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quarta-feira, 6 de julho de 2022

Vai viajar de avião? Saiba quais são os protocolos contra a covid-19 ainda exigidos

Em virtude do encerramento da emergência em saúde pública, a Anvisa anunciou, em maio, a flexibilização de medidas no transporte aéreo, mas algumas regras permanecem.


Considerado um mês de alta temporada, julho costuma ser o período escolhido por muitas famílias para viajar, por conta das férias escolares. Este ano, com a retomada de forma mais intensa do turismo, a expectativa é que os aeroportos voltem a ter o antigo fluxo de passageiros para a época. Mas quem ficou desde o início da pandemia sem viajar pode se confundir com os protocolos em vigor, devido às tantas mudanças que já ocorreram desde então.

Em virtude do encerramento da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, em maio, a flexibilização de algumas medidas contra a covid-19 nos aviões. Entre elas, a retomada do serviço de alimentação a bordo e a permissão para retirada de máscara para alimentar-se.

Também foi retornada a capacidade total para transporte de passageiros, permitindo a retomada da atividade habitual dos ônibus comumente utilizados para transporte para embarque e desembarque de aeronaves localizadas na área remota. Por outro lado, ações como o desembarque por fileiras seguem em vigor.

Da mesma forma, o uso de máscara segue obrigatório no avião e em áreas restritas do aeroporto. Conforme a Anvisa, a máscara deve estar bem ajustada ao rosto, cobrindo o nariz e a boca. Bandanas, lenços e protetores faciais do tipo “face shield” usados sem máscaras por baixo não são permitidos, assim como máscaras de acrílico ou de plástico transparente e as que possuem válvula de expiração, mesmo que sejam profissionais.

De volta ao Brasil


Para quem planeja uma viagem ao Exterior, é importante, também, ficar atento aos protocolos exigidos para entrada em cada país, incluindo o Brasil, no momento de retorno.

Quem chega de avião precisa apresentar, antes do embarque, o comprovante de vacinação completo. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, considera-se completamente vacinado o viajante que tenha completado o esquema vacinal primário há, no mínimo, 14 dias antes da data do embarque. São elegíveis para apresentação de comprovante de vacinação brasileiros e estrangeiros em viagem aérea com idade de 12 anos ou mais.

Via GZH - Imagem: Getty Images

Número de viagens caiu 41% durante pandemia, aponta IBGE

Levantamento da PNAD Turismo mostra que 12,7% dos domicílios tiveram pessoas que viajaram no ano passado.

Funcionária mede temperatura de passageiro no aeroporto de Congonhas, em São Paulo
(Foto: Amanda Perobelli/Reuters)
Apenas 12,7% dos domicílios do país tiveram algum morador que fez ao menos uma viagem em 2021.

O dado é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Turismo, divulgada nesta quarta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2019, antes da pandemia de Covid-19, o índice chegava a 21,8%.

A pesquisa teve por objetivo quantificar os fluxos de turistas nacionais dentro do país e para o exterior, seja de carro, ônibus ou avião.

Por meio de um convênio com o Ministério do Turismo, o IBGE identificou que, em 2019, foram realizados 20,9 milhões de viagens e, em 2021, 12,3 milhões, uma queda de 41%.

Essa retração foi puxada principalmente pelos 62,3 milhões de domicílios onde não foram registradas viagens dos moradores em 2021.

Desses, 53,7 milhões possuem renda inferior a dois salários mínimos.

O IBGE quis saber o motivo dessas pessoas não viajarem no ano passado, mesmo com a melhora da pandemia.

Considerando todas as faixas de renda, a falta de dinheiro foi o principal motivo relatado por 30,5% dos entrevistados. Outros 20,8% afirmaram não terem necessidade.

A pesquisa ainda mostra quanto menor a faixa de renda, maior o índice de pessoas que não viajaram por falta de dinheiro.

Entre os domicílios com ganhos entre um a menos de dois salários mínimos, a taxa chega a 21,8%. Já entre as pessoas que ganham menos de meio salário mínimo, o índice alcança 44,4%.

A análise destaca a categoria ‘Outro’ entre os motivos apontados pelos brasileiros.

Segundo a pesquisa, a resposta ficou superdimensionada por passar a agregar causas relacionadas a crise sanitária da Covid-19 como fronteiras fechadas, infecção de Covid-19 no período pretendido para viajar e necessidade de distanciamento social.

A justificativa foi escolhida por 20,9% dos entrevistados em 2021, aqui considerando todas as faixas de renda.

Já entre os domicílios que tiveram pessoas que se deslocaram, cada residência teve um custo médio de R$ 1.331 com viagens em 2021.

Do total de viagens investigadas em 2021, 10,5 milhões (85,4%) foram por finalidade pessoal, como lazer, tratamento de saúde, visita a parentes e compras pessoais.

Entre os domicílios com renda igual ou superior a um salário mínimo, a viagem realizada por motivo de lazer foi predominante, chegando a 57,5% na faixa acima de quatro salários mínimos.

Já entre as classes com rendimento abaixo de meio salário mínimo, o principal motivo da viagem foi tratamento de saúde ou consulta médica, cerca de 35,1%.

Na classe de renda acima de meio salário mínimo e abaixo de um salário mínimo, o principal motivo da viagem foi visita a parentes ou amigos, 33,7% dos entrevistados.

Perfil das viagens


O perfil das viagens realizadas pelos brasileiros é bem definido: viagem de carro, para o estado de São Paulo, em busca de sol e praia, hospedagem em casa de amigos ou parentes.

O principal destino escolhido pelos brasileiros foi São Paulo. No ano passado, uma em cada cinco viagens (20,6%) foi para o estado paulista.

Minas e Bahia vêm em segundo e terceiro lugar, respectivamente, com 11,4% e 9,5%.

De acordo com o estudo, as viagens nacionais sempre predominaram, mas ganharam ainda mais preferência nos últimos dois anos.

No ano anterior à pandemia, cerca de 3,8% das viagens eram internacionais. Em 2020, o índice caiu para 2% e, em 2021, para 0,7%.

A PNAD ainda levantou pela primeira vez os gastos com turismo e revelou que o valor das despesas caiu durante a pandemia.

Em 2021, os gastos totais em viagens nacionais com pernoite somaram R$ 9,8 bilhões, contra R$ 11,0 bilhões em 2020.

Os maiores gastos foram em viagens para São Paulo (R$ 1,8 bilhão), Bahia (R$1,1 bilhão) e Rio de Janeiro (R$1,0 bilhão).

Cerca de 57,2% das viagens no ano foram em carro particular ou de empresas, 12,5% em ônibus de linha e 10,2% de avião.

Como principal local de hospedagem, a casa de amigos ou parente superou as demais modalidades, representando, em 2021, 42,9% dentre as alternativas.

Dentre os motivos de lazer, em 2021, 48,7% das viagens foram em busca de turismo de sol e praia.

Via CNN

domingo, 12 de junho de 2022

EUA deixam de exigir teste de Covid para quem chega ao país de avião a partir deste domingo

Medida foi adotada após pressão de companhias aéreas. Centro de Controle de Prevenção de Doenças (CDC) vai reavaliar mudança nas regras em 90 dias.

(Foto: Mike Blake/Reuters)
Os Estados Unidos deixaram de exigir testes de Covid-19 pré-embarque para passageiros que viajam de avião para o país. Criada em janeiro de 2021, a exigência deixou de valer a partir de 0h01 deste domingo (12).

O relaxamento foi autorizado pelo governo norte-americano após forte pressão das companhias aéreas e outras empresas do setor de turismo.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) entendeu que a ciência e os dados indicam que os testes pré-embarque não são mais necessários. O CDC fará uma reavaliação desta decisão em 90 dias, disse a autoridade.

Em dezembro de 2021, o CDC passou a exigir que os viajantes tenham testes negativos de Covid-19 dentro de um dia antes dos voos para os Estados Unidos – e não três dias antes, como previa a regra anterior. Essa exigência não se estendeu para viagens de fronteiras terrestres.

O presidente-executivo da American Airlines, Robert Isom, disse na semana passada em conferência que as exigências de testes eram "sem sentido" e estavam afetando as viagens de lazer e negócios.

As companhias aéreas disseram que muitos norte-americanos não estão viajando internacionalmente por causa de preocupações de que eles testarão positivo e ficarão presos no exterior.

Isom disse que 75% dos países visitados pelos norte-americanos não têm requisitos de testes.

"O CDC fará uma reavaliação dessa decisão em 90 dias e, como em outras políticas, o CDC continuará a avaliá-la continuamente", disse um alto funcionário do governo dos EUA.

Via Reuters

sexta-feira, 20 de maio de 2022

Como ou sem máscara no avião? As novas regras da Europa

Agências de saúde da UE já não exigem o uso da proteção em voos e aeroportos. Mas isso não significa que já permitido voar sem máscara em toda a Europa.


Parecia que esse dia nunca ia chegar: a volta dos festivais, pessoas com o rosto descoberto em espaços fechados e até dentro do avião!

Esta semana, a Agência Europeia de Segurança (EASA) e o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) retiraram a recomendação de que as máscaras sejam obrigatórias em voos e aeroportos como parte das medidas anti-covid. A norma passou a valer na última segunda-feira, com a recomendação de que passageiros vulneráveis devem continuar usando a proteção, independentemente das regras. Mas, atenção: isso não significa que já permitido voar sem máscara em toda a Europa.

Como assim?


É que as máscaras continuarão sendo obrigatórias quando um voo decola ou aterrissa em um país que ainda exige o seu uso no transporte público. É o caso da Espanha, por exemplo. Por aqui, ainda é obrigatório cobrir nariz e boca no táxi, no ônibus, no metrô, nos trens e nos aviões. Então, mesmo que você voe de uma cidade espanhola à Hungria, um país que já permite voar em proteção, o uso será obrigatório. Na volta, valeria a mesma regra.

Onde pode e onde não pode?


Saber onde usar, ou não, a máscara durante uma viagem está cada vez mais complexo. Hoje em dia, a Europa se divide entre três cenários:

Países que exigem uso de máscara em voos e aeroportos:

Alguns exemplos de países nessa situação são Grécia, Áustria e Países Baixos.

Países que exigem uso de máscara nos voos, mas não nos aeroportos:

Portugal, Itália, Alemanha e Espanha.

Países que não exigem uso de máscara em voos e aeroportos:

Reino Unido, Bélgica, França, Finlândia, Suécia e boa parte dos países do Leste Europeu, como Hungria, República Tcheca, Romênia e Polônia.

Fique atento


Uma regra pra não errar: na dúvida, tenha uma máscara sempre em mãos. E saiba que as regras mudam o tempo todo. Antes de viajar, faça lição de casa.

Via Terra - Imagem: Reprodução

sexta-feira, 13 de maio de 2022

Anvisa autoriza lanche nos aviões, mas mantém uso de máscaras em voos

Retirada da proteção facial para alimentação e retorno da capacidade máxima de passageiros para embarque e desembarque pela área remota voltam a ser permitidos após restrições para reduzir risco da covid-19.

Máscaras ainda são obrigatórias dentro do avião e nas áreas restritas dos aeroportos,
mas passageiros podem retirá-la para alimentação
A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta sexta-feira, 12, a flexibilização das medidas sanitárias em aeroportos e aeronaves. De acordo com o órgão, as atualizações foram feitas após a decretação do fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) em decorrência da covid-19 pelo governo federal.

Segundo as novas normas, está permitida a volta do serviço de bordo (como refeições), a retirada da máscara para alimentação e o retorno da capacidade máxima de passageiros no transporte para embarque e desembarque pela área remota.

A obrigatoriedade do uso de máscaras dentro do avião e nas áreas restritas dos aeroportos continua mantida, além do desembarque realizado por fileiras e os procedimentos de limpeza e desinfecção de ambientes e superfícies. O distanciamento físico continua recomendado sempre que possível.

Europa


Na quinta-feira, 11, a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (Easa) e o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças informaram que, a partir da próxima segunda-feira (16), deixam de recomendar máscaras obrigatórias em aeroportos e voos.

Em comunicado conjunto, a Easa e o ECDC afirmaram que vão "retirar a recomendação de uso obrigatório de máscaras médicas nos aeroportos e a bordo de voos". Lembram, no entanto, que "a máscara facial continua a ser uma das melhores proteções contra a transmissão" do SARS-CoV-2, especialmente para pessoas mais vulneráveis.

Via Agência Brasil - Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil / Estadão

quarta-feira, 4 de maio de 2022

EUA recomenda que passageiros voltem a usar máscara em viagem de avião

Autoridade de saúde do país indica que trabalhadores e usuários de transportes coletivos não devem abrir mão da proteção em deslocamentos.


O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos recomendou, nesta terça-feira (3/5), que os viajantes continuem a usar máscara facial nos aeroportos e durante as viagens de avião, trem e ônibus para prevenir novas infecções pelo coronavírus.

De acordo com a autoridades de saúde da agência norte-americana, a recomendação é baseada na atual situação da Covid-19 no país, nas taxas de transmissão do vírus e na proteção conferida pelas máscaras.

O mandato do uso do item de proteção por passageiros e por trabalhadores do sistema de transportes foi estendido diversas vezes desde o início da pandemia. O último deveria terminar nesta terça-feira (3/5), mas uma ordem judicial de 18 de abril já havia antecipado o fim imediato da obrigatoriedade.

A decisão da juíza Kathryn Kimball Mizelle, da Flórida, entendeu que o CDC teria ultrapassado sua autoridade ao prorrogar a obrigatoriedade da proteção.

Via Bethânia Nunes (Metrópoles) - Com informações da agência Reuters

quarta-feira, 27 de abril de 2022

Após fim de máscaras, aéreas podem reembolsar quem tem medo de contágio

Parte dos passageiros tem medo de viajar nos EUA após o fim das máscaras a bordo, o que motivou companhias a analisarem políticas e pedidos de cancelamentos, remarcações e reembolsos (Imagem: Ashim DSilva/Unsplash)
Após a ordem da juíza federal Kathryn Kimball Mizelle que eliminou a obrigatoriedade do uso de máscaras em aviões nos Estados Unidos na segunda-feira (18), grandes companhias aéreas americanas estão tentando acomodar as hesitações de passageiros que não se sentem seguros em viajar em um avião cheio em que a maioria não faz mais uso da proteção.

Ao programa Today Show, o presidente da United Airlines, Scott Kirby, garantiu que passageiros com questões de saúde ou que não puderam ser vacinados, como crianças pequenas, poderão receber um reembolso ou crédito para ser utilizado em passagens futuras.

"Para clientes assim, imunocomprometidos ou que têm outras preocupações e problemas, estamos trabalhando junto com eles [para encontrar uma solução] se eles realmente não quiserem voar. Se eles realmente não quiserem voltar a voar, estamos dispostos a dar um reembolso", comprometeu-se.

A United Airlines, que já permitia o cancelamento sem taxas de bilhetes de todas as classes, exceto a econômica, também estendeu o período para uso de créditos de voos até 31 de dezembro de 2023.


"Entendemos que muitas pessoas estão preocupadas com a covid-19. Quaisquer dos nossos clientes ou funcionários que prefiram usar uma máscara podem fazê-lo. Além disso, a filtragem de ar nas nossas aeronaves torna a qualidade do ar que você respira a bordo a mais limpa que encontrará em qualquer lugar", insistiu ainda uma porta-voz da empresa à revista Travel and Leisure.

Já a Delta Air Lines prometeu analisar caso a caso os pedidos de cancelamentos devido ao fim da obrigatoriedade do uso de máscaras em aviões. À agência Associated Press, uma representante da companhia orientou passageiros que já tenham bilhetes comprados a entrar em contato com a aérea por telefone para discutir sua situação.

Este é também o posicionamento da Alaska Airlines, parceira da Latam no Brasil. Ao Los Angeles Times, a empresa anunciou que discutiria alternativas "com os passageiros caso a caso se eles não estivessem se sentindo confortáveis em voar". No entanto, a Alaska, assim como a Delta, não detalhou quais seriam as possibilidades oferecidas aos viajantes arrependidos.

(Imagem: Getty Images)
Já a American Airlines tem regras mais rígidas. À Travel and Leisure, a aérea destacou ter "uma política pré-covid-19 que cria exceções às restrições de cancelamento para pessoas com problemas de saúde", no entanto, a empresa não esclareceu quais tipos de questões ou doenças seriam consideradas motivos suficientes para um cancelamento e se este tipo de situação garantiria reembolso ou créditos.

Crianças não contempladas pelos programas de vacinação, no entanto, não se encaixam na política da companhia. No Twitter, a American Airlines respondeu a uma passageira preocupada com seu bebê de 2 anos que "não devolveria o valor de passagens não reembolsáveis."


Uma porta-voz da companhia ainda afirmou à publicação que membros de seu programa de fidelidade podem utilizar seus créditos de viagem em qualquer momento até o fim de 2022, mas que bilhetes comprados após 31 de março de 2021 não podem mais ser alterados ou estornados.

Ainda segundo o Los Angeles Times, além daqueles cadastrados nos programas da fidelidade, poderão fazer mudanças em suas programações de viagem e até receber um reembolso aqueles viajantes que compraram bilhetes estornáveis, como exemplificou a companhia acima. No entanto, passageiros da classe econômica não se enquadram nesta categoria.

segunda-feira, 25 de abril de 2022

Airbus entregou 3 vezes mais aviões que Boeing durante a pandemia


Os recentes desafios em torno das preocupações de segurança e o impacto da pandemia de coronavírus fizeram com que a fabricante americana de aeronaves Boeing perdesse terreno para a rival europeia Airbus.

Até o final de 2021, a Airbus havia entregue 1.376 aeronaves em todas as categorias desde o início da pandemia em janeiro de 2020, segundo dados compilados pela Finbold. As unidades quase triplicaram as 466 entregas acumuladas da Boeing no mesmo período.

Nos últimos cinco anos, a Airbus teve uma vantagem na entrega de 3.757 aeronaves, com a Boeing atrás de 2.415. Curiosamente, em 2017 e 2018, a Boeing registrou um total de 1.569 entregas, superior às 1.518 da Airbus

Para aeronaves específicas, a Boeing registrou as maiores entregas para a controversa marca 737 MAX com 245 unidades, apesar das preocupações de segurança. Do outro lado do Atlântico, o A320neo foi o modelo líder da Airbus com 258 unidades.

Via airlive.net - Imagem: Reprodução

quinta-feira, 21 de abril de 2022

Especialistas explicam se ainda é eficaz usar máscara se você for o único no ambiente

Nesta semana, os Estados Unidos mudaram as regras do uso da máscara para aviões e outros transportes.

Passageiros com máscara em voo da JetBlue (Foto: Reuters)
Os requisitos de máscara do governo Biden para aviões e outros transportes de massa não estão mais em vigor durante uma revisão de uma decisão de um juiz federal da Flórida que derrubou a ordem. Alguns viajantes saudaram a decisão de segunda-feira (18), mas outros decidiram manter suas máscaras.

As máscaras faciais oferecem a maior proteção contra a propagação de partículas portadoras de vírus no ar quando todos as usam. Mas uma pesquisa sugere que as máscaras podem proteger o usuário sozinho, agindo como uma barreira entre as partículas e o nariz e a boca.

“Na verdade, eu estava viajando de avião ontem quando a exigência de máscara no transporte público foi removida. Eu definitivamente mantive minha máscara durante todo o meu voo”, Chris Cappa, professor de engenharia civil e ambiental da Universidade da Califórnia, Davis, que estuda partículas de aerossol e máscaras, escreveu em um e-mail na terça-feira (19).

Enquanto viajava de Sacramento para San Diego, ele observou que o número de outros passageiros que mantinham suas máscaras caía constantemente.

“Vou continuar usando minha N95 enquanto viajo por um tempo. Pessoalmente, tenho mais preocupação quando estou em espaços pequenos e lotados, como em aviões, em comparação com quando estou em espaços grandes e relativamente abertos, como aeroportos”, escreveu Cappa.

Quando uma pessoa está usando máscaras e outras não, é chamado de proteção unidirecional.

“O nível de eficácia com proteção unidirecional depende em grande parte de dois fatores: quão bem sua máscara se encaixa e com que eficácia o material da máscara filtra partículas que podem transportar vírus. Máscaras como N95s e KN95s geralmente são mais protetoras do que máscaras cirúrgicas ou de pano máscaras porque podem fazer uma vedação mais apertada contra o seu rosto. E as máscaras cirúrgicas tendem a fazer um trabalho melhor na filtragem do que as máscaras de pano para um ajuste semelhante”, escreveu Cappa.

“No entanto, máscaras diferentes se encaixam melhor ou pior em rostos diferentes, e por isso é importante encontrar uma que se encaixe bem em você. Por exemplo, você pode ajustar os ganchos de orelha para que a máscara se encaixe mais firmemente”, disse ele.

“A máscara fica melhor à medida que há melhor ajuste. Uma N95 bem ajustada pode reduzir a quantidade de partículas potencialmente infecciosas que você inala em mais de 20 vezes.”

Mesmo que todos ao seu redor estejam sem máscara, Cappa observou que usar uma máscara N95 bem ajustada pode reduzir a quantidade de partículas infecciosas que você pode respirar”, escreveu ele em seu e-mail.

Máscaras de pano — incentivadas no início da pandemia, enquanto outros equipamentos de proteção eram escassos — podem filtrar grandes gotículas.

Mas máscaras mais eficazes, como as N95, podem filtrar aquelas além dos aerossóis ou partículas menores que as pessoas infectadas podem expirar, disse Erin Bromage, professora associada de biologia da Universidade de Massachusetts Dartmouth, em dezembro.

Pessoas usam máscaras em meio à pandemia de Covid-19 em Los Angeles (Foto: Reuters)
As máscaras N95 aprovados pelo Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional dos EUA podem filtrar pelo menos 95% das partículas no ar quando instalados adequadamente, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). As máscaras cirúrgicas ou descartáveis ​​são cerca de 5% a 10% menos eficazes do que a N95, disse Bromage.

Um estudo do CDC publicado em fevereiro descobriu que as pessoas que relataram sempre usar uma máscara em ambientes fechados quando em público eram menos propensas a testar positivo para Covid-19 do que as pessoas que não usavam máscaras entre fevereiro e dezembro de 2021.

Entre mais de 500 pessoas que relataram o tipo de máscara que usam, a ação “reduziu as chances de testar positivo” para Covid-19 em 56% entre aqueles que usavam máscaras de pano, 66% entre aqueles que usavam máscaras cirúrgicas e 83% entre aqueles que usavam N95 ou KN95, em comparação com pessoas que não usavam máscara, de acordo com o CDC.

“Se todos os outros estiveram desprotegidos, essas porcentagens podem cair”, disse Cappa à CNN.

Preeti Malani, diretora de saúde da Divisão de Doenças Infecciosas da Universidade de Michigan em Ann Arbor, trata pessoas com Covid-19 há mais de dois anos. Seus pacientes muitas vezes não usam máscara, mas ela sim.

“Que eu saiba, não tive Covid”, disse Malani. “Portanto, a proteção individual das máscaras funciona muito bem, especialmente quando em camadas de vacinação e boa ventilação”.

Malani acrescentou que sente que é seguro viajar, mesmo para aqueles que podem estar em maior risco de Covid-19 mais grave, especialmente se seguirem medidas de proteção, como vacinar-se, testar-se e usar máscaras bem ajustadas e de alta qualidade — mesmo que aqueles ao seu redor não estejam usando.

“Isso não significa que você não pode usar o transporte público. Significa que você precisa ser cuidadoso com isso”, disse ela, acrescentando que está mais preocupada com a propagação do Covid-19 em um bar lotado do que em um avião onde o ventilação do ar é de alta qualidade.

“Quando você usa uma máscara em cima da vacinação, ventilação, potencialmente testes, distanciamento social, pode manter esse risco gerenciável”, disse Malani. “O que eu não quero ver é que as pessoas de repente estão com tanto medo da Covid que não estão mais viajando”.

Ela vai viajar para Lisboa, Portugal, esta semana para participar de uma reunião do Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas. “Planejo usar minha máscara no avião”, disse ela, não porque se preocupe em ficar gravemente doente com a Covid-19, mas porque não quer adiar a viagem para casa se for infectada no exterior.

Cappa escreveu no e-mail que o momento “mais arriscado” para os patógenos se espalharem durante a viagem é quando as pessoas estão “paradas”, como quando todos fazem fila para desembarcar de um avião.

“Isso ocorre porque a troca de ar — que ajuda a manter o ar limpo — dentro de aviões, ônibus e trens tende a ser maior quando em movimento”, disse ele.

“Em um avião, você pode abrir as saídas de ar (se o seu avião as tiver) e direcioná-las para você, pois o ar que sai foi limpo por filtragem. Além disso, se você estiver conversando com outras pessoas, sempre ajuda a manter alguma distância entre você”, acrescentou.

“É claro que isso nem sempre é possível no transporte público, e nesse caso tentar manter a fumaça da respiração de seus vizinhos pode ajudar”.

Em última análise, Vivek Cherian, médico de medicina interna de Chicago e pai de três filhos pequenos, acha que é muito cedo para reverter os mandatos de máscaras para viagens.

“Na minha opinião, não devemos suspender os mandatos de máscaras neste país até que todos que desejam uma vacina tenham acesso e a oportunidade de obtê-la, incluindo crianças menores de cinco anos”, escreveu Cherian em um e-mail na terça-feira.

“Se você é um indivíduo imunocomprometido ou tem familiares imunocomprometidos ou não vacinados, o mascaramento unidirecional ainda pode ser eficaz. A chave é usar a melhor máscara disponível, de preferência a N95, pois oferece um alto grau de proteção,” ele disse. “Continuo a usar porque todos os meus três filhos têm menos de cinco anos e não são elegíveis para vacinas neste momento”.

Via Jacqueline Howardda (CNN) - Com informações de Kristen Rogers (CNN)

Fim da exigência de máscaras em voos nos EUA provoca aplausos e críticas

Diante do declínio da covid-19, o avanço da vacinação e o cansaço acumulado da população, as autoridades americanas têm afrouxado as restrições nos últimos meses.


Ferramenta de prevenção e origem de conflitos às vezes violentos, a máscara deixou de ser obrigatória para passageiros e funcionários de voos e da maioria dos transportes públicos dos Estados Unidos, numa decisão que suscita tanto aplausos quanto críticas.

"Finalmente" disse um passageiro a bordo de um avião da Delta, logo após o piloto anunciar em pleno voo a suspensão, "com efeito imediato" da obrigação do uso de máscara, como se vê em um vídeo compartilhado no Twitter.

Os demais comemoram com uma salva de palmas. Washington havia decidido na semana passada estender a obrigação do uso de máscara no transporte público até pelo menos 3 de maio. Mas, na segunda-feira, uma juíza federal declarou que as autoridades de saúde estavam excedendo suas atribuições e anulou a medida, levando a Administração de Segurança dos Transportes (TSA, na sigla em inglês) a suspender a exigência.

Na mesma noite, as principais companhias aéreas - que exigem as máscaras em sua maioria desde a primavera de 2020 - mudaram suas regras, e a empresa ferroviária Amtrak seguiu o exemplo. Uber e sua concorrente Lyft fizeram o mesmo na manhã desta terça-feira.

A autoridade de transporte de Nova York permaneceu firme e continuará exigindo máscaras no metrô e nos ônibus da cidade, segundo um porta-voz. Mas em Washington, o sistema de metrô e ônibus suspendeu a obrigatoriedade.

Diante do declínio da covid-19, o avanço da vacinação e o cansaço acumulado da população, as autoridades americanas têm afrouxado as restrições nos últimos meses. Mas as máscaras ainda eram impostas no transporte público.

'Irresponsabilidade'


A mudança, no entanto, poderia ser efêmera. O Departamento de Justiça anunciou nesta terça-feira (19) à noite que apelaria da decisão da juíza, se as autoridades sanitárias considerarem que a obrigatoriedade do uso da máscara deve seguir vigente.

O governo "continua pensando que a obrigatoriedade do uso de máscaras nos transportes é um bom uso da autoridade que o Congresso deu aos CDC (sigla em inglês para Centros de Controle e Prevenção de Doenças) para proteger a saúde pública" indicou em um comunicado.

A secretária de Imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, havia classificado anteriormente como "decepcionante" a decisão da juíza. E outros, tampouco, estão satisfeitos com essa mudança repentina. Tatiana Prowell, professora de oncologia do centro de saúde Johns Hopkins, contou no Twitter que recebeu inúmeras mensagens de pessoas imunossuprimidas com câncer preocupadas em viajar em voos sem máscaras.

"Além de usar máscaras N95, os aconselho a viajar em dias/horários menos lotados, se possível" explicou ela, descrevendo a "irresponsabilidade" das companhias em autorizar o fim de máscaras em viagens aéreas.

De acordo com uma pesquisa do YouGov realizada com 7.802 adultos em 18 de abril, pouco antes da decisão da juíza, 63% dos entrevistados apoiavam a obrigação de usar máscara no transporte público. A associação de tripulantes de voo CWA não se posicionou sobre o assunto, já que seus membros estão divididos, conforme destacou a presidente do sindicato, Sara Nelson, ao canal CNBC nesta terça-feira.

A obrigatoriedade da máscara tem sido uma questão muito delicada durante a pandemia, especialmente controversa nos aviões, onde os funcionários das companhias aéreas tiveram que enfrentar a relutância de muitos passageiros, alguns até violentos. A agência responsável pela segurança do transporte aéreo nos Estados Unidos, a FAA, registrou 744 incidentes relacionados ao uso de máscaras desde o início do ano.

"Há um suspiro de alívio absoluto de nossas equipes, mas também há pessoas que estão realmente preocupadas" resumiu Nelson.

As organizações de transporte frisaram que todos são livres para continuar a usar máscara se assim desejarem, em especial em casos de risco pessoal ou quando se verifique um elevado nível de contágio de covid-19 na região.

"Sabemos que cada pessoa está mais ou menos confortável" com as novas medidas, disse a Lyft em um comunicado. Tanto motoristas quanto passageiros podem "cancelar qualquer viagem que não queiram fazer".

Via PEGN - Foto via Redux

terça-feira, 12 de abril de 2022

Passageiro é retirado de avião pela PF antes de desembarque em Viracopos por se negar a colocar máscara

Caso aconteceu durante voo entre Vitória e Campinas. Em vídeo, homem aparece criticando o uso do item de proteção contra a Covid-19.

Área do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (Foto: Fernanda Sunega / PMC)
Um passageiro foi retirado pela Polícia Federal (PF) de dentro de um avião, antes do desembarque no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), depois de se recusar a colocar máscara de proteção contra a Covid-19.

Em nota, a Azul Linhas Aéreas disse que o caso aconteceu após um voo que partiu no domingo (10) de Vitória (ES) e pousou em Campinas. Já segundo a assessoria de Viracopos, depois de o passageiro hostilizar tripulantes e passageiros durante a viagem, a PF foi acionada para "recepcionar ele na chegada".

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que o passageiro rebate um comissário durante o voo.

"Não vou falar com nenhum passageiro, porque não me importo com nenhum passageiro aqui. Estou falando com você. Meu trabalho é uma coisa, e vou cuidar da minha saúde", diz.

Já na chegada à Viracopos, o homem foi escoltado pelos agentes da Polícia Federal enquanto deixava o avião antes do desembarque dos demais passageiros, como mostra uma outra gravação.

"A companhia lamenta eventuais aborrecimentos ocorridos aos seus Clientes e ressalta que medidas como essas são necessárias para conferir a segurança de suas operações", destaca outro trecho do comunicado da Azul.

Procurada, a PF preferiu não se posicionar sobre quais medidas foram tomadas após a retirada do homem.

Uma resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determina que o uso de máscara nos aviões segue obrigatório.

Via EPTV e g1

sexta-feira, 1 de abril de 2022

Fazendo um balanço do impacto da pandemia na aviação global


Os consultores de gestão global McKinsey divulgaram uma visão geral do desempenho da aviação global durante a pandemia, por subsetor. Comparado aos voos de passageiros, o frete aéreo teve essencialmente uma boa pandemia.

A pandemia causou devastação financeira em toda a cadeia de valor da aviação, principalmente para as companhias aéreas. Todos os subsetores relataram grandes perdas em 2020, exceto transitários e companhias aéreas de carga. Embora a carga aérea tenha disparado devido ao aumento da demanda e às altas taxas de frete, as companhias aéreas continuaram a ter os piores desempenhos no setor de aviação.

Embora a pandemia do COVID-19 tenha atingido as companhias aéreas com mais força do que qualquer outro subsetor da aviação, não estava indo muito bem antes disso. De 2012 a 2019, apesar de um ambiente favorável de forte crescimento econômico e baixos preços de combustível, as companhias aéreas estavam perdendo US$ 17 bilhões em lucro econômico por ano, em média. Dos 122 porta-aviões que a McKinsey estudou, 77% eram destruidores de valor. Mas as perdas médias das companhias aéreas antes da pandemia foram apenas cerca de um décimo de seus US$ 168 bilhões em perdas em 2020. Suas receitas caíram 55%, fazendo o subsetor retroceder, em termos nominais, cerca de 16 anos até 2004.

A pandemia do COVID-19 está entrando em seus estágios endêmicos em algumas partes do mundo no momento em que este artigo foi escrito, e as companhias aéreas sofreram uma hemorragia de US$ 168 bilhões em perdas econômicas em 2020. Embora a tentação seja culpar apenas a queda induzida pela pandemia no número de passageiros tráfego, isso seria ignorar os problemas de saúde subjacentes e de longo prazo do setor aéreo.

Os dados do ano fiscal de 2021 ainda não estão disponíveis para todas as empresas cobertas nesta análise, portanto, este artigo extrai insights principalmente dos dados de 2012–20, complementados por observações dos principais desenvolvimentos em 2021.

Desde 2005, a McKinsey, muitas vezes em colaboração com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), avalia o desempenho de toda a cadeia de valor da aviação – ou seja, o grau em que cada subsetor ganha seu custo de capital. A McKinsey analisou todos os participantes da cadeia de valor: fabricantes de equipamentos originais (OEMs) de aeronaves; locadores; prestadores de serviços de navegação aérea (ANSP); aeroportos; operações de restauração; serviços terrestres; manutenção, reparo e revisão (MRO); companhias aéreas; transitários; e sistema de distribuição global (GDS).

Como medida de criação de valor, olhamos para o lucro econômico. Esta é a diferença entre os retornos que uma empresa obtém após levar em conta seu capital investido e os retornos alternativos de oportunidades de igual risco a que os investidores têm acesso, medidos pelo custo médio ponderado de capital (WACC).

Como a McKinsey observou, a pandemia causou devastação financeira em toda a cadeia de valor da aviação, principalmente para as companhias aéreas. Todos os subsetores relataram grandes perdas em 2020, exceto transitários e companhias aéreas de carga, que se beneficiaram de um aumento na demanda por carga aérea. Mesmo criadores de valor anteriormente confiáveis, como aeroportos e fabricantes, não foram poupados do impacto econômico da pandemia.

Transitários e companhias aéreas de carga


Os únicos pontos positivos são os subsetores de frete e carga aérea. Em 2020, ambos conseguiram gerar lucros econômicos saudáveis: para os transitários, 4%; e transportadoras de carga aérea, 9%. De fato, as únicas cinco companhias aéreas que obtiveram lucros em 2020 – AirBridgeCargo, Atlas Air, Cargojet, Cargolux e Kalitta – eram transportadoras de carga.

Antes da pandemia, o desempenho do subsetor de agenciamento de cargas era alto e relativamente estável, com um lucro econômico anual médio de US$ 2 bilhões de 2012 a 2019, ou uma margem de 2,2%. Apesar de alguma consolidação e fusões e aquisições ao longo dos anos, este ainda é um mercado amplamente fragmentado, no qual as cinco principais empresas por receita tiveram uma participação de 27% em 2019. ) graças aos baixos níveis de capital investido. Grandes players, como Expeditors e Kuehne+Nagel, desfrutam de margens de lucro consistentemente impressionantes.

Durante a pandemia, a demanda robusta por carga aérea foi inicialmente impulsionada por equipamentos de proteção individual (EPI) e medicamentos e, posteriormente, por desafios na cadeia de suprimentos de transporte marítimo e forte crescimento nas vendas de comércio eletrônico. A oferta de carga aérea caiu à medida que o número de aviões de passageiros em terra aumentou, restringindo a capacidade de carga e aumentando as taxas (e lucros para os transitários).

Globalmente, os rendimentos de carga aérea aumentaram 40% ano a ano em 2020 e 15% adicionais no ano passado. Os fatores de carga também aumentaram significativamente, dez pontos percentuais em 2021 em comparação com 2019. Esperamos que os rendimentos de carga caiam nos próximos dois a três anos, mas permaneçam acima dos níveis de 2019 devido a uma lacuna contínua entre oferta e demanda.

terça-feira, 29 de março de 2022

O uso de máscaras deve ser mantido nos aviões? Entenda

As companhias aéreas britânicas suspenderam e os Estados Unidos vão rever o uso em breve.

Especialistas discutem acerca da necessidade de máscara dentro de aviões (Foto: Unsplash)
As viagens aéreas têm sido um dos últimos ambientes a dispensar o uso obrigatório das máscaras. Nos Estados Unidos, por exemplo, a medida que obriga as proteções faciais — recentemente estendida até o dia 18 de abril, quando volta a ser revista — ainda é aplicada. No ano passado, 922 pessoas que não usaram máscaras receberam multas da Administração de Segurança de Transportes no país.

Mas há indícios de que a situação pode estar mudando: nas últimas semanas, os aeroportos dinamarqueses e o aeroporto de Heathrow, em Londres, suspenderam a exigência, assim como grandes companhias aéreas britânicas.

Nos EUA, a Associação Internacional de Transporte Aéreo, que representa quase 300 companhias aéreas, e a US Travel Association, um grupo do setor, estão pressionando a Casa Branca para não estender ainda mais a medida, dizendo que é difícil manter as regras, uma vez que as autoridades já dispensaram a proteção em outros locais fechados. Os legisladores republicanos, que recentemente processaram os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) para encerrar o mandato da máscara para viagens aéreas, chamam a regra de “arbitrária”.

Mas alguns especialistas em saúde de viagens afirmam que a abordagem sobre aviões e aeroportos deve ser mais cuidadosa.

Ao contrário dos EUA, a Inglaterra nunca instituiu um a exigência governamental de máscara para viagens aéreas. No entanto, a maioria das companhias aéreas e aeroportos britânicos começou a cobrar a proteção facial em junho de 2020, quando o Reino Unido começou a exigir o acessório em outras formas de transporte.

Nas últimas duas semanas, como partes do Reino Unido suspenderam a exigência, alguns aeroportos, como o de Heathrow, em Londres, e companhias aéreas, entre elas a British Airways e a Virgin Atlantic, também abriram mão de suas regras. Ambas as companhias disseram que usar uma máscara é uma “escolha pessoal” e esclareceram que a mudança só se aplica ao voar de ou para destinos onde não há requisitos de proteção, como Inglaterra e Barbados.

Elas não são as primeiras companhias aéreas a permitir a liberação da máscara. Outras duas empresas aéreas britânicas, Jet2 e TUI Airways, já haviam retirado a obrigatoriedade do acessório, e, em outubro do ano passado, os passageiros começaram a voar sem elas em toda a Escandinávia.

Variações entre países


Se os países de partida e destino tiverem restrições diferentes, a nação com a regra mais rígida define a política nos voos. Indivíduos viajando entre Inglaterra e Irlanda do Norte pela TUI Airways, por exemplo, não precisariam usar máscara, mas indivíduos voando entre Inglaterra e Estados Unidos, nessa mesma companhia, seriam obrigados a usar.

Além da Inglaterra, Irlanda do Norte, Noruega e Barbados, não exigem máscara nos voos México, Santa Lúcia, Bahamas e Jamaica. Estados Unidos, Escócia, Itália e China estão entre os muitos países que continuam a exigir a proteção nos aviões.

As regras do aeroporto podem ser mais rígidas do que as do avião em uma determinada rota, o que significa que um viajante pode ter que colocar a máscara ao chegar.

Nos EUA, as pessoas podem parar de usar a máscara talvez no dia 19 de abril, caso a Casa Branca não estenda a medida.

Os números de casos de Covid variam pelo mundo. Nas últimas semanas, a quantidade de infecções caiu para o nível mais baixo desde junho nos EUA. O Canadá também está com o menor número de casos desde dezembro. Mas em muitos outros lugares, os casos estão aumentando. Uma subvariante altamente transmissível conhecida como BA.2 ataca partes da Ásia e da Europa.

Até os comissários de bordo estão divididos sobre se a exigência deve ser mantida. Alguns dizem que a regra da máscara não vale a pena, em razão das dificuldades para aplicá-la, enquanto outros argumentam que a medida é vital para manter os viajantes vulneráveis seguros.

Alguns defensores do fim dos mandatos que impõe as máscaras argumentam que, enquanto as vacinas estiverem prevenindo doença grave, a contagem de casos é irrelevante, porque a maioria dos viajantes internacionais é vacinada.

Mas os defensores da manutenção das máscaras apontam que nem todos em um avião podem contar totalmente com a proteção das vacinas contra as infecções graves pelo coronavírus.

Pais de crianças menores de 5 anos expressam sentimentos mistos sobre a obrigatoriedade. Atualmente, a vacina contra o coronavírus está disponível apenas para maiores de 5 anos na maior parte do mundo, deixando muitos pais apreensivos em colocar seu filho, que pode ser muito novo para usar uma máscara, em meio a tantos viajantes desmascarados. Por outro lado, muitos pais consideram a regra americana atual, que exige que crianças de apenas 2 anos usem uma máscara, irracional.

Segurança


As companhias aéreas argumentam que os sistemas avançados de filtragem em muitos aviões renovam o ar a cada dois ou três minutos. Portanto, o risco de ser infectado deve ser menor do que em outros ambientes fechados, muitos dos quais não exigem mais máscaras.

Os requisitos de teste de viagem também tornaram os aviões um ambiente mais seguro, de baixo risco para transmissão. Mas pesquisadores apontam que se você estiver sentado perto de uma pessoa infectada, ainda poderá acabar respirando o vírus emitido antes que ele entre no sistema de filtragem de ar.

Por isso, os especialistas em viagens apontam que as máscaras são eficazes. Embora o consenso entre os pesquisadores que se concentram nessa área seja de que as viagens aéreas são bastante seguras, há exemplos de transmissão de coronavírus em aviões — a maioria antes do início da obrigatoriedade de máscara.

Mesmo companhias aéreas e aeroportos que suspenderam a exigência seguem enfatizando a importância delas. Emma Gilthorpe, diretora de operações de Heathrow, disse que, mesmo com o fim da obrigatoriedade, ainda “recomendaria usá-las”.

Por Heather Murphy, do New York Times via O Globo

sexta-feira, 18 de março de 2022

Governo Federal pagou VTCLog por voos que a empresa não realizou, diz TCU

Sócio da empresa de logística VTCLog, Raimundo Nonato Brasil, em depoimento à
CPI da Covid no Senado (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Auditores do Tribunal de Contas da União (TCU) encarregados de analisar o contrato entre o Ministério da Saúde e a empresa de logística VTCLog – com sócios indiciados pela CPI da Covid – encontraram indícios de superfaturamento e fraude em serviços cobrados pela empresa e pagos pelo governo no início de 2021. O caso chegou ao TCU após representação dos senadores Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Alessandro Vieira (sem partido-SE).

Segundo parecer da área técnica do TCU, obtido pelo Congresso em Foco, as provas colhidas ao longo do processo indicam que o governo pagou a VTCLog pelo fretamento de aviões que distribuíram os primeiros lotes de vacinas contra a Covid-19 em janeiro de 2021. Ao todo, a VTCLog emitiu quatro notas fiscais pelo serviço, totalizando R$ 6,6 milhões, com a autorização dada por Roberto Ferreira Dias, ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde na gestão de Eduardo Pazuello.

Entretanto, as primeiras doses da Coronavac enviadas aos postos de saúde em diversos pontos do país foram transportadas gratuitamente por companhias aéreas que doaram voos ao governo ou pela Força Aérea Brasileira (FAB), alegam os auditores, que tiveram por base documentos do próprio Ministério da Saúde. A FAB informou ter transportado 44 toneladas de carga de vacinas da Coronavac para as capitais 10 estados e do Distrito Federal, ao passo que a VTC cobrou pelo transporte de 64 toneladas.


A incongruência nas informações divulgadas pelo governo sobre o transporte dos primeiros lotes de vacina e os pagamentos à empresa chamou a atenção dos técnicos, que não encontraram provas de que a VTCLog de fato contratou as aeronaves pelas quais foi paga. Além disso, sublinharam que o governo de Jair Bolsonaro divulgou, à época dos fatos, que parte significativa dos insumos foi transportada a custo zero.

Auditores do TCU também encontraram indícios de que a VTCLog recebeu R$ 420,8 mil pelo transporte de uma usina de oxigênio para Manaus, durante a crise de Covid-19 na capital amazonense, com autorização de Roberto Ferreira Dias pelo WhatsApp, mas sem nenhuma prova de que o serviço foi de fato prestado. Mais uma vez, os investigadores acreditam que a VTCLog recebeu por um transporte realizado pela FAB.

Uma das quatro notas fiscais apresentadas pela VTCLog ao Ministério da Saúde em que foram apontados indícios de irregularidade pelo TCU. Nela é possível observar o valor de R$ 4 milhões pagos pelo fretamento de aeronaves para distribuição de vacinas entre os dias 18 e 19 de janeiro. Ocorre, no entanto, que não constam especificações de quais voos seriam, quantos aviões e quais companhias
“Os fatos elencados pelo possível cometimento de fraude documental que resultou na execução de despesas sem cobertura contratual e que tornaram, injustamente, mais onerosa a execução do Contrato 59/2018, constituindo conjunto de indícios do cometimento de fraude à licitação,” acrescenta o parecer dos técnicos do TCU, que requisitaram ao ministro Benjamin Zymler, relator do caso, que determinasse a oitiva da VTC Log, em vista das possíveis irregularidades.

Zymler, no entanto, negou o pedido formulado pelos auditores, autorizando apenas a coleta de depoimento de Roberto Ferreira Dias e Alex Lial Marinho, ex-coordenador de Logística de Insumos Estratégicos para a Saúde. “Deixo, contudo, de acatar a proposta de oitiva da empresa contratada, pois as falhas aqui tratadas dizem respeito à execução contratual”, escreveu o ministro, em despacho do dia 24 de fevereiro. De forma reservada, técnicos que acompanham o caso apontaram ao Congresso em Foco, porém, que a decisão de Zymler impede os auditores do TCU de continuarem investigando a empresa. Neste caso, caberia ao Ministério da Saúde sancionar a VTCLog através de uma auditoria interna.

Procurado, o TCU não comentou o caso, encaminhando somente o despacho do ministro Zymler. A VTC, por meio de sua assessoria de imprensa, não quis se posicionar sobre os indícios. O Congresso em Foco telefonou para Roberto Ferreira Dias, mas não obteve resposta.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que “o processo segue em apuração e aguarda a apresentação de documentação por parte das empresas”. A pasta esclarece, ainda, “que há instrumentos administrativos para reaver valores, quando detectadas irregularidades em pagamentos”.

Pedido de explicações


Na terça-feira, o senador Alessandro Vieira protocolou petição junto ao TCU para cobrar o retorno da investigação da empresa VTCLog por indícios de fraude, corrupção e irregularidades em contratos firmados com o Ministério da Saúde. A ação é uma resposta ao despacho do relator, ministro Benjamin Zymler, que negou a realização de oitiva da empresa.

“Avaliamos como extremamente necessária a manifestação da VTCLog quanto à celebração de termo aditivo de contrato cujos efeitos jurídicos foram suspensos cautelarmente pelo TCU e cuja nulidade foi reconhecida posteriormente pelo próprio ministério”, destacou o senador.

Para o senador, o contexto aponta potencial cometimento de fraude à licitação, fato que deve ser aprofundado nas investigações. “Muitos outros indícios de irregularidades são indicados pela competente Auditoria de Controle Externo do Tribunal de Contas da União, a exemplo da cobrança pela VTCLOG de voos em aeronaves fretadas, quando, de fato, parte desses voos teria sido realizada pela Força Aérea Brasileira e por empresas áreas a custo zero, indícios esses de superfaturamento”, afirma.

Na instrução do processo, a área técnica do TCU solicitou que os indícios levantados pela investigação fossem enviados diretamente aos senadores e aos demais órgãos de combate à corrupção, como a Polícia Federal, o Ministério Público e a Controladoria-Geral da União. O ministro Benjamin Zymler, porém, negou o encaminhamento dos documentos, alegando que “o estágio preliminar da apuração dos fatos recomenda cautela na sua divulgação”.

Auditoria interna


Após as descobertas de irregularidades no contrato com a VTC Log reveladas pela CPI da Covid, o Ministério da Saúde iniciou um processo interno de auditoria, já na gestão do ministro Marcelo Queiroga. Em vista das suspeitas de que os voos pagos à VTC não ocorreram, o governo glosou cerca de R$ 2,1 milhões das notas já pagas – o que significa que os valores serão descontados apenas em futuros pagamentos à empresa. Segundo fontes a par da investigação, o governo optou por não glosar a totalidade dos pagamentos com indícios de fraude, que superam os R$ 6 milhões, enquanto não concluir a auditoria interna. A pasta prometeu ao TCU que entregaria os resultados da análise até a última segunda-feira, dia 14, mas o documento ainda não chegou ao processo.

“O exame empreendido nos autos constatou, além das irregularidades já relatadas, fragilidades críticas no processo de gestão e fiscalização do Contrato. No entanto, cabe assinalar que a atual gestão do DLOG/MS, iniciada em 6/7/2021, tem realizado ações corretivas e a verificação de atos pretéritos com a finalidade de identificar as ocorrências de pagamentos indevidos e realizar as respectivas glosas do saldo contratual,” afirmam os técnicos do TCU. Segundo o Ministério da Saúde, o governo já conseguiu recuperar mais de R$ 73,7 milhões em pagamentos feitos indevidamente à VTC Log.

A grande questão, na análise das supostas contratações de fretamento de aeronaves, é que o governo não tem como auditar as cobranças da VTC Log. “O Ministério da Saúde não efetua verificações no processo de cubagem/pesagem da carga, nem mesmo por amostragem, tampouco dispõe de comprovantes de que a carga foi, de fato, transportada no modal indicado, ou seja, há o risco de se haver indicado transporte pelo modal aéreo, que é mais oneroso, mas a carga ter sido transportada pelo modal terrestre”, dizem os auditores.

Na prática, o governo apenas recebia as notas fiscais e pagava a VTC Log conforme a empresa ordenava, sem nenhuma verificação. “Como o Ministério da Saúde não verifica o processo de embalamento e pesagem da carga, há potencial risco de superfaturamento, pois os dados informados pela contratada, em razão de seu caráter meramente declaratório, podem ser superiores ao que foi realmente transportado”, prossegue o parecer do TCU.

Em resposta aos auditores, o Ministério da Saúde informou que “a partir de 15/2/2022, para composição do processo de pagamento, a contratada deverá apresentar comprovante e/ou documento similar que ateste o embarque das cargas aéreas no referido modal, informando, inclusive, o peso cubado das cargas”, que deve ser “assinado pela companhia aérea, e deverá conter minimamente os dados de identificação do pedido e a volumetria (em especial, peso taxado)”.

Aditivo milionário à VTCLog


Roberto Ferreira Dias e Alex Lial Marinho também terão de se explicar ao TCU por qual razão deram aval a um aditivo ao contrato entre o governo e a VTClog em valor superior a R$ 80 milhões, montante “1.800% maior do que o recomendado pela área técnica” no Ministério da Saúde, de acordo com a CPI da Covid. O aditivo foi suspenso pelo TCU e, posteriormente, anulado pelo Ministério da Saúde.

Em julho de 2021, no contexto da CPI, os senadores Alessandro Vieira e Eliziane Gama entraram com uma representação no TCU cobrando investigação de contratos firmados entre o Ministério da Saúde e a VTCLog por indícios de fraude, corrupção e irregularidades. A empresa estava sob suspeita de pagamento de propina a servidores ligados à pasta.

Em conversa por WhatsApp, Roberto Dias autorizou fretamento de usina de oxigênio para Manaus solicitado pela VTCLog. TCU vê indícios de irregularidade. Pagamento foi glosado pelo Ministério da Saúde
Em depoimento à CPI, o motoboy Ivanildo Gonçalves confirmou que realizou vultosos saques em espécie a pedido da empresa – chegando a movimentar R$ 400 mil em dinheiro vivo de uma só vez. Segundo o senador Renan Calheiros, relator comissão de inquérito, a empresa pagou boletos em nome de Roberto Ferreira Dias.

A CPI da Covid indiciou Carlos Alberto Sá, Teresa Cristina de Sá e Raimundo Nonato Brasil, sócios da VTClog, por diferentes crimes. Carlos e Raimundo são acusados de corrupção e improbidade administrativa. Já Teresa Cristina responde apenas por improbidade. O relatório final do colegiado também indiciou Andreia da Silva Lima, diretora-executiva da empresa, por corrupção e improbidade.

Dias foi alçado ao posto por uma indicação do Centrão. Acusado de cobrar propina para fornecedores falsos de vacina, ele chegou a ser preso durante depoimento à CPI da Covid por mentir aos parlamentares.

Por André Spigariol (Especial para o Congresso em Foco)

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

A indústria da aviação virou a esquina na pandemia do COVID-19?


Saímos da pandemia do COVID-19? Crescem as evidências de que 2022 será um ano em que a demanda por viagens retornará a níveis mais normais.

Depois que a Omicron levou a restrições mais rígidas no final de 2021, nas últimas semanas vários países reduziram os requisitos de viagem, como Austrália, França, Suécia, Reino Unido, Suíça e Filipinas.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) divulgou alguns dados promissores sobre vendas de passagens internacionais em 17 de fevereiro de 2022.

Por volta de 25 de janeiro de 2022, o número de ingressos vendidos estava em cerca de 38% do mesmo período de 2019. No entanto, em 8 de fevereiro de 2022, esse número saltou para 49%.

A IATA observou que essa melhoria de 11 pontos percentuais é o aumento mais rápido em qualquer período de duas semanas desde o início da crise do COVID-19.

“O impulso para normalizar o tráfego está crescendo. Os viajantes vacinados têm o potencial de viajar muito mais extensivamente com menos aborrecimentos do que há algumas semanas. Isso está dando a um número crescente de viajantes a confiança necessária para comprar passagens. E isso é uma boa notícia!” Wilie Walsh, diretor geral da IATA comentou em um comunicado à imprensa.

As companhias aéreas na Europa também parecem estar mais confiantes, com várias começando a recontratar funcionários em licença e adicionar novas rotas antes de um verão movimentado.


A Eurowings disse em um comunicado de imprensa em 17 de fevereiro de 2022, que os voos para destinos de férias estavam sendo reservados “em pouco tempo” e estava vendo um aumento na demanda por voos em rotas comerciais.

O governo alemão anunciou esta semana planos para remover gradualmente todas as restrições ao coronavírus até o final de março de 2022.

A Eurowings disse que isso está impulsionando as reservas, com dezenas de milhares por dia, e que, consequentemente, a companhia aérea está adicionando voos para cidades europeias, destinos turísticos na Espanha, Portugal e Itália, além de rotas comerciais domésticas.

“Milhões de pessoas querem colocar as férias em dia ou conhecer seus contatos de negócios pessoalmente”, disse o CEO da Eurowings, Jens Bischof. “O que estamos vendo nas reservas é semelhante a quando você tenta tirar ketchup de uma garrafa – nada por muito tempo, depois carrega de uma vez”.

Em entrevista à Aviation Week, Bischof disse que a Eurowings operará 110 aeronaves neste verão, incluindo cinco A220 em locação úmida da Air Baltic e 10 A320 em locação úmida da Avion Express.

Enquanto isso, a transportadora escandinava SAS também disse que estava apresentando uma programação de verão “mais extensa” com 120 destinos devido ao aumento da demanda. Ela está reabrindo a rota de Copenhague para Boston, adicionando partidas para Nova York, além de dizer que a demanda por voos para o sul da Europa continua aumentando.

A British Airways também disse que está adicionando um novo voo diurno do Aeroporto Internacional Newark Liberty para Londres Heathrow “para apoiar o retorno das viagens de negócios em 2022”.

A Finnair comentou que a pandemia está entrando em uma fase endêmica, onde o COVID-19 será tratado como uma infecção regular, enquanto a Air France-KLM também observou que os últimos três meses de 2021 marcaram um “ponto de virada”.

Walsh, da IATA, concluiu: “As restrições de viagem tiveram um impacto severo nas pessoas e nas economias. No entanto, eles não impediram a propagação do vírus. E é hora de sua remoção, pois aprendemos a viver e viajar em um mundo que terá riscos de COVID-19 no futuro próximo”.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Companhia aérea ironiza fala de Djokovic sobre vacina


Surfando nas polêmicas criadas pelo tenista sérvio Novak Djokovic, a companhia aérea Ryanair, conhecida na Europa por fornecer passagens de avião com preço reduzido, ironizou uma das falas do tenista sobre a eficácia das vacinas contra a Covid-19.

Ao citar um tweet feito pelo portal BBC, que divulgava uma entrevista em que Djokovic disse que: "Não sou anti-vacina, mas abrirei mão de torneios se for obrigado a me vacinar", o perfil da Ryanair tweetou que: "Não somos uma companhia aérea, mas fazemos voos de avião #Djokovic".


Recentemente, Djokovic foi deportado da Austrália por não ter comprovado que tomou a vacina contra o Coronavírus e foi impedido de participar do Aberto da Austrália.

Caso o tenista que representa a Sérvia continue sem se vacinar, como tem bradado aos quatro cantos, ele ficará distante dos dois primeiros 1.000 Masters em Indian Wells e Miami, que acontecem no começo de março nos Estados Unidos, país que exige a imunização.

Novak Djokovic ainda irá perder a disputa dos dois torneios mais conhecidos de tênis. Para disputar Wimbledon e Roland Garros, é necessário comprovar o esquema vacinal completo, o que o sérvio não tem.

Antes de partir para Dubai, onde vai voltar a disputar um torneio internacional, Novak Djokovic quebrou o silêncio em entrevista para a BBC e falou sobre sua deportação na Austrália.

Djokovic coloca em segundo plano a corrida para ser o melhor da história se isso significa tomar a vacina: "Espero poder jogar mais alguns anos", diz. "Mas eu tento estar em harmonia com meu corpo." Vale lembrar que com a conquista do Aberto da Austrália, Rafael Nadal lidera o ranking de títulos de 'Grand Slam' com 21 taças.

domingo, 30 de janeiro de 2022

Mercado interno da avição comercial no Brasil: quais são os principais players?

Qual foi a principal companhia aérea do Brasil em 2021? (Foto: ATR)
A ANAC, Agência Nacional de Aviação Civil do Brasil, divulgou os resultados completos de tráfego de 2021. No ano passado, o país teve 67,37 milhões de passageiros, uma recuperação de 56,5% em relação aos níveis de 2019, o que significa que ainda há um longo caminho a percorrer. Mas, quem são os melhores jogadores do país e como eles se saíram em 2021?

Uma recuperação mista


Assim como a maioria dos países do mundo, a aviação civil brasileira teve uma recuperação mista em 2021. Internamente, as companhias aéreas que operam no Brasil tiveram melhor desempenho e recuperação em relação ao segmento internacional.

De acordo com dados fornecidos pelo governo brasileiro, as companhias aéreas atenderam 62,5 milhões de passageiros domésticos em 2021. Isso representa uma recuperação de 65,7% em relação aos níveis de 2019, quando movimentaram mais de 95 milhões de passageiros.

Internacionalmente, as companhias aéreas que operam dentro e fora do Brasil atenderam apenas 4,7 milhões de passageiros em 2021. Há alguns anos, antes da pandemia de COVID-19, elas levavam 24,1 milhões de passageiros, o que significa que o segmento recuperou apenas 19,5% dos níveis pré-pandemia .

Devemos lembrar que o Brasil enfrentou severas restrições de viagens de outros países devido ao surgimento de novas variantes do COVID na região. Algumas companhias aéreas, como a GOL Linhas Aéreas, retomaram recentemente sua conectividade internacional a partir do Brasil.

Confira os melhores players do Brasil


Então, agora, vamos dar uma olhada de perto nas companhias aéreas do Brasil e como elas se saíram em 2021.

Antes da pandemia do COVID-19, o país era dominado por LATAM, GOL e Azul nessa ordem. No ano passado, a participação de mercado mudou e agora a Azul está em primeiro lugar, seguida pela LATAM e GOL.

A maior companhia aérea internacional operando no Brasil foi a TAP Portugal, seguida pela Copa Airlines, American Airlines e United Airlines.

Azul Linhas Aéreas


Em 2021, a Azul teve a melhor recuperação da pandemia de COVID-19 no Brasil. A companhia aérea, fundada por David Neeleman, teve 23,05 milhões de passageiros no ano passado. Se compararmos esses números com 2019, vemos que a Azul teve uma recuperação geral de 85,7%.

Azul A320neo - A Azul teve 23,05 milhões de passageiros em 2021 (Foto: Airbus)
A Azul Linhas Aéreas passou a ter 34,23% de participação de mercado, sendo a principal companhia aérea do Brasil. Se olharmos para os níveis de tráfego da Azul em dezembro, a companhia aérea encerrou o ano superando os níveis de 2019. No mês passado, a Azul teve 2,5 milhões de viajantes, um crescimento de 4% em relação a dezembro de 2019. No entanto, a Azul agora enfrenta pressão de outro concorrente que se recuperou bastante nos últimos meses, a LATAM.

LATAM Brasil


Apesar de estar em processo de falência do Capítulo 11, a LATAM teve uma boa recuperação no Brasil, principalmente nos últimos meses.

No ano passado, a companhia aérea teve 20,5 milhões de passageiros, uma participação de mercado de 30,54% no Brasil. Em relação a 2019, a LATAM recuperou 55,3% de seus níveis gerais de tráfego pré-pandemia.

A LATAM movimentou 20,5 milhões de passageiros em 2021 (Foto: LATAM)
Apesar disso, a LATAM está em plena recuperação desde outubro, superando a Azul como a principal companhia aérea do país nos últimos três meses.

Por exemplo, em dezembro, a LATAM Brasil movimentou 2,8 milhões de passageiros (contra 2,5 milhões da Azul e da GOL). Comparado aos níveis de 2019, a LATAM Brasil transportava 77,7% dos passageiros antes da pandemia. Não exatamente de volta aos níveis pré-crise, mas perto o suficiente.

GOL Linhas Aéreas


Enquanto isso, a GOL Linhas Aéreas teve uma recuperação mais difícil da pandemia de COVID-19.

Em 2021, a GOL movimentou 18,8 milhões de passageiros, com 27,9% de market share. Em relação a 2019, a GOL recuperou apenas 52% do tráfego pré-pandemia, impactado principalmente no segmento internacional, mercado que recuperou apenas 1,95%.

Boeing B737 MAX - A GOL transportou 18,8 milhões de passageiros no ano passado (Foto: Getty Images)
A GOL encerrou o ano com 2,5 milhões de passageiros em dezembro de 2021. Em relação aos níveis de 2019, é uma recuperação de 73,5%.

Por Daniel Martínez Garbuno (Simple Flying)