quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Nigeriano que tentou explodir avião é indiciado por seis crimes

Abdulmutallab já encontra-se preso; crimes dos quais é acusado incluem tentativa de assassinato

Foto distribuída pelo Exército dos EUA; nigeriano receberá voz de prisão nesta-sexta feira

O nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab foi indiciado nesta quarta-feira, 06, pela justiça americana, por tentar explodir um avião que ia de Amsterdã a Detroit no dia 25 de dezembro. A tentativa expôs sérias falhas na segurança e inteligência dos Estados Unidos.

Abdulmutallab responderá por seis crimes, incluindo tentativa de explosão, de assassinato dos outros 289 passageiros e da tripulação do avião, e de usar uma arma de destruição em massa. Estes crimes podem levá-lo a prisão perpétua, informou o secretário de Justiça norte-americano, Eric Holder.

A bomba escondida em sua roupa continha o explosivo tetranitrato de pentaeritritol (PETN) e triperóxido de triacetona (TATP),entre outros ingredientes, e foi construída para Abdulmutallab detoná-la na hora em que escolhesse, segundo a acusação.

Uma voz de prisão foi agendada para esta sexta-feira, 08, em um tribunal de Detroit. O nigeriano já encontra-se sob custódia em uma prisão federal em Michigan. Nesta segunda, uma mensagem foi deixada com sua advogada, Miriam Siefer, para solicitar seus comentários a respeito.

Após o incidente que ocorreu no Natal, o presidente Barack Obama fez duras críticas aos sistemas de inteligência e segurança norte-americanos nesta terça-feira, 04. Obama afirmou que que a inteligência norte-americana tinha informações suficientes para ter detectado e "potencialmente desarticulado" a tentativa de explosão de Abdulmutallab.

O presidente já havia anunciado novas medidas de segurança anteriormente. Entre elas, já está em vigor o maior controle de passageiros que passam ou partem de uma lista de 14 países que incluem Cuba, Irã, Sudão e Síria, a qual os Estados Unidos consideram patrocinadores do terrorismo, além de outros dez países - incluindo o Iêmen, onde Abdulmutallab teria recebido treinamento, e a Nigéria, país pelo qual o nigeriano passou em sua viagem para Detroit.

Todos os aeroportos mundiais reforçaram seus sistemas de segurança após a tentativa de explosão do dia 25 de dezembro.

Fonte: Jeremy Pelofsky (Agência Estado) - Foto: AP/EFE

Beijo de adeus provocou alerta de segurança em aeroporto dos EUA

Nesta imagem, de domingo (3) reirada do vídeo de vigilância do aeroporto pela Transportation Security Administration, um casal, visto dentro da área de destaque, entra em seguida em uma área de segurança do Aeroporto Internacional Newark Liberty aproveitando-se da ausência de um guarda

O alerta de segurança que fechou o aeroporto de Newark por horas e atrasou dezenas de voos foi provocado por um homem que passou pela área de segurança para dar um beijo de adeus em uma mulher, relatou um jornal nesta quinta-feira.

A falha no Newark Liberty International Airport, um dos três grandes aeroportos que servem a região de Nova York, abalou as autoridades de segurança e da indústria da aviação porque aconteceu logo depois do atentado a bomba frustrado em um avião que seguia para Detroit, nos EUA, no dia do Natal.

Uma imagem do incidente em Newark mostra o homem beijando uma mulher no posto de segurança C-1 antes de ela passar pelo scanner, disse o jornal Star-Ledger de Nova Jersey, citando funcionários da segurança não identificados, que teriam visto o vídeo.

O homem, que não era um passageiro, passa pelo local onde um agente da Administração de Segurança no Transporte (TSA, na sigla em inglês) deveria estar para se aproximar da mulher, disse o jornal.

A mulher, então, segura uma corda que separa a área da segurança para que o homem passe por baixo dela, e os dois andam de mãos dadas em direção à área de embarque antes de saírem de vista, divulgou o jornal.

O homem deixou o aeroporto e não foi identificado. O funcionário da TSA que trabalhava na área foi afastado.

Um dos aviões sequestrados nos ataques de 11 de setembro de 2001 decolou do aeroporto de Newark. A aeronave caiu num campo da Pensilvânia.

Veja o vídeo:



Fonte: Daniel Trotta (Reuters) via O Globo - Foto: AP/TSA

Agente de aeroporto é suspenso após falha que gerou caos em N.Jersey

A Administração para a Segurança no Transporte dos Estados Unidos (TSA) assumiu ontem a responsabilidade pelo caos gerado no domingo passado no aeroporto de Newark (Nova Jersey) e suspendeu o agente responsável por um dos controles de passageiros.

O acesso de uma pessoa há três dias à zona de embarque sem passar pelos arcos de segurança levou a TSA a ordenar o fechamento durante horas de um terminal do aeroporto de Newark, próximo a Nova York.

Além disso, foi necessário submeter novamente a revisão milhares de passageiros, já que não se tinha detalhes de como ou quem era a pessoa que tinha burlado os controles.

O incidente forçou o atraso na saída de centenas de voos em um dos dias de maior tráfego aéreo do ano, no domingo seguinte à virada de 2009 para 2010.

"A evacuação do Terminal C e os novos controles de todos os passageiros eram necessários, dado que um indivíduo tinha violado os controles de acesso e entrou na zona segura", defendeu hoje a TSA em comunicado.

A TSA explicou ainda que iniciou uma investigação sobre o incidente e os planos locais de resposta, além de ter pedido aos responsáveis federais de segurança no transporte que revisem e ponham em prática esses programas.

Quanto aos trabalhadores envolvidos, a entidade explicou que "imediatamente depois do incidente o oficial de guarda na linha de saída foi retirado do controle de passageiros e, na terça-feira, se decidiu suspendê-lo de suas funções".

No aeroporto de Newark, a TSA foi acusada de não ter informado com rapidez sobre o incidente, que afetou especialmente os voos da Continental, companhia aérea que controla a maior parte do terminal afetado.

Fonte: EFE via G1

Empresas de transporte não informam direito de reembolso de bilhetes e tabela de preços

A falta de informações sobre o direito de reembolso dos bilhetes de viagem em caso de desistência e a validade das passagens foram as principais irregularidades encontradas pelo Procon-SP na fiscalização realizada entre o Natal e o Ano Novo.

O órgão fiscalizou o terminal rodoviário Tietê e os aeroportos de Congonhas e de Cumbica entre o Natal e o Ano Novo. Das 27 empresas de transporte rodoviário fiscalizadas, 20 serão autuadas.

Duas empresas de transporte rodoviário também descumpriram a exigência - prevista no Código de Defesa do Consumidor - de afixar em local visível a tabela de preçso das passagens para pagamento à vista.

Outras irregularidades encontradas foram a falta da informação, no “bilhete de viagem do idoso”, de que é preciso chegar ao local de embarque com 30 minutos de antecedência, além de não possuir o número do atendimento ao consumidor (SAC).

Aéreas

Nas aéreas, junto à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o Procon fiscalizou 22 empresas e 91 voos.

A única notificação vai para a Passaredo, que não deu assistência aos passageiros de um voo com três horas e 25 minutos de atraso. Já a Lan Airlines e Webjet serão notificadas também por falhas no atendimento aos passageiros de voos com atraso.

Segundo o Procon, as empresas autuadas responderão a processos administrativos, assegurada ampla defesa, e podem ser multadas ao final, conforme o Código de Defesa do Consumidor.

Fonte: InfoMoney via MSN Notícias

RG será obrigatório para poder embarcar em avião a partir de março

A partir de 1º de março, quem embarcar no país, em voo doméstico ou internacional, deverá apresentar um documento de identificação ao ser chamado para o embarque. Hoje a identificação é feita apenas no check-in (e pela PF, em voos internacionais). No portão de embarque, somente o cartão de embarque é cobrado.

Essa é uma das alterações prevista em uma resolução da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) publicada no "Diário Oficial" da União, no mês passado. A medida tem o objetivo de "garantir que o passageiro que efetivamente entra na aeronave é o mesmo que consta do cartão de embarque", segundo explica Rodrigo Ferreira de Oliveira, superintendente de infraestrutura aeroportuária da agência.

Essa troca de passageiros é mais frequente do que se pensa, afirma Ronaldo Jenkins, diretor técnico do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias). "Outro dia aconteceu um problema até com uma artista, que estava levando a mãe de graça, numa passagem que era de outra pessoa", disse ele.

Para Jenkins, o "duplo check" é necessário. Ele substituirá a conferência da identidade de quem fez check-in on-line.

Atrasos nos voos em decorrência da cobrança do documento na porta da aeronave não devem acontecer, diz o Snea. Segundo Jenkins, alguns testes foram feitos e não causaram demoras significativas.

A conferência da identidade do passageiro no embarque é feita nos principais aeroportos da América do Norte e da Europa, afirmou a Anac.

No Brasil, o duplo check já foi realizado. Segundo a Infraero (estatal que administra os aeroportos), a conferência foi feita de maneira experimental e suspensa após ter provocado longas filas. A estatal, a Anac e o Snea não souberam dizer quando a prática foi interrompida.

A resolução também amplia o prazo de validade dos boletins de ocorrência usados em casos de perda do documento de identificação, dos atuais 15 dias para dois meses --e eles poderão ser usados mais de uma vez.

Também será permitido o uso de documentos expedidos por poderes Legislativo e Judiciário estaduais (a atual só permite federais), e o prazo de validade do uso do protocolo de pedido de identidade do estrangeiro será ampliado para seis meses.

Fonte: Johanna Nublat (jornal Folha de S.Paulo) - Arte: Folha

Homem faz piadinha sobre bomba e é proibido de viajar

Alemão disse em tom de brincadeira que levava explosivos na cueca.

Um alemão de 42 anos arruinou as férias que sua família pretendia tirar no Egito. Quando estava na fila do Aeroporto de Stuttgart, na Alemanha, na terça-feira (5) para passar pela revista, o sujeito disse brincando que tinha explosivos na cueca.

Os policiais chamaram o engraçadinho e perguntaram que realmente ele levava bombas na cueca. O homem admitiu que tinha contado uma piadinha de mau gosto.

Mesmo assim, a polícia fez uma revista completa no alemão e, para a sorte dele, não encontrou nada.

A família foi impedida de entrar no avião, não recebeu reembolso da companhia aérea e o sujeito ainda vai ter de pagar uma multa.

Se realmente o engraçadinho tivesse uma cueca-bomba, ele poderia passar até três anos na cadeia.

Fonte: Expresso MT / Global Travel News - Foto ilustrativa

Aviação: Tráfego do Brasil cresceu em Portugal

O Brasil voltou a apresentar um grande desempenho nas partidas e desembarques de estrangeiros em Portugal, com mais de 95 mil passageiros e o crescimento de dois dígitos nas chegadas ao Aeroporto de Lisboa.

Com estes números, o mercado do Brasil passou a ser o terceiro destino de origem com maior ascensão, logo depois da Espanha e França.

Entre os meses de Janeiro a Outubro, o Brasil estava na quinta posição em número de passageiros embarcados e desembarcados em Lisboa, com 892.791, uma queda de 8,2%, ou seja, quase 80 mil em relação ao ano anterior.

Nos onze meses de Janeiro a Novembro de 2009, os voos de e para o Brasil transportaram 990.359 passageiros. Este crescimento significa uma inversão no quadro geral de viagens dos brasileiros e europeus.

Seis cidades capitais brasileiras que tem voos da TAP para Lisboa apresentam-se na relação das 30 mais no desempenho geral.

Fonte: Opção Turismo (Portugal)

Ladrão rouba passageiros que dormiam em voo de Tóquio a Paris

A polícia francesa está investigando se um ladrão roubou milhares de euros de passageiros que dormiam durante um voo da Air France entre Tóquio e Paris na terça-feira (5).

"Há uma investigação em andamento", disse um porta-voz da polícia do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, ao ser questionado sobre reportagem da versão online do jornal Le Figaro.

O jornal disse que cerca de 4.000 euros teriam sido roubados de cinco passageiros da classe executiva do Boeing 777-300, prefixo F-GSQA, enquanto dormiam no voo noturno.

"Neste voo, o AF-277, que decola do (aeroporto) de Narita, em Tóquio, às 10 da noite, passageiros geralmente dormem até acordar pouco antes de aterrissar em Paris às 4 da manhã", disse uma das supostas vítimas ao Le Figaro.

Uma mulher alertou a tripulação ao acordar e verificar que uma grande quantia havia desaparecido, disse o passageiro.

"Esta mulher chamou a equipe para dizer que toda a quantia em sua bolsa havia sido roubada. Contando francos suíços, euros e ienes, havia aparentemente cerca de 3.000 euros", disse o passageiro.

Uma porta-voz da Air France disse que o piloto alertou a polícia, que aguardava pelo voo no aeroporto.

"Eu diria que é extremamente raro ter vários passageiros de uma vez relatando roubos a bordo", afirmou.

Ela disse que é de responsabilidade das empresas aéreas zelar pelas bagagens que são despachadas e cabe aos passageiros observar o que é levado a bordo do avião.

Fontes: James Mackenzie (Reuters) via O Globo / Aviation Herald - Foto: Jaunted

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Acidente com avião das Forças Armadas do Equador mata seis militares

Na foto, uma aeronave das Forças Armadas do Equador

Seis militares equatorianos morreram nesta quarta-feira (6) na queda de um avião do Exército na Amazônia, informou à AFP um porta-voz da instituição.

O acidente ocorreu quando o avião, um Cessna 206 das Forças Armadas equatorianas, voava entre os povoados de Taisha e Shell, esta última a 135 km a sudeste de Quito, em uma missão de abastecimento.

A queda, que ocorreu às 16h53 local (19H53 Brasília), matou dois suboficiais, o piloto e o copiloto, e quatro soldados que prestavam o serviço militar obrigatório.

Os pilotos, tenentes Edison Narváez e Raúl Cadena, tentaram fazer manobras para aterrissar de emergência numa pista do setor de Mamayak, na provincia de Pastazapero, mas não obtiveram êxito. Os outros falecidos são os soldados Moreno, Ortíz, Analuisa e Guanotaxi.

Este foi o terceiro acidente aéreo envolvendo as Forças Armadas do Equador nos últimos três meses, após a queda de um helicóptero Dhruv, em 27 de outubro, durante uma cerimônia militar em Quito, com dois tripulantes feridos, e a queda no mar de um helicóptero Bell 230, também em outubro, sem vítimas.

Fontes: iG / El Universo / Ecuavisa

Eslováquia desculpa-se com Irlanda por deixar passar explosivo no aeroporto

A polícia eslovaca pediu desculpas nesta quarta-feira por uma falha em um teste de segurança no aeroporto de Poprad (nordeste), que levou um eslovaco, totalmente alheio à operação, a introduzir sem saber um explosivo na Irlanda.

"Foi um erro de um policial que se esqueceu de retirar o explosivo depois de descoberto por um cão treinado, durante um exercício de segurança no aeroporto de Poprad, sábado", afirmou Tibor Mako, diretor da polícia de fronteiras eslovaco.

"O explosivo ficou acidentalmente na mochila de um cidadão eslovaco, que o levou sem saber para seu apartamento em Dublin", informou Poprad em entrevista à imprensa.

A polícia irlandesa apreendeu o material em casa do eslovaco. Eram 90 gramas de RDX, explosivo militar muito potente.

A intervenção se fez depois que as autoridades de Bratislava contactaram a polícia do aeroporto de Dublin.

O passageiro, um eletricista eslovaco de 49 anos que trabalha na Irlanda há três anos, foi detido, primeiro, em virtude da lei antiterrorista, sendo depois liberado sem acusação, após um interrogatório de três horas.

"Lamentamos absolutamente ver nossos esforços para controlar a segurança do transporte aéreo civil fracassar de maneira tão negativa", disse Mako, acrescentando que a polícia eslovaca vai desistir de exercícios desse tipo.

Fonte: AFP via G1 - Foto: Bill Pugliano

Irlanda abre investigação sobre explosivos colocados em bagagem por autoridades eslovacas

O ministro da Justiça da Irlanda pediu uma investigação, na terça-feira, sobre explosivos que teriam sido colocados inadvertidamente por autoridades da Eslováquia na mala de nove passageiros, como parte de um exercício de segurança aeroportuária. O episódio acontece duas semanas depois de um nigeriano, suspeito de manter laços com militantes no Iêmen, tentar explodir um avião de passageiros com explosivos escondidos em suas roupas íntimas.

"Após o contato das autoridades eslovacas com a polícia do aeroporto de Dublin, membros da Guarda Nacional Irlandesa recuperaram uma quantidade de material explosivo da bagagem de um passageiro que desembarcou em Dublin no sábado", disse um comunicado do Departamento de Justiça.

Segundo autoridades eslovacas, os explosivos foram colocados nas bagagens sem que os passageiros tivessem conhecimento. Oito deles foram pegos no raio-x. Mas a mala de um eletricista eslovaco de 49 anos que trabalha na Irlanda, e voou de Bratislava a Dublin no sábado, depois dos feriados de fim de ano, não teria sido interceptada pela segurança do aeroporto irlandês.

O homem chegou a levar os 90 gramas de explosivos para casa, sem saber. Só dois dias depois, quando o governo eslovaco revelou às autoridades irlandesas detalhes sobre o polêmico exercício de segurança, a polícia irlandesa recuperou as substâncias. Um setor do centro de Dublin chegou a ser isolado pelo esquadrão antibombas para a operação.

A polícia irlandesa chegou a deter o eletricista, mas ele foi libertado depois que as autoridades eslovacas esclareceram que ele não tinha qualquer conhecimento sobre o que transportava. O ministro do Interior eslovaco, Robert Kalinak, declarou profundo arrependimento por parte de seu governo e disse que pretende cooperar com as investigações irlandesas.

"O ministro do Interior eslovaco transmitiu ao ministro da Justiça Dermot Ahern o profundo pesar de seu governo por esse incidente", disse o governo irlandês em um comunicado.

Mas nenhuma explicação sobre o atraso - de dois dias - na divulgação do teste de segurança foi dada por parte das autoridades eslovacas.

- Esse tipo de explosivo precisa ser misturado com outros elementos para se fazer uma bomba, mas obviamente é um explosivo extremamente perigoso - disse o comandante irlandês Gavin Young.

Fontes: O Globo

Venezuela diz ter provas de incursão aérea norte-americano

O governo da Venezuela assegurou ter provas para embasar a denúncia de que seu espaço aéreo foi violado por forças norte-americanas que operam na região do Caribe a partir das Antilhas Holandesas.

O vice-presidente do país, Ramón Carrizález, relatou nesta terça-feira (4) que, "no dia 17 de maio de 2009, um avião de guerra norte-americano partiu de Curaçao, violou nosso espaço aéreo e uma zona exclusiva de voo, como é a Base Aérea de La Orchila", no Caribe.

"Temos os registros dos diálogos da torre de controle com o avião, em que se perguntou se tinham autorização para sobrevoar a área e os motivos da incursão", disse. "Temos também as trajetórias do voo e as colocamos à disposição para demonstrar que Curaçao é usada para violar a soberania nacional", complementou.

A afirmação de Carrizález contraria o Comando Sul dos Estados Unidos, que havia negado qualquer invasão do espaço aéreo venezuelano e reiterou que as operações no Caribe fazem parte somente da estratégia do país para combater o narcotráfico na região.

"Todas as operações contra o narcotráfico são feitas de acordo com o Direito Internacional e os tratados assinados", enfatizou o porta-voz do Comando Sul, Stephen Lucas. "Quando realizamos incursões em espaço aéreo alheio, fazemos isso apenas com o consentimento e a aprovação do governo que controla tal espaço aéreo", afirmou.

Para Caracas, porém, Washington planeja um ataque à Venezuela, no qual teria o apoio da vizinha Colômbia, que recentemente assinou um acordo para ceder bases militares a oficiais norte-americanos.

Carrizález, que participou nesta terça-feira de uma cerimônia com oficiais da Marinha, disse que a Venezuela tem uma tradição de paz, mas isso "não quer dizer que vamos permitir que nossa soberania e nosso território sejam atingidos com impunidade". "Nosso país não vai permitir uma agressão sem uma resposta contundente", ressaltou.

Fonte: DCI

Sobrevivente das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki morre no Japão

A única pessoa oficialmente reconhecida como sobrevivente das duas bombas atômicas lançados pelos Estados Unidos sobre Hiroshima e Nagasaki, no Japão, ao final da 2.ª Guerra Mundial, morreu na segunda-feira aos 93 anos, de câncer no estômago, informou-se nesta quarta-feira.

Por muito tempo Tsutomu Yamaguchi (foto) foi certificado como um "hibakusha," ou sobrevivente de radiação, do bombardeio de Nagasaki, em 9 de agosto de 1945. Em março do ano passado, o governo japonês confirmou que ele também sobreviveu ao bombardeio de Hiroshima três dias antes, em 6 de agosto de 1945.

Nesse dia, o bombardeio americano U.S. B-29 Enola Gay lançou uma bomba atômica que explodiu em Hiroshima às 8h15 (horário local). Yamaguchi estava na cidade em uma viagem de negócios para a firma em que trabalhava, no setor naval da Mitsubishi.

Cerca de 140 mil pessoas foram mortas, muitas instantaneamente, enquanto outras milhares ficaram gravemente feridas.

"Enquanto caminhava, ouvi o som de um único avião. Olhei para o céu e vi o B-29, e ele lançou dois paraquedas. De repente, vi um grande clarão e eu desfaleci", relembrou anos depois em uma entrevista ao jornal britânico The Times.

Apesar de ter sofrido queimaduras graves, Yamaguchi conseguiu no dia seguinte retornar à sua casa, na cidade de Nagasaki. Ele estava lá quando a cidade também foi bombardeada pelos Estados Unidos. Cerca de 70 mil morreram, mas Yamaguchi sobreviveu novamente.

"Minha exposição dupla à radiação é agora oficialmente reconhecida pelo governo", afirmou Yamaguchi no ano passado. "Isso deixará claro às gerações mais jovens a história de horror das bombas atômicas mesmo depois de minha morte."

Muitos dos que sobreviveram as bombardeios sofreram uma vida de problemas de saúde relacionados à radição, incluindo cânceres. Yamaguchi perdeu a audição no ouvido esquerdo e sofreu de leucemia aguda, catarata e outras doenças relacionadas às bombas em anos subsequentes.

Yamaguchi se tornou conhecido no Japão por suas frequentes palestras sobre os horrores da guerra e como ativista pelo desarmamento nuclear.

O prefeito de Nagasaki, Tomihisa Taue, lamentou sua morte e afirmou que "um excelente contador de histórias" desapareceu.

Reconhecimento oficial

Acredita-se que um pequeno número de japoneses tenha sobrevivido a ambos os bombardeios, mas Yamaguchi era o único sobrevivente das duas bombas oficialmente reconhecido pelo governo japonês.

Fonte: iG (com informações da BBC) - Foto: AFP

Anac quer proibir taxa adicional no transporte de carga

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) quer proibir as empresas aéreas que fazem transporte internacional de carga de cobrarem uma taxa adicional relativa ao custo do combustível usado nos aviões. "Achávamos que, com a liberdade tarifária, não faria mais sentido cobrar isso. Mas elas continuam cobrando. Estamos em fase final de elaboração de uma resolução proibindo esta cobrança", disse à Agência Estado o superintendente de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado da Anac, Juliano Noman.

Ele disse que a área técnica deverá concluir, nas próximas semanas, a proposta para então ser encaminhada para aprovação da diretoria da agência. Segundo o superintendente, com a abolição do adicional, haverá mais transparência para os usuários com relação ao preço do frete, já que hoje a tarifa cobrada normalmente pelo serviço se soma ao adicional do combustível.

O adicional do combustível começou a ser cobrado depois da Guerra do Golfo em diversos países pelas empresas aéreas transportadoras de cargas. Isso acontecia porque, com a volatilidade dos preços do petróleo, o adicional foi uma solução que as empresas encontraram para reajustar, quase diariamente, as variações do preço do combustível, sem ter que alterar toda a tabela de preços dos serviços. Assim, para facilitar, elas só mudavam o preço do adicional, cobrado à parte.

Essa cobrança separada também foi autorizada no Brasil, na época, pelo Departamento de Aviação Civil (DAC). Essa taxa, porém, passou a ser alvo de polêmica. Hoje mesmo a Secretaria de Direito Econômico (SDE) divulgou que vai recomendar ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que puna sete companhias aéreas por combinar preços relativos a esse adicional. São elas: Air France, American Airlines, KLM, ABSA, VarigLog, Alitalia e United Airlines.

Noman explicou que a acusação principal da SDE é de que uma vez autorizado o teto desses reajustes do adicional, as empresas teriam combinado de aplicar o limite máximo e no mesmo dia.

Fonte: Leonardo Goy (Agência Estado)

Regras para viagens de crianças em voos internacionais ainda são desconhecidas pelos pais

Uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de abril de 2009, modificou as regras para autorização de viagens para crianças em voos internacionais. A medida prevê a elaboração de uma autorização com foto recente da criança e a autenticação desse documento em cartório pelo pai, mãe e/ou responsável legal. A autorização é necessária nos casos em que a criança viaje sozinha ou desacompanhada de um dos pais.

De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Notários e Registradores (Anoreg), Alan Guerra, a medida visa melhorar a segurança dos voos às crianças desacompanhadas.

“A resolução 74 age em favor da segurança da criança e do adolescente, já que o pai, mãe ou responsável, além de redigir o documento, precisa, ele mesmo - e não mais terceiros, como antigamente - se dirigir ao cartório e autenticar”, afirma o presidente da associação.

Muitos pais, entretanto, criticam a pouca divulgação dessas medidas. “Esse tipo de informação não é acessível. Ficamos sabendo no check in e saímos correndo para conseguir a autorização”, explica o administrador Abilio Sarmento que estava na manhã de hoje (5) na Vara de Infância do aeroporto de Brasília tentando conseguir uma autorização para que sua filha pudesse viajar sozinha aos Estados Unidos.

De acordo com o Comissário da Vara da Infância e Juventude, Jamil Santos, a emissão de autorizações às pressas para voos internacionais são procedimentos corriqueiros no Juizado.

“A maioria dos passageiros deixa para última hora e vem para o juizado pedir a autorização, salvo os casos em que as viagens são programadas com certa antecedência é que esses documentos são autenticados no cartório.”

Embora as companhias aéreas sejam obrigadas a cumprir as determinações da resolução, os pais reclamam que não há esse esclarecimento no momento da compra das passagens.

O presidente da Anoreg afirma que que os cartórios deverão realizar uma ampla divulgação e promover um trabalho educativo que ajude pais e responsáveis a adotar as novas medidas de segurança para voos internacionais de crianças desacompanhadas.

Mais informações sobre viagens internacionais de crianças podem ser encontradas no site da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) no endereço: www.infraero.com.br/horadeviajar.

Fonte: Agência Brasil via Pernambuco.com - Foto: viajeaqui.abril.com.br

Aeronáutica inicia a avaliação para instalar o ILS no aeroporto de Joinville

Valor aproximado do aparelho é de R$ 2,1 milhões

A cada dez minutos que o aeroporto fica fechado, um voo é inviabilizado

O início da vistoria no Aeroporto de Joinville que será feita pelos técnicos do Instituto de Cartografia da Aeronáutica (ICA) está previsto para a manhã desta quarta. Alguns membros da equipe, que vai avaliar a necessidade de instalação de um ILS (sistema de pouso por instrumento), que facilita os pousos com tempo ruim, não chegaram a tempo e por isso o trabalho que iria começar na terça foi transferido.

Critérios técnicos que incluem a parte estrutural da pista do aeroporto e medições das distâncias de onde será instalado o aparelho serão avaliados até sábado. Só depois dos estudos concluídos o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) vai dar um parecer sobre a necessidade de instalação do ILS e qual tipo de equipamento se ajusta ao terminal.

O valor aproximado do aparelho é de R$ 2,1 milhões. Esta é a primeira vez que Joinville recebe uma comitiva da Aeronáutica para avaliar a necessidade de instalação do equipamento. O pedido da visita foi encaminhado pela Prefeitura ao Decea em novembro do ano passado.

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) reiterou a necessidade emitindo um documento que comprova o alto número de fechamento do terminal por conta de mau tempo e de operações por instrumento. A cada dez minutos que o aeroporto fica fechado, um voo é inviabilizado. A média joinvilense é alta e no ano passado superou as 373 horas sem operações.

A expectativa é de que Joinville consiga a instalação do ILS, pois preenche alguns pré-requisitos como importância estratégica. Em Santa Catarina, o equipamento só existe em Florianópolis.

Fonte: Diário Catarinense - Foto: Rogerio da Silva

As turbulências do presidente (Editorial)

A incontinência verbal do presidente Lula - que fala duas vezes antes de pensar nos efeitos de suas palavras - acaba de criar um problema político para o seu governo e um potencial problema diplomático para o Brasil.

Numa atitude inconcebível para qualquer governante que se paute, como é devido, pelo princípio da precaução ao se manifestar sobre decisões de Estado a respeito da defesa nacional, Lula não esperou o parecer da Aeronáutica sobre as alternativas para a renovação da frota da Força Aérea Brasileira, com a compra de 36 caças de última geração.

Ele não apenas declarou a sua preferência pelo Rafale, da francesa Dassault, em detrimento do Gripen NG, da sueca Saab, e do F-18, da Boeing americana, como assinou com o presidente Nicolas Sarkozy, em visita ao País no 7 de Setembro do ano passado, uma nota conjunta sobre a abertura de tratativas com a empresa fabricante para a consumação de um negócio da ordem de R$ 10 bilhões.

Lula, portanto, comprometeu o Brasil com a França, a partir de uma escolha pessoal cujos motivos se prestam a toda sorte de indagações. Faltou combinar com os militares.

Ontem, a Folha de S.Paulo revelou que, em relatório técnico com mais de 30 mil páginas de dados, ratificado pelo Alto Comando da Força, a Aeronáutica apontou o Gripen como o avião mais vantajoso, seguido do F-18.

O Rafale foi considerado a opção menos interessante. O fator preço foi crucial: o caça da Saab custa a metade do modelo francês. Quando esteve no Brasil, Sarkozy prometeu reduzir o valor do aparelho, como se fosse o CEO da Dassault e não o presidente da França - uma diferença essencial que Lula aparentemente achou que não precisava levar em conta.

Agora a FAB o contrariou de duas maneiras. Primeiro, com as conclusões em si. Segundo, ao ordenar as suas preferências. Instado pelo presidente, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, levara aos militares o pedido absurdo para que não fizessem um ranking dos aviões.

Por definição, chefes de governo têm a última palavra em matérias dessa natureza - pelas óbvias implicações políticas internas e externas de cada uma das opções em jogo. Mas quando as Forças Armadas do país em questão apresentam um parecer taxativo, só excepcionalmente o governante deixa de adotá-lo. Faz sentido.

Ao chefe de Estado cabe definir a política de defesa nacional. Aos militares cabe escolher os instrumentos para executá-la. Lula, no entanto, quis impor a sua vontade em relação aos meios a serem adotados por uma delas.

E o pior é que, antes mesmo de subir a rampa do Planalto pela primeira vez, ele tomou a si o processo de modernização da FAB, o chamado projeto FX-2, pressionando o ainda presidente Fernando Henrique a adiá-lo sob a alegação de que estava em final de mandato.

Agora, ou Lula se rende à análise profissional, que virtualmente o desmoralizou, ou empurra o assunto para as calendas: este, afinal, é o derradeiro ano de seu segundo período.

A primeira hipótese é improvável - não menos do que a de obrigar a Aeronáutica a aceitar o Rafale. Bater o martelo em favor do Gripen deixaria Lula perder a face diante de um país cujo presidente - ele sim, trabalhando pelo interesse nacional - se comporta como o grande paparicador de Lula nos foros internacionais - como ocorreu na conferência do clima em Copenhague.

De todo modo, a ideia de que a aquisição do Rafale é indispensável à parceria estratégica entre o Brasil e a França não se sustenta. Essa parceria já foi estabelecida no caso da fantástica compra de submarinos - inclusive o que seria o casco de um submarino nuclear - com tecnologia francesa.

Deixar o assunto em banho-maria pode ser, para Lula, a escolha menos onerosa, embora signifique deixar o País, sabe-se lá por quanto tempo, à mercê de uma frota obsoleta de combate aéreo. Decerto ele fará o mesmo em relação a outro problema relacionado aos militares, no qual também meteu os pés pelas mãos.

Trata-se do decreto que cria o Programa Nacional de Direitos Humanos - e que ele admitiu ter assinado sem ler.

Contrariando um acordo arduamente negociado entre a Defesa, as Três Forças e o Ministério da Justiça, endossado por Lula, o texto abre caminho para a revisão da Lei de Anistia, a partir das ações de uma Comissão da Verdade que já está sendo equiparada a uma "CPI da ditadura".

Este é o presidente cujos adoradores não sabem nem querem saber como se conduz.

Fonte: jornal O Estado de S.Paulo - Foto: Imageshack (sem vínculo com o "Estado de S.Paulo)

Caças: “Decisão será política”, diz Amorim

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, deu sinais quarta-feira de que o relatório técnico da Aeronáutica sobre o projeto FX-2 de renovação da frota da Aeronáutica que apontou o caça sueco da empresa Saab como o mais vantajoso para o Brasil deve ser mesmo deixado de lado pelo governo:

– A decisão será sempre política – resumiu Amorim ao participar de uma conferência de imprensa em Genebra (Suíça). – Evidentemente, vamos estudar, levando em conta as questões técnicas, mas a decisão final cabe ao ministro da Defesa e ao presidente da República.

A preferência dos militares brasileiros pelos caças suecos também não abalou o ministro da Defesa francês, Hervé Morin, que, em entrevista à rede de TV francesa BMF, lembrou que a França estabeleceu uma aliança estratégica para o Brasil traduzida na venda, no ano passado, de helicópteros militares e submarinos no valor de 4,5 bilhões de euros.

Segundo Morin, a oferta francesa inclui a transferência tecnológica ao Brasil, que passaria então a ter uma plataforma industrial para a América Latina. Perguntado sobre o preço do caça Rafale, que é considerado muito alto em relação a seus concorrentes, Morin respondeu com uma interrogação provocativa:

– É possível comparar uma Ferrari, que é o Rafale, com um Volvo, que é o Grippen? – ironizou. De acordo com Morin, o Rafale é um avião de missões múltiplas que utiliza as tecnologias mais modernas.

O ministro francês considerou normal que o Brasil não tenha anunciado ainda com qual aparelho ficará porque “adquirir um avião de combate é adquirir um conjunto de sistema de armamento, ou seja, uma decisão para 40 anos, na qual influenciam muitos parâmetros”. Durante a entrevista ele insistiu para que a Suíça, que pretende renovar sua frota de aviões de combate, também escolha o Rafale.

Relatório

Para o deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), o pedido do presidente Lula para que a Força Aérea Brasileira retire a classificação dos caças do relatório, segundo divulgou o jornal O Estado de S.Paulo, não é correto, uma vez que a classificação “é inevitável”.

Na opinião de Jungmann, a possível opção pelos caças suecos não arranharia de forma alguma as relações políticas e diplomáticas do Brasil com a França porque os dois países tem sido parceiros e a recente compra de 50 helicópteros franceses pelo Brasil respalda esta parceria:

– A decisão sempre será política. Cabe ao presidente decidir. A aliança política estratégica entre os dois países existe. A França tem apoiado o Brasil e defendido uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU, mas temos margem de manobra para não optar pelos caças franceses e não arranhar as relações.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Eduardo Azeredo (PSDB-MG), confirmou que convidará o ministro Jobim para ir à comissão falar sobre os critérios que vão nortear a decisão brasileira. Na opinião do senador, a escolha deveria se basear no relatório técnico e econômico porque o montante de recursos envolvidos na operação é muito alto:

– Ao contrário do que disse o Vacarezza (deputado Cândido Vacarezza), a diferença financeira não é uma mesquinharia. A diferença é considerável porque são 36 aviões. O governo se precipitou ao anunciar a preferência pelos caças francesas.

Presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Soberania, o deputado Wilson Picler (PDT-PR), disse que caso a decisão brasileira se baseie apenas em critérios políticos mobilizará o Congresso Nacional para que os parlamentares votem com dedicação a legislação de segurança nacional quando ela estiver na pauta.

–Não podemos censurar o presidente, mas caso a decisão do presidente nos cause estranheza, vamos nos empenhar em votar uma legislação de segurança nacional que impeça a concentração de poder as mãos do presidente, como já ocorre nos Estados Unidos – alertou.

Já o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) acredita que toda a polêmica gerada em torno da questão fará que a decisão fique para o próximo presidente.

– Não há iminência de guerra. Então é natural deixar a decisão para o sucessor, assim como ocorreu no governo FHC – completou.

Jobim e comandantes recebem apoio de militares

A decisão do governo de ignorar o relatório da Força Aérea Brasileira que aponta o caça sueco Gripen, da empresa Saab, como o mais adequado para ser adquirido pelo Brasil, não é o único ponto de tensão entre militares e governo. Em nota divulgada quarta-feira, os presidentes dos clubes Naval, Militar e da Aeronáutica prestaram solidariedade ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, e aos comandantes do Exército, general Enzo Martins Peri, e da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, que ameaçaram pedir demissão caso fosse instalada a “Comissão da Verdade”, instância que teria, entre outras atribuições, poderes para apurar torturas e desaparecimentos durante o regime militar (1964-1985)

No texto, os militares perguntam a quem pode interessar reabrir um tema pacificado com a Lei da Anistia, vigente há mais de 20 anos. Na opinião dos militares, a consequência da comissão seria a divisão dos brasileiros, sendo que muitos nem haviam nascido em 1964. “As sequelas deixadas em ambos os lados certamente viriam à tona, quando vivemos presentemente em clima de entendimento e plena convivência democrática”, diz a nota.

Segundo os militares, se o governo quiser efetivamente reviver a verdade deste passado, teria que examinar não só os atos praticados pelos militares da época, mas também dos militantes que protagonizaram “cenas cruéis de terrorismo, sequestros, assassinatos, assaltos a bancos, etc, crimes hoje classificados como hediondos e dos quais alguns dos autores ainda se vangloriam”.

A nota ressalta que o Brasil vive hoje em regime de ampla democracia e que os militares desejam que o Brasil seja um país para todos, sem revanchismos contra qualquer facção.

Fonte: Jornal do Brasil

Boeing diz esperar que escolha brasileira seja técnica

A Boeing divulgou comunicado ontem dizendo esperar "que a decisão final seja tomada com base nas propostas técnicas e estratégias prioritárias do governo brasileiro". "Acreditamos firmemente que o Programa Super Hornet oferece ao Brasil segurança garantida, a expansão da indústria aeroespacial e valores estratégicos de longo prazo", disse a empresa.

"Ademais, a Força Aérea Brasileira publicou nota em seu website na qual confirma que o relatório final ainda não foi entregue ao Ministério da Defesa."

Na avaliação técnica feita pela Aeronáutica, o Gripen NG, da sueca Saab, foi o mais bem avaliado e o F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, ficou em segundo. O Rafale, da francesa Dassault, ficou em terceiro e último lugar.

O "sumário executivo" do relatório da FAB, com as conclusões finais das mais de 30 mil páginas de dados, apontou o fator financeiro como decisivo para a classificação do caça sueco: o Gripen NG, até por ser monomotor e ainda em fase de projeto, é o mais barato dos três concorrentes finais.

Fonte: Agência Estado via iG

Rafale é Ferrari e Gripen é Volvo, diz ministro francês

O sueco Gripen (acima) e o francês Rafale

O ministro francês da Defesa, Hervé Morin, comparou nesta quarta-feira o caça francês Rafale a uma Ferrari e qualificou de "rumores" as informações sobre a preferência da Força Aérea Brasileira (FAB) pelo Gripen NG sueco, que comparou a um Volvo.

"Não se pode comparar uma Ferrari a um Volvo", afirmou o ministro à rádio RMC, defendendo o aparelho francês, que nunca foi exportado e pela compra do qual o presidente da França, Nicolas Sarkozy, obteve em setembro passado em Brasília um acordo de princípio de seu colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.

"O Rafale é o único avião multimissões do mundo, ou seja, o único que pode cumprir ao mesmo tempo missões de defesa, de ataque e de reconhecimento", prosseguiu Morin.

"O Gripen não é um avião multimissões. O Gripen é um avião que não voa, que não existe e que ainda não saiu do papel", declarou.

A Folha de São Paulo afirmou na terça-feira que teve acesso às conclusões de um relatório de 30.000 páginas no qual a FAB expressa sua preferência pelo Gripen.

O caça sueco está em concorrência com o Rafale da Dassault e o F/A-18 SuperHornet, da Boeing, na licitação para fornecer ao Brasil 36 aviões de combate, num contrato que representa vários bilhões de dólares.

"São apenas rumores publicados por um jornal. É preciso saber que estamos numa competição acirrada, e numa competição como esta todos os rumores são colocados na mesa por uns e outros", explicou o ministro.

A presidência francesa se disse ontem tranquila com o resultado da licitação lançada por Brasília.

Fonte: AFP