quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Aviões poderão pousar automaticamente usando lógica fuzzy

Usando uma espécie de lógica voltada para o tratamento de incertezas, pesquisa brasileira permitiu a criação de um sistema de pouso automático para grandes aviões, como o Boeing 747.

Pouso automático

O que tem a ver um trabalho realizado em um laboratório de química no Brasil e o controle automático do pouso de um avião 747?

Tem muito a ver. Mais especificamente, as duas coisas têm a lógica difusa, ou lógica fuzzy em comum.

O pesquisador Lifford McLauchlan, da Universidade Texas, nos Estados Unidos, realizou com sucesso experimentos que demonstraram que a lógica difusa pode ser empregada em um futuro sistema que permita que grandes aviões, como o Boeing 747, realizem pousos automatizados.

Mas o estudo que fundamentou seus experimentos havia sido elaborado três anos antes, pelos professores Ana Maria Frattini Fileti, Flávio Vasconcelos da Silva e João Alexandre Ferreira da Rocha Pereira, da Faculdade de Engenharia Química, e Vivaldo Silveira Junior, da Faculdade de Engenharia de Alimentos, ambas da Unicamp.

O trabalho brasileiro, denominado Investigações experimentais em lógica difusa para controle de processos, faz parte de uma área de pesquisas que visa aplicar lógica difusa para o controle automático de processos industriais.

O que o pesquisador norte-americano fez foi utilizar as conclusões do estudo para o controle automático de voo de aeronaves.

Controle e automação

O estudo realizado na Unicamp começou quando a professora Ana Maria teve a ideia de reunir diversos trabalhos de controle e automação, envolvendo especialistas das áreas de refrigeração, destilação e polimerização.

Isto gerou uma abordagem muito ampla e extremamente versátil, abrindo a possibilidade da aplicação prática da lógica difusa em diversos segmentos da atividade industrial.

Segundo Ana Maria, o pesquisador norte-americano menciona em seu artigo a parte experimental realizada por seu grupo, mostrando a credibilidade e a confiabilidade da lógica difusa implementada em processos químicos, e defendendo a possibilidade de aplicá-la no controle automático de um Boeing.

Mas o alcance da linha de pesquisa desenvolvida na Unicamp está tendo um alcance ainda maior, o que se verifica pelo grande número de citações que o trabalho vem tendo, em publicações das mais diversas áreas de pesquisa, incluindo a criação de redes neurais artificiais.

Lógica fuzzy ou lógica difusa

A lógica difusa é um dos ramos da inteligência artificial, uma extensão da lógica booleana que admite valores intermediários entre o falso e o verdadeiro.

Com isto, a lógica difusa é uma área de pesquisas voltada para o tratamento de incertezas.

Apesar de disponível desde a década de 1960, a área ganhou impulso maior a partir de 1980, com o surgimento dos computadores digitais e sua grande capacidade de processamento.

A partir daí, essa lógica foi transposta para softwares que permitem o comando automático de determinados processos, máquinas ou equipamentos.

Mas os trabalhos experimentais ainda são escassos. Há muitos trabalhos envolvendo simulações, mas poucos se atêm a aplicações práticas. "Nossa publicação descreve várias situações experimentais de sucesso," destaca Flávio Vasconcelos da Silva.

O pesquisador explica que a lógica fuzzy foge da lógica convencional, que é matemática, cartesiana, que se aplica a uma situação que é ou não é, sem possibilidade de descrever situações intermediárias.

Um exemplo bem simples é o chuveiro, em que se controla a temperatura da água sem que seja necessário realizar cálculos precisos - basta ir abrindo e fechando a torneira, sem necessidade de determinar a temperatura exata da água e nem a abertura particular da válvula.

Um dispositivo que utilizasse a lógica convencional para realizar a mesma tarefa teria que receber a informação exata sobre a temperatura para que pudesse determinar um valor exato para a abertura da válvula.

Da química ao piloto automático

A pesquisadora afirma que os processos descritos no trabalho publicado têm características de transiência.

Ela explica que, nos aviões sem dispositivos totalmente automáticos, o piloto precisa levar a aeronave até as condições de cruzeiro, para só então acionar o piloto automático.

Hoje, as situações de transiência que o piloto conduzia de forma manual também podem ser monitoradas pelas máquinas, através do sistema digital de controle com algoritmos não convencionais como, por exemplo, a lógica fuzzy.

Ana Maria diz que "a subida e descida do avião correspondem ao ligar e desligar dos processos químicos contínuos, e também à operação normal dos processos de batelada, onde essa condição de transitoriedade se verifica o tempo todo, e por isso a similaridade de comportamento com o pouso ou a decolagem".

O professor Pereira acrescenta que estas etapas de voo não se dão em condições uniformes e constantes, e por isso a lógica fuzzy pode ser aplicada a eles. Silva considera que não existe ainda possibilidade de eliminar o piloto, mas o emprego da lógica fuzzy permite que ele se concentre em menor número de variáveis e atuações.

Bibliografia:

Experimental investigations on fuzzy logic for process control
Ana Maria Frattini Fileti, A.J.B.Antunes, Flávio Vasconcelos da Silva, Vivaldo Silveira Junior, João Alexandre Ferreira da Rocha Pereira
Control Engineering Practice
21 March 2007
Vol.: 15, pp. 1149-1160, 2007
DOI: 10.1016/j.conengprac.2007.01.009

Fonte: Site Inovação Tecnológica (com informações do Jornal da Unicamp) - Imagem: Boeing

Pacote com detonador é encontrado em voo comercial da Namíbia para a Alemanha

A polícia da Namíbia interceptou um objeto suspeito com um detonador e um relógio despertador em um avião da Air Berlin que ia da capital namibiana, Windhoek, para Munique.

Segundo o departamento alemão de crimes federais (BKA), não está claro se o objeto, achado na quarta-feira durante o carregamento do Airbus, era um explosivo.

A Alemanha reforçou medidas de segurança na quarta-feira depois que seu serviço de inteligência recebeu informações indicando que estava sendo planejado um atentado no país para o fim deste mês.

Especialistas em segurança alemães estão sendo enviados à Namíbia para examinar o material encontrado no avião. O voo partiu com horas de atraso.

Fonte: O Globo (com agências internacionais) - Foto: Reuters

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Fortes ventos causam danos a pequenos aviões nos EUA

Sete aviões monomotores ficaram danificados nesta quarta-feira (17) após serem atingidos por fortes rajadas de vento no Aeroporto Trenton Mercer, em Ewing, no estado de Nova Jersey, nos EUA.

Duas aeronaves chegaram a capotar. Três seções do teto de um hangar foram arrancadas após as rajadas de vento de aproximadamente 55 mph (88,51 km/h).

Fontes: G1 / Nj.com - Fotos: Mel Evans (AP) / Tony Kurdzuk (The Star-Ledger)

MPF recebe documentos das famílias sobre acidente com voo 447

O Ministério Público Federal (MPF) recebeu nesta terça-feira, em Pernambuco, documentos sobre o acidente com o voo 447 da Air France, que causou a morte de 228 pessoas. O material foi encaminhado pelo presidente da Associação das Famílias das Vítimas, Nelson Marinho.

"Foi entregue ao procurador alguns questionamentos, informações de quase dois anos de investigação e entrevistas com pilotos e especialistas", disse Marinho. O avião caiu no Oceano Atlântico quando fazia o trajeto Rio de Janeiro-Paris, na noite de 31 de maio de 2009.

Segundo Marinho, está prevista para o dia 13 de dezembro uma reunião com todos os órgãos e entidades envolvidos na investigação das causas do acidente, entre eles o Escritório de Investigação e Análise para a Aviação Civil da França (BEA), que apura as causas do desastre; os controladores de voo do 3º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta 3), o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal.

O presidente Associação das Famílias disse ainda que integrantes de associações de outros países com quem mantém contatos defendem voos mais seguros e o direito à indenização para os parentes das vítimas do acidente.

Fonte: Agência Brasil via Terra

Reino Unido abandona projeto de avião F35B de aterrissagem e decolagem vertical

O abandono pelo Reino Unido do projeto de avião de combate Lockheed Martin F-35 Lightning II (foto acima), de aterrissagem e decolagem vertical, não deverá aumentar de forma significativa o custo do programa para os marines norte-americanos, afirmou hoje o general George Flynn.

"Os primeiros relatórios que vi mostram que isso não aumenta de forma significativa o custo da aeronave", afirmou à imprensa o general, que dirige o Comando de Desenvolvimento de Combate do Corpo de Marines, e está, por isso, encarregado de acompanhar o estado de preparação para o combate dos militares.

No quadro de uma nova revisão estratégica anunciada em outubro, o Reino Unido renunciou a dotar-se do F35B (Lockheed Martin F-35 Lightning II), versão de aterrissagem e decolagem vertical do futuro avião de combate, em proveito da versão embarcada em porta-aviões, o F35C (Carrier Version F-35C Joint Strike Fighter) - imagem abaixo -, dotada de um raio de ação maior e, sobretudo, mais barata.

Segundo o jornal britânico The Times, esta decisão deverá conduzir o Reino Unido a dotar-se de 50 aparelhos, em vez dos 138 inicialmente previstos.

Para o general Flynn, a mudança de planos dos britânicos não muda nada para os marines.

"Decidimos saltar uma geração para ter o F35", que deverá substituir, a prazo, quer os Harriers, de decolagem vertical, quer os F18, dos marines, disse.

"O ponto mais importante é o menor custo a médio prazo, o fato de ter um único modelo [de avião] e de passar a um aparelho de quinta geração", sublinhou, considerando o F35 "essencial" para os marines.

Desenvolvido pelo grupo de defesa norte-americano Lockheed Martin, em cooperação nomeadamente com a britânica BAE Systems, o programa F35 (ou JSF, Joint Strike Fighter) associa Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Canadá, Dinamarca, Noruega, Holanda, Turquia e Itália.

Com um custo estimado de 100 milhões de dólares (74 milhões de euros) por unidade, os EUA tencionam adquirir dois mil, dos quais mais de 300 destinados aos marines.

Fonte: Agência Lusa/SOL - Imagens: Wikipédia

Hawker Beechcraft lança dois novos aviões

A Hawker Beechcraft Corporation (HBC), uma das maiores fabricantes de aviões executivas do mundo, representada no Brasil com exclusividade pela Líder Aviação, acaba de lançar duas novas aeronaves: o jato Hawker 200 e turboélice King Air 250. O alcance e a velocidade são características predominantes nos novos modelos.

O Hawker 200 é o jato leve mais avançado no mercado. Evoluindo a partir do programa Premier II, o Hawker 200 mantém as principais características e desempenho. É uma avião pois permite voo alto e rápido, sem sacrificar o conforto ou o custo. Voando a 450 nós e 43 mil pés, o Hawker 200 pode realizar 95 por cento das missões típicas de jatos leves, indo mais rápido, mais alto, mais longe e oferecendo mais conforto com o seu diâmetro de cabine líder na sua classe - tudo por um menor custo operacional por milha e um preço de compra mais baixo.

"Nós passamos os últimos 18 meses coletando informações valiosas dos clientes de jatos leves ao redor do mundo", afirma Shawn Vick, vice-presidente executivo da HBC. "Como era esperado, reiteraram seu desejo de ir mais rápido, alto e longe - tudo isto com o máximo de conforto e na forma mais eficiente possível. Com base nessas conversas, nós transformamos o Hawker 200 no mais rápido, eficiente e espaçoso jato leve single pilot (operado por um piloto)”, completa.

O programa do Hawker 200 está em um estado avançado de desenvolvimento. Após o voo do primeiro protótipo em março de 2010, o Hawker 200 já completou mais de 100 horas de ensaios em voo. Sua certificação está programada para o terceiro trimestre de 2012, com as primeiras entregas previstas para o quarto trimestre do mesmo ano.

Novo King Air 250 - Utilizando nova tecnologia de materiais compostos, o novo King Air 250 oferece um desempenho excepcional e versatilidade superior. Para seu desenvolvimento, a HBC entrevistou mais de 3.000 clientes em todo o mundo sobre diversos aspectos, incluindo desenvolvimento de produto.

“Com o King Air 250, a Hawker Beechcraft partiu de uma plataforma comprovada e definiu novos padrões de desempenho através de tecnologia de materiais compostos cuidadosamente aplicada, proporcionando aumento de versatilidade para a operação em praticamente qualquer ambiente ao redor do mundo. Como o décimo anúncio de evolução da família King Air desde 2003, nenhuma outra linha de aeronaves exemplifica uma estratégia de derivação de produto mais robusta", afirma Shawn Vick, vice-presidente executivo da HBC.

Os novos recursos do King Air 250 incluem winglets BLR Aerospace de material composto para melhorar a eficiência em todas as fases do voo, hélices de material composto que oferecem nova tecnologia e são mais leves, e modificações de indução do motor para aumentar o desempenho.

O desempenho de decolagem resultante é melhor que seu antecessor, o King Air B200GT, e qualquer outro B200 existente. No peso máximo bruto de decolagem, a distância de decolagem, considerando um obstáculo de 50 pés, é de somente 643 metros a partir de aeroportos situados no nível do mar, sendo 122 metros mais curta que a do B200GT. O novo desempenho de decolagem para pistas quentes ou elevadas é ainda mais excepcional. No peso máximo bruto de decolagem, partindo de um aeroporto a 25°C, a distância de decolagem, considerando um obstáculo de 50 pés, é de 943 metros, que é aproximadamente 213 metros melhor que a do seu antecessor.

A certificação para o King Air 250 está programada para o final deste ano, com as primeiras entregas previstas para o segundo trimestre de 2011.

Fonte: Portal Fator Brasil - Imagens: Divulgação

Companhias ampliam cobranças por serviços que eram gratuitos em voos

As companhias aéreas ampliam a cobrança por serviços que eram oferecidos de graça. A partir de hoje, a TAM venderá os assentos das primeiras filas e da área de emergência em 22 voos nacionais e internacionais. A Gol estuda, no ano que vem, expandir os trechos em que vende serviço de bordo extra.

As poltronas da saída de emergência e também as da primeira fila, que oferecem mais espaço para as pernas, começaram a ser vendidas pela TAM em fevereiro deste ano, em projeto piloto, em sete rotas internacionais.

O preço era US$ 50 (R$ 87). Os custos foram reajustados e de hoje em diante começam a variar de US$ 30 (R$ 52,20) a 50 libras (R$ 137,08).

A partir de agosto, a opção passou a ser testada em voos nacionais, em seis rotas partindo do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Hoje, a empresa começa a vender o serviço adicional do aeroporto paulista para outros oito destinos no Nordeste, totalizando 15 rotas nacionais com a opção do assento à venda.

O chamado "Assento Conforto" custa a partir de R$ 10 nos voos domésticos.

"As pessoas estão pedindo, já virou objeto de desejo no mercado internacional", diz o presidente da TAM, Líbano Barroso. Ele diz que o plano é ampliar a cobrança para todos os voos domésticos da companhia.

Preferencialmente, os primeiros assentos do avião devem ser reservados para clientes com prioridade: gestantes, famílias com crianças e pessoas com dificuldade de locomoção. Esses passageiros não pagam nada a mais para sentar nessas poltronas.

Já os assentos na saída de emergência só podem ser vendidos para clientes que se sintam aptos a operá-las. A companhia não vende o "Assento Conforto" pela internet. Só na hora do check-in.

A cobrança por assentos diferenciados é permitida pela legislação brasileira. As empresas também podem vender serviço de bordo - a oferta de refeições ou petiscos a bordo não é obrigatória para voos domésticos.

Concorrentes

A cobrança por serviços adicionais nos voos é prática comum das companhias aéreas europeias e americanas.

Com a crise global, as companhias americanas passaram a cobrar pela segunda bagagem e reduziram drasticamente os serviços de bordo. Entre as empresas de baixo custo, já há quem estude cobrar até pelo uso do banheiro. É o caso da RyanAir.

No Brasil a estratégia é pouco utilizada, embora esteja se ampliando.

A Gol diz que a cobrança pelo assento da saída de emergência está em estudo, mas não há nenhuma previsão quanto à implementação da cobrança extra.

Por ora, a companhia se concentra na ampliação da oferta de lanches vendidos a bordo, que a partir do ano que vem deverão ser oferecidos em cerca de 500 voos. Hoje eles estão disponíveis em apenas 50.

Nos trechos em que os lanches extras são vendidos pela Gol, a companhia continua oferecendo de graça os petiscos e bebidas que serve tradicionalmente.

A Azul cobra preços diferenciados para os assentos das primeiras cinco fileiras da aeronave, configuradas com uma distância maior do que no resto do avião.

O preço mínimo é R$ 30, e o serviço é oferecido em todas as rotas da empresa. Segundo a Azul, não há projeto para cobrar também pelo assento na área de emergência.

Fonte: Verena Fornetti e Mariana Barbosa (Folha.com) - Arte: Editoria de arte/Folhapress

Mais duas falências em companhias aéreas que se dedicam ao segmento charter

Nas últimas semanas chegaram notícias de novas falências em companhias aéreas, entre aquelas que se dedicam ao segmento charter e que, normalmente, trabalham para os operadores turísticos.

No final de outubro foi a sueca Viking Airlines. Por uma semana que não apanhou a operação que esteve a ser feita no Verão entre Londres e a ilha do Porto Santo, que era assumida pela Atlantic Holidays.

A companhia tinha um avião baseado na capital britânica, uma base que foi também desativada devido à devolução ao ‘lessor’ dos três aviões com que a companhia trabalhava e consequente insolvência da empresa.

A última má notícia que se conhece foi a do encerramento da Hamburg International Airlines que também voava para a Madeira.

No ano passado teve um volume de negócios de 130 milhões de euros e tinha actualmente uma frota de oito A319 e um B737. Tinha projetos de expansão, pelo que tinha encomendado mais dois A319, para receber em 2011.

A companhia, de registo alemão, tinha metade dos seus voos contratados com o operador Thomas Cook. Tinha base no aeroporto de Weeze, no nordeste da Alemanha e o seu tráfego era essencialmente turístico com grande parte dos voos para as Canárias e Baleares. A companhia já encerrou e base que está a ser desativada para ser entregue no final do ano às entidades aeroportuárias.

Ambas as companhias fecharam por falta de liquidez, alegando a maior concorrência das companhias de baixo custo e a quebra do mercado de voos charters.

Todos os viajantes foram reencaminhados para os seus países, não se tendo verificado situações de maior dolo para os passageiros, todos clientes de operadores turísticos, segundo a imprensa internacional do setor.

Fonte: Diário de Notícias (Portugal)

Embraer fecha acordo para financiar jatos na China

A Embraer informou hoje que assinou um memorando de entendimento com a Avic International Leasing, da China, para financiamento e leasing de aeronaves. O acordo, que pode atingir US$ 1,5 bilhão nos próximos cinco anos, busca criar oportunidades de financiamento para a venda de aeronaves da Embraer na China e no mercado internacional, com foco no desenvolvimento dos mercados regional e de aviação executiva na China.

Em comunicado, a Embraer informa que a Avic Leasing é uma empresa financeira de leasing de propriedade da Aviation Industry Corporation of China (Avic). É uma das primeiras empresas chinesas de leasing autorizadas a operar pelo Ministério do Comércio da República Popular da China e a única com experiência em aviação no país. Atualmente, a empresa possui ativos de leasing de mais de US$ 1,2 bilhão, com uma frota de 62 aeronaves.

"Este acordo certamente ajudará a fornecer um forte suporte aos nossos clientes na China e em todo o mundo", afirma, na nota, o vice-presidente executivo da Embraer para o Mercado de Aviação Comercial, Paulo César de Souza e Silva. O negócio entre Embraer e Avic Leasing ocorre no momento em que se estima que a demanda de aviões no mercado chinês deverá alcançar a marca de 950 novos jatos regionais nos próximos 20 anos, segundo projeções da empresa brasileira. Desse total, 20 unidades devem ter entre 30 a 60 assentos, 425 terá de 61 a 90 assentos e 505 entre 91 e 120 assentos. A Embraer atribui essas projeções ao relatório Market Outlook, que apresenta análises baseadas nas tendências de crescimento atual e futuro para a indústria de transporte aéreo na China.

Fonte: Agência Estado via Veja.com

Mulher russa dá falso aviso de bomba em voo para evitar casamento de filha

Polícia investigou denúncia e descobriu que alarme em aeroporto foi falso.

Suspeita queria evitar que filha viajasse para o Marrocos, onde se casaria.


Página da agência russa mostra o aeroporto que recebeu a falsa denúncia

Uma mulher russa que queria evitar a todo custo o casamento de sua filha com um cidadão marroquino foi presa por ter emitido um falso alarme de bomba em um voo com destino ao Marrocos, informou nesta quarta-feira (17) o Ministério do Interior da Rússia.

De acordo com a porta-voz do Departamento de Transporte, Tatiana Agapova, a polícia do aeroporto moscovita de Domodedovo recebeu um telefonema anônimo de uma mulher que informou que sua filha era uma terrorista suicida e estava disposta a detonar uma bomba num voo com destino ao Marrocos.

Agentes da polícia e soldados do serviço de segurança aérea investigaram a denúncia, mas não encontraram a suposta bomba, informou a agência russa "RIA Novosti".

Em paralelo, a Polícia descobriu a identidade da pessoa responsável pelo falso aviso de bomba. Era uma mulher de 56 anos, residente em Yaroslavl, cidade a 250 quilômetros de Moscou.

Segundo o porta-voz, a mulher fez o alerta do atentado por motivos pessoais. "Sua filha estava apaixonada por um cidadão marroquino e tinha planos de casar e viver com ele. A mãe era contra a união com um estrangeiro".

A intenção da mulher era fazer com que os agentes obrigassem sua filha, de 33 anos, a descer do avião, concluiu a Polícia.

Fonte: EFE via G1 - Foto: Reprodução

Presa quadrilha que transportava cocaína na fuselagem de aviões

Operação Deserto cumpriu mandados de prisão em seis estados.

Duas aeronaves foram apreendidas; Interpol procura sete suspeitos.

A quadrilha desbaratada pela Operação Deserto, da Polícia Federal, nesta quarta-feira (17) transportava cocaína na fuselagem e nas asas de aviões. Segundo a PF, em cada voo era possível transportar até 250 kg da droga. Duas aeronaves foram apreendidas na operação: uma em Mato Grosso do Sul, ainda no mês de setembro durante as investigações, e uma nessa quarta-feira, em Penápolis, no interior de São Paulo.

A operação cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em seis estados - São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Inicialmente, a PF chegou a informar que a operação seria realizada apenas em quatro estados. A quadrilha, formada por brasileiros, colombianos, bolivianos e europeus, estava baseada na capital paulista e era especializada no tráfico internacional de entorpecentes. Segundo a PF, a droga vinda da Bolívia era enviada para a Europa e África. O produto também era, em menor escala, distribuído no Brasil.

Até as 12h desta quarta, 22 pessoas foram presas, sendo 17 apenas no estado de São Paulo. Uma pessoa está foragida e outras sete são procuradas pela Interpol. Em dez meses, a quadrilha movimentou R$ 28 milhões, segundo a PF.

Dos 50 mandados de prisão, 42 foram cumpridos - 22 nesta quarta e outros 20 ao longo das investigações que duraram 18 meses. A Operação Deserto cumpre ainda 38 mandados de busca e apreensão. As investigações contaram com a cooperação de organismos policiais de países da América do Sul e Europa. Neste período, 21 pessoas foram presas em flagrante e foram apreendidos 2.355 kg de cocaína; produtos químicos e maquinários destinados à preparação e à adulteração de drogas; armas e munições, incluindo armamento bélico – dez granadas antitanque; 33 veículos; uma aeronave avaliada em R$ 250 mil; e aproximadamente R$ 500 mil.

Nesta quarta, mais uma aeronave foi apreendida, além de carros. Alguns deles tinham um compartimento secreto no painel que transportava até 40 kg de cocaína. Segundo a Polícia Federal, a quadrilha era encabeçada por um assessor parlamentar de Pereira Barreto, no interior de São Paulo, e um proprietário de revendas de automóveis na capital paulista. Os dois foram presos nessa quarta-feira. “Eles coordenavam as operações”, disse o delegado Ivo Roberto Costa, que liderou a ação policial. Ele afirma que até agora não há indícios de que a quadrilha esteja ligada a outros grupos criminosos.

Os presos serão indiciados, de acordo com suas participações, pelos crimes de tráfico internacional de cocaína, precursores químicos e maquinários destinados à preparação e adulteração da droga; associação para o tráfico; financiamento do crime de tráfico; e tráfico internacional de arma de fogo de uso restrito.

Fontes: Paulo Toledo Piza (G1) / Globo News - Foto: Divulgação/PF

Polícia salva imagens de scanners corporais nos EUA

Vazaram imagens de mais de cem pessoas "despidas" por scanners

A decisão de colocar scanners corporais nos aeroportos dos EUA gerou polêmica desde o início. Com imagens que podem ter precisão impressionante, os agentes americanos que trabalham em aeroportos têm acesso às imagens dos corpos de todos os passageiros que passam por lá – uma das medidas de segurança contra o terrorismo. A promessa dos federais sempre foi clara: as imagens jamais seriam públicas, nem salvas. Eis que o Gizmodo americano teve acesso a nada menos do que 100 imagens de pessoas que passaram pela verificação na Flórida e que foram salvas num dos scanners. Cubram seus corpos.

A ideia do governo era simples: com scanners que não deixam escapar nenhuma polegada do corpo da pessoa que quer embarcar, os terroristas não teriam como esconder bombas, líquidos ou pós estranhos e o povo americano voltaria a sorrir. Até agora, nenhum terrorista foi preso por causa dos scanner de corpo, mas o número de pessoas que tiveram seu corpo exposto por armazenamento indevido de imagens agora passa de 100. As imagens correspondem ao scanner Gen 2 (que, para a sorte dos escaneados, não é tão detalhada como na máquina da imagem ao lado) da empresa Brijot Imaging System Inc., e foram conseguidas pelos camaradas do Giz americano após agentes terem admitido que algumas máquinas estavam guardando informações que não deveriam.

Junte isso ao fato de não só ter o corpo exposto, mas também ser alvo de piadas dos agentes que fazem os escaneamentos – sim, isso acontece e já foi motivo de demissão – e muitos americanos andam bem revoltados com os scanners corporais que têm causado mais polêmicas e vazamentos do que detido o terrorismo que ainda assombra os EUA. O Boing Boing diz que as imagens divulgadas vão além do autoritarismo e da tirania dos novos sistemas de segurança, mostrando como a intrusão do governo americano transforma facilmente o privado em público. E você? Acha que o sistema é realmente um erro ou está apenas sendo mau utilizado, seja pela parte técnica, seja por quem controla as máquinas?

Clique aqui e veja mais imagens.

Fonte: Leo Martins (Gizmodo)

Pássaros cercam avião militar nos Estados Unidos

A fotógrafa Kaia Larsen não resistiu à cena. Passando de carro em frente à pista do Aeroporto Regional Fort Smithde, no Arkansas, nos Estados Unidos, sacou sua máquina fotográfica. “Eu sabia que aquela não era uma imagem comum”, explicou ao jornal Daily Mail.

Pássaros que pareciam cercavam um avião militar americano chamou a atenção de Kaia. Centenas de aves quase impediram o pouso da aeronave Boeing E-6B Mercury. Mas o piloto foi cuidadoso o bastante para que a curiosa cena não se transformasse em acidente.

Nos últimos 20 anos, cerca de 200 pessoas morreram em decorrência de tragédias aéreas causadas por pássaros, de acordo com o Daily Mail. Mas, desta vez, o encontro dos voadores só rendeu mesmo um belo registro fotográfico.

Fonte: Juliana Bacci (Planeta Bicho - globorural.globo.com)

Avião da Qantas sofre danos após choque com pássaro

Um Boeing da Qantas que seguia para Sydney foi forçado a retornar para Johanesburgo na noite de terça-feira (16) depois que o choque com um pássaro danificou um de seus motores, no último de uma série de incidentes da companhia australiana desde uma falha em uma turbina de um Airbus, há cerca de duas semanas.

O Boeing 747-438ER, prefixo VH-OEI, com 171 passageiros, que realizaria o voo QF-64 - entre Johanesburgo e Sydney (Austrália) - sofreu pequenos danos no motor e iria ficar por mais de um dia em Johanesburgo, já que a Qantas teria de trazer peças de reposição da Austrália para a África do Sul, disse um porta-voz.

"O piloto seguiu o procedimento padrão e desligou a turbina número 2 (CF6, interno à esquerda), mas não houve perigo em nenhum momento", afirmou o porta-voz.

Em 4 de novembro, um Airbus da Qantas, com 466 pessoas a bordo, teve de fazer um pouso de emergência em Cingapura, depois de problemas em uma de suas turbinas Rolls-Royce e, no começo desta semana, um 747 que ia para Buenos Aires teve de retornar a Sydnei porque instrumentos na cabine falharam.

Fontes: Reuters via O Globo / Aviation Herald - Foto: /topnews.net.nz

Piloto sonolento pode ter causado acidente de avião na Índia

Um piloto sonolento que se aproximou da pista no ângulo errado e ignorou os sinais de advertência foi o culpado por um acidente no sul da Índia, em maio, que deixou 158 mortos, informaram jornais locais hoje.

Uma investigação de um tribunal concluiu que o piloto sérvio Zlatko Glusica, do Boeing 737-800, da Air India Express, estava com sono na maior parte das 3h30 de voo e que ele estava "desorientado" quando o avião começou a baixar para o pouso, informou o jornal Hindustan Times.

O avião da empresa de baixo custo Air India Express viajava de Dubai para Mangalore, mas passou pela pista e pegou fogo. Apenas oito pessoas sobreviveram. O relatório oficial sobre o acidente, ainda não divulgado, foi enviado ontem ao Ministério de Aviação Civil. Segundo o documento, o piloto estava sofrendo com a "inércia da sonolência". O texto afirma que, apesar do início incorreto da manobra, ainda era possível que o piloto corrigisse o problema, usando os freios de emergência, em vez de tentar decolar novamente.

A maioria dos mortos era formada por trabalhadores retornando do Golfo, onde muitos indianos de Estados do sul do país encontram empregos como trabalhadores da construção civil ou empregados domésticos, em cidades como Dubai. Eles enviam boa parte de seus salários para os parentes na Índia e costumam visitar a terra natal uma vez por ano. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Agência Estado - Foto: AP

Passageiros descontentes se recusam a descer de avião da Ryanair

Mais de 100 passageiros descontentes se negaram durante várias horas a sair de um avião da companhia irlandesa de baixo custo Ryanair desviado para um aeroporto regional belga, e exigiram o prosseguimento da viagem para a França.

Depois do pouso, os passageiros, em sua maioria turistas que retornavam de férias no Marrocos e deviam aterrissar em Beauvais, ao norte de Paris, permaneceram sentados no avião em sinal de protesto.

Deixados no escuro durante quatro horas, depois que os pilotos e os membros da tripulação desceram do avião pouco após o pouso no aeroporto de Liege (leste da Bélgica), os passageiros aceitaram aceitaram deixar a aeronave no meio da madrugada.

Os passageiros explicaram que o avião decolou de Fez, no Marrocos, com três horas de atraso e não conseguiu pousar em Beauvais porque o aeroporto estava fechado.

Fonte: AFP

terça-feira, 16 de novembro de 2010

‘Don’t Touch My Junk’: americano não embarca após não deixar tocarem seus genitais em revista

John Tyner - um engenheiro de informática de 31 anos (foto) - viu adiada a sua viagem de avião para Dakota do Sul, onde iria caçar faisões com seu padrasto no último sábado (13).

Os seguranças do Terminal 2 do Aeroporto Internacional de San Diego, na Califórnia, nos EUA, queriam revistá-lo, mas John não deixou. Ligou a câmara do celular e gravou tudo. Ao brincar com a possibilidade dos seus genitais serem tocados pelo segurança, desencadeou um processo que o levou a ficar em terra nesse dia. O vídeo foi parar ao Youtube e tornou-se viral.




Em dado momento, o segurança do TSA (Transportation Security Administration) diz: “vamos fazer uma revista em sua virilha,” acrescentando, “vou colocar uma mão na sua virílha e outra na sua parte interior da coxa, depois vou deslizar as mãos lentamente para cima e para baixo, duas vezes para frente e duas vezes para trás.”

“Podemos fazer isso, mas se tocar nos meus genitais (Junk) vou mandar prendê-lo,” disse Tyner num tom irônico para aliviar a “tensão do momento,” segundo inforou em seu Blog.

No entanto, essa afirmação não foi bem recebida pelo segurança que imediatamente chamou o seu supervisor.

O supervisor explicou o processo de revista a Tyner, afirmando em seguida: "Se você não se sente confortável com isso, podemos acompanhá-lo de volta e você não irá viajar hoje."

Tyner respondeu: 'OK. Eu não entendo isso como uma agressão sexual, mas como uma condição para que possa voar."

"Isso não é considerado uma agressão sexual", respondeu o supervisor.

"Seria se não fosse o governo", disse Tyner.

"Ao comprar o seu bilhete, você desistiu de uma série de direitos", disse o supervisor do TSA.

Confronto: Funcionários da TSA e policial debatem o que fazer com o passageiros John Tyner depois que ele se recusou a passar pelos controles de segurança no aeroporto de San Diego

Tyner foi levado pela polícia até o balcão da American Airlines, onde, para sua surpresa, o valor do seu bilhete não reembolsável foi reembolsado.

Será este o próximo procedimento a ser exigido pelo TSA nos aeroportos dos EUA?

Fontes: i-online (Portugal) / Daily Mail / Wired via Blog Notícias sobre Aviação

Discovery: Nasa encontra outra fissura em tanque externo de combustível

Uma quarta fissura foi descoberta na cobertura metálica do tanque externo de combustível do Discovery, depois que um vazamento de hidrogênio obrigou a Nasa a adiar para o fim de novembro o lançamento deste ônibus espacial, indicou a Agência Espacial Americana.

A nova fissura, de 7,5 cm, foi encontrada três dias depois da terceira, de igual tamanho, detectada na sexta-feira.

Os técnicos já haviam descoberto outras duas brechas de 23 cm cada uma nos suportes de liga de alumínio instalados sobre a espuma isolante do tanque externo.

Esta parte da espuma isolante já havia sido retirada pelos técnicos após a descoberta de uma fissura de 51 cm durante o esvaziamento do tanque, em 5 de novembro; o lançamento havia sido então suspenso devido a um vazamento de hidrogênio no mecanismo de abastecimento.

Fonte: AFP - Foto: Matt Stroshane/Getty Images

China recebe 1ª encomenda de avião que competirá com Boeing e Airbus

As encomendas de 100 aeronaves C919, que possui capacidade para 160 lugares e um corredor, foram feitas pela Air China, China Eastern Airlines e China Southern Airlines

A China anunciou a primeira encomenda do C919 - seu primeiro avião comercial -, um dia depois de apresentar um protótipo em tamanho original da aeronave durante o festival aéreo em Zhuhai, no sul do país, segundo reportou o Wall Street Journal. O C919, designado para concorrer com o 737 da Boeing e o A320 da Airbus, representa uma ameaça para o negócio das duas companhias na China, um mercado considerado estratégico.

As encomendas de 100 aeronaves C919, que possui capacidade para 160 lugares e um corredor, foram feitas pela Air China, China Eastern Airlines e China Southern Airlines, as três maiores companhias aéreas estatais, bem como pela Hainan Airlines e pelo CDB Leasing, mantido pelo China Development Bank, e pela unidade de leasing da General Electric.

O comunicado, divulgado pela fabricante de aviões estatal Commercial Aircraft Corp. (Comac), não forneceu mais detalhes de quantos aviões cada comprador encomendou, nem a perspectiva de preço das aeronaves. O comunicado não disse também se as companhias pagaram depósitos não reembolsáveis, como é exigido pela maioria dos fabricantes estrangeiros para as encomendas que anunciam.

O anúncio da encomenda dos aviões C919 representa um voto de confiança na busca da China para desenvolver um grande avião de passageiros durante décadas - um projeto colocado por Pequim no mesmo patamar que seu programa espacial em termos de prestígio nacional.

O C919 não deverá realizar seu primeiro voo até 2014, e as primeiras entregas só deverão ser realizadas a partir de 2016. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Clarissa Mangueira (Agência Estado) - Imagens: Divulgação

Frota padronizada inclina TAM à Airbus em jatos para Pantanal

A TAM decidiu usar jatos para a frota da companhia aérea Pantanal, comprada no final do ano passado. O interesse do grupo é ter uma frota padronizada de aviões para obter economias de custos maiores com modelos de um mesmo fabricante.

A TAM vai trocar a frota de cinco aviões turboélice ATR da Pantanal por jatos a partir de 2012. "A questão não é em termos de turboélice ou jato. É ter uma frota comum. Quanto mais padronizada a frota, mais ganho de escala", disse o presidente-executivo da TAM Linhas Aéreas, Líbano Barroso, citando como exemplos tripulação e peças de estoque.

A companhia aérea vai fazer a escolha dos jatos para a Pantanal entre modelos com capacidade para entre 100 e 150 passageiros. A preferência é por modelos da brasileira Embraer e da europeia Airbus, já que a TAM "não tem intenção de colocar no mercado doméstico avião desse porte da Boeing", disse Barroso.

No caso da Embraer, o executivo citou os modelos 190 e 195, com capacidades para 122 passageiros; e sobre a Airbus citou o A319, com 144 assentos.

Perguntado sobre a preferência da TAM sobre o fabricante, Barroso citou a padronização de frota da companhia. "(A Airbus) tem uma vantagem pelo efeito de complementariedade."

"Porém, se optarmos por novo modelo e termos um plano de que esse modelo seja adquirido em um lote mínimo de tamanho de 15 a 20 aeronaves já começa a se justificar (um fornecedor diferente)", acrescentou o executivo.

No terceiro trimestre, a TAM operou uma frota de 151 aeronaves, composta por 139 jatos da Airbus -entre eles 27 A319-, sete aviões da Boeing, para voos internacionais, e os 5 ATRs da Pantanal.

Além dos ATRs da frota inicial, a Pantanal passou a voar também com três Airbus depois de ser comprada pela TAM. A unidade voa para 19 cidades no país e, mais cedo, em teleconferência com analistas, Barroso afirmou que a intenção é usar os jatos que serão adquiridos em voos com duração entre 1 e 1,5 hora.

Fonte: Reuters via O Globo

Cerca de quatro milhões de animais viajam de avião pelo mundo por ano

Antes do animal de estimação embarcar, é preciso cumprir a burocracia que inclui documentação, veterinário, exames e aprovação das companhias aéreas. O processo pode durar de quatro semanas a seis meses.

Se você vai viajar acompanhado de um bicho de estimação, precisa tomar outros cuidados.

Alex e Gavri são gatos de rua que foram adotados por Tamar. Agora, depois de alguns anos de boa vida em Israel, estão sendo preparados para uma aventura. O casal de gatos vai se mudar com a dona para Nova York, mas vida de animal doméstico não é fácil. Antes de embarcar, é preciso cumprir a burocracia que inclui documentação, tratamento veterinário, vacinas, amostra de sangue, aprovação das companhias aéreas e quarentena, tanto do país de partida como do de chegada. Dependendo do país, este processo pode durar de quatro semanas a seis meses, a um custo que varia de R$ 600 a R$ 1.800.

Em média, quatro milhões de animais domésticos voam pelo mundo a cada ano. São cães e gatos que, independentemente de raça ou pedigree, já são considerados como parte da família.

Alex e Gavri vão viajar em gaiolas especiais, aprovadas pelo Regulamento Aéreo Internacional. São bem maiores do que aquelas em que eles costumam ser levados para o veterinário. Forradas com fraldas, têm tranca na porta e lugar para a garrafinha de água. Como têm menos de oito quilos, eles podem viajar na cabine, junto aos passageiros. Mas há empresas que só transportam os animais no porão de carga.

O veterinário Eytan Kreiner diz que qualquer animal pode voar. “Já embarcamos jacarés, elefantes, cobras, lagartos”, ele diz. “Recentemente, um cliente nosso quis levar seu peixinho dourado para uma temporada de duas semanas na Romênia”.

Já nas novas gaiolas, lá vão Alex e Gavri em direção a um novo mundo.

Fonte: Ari Peixoto (Bom Dia Brasil - TV Globo)

Rolls-Royce divulga causa de incidente com avião A380 em Cingapura

Vazamento de óleo resultou em incêndio de turbina que provocou pouso forçado de superavião Airbus A380 em Cingapura. Airbus disse que não teme danos à sua reputação ou à da Rolls-Royce.

Foto: Parte do motor destruído do superjumbo da Qantas

A fabricante de motores Rolls-Royce confirmou na última sexta-feira (12) a causa do defeito que obrigou o superavião Airbus A380 da Qantas a uma aterrissagem de emergência em 4 de novembro último. Tratou-se de um incêndio provocado pelo vazamento de óleo em uma de suas turbinas Trent 900. Os defeitos afetam toda a série, mas se limitam a uma determinada peça, a qual a empresa assegurou que reporá.

O diretor-executivo da Airbus, Thomas Enders, lamentou o incidente, embora tenha elogiado o procedimento da tripulação de cabine e ressalvado que o fato não deverá prejudicar a reputação de sua companhia ou da Rolls-Royce.

Até o momento, não houve anulações de pedidos, nem se cogitou retirar do ar as frotas de superaviões. Enders prevê que as reposições, os controles e inspeções de peças mais amplos planejados pela Rolls-Royce atrasarão as entregas das superaeronaves A380, sobretudo as previstas para 2011, mas não pôde definir por quanto tempo.

Singapore e Lufthansa afetadas

No dia seguinte à aterrissagem forçada do A380 em Cingapura, a Qantas constatara outra avaria no motor Rolls-Royce de um Boeing 747 de sua frota. A companhia australiana atribuiu o fato a "um potencial defeito de projeto" da Trent 900.

Além da maior companhia aérea australiana, também a Singapore Airlines e a Lufthansa têm esse tipo de turbina instalada em seus Airbus A380. A Singapore Airlines anunciou que "por precaução" irá trocar os motores de três de seus superaviões da série. A Lufthansa igualmente anunciou substituições.

Fontes: AV/dpa/lusa/rtr - Revisão: Carlos Albuquerque (Deutsche Welle) - Foto: AP

A380 da Lufthansa é substituído por problema no trem de aterrisagem na Alemanha

A companhia aérea alemã Lufthansa trocou nesta segunda-feira no aeroporto de Frankfurt um Airbus A380, no qual estavam 395 passageiros, por outro avião do mesmo modelo devido a um possível problema no trem de aterrissagem.

A companhia aérea informou nesta segunda-feira que os passageiros que estavam a bordo do avião, que iria decolar do aeroporto de Frankfurt com destino a Tóquio, tiveram que se retirar da aeronave. A Lufthansa anunciou que fretará outro avião A380 com destino à capital japonesa.

O incidente teve início quando o comandante do voo se dirigia à pista de decolagem e decidiu checar novamente o dispositivo do trem de aterrissagem. Segundo explicou um porta-voz da Lufthansa, neste momento a máquina não funcionou.

Os técnicos não encontraram nenhum problema aparente, mas a aeronave foi trocada por razões de segurança.

O avião deveria ter decolado às 13h30 do horário local (10h30 no horário de Brasília).

A Lufthansa dispõe atualmente de três A380 - a maior aeronave da Airbus - para as rotas Tóquio, Pequim e Johanesburgo.

Fonte: EFE via Terra

Russos completam caminhada espacial de seis horas

Cosmonautas instalaram nova estação de trabalho no módulo Zvezda da ISS

Dois cosmonautas russos completaram uma caminhada espacial de seis horas ontem (segunda-feira), na estação Espacial Internacional (ISS). Fyodor Yurchikhin e Oleg Skripochka tiveram como principal tarefa a instalação de uma nova estação de trabalho no módulo Zvezda da ISS.

Quatro outros astronautas permaneceram no interior da estação: o russo Alexander Kaleri e os americanos Douglas Wheelock, Shannon Walker e Scott Kelly.

Fonte: AP via Estadão - Foto: Reprodução/NASA TV

Gol planeja vender lanche em 500 voos diários em 2011

Companhia já oferece serviço em 42 linhas; venda é estratégia para elevar receita sem subir o preço da passagem

A Gol vai apostar na venda de produtos a bordo como uma forma de geração de receitas adicionais para a companhia. Hoje, o serviço está disponível em 42 dos 870 voos diários da companhia. Em dezembro, a Gol pretende ampliar a oferta de produtos pagos para 84 a 130 operações diárias. O serviço deve estar incluído em 500 voos diários em abril de 2011, volume que contempla todas as rotas com mais de 75 minutos da empresa.

O serviço de vendas a bordo foi implementado em junho de 2009 e oferece um cardápio adicional aos passageiros, que inclui café, sanduíches e chocolates. Os demais clientes recebem lanches gratuitos mais simples, como barras de cereais, amendoins e biscoitos. O presidente da companhia, Constantino de Oliveira Junior, disse que a receita gerada pelo serviço ainda é mínima, mas deve aumentar com a ampliação da oferta para um número maior de voos.

A comercialização de lanches a bordo faz parte da estratégia de aumento do faturamento da companhia sem elevação de preços de passagem.

Segundo Oliveira, a ampliação das receitas adicionais e o aumento da ocupação dos avições devem permitir a melhoria nos resultados da companhia. “Não pretendemos abrir mão do nosso modelo de negócio, que é operar uma companhia de baixo custo e baixa tarifa”, disse.

Questionado se a empresa vai reagir à fusão da concorrente TAM com a chilena LAN com uma associação com outras companhias latinas, a Gol disse que não. O motivo é que a Gol não enxerga outras empresas na América Latina focadas com a proposta de oferecer serviços aéreos de baixo custo. “Estamos nos preparando para enfrentar a concorrência com o reforço das nossas operações”, disse Oliveira.

O faturamento líquido da Gol aumentou 19,5% no terceiro trimestre e atingiu R$1,79 bilhão. Cerca de 10% deste montante é proveniente de receitas auxiliares.

Junto com o seu balanço trimestral, a companhia anunciou a encomenda de mais 30 aeronaves Boeing 737-800, com 184 assentos. Ao todo, a empresa soma 104 pedidos firmes e mais 40 opções de compra com a fabricante americana. Os aviões serão entregues entre 2014 e 2017.

O aumento da eficiência operacional, com a melhor utilização das aeronaves, é uma das metas da empresa para reduzir custos. A taxa de ocupação das aeronaves da empresa subiu para 71,1% entre julho e setembro deste ano, ante 67,6% em igual período do ano anterior. Em média, uma aeronave da companhia voa 12,7 horas por dia, mas a meta da empresa é atingir uma média de 13,7 horas no terceiro trimestre de 2011.

Classe C

A Gol confirmou a abertura de mais três lojas de rua em São Paulo para atender os consumidores da classe C em janeiro de 2011. Nestas unidades, a empresa vai vender passagens pelo Voe Fácil, sistema de parcelamento de compras por meio de boleto bancário. A empresa já possui uma unidade em São Paulo, no Largo 13 de Maio, na zona sul da cidade.

A partir do desempenho das unidades, a Gol vai avaliar se investe em um canal de vendas para a classe C por meio de franquias do Voe Fácil ou se vai apostar em parcerias com redes varejistas. O presidente da companhia admitiu que a empresa está em negociação com varejistas, mas não informou quais são os eventuais parceiros.

Aviação regional

O presidente da Gol reafirmou a estratégia da companhia para atender a demanda por voos regionais por meio de parcerias com companhias de pequeno porte brasileiras. Em setembro, a empresa anunciou um acordo de venda de passagens com a Noar Linhas Aéreas, que atua no mercado nordestino.

“Estamos negociando com todas as companhias regionais que ainda não têm empresas parceiras e vamos anunciar outros dois acordos nos próximos meses”, disse Constantino.

Fonte: Marina Gazzoni (iG)

Mulher é indiciada sob suspeita de injúria em voo do Peru para o Brasil

Segundo delegada, dançarinas dizem ter sido chamadas de 'pretas pobres'.

Suspeita nega as acusações, afirma a Polícia Federal.

Uma passageira do Airbus A320 da TAM - que realizava o voo 8067 - foi indiciada pela Polícia Federal por injúria qualificada na noite desta segunda-feira (15) após uma suposta ofensa contra dançarinas do grupo "Capital do Axé" durante a viagem entre Lima, no Peru, e o Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo.

Segundo a delegada Samira de Oliveira Bueres, diante da falta de testemunhas, a suposta agressora foi indiciada por portaria (quando não é possível lavrar o flagrante). "Não poderia fazer o flagrante sem testemunha e as moças não poderiam ser testemunhas umas das outras", afirmou. A suposta agressora foi liberada, mas terá de responder ao inquérito instaurado para apurar o caso. O crime é previsto no artigo 140, parágrafo 3º do Código Penal, que determina uma pena de três anos de reclusão.

A delegada diz que as três dançarinas contaram ter sido agredidas verbalmente em inglês e depois em português. "Elas falaram que inicialmente as agressões foram em inglês e que estranharam porque os outros passageiros riram, mas elas não sabiam do que se tratava. A mulher estava dizendo que elas estavam se roçando nos outros passageiros, se prostituindo e que são pretas pobres."

Ainda de acordo com a delegada, a suspeita de agressão - uma médica brasileira - é branca, loira e de olhos azuis. "Ela declarou inocência e disse apenas que queria silêncio, que queria dormir", afirmou.

A assessoria de imprensa da TAM diz que houve uma discussão entre passageiras durante o voo e que houve pedido para que a Polícia Federal fosse mobilizada à espera do voo 8067, que pousou em Cumbica por volta das 19h30.

Segundo Igor Cavalcanti de Souza Silva, também integrante do grupo Capital do Axé, as três dançarinas entraram no avião e se sentaram em uma das últimas fileiras de bancos.

Segundo ele, uma senhora branca e de baixa estatura sentada à frente delas se incomodou com a presença das dançarinas e cogitou mudar de lugar. Ele conta que as agressões verbais, inicialmente em inglês e logo em seguida em português, começaram assim que o avião decolou.

"Ela chamou as meninas de macacas, de negras pobres e de prostitutas", diz Souza. Ele conta que assim que soube do ocorrido, avisou a comissária de bordo, que mobilizou a Polícia Federal em solo. Souza afirma que durante o depoimento à Polícia Federal as dançarinas choraram muito e ficaram nervosas. "A agressora diz que não fez nada, que estava dormindo", diz ele.

Uma biomédica que também estava no voo e que pediu para que seu nome não fosse revelado afirmou ao G1 que esperava para ir ao toalete quando presenciou uma conversa entre a comissária de bordo e a passageira apontada como agressora.

"Ela dizia: essas vagabundas ficam fazendo bagunça, vêm de Salvador para dar em cima dos machos", disse a passageira. Ainda de acordo com ela, as dançarinas agredidas reagiram.

"'Vagabunda você vai ver quando a gente descer. Isso não vai ficar assim', elas afirmaram", disse. Após a discussão, a mulher foi para uma das primeiras fileiras de bancos e as dançarinas permaneceram na última fileira.

Segundo a biomédica, policiais federais abordaram a passageira no terminal de desembarque e a conduziram até a delegacia do aeroporto.

Fonte: Roney Domingos (G1)

Avião faz parada não prevista por causa de agressividade de passageira

Israelense de 43 anos agrediu uma tripulante auxiliar e um passageiro.

Voo da American ia de Barcelona a Nova York e fez parada em Madri.


O Boeing 767-323/ER, prefixo N350AN, da American Airlines, que fazia a rota entre Barcelona e Nova York (voo AA-151), teve que aterrissar nesta segunda-feira (15) no aeroporto de Barajas, em Madri, depois que o comandante da aeronave decidiu expulsar uma passageira que agrediu uma tripulante auxiliar e um viajante quando estavam com cerca de 75 minutos de voo, nas proximidas de Compostela.

Segundo fontes aeroportuárias informaram à Agência Efe, o comandante pediu para aterrissar em Madri por um problema de "alteração da ordem a bordo da aeronave".

Ao chegar em Barajas, às 15h27 hora local (12h27 no horário de Brasília), a Guarda Civil foi até o avião do qual a passageira Michal S.P., israelense de 43 anos, desceu "sem resistência".

As fontes detalharam que a passageira ficou em liberdade, já que "nem os agredidos, nem os responsáveis pelo avião" registraram queixa.

O avião voltou a decolar rumo a Nova York às 16h30 hora local (13h30 no horário de Brasília).

Fontes: EFE via G1 / Aviation Herald

Avião 'Paulistinha' é considerado seguro por pilotos

O avião acidentado em Bragança Paulista é um P-56, conhecido como Paulistinha. O modelo é muito utilizado em instruções de voo (veja quadro abaixo) e é um equipamento considerado seguro.

"Essa aeronave faz parte de um projeto idealizado na década de 50. É um equipamento dócil, largamente utilizado em instruções e formou a maioria dos pilotos que estão hoje no mercado aeronáutico civil", explica Plinio Vicentin, piloto há 22 anos, atualmente baseado no aeroclube de Guaratinguetá.

Segundo Plinio, a manutenção do aeroclube de Bragança Paulista é uma das melhores do país. Um fator considerado desafiador para este modelo de aeronave é a força dos ventos. "É uma aeronave muito leve e com vento muito forte o voo se torna perigoso", diz o piloto.

As causas do acidente devem ser divulgadas em até 60 dias, após perícia da Aeronáutica e da Agência Nacional de Aviação Civil.

A aeronave já esteve envolvida em outro acidente

A aeronave acidentada ontem, o Neiva P56 C1 'Paulistinha', prefixo PP-HLV, sofreu um acidente em 2004, quando também registrou problemas na decolagem. Na ocasião, 2 pessoas ficaram feridas.

Fonte e arte: VNews

Dois morrem em queda de pequeno avião em SP

Avião de pequeno porte caiu após decolagem em Bragança Paulista.

Voo em que jovens morreram em SP era presente de aniversário

Pai do rapaz observava do solo, passou mal e teve de ser hospitalizado.




O voo que deixou duas pessoas mortas na tarde desta segunda-feira (15), em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, era um presente de aniversário para o rapaz que havia acabado de completar 18 anos. Era a primeira aula dele.

O instrutor Rafael Giacon (22) e o passageiro João Mendonça (18)

João Mendonça foi ao aeroclube de Bragança com a família para voar com o instrutor Rafael Giacon Cunha, de 22 anos. Segundos após decolar, a aeronave perdeu sustentação, caiu e pegou fogo. João e Rafael morreram carbonizados.

O pai, que observava o voo em solo, passou mal e teve que ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros. Ele foi encaminhado para um hospital de Bragança Paulista e teve de ser internado.

O avião acidentado em Bragança Paulista, foi o Neiva P56 C1 'Paulistinha', prefixo PP-HLV.

Clique aqui e veja mais fotos do acidente.

Fontes: G1 / VNews / SPTV - Fotos: Micheli Lopes (VNews)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Aconteceu em 15 de novembro de 1924: Desaparece o aviador português Sacadura Cabral

Em 1924, desaparecia, no Mar do Norte, o aviador português Sacadura Cabral.

Artur de Freire Sacadura Cabral, aviador, desapareceu no Mar do Norte, a 15 de Novembro de 1924, quando voava em direção a Lisboa. Dois anos antes, tinha sido o primeiro, juntamente com Gago Coutinho, a atravessar o Atlântico Sul de avião, numa viagem entre Lisboa e o Rio de Janeiro. 

 Sacadura Cabral sempre quis ser aviador, mas antes de seguir os seus sonhos, tratou da família. Quem o conta é Helena Sacadura Cabral, sobrinha do navegador e mãe dos políticos Miguel e Paulo Portas: “O meu avô morreu quando os filhos ainda não eram adultos e o Artur, que era o mais velho, substituiu o pai de família. Foi para África, porque entendeu que lá ganhava mais dinheiro, e só voltou para ir tirar o brevet depois de ter casado as irmãs”. 

Helena Sacadura Cabral não tem dúvidas de que foi a determinação do tio que o tornou num dos grandes pioneiros da aviação. Esta determinação, ou teimosia, foi, aliás, algo que herdou do tio. “Lembro-me do meu pai, quando eu teimava em certas coisas, dizia com muita frequência, que eu tinha a quem sair. Julgo que era justamente porque teria parecenças com o meu tio Artur”, confessa, mas acrescenta logo que o tio “foi bastante mais teimoso”. 

Para perceber esta teimosia, basta olhar para a conhecida viagem sobre o Atlântico Sul: ela não foi feita de uma vez e desde a partida de Lisboa até à chegada ao Rio de Janeiro passaram 79 dias, com muitos problemas técnicos pelo meio e muitas possibilidades de voltar atrás. 

Logo depois de atravessarem o Atlântico, por exemplo, o hidroavião em que seguiam ficou sem um dos flutuadores e foi preciso Portugal enviar outro para que a viagem prosseguisse. Ao todo, foram precisos três aviões para completar o percurso - o Lusitânia, o Pátria e o Santa Cruz. Sem contar com as paragens, a travessia demorou 62 horas de voo. 

Sacadura Cabral pilotou o avião, sob a orientação de Gago Coutinho, que experimentava um novo sistema de navegação aérea com recurso a um horizonte artificial adaptado a um sextante. Os dois conheceram-se em África, antes da Primeira Guerra Mundial, e onde se destacaram como geógrafos e hidrógrafos - nessa altura, nenhum deles sabia ainda pilotar um avião. 

Gago Coutinho contava que os nativos se maravilharam com a orientação deles - diziam que "os brancos nunca se perdiam porque perguntavam a Deus onde estavam". Na verdade, o que os navegadores faziam era observar as estrelas. Foi em terras africanas que nasceu o sonho de atravessar o Atlântico de avião e recorrendo a métodos de navegação até aí utilizados no mar. 

Quando rebentou a Guerra, vieram os dois para Lisboa e, entretanto, deram os primeiros passos na aviação. Em 1918, Sacadura Cabral torna-se Director dos Serviços de Aviação Marítima e Comandante da Esquadrilha da Base Aérea Naval de Lisboa. 

O aviador-sonhador sabia que a travessia do Atlântico não ia ser fácil. Na véspera da partida para o Brasil, Sacadura Cabral escreveu uma carta para os jornais onde descreveu a "batalha" que iria travar nos meses seguintes: "Qualquer viagem é um ponto de interrogação e muito mais esta, que apresenta numerosas dificuldades. A viagem é possível, mas para isso é preciso que tudo corra normalmente ou, se assim o quiserem, que o Padre Eterno se conserve ´pelo menos´ neutral no pleito que se vai travar entre nós e os elementos. Façamos votos por que assim aconteça, mas não cantemos vitória antes de tempo porque... ele nem sempre está de bom humor." 

A 30 de Março de 1922, os dois aviadores partiram de Lisboa. Chegaram ao Rio de Janeiro dois meses e meio mais tarde, no dia 17 de Junho. Foram recebidos como heróis. 

Dois anos depois, um dos pioneiros da aviação portuguesa desapareceu, enquanto voava sobre o Mar do Norte. Tinha partido de Amsterdam em direção a Lisboa num avião que queria usar para chegar à Índia. Não chegou. Em terra, ficou uma noiva que ainda durante muitos anos apareceu nas missas em memória dele vestida de branco.

Fonte: Rádio Renascença - Editado por Teresa Abecasis (Portugal) - Foto: cvc.instituto-camoes.pt

Panair resiste na memória e na Justiça

Ex-funcionários da aérea mantêm encontros anuais e ainda buscam indenização

Mais de 45 anos depois do fim das operações da Panair do Brasil, uma das maiores companhias aéreas que o País já teve, a história da empresa continua sendo escrita por parte dos cinco mil funcionários que empregava. Anualmente, ex-comissários, ex-pilotos e familiares reúnem-se em um almoço no Clube da Aeronáutica, às margens da Baía de Guanabara, no Rio.

Longe de apenas criar ocasiões para relembrar fatos marcantes da Panair, o movimento tem força política. A empresa conseguiu manter viva na Justiça a busca de indenização da União pelo confisco de ativos que detinha em aeroportos do Norte e Nordeste. Depois de se arrastarem por anos, os processos agora chegam a uma etapa decisiva e uma definição da Justiça é esperada em até seis meses, diz a empresa, que existe até hoje como pessoa jurídica.

Além do ressarcimento, o presidente da companhia, Rodolfo da Rocha Miranda, cobra uma retratação formal da União pelo fechamento abrupto da empresa no governo militar. "É preciso que se reconheça que pessoas jurídicas também foram perseguidas pela ditadura. Essa história não se encerra enquanto não se revelar a verdade sobre os fatos", defende.

Rodolfo é filho de Celso da Rocha Miranda, que controlava a companhia ao lado do empresário Mário Wallace Simonsen. Segundo Daniel Sasaki, autor do livro Pouso Forçado, sobre o fim da Panair, o motivo da cassação da concessão da empresa foi a ligação de seus controladores com Juscelino Kubitschek.

"Os militares achavam que eles iriam financiar a campanha de Juscelino em 1965, já que Castelo Branco assumiu o poder dizendo que um ano depois o devolveria aos civis", acredita.

O argumento usado pelo governo de que a empresa enfrentava graves problemas financeiros é contestado por Sasaki. "A Panair não tinha dívidas em protesto. A empresa tinha patrimônio que superava o seu passivo, e os funcionários eram pagos em dia", explica. "O juiz transformou a concordata em falência sem que o credor pedisse."

Último voo. O dia em que a Panair foi impedida de voar ficou marcado na memória de ex-funcionários. "Foi uma tragédia", resume Lucas Monteiro de Barros Bastos, 86, que acumulava as funções de comandante e diretor da oficina de manutenção de motores da Panair em Petrópolis (RJ), que pertence hoje à GE.

"Recebi um comunicado da Panair dizendo que o governo tinha cassado nosso avião DC-8 que deveria decolar para a Europa e colocado um Boeing da Varig para substituí-lo. Não pude acreditar até chegar à Celma e encontrar o 1º Batalhão de Caçadores ocupando a empresa", conta. Com a cassação da concessão da Panair pelo governo, os rotas internacionais foram imediatamente assumidas pela Varig e as domésticas pela concorrente Cruzeiro.

Os encontros anuais dos ex-funcionários trazem à tona uma época em que voar era privilégio de poucos e as profissões de comissários e pilotos eram vistas como glamourosas. Nas conversas, o orgulho de ter trabalhado em uma empresa que voava para diversos destinos na Europa e na Ásia não é escondido.

No último encontro, que reuniu cerca de 200 pessoas no fim de outubro, o piloto Georg Bungner, 91, era apresentado em um dos grupos como o comandante que trouxe de volta as seleções campeãs de 1958 e 1962. "Fui escolhido por João Havelange, que fora meu colega de natação - ele no Fluminense e eu no Flamengo", conta, orgulhoso. "Eles vieram alegres, mas não extrapolaram. Em 1958, o destaque era o Pelé, embora fosse o mais quieto", diz.

Relembrando fatos entre uma mesa e outra, a ex-comissária Carola Gudin, 73, é repreendida por um senhor que passa. "Uma comissária deveria saber que corredor não é lugar para ficar parado", brinca. "Comissária é de Justiça. Eu fui aeromoça", corrige Carola. Casada com um ex-comandante da companhia, ela conta que estava prestes a sair de casa para tomar um voo para a Europa quando soube do fechamento da empresa pelo Repórter Esso. "Naquela hora, não acreditei."

Fonte: Glauber Gonçalves (O Estado de S.Paulo)

Avião retorna ao aeroporto por causa de pássaro

O atraso em um dos voos da companhia aérea Puma Air causou indignação em passageiros, na manhã de ontem (14), no Aeroporto Internacional de Belém. O tumulto aconteceu devido a espera, por mais de cinco horas, para embarcar.

O motivo teria sido o voo das 6h25, com destino a Macapá-AP. Segundo informações de passageiros, um pássaro entrou em uma das turbinas do Boeing 737-300 e este teve de retornar ao aeroporto de Belém por volta das 7h30.

“Estou com o meu filho doente em Macapá, precisando de mim”, disse a aposentada Carmita Araújo, 66 anos. Segundo um passageiro que não quis se identificar, depois do retorno da aeronave a Belém, a Puma Air prometeu conduzir os passageiros para o voo das 10h, em outra companhia aérea, no entanto até as 11h30 nada tinha sido feito.

No Aeroporto Internacional, funcionários da companhia não quiseram falar sobre o assunto.

Fonte: Diário do Pará

Fumaça faz Boeing 747 da Qantas retornar a aeroporto na Austrália

Uma falha elétrica gerou fumaça na cabine do Boeing 747-438/ER, prefixo VH-OEI, da Qantas Airways, forçando os pilotos a retornarem a Sydney, na Austrália, de onde a aeronave havia decolado. O incidente, ocorrido hoje (15), foi o mais recente de uma série de problemas enfrentados pela companhia aérea desde que a explosão do motor de um superjumbo desencadeou um temor em relação à segurança das viagens.

A fumaça no Boeing 747 não está relacionada com o episódio do superjumbo, mas esta foi a terceira vez que aviões da Qantas tiveram voos abortados por conta de falhas desde a explosão no Airbus A380, no dia 4 de novembro, que levantou preocupações sobre o maior avião de passageiros do mundo.

A companhia aérea informou que o Boeing 747, com 199 passageiros e 21 tripulantes, partiu de Sydney com destino a Buenos Aires, na Argentina (voo QF-17). O avião já estava viajando há uma hora quando uma fumaça começou a invadir a cabine a partir de um painel de instrumentos. Os pilotos colocaram máscaras de oxigênio e retornaram, despejando combustível sobre o Oceano Pacífico, antes de fazer uma aterrissagem prioritária em Sydney.

A Qantas, que se orgulha de seu histórico de segurança, diz que as três falhas ocorridas desde o dia 4 de novembro foram muito menos graves que os problemas com o A380. A companhia afirmou que os retornos das aeronaves aos aeroportos foram preventivos. As informações são da Associated Press.

Assista a reportagem com imagens feitas dentro do avião:

Fontes: Agência Estado / Aviation Herald / NewsOnABC / Globo News - Foto: Dean Sewell (SMH)