Mostrando postagens com marcador Nota do Autor do Blog. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Nota do Autor do Blog. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Agradecimento

Amigos,

Passamos das 10 mil postagens.
Agradeço à todos que prestigiam este Blog.
Aproveito para abrir espaço para que mandem matérias e fotos que desejam ver aqui publicadas.

Encaminhem para: jorgetadeu7@gmail.com

Grande abraço à todos,
Jorge Tadeu

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Sobre o Site Desastres Aéreos

Olá amigos

O site Desastres Aéreos (www.desastresaereos.net
) está sem atualizações há um bom tempo devido a um problema no HD onde estava a pasta "Minhas Webs" com as páginas do site. Como o conteúdo é muito grande, preferi aguardar a recuperação dos dados ao invés de fazer uma cópia no servidor da empresa que o hospeda. Esses dados já foram recuperados e, o quanto antes, começo a fazer as atualizações. Será aos poucos, pois o meu trabalho na TV consome uma boa parte do dia. Peço desculpas pelo incoveniente e agradeço a paciência de todos.

Abraços,
Jorge Tadeu

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Balão atinge fábrica de vassouras e provoca incêndio no interior de SP

O problema ocorreu em Monte Mor, na noite do sábado (8).

Faltou água e o fogo só foi controlado após cinco horas.




Um balão atingiu uma fábrica de vassouras em Monte Mor, a 117 quilômetros de São Paulo, na noite do sábado (8), e provocou um incêndio. O balão se enroscou na rede de alta tensão e os fogos de artifício que estavam na base do balão começaram a explodir, atingindo o mato e a fábrica.

Faltou água e os bombeiros tiveram de usar abafadores. O fogo só foi controlado após cinco horas com a chegada de novos carros-pipas.

Fonte: Bom Dia São Paulo

Nota do Autor

Costumo publicar notícias sobre quedas e apreensões de balões em razão do perigo que representam para a segurança dos voos e para as pessoas que estão nas aeronaves, além, é claro, dos danos que causam ao cairem sobre residências, empresas, florestas, etc.

Fabricar, vender, transportar ou soltar balões é crime. A pena pode variar de um a três anos de prisão. Em 2006, 78 balões passaram pelo espaço aéreo do Aeroporto de Cumbica e 58 caíram em seu terreno de 14 quilômetros quadrados. Em 2007, foram 104 balões, sendo que 42 desabaram no local. Até junho do ano passado, 32 dessas ameaças voadoras cruzaram os ares do Aeroporto Internacional de Guarulhos (catorze caíram).

Em razão desse perigo, no Centro de Operações de Emergência da Infraero, quatro operadores do sistema de vigilância acompanham a rota dos balões detectados por 305 câmeras espalhadas pelo aeroporto e avisam a torre de controle de tráfego aéreo. Caso um deles esteja no trajeto de uma aeronave, o piloto precisa desviar ou até mesmo atrasar o pouso ou a decolagem. Um absurdo que persiste.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Falha no banheiro pode ter contribuído para a tragédia

Vazamento de água do lavatório traseiro, reportado logo depois da decolagem do A330, no Rio de Janeiro, pode estar relacionado a um colapso na estrutura da aeronave

Imagem do lavatório de um Airbus 330. Pane no banheiro da aeronave pode ter contribuído para a queda do voo A447, que seguia do Rio para Paris

Uma pane no lavatório de um banheiro foi o primeiro problema revelado pelo A330 que fazia o voo 447 (Rio-Paris) da Air France e caiu no Oceano Atlântico com 228 a bordo. O aviso da pane consta entre as primeiras mensagens emitidas pela aeronave via Acars (sistema de mensagens via satélite) ao centro de monitoramente da Air France, em Paris. A mensagem de código "ATA 38 FLR" ocorreu às 19h45 do dia 31 de maio, poucos minutos após a decolagem do avião. Foi o primeiro alerta de erro do A330. Segundo peritos consultados pelo jornal francês Le Du Dimanche (Le JDD, ou Jornal de Domingo, em uma tradução literal), não é possível saber o significado preciso da mensagem, apenas que o alerta ATA 38 está ligado a um possível vazamento do sistema de esgoto do Airbus.

Uma das hipóteses levantadas pelo jornal francês aponta que o vazamento no sistema de esgoto do banheiro traseiro da aeronave pode ter agravado a destruição do avião em pleno ar. O alerta de erro teria passado despercebido pelos pilotos, o que gerou um prolongado fluxo de água para uma membrana formada por gel e metal posicionada na traseira da fuselagem do Airbus. Segundo as fontes do Le JDD, o congelamento desse componente pode ter ocorrido quando a aeronave atravessava a região da tempestade, onde a temperatura era -50º Celsius. "Isso poderia ter gerado uma súbita quebra da estrutura da aeronave em pleno voo”, afirmou o Le JDD.

O vazamento nos banheiros não exclui a possível participação, na tragédia, de falhas nas sondas de Pitot do Airbus A330. O vazamento no banheiro pode ter simplesmente agravado os problemas gerados pelas sondas. A falta de informações sobre altitude e velocidade, gerada pela falha nas sondas de Pitot, pode ter contribuído para o avião atingir uma posição de voo incompatível com a sua resistência. Segundo o jornal francês, esse erro, somado ao congelamento da água na parte traseira do Airbus, pode ter desencadeado um desmantelamento do avião em pleno voo. Outro indício que reforça essa suspeita são os corpos resgatados pelas autoridades brasileiras. Segundo os legistas, as vítimas teriam fraturas nos membros e nenhum sinal de queimadura, fatores que podem indicar uma queda em alta altitude.

Um comunicado emitido pela Agência Europeia de Aviação (Easa) no dia 15 de janeiro de 2009 também dá força à hipótese de pane nas sondas de Pitot do AF 447. A instituição divulgou um aviso sobre as mensagens de erros e alertas ligadas ao Adiru (sistema que recebe as informações de velocidade e altitude do Pitot) de número ATA 34. Segundo a Easa, essa falha pode gerar um erro no ângulo de posicionamento do nariz do avião, e contribuir para a dificuldade de controle da aeronave. A recomendação da agência é que, em situações semelhantes, os pilotos devem confiar em sua capacidade de "controle" do avião, e não nas informações emitidas pelo Adiru. O alerta não faz menção a situações de pane em tempestades, como a enfrentada pela tripulação do AF 447.

O jornal francês também divulgou um memorando interno da Air France onde estão registrados nove incidentes de gelo nas sondas de Pitot. As panes teriam ocorrido entre maio de 2008 e março de 2009. A BEA e a Air France negam que a falha nas sondas de Pitot tenha uma relação direta com o acidente do AF 447.

Fonte: Juliana Arini (Época) - Foto: Reprodução

Nota do Autor: "Sistema de esgoto" ? "membrana de gel e metal" ? Será que os "peritos" consultados pelo jornal francês Le Du Dimanche (Le JDD) sabem do que estão falando?

terça-feira, 9 de junho de 2009

Moradores denunciam chuva de querosene em Congonhas

Pelo menos uma vez por semana chove querosene sobre as casas localizadas ao lado do aeroporto de Congonhas, segundo Nelson Piva, presidente da Associação de Moradores da Vila Noca e Vila Ceci. O relato foi confirmado por Renê Cadaval Junior, da Associação dos Moradores do Entorno do Aeroporto de Congonhas, em depoimento prestado à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura os crimes ambientais praticados na cidade de São Paulo.

Atentos aos depoimentos, os integrantes da CPI prontamente fizeram requerimento para convocar o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil e um técnico em aviação para entender por qual motivo vaza querosene sobre as casas, informa o assessor do Juscelino Gadelha, Edson Domingues.

De acordo com Piva, o que ocorre, nas aterrissagens, é um procedimento chamado refluxo de querosene, ou seja, quando o avião está para aterrissar, o piloto tem de limpar o combustível que fica nas turbinas, espalhando no ar o querosene. Ainda não há confirmação técnica de que isso ocorra com aviões, mas um técnico que pediu para não ser identificado informou que é improvável, por causa da temperatura dos motores. Para Gadelha, relator da CPI, é um absurdo que isso possa estar acontecendo sem ninguém tomar uma atitude para solucionar o problema.

“Por cima temos os aviões, o barulho, o querosene, e, por baixo, a fumaça preta dos caminhões que passam na avenida dos Bandeirantes. Nossas árvores não têm folhas verdes. Elas são pretas”, afirmou Piva.

Os dois presidentes de associações de bairro relataram ainda à CPI que Congonhas está trabalhando muito acima de sua capacidade operacional, que é de transporte de 12 milhões de usuários por ano. “Congonhas opera com 18 milhões de passageiros por ano. Lógico que isso gera poluição maior do que a prevista e destrói a qualidade de vida de quem mora no bairro”, disse Cadaval.

Outra reivindicação das associações, relatada à CPI, diz respeito ao tráfego de helicópteros das emissoras de TV. Eles pediram aos vereadores que estabeleçam um limite de tempo para que helicópteros fiquem parados no ar enquanto fazem a cobertura jornalística.

“O barulho é enlouquecedor. Tem de haver um limite”, afirmou Piva.

O vice-presidente da CPI, vereador Paulo Frange (PTB), contou aos membros da comissão que hoje os maiores interessados nos atrasos dos vôos de Congonhas são os lojistas. “Os empresários pressionam para aumentar os atrasos. Quando um vôo atrasa, as lojas vendem. Vôo no horário é sinônimo de vendas baixas”, segundo Frange.

Fonte: Carlos Rangel (DiárioNet)

Nota do Autor: Moro ao lado do Aeroporto de Congonhas e confirmo a informação, acrescentando que uma espécie de "fuligem" negra, que cai do céu, é vista nos finais de tarde nos quintais das casas. É o preço a pagar por morar ao lado de um aeroporto.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Sofia de Espanha viaja por 15 euros

A rainha Sofia de Espanha (em destaque na foto) foi a Londres visitar o irmão Constantino, submetido a uma cirurgia ao coração.

Durante a estada deslocou-se a Santander para assistir à festa das Forças Armadas num avião low-cost da Ryanair, que lhe terá cobrado 15 euros pelo bilhete.

Fonte: Ana Lúcia Sousa (Diário de Notícias - Portugal)

Nota do Autor: Taí um bom exemplo para as nossas "autoridades", que costumam usar o dinheiro público para pagar passagem até para seu chefe de cozinha...

sábado, 6 de junho de 2009

Presidente de associação de vítimas diz que foi impedida de ver parentes

Ela perdeu o marido no acidente da TAM em 1996.

Air France informa que, por ora, só familiares têm acesso ao hotel.


Sandra Assali é presidente da Associação Brasileira de Parentes e Amigos das Vítimas de Acidentes Aéreos

A presidente da Associação Brasileira de Parentes e Amigos das Vítimas de Acidentes Aéreos (Abrapavaa), Sandra Assali, diz que tentou se encontrar com familiares das vítimas do voo 447 da Air France, nesta sexta-feira (5), em um hotel da Zona Oeste do Rio, mas teria sido impedida pela Air France de entrar na sala de convenções - onde se encontra a maioria dos parentes.

A assessoria de imprensa da Air France informou que, devido à situação especial, só os parentes das vítimas do voo 447 tem autorização para entrar na área restrita.

“Vim trazer uma orientação em um primeiro momento. Tenho 12 anos de experiência nisso. Presenciamos mais de 40 acidentes aéreos, inclusive os da Gol e da TAM. Mas estou conversando com as pessoas aqui fora do hotel. Sempre tive acesso a todos. Agora está sendo diferente. Isso só prejudica. Estou querendo apenas ajudar”, reclamou

Além disso, Sandra Assali, que perdeu o marido em um acidente aéreo em 1996 - todos os passageiros que estavam no Foker 100 da TAM morreram -, lembrou que os parentes de vítimas têm um caminho árduo pela frente.

“Todos têm que saber que tem direito a receber um seguro obrigatório automático. Esse seguro viria pela França. Mas tem que chegar logo para ajudar as pessoas a contratarem advogados. A indenização nesses casos deve ser de 100 mil euros”, disse.

Relação de passageiros

A presidente da Associação Brasileira de Parentes e Amigos das Vítimas de Acidentes Aéreos (Abrapavaa) ressaltou também a importância de os parentes terem acesso à lista de passageiros fornecida pela empresa aérea francesa.

“Tem que haver uma relação oficial da Air France. As pessoas não deviam ter acesso aos nomes apenas pelos jornais e internet. A prova delas vai ser essa relação de passageiros”, garantiu.

De acordo com Assali, as famílias das vítimas do vôo 447 da Air France devem ser melhor orientadas. Por isso, ela divulgou um comunicado de três páginas com 14 itens para alguns parentes.

“Você tem que preservar as famílias, mas a Air France trouxe uma legislação da França. São regulamentos muitos rigorosos. A empresa tem sede em outro país. Mesmo que o processo corra lá fora, haverá necessidade de acompanhamento no Brasil”, afirmou.

Parentes querem investigação da carga

Depois da divulgação de que os destroços encontrados pela Aeronáutica não são do avião do voo 447 da Air France, parentes das vítimas vão pedir a divulgação do manifesto de bagagem. Ou seja, o documento que descreve toda a carga – conteúdo, tipo, peso e distribuição – que estava na aeronave.

Segundo Maarten Van Sluys, irmão da passageira Adriana Van Sluys, eles querem saber se a carga pode ter desestabilizado o avião durante a forte turbulência que a aeronave teria enfrentado.

“Agora, infelizmente, tudo voltou a ser especulação. Não sabemos se o avião caiu durante uma tempestade, se explodiu, o que aconteceu. Vamos deixar a investigação acontecer, mas gostaríamos de ter mais informações”, disse Maarten, que cedeu à mãe seu lugar no avião da FAB, que levou uma comitiva de 15 parentes ao Recife para acompanhar as buscas.

A visibilidade na área de buscas pelo voo 447, na região de Fernando de Noronha, está prejudicada na manhã desta sexta-feira (5), segundo o tenente-brigadeiro Ramon Borges Cardoso, do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, que participa das operações.

Fonte e foto: Fabrício Costa (G1)

Nota do Autor: Atitude incorreta da Air France, pois Sandra Assali, pela experiência que tem, é a pessoa indicada para orientar às famílias das vítimas. Basta lembrar que, após o acidente com o avião da GOL, voo 1907, um "enxame" de advogados passou a cercar os parentes das vítimas como verdadeiros "abutres", mas graças às orientações da presidente da Abrapavaa e a intervenção da OAB, as famílias tiveram sua privacidade respeitada e puderam receber as orientações de maneira correta e respeitosa.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Anac aumenta valor de seguro para acidente aéreo

O valor do seguro obrigatório que indeniza as famílias de vítimas de acidentes aéreos subiu, após 13 anos sem mudanças, de R$ 14.223 para R$ 40.950. A medida foi tomada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em agosto de 2008 e refere-se à indenização inicial aos familiares de passageiros - ou aos próprios passageiros, em caso de haver sobreviventes. Conforme estipula o Código Brasileiro de Aeronáutica (CBAer), isso é apenas o ponto de partida para acordos entre famílias e companhias aéreas, mas eventual entendimento extrajudicial não afeta o montante do contrato de Responsabilidade do Explorador ou Transportador Aéreo (Reta).

O seguro tem valor fixado pelo CBAer em 3.500 Obrigações do Tesouro Nacional (OTNs), extintas com a introdução do Plano Real. O Ministério Público Federal acusava a Anac de ter ignorado o expurgo inflacionário desde então. A pressão cresceu após os acidentes com o Boeing 737-800 da Gol, que colidiu com um Legacy e matou 154 pessoas, e com o A320 da TAM, com 199 vítimas.

Aplicando a inflação do período, o valor unitário da OTN aumentou para R$ 11,50 e passará a ter atualização monetária pelo IPCA. De acordo com a Anac, essa é a única mudança permitida por meio de resolução, pois só mexendo no próprio CBAer - promulgado em 1986 - seria possível fazer alterações mais amplas.

Atualmente, uma comissão especial na Câmara dos Deputados discute a modernização do CBAer. Essa foi uma das propostas da CPI constituída em 2007 na Câmara para analisar o apagão aéreo. Outra sugestão, encaminhada pela CPI do Senado que abordava o mesmo assunto, foi um projeto de lei que tornava obrigatória a divulgação da lista de passageiros tão logo um acidente tenha sido confirmado.

Fonte: Daniel Rittner (Valor Econômico)


Nota do Autor: Por experiência própria, posso afirmar que esse valor - que a reportagem alega que serve como ponto de partida para negociações com as empresas aéreas - na verdade serve à elas como instrumento de pressão para a aceitação de valores irrisórios. Palavras por mim ouvidas da TAM (acidente com o Fokker 100, em 1996): "Estamos sendo generosos. Nossa obrigação é pagar o valor do "Reta", mas, se não quer aceitar, vai levar anos para receber o que pretende. Sabe como a justiça brasileira é lenta". As palavras que ouvi foram bem próximas a essas. E a justiça brasileira é lenta mesmo. Lamentável.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

A Câmara pagou, sim, Ciro

A FARRA DAS PASSAGENS

Clique na imagem para ampliá-la

Viagem da mãe do deputado para os EUA custou R$ 12,6 mil. Ele não devolveu créditos aéreos, como disse, e sua assessoria atribui agora a erro da TAM registros que confirmam informações do site Congresso em Foco.

Por Lúcio Lambranho e Edson Sardinha

Lembra da reação do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) ao ver a lista dos deputados federais que usaram a cota de passagens para voos internacionais, no último dia 22? “Leviana e grosseira mentira”, bradou Ciro no plenário, sob os aplausos dos colegas. “Ministério Público é o caralho”, ditou em seguida, para os jornalistas.

O Congresso em Foco reuniu informações para comprovar o que publicou. Como informamos, de acordo com os registros da empresa aérea, a Câmara dos Deputados pagou quatro voos internacionais para a passageira Maria José Gomes, mãe do ex-governador cearense e do atual (Cid Gomes, irmão de Ciro). Os dois primeiros tiveram emissão em dezembro de 2007; os outros dois, em abril de 2008.

Agora, mais detalhes sobre os bilhetes emitidos no ano passado, segundo os registros da TAM sobre as passagens pagas pela Câmara em 2008. De acordo com o o cartão de embarque 95723453087776, Maria José Gomes viajou de São Paulo a Nova York no dia 18 de maio, às 8h45, no voo JJ 8082. E voltou no dia 25 do mesmo mês, às 19h40, no voo JJ 8081. A passagem, de acordo com o bilhete (clique aqui para vê-lo ampliado), custou US$ 7,6 mil. Precisamente R$ 12.682,12, segundo o câmbio da época.

Ressaltamos que os nomes de Ciro e de sua mãe apareceram exclusivamente na lista dos parlamentares que usaram a cota para passagens internacionais, e não haviam sido destacados em nenhuma matéria deste site até a explosão verbal do deputado, três semanas atrás.

A assessoria de Ciro mantém a versão de que os dois voos de dezembro de 2007 não ocorreram, até porque, insiste o gabinete do deputado, ela à época não tinha visto de entrada para os Estados Unidos. Em nenhum momento, o Congresso em Foco afirmou que essa viagem foi feita. Informou que a passagem foi paga pela Câmara.

“A TAM pode ter feito confusão”

Quase um mês depois de Ciro dizer que a lista não passava de “grosseira mentira”, a assessoria do deputado alega que deve ter ocorrido um erro da TAM. O gabinete informa que o irmão mais velho do parlamentar, Lúcio Gomes, tem cobrado insistentemente da companhia aérea uma explicação, e já estaria estudando a possibilidade de acionar a empresa judicialmente para obter as informações. “A TAM pode ter feito uma confusão”, disse a assessoria de imprensa do deputado, reiterando outra coisa que Ciro já havia dito: sua cota jamais foi usada para pagar viagens de qualquer pessoa, a não ser dele mesmo.

Como temos informado, diversos especialistas em Direito ouvidos pelo Congresso em Foco contestam o entendimento, difundido por vários parlamentares, de que era legal a utilização da cota de passagens aéreas do Congresso para voos internacionais, assim como para viagens não relacionadas diretamente com o exercício do mandato. Explicam esses especialistas que, no serviço público, prevalece o princípio jurídico segundo o qual só pode ser feito aquilo que é previsto e expressamente autorizado, e nem a lei nem qualquer norma interna da Câmara ou do Senado jamais autorizou o uso da cota para viagens ao exterior, ou para atividades não relacionadas diretamente com o exercício do mandato parlamentar.

Procurada pelo Congresso em Foco, a TAM solicitou que as perguntas fossem encaminhadas por e-mail, o que foi feito às 12h54 da última quinta-feira, dia 14 de maio. Até a publicação desta matéria, não obtivemos manifestação da TAM sobre a nova versão de Ciro.

Há outra contradição nas explicações dadas por Ciro no dia 22. Em pronunciamento no plenário, disse ter devolvido à Câmara R$ 189 mil de créditos não utilizados de passagens aéreas (ver discurso abaixo). “Devolvi as sobras aos cofres públicos, R$ 189 mil dos exercícios de 2007 e 2008. Não ensino isso para ninguém, até porque quem não fez assim não fez nada errado”, afirmou.

Nem na Terceira Secretaria nem em qualquer outro setor competente da Casa consta qualquer devolução feita pelo deputado cearense. Nesse assunto, a assessoria de Ciro jogou a toalha. Admitiu que, de fato, ele não devolveu os recursos. Apenas “economizou” recursos públicos que deixaram de ser utilizados. Em outras palavras: Ciro ainda não usou, mas os créditos continuam disponíveis para ele.

A história, passo a passo

Desde 19 de abril o site está solicitando ao deputado Ciro Gomes, por e-mail, telefone e pessoalmente, explicações sobre o assunto. Ele não deu nenhum retorno antes da publicação da matéria, no dia 22.

No início da tarde do último dia 22 de abril, Ciro procurou a reportagem para expressar sua contrariedade com a inclusão de seu nome na lista e informar que enviaria uma nota de esclarecimento, como de fato ocorreu. No texto, dizia que a mãe não tinha feito dois dos quatro voos citados e que ela mesma havia pago os outros dois. Na nota, também elogiava o cuidado do site com a apuração jornalística (leia a íntegra da nota).

Discurso no plenário

Naquela mesma tarde, enquanto sua assessoria enviava a nota acima ao site, Ciro elevava o tom dos ataques no plenário. Em tom de indignação, o deputado condenou a “leviana e grosseira mentira”, trocou a data dos voos citados pelo Congresso em Foco, e recebeu aplausos dos colegas após dizer que o povo brasileiro deveria aprender a respeitar o Congresso (veja a íntegra do pronunciamento dele).

Destempero no cafezinho

Logo depois de discursar, Ciro dirigiu-se ao cafezinho do plenário. A reportagem do site o seguiu para pedir mais detalhes sobre o uso da cota parlamentar de passagens. Aos berros, o deputado disse que queria saber quem era o “filho da puta” que havia envolvido o nome dele no caso.

“Só eu viajo com a cota, e agora me vejo jogado numa lista? Quem fez essa lista?” Uma repórter disse que o levantamento era do Ministério Público Federal, e o deputado gritou: “Ministério Público é o caralho. Pode escrever aí. Ciro diz: Ministério Público é o caralho” (leia mais).

Atrás de Ciro

De lá pra cá, continuamos cobrando explicações do deputado, inclusive de público, para esclarecer o assunto (leia). O Congresso em Foco não conseguiu mais falar diretamente com aquele que é um dos mais influentes membros do atual Congresso.

Hoje com 51 anos, Ciro teve em 2006 a maior votação proporcional para a Câmara em 2006, mais de 16% dos votos válidos do Ceará. Também foi deputado estadual, prefeito de Fortaleza, governador e ministro da Integração Nacional, no governo Lula, e da Fazenda, durante o governo Itamar Franco.

Procurada novamente na semana passada, a assessoria de Ciro informou que o deputado estava em missão oficial autorizada pela Câmara nos Estados Unidos.

Tudo se confirmou

Tratando de tema extremamente delicado e que envolve surpreendente número de parlamentares, o Congresso em Foco publicou farto e exclusivo material sobre o assunto e não encontrou, até o momento, nenhum elemento, fato ou prova de que tenha errado em qualquer uma das inúmeras matérias que colocou no ar sobre o assunto. Ao contrário. Outros veículos de comunicação acrescentaram detalhes novos que só reforçam a gravidade do caso, como as revelações feitas no último dia 24 pelo Jornal Nacional, da TV Globo, e pela Folha de S.Paulo sobre a atuação da agência de viagens Infinite, que admitiu negociar créditos da cota de passagens de deputados.

A Câmara abriu sindicância para investigar o caso das passagens. Tanto ela quanto o Senado alteraram a regulamentação da cota, restringindo o uso do benefício aos próprios deputados e a assessores previamente autorizados, num reconhecimento explícito de que os fatos relatados eram importantes, verídicos e que havia algo de errado na utilização de passagens no Legislativo federal. A mudança representa uma economia estimada em mais de R$ 25 milhões por ano para os cofres públicos.

Direito de manifestação

O Congresso em Foco ofereceu a todos os parlamentares citados nas matérias sobre a farra das passagens a possibilidade de manifestação antes da publicação de seus nomes. Durante mais de uma semana buscamos obsessivamente o retorno de e-mails e telefonemas dirigidos a quase 300 congressistas e a mais de uma centena de ex-parlamentares. Todas as explicações e respostas recebidas foram devidamente publicadas.

Reiteramos a todos os congressistas que estamos abertos para ouvir, e publicar, quaisquer esclarecimentos, explicações ou opiniões que queiram expressar sobre o assunto, seja por meio de entrevista ou de textos enviados à redação, que temos publicado na íntegra, tenha ela o tamanho que tiver, de maneira a evitar qualquer edição equivocada das palavras do autor. A atividade jornalística, como qualquer outra, está sujeita a erros. Não teremos nenhuma dificuldade em reconhecer nossos erros se eles forem demonstrados por quem quer que seja.

Fonte: Congresso em Foco - Colaborou Sylvio Costa

Nota do Autor:

Algumas palavras do nobre deputado sobre o assunto:

"Trata-se de leviana e grosseira mentira aquilo que foi feito, envolvendo pelo menos o nome de minha mãe, octogenária", disse.

Aos jornalistas que creditavam a informação sobre o uso de sua cota de passagens ao Ministério Público: "Ministério Público é o caralho! Não tenho medo de ninguém. Da imprensa, de deputados". "Pode escrever o caralho aí", disse.

Ainda muito irritado, o deputado criticou as medidas que vetam o uso da cota por familiares, chamando alguns colegas, sem dar nomes, de "babacas". "Até ontem era tudo [o uso de passagens] lícito, então por que mudou? É um bando de babaca", disse.

Gente fina, elegante e sincera...

Por: Jorge Tadeu

sábado, 18 de abril de 2009

Mais sobre a ampliação do Aeroporto de Congonhas

A ampliação das pistas do Aeroporto de Congonhas exigiria a desapropriação de cerca de 2.500 imóveis e afetaria diretamente 10.000 pessoas, entre comerciantes e moradores dos bairros no entorno do aeroporto, como o Jabaquara, Parque do Jabaquara, Jardim Aeroporto, Moema, Vila Noca, Vila Ceci, Vila Guarani e Campo Belo.

Acrescentar 1.000 metros de pista não trará os resultados anunciados, pois as questões de Congonhas são muito mais complexas e envolvem não só a questão da segurança como também, o ruído, a poluição do ar, do solo. Esses fatores que já vem afetando, e muito, a saúde dos que moram e trabalham não só no entorno, como no próprio aeroporto. Hoje, existem várias escolas e hospitais afetados pelos níveis de ruído e de poluição causados pelas aeronaves que atualmente operam em Congonhas.

Os números da ampliação do aeroporto de Congonhas

1.100 m a mais de pistas

2.000 imóveis seriam desapropriados

75%*do Parque Jabaquara desapareceria

15%*do Jardim Oriental desapareceria

1%* é favorável à desapropriação

*Estimativas da Amea (Associação dos Moradores do Entorno do Aeroporto de Congonhas)

Clique aqui e veja fotos da região do aeroporto

Foto: Denis Freire de Almeida (G1)

"Não adianta prolongar 1000 metros de pista em Congonhas pois, não existe escape lateral e nem possibilidade de haver. Uma pista é oferecida e os aviões que lá explorarão essa pista, devem estar adequados a ela e não a pista se adequar ao avião como pretendem em Congonhas".

Brigadeiro Jorge Kersul Filho, chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa)

Saiba mais

Petição Online: Assine Já

Abaixo Assinado: Imprima o seu

Relatório de Impacto Ambiental

EIA-RIMA vol. 1

EIA-RIMA vol. 2

EIA-RIMA versão slide

Relatório INFRAERO

Site do Movimento Não à Ampliação de Congonhas:

www.naoampliacaodecongonhas.com.br

***

Nota do Autor: O Blog Notícias sobre Aviação e os sites Desastres Aéreos e A História Real do Acidente com o Fokker 100 da TAM apoiam o movimento contra a ampliação do Aeroporto de Congonhas.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

De volta

Olá Amigos do Blog

Perdoem a falta de postagens nestes últimos nove dias. Problemas com o modem da NET/Virtua em casa e dificuldade em postar nos micros da emissora em que trabalho, causaram essa ausência temporária.

Abraços,
Jorge Tadeu

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Férias

Amigos e amigas do Blog

De agora até domingo (11) estarei com a família em viagem de férias.

Sem acesso a Internet, não poderei postar as notícias (a não ser que encontre uma lan house para o lugar que vou...).

Até breve, se Deus quiser.

Abraços

Jorge Tadeu

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

FELIZ ANO NOVO!

Amigos e amigas,

Este Blog foi criado em razão da dificuldade que eu, um entusiasta dos assuntos relacionados à aviação e ao espaço, tinha para encontrar as últimas notícias. Era necessário fazer uma busca por diversos portais, sites e blogs especializados para obter alguma informação. Se era difícil para mim, era para todos, pensei. Decidi então tentar diariamente agrupar o máximo de informações, sempre procurando acrescentar detalhes importantes com o intuito de levar um pouco de conhecimento sobre essas áreas que normalmente têm papel secundário na grande mídia.

Um grande abraço e um Feliz 2009 para todos!

Jorge Tadeu

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Nasa publica novo relatório sobre acidente com o Columbia

A Nasa analisa em pormenores os últimos minutos do Columbia num relatório de 400 páginas.

O documento contém detalhes gráficos sobre a morte dos astronautas.


Restos da explosão do ônibus espacial Columbia, sobre o estado do Texas, em 1 de fevereiro de 2003 - Foto: Dr. Scott Lieberman (AP File)

Os trajes pressurizados e os capacetes da tripulação do ônibus espacial Columbia não funcionaram adequadamente, o que levou a tripulação aos traumatismos fatais quando a nave perdeu a pressão e explodiu matando os sete astronautas que iam a bordo do Columbia no dia 1 de Fevereiro de 2003.

O novo relatório reconstitui os últimos momentos da tripulação, incluindo os sinais de que as coisas estavam indo muito mal, incluindo alertas sobre a pressão do pneus, problemas com o trem de pouso e os esforços realizados pelo sistema computadorizado de vôo para compensar os prejuízos crescentes à navegação.

A aeronave passou por um "flat spin" (parafuso chato) e o piloto, Comandante William C. McCool, da Marinha, realizou uma série de movimentos bruscos, num esforço inútil para controlar o ônibus espacial.

Embora o Columbia tenha explodido durante a reentrada, o fato é que um pedaço de 1,67 libras (pouco mais de 700 gramas) de espuma isolante se desprendeu de um tanque externo de combustível durante a subida e atingiu danificando a proteção de cerâmica da asa esquerda, provocando uma pequena fissura. Este problema não foi detetado durante a decolagem. Quando da reentrada na atmosfera, o calor causado pela fricção com a atmosfera aumentou o tamanho da fissura, permitindo a entrada de gases superaquecidos através do interior da asa como se fosse um maçarico, acabando por destruir a asa completamente e, consequentemente, toda a nave, causando a morte dos sete tripulantes.

Os sete membros da tripulação foram arremessados para todos os lados dentro da aeronave e, provavelmente, estavam desacordados no momento da explosão fatal.

Pelo menos um dos membros da equipe permaneceu vivo durante 30 segundos depois de ter soado o alarme e tentou em vão controlar a aeronave apertando vários botões. Mas, nesse momento, nada mais podia ser feito para se salvar.

O impacto da espuma ficou evidente em vídeos tomadas pela NASA durante o lançamento, e durante o 16o dia da missão, os engenheiros examinaram as asas para ver se o golpe tinha causado danos graves. Mas, para os gestores da missão, os danos eram relativamente inofensivos e a manutenção constituía um problema, e não um risco mortal.

Em um contundente relatório publicado em Agosto de 2003, uma investigação posterior constatou que um conselho de "cultura de quebra de segurança" na NASA foi largamente responsável pelas mortes. O relatório criticou os gestores como muito complacentes e demasiadamente focados no prazo nas pressões orçamentarias.

Embora muitos detalhes do desastre já são há muito conhecidos, este foi o mais extenso estudo já realizado sobre como os astronautas morreram e o que poderia ser feito para melhorar as chances de sobrevivência em um futuro acidente. O objetivo, disseram funcionários da NASA, foi o de encontrar formas de implemetar mudanças na concepção das outras naves espaciais.

O comandante da Columbia do último vôo era o coronel Rick D. Husband da Força Aérea. Além do Comandante McCool, a tripulação incluía Ilan Ramon, um coronel da Força Aérea israelita; o Tenente Coronel Michael P. Anderson da Força Aérea dos EUA; o Dr. Kalpana Chawla, um engenheiro aeroespacial, e dois médicos da Marinha, Capitão David M. Brown e a Comandante Laurel Salton Clark.

Em declaração que acompanha o lançamento do relatório, Michael L. Coats, diretor do Centro Espacial Johnson da NASA, elogiou a equipe de estudos dizendo: "O seu trabalho vai garantir que o legado de Columbia e sua heróica tripulação seja a melhoria da segurança para as tripulações das naves espaciais no futuro em todo o mundo."

A agência espacial espera que os engenheiros possam redesenhar uma cápsula mais segura com base nos erros do Columbia.

Clique aqui para acessar o relatório de 400 páginas da NASA (.pdf em inglês)

Por Jorge Tadeu da Silva, com base em artigo do The New York Times e no Relatório da Nasa

domingo, 28 de setembro de 2008

Problemas técnicos obrigam avião da TAM a retornar a Guarulhos

Um problema técnico obrigou um avião da empresa aérea TAM a interromper o vôo para Porto Alegre e retornar ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, na tarde de sexta-feira (26).

A aeronave Airbus A320-231, prefixo PT-MZO (cn 250), que fazia o vôo JJ 3055, partiu do Aeroporto de Congonhas às 15h45, com destino ao Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre (RS). Segundo umas das passageiras a bordo do avião Vanderlice Dias Jardim, cerca de 30 minutos após a decolagem o comandante avisou pelo sistema de som que voltaria a São Paulo devido a um problema de vazamento de óleo.

- Inicialmente, as pessoas permaneceram calmas, mas aí as luzes começaram a piscar e o avião parecia não conseguir se estabilizar, como se estivesse enfrentando turbulência, contou Vanderlice. Segundo ela, o piloto voltou a se comunicar com os passageiros e comentou que havia um "probleminha no motor".

O Airbus PT-MZO sobre o Aeroporto de Guarulhos em janeiro de 2005

Em nota, a TAM confirma que houve sim um "problema técnico", sem dar mais detalhes. A empresa garante que o pouso em Guarulhos ocorreu normalmente, mas Vanderlice critica a "falta de atenção" da companhia.

- Ao pousarmos, a pista estava repleta de carros de bombeiros e ambulâncias. A TAM nos colocou em ônibus e nos levou até outro avião. A empresa, no mínimo, deveria ter nos levado a uma sala, nos perguntado se estávamos bem e se tínhamos condições de voar, comentou Vanderlice.

- O que nos deixa mais indignados é a falta de preparo e de cuidado com a vida, além da falta de humildade de reconhecerem seus erros [aos passageiros].

Esposa de umas das vítimas do acidente com com o Airbus A320 da TAM, ocorrido no Aeroporto de Congonhas, em 17 de julho do ano passado, Vanderlice viajava para Porto Alegre para participar do encontro que a Associação das Famílias e Amigos das Vítimas do Vôo TAM JJ3054 realiza neste final de semana.

Para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o procedimento de retorno e de pouso estão dentro dos padrões. Segundo a assessoria da agência, nenhum passageiro registrou qualquer reclamação nos aeroportos de São Paulo ou de Porto Alegre. A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) diz ter acionado o sistema de emergência do aeroporto a pedido do próprio piloto, que informou à estatal que enfrentava problemas no motor.

Fonte: Agência Brasil - Foto: Eduardo França

Nota do Autor

Resumo da "ópera": o Airbus da TAM decolou, apresentou o problema, o piloto cortou o motor e retornou, voando monomotor sobre a cidade de São Paulo e acionando os equipamentos de emergência. Procedimentos ok, mas o fato de a empresa ter um elevado número de ocorrência do gênero, levanta a suspeita sobre a qualidade da manutenção de suas aeronaves. Mais uma vez, torcemos para que os "experts" da área e os "torcedores" da TAM não critiquem as manifestações dos passageiros, que, reitero, são clientes e não têm nenhuma obrigação de ter conhecimento técnico para achar tudo "normal".

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Arremetidas assustam passageiros

Duas arremetidas de dois vôos da TAM, em Brasília e em Curitiba, na manhã de ontem, deixaram os passageiros assustados, principalmente depois da notícia de que um avião da FAB e um da Gol quase colidiram em Rio Branco, no Acre, de acordo com o programa "Fantástico", da rede Globo.

A primeira arremetida ocorreu no aeroporto Afonso Pena, em Curitiba, quando o piloto do vôo 3836, que saiu de Porto Alegre às 7h30, fazia o procedimento final para o pouso e preferiu abortá-lo porque o avião não estava estabilizado.

O segundo caso foi em Brasília, quando o vôo 3718 estava na fila para aterrissar, mas teve de voltar a ganhar altura porque outra aeronave, da Ocean Air, não havia desocupado a pista. Nos dois casos, e em Rio Branco, a FAB diz que não houve risco de acidente.

Em Curitiba, o aeroporto operava por instrumentos quando o 3836 ia pousar, por volta das 8h35. Segundo a Aeronáutica, a arremetida foi comunicada e realizada por decisão do piloto. Já no 3718, que saiu de Congonhas às 8h27 e pousou em Brasília às 10h14, passageiros relataram que houve mais um caso de "risco de colisão" porque, quando iam descer, outro avião estava ocupando a pista, obrigando o piloto a acelerar e desistir da aterrissagem.

Para a Aeronáutica, o avião da Ocean Air, em vez de sair da pista principal de pouso na primeira interseção, liberando a área para a próxima aeronave, fez um percurso mais longo do que o normal. "Mas não houve quase colisão", insistiu a Aeronáutica, ao justificar que "a torre comandou a arremetida, que é procedimento normal". A TAM não quis se pronunciar.

Fonte: Tânia Monteiro (Agência Estado)

Entenda o que é arremeter

Arremeter é um procedimento em que o piloto de uma aeronave, durante o pouso, decide voltar a subir, como se estivesse decolando novamente. Pode ocorrer por diversos fatores, entre eles, problemas de visibilidade, falhas na aeronave ou obstruções na pista na hora do pouso. É um procedimento normal de vôo e utilizado para garantir a segurança da aeronave. A maioria das aeronaves possui sistemas aptos e preparados para realizar a arremetida. Os pilotos também estão aptos a realizá-la, recebendo treinamento para isso.

O piloto deve decidir arremeter quando:

- pousa sem auxílio de equipamentos eletrônicos e há condições meteorológicas que impeçam o piloto de ver os limites da pista (nevoeiro, chuva, etc);

- mesmo com o auxílio de equipamentos eletrônicos, o piloto se aproxima da pista e não consegue visualizá-la;

- por falha do controle de vôo, outro avião esteja fazendo manobra na pista;

- por algum problema externo, existam animais ou algum veículo obstruindo a pista;

- por falha técnica, o trem de pouso da aeronave não descer.

Como ocorre a arremetida?

Durante o procedimento de pouso, caso o piloto perceba algum problema, ele acionará comandos no avião para reverter o pouso e voltar a subir. Como no pouso o avião está com o bico (parte frontal) em um ângulo para baixo, estes comandos acionados farão o bico da aeronave voltar-se para cima. Ao mesmo tempo, o piloto acionará equipamentos que farão o motor aumentar a sua potência (que estava reduzida para o pouso) e, dessa forma, impulsionar o avião para subir novamente.

O que pode ocasionar uma falha na arremetida?

Existem inúmeros fatores que podem contribuir para que o procedimento de arremeter não ocorra corretamente, entre eles:

- se o piloto perceber, muito perto da pista, que não há condições de pouso;

- se não existir espaço de pista suficiente para que, depois de acionado o procedimento de arremetida, a aeronave consiga subir novamente;

- se houver falha nos equipamentos da aeronave.

Fonte: Faculdade de Ciências Aeronáuticas da PUC/RS

Nota do Autor:

Os ditos "especialistas de (ou em) aviação" criticam a imprensa pela divulgação de quaisquer ocorrências com aeronaves que sejam consideradas - para eles, os "especialistas" - notícias irrelevantes.

A despeito de ser um procedimento normal, a arremetida causa desconforto e gera apreensão entre os passageiros, o que não pode nem deve ser desprezado pelas pessoas que trabalham na área ou pelos ditos "experts".

Já vivemos anos de obscurantismo quando o acesso às informações era filtrado por membros da ditadura militar. Para os saudosos dessa época, recomendo que pensem bem nestas duas frases: “A censura é a mais jovem de 2 irmãs, a mais velha é a inquisição" (Johan Nestroy) e “Censurar é abrir caminho à imbecilidade”.

sábado, 5 de abril de 2008

Comentando as críticas às informações publicadas

As empresas aéreas e os "experts" em aviação erram ao criticar a imprensa pela divulgação de informações sobre as ocorrências nos vôos que causam desconforto aos passageiros.

Turbulência severa, abortamento repentino de decolagem, arremetida, alijamento de combustível, queda de estruturas internas da aeronave durante o pouso, entre outras supostas “normalidades” podem assim ser encaradas pelos tripulantes e "especialistas", porém os vôos não são ocupados apenas por estes, mas sim por passageiros que apenas querem realizar sua viagem com segurança e tranqüilidade e não têm obrigação de saber o que é considerado "normal" ou não.

A imprensa pode – e deve – ser criticada por veicular informações falsas, mas jamais por informar, pois durante anos muita mentira foi dita, o que não trouxe nada de positivo para as empresas, muito menos para os usuários.

Definições sobre Acidentes e Incidentes Aéreos

As definições são consistentes com as aquelas da Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO), da Agência Nacional da Aviação Civil, da NTSB e da Boeing.

Acidente. (Anexo 13 de ICAO)

Ocorrência associada com a operação de um avião entre o período de embarque e desembarque dos passageiros e tripulação em que:

a) uma pessoa é ferida seriamente ou morre em conseqüência:

- de estar no avião,

- de estar em contato direto com a qualquer peça do avião, incluindo as partes que se destacam (escadas, mangueiras de abastecimento)

- exposta à explosão do jato ou

b) o avião apresenta danos ou falha estrutural que:

- afeta as características da força estrutural, do desempenho ou do vôo, e

- requeira o reparo ou a recolocação do componente afetado, ou

c) o avião desapareceu ou está em local completamente inacessível.

Incidente (Anexo 13 de ICAO)

Uma ocorrência, à exceção do acidente, associada com a operação de um avião que afete ou possa afetar a segurança da operação.

O Autor