a Abear registrou 304 conflitos entre passageiros. De 2019 a 2022, a média anual foi de 386,2 registros.

Cerca de um quarto das confusões dentro das aeronaves, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), incluem comportamento agressivo do passageiro, envolvendo agressão física e/ou ameaças. Foi o que aconteceu em uma briga que viralizou nas redes sociais no começo deste ano.

Um dos casos recentes mais notórios ocorreu quando duas famílias se desentenderam dentro de um voo da Gol que saía do Aeroporto Internacional de Salvador (SSA), na Bahia, com destino ao Aeroporto de Congonhas (CGH), em São Paulo. A confusão começou porque uma mulher pediu para que uma mãe e sua filha saíssem de seu assento reservado junto à janela. A troca de lugares aconteceu, mas os ânimos se exaltaram. Na briga, várias pessoas das duas famílias trocaram tapas, arranhões, puxões de cabelo e xingamentos.

Mas por que casos assim têm crescido recentemente?


Na avaliação de especialistas ouvidas pelo GLOBO, o aumento das confusões dentro das aeronaves é o resultado de vários fatores que culminam numa explosão de violência. Para a psicóloga Ana Streit, mestre em Psicologia e Saúde pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), as pessoas estão mais sobrecarregadas, o que eleva o nível de estresse e gera uma inabilidade de lidar com situações desconfortáveis:

— Por conta de uma inabilidade no momento de buscarem seus direitos ou expressarem suas necessidades, as pessoas acabam passando do ponto. Somando a falta de habilidade social e a sobrecarga de estresse, vemos essa reatividade exacerbada — aponta Streit.

O ambiente fechado e apertado de um avião pode influenciar, inconscientemente, de acordo com a psicóloga Luana Menezes, especialista em psiquiatria e psicanálise da infância e adolescência pela UFRJ:

— Simbolicamente o avião representa confinamento e falta de controle da situação, e isso gera nível alto de ansiedade e estresse para alguns. Aspectos esses vivenciados exatamente durante o período de isolamento na pandemia. Pode ser que inconscientemente estar num lugar assim reduza o nível de tolerância à frustração.

A pandemia de Covid-19 elevou os casos de ansiedade e depressão. Menezes acredita que o grande período de isolamento social, associado ao prejuízo da saúde mental, afetou as habilidades sociais.

— Na retomada da convivência, alguns ainda com feridas não tratadas podem não saber lidar com situações simples do cotidiano que lhes frustram, reagindo de maneira desproporcional, agredindo os outros — pontua a psicóloga.

Efeito pós-isolamento


Muitas brigas protagonizadas dentro dos aviões são entre pessoas que estão saindo ou voltando das férias, momento que deveria ser de relaxamento e descontração. Mas o isolamento social do período pandêmico fez com que muitas pessoas adiassem as férias marcadas para 2020 e 2021. Somando o contexto de sobrecarga de trabalho e a ansiedade pelo descanso merecido, temos uma expectativa irreal de que tudo saia exatamente perfeito, como o planejado. E aí, diante de qualquer “ameaça”, a reação pode ser descontrolada.

— Viagens custam dinheiro, ocorrem depois de muito tempo de trabalho. Então, as pessoas que estão sobrecarregadas colocam sobre si mesmas uma pressão muito grande de que precisam aproveitar ao máximo aquele momento. Um esbarrão que o passageiro de trás dá na sua poltrona ou o choro de uma criança podem acabar virando um motivo para briga. Mas é preciso lembrar que a vida não é perfeita e que imprevistos podem acontecer — destaca Streit.

Segundo as especialistas, a melhor maneira de resolver esses problemas é investindo em autoconhecimento e inteligência emocional para conseguir manejar nossa reação diante de situações desconfortáveis e frustrantes.

Episódios de brigas dentro de aviões não são exclusivos do Brasil. Há vários vídeos circulando na internet de episódios em outros países. Um exemplo é o que mostra um grupo de homens alcoolizados agredindo funcionários da aviação civil do Chile em um voo da Latam, em fevereiro. A confusão começou quando um comissário pediu para que os homens embriagados deixassem o voo.

A expectativa da Abear era de que passada a pandemia de Covid-19 e as eleições presidenciais — fator que também gerou conflitos nos ares — os ânimos dos passageiros se acalmassem. Porém, segundo Ruy Amparo, diretor de segurança e operações de voo da associação, ainda se vê muitas confusões nas aeronaves.

“As máscaras não são mais obrigatórias. Teoricamente, os agentes externos indutores de tensões estão diminuídos. No entanto, o que estamos vendo ainda são muitos problemas a bordo”, comentou Amparo em uma live que participou sobre o assunto.

O uso obrigatório de máscaras durante os voos era um grande gerador de conflitos, já que alguns passageiros se recusavam a usar o item de proteção enquanto estavam nos aviões.

Discussões dentro de aeronaves não prejudicam apenas quem está envolvido na briga, mas também os demais passageiros do voo e a malha aérea. Desentendimentos costumam atrasar a decolagem e, quando ocorrem com a viagem em andamento, podem demandar um pouso de emergência no aeroporto mais próximo, interferindo no tráfego aéreo.

O que fazer para evitar brigas


Pode parecer clichê, mas a primeira dica das especialistas para evitar um barraco a bordo é respirar fundo. Técnicas de respiração são capazes de reduzir a ansiedade e restabelecer o equilíbrio.

— O primeiro passo é começar a respirar fundo de maneira pausada, puxando o ar pelo nariz e soltando devagar. Quando a pessoa fica nervosa uma das características é o coração acelerar e essa respiração consciente pode ajudar também a desacelerar os batimentos cardíacos — aconselha Menezes.

Quando a pessoa se acalma, consegue refletir melhor sobre as consequências de seus atos. Diante de um estresse no avião, é preciso se perguntar: vale a pena seguir com a discussão e causar um transtorno para mim e para os demais passageiros, que pode atrasar a decolagem?

Avalie o que, exatamente, está deixando você irritado. Se for algo relacionado à companhia aérea, converse com um comissário de bordo. Se for o comportamento de outro passageiro, tente relevar.

— Uma dica é distrair a mente para parar de pensar no motivo do estresse. Vale colocar uma música no fone de ouvido, ler o livro que está na bolsa, ou até mesmo levantar para ir ao banheiro — orienta Streit.

Via Evelin Azevedo (O Globo)

terça-feira, 4 de julho de 2023

O que acontece quando há uma emergência médica em um avião

Segundo médicos, situação inusitada não é rara, e toda ajuda da equipe de bordo e outros passageiros é bem-vinda.

Sij Hemal deu à luz um bebê em um avião em 2017. Hemal falou recentemente à
CNN Travel sobre como os médicos lidam com emergências médicas a bordo
Para o Dr. Sij Hemal, foi um voo que ele nunca esquecerá.

Era dezembro de 2017. Hemal, então com 27 anos, era um residente médico do segundo ano e estava voltando para casa nos Estados Unidos após viajar à Ìndia, onde estava comemorando o casamento de seu melhor amigo.

Primeiro, Hemal viajou de Nova Delhi à Paris. Em seguida, ele embarcou em um voo da Air France de Paris para a cidade de Nova York. Assim que chegou ao aeroporto JFK, foi escalado para voar para Cleveland.

A primeira etapa da viagem foi tranquila. No aeroporto Charles de Gaulle, Hemal se acomodou em seu assento no voo da Air France, olhando as opções de filmes a bordo.

A aeronave decolou e Hemal conectou seus fones de ouvido. Ele estava pensando em pedir uma taça de champanhe quando ouviu a voz da comissária de bordo soar no sistema de alto-falantes.

“Há um médico a bordo?”


Dr. Sij Hemal e Dr. Susan Shepherd são retratados aqui com passageiro e
bebê após um nascimento de avião
Hemal tirou os fones de ouvido e olhou em volta. Houve um murmúrio na cabine. Acontece que esta foi a segunda vez que o anúncio foi feito – a primeira, em francês, Hemal não percebeu.

Por coincidência, Hemal estava sentado ao lado de outra profissional médica, a Dra. Susan Shepherd, uma pediatra que voltava de uma passagem pelo grupo humanitário Médicos Sem Fronteiras.

Os dois médicos, que nunca haviam se encontrado antes daquele dia, concordaram que Hemal iria investigar e Shepherd ajudaria se necessário.

Hemal se apresentou à tripulação. Em seguida, ele foi conduzido pela cabine por um comissário de bordo para atender a passageira em perigo.

Ela era uma mulher de 40 e poucos anos, queixando-se de dores nas costas e no abdômen. Não ficou imediatamente claro qual era o problema.

O primeiro pensamento de Hemal foi pedras nos rins ou apendicite. Ele decidiu pedir a Shepherd, sua colega de assento, uma avaliação.

Então, a passageira disse duas palavras que mudaram tudo: “Estou grávida.”

Foi quando Hemal percebeu: a passageira podeira entrar em trabalho de parto. Em um avião. Em um avião que sobrevoava o Oceano Atlântico, sem nenhum aeroporto próximo à vista.

“Você pode imaginar que não há nada ao seu redor onde você possa pousar este avião”, disse Hemal à CNN. “Você está a 35.000 pés. Você está apenas cercado de azul ao seu redor.

Hemal e Shepherd cuidaram da passageira pelas próximas horas, mantendo-a estável. Então, de repente, ela começou a ter contrações. E então a bolsa dela estourou.

A passageira estava prestes a dar à luz na aeronave. E Hemal, um residente de urologia que não fazia parto desde que completou os sete partos exigidos na faculdade de medicina, estava prestes a liderar os esforços.

“Você apenas pensa consigo mesmo: ‘Ok, se recomponha’”, lembra Hemal. “Porque se você não fizer isso, alguma coisa vai acontecer com o paciente. Você tem que dar o seu melhor.”

Corta para algumas horas depois, e Hemal, auxiliado por Shepherd e a tripulação de cabine da Air France, deu à luz com sucesso a um bebê saudável.

Quando o avião pousou em Nova York, a mãe e a criança desembarcaram com segurança e foram transferidas para o Jamaica Hospital Medical Center.

Hemal mal teve tempo de pensar enquanto corria para seu voo de conexão em Cleveland.

Quando Hemal conseguiu embarcar em seu voo final, percebeu que estava um tanto em estado de choque. Mas ele também estava agradecido.

Tudo tinha corrido bem. A experiência serviu apenas para reafirmar seu compromisso com a profissão.

“Quando você está nesse tipo de situação, minha consciência sempre me diz que preciso ajudar essa pessoa”, diz Hemal. “É por isso que eu queria me tornar um médico em primeiro lugar.”

‘Há um médico a bordo?’ No cinema e na TV, o anúncio “existe um médico a bordo” é um pouco clichê.

Mas sim, isso realmente acontece. E para profissionais médicos – ou, na verdade, qualquer pessoa com o prefixo “Dr.” no cartão de embarque – é algo muito familiar.

Se você tem doutorado, mas não tem qualificações médicas, pode recusar educadamente um pedido de ajuda.

Claro, os comissários de bordo são treinados em primeiros socorros e capazes de lidar com uma série de emergências médicas – e alguns preferem não solicitar ajuda dos passageiros.

Mas às vezes é necessário obter assistência especializada.

Então, para os médicos, como é ouvir esse anúncio e, de repente, parar de comer, dormir, beber ou assistir a um filme para ajudar um passageiro em perigo?

Hemal diz que fazer essa mudança mental não é tão difícil – é uma prática bastante normal. Como médico, as pessoas constantemente pedem conselhos quando ele está de folga.

“Mesmo quando estou em festas, ou saio com amigos – ou estou em um Uber, às vezes meu motorista me pergunta: ‘Eu tenho isso nesta condição, o que você acha?’”, diz ele.

Mas enquanto Hemal diz que seu instinto natural é sempre ajudar, ele sugere que nem todos os profissionais médicos concordam com ele. Especialmente quando se trata de ajudar em um avião.

“Francamente, muitas pessoas não querem fazer isso, porque estão com medo, estão nervosas”, diz ele.

Um avião é um ambiente específico – e limitado. E a medicina também é abrangente e complexa – há uma grande chance de você se encontrar ajudando com algo em que não tem experiência específica.

Hemal – que ajudou com situações médicas a bordo algumas vezes desde o nascimento do avião – diz que sempre assinou o que é chamado de “acordo do Bom Samaritano”.

Essencialmente, este documento protege o médico de litígios e deixa claro que não há necessidade de compensação.

Nos EUA, o Aviation Medical Assistance Act também protege os indivíduos de responsabilidade legal por ajudar em uma emergência médica a bordo.

Embora Hemal esteja ciente de que sempre existe o risco de a situação não terminar da maneira que todos esperam, ele diz que sempre tentará ajudar se puder.

Suas palavras são repetidas pela Dra. Lauren Feld, uma gastroenterologista residente nos Estados Unidos com foco em doenças hepáticas.

Feld ajudou em várias emergências médicas a bordo e, embora nunca tenha dado à luz a um bebê em um avião, uma vez ela ordenou um pouso de emergência – o que, como diz Feld, “não o torna popular com o resto das pessoas no avião porque leva a um grande atraso no voo, mas você tem que agir no melhor interesse dessa pessoa.”

“Acho que ter treinamento médico e capacidade de ajudar as pessoas – um conjunto de ferramentas que podem ajudar as pessoas – para mim é um privilégio”, disse Feld à CNN.

“E assim, sempre que tenho a capacidade de ajudar, acho que é algo importante a fazer.”

Como Hemal, Feld diz que fazer a mudança de passageiro anônimo regular para médico a bordo não é muito difícil. Ela até foi acordada por um anúncio de bordo pedindo assistência médica e imediatamente entrou em modo de trabalho.

“Sinto-me confortável ajudando mesmo quando estou cansada”, diz ela. “Nós – eu diria provavelmente, infelizmente – estamos bastante acostumados a trabalhar cansados.”

Feld não bebe em aviões – ela diz que geralmente está muito ocupada brigando com seus filhos pequenos ou tentando dormir – mas ela sugere que se um profissional médico for chamado para ajudar depois de tomar alguns copos de vinho, ou mesmo se eles se sentiram mal equipados de alguma forma, o importante é que eles “reconhecem as limitações” e tomem decisões de acordo.

Avaliação a bordo


Feld e Hemal dizem que um dos aspectos mais complicados de lidar com uma emergência médica a bordo é chegar às cegas.

Ao contrário de um hospital, você não tem o histórico médico do paciente em mãos. Você não sabe quais medicamentos eles estão tomando. Você só tem as pistas de contexto e as informações que eles fornecem.

Primeiro, os médicos começam avaliando e, com sorte, descartando as condições mais graves – um ataque cardíaco ou um derrame, por exemplo.

Nos aviões, diz Hemal, as situações mais comuns incluem pressão arterial baixa, síncope vasovagal – também conhecida como causa comum de desmaio – ou ataques de ansiedade.

Obviamente, condições prejudiciais e menos preocupantes podem compartilhar sintomas semelhantes. Em um voo recente de Nova York para a Califórnia, Hemal foi chamado para ajudar um homem idoso que sofria de palpitações cardíacas.

Acontece que a causa não foi um ataque cardíaco – o que imediatamente passou pela cabeça de Hemal devido à idade do passageiro – mas sim que ele havia comido muitos brownies de maconha.

“Ele ingeriu bastante e teve uma reação ruim no avião”, diz Hemal.

Outra dificuldade para os médicos responderem aos cenários médicos a bordo é a potencial falta de equipamento. As aeronaves têm um kit médico a bordo, mas não dá conta de todas as eventualidades.

Quando Hemal estava fazendo o parto do bebê no avião, ele sabia que não tinha um kit de sutura, então aplicar pontos não seria possível. Felizmente, ele não precisava – mas isso sempre esteve em sua mente.

O ambiente do avião também gera suas próprias condições – incomuns – que os médicos devem levar em consideração. O diferencial de pressão “pode exacerbar certos problemas médicos e dificultar alguns dos tratamentos”, diz Feld.

Feld acrescenta que o barulho do motor também dificulta a audição com o estetoscópio.

Outra diferença é que enquanto os médicos geralmente acompanham um passageiro ao longo de sua jornada de saúde, em um avião é uma interação breve, fugaz, mas intensa entre médico e paciente. Feld diz que pode ser bastante estranho não saber o resultado da situação.

Uma coisa que é semelhante tanto no solo quanto no ar é a necessidade de trabalho em equipe. Feld e Hemal lideraram esforços médicos a bordo, mas enfatizam a importância de trabalhar em equipe com quem puder ajudar.

A primeira vez que Held ajudou em uma emergência a bordo, ela era recém-formada na faculdade de medicina. Dois outros profissionais médicos estavam a bordo do voo e se ofereceram para ajudar também.

“Um deles era médico assistente, em uma unidade cardiotorácica. E a outra pessoa era um pesquisador oncológico – então alguém que não tinha feito medicina clínica e estava focado exclusivamente em pesquisa”, lembra Feld.

Enquanto Feld era a mais jovem e menos experiente, ela era a única médica treinada. Os outros dois passageiros se curvaram à sua experiência e a ajudaram a fazer sua voz ser ouvida em uma situação em que ela ocasionalmente se sentia negligenciada quando jovem.

“Nós três trabalhamos juntos”, diz Feld.

Durante emergências médicas, a tripulação de voo também permanece em contato com as equipes médicas de terra que auxiliam na tomada de decisões e autorizam a administração de determinados medicamentos.

Hemal diz que quando fez o parto do bebê no voo da Air France, foi um “esforço de equipe”. Ele assumiu o papel de líder, a colega médica Shepherd ajudou e os comissário de voo fizeram tudo e qualquer coisa que podiam.

O fato de assumir a liderança de Shepherd foi, ele lembra, em parte porque era cirurgião, mas também “uma decisão espontânea porque tudo aconteceu e progrediu tão rapidamente que não paramos para pensar nisso. Como ela era pediatra, ela teria ajudado melhor nos cuidados com o bebê após o parto.”

Hemal lembra que a tripulação da Air France tomou decisões executivas cruciais – no início, foi feita a escolha de mover a passageira grávida para a cabine de primeira classe praticamente vazia, tanto por questão de privacidade quanto para que ela pudesse se deitar.

A tripulação de voo permaneceu em contato constante com os pilotos, que, segundo Hemal, evitaram a turbulência, se possível, para ajudar a tornar o nascimento mais suave possível.

Olhando para trás, Hemal acha bastante comovente que um grupo de estranhos de todo o mundo em um voo transcontinental trabalhem juntos para garantir um resultado bem-sucedido.

Alguns foram treinados em medicina, outros não. Alguns falavam a mesma língua, outros não. O que os unia era o desejo de ajudar.

“Todos deixaram de lado quem eram, de onde vieram e se uniram por uma causa comum”, lembra Hemal. “Achei muito bonito, olhando para trás e retrospectivamente apenas pensando nisso.”

Conselhos aos passageiros


Embora os médicos geralmente não queiram passageiros sem treinamento médico para ajudar em situações médicas em aviões, Feld é uma grande defensora do público em geral que faz aulas de suporte básico à vida e sugere que saber primeiros socorros “é uma boa habilidade definido para um avião, para andar na rua”.

Se você estiver em uma aeronave e um passageiro próximo a você estiver passando por problemas médicos, Feld diz que pedir ajuda e alertar o comissário de bordo é o melhor plano.

Se você é treinado em primeiros socorros, medir o pulso da pessoa e, se necessário, iniciar as compressões torácicas é, diz Feld, “um ótimo primeiro passo para as coisas a serem feitas enquanto você pede ajuda”.

Ela sugere que os passageiros com problemas de saúde falem com o médico antes de voar. Feld trabalha com pessoas com doença hepática crônica e está sempre empenhado em apoiá-los a viver suas vidas e viajar com segurança.

Cinco anos depois


Os médicos que ajudam em emergências a bordo às vezes são recompensados com uma garrafa de champanhe, voucher de voo ou milhas aéreas.

Isso nem sempre acontece – não há uma política definida, e Feld diz que “certamente nada do que eu esperaria”. Falando eticamente, ela diz que sempre consideraria rejeitar um presente que parecesse muito extravagante.

Quando Hemal voltou ao trabalho após o parto do bebê no avião, inicialmente não compartilhou a história com seus colegas.

Foi uma garrafa de champanhe que entregou o jogo – algumas semanas depois do parto do bebê no avião, a bebida chegou à caixa de correio do hospital, junto com um voucher de voo e uma nota de agradecimento da Air France.

“E boom, tornou-se viral em nossa residência, e nossa equipe de mídia ouviu falar sobre isso”, lembra Hemal. Um comunicado de imprensa saiu. Em poucos dias, Hemal apareceu na CNN e na revista People. A história circulou por toda parte.

A atenção foi um pouco avassaladora. Enquanto muitas pessoas elogiavam Hemal, inevitavelmente outras eram mais críticas – alguns de seus colegas médicos expressavam inveja ou sugeriam que ele não deveria ter intervindo para ajudar em primeiro lugar. E meses depois, onde quer que fosse, Hemal era apresentado como “aquele cara que fez o parto no avião”.

Cinco anos depois, Hemal diz que a situação foi uma curva de aprendizado em mais de uma maneira.

“Você não pode controlar quais serão as reações das outras pessoas”, diz ele.

E enquanto Hemal ainda é reconhecido de vez em quando – muitas vezes em conferências médicas – em geral, a atenção cessou e ele geralmente minimiza a história:

“Eu sinto que a medicina em geral é uma profissão tão humilde”, diz ele.

Ainda assim, tudo o que disse – ele faria isso de novo em um piscar de olhos, se necessário.

“Se você não vai ajudá-los, ninguém mais o fará”, diz ele. “Então, faça o seu melhor – é assim que eu vivo.”

Via CNN Travel

sexta-feira, 30 de junho de 2023

O que é jet lag? Entenda como acontece e saiba evitar


Já passou pela experiência de viajar para um destino muito longe e ficar cansado o dia todo? Você, provavelmente, deve ter sofrido com o jet lag e este é só um dos sintomas possíveis. Mas você já ouviu falar sobre isso? Sabe o que é jet lag?

Esse pode ser seu pior companheiro de viagem e vai afetá-lo por alguns dias até você voltar à rotina normal. Para entender o que é jet lag, explicamos tudo sobre o problema, os sinais do distúrbio e o que fazer para evitá-lo.

O que é jet lag?


O jet lag, em termos médicos, significa “dissincronose”. Trata-se de uma mudança brusca que pode pegar o metabolismo da pessoa de surpresa. Isso acontece porque o relógio biológico do nosso corpo é programado para se adaptar à rotina cotidiana.


Então, quando há uma alteração repentina, você pode sofrer os efeitos desse distúrbio. Na prática, quando os passageiros cruzam três ou mais zonas de tempo no fuso horário, é comum ocorrer o jet lag. Ou seja, a fadiga causada pela alteração do ciclo circadiano (alternância entre dormir e estar acordado).

Existe também quem confunda a expressão com “jet leg”. Exatamente por sentir o corpo e as pernas pesadas, além da sensação de cansaço excessivo.

Sintomas do jet lag


Se você ainda não conheceu o que é jet lag, é porque, na verdade, não deve ter sentido nenhum dos sintomas nas suas viagens. Ou não associou esses traços ao problema. No entanto, vale lembrar que os sinais variam de pessoa para pessoa. Para identificar o jet lag, conheça agora os sintomas.
  • Dores no corpo e dores de cabeça;
  • Cansaço e sonolência;
  • Problemas digestivos;
  • Dificuldade de concentração;
  • Falha momentânea de memória;
  • Insônia;
  • Variação de humor;
  • Irritação na pele.

Como evitar o jet lag


Para não sofrer com esse problema que pode atrapalhar a sua viagem, fique atento a dicas importantes. Por exemplo: uma boa noite de sono, antes e depois da viagem, alimentação controlada e exercícios físicos diminuem o desconforto. Veja aqui sete passos úteis:
  1. Organização: os sintomas podem ser provocados pelo estresse antes e depois da viagem. Para minimizar isso, se planeje com antecedência. Separe a documentação necessária e organize as bagagens. Saiba mais sobre os documentos para viajar de avião.
  2. Descanso: viajar descansado é muito importante para quem ficará muitas horas dentro do avião. Tenha uma boa noite de sono antes da viagem.
  3. Cochilos: durante o voo, evite dormir profundamente. Em viagens muito longas, o ideal é tirar cochilos. Isso ajuda você a não chegar tão desgastado ao destino.
  4. Alimentação e hidratação: pratos leves, frescos, saudáveis e ricos em proteínas, como queijo, ovo e peixe, são boas pedidas durante a viagem. Até porque ajudam a eliminar a sonolência. Além disso, tome bastante água e suco para diminuir os efeitos do jet lag.
  5. Bebidas alcoólicas: evite o consumo de álcool, pois as bebidas atrasam a adaptação do seu corpo e aumentam as chances de jet lag.
  6. Remédios: é recomendado não ingerir medicamentos relaxantes ou para dormir. Até porque eles podem até piorar a situação, se não forem receitados pelo médico. Uma alternativa é tomar chás naturais durante a viagem.
  7. Movimentação: é aconselhado se manter ativo durante o voo. Levante e caminhe dentro do avião. Isso ajuda a manter a boa circulação do sangue.

Adaptação ao fuso horário


Outras orientações para evitar o jet lag estão relacionadas à habituação ao fuso horário do seu destino. Entenda mais abaixo:
  • Compra da passagem: reserve voos com horário de chegada previsto para o dia. Assim, você terá melhor aclimatação.
  • Adaptação: antes de viajar a um lugar com outro fuso, programe-se nas semanas anteriores. A adaptação a horários flexíveis diminui os riscos de sofrer com jet lag. Por isso, procure dormir mais cedo, acordar de madrugada, trocar de roupa, usar o computador, se preparar para sair e voltar a deitar.
  • Mudança de horário: altere o seu relógio para a hora do local de destino, logo depois de entrar no avião. Com isso, será mais fácil se adaptar ao novo horário. Inclusive, se programe para comer e descansar conforme o horário de destino.
  • Respeite o novo horário: quando chegar ao seu destino, evite dormir. Faça as atividades que precisar, vá deitar só à noite e tenha uma boa noite de sono. Na manhã seguinte, tome um café reforçado e faça um exercício físico leve para ajudar na recuperação do corpo.

Atenção às diferenças de horário


É importante também conhecer as diferenças de fusos horários. O Brasil tem quatro fusos e diferenças regionais em relação ao horário de verão. Já nas viagens internacionais, a diferença pode ser drástica. De São Paulo à Nova Zelândia, o fuso é de até 13 horas a mais.

Para evitar confusões, fique atento: os bilhetes e sites das empresas aéreas informam sempre o horário local no dia do voo. Por exemplo, em um voo de São Paulo para Manaus, o horário de saída indicado é o de São Paulo, mas o de chegada é o de Manaus.

Já no voo de volta, o horário de saída é o de Manaus, e o de chegada, o de São Paulo. Redobre a atenção quando houver diferenças de horário. É muito comum os passageiros se confundirem e acabarem perdendo seus voos. Descubra o que fazer quando perder seu voo, se é possível remarcá-lo e se tem direito a reembolso.

Outros problemas comuns durante o voo


Além de entender o que é jet lag e como evitá-lo, é comum ocorrer outros incômodos durante a viagem. Algumas pessoas podem sentir desconfortos causados pela diferença de pressão e pelo ar-condicionado da aeronave, que deixa a cabine fria e seca. Confira o que levar para melhorar seu conforto.
  • Chicletes: mascá-los alivia a pressão nos ouvidos, assim como bocejar.
  • Tampão de ouvido: protege os ouvidos da pressão e do ruído da turbina do avião.
  • Hidratante: para evitar o ressecamento das mãos e do rosto.
  • Manteiga de cacau: em voos mais longos, evita que os lábios fiquem ressecados e rachem.
  • Solução de lente de contato: é importante para hidratá-la.
  • Agasalho: mesmo que seu destino seja um local quente, dentro do avião um casaco ou blusa o protegerá do frio.
  • Máscaras para os olhos: para o acender de luzes da cabine (em geral, durante o serviço de bordo) não perturbar o seu sono.
  • Travesseiros de pescoço: para algumas pessoas, eles melhoram a acomodação na poltrona, especialmente em voos longos.
  • Remédio para enjoo: para pessoas sensíveis ao movimento de veículos.
Com essas dicas, você vai se prevenir de desconfortos e chegar bem ao seu destino para curtir a viagem. Para ter mais comodidade durante o voo, veja como funciona o serviço de bordo.

Via ABEAR

quinta-feira, 15 de junho de 2023

O piloto desmaiou em voo: o que acontece nessa hora no cockpit do avião?

(Imagem ilustrativa: flightcrewguide.com, via YouTube)
Com certa recorrência, acompanhamos casos de voos que precisam retornar à origem ou desviar para um aeroporto alternativo mais próximo por conta de incapacitação de um piloto. Embora a aviação tenha diversos procedimentos para reduzir as chances de ocorrências desta natureza, aqueles que estão no cockpit continuam sendo seres-humanos, portanto, sujeitos a problemas inesperados.

Algumas vezes, tratam-se apenas de problemas momentâneos de saúde física ou psicológica, enquanto em outras, são registrados casos mais graves como desmaios ou maus súbitos por variados motivos.

Independente da situação, entretanto, faz parte do treinamento dos pilotos procedimentos que vão desde a identificação de uma incapacitação não tão evidente, como uma desatenção às ações a serem executadas no voo, quanto uma resposta emergencial para uma incapacitação completa como um desmaio.

Para que você entenda mais a fundo como funcionam todos os procedimentos relacionados a situações como esta, e como isso garante que o seu voo seguirá com segurança até o pouso mesmo em um caso de natureza mais grave, trazemos a seguir mais um vídeo de nossa parceira brasileira Tati Mônico, piloto de Boeing 737 e produtora do canal “Mamãe Piloto” no YouTube.

Com sua experiência prática no cockpit, Tati explica todos os detalhes técnicos, mas de forma didática para que qualquer pessoa interessada entenda todos os procedimentos. Confira a seguir o interessante vídeo:


segunda-feira, 12 de junho de 2023

Piloto decola o avião deixando 50 passageiros para trás após tripulantes adoecerem no voo de ida


Ao retornar de Granada para Barcelona no voo da Vueling 2017, na noite da última terça-feira (6), os passageiros se depararam com a situação incomum de decolar com a aeronave mais vazia do que de costume, especificamente com 50 deles impedidos de embarcar, reportou a mídia espanhola.

Isso se deu pelo fato de que dois tripulantes de cabine adoeceram na ida, impedindo a operação do voo de volta de acordo com os regulamentos da Agência Europeia para a Segurança Aérea (EASA), que exige um comissário de voo para cada 50 passageiros a bordo. Sem equipe reserva em Granada, não houve alternativa senão deixar as pessoas para trás.

De fato, era isso ou a aeronave não decolaria. No entanto, os passageiros que ficaram para trás, voluntária ou involuntariamente, tiveram que ser amparados e acomodados em hotéis, em linha com o que rege a legislação europeia, resultando também em prejuízos para a empresa aérea.

O avião decolou somente com três membros da tripulação, o mínimo exigido para o modelo Airbus A320. Apesar de a EASA permitir que voos operem com tripulações reduzidas, quando retornam à base, isso não pode se enquadrar aos parâmetros mínimos exigidos.

Via Carlos Ferreira (Aeroin)

segunda-feira, 5 de junho de 2023

Por que os pés incham em aviões? (9 dicas para evitar o problema)


Em um voo longo, você pode ficar tentado a chutar os pés e relaxar, mas deve resistir ao impulso - e não apenas evitar que o passageiro sentado à sua frente o chute acidentalmente. Seus pés podem inchar durante um avião - mas por quê?

Esse fenômeno ocorre em grande parte porque ficar sentado por um longo tempo (como, digamos, em um voo longo) pode fazer com que o sangue se acumule nas veias de suas pernas. Felizmente, por mais chato que seja, há maneiras de combatê-lo.

1. Tenha cuidado com sua dieta


Você conhece o velho ditado que diz que alimentos gordurosos vão "direto para as coxas?" Bem, mire um pouco mais baixo, troque alimentos gordurosos por salgados, e você tem a ideia. Alimentos salgados podem fazer com que você retenha água , o que por sua vez pode fazer com que seus pés inchem durante o voo.

2. Beba água


É especialmente importante evitar que alimentos salgados retenham o excesso de água, pois você já deve beber uma boa quantidade de água no dia anterior à viagem. Os passageiros frequentemente subestimam a quantidade de água que devem beber antes de uma viagem.

Isso não ajuda o fato de que os aeroportos tendem a superfaturar tudo, incluindo água, e a menos que você ligue constantemente para os comissários de bordo pedindo mais, bebidas em um avião serão servidas apenas muito ocasionalmente.

Como resultado, as pessoas podem ficar desidratadas durante o voo. Isso, em combinação com a pressão da cabine de ar e sua natureza seca, pode fazer com que seu sangue fique mais espesso e não flua tão livremente como o normal, o que pode fazer com que ele se acumule em suas pernas e pés, causando inchaço.

3. Caminhe ao redor da sua poltrona


Se o sangue está se acumulando nas veias das pernas e nos pés porque você fica sentado por um longo período de tempo, qual é a maneira mais fácil de resolver isso? Pare de sentar, levante-se e ande, é claro!

Embora existam regras sobre quando você pode andar em um avião (lembre-se da linha “Fasten Seatbelt”), levantar-se e caminhar pode fazer maravilhas para a circulação sanguínea e, assim, ajudá-lo a parar o inchaço.

4. Experimente meias de comprressão


Como qualquer pessoa que já teve que lidar com outro problema de voo irritante, orelhas estalando, sabe muito bem que as cabines dos aviões são pressurizadas . Assim como essa pressão extra pode causar estragos em seus tímpanos, ela também pode ajudar a causar inchaço nos pés.

Portanto, você precisa encontrar maneiras de combater essa pressão extra de cima para baixo. Chiclete não vai ajudar seus pés como pode ajudar seus tímpanos, então você precisará encontrar outras maneiras de aliviar a pressão em seus pés, e meias de compressão fáceis de voar podem ser um grande vencedor aqui. Meias de compressão previnem inchaço, dor, edema e TVP (Trombose venosa profunda). 

Na verdade, existem vários tipos de meias de compressão que você pode empregar para ajudar a aliviar o inchaço dos pés em voos, com três das variedades mais populares sendo meias de compressão graduada, meias anti-embolia e meias de suporte não médico, cada uma com suas próprias vantagens e desvantagens.

Por exemplo, as meias de compressão graduada aplicam pressão nos tornozelos e a partir deles para cima, diminuindo à medida que sobem. Essas meias costumam ser feitas sob medida, exigindo receita médica e assistência profissional para ajustá-las adequadamente. 
Se você puder obtê-las, elas farão uma grande diferença.

Por outro lado, as meias de suporte não médico estão disponíveis nas lojas, não exigem um ajuste personalizado ou prescrição e, portanto, podem ser muito mais acessíveis.

Por fim, as meias anti-embolia, como o nome sugere, são projetadas para combater o risco de trombose venosa profunda . Essas meias costumam ser melhores para pessoas com mobilidade limitada e, como as meias de compressão graduada, exigem receita médica.

5. A duração do voo é importante


Nem todos os voos duram o suficiente para que o inchaço do pé seja um problema. Se você está apenas pulando sobre o Canal da Mancha de Londres a Paris, há uma chance maior de você estar bem. Para voos de longa distância, como Londres a Los Angeles, no entanto, o inchaço dos pés é um problema maior.

6. Flexione seus músculos


Mesmo se você não puder ou não quiser se levantar e andar um pouco pela cabana, ainda pode flexionar os músculos para fazer o sangue bombear e aliviar o inchaço.

Lembre-se de que a ideia é impedir que o sangue coagule em torno de seus tornozelos e pés devido à inatividade; portanto, estender um pouco os pés e flexionar os tornozelos ou coxas pode ajudar.

7. Onde você se senta é importante


Se você sofre de inchaço nos pés enquanto está sentado em um avião, a última coisa que deseja é piorar a situação ficando todo apertado no canto. Em vez disso, você vai querer tentar reservar um assento no corredor sempre que possível, para permitir que você se espalhe e flexione um pouco.

Para ser claro, isso não significa que você precisa se “espalhar” ou se espalhar por toda a cabine. Um pouco de espaço extra para as pernas pode ser muito útil aqui.

Outra maneira secreta de aumentar o espaço e não se sentir tão apertado é guardar sua bagagem nos compartimentos superiores. Quanto mais você pressiona suas bolsas contra suas pernas e corpo, mais isso resultará na perda de sangue e no aumento de todos os problemas de circulação e de inchaço mencionados acima.

8. Não cruze as pernas


Em um voo longo, temos uma maneira de querer mudar de posição, como aludido acima. A certa altura, você pode se cansar de ter as pernas penduradas para baixo e querer enrolá-las em uma posição mais confortável com as pernas cruzadas, especialmente se essa for sua preferência natural para sentar.

No entanto, se você fizer isso, deve ser breve e você deve parar no segundo em que sentir alguma dor. Sentar com as pernas cruzadas combinada com a pressão do ar da cabine pode aumentar os problemas de inchaço nas pernas e pés.

9. Mantenha os pés elevados


A condição de inchaço dos pés em aviões às vezes é chamada de edema gravitacional. A partir disso e de tudo o que foi dito acima, você pode adivinhar que a gravidade do seu sangue e pressão na cabine é um grande componente da condição.

Descanso para os pés inflável
Portanto, você deve fazer o que puder para manter os pés elevados. Isso pode ajudar muito em sua circulação e diminuir as chances de inchaço.

Para este propósito, os apoios para os pés infláveis ​​ou de rede são ótimos. No entanto, verifique primeiro se eles são permitidos na companhia aérea com a qual você está voando.

quarta-feira, 17 de maio de 2023

Dermatologista alerta: quem viaja de avião é mais propenso a ter câncer de pele

Uma dermatologista fez vídeo alertando seguidores sobre os perigos relacionados a câncer de pele que são acentuados quando viajamos de avião.

Todo mundo sabe que a exposição aos raios solares e o uso frequente de camas de bronzeamento podem aumentar o risco de câncer de pele.

Contudo, uma dermatologista nos Estados Unidos chamou bastante atenção ao afirmar que até mesmo viajar de avião pode apresentar riscos para a saúde da pele.

A Dra. Joyce Parken afirmou em vídeo no TikTok, o qual obteve mais de dois milhões de visualizações: “Você deve ABSOLUTAMENTE usar protetor solar em aviões ou manter as janelas fechadas.”

A médica citou algumas pesquisas que apontam que voar com frequência e sem protetor solar expõe as pessoas ao risco de desenvolver câncer de pele.

Um estudo realizado em 2015 e publicado na JAMA Dermatology examinou os riscos de câncer de pele em pilotos e tripulantes de avião.

Com base nisso, descobriu-se que voar por 56,6 minutos a 30 mil pés de altitude expôs os pilotos à mesma quantidade de radiação UV que uma sessão de 20 minutos em uma cama de bronzeamento.

Nesse sentido, é importante salientar que a exposição excessiva aos raios ultravioletas pode danificar o DNA das células da pele e aumentar o risco de câncer.

A seguir, confira o vídeo que viralizou no TikTok:

@teawithmd Let’s talk about airplane ✈️ skin care! Today I am just covering INCREASED exposure to UV radiation in the plane. A research study in JAMA DERM from 2015 measured amount of UV radiation in airplane cockpits during flight and compared them to UVA carcinogenic affective doses in tanning beds. Turns out you get a heck of a lot of UV exposure as a pilot. When we’re sitting in the back, make sure to wear sunscreen or keep your window shut to reduce exposure to UVA during your flight. After all, you don’t want 1/2 of your face getting more sun ☀️ damage than the other! The more you know! Sources in comments #dermatologylesson #dermbypark #airplaneskincare #sunscreen #melanoma #inflightskincare ♬ original sound - random.shii089

Declaração da médica impressiona usuários do TikTok


Nos comentários do vídeo, muitos usuários se mostraram em choque com a revelação da médica, enquanto outros relataram suas experiências.

Muitos usuários afirmaram ter desenvolvido melanoma, considerado a forma mais grave de câncer, por trabalhar como piloto ou membro da tripulação. Além disso, outros disseram conhecer pessoas que passaram por situações semelhantes.

“Fui comissária de bordo por 2 anos e acabei com melanoma em estágio IV, posso confirmar rsrs”, disse uma usuária da rede social.

Outra afirmou: “Meu marido piloto está com um melanoma que cresce dentro das bordas de uma pinta normal. Eu pedi por 6 meses e ele finalmente fez uma biópsia.”

Para evitar situações como essa, é necessário utilizar protetor solar e manter as cortinas das janelas sempre fechadas.

Via Bruna Machado (Multiveso Notícias)

terça-feira, 16 de maio de 2023

Por que o daltonismo não precisa ser um obstáculo para aspirantes a piloto

Hoje em dia existem mais testes para ajudar a avaliar o nível de daltonismo.

(Foto: Olena Yakobchuk/Shutterstock)
Não é surpresa que existam requisitos rigorosos de visão e outros requisitos de saúde para os pilotos. Vários defeitos ou fraquezas da visão o impedirão de treinar ou trabalhar como piloto comercial. No passado, o daltonismo era uma das condições que impediriam um certificado médico de Classe 1. Com os avanços na compreensão, agora existem mais opções. A situação agora depende da natureza exata do problema.

Requisitos médicos e oftalmológicos para pilotos


Todos os pilotos comerciais devem atender aos rígidos requisitos de saúde especificados pelo regulador nacional apropriado. Por exemplo, no Reino Unido, é a Autoridade de Aviação Civil (CAA); nos EUA, é a Federal Aviation Administration (FAA); e na UE, é a European Union Aviation Safety Agency (EASA). Existem muitas semelhanças nos requisitos de diferentes reguladores – mas pode haver diferenças. O detalhe aqui é baseado principalmente nos requisitos da US FAA.

Um piloto de linha aérea comercial precisa de um certificado médico de Classe 1 (também há Classe 2 para outros pilotos comerciais e Classe 3 para pilotos recreativos ou privados). Isso precisa ser renovado periodicamente (com validade dependendo da idade).

(Foto: Yakobchuk Viacheslav/Shutterstock)
Existem requisitos muito detalhados e rigorosos para todos os aspectos da saúde, incluindo cardiologia, pressão arterial, saúde mental, bem como muitas condições específicas. Existem muitas isenções possíveis para certos tratamentos e medicamentos. Em relação à visão, os requisitos de visão geral são que a visão de longe deve ser 20/20, enquanto a visão intermediária e de perto deve ser 20/40. É permitido o uso de óculos e lentes de contato para isso.

Teste para daltonismo


Os requisitos específicos para a visão de cores mudaram nos últimos dez anos. No passado, o daltonismo impediria a emissão de uma licença de Classe 1, mas isso mudou à medida que a capacidade de teste de defeitos melhorou.

O teste padrão para daltonismo é o teste de Ishihara, que está em uso desde a década de 1960. Observe que (pelo menos para a FAA) o uso de qualquer forma de lentes de correção de cores não é permitido.

O teste de Ishihara envolve a leitura de números de uma série de placas ou cartões de teste coloridos. Cada um deles compreende um círculo composto por duas cores contrastantes em tons diferentes. Escondido dentro deles está um padrão numérico identificável. Qualquer pessoa capaz de diferenciar corretamente essas cores verá o número.

Um exemplo de um teste de ishihara (Foto: JU.STOCKER/Shutterstock)
Mais comumente, há um teste de 24 ou 28 placas. Obter o primeiro conjunto (geralmente as primeiras 15 ou 21 cartas) correto é um passe simples. A falha neste teste padrão, no entanto, não significa mais que um piloto será reprovado no exame médico geral. A pesquisa e a compreensão do daltonismo avançaram, principalmente no reconhecimento das complexidades dos diferentes tons de cores. Desde o início de 2010, as regras de teste foram alteradas. Agora há discrição para testar os limites reais do daltonismo.

Flexibilidade nos testes


As diretrizes de teste da FAA mostram como o daltonismo pode ser permitido. Em vez de simplesmente exigir visão colorida, as diretrizes afirmam que os pilotos devem ter: “Capacidade de perceber as cores necessárias para o desempenho seguro das funções do aviador.”

A maioria dos reguladores agora permite testes adicionais no caso de falha no teste de Ishihara. Dependendo da natureza e extensão do daltonismo, os pilotos podem ter sucesso com outros métodos. Os reguladores diferem em quais testes aceitarão. Esses testes alternativos visam determinar se um piloto tem tricromacia suficiente/normal.

Passar em qualquer teste aprovado pelo regulador é suficiente. Testes alternativos comumente usados ​​incluem:

O Farnsworth Lantern Test (ou FALANT). Isso mostra luzes vermelhas, brancas ou verdes verticais por dois segundos de cada vez. Este é um teste comum usado pela CAA do Reino Unido, FAA dos EUA e CASA australiana.

O teste da placa de Dvorine. Este é um teste de placa alternativo que pode dar resultados diferentes para alguns.

Teste de avaliação e diagnóstico de cores (CAD). Este é um teste alternativo de cor baseado em computador. A CAA e a EASA aceitarão este teste - com os requisitos declarados pela CAA de "6 SU para deficiência de deutan ou menos de 12 SU para deficiência de protan".

Teste de anomaloscópio. Esta é uma técnica de teste médica e baseada em pesquisa muito específica. Envolve o uso de um anomaloscópio onde o visualizador combina a cor e o brilho de uma cor apresentada.

Mais flexibilidade para licenças de pilotos privados


O mesmo teste adicional pode ser usado para licenças de Classe 2 e 3. Para uma licença médica de terceira classe (exigida para uma licença privada ou PPL), há ainda mais flexibilidade.

(Foto: Dizfoto / Shutterstock)
Um piloto pode ser testado usando um teste operacional de visão de cores. Isso requer testar a capacidade de ler uma carta aeronáutica e diferenciar as luzes estroboscópicas da torre de controle. E mesmo se os testes daltônicos falharem, uma licença de classe 3 pode ser emitida para voar apenas durante o dia.

Com informações de Simple Flying

Como um único ato reduz em até 50% o risco de infecção por vírus e fungos no avião

Deixar a saída do ar acima da cabeça aberta diminui o contato com germes em circulação.

Manter a ventilação acima da poltrona aberta ajuda a reduzir o risco de adoecer pela metade (Freepik)
Algumas pessoas ficam gripadas e resfriadas principalmente durante voos. Muitos associam a temperatura mais baixa dentro da aeronave a isso, porém, um novo estudo diz o contrário. Isso porque manter a ventilação acima da poltrona aberta ajuda a evitar o contato com certos germes e reduzir o risco de adoecer pela metade.

“Muitas pessoas não tiram proveito disso, mas o que isso faz é fornecer um pouco mais de turbulência do ar na área em que você está sentado. Se houver uma partícula viral vindo em sua direção, teoricamente ela pode empurrá-la e movê-la rapidamente para fora do seu espaço”, afirma Mark Gendreau, diretor médico do Beth Israel Lahey Health e especialista em doenças infecciosas associadas a viagens aéreas.

De acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA), os aviões usam filtros de ar particulado de alta eficiência para remover 99,97% de poeira, pólen, mofo, bactérias e partículas transportadas pelo ar. Segundo Gendreau, o sistema de ventilação da aeronave é igual ou ligeiramente melhor do que a maioria das salas de cirurgia e hospitais em todo o mundo.

Isso ocorre porque eles conseguem de 15 a 30 trocas de ar por hora, com 50% do ar sendo recirculado e a outra metade vindo de fora do avião. Mesmo que uma companhia aérea troque os filtros com menos frequência do que o recomendado, eles ainda retêm a maioria das partículas, de acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo.

"Se você está sentado a dois assentos de uma pessoa, há algum risco, mas não é tão alto quanto você pensa", diz Gendreau. Porém, se o filtro de ar acima de sua cabeça estiver aberto, o risco dessa partícula viral ser um problema é totalmente eliminado.

Abri-lo também pode beneficiar a pessoa sentada ao seu lado, mas ela não pode ir muito além disso. Se você estiver sentado perto da janela, por exemplo, alguém no assento do corredor precisará abrir seu próprio filtro de ar.

Diminuir riscos


Além do filtro de ar, o especialista também afirma que aglomerar os corredores após a aterrissagem do avião pode ser um grande risco. Isso ocorre porque, após o pouso, há um breve período de tempo em que o piloto desliga o sistema de ventilação da aeronave antes que as tripulações liguem a unidade de energia auxiliar do avião.

Além disso, beber muitas bebidas com cafeína pode deixá-lo desidratado. Como as células imunológicas precisam de água para eliminar toxinas e resíduos, não obter água suficiente as deixa vulneráveis. Gendreau sugeriu pular café e álcool e beber bastante água durante os voos.

Outro risco alto dentro das aeronaves é pegar germes nas superfícies, como abrir os compartimentos superiores ou tocar nos assentos.

Gendreau disse que de 70% a 80% de todas as infecções são transmitidas pelas mãos e recomenda que durante as viagens, as pessoas possam colocar em suas malas de mãos desinfetantes ou álcool em gel e lavar as mãos com certa frequência para mitigar os riscos.

Via O Globo

sexta-feira, 12 de maio de 2023

Por que a comida de avião é sempre ruim? Não tem nada a ver com o preparo e nem com os ingredientes, acredite

A pressão do ar e a baixa umidade interfere drasticamente no paladar e no olfato de uma pessoa.

Pratos asiáticos tendem a ter um aroma mais intenso que podem reter seu sabor de forma
mais eficaz (Foto: Freepik)
“Frango, carne ou peixe?”, pergunta aeromoça dependendo da viagem, da companhia aérea e da sua sorte quanto ao cardápio dentro do avião. Há quem prefira não comer nenhum dos pratos, visto que a comida da viagem sempre parece estar sem tempero, sal e gosto. Porém, um estudo mostrou que isso não é culpa do chef da companhia.

Isso porque suas papilas gustativas percebem a comida e a bebida de maneira muito diferente quando estão navegando a 36.000 pés em comparação com o nível do mar. Dentro da cabine de um avião, o ar recirculado torna-se muito seco — estima-se que tenha cerca de 12% de umidade, o que é mais seco do que a maioria dos desertos — o que deixa nossas passagens nasais mais secas, reduzindo a capacidade do nosso sistema olfativo de discernir o cheiro. Resultando em uma mudança na nossa percepção do sabor da comida.

A secura do ar, aliado a baixa pressão, faz com que a intensidade do sal seja reduzida em até 30% e o açúcar 20% menos. "No ar, a comida e a bebida têm o mesmo sabor de quando estamos resfriados", disse Andrea Burdack-Freitag, pesquisador do Fraunhofer Institute for Building Physics da Alemanha.

O ruído dentro da cabine também pode ser um problema quanto a degustação dos pratos. A mesma pesquisa alemã mostrou que o barulho do avião, que pode chegar a cerca de 80 decibéis, quase o mesmo que um aspirador elétrico, tem um efeito significativo na percepção dos alimentos, especialmente nosso sabor doce e salgado.

O que pode ser feito nesses casos?


Segundo os cientistas, pratos asiáticos tendem a ter um aroma mais intenso e são ricos em umami (tomates, cogumelos e carnes maturadas), ou seja, podem reter seu sabor de forma mais eficaz do que os chamados “pratos mais suaves”, como peixes ou aves.

“Nosso estudo confirmou que, em um ambiente de ruído alto, nosso paladar fica comprometido. Curiosamente, isso foi específico para sabores doces e umami, com sabor doce inibido e sabor umami significativamente aumentado. As propriedades multissensoriais do ambiente onde consumimos nossos alimentos podem alterar nossa percepção dos alimentos que comemos”, diz Robin Dando, professor assistente de ciência alimentar da City University of New York.

terça-feira, 9 de maio de 2023

Com que frequência objetos estranhos acabam nas refeições a bordo?

Após uma série de buscas de agulhas em comida de avião na última década, a segurança das refeições é verificada?


Em 2012, houve uma série de incidentes em que passageiros encontraram agulhas em suas refeições a bordo, incluindo Delta Air Lines e Air Canada . Isso aconteceu um total de sete vezes em apenas três semanas. Descobriu-se que a certificação TSA estava em vigor e verificações aleatórias nas refeições eram feitas pelas empresas de catering.

Uma ameaça deliberada no sistema


Foram encontradas falhas no fato de que a equipe de catering estava sendo empregada antes de receber uma verificação clara de antecedentes criminais e que havia vários funcionários temporários, recrutados durante os horários de pico, que não receberam a verificação de antecedentes. Também foi descoberto que alguns funcionários do aeroporto estavam usando identidades emprestadas ou roubadas para entrar nas áreas seguras. Uma 'ameaça interna' pode significar que um objeto estranho é colocado deliberadamente em alimentos para prejudicar alguém e a reputação da companhia aérea.

Caminhão de catering chega à aeronave (Foto: Getty Images)
O TSA Insider Threat Roadmap foi introduzido em 2020 para “corrigir falhas no sistema de aviação, incluindo segurança de cozinha, cadeia de suprimentos, práticas sanitárias e segurança aeroportuária”. Em geral, as refeições são acondicionadas em carrinhos ou contêineres com lacre de segurança, para garantir que as refeições não sejam adulteradas durante o processo de transporte do bufê até o embarque na aeronave.

Outros incidentes - talvez?


A agulha hipodérmica que o passageiro afirmou estar em seu frango com manteiga em um
voo da Qantas de Brisbane para Sydney
Em 2017, um passageiro da Qantas encontrou uma agulha de seringa em sua refeição e abriu um processo judicial. No entanto, a Qantas compartilhou que as refeições são escaneadas duas vezes por detectores de metal e a agulha teria sido recolhida. Os detectores também foram testados e estão funcionando normalmente.


Em 2019, um passageiro a bordo da Singapore Airlines afirmou ter encontrado um dente em sua refeição (foto acima). A companhia aérea enviou o item para teste e disse que as refeições foram carregadas em Melbourne, que pode não ter os mesmos padrões elevados que é o caso de Cingapura.

Emirates Flight Catering - exemplo de primeira classe


A Emirates tem seu próprio catering, um dos maiores do gênero no mundo. Eles têm seu próprio laboratório de análise de alimentos, sistema de segurança alimentar e garantia de qualidade, além de câmeras de CFTV que cobrem toda a operação. Um scanner rápido rastreia todas as refeições, desde a instalação até a aeronave, garantindo a máxima segurança. A ANA também possui um modelo de garantia de qualidade para colocar 'segurança e segurança alimentar em primeiro lugar'.

As refeições a bordo são preparadas nas instalações (Foto: Emirates Flight Catering)
A Airline Catering Association/International Flight Services Association oferece diretrizes para catering a bordo, embora digam que diferentes locais podem não seguir as diretrizes, pois podem não ser adequadas à sua operação.

"Nossa equipe de conformidade de segurança de suprimentos de bordo audita e inspeciona todos os fornecedores de suprimentos de bordo autorizados pela CAA para garantir que eles tenham procedimentos robustos para evitar que artigos proibidos sejam introduzidos no catering e fornecidos a bordo.", informou a Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido.

Em conclusão


É altamente improvável que você encontre um objeto estranho em sua refeição, seja real ou imaginário. A intenção maliciosa nunca será completamente interrompida, mas as medidas de segurança sempre podem ser melhoradas. Desde a pandemia, as barreiras foram levantadas para fornecer qualidade e limpeza no catering das companhias aéreas, com muitos fornecedores revisando suas melhores práticas, aprimorando a higiene e protegendo o ambiente da cabine. A inevitabilidade da produção sem contato e da entrega sem contato também mudou a forma como vemos a refeição a bordo. Tudo isso pode ajudar a ameaça potencial de encontrar algo em sua refeição aérea que não deveria estar lá.