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terça-feira, 28 de março de 2023

Como o drone voa? Entenda equilíbrio de forças que o mantém parado no ar


Para quem cresceu achando carrinhos de controle remoto algo supermaneiro, ver um drone em ação é quase uma experiência mágica. Seja pela suavidade com a qual ele se move ou a infinidade de aplicações —que vão desde a diversão até usos logísticos—, esses aparelhos despertam a curiosidade de muita gente. 

E aí fica dúvida: como eles funcionam? E como eles podem ser controlados por longas distâncias sem perder a estabilidade no ar? Aqui, consideramos os drones de uso civil, que se dividem em quatro categorias básicas de acordo com o número de rotores: tricópteros, quadricópteros, hexacópteros e octacópteros.


Para a explicação abaixo, usaremos os quadricópteros como referência, que são os tipos mais comuns à venda. Eles contam com quatro rotores (chamados popularmente de hélices). 

O princípio básico de funcionamento de um drone envolve equilíbrio. Enquanto dois desses rotores giram no sentido horário, outros dois giram no sentido anti-horário. Desta forma, há uma compensação de forças que evita que o drone gire descontroladamente ao redor do seu eixo vertical.

É preciso uma condição para levantar voo: a força de empuxo gerada pelos rotores ao empurrarem o ar para baixo e, por consequência, serem empurrados para cima. Essa força precisa ser maior do que a da gravidade.

Uma vez no ar, o aparelho se mantém em parado enquanto o empuxo gerado se mantiver em equilíbrio com a gravidade. Os movimentos também são controlados pela velocidade dos rotores. Para ir para frente, por exemplo, os rotores da traseira aumentam sua velocidade, enquanto os da frente diminuem, inclinando levemente o aparelho para que ele se movimente.

Situação similar ocorre quando comandamos o drone para trás, para os lados ou para que ele gire ao redor de seu eixo vertical. 

Além dos rotores —movimentados por motores elétricos— os drones contam com outros sistemas básicos. É preciso ter uma bateria, geralmente de íons de lítio (do mesmo material das dos smartphones) e sensores como altímetros e acelerômetros. Eles medem variáveis como altitude e velocidade e também colhem informações enviadas aos circuitos de controle no corpo do drone. 

Há também tem um receptor de rádio que permite a integração entre o controle remoto do usuário e as ações do veículo.


Como os drones se mantém equilibrados mesmo quando há vento?

Aqui, o mérito é dos circuitos de controle. Ao receberem dados dos sensores presentes no corpo do drone, esses circuitos conseguem ter uma "visão" da situação e mudar a rotação dos rotores para compensar a ação de forças externas. 

Qual é a velocidade máxima de um drone?

Isso, claro, varia de acordo com o tipo de drone. Modelos "de brinquedo" podem voar a cerca de 20 km/h, enquanto variações para uso profissional podem passar dos 60 km/h. Há ainda drones de competição, com recorde de velocidade, segundo o Livro Guinness dos Recordes, de 263,12 km/h, alcançado em 2017. 

Drones podem sofrer interferência?

Como os drones usam ondas de rádio para se comunicar com o controle em terra, eles estão sujeitos sim a interferências de origem eletromagnética. Elas podem partir de outros equipamentos que operam em frequência parecida ou de estruturas como linhas de alta tensão. As interferências podem dificultar o controle do drone e até interromper a comunicação por completo.

Via Tilt/UOL - Fontes: Fábio Raia, professor de engenharia elétrica e engenharia mecânica da Universidade Presbiteriana Mackenzie; Murilo Zanini de Carvalho, professor de engenharia da computação do Instituto Mauá de Tecnologia.

sexta-feira, 10 de março de 2023

Itália faz experiências com drones para transportar sangue


Há alguns dias, na região de Milão, foram transportadas por drone amostras de sangue para serem analisadas. A D-Flight – empresa do Grupo ENAV (e subsidiária da Leonardo), a Telespazio (que presta serviços de gestão de tráfego de drones) e a ENAC (Autoridade Nacional de Aviação Civil da Itália) realizaram uma série de voos com um drone especialmente equipado para transferir amostras de sangue não testadas (mercadorias perigosas) coletadas nos centros Opera e Rozzano da Cerba HealthCare Italia.

O Diretor Geral da ENAC, Alessio Quaranta, comentou que o ensaio de Milão é a primeira autorização operacional em uma categoria específica emitida pela ENAC, de acordo com o Regulamento (UE) nº 2019/947, para o transporte seguro por drone de amostras biológicas, que o regulamento classifica como mercadorias perigosas.


O objetivo da ENAC é que tais serviços se tornem comuns o mais rápido possível, incentivando a criação de um sistema que funcione em sinergia, como realizado entre a ENAV (Conselho Nacional de Assistência Aérea da Itália) e a D-Flight. A experimentação e a coordenação com atores do mundo não tripulado estão tornando cada vez mais concreta a possibilidade de usar drones em várias atividades, beneficiando a sustentabilidade e a eficiência dos serviços na Itália.

Maurizio Paggetti, COO da ENAV e CEO da D-Flight, disse que isso representa mais um passo para a realização na Itália do U-Space, um espaço aéreo dedicado a drones. O U-Space permitirá todo o tipo de operações, das mais simples às mais complexas. A porção do espaço aéreo designada para drones será de até 400 pés (120 metros) acima do solo, com restrições em algumas áreas. Dentro deste espaço aéreo, existem várias categorias de aeronaves remotamente pilotadas autorizadas a voar, subdivididas de acordo com as especificações técnicas do regulamento europeu emitido pela European Union Aviation Safety Agency (EASA). O objetivo do U-Space é garantir a integração entre o tráfego aéreo tradicional e as aeronaves remotamente pilotadas.


Os voos, que ocorreram na segunda-feira, 27 de fevereiro, foram realizados no modo BVLOS (Beyond Visual Line Of Sight), ou seja, o piloto não teve contato visual com o drone. A aeronave, que decolou e pousou em uma área cercada controlada (3×3 metros), é um hexacóptero com paraquedas balístico, canal de comunicação duplo e sistema de terminação de voo verificado pela EASA, pesando 25 quilos com sua carga. Os voos, realizados pela empresa Nimbus, que concebeu e desenvolveu o drone e a caixa para transporte seguro de sangue para análise, abrangeram zonas rurais e urbanas.

Esta não é a primeira vez que este tipo de transporte ocorre na Itália. Em outubro de 2018, a ABzero havia entregado bolsas de sangue com um drone, por meio de uma cápsula inteligente que permitia o transporte de sangue, hemoderivados e órgãos por meio do controle das condições de temperatura e umidade.

Sala de controle D-Flight (Foto: ENAV)
Esse tipo de experimento é de suma importância para reduzir significativamente o tempo de transporte do sangue e avaliar o impacto do voo nas hemácias e plaquetas transportadas.

Via Airline Geeks

sábado, 4 de março de 2023

Vídeo: Drone pousa sobre avião militar em ataque de milícias da Bielorrúsia

O grupo de milícias bielorrussas chamado BYPOL anunciou há quatro dias que havia danificado uma aeronave russa de alerta aéreo A-50 na base aérea de Maçulişçi, na Bielo-Rússia, com um drone.

O drone pousa no radome do A-50 e sai da área como se nada tivesse acontecido. Veja o vídeo abaixo.


Via FL360aero

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Pássaros mortos viram drones nas mãos de pesquisadores dos EUA; veja vídeo

Drone feito com carcaça de pássaro imita bater de asas (Imagem: Reprodução/YouTube)
Pesquisadores da instituição New Mexico Tech, nos Estados Unidos, estão usando carcaças de pássaros para fabricar drones mais "naturais", com asas que imitam o movimento de animais de verdade.

O objetivo é criar uma forma mais discreta de espionagem e monitoramento de determinada área (algo em que drones já são bons). Segundo os cientistas, esses modelos são "muito práticos para fins de pesquisa" e podem ajudar a "manter a natureza selvagem intacta".

"Em vez de usar materiais artificiais para construir drones, podemos usar pássaros mortos e transformá-los em drones", afirmou Mostafa Hassanalian, um dos pesquisadoras da New Mexico Tech, ao site NewScientist.

Veja o drone feito com pássaros alçando voo no vídeo abaixo:


O projeto, ainda na fase de testes, foi apresentado no Fórum SciTech 2023, do Instituto Americano de Aeronáutica e Astronáutica.

A princípio, os pesquisadores apresentaram os modelos como eficientes para estudar a vida selvagem, como algumas espécies de pássaros, e outros animais que vivem em áreas inóspitas ao ser humano.

No entanto, os drones que simulam animais voadores logo chamaram a atenção por terem a capacidade de se transformar em instrumentos camuflados de espionagem de pessoas e de lugares, especialmente para fins militares.

Como são desenvolvidos


Para projetar os drones de asas, a equipe de Hassanalian usou partes de pássaros empalhados, como o do faisão, combinadas com mecanismos artificiais de voos de drones.

O mecanismo é baseado no ornitóptero, um tipo de aparelho de voo capaz de pegar sustentação e propulsão no ar ao bater as asas de maneira intermitente.

Esses modelos passaram por simuladores aerodinâmicos e de flapping 3D (movimento repetitivo com as mãos ou com as asas, para cima e para baixo, para frente ou para trás) para testar as características aerodinâmicas do bater de asas nestes "drones frankestein".

"Isso permitiu a implementação de mecanismos de batimento e teste da aerodinâmica do drone de asas", escreveram os pesquisadores.

Mas a "mecânica" dos pássaros termina aí: o drone em questão foi construído com componentes mecânicos, incluindo hélices para propulsão.

Longe de ser perfeito


Drone alçando voo em teste dos pesquisadores (Imagem: Reprodução/YouTube)
Apesar do avanço, os pesquisadores afirmaram que ainda há a necessidade de aprimorar o modelo. Para eles, o drone de asas, tal qual foi apresentado, ainda não é o projeto mais eficiente desse tipo.

Alguns componentes usados nas engrenagens deverão ser substituídos para reduzir o ruído e aumentar a vida útil dos equipamentos.

"Uma melhoria final seria adicionar pernas para que o drone possa se empoleirar e monitorar sem usar muita bateria", acrescentaram os cientistas

Via Rosália Vasconcelos (Tilt/UOL) - Com informações de NewScientist

sábado, 11 de fevereiro de 2023

História: O drone enlouquecido - Quando a tecnologia falha


Nesses tempos em que o uso de drones cresce exponencialmente, vale a pena relembrar um fato ocorrido em 1956 e que por pouco não se transformou em tragédia.

Já naquela época, os americanos vinham usando aviões antigos, controlados remotamente, para servirem de alvo em treinamentos.

Em 16 de agosto daquele ano, um avião Grumman F6F-5K Hellcat, tecnologia da época da 2ª Guerra Mundial, sem piloto, decolou de uma pista próxima a Los Angeles; a ideia era que o avião voasse sobre o Pacífico onde serviria de alvo para canhões e foguetes de navios da marinha.

Mas o Hellcat, pintado de vermelho brilhante para evitar erros dos artilheiros, tinha outras ideias: escapou do controle de seus operadores e passou a voar em direção a Los Angeles.

Em linguagem militar, “tocou terror”: o drone poderia cair em área povoada e causar uma tragédia. Para abater o Hellcat, foram despachados o que havia de mais recente em termos de tecnologia de caça: dois F-89D Scorpion, da Força Aérea, cada um armado com 104 mísseis guiados por computador.

O drone seguia uma rota errática: voou sobre Los Angeles e outras cidades da região; os pilotos dos Scorpions precisavam esperar que ele voasse sobre uma zona deserta ou sobre o mar para abate-lo sem causar danos às pessoas no solo.

Finalmente tiveram uma chance: tentaram disparar os mísseis usando os computadores e… nada – o sistema não funcionou! Resolveram então dispara-los usando um sistema manual, mas algum gênio havia decidido que computadores eram o futuro e não seria preciso equipar o F-89D com um sistema de mira convencional. O jeito foi apontar o avião para o alvo, puxar o gatilho e rezar para acertar. Não adiantou; os pilotos dispararam todos os 208 mísseis, não acertaram nenhum e o Hellcat seguia voando.

Próximo do aeroporto de Palmdale, o combustível do drone acabou e ele caiu em uma área deserta. O Hellcat não causou nenhum dano, mas com os 208 mísseis a história foi outra: provocaram um incêndio florestal que precisou de dois dias e 500 bombeiros para ser extinto. Destruiriam depósitos de combustível e um caminhão, além de danificarem casas e automóveis. Felizmente ninguém morreu ou ficou ferido seriamente.

Para a Força Aérea, foi um mega vexame: dois caças a jato de última geração não conseguiram destruir um avião antigo, movido a hélice e sem piloto. Certamente algumas cabeças rolaram…

Via Vivaldo José Breternitz (Jornal Tribuna)

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Drones ganham espaço na agricultura com múltiplas funções

Apesar de cobrir áreas muito menores, em comparação aos aviões, os drones conseguem atingir a chamada pulverização de precisão.


O uso de drones na agricultura foi regulamentado pelo Ministério da Agricultura (Mapa) apenas em 2021, mas os chamados veículos aéreos não tripulados vêm sendo utilizados no campo há mais tempo.

As principais funções são: mapeamento de áreas, controle de falhas de plantio, identificação de plantas daninhas e pragas e mais recentemente aplicação de defensivos.

O investimento é alto, pode superar R$ 500 mil, por isso o produtor precisa analisar o custo benefício antes de comprar o equipamento.

Os chamados veículos aéreos não tripulados são indicados também para fazer a aplicação em terrenos irregulares ou de encostas, como é o caso do café e da banana.

Apesar de cobrir áreas muito menores, em comparação aos aviões, os drones conseguem atingir a chamada pulverização de precisão.

Em contrapartida, o drone tem baixa capacidade de carregamento de produtos, os equipamentos homologados levam no máximo 10 litros de defensivos e as baterias duram somente 15 minutos.

A aplicação inteligente é definida por um software que a partir do mapeamento da área, define a estratégia de aplicação utilizando, se necessário, as três modalidades: terrestre, avião e o drone, esse sistema integrado traz eficiência e economia.

Um drone para pulverização hoje custa de R$ 100 mil a R$ 350 mil reais, fora toda a estrutura para poder operá-lo. O investimento pode superar R$ 500 mil.

Por isso, hoje a maioria dos produtores têm preferido terceirizar o serviço. Neste caso a aplicação varia de R$ 100 a R$ 400 reais por hectare.

É importante dizer que o uso de drones em atividades agrícolas deve ser registrado no mapa, ter autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e exige um operador qualificado. E aí está um grande gargalo. Falta mão de obra especializada.

domingo, 22 de janeiro de 2023

Veículo aéreo não tripulado de reconhecimento da Rússia é abatido por forças da Ucrânia


O Comando da Força Aérea das Forças Armadas da Ucrânia diz que seu braço de defesa aérea destruiu o drone operacional-tático Orlan-10, de registro 1111, da Força Aérea da Rússia, na sexta-feira (20).


O Orlan-10 é um veículo aéreo não tripulado de reconhecimento desenvolvido pelo Centro de Tecnologia Especial em São Petersburgo para as Forças Armadas Russas. O Orlan-10 possui um casco composto que reduz sua assinatura de radar.

Um Orlan-10 na catapulta de lançamento
O Orlan-10, embora não seja sofisticado, é barato e simples de operar. Ele voa alto demais para ser vulnerável a defesas aéreas de curto alcance, mas é muito barato para justificar o uso de defesas de longo alcance caras. Ele fornece uma visão suficiente do campo de batalha para identificar os alvos.

Um Orlan-10 em exibição em 2022
Via ASN e Wikipedia

sábado, 14 de janeiro de 2023

Rússia intensifica uso de drone kamizake: como funciona arma 'suicida'?

Drone kamikaze derrubado pela Ucrânia (Imagem: Ministério da Defesa da Ucrânia)
Os russos estão usando drones "suicidas" para aterrorizar os civis da Ucrânia. Fabricados no Irã e com custo baixo, essas armas impõem desafios para as defesas da Ucrânia, já ocupadas com os campos de batalha. Eles vêm principalmente à noite. Os moradores de cidades ucranianas vêm ouvindo as explosões dos drones kamikazes russos com mais frequência.

Como funciona?

  • O mais usado na Ucrânia é o Shahed-136. Ele é fabricado no Irã, embora a Rússia e o Irã neguem estarem negociando os equipamentos.
  • O Shahed-136 tem cerca de 3,5 metros de comprimento com asas que se estendem por 2,5 metros e pode transportar 50 kg de explosivos. Ainda conta com uma hélice traseira movida a gasolina para propulsão.
  • Sua velocidade máxima de 200 quilômetros por hora é relativamente baixa.
  • Tem um alcance, no entanto, de até 2 mil km. Ou seja, podem alcançar todas as cidades ucranianas a partir da Rússia.

Como funciona o ataque?


Ao contrário dos drones kamikaze Switchblade de fabricação americana, um alvo deve ser inserido no Shahed-136 com antecedência. O drone voa em direção ao alvo por conta própria e ele não pode ser alterado retroativamente. A partir daí, o drone opera de forma totalmente autônoma.

Os drones kamikaze são muitas vezes referidos como "munições de vadiagem" porque eles vagam em torno de áreas-alvo por algum tempo e atacam apenas quando um alvo é localizado.

Outros drones como o Switchblade podem pairar sobre uma área específica antes que um operador no solo atribua um alvo. Os alvos podem até ser móveis. O drone então voa em direção ao alvo após um comando e é destruído durante o ataque.

Vale a pena derrubar drones kamikaze?


O Shahed-136 não tem chance contra a moderna tecnologia de defesa aérea. Especialistas militares também argumentam que ele não é adequado para uso nas linhas de frente.

O uso dos drones kamikaze tem claramente outro objetivo: destruir infraestruturas civis e edifícios residenciais para espalhar o medo entre a população.

Com um preço de cerca de US$ 20.000 cada, os drones Shahed kamikaze são relativamente baratos. Como suas peças também são fáceis de encontrar, levanta-se o dilema se a implantação de um sistema de defesa antimísseis moderno contra eles faz sentido, considerando que cada míssil individual custa várias vezes mais do que um drone kamikaze.

Para complicar ainda mais, os russos têm usado "enxames" de drones Shahed. Mesmo que alguns deles sejam abatidos, outros ainda atingem seus alvos. Pior ainda, lutar contra os drones mantém as defesas militares e aéreas da Ucrânia ocupadas, afastando-as da frente de batalha onde são mais necessárias. Isso também parece fazer parte da estratégia da Rússia.

Especialistas militares ocidentais acreditam que os drones kamikazes servem como um substituto para os mísseis de cruzeiro, muito mais caros, que estão cada vez mais escassos na Rússia.

Termo enganador


Os ataques Kamikaze foram missões suicidas realizadas durante a Segunda Guerra Mundial por jovens pilotos japoneses que colidiam com suas aeronaves contra navios aliados para causar o máximo de dano possível. A morte do piloto era parte intrínseca de todo o conceito.

Os drones, por outro lado, não têm pilotos humanos. O termo "de uso único" seria mais adequado, porque, ao contrário dos drones Bayraktar turcos, que retornam após ataques ou voos de reconhecimento, os chamados drones kamikazes são destruídos durante os ataques.

Via UOL

sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Conheça a arma antidrone que derrubou drone na posse de Lula

A Polícia Federal usou o equipamento para abater drone suspeito durante a cerimônia de posse presidencial, no domingo (1º).

(Foto via Metrópoles)
Durante a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no domingo (1º), a Polícia Federal derrubou um drone suspeito que sobrevoava uma área não autorizada, em Brasília, com a ajuda de uma “arma especial”.

O produto, chamado DroneGun Tatical, tem tecnologia que intercepta e "rouba" o controle de drones suspeitos. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que o modelo aéreo foi abatido por "precaução".

A empresa australiana DroneShield, desenvolveu a pistola, que causa interferência em drones. E para manusear o equipamento, é necessário um treinamento especial.

Como funciona


O produto inclui antenas direcionais de alto desempenho em um design estilo rifle e leve; apresenta na parte de trás alguns botões para selecionar a frequência de interferência contra o alvo.

Arma utilizada para abater drones durante a posse de Lula (PT) (Foto: DroneShield/Divulgação)
O que difere a arma antidrone das de fogo, por exemplo, é que em vez de um projétil, o gatilho da primeira dispara sinais de radiofrequência que fazem o drone perder a comunicação com o controlador.

Segundo a fabricante, a DroneGun consegue alcançar drones que estejam a mais de um quilômetro de distância e pode ser usado por até duas horas seguidas.


Via Ingrid Oliveira (Byte/Terra)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Amazon inicia entregas com drones na Califórnia e no Texas (EUA)


A Amazon começou a entregar pedidos por drone. A Amazon Prime Air agora está operando em Lockeford, Califórnia e College Station, Texas, entregando um pequeno número de pacotes bem a tempo para o Natal.

Em agosto deste ano, a gigante do varejo recebeu aprovação da Federal Aviation Administration para usar drones para entregas de pacotes. A carga útil máxima do Prime Air é de 5 libras (cerca de 2,2 quilos), e a Amazon diz que 85% de suas remessas ficam abaixo desse peso.

Moradores de ambas as cidades podem se inscrever no serviço, e a Amazon confirmará que a empresa pode entregar com segurança no endereço do cliente. Depois que um pedido é feito, o cliente obtém um tempo estimado de entrega e informações de rastreamento.

“O drone voará para o local de entrega designado, descerá até o quintal do cliente e pairará em uma altura segura”, disse a Amazon. “Ele então liberará o pacote com segurança e subirá de volta à altitude.”

Lockeford é uma pequena cidade rural de cerca de 3.500 residentes localizada a cerca de 80 quilômetros a sudeste de Sacramento e a noroeste de Stockton, tornando-a um local ideal para pilotar a entrega por drones. College Station fica a cerca de 160 quilômetros a noroeste de Houston e é a sede da Texas A&M University.

“Nosso objetivo é introduzir com segurança nossos drones nos céus. Estamos começando nessas comunidades e gradualmente expandiremos as entregas para mais clientes ao longo do tempo”, disse Natalie Banke, porta-voz da Amazon Air, à KTXL Fox 40 em Sacramento, que relatou pela primeira vez o lançamento do Prime Air.

A Amazon está usando um drone de entrega hexagonal MK27-2 com seis propulsores projetados para minimizar ondas sonoras de alta frequência. No momento, a empresa está focada no trânsito seguro acima de tudo. Enquanto os drones voam de forma autônoma, usando algoritmos para evitar obstáculos como linhas de energia e chaminés, a Amazon atualmente acompanha as entregas com olhos humanos.

Via Airlive - Imagem: Divulgação

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Destroços de drone ucraniano matam três militares na Rússia, diz ministério


A Rússia informou nesta segunda-feira (26) que derrubou um drone ucraniano perto de uma de suas bases aéreas para bombardeiros de longo alcance dentro de seu próprio território.

Ainda segundo as autoridades russas, três militares da força aérea do país foram mortos no incidente.

O drone supostamente estava voando perto da base aérea de Engels, na Rússia, onde estão estacionados bombardeiros estratégicos de longo alcance que podem ter sido usados para atingir cidades e infraestruturas ucranianas.

Nenhum avião foi danificado no incidente, de acordo com o Ministério da Defesa em um comunicado divulgado por agências de notícias russas.

No entanto, contas russas e ucranianas não verificadas postaram nas redes sociais que vários aviões foram destruídos. A Reuters não conseguiu verificar esses relatos de forma independente.

“Um veículo aéreo não tripulado ucraniano (drone) foi abatido em baixa altitude enquanto se aproximava do aeródromo militar de Engels, na região de Saratov”, pontuou o comunicado do Ministério da Defesa publicado nesta segunda-feira.

“Três militares russos da equipe técnica que estavam no campo de aviação foram mortalmente feridos como resultado da queda dos destroços do drone”, adicionou.

Alvo de outro ataque


A base aérea, uma das duas bases estratégicas de bombardeiros que abrigam a capacidade nuclear da Rússia, está localizada perto da cidade de Saratov, cerca de 730 km a sudeste de Moscou e centenas de quilômetros das linhas de frente na Ucrânia.

Não houve comentários imediatos da Ucrânia, que nunca reivindicou publicamente a responsabilidade por ataques dentro da Rússia, mas os chama de “carma” pela invasão.

A mesma base foi atacada no início deste mês por drones ucranianos, disse a Rússia na época.

A Rússia tem de 60 a 70 aviões bombardeiros estratégicos de dois tipos – o Tu-95MS Bear e o Tu-160 Blackjack.

Ambos são capazes de transportar bombas nucleares e mísseis de cruzeiro com armas nucleares, bem como munições convencionais.

Moscou usou sua força aérea para disparar mísseis de cruzeiro no que chama de “operação militar especial” para degradar o potencial militar da Ucrânia.

Kiev afirmou que tais ataques equivalem a crimes de guerra e comparou a Rússia a um Estado terrorista.

O ataque anterior, de 5 de dezembro, à mesma base, junto a outra incursão no mesmo dia em outra base, levantou questões sobre a eficácia das defesas aéreas russas e chocou os comentaristas do país.

Se a Ucrânia conseguiu atacar tão longe no território russo, também pode ser capaz de atingir Moscou, avaliaram nas redes sociais.

Mais cedo na segunda-feira, Roman Busargin, governador da região de Saratov, disse que as instalações de infraestrutura civil não foram danificadas, e que as autoridades estão investigando o incidente na base.

“Não há absolutamente nenhuma ameaça para os residentes. As instalações de infraestrutura civil não foram danificadas”, ressaltou Busargin.

Via CNN

domingo, 11 de dezembro de 2022

Visão aproximada dos danos a um bombardeiro Tu-22M3 após um ataque de drone ucraniano 'no fundo da Rússia'


Surgiu uma imagem de um bombardeiro russo danificado no solo após um possível ataque de um drone ucraniano.

A imagem mostra danos na parte traseira do bombardeiro Tu-22M3 (reg. RF-34110) carregado com um míssil Kh-22.

Como a aeronave estava carregada com um míssil, parece ter sido danificada pouco antes da decolagem para uma missão. O bombardeiro não voará para lugar nenhum sem reparos sérios.

Os ataques realizados há alguns dias foram a 300 e 600 milhas da fronteira. Duas explosões possivelmente realizadas pela Ucrânia atingiram dois bombardeiros nucleares russos e causaram três mortes e seis feridos, informou a mídia nesta segunda-feira.

Segundo relatos, dois bombardeiros nucleares Tu-95 foram atingidos por um drone.

Via Airlive

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Qual a diferença entre quadricóptero, drone e carro voador?

(Imagem: Divulgação/ Embraer)
Com a chegada dos eVTOLs (veículos elétricos com decolagem vertical) ao mercado, muitos questionamentos surgem sobre semelhanças desse tipo de veículo com drones e quadricópteros. Em nossas publicações aqui no Canaltech, é muito comum os leitores perguntarem porque utilizamos o termo "carros voadores", citando, até mesmo, a descrição do que é um carro em dicionários.

Por mais complicado que possa parecer, as diferenças entre drones, quadricópteros e os carros voadores é bem simples e de fácil entendimento, mesmo que, para isso, tenhamos que esbarrar um pouco em questões de regulações e certificações das autoridades.

Basicamente, um eVTOL, o que costumeiramente chamamos de um carro voador, é um veículo elétrico que decola e pousa verticalmente e é capaz de levar passageiros. Os modelos atualmente em testes, como o Eve, da Embraer, podem se controlados tanto por um piloto quanto remotamente e serão, com certeza, utilizados para transporte de carga e, claro, para táxis-aéreos urbanos.

O carro voador da Embraer, ou eVTOL, está em testes (Imagem: Embraer)
Não chamá-los de drones nem de quadricópteros acontece porque, simplesmente, existem muitas diferenças — e algumas semelhanças. Os drones são o que chamamos de VANTs (veículos aéreos não-tripulados), que receberam tal certificação da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) para operarem em certas circunstâncias, em sua grande maioria para recreação, como já acontecia com os aeromodelos.

Com a evolução da tecnologia desses produtos, hoje eles são capazes até de levar carga, são utilizados em missões de segurança urbana, guerra e outras atividades. Justamente por não necessitarem de uma pessoa a bordo, já que seu comando é totalmente automatizado, podendo ser feito a quilômetros de distância e com uma conexão simples. O formato dos drones pode variar muito, com eles sendo equipados por dois, três, quatro, seis e até 10 rotores, que serão responsáveis por seus comandos e movimentos.

Drone com formato de avião (Imagem: Envato)
Obviamente, todo e qualquer objeto voador com quatro rotores será chamado de quadricóptero, não necessariamente sendo um drone ou helicóptero. Existem modelos de aeronaves com quatro rotores e, em alguns protótipos de eVTOLs, há aqueles que optam por apenas quatro asas rotativas — e não hélices.

Já quando falamos dos eVTOLs, ou carros voadores, tudo ainda está bem no começo. O termo "carro voador" é muito utilizado na imprensa especializada e até por técnicos e fabricantes porque não há, de fato, uma certificação única para este veículo, que, é bom repetir, está em período de testes em várias partes do mundo. E por mais que esses modelos não possuam, necessariamente, a função de um automóvel enquanto no chão, a possibilidade de levar passageiros com o conforto de um carro de passeio torna a comparação e a nomenclatura plausíveis.

Além disso, o setor automotivo caminha para a eletrificação total, com diversas montadoras avisando que não farão mais motores a combustão. Essas empresas também estão diretamente ligadas a projetos de eVTOLs, como a Hyundai, que já anunciou parceria com a Uber para a criação de um táxi voador. É bom dizer, também, que todos os eVTOLs serão elétricos ou, ao menos, movidos com fontes renováveis de energia, sempre sem emissão de CO².

Drone com formato mais "padrão" (Imagem: S. Hermann & F. Richter)
Quando os eVTOLs forem popularizados e receberem as devidas certificações de operação, saberemos se continuaremos chamando-os de carros voadores ou se será criado outro termo para eles. Até lá, é importante notar a semelhança que esses veículos possuem com os carros e como eles nos ajudarão na mobilidade urbana do futuro.

Para quem viveu nos anos 1990 e lembra dos comentários de como seria o futuro dos carros, vai se recordar de que, quase sempre, a expressão "carro voador" era usada com frequência. Agora que eles chegaram, vamos parar de falar assim? O futuro chegou e os carros voadores também.

Por Felipe Ribeiro e Jones Oliveira (Canaltech)

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Engenheiro brasileiro desenvolve nova tecnologia para drones

Invenção já recebeu patente e pesquisador prevê diversas finalidades, como nos setores da agropecuária e da segurança.

Veículo aéreo não tripulado com sustentação e propulsão híbrida (Foto: Arquivo pessoal)
Alysson Nascimento de Lucena é mestre em Engenharia Mecânica e doutor em Engenharia Elétrica e de Computação, ambas as etapas cumpridas com bolsas da CAPES na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O pesquisador desenvolveu um Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant) que pode se comportar como um drone ou como um avião e é capaz de decolar verticalmente, sem precisar de pista. Essas características dão a ele maior tempo de voo do que um drone convencional. O cientista espera que sua invenção beneficie setores como agropecuária e segurança.

Fale sobre a sua pesquisa


O projeto do “Drone-avião” foi desenvolvido no meu mestrado, com a dissertação Desenvolvimento de um veículo aéreo não tripulado com sustentação e propulsão híbrida. Fui orientado pelo professor Raimundo Carlos Silvério Freire Júnior, um dos inventores. Após o mestrado, o sistema autônomo foi melhorado com orientação do professor Luiz Marcos Garcia Gonçalves, nas dependências do laboratório Natalnet, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e de Computação da UFRN.

O que seria esse veículo?


Os Veículos Aéreos não Tripulados (Vant) têm duas categorias bem definidas: a categoria das aeronaves de asa fixa (o avião é o mais popular) e a categoria das aeronaves de asa rotativa (o multirotor, popularmente chamado de drone, e o helicóptero são os mais populares). Cada categoria tem suas particularidades. Por exemplo: se eu estou em um local sem uma pista de decolagem e pouso, posso utilizar um multirotor e decolar verticalmente, porém esse tipo de aeronave usa motorização elétrica e sua matriz energética é limitada. Dependendo das condições climáticas, sua autonomia de voo não ultrapassa 15 minutos. Então, se eu preciso efetuar voos com uma maior autonomia de tempo, a melhor opção seria uma aeronave de asa fixa com motorização a combustão. Aí entra uma nova categoria que está em plena formação – Vant híbrido –, que tenta conciliar as vantagens unindo as características de cada tipo de aeronave.

Que características seriam estas?


Nossa solução é um VANT duplamente híbrido que concilia as características de uma aeronave de asa fixa, do tipo asa voadora com motorização a combustão, com as de um multirotor com motorização elétrica. Essa configuração nos permite decolar e pousar verticalmente, eliminando a necessidade de pista, e executar voos com maior autonomia de tempo e distância, devido à capacidade de gerar sustentação pela asa e utilizar motorização à combustão. Ainda durante o voo horizontal em modo avião, a nossa solução consegue ativar o modo multirotor, parar no ar para realizar a análise de um ponto específico, retornar ao modo avião e seguir em voo horizontal.

Qual o objetivo da criação dessa aeronave?


O objetivo principal é sempre o desenvolvimento da ciência. Hoje, somos pioneiros na formação da categoria dos Vant híbridos. Estamos testemunhando essa tecnologia migrar para os carros voadores, que serão capazes de se deslocar com o mesmo conceito que desenvolvemos. Como o desenvolvimento foi concluído em todas as etapas, ao final da pesquisa tínhamos um produto promissor para o mercado, com qualidades inéditas e que possibilitaram o pedido de patente.

Qual a sua destinação?


A nossa solução é uma plataforma multimissão que pode ser adaptada para executar várias funções, tudo vai depender do que vamos embarcar: vários tipos de sensores, câmeras de alta resolução ou térmicas, compartimento para cargas especiais como vacinas, por exemplo. São várias as possibilidades oferecidas por um Vant híbrido.

De que maneira seu projeto pode beneficiar a sociedade?


A nossa solução é muito versátil, pode ser transportada em um carro. Uma única pessoa é capaz de operar todo o sistema, que pode ser usado rapidamente em missões como busca e salvamento, mapeamento de áreas, apoio em desastres naturais, monitoramento de eventos, transporte de insumos de primeiros socorros, pulverização, entre outros. Como podemos observar, nosso Vant híbrido se adapta a várias funções e um dos segmentos que avançou muito mundialmente durante a pandemia foi o de compras on-line, pressionando o sistema logístico. Esse tipo de aeronave pode ser adaptado para transportar uma grande variedade de produtos.

O que a sua pesquisa traz de diferente da literatura?


No início do mestrado fizemos uma pesquisa ampla de projetos que reunissem as características do nosso Vant híbrido e não foi encontrado nenhuma aeronave do tipo na literatura mundial. Nesse momento procuramos a Agência de Inovação da UFRN, a Agir, onde obtivemos total apoio para a elaboração de um pedido de patente que foi protocolado em 5 de janeiro de 2016.

Alysson Nascimento de Lucena, mestre em Engenharia Mecânica e doutor em
Engenharia Elétrica e de Computação - CAPES/UFRN (Foto: Arquivo pessoal)

O projeto já recebeu alguma premiação?


Nossa invenção recebeu o deferimento do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) em 13 de setembro e a carta-patente foi emitida em 25 de outubro. Publicamos pela primeira vez o nosso trabalho em 2021, no Latin American Robotics Symposium, onde obtivemos posição de destaque. Gostaria de destacar que a conquista de uma carta-patente vai além da comprovação do ineditismo de pesquisa científica: ela é fruto do trabalho de todos os servidores e colaboradores de uma instituição séria e de qualidade como a UFRN.

Qual a importância da CAPES?


Desenvolver pesquisa científica é um grande desafio e o apoio da CAPES é fundamental nesse processo, além de estruturar os programas de pós-graduação o fomento das bolsas de estudo, apoio e auxílios são de grande importância na formação de um cientista.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).

domingo, 6 de novembro de 2022

EUA estão prontos para fornecer drones MQ-9 Reaper para a Ucrânia


A General Atomics está pronta para fornecer drones de combate da família MQ-9 para a Ucrânia, de acordo com um relatório da publicação Janes.

“A General Atomics continua comprometida em apoiar a defesa de aliados e parceiros na Europa Oriental, incluindo um dia também o fornecimento dessas capacidades críticas às Forças Armadas da Ucrânia”, disse um porta-voz à publicação.

Em abril de 2022, autoridades da Ucrânia se reuniram com a General Atomics para negociar a potencial aquisição de drones armados Reaper e Predator. Em junho de 2022, surgiram informações de que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos estava considerando a venda para a Ucrânia de quatro drones armados MQ-1C Grey Eagle Medium Altitude Long Endurance (MALE), também fabricados pela General Atomics.

No entanto, os planos foram adiados devido a preocupações de que a tecnologia pudesse acabar em mãos inimigas.

A Ucrânia já opera uma variedade de drones, desde munições ociosas até o turco Bayraktar TB2. Embora menor e de alcance limitado do que seu concorrente fabricado nos EUA, o TB2 provou ser eficaz na luta contra invasores russos.

domingo, 30 de outubro de 2022

Operador de drone militar sofre tanto quanto quem mata de perto, diz ex-soldado

Drone em ação antes de ataque a Kiev, na Ucrânia
Para que serve um drone? Ele é mais ou menos como a esponja metálica de mil e uma utilidades. É usado no agronegócio, para entregar pizza ou remédios, para limpar os vidros externos de prédios e também para fazer a guerra.

O drone, veículo não tripulado e operado por controle remoto, é a mais recente incorporação às invenções da indústria bélica, que há 70 anos deu os caças a jato e que no Vietnã popularizou o helicóptero como meio de transporte da infantaria.

A ideia frequente é a de que um operador de drone militar, por permanecer distante do inimigo e não se expor ao seu alcance de tiro, é um profissional frio que não se envolve emocionalmente com aquele a quem ataca. Não é bem assim. Ao menos para Peter Lee, ex-capelão da RAF (força aérea britânica) e hoje professor de ética na Universidade de Portsmouth, no Reino Unido.

Ele publicou um livro em 2018 sobre o assunto e, bem depois, participou de um podcast na instituição em que leciona. Sua tese é de que o operador de drone militar sofre uma barbaridade por matar um semelhante e enfrenta os mesmos problemas psicológicos e a mesma exaustão de um combatente que lança mísseis de um avião ou bombas, no campo de batalha, a partir de um veículo blindado.

Essa analogia traumática entre a guerra presencial e a guerra a distância não faz parte do enfoque predominante na recente história do drone, que é indevidamente considerado como uma "arma limpa" —porque a limpeza é um atributo de quem o opera, não de quem sofre seus efeitos.

Acontece que a tecnologia necessária para aumentar a eficácia bélica de um drone é a mesma que permite que seus operadores, por meio da alta definição da imagem nas telas dos computadores, tenham uma visão perfeita do estrago que estão provocando.

Em geral, diz Lee –e sua experiência é a da Royal Air Force–, os operadores trabalham em dupla. Há o piloto que tem o dedo no gatilho e que lida com os instrumentos de navegação que levam a pequena aeronave até seu alvo e há, ao lado dele, o navegador, que é quem, por exemplo, "transporta" por telecomando um míssil até o local, em terra, onde o inimigo está em seu veículo ou instalação militar.

Kiev é atingida por drones em novo ataque da Rússia
Lee deu assistência religiosa a equipes da RAF que faziam escalas num hospital do Chipre depois de trabalharem presencialmente em conflitos como o da Síria ou o do Iraque. Também conheceu operadores de drone que lutaram contra extremistas do Estado Islâmico e do Talibã no Afeganistão.

Foram estes últimos, com 25 de suas mulheres ou companheiras, que ele exaustivamente entrevistou. Disse que os sintomas de estresse são semelhantes aos de tripulantes embarcados em caças ou em blindados que enfrentam frontalmente o inimigo. Por exemplo, os cabelos se arrepiam com a visão de um homem com o corpo despedaçado e as lágrimas saem dos olhos em momentos de forte emoção.

Lee cita o exemplo de uma missão no Afeganistão, em que os dois tripulantes estavam a 4.500 quilômetros de distância e o drone estacionou no céu a 4.500 metros de seu alvo. O piloto era um rapaz e a navegadora, uma moça. Por quatro vezes o alvo, um terrorista, não pudera ser atingido por estar rodeado de civis.

Na quinta tentativa, a navegadora identificou uma criança pequena na garupa da bicicleta que o terrorista utilizava e não deixou o piloto atirar. Descumpriu uma ordem de tiro também dada por um supervisor. O terrorista chegou ao esconderijo e pegou no colo a criança que transportava na garupa. Naquele dia, escapou incólume. E os tripulantes que comandavam o drone respiraram aliviados por não terem matado o pequeno acompanhante do inimigo.

China exibe novos aviões militares
Tanto com um drone quanto com um voo tripulado prevalece, segundo Lee, a dimensão da tragédia humana na guerra. A euforia pelo combate e pela destruição física de um inimigo são estados patológicos ou de ficção. Quem atinge também sofre, embora o faça bem menos do que aquele que foi fisicamente ferido.

Outro engano frequentemente cometido é aquele que atribui ao drone, em comparação a um avião de combate, o estatuto de algo automático ou autônomo. Não é. Todo e qualquer movimento do drone é telecomandado, e seu operador é responsável, para o bem ou para o mal, por toda destruição que a pequena aeronave possa produzir.

Nesse tipo de guerra nada se assemelha à atividade lúdica de um videogame. É guerra com sangue, com morte e luto de órfãos e viúvas como qualquer outra guerra.

Finalmente Peter Lee acredita que as mortes provocadas por drones são objeto de um espalhafato por parte da mídia, o que não ocorre quando se mata maciçamente sem a alta tecnologia. O exemplo que ele cita é o do genocídio de Ruanda, em 1994. Morreram 850 mil pessoas, abatidas em sua maioria com armas brancas que deveriam ser usadas apenas como ferramentas agrícolas.

Via João Batista Natali (Folha de S.Paulo) - Fotos: Reprodução

sábado, 29 de outubro de 2022

Aeronave é patenteada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte


Um Veículo Aéreo não Tripulado (Vant) que pode se comportar como um drone ou como um avião recebeu nesta terça-feira, 25, o patenteamento definitivo do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). O equipamento foi desenvolvido no Laboratório da Mobilidade da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), localizado nas dependências do Complexo Tecnológico de Engenharia (CTEC), pelos cientistas Alysson Nascimento de Lucena e Raimundo Carlos Silvério Freire Júnior em pesquisa com origem no Programa de Pós-graduação de Engenharia Mecânica (PPGEM).

Denominada inicialmente de VANT Híbrido, a aeronave é capaz de decolar verticalmente utilizando conjuntos motopropulsores elétricos, eliminando assim a necessidade de pista de pouso e decolagem. Após a decolagem, o veículo pode acionar o conjunto motopropulsor a combustão e se deslocar horizontalmente com sustentação gerada pela asa. “Assim, temos sustentação e propulsão híbridas, destinadas ao uso de uma aeronave com um motor a combustão para o voo em movimento horizontal, e motores elétricos para o voo em movimento vertical. A combinação proporciona maior autonomia com maior tempo de voo se comparada ao multirotor”, explica Alysson Lucena.

O professor Raimundo Júnior, orientador de Alysson no mestrado, acrescenta que a importância da hibridização faz com que a aeronave possua características únicas, podendo realizar missões que somente uma das aeronaves não conseguiria realizar. Ele explica que no segmento aeronáutico há duas categorias de aeronaves bem definidas. Uma delas é a de asa fixa, da qual o avião é o mais conhecido. A outra é a das asas rotativas ou giratórias, sendo os helicópteros e os multirotores, conhecidos popularmente como Drones, os mais populares.

O modelo, que recebeu agora a proteção da sua propriedade intelectual, possui características únicas, que dão a ele maior tempo de voo do que um drone e funciona como aeronaves VTOL, com aterrissagem e decolagem vertical, tecnicamente chamadas de Vertical Take-off, cujo exemplo mais conhecido são os helicópteros, que pode decolar, pousar e parar em determinado ponto com a precisão de um multirotor.

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Como funcionam os drones kamikaze que estão sendo usados na guerra na Ucrânia

Alguns modelos atingem até 5,5 mil metros de altitude, voam a 200 km/h e podem inspecionar uma região antes de realizar um ataque.

Destroços de um Shahed-136, rebatizado de Geranium-2, em Odessa, na Ucrânia
(Foto: Armed Forces of Ukraine / AFP)
No início de setembro, as forças da Ucrânia relataram ter abatido o primeiro drone "kamikaze" de fabricação iraniana utilizado pela Rússia. Embora o Irã negue que forneça os equipamentos ao exército russo, alegando neutralidade na guerra, o jornal norte-americano Washington Post reportou a primeira entrega em agosto. Para evitar inserir o país aliado diretamente no conflito, a Rússia teria repintado os drones e os renomeado como Geranium 2. Até agora, a Ucrânia informou ter abatido dezenas deles, incluindo um a 80 quilômetros de Kiev.

Os drones kamikaze receberam este apelido em referência aos soldados japoneses que sacrificavam as próprias vidas em ataques suicidas, durante a Segunda Guerra Mundial. Os pilotos da "Unidade de Ataque Especial" eram instruídos a "jogar" as aeronaves contra navios dos Estados Unidos.

A diferença no caso dos drones é que não é necessário sacrificar a vida de piloto algum. O equipamento, operado remotamente, é leve, barato, voa em baixas altitudes e tem a capacidade de inspecionar uma região antes de atacar. Alguns modelos, como o iraniano Mohajer-6, podem atingir até 5,5 mil metros de altitude, voar a 200 km/h e carregar bombas aéreas para serem disparadas.

Além disso, como são destruídos no processo, dificultam a identificação, pelo exército inimigo, da tecnologia empregada. Os custos de produção, em média abaixo de US$ 20 mil por unidade, também são muito inferiores ao valor necessário para produzir qualquer outro avião de combate convencional.

As limitações do armamento, por outro lado, são o poder destrutivo relativamente baixo, uma vez que a carga explosiva para realizar o ataque é pequena, e o uso de GPS comercial, o que pode comprometer a capacidade de navegação e tornar o drone sujeito a bloqueios de sinal.


O uso dos drones kamikaze não chega a ser novidade em conflitos, ocorrendo desde meados dos anos 1980. O uso de "veículos aéreos não-tripulados" já ocorreu nas duas guerras mundiais do século 20, mas com o controle ocorrendo por meio de ondas de rádio.

A Rússia tem utilizado os drones em um momento em que há pouco pessoal disponível — ou disposto — a lutar na Ucrânia e de grandes perdas de equipamentos militares, segundo informações das inteligências ocidentais.

Segundo informou uma autoridade americana, sob condição de anonimato, ao Washington Post, em agosto, o acordo entre Rússia e Irã determinou que especialistas técnicos iranianos viajassem para a Rússia para ajudar a configurar os sistemas, e oficiais militares russos passaram por treinamento no Irã para manusear os drones.

Segundo o vice-chefe do Departamento Operacional Principal do Estado-Maior ucraniano, general de brigada Oleksi Hromov, até o momento a Ucrânia conseguiu abater cerca de 60% dos Shahed-136, um dos modelos usados pela Rússia, lançados pelas tropas inimigas na invasão. Ele afirma também que Moscou já usou ao menos 86 desses drones. Segundo o Instituto para Estudo da Guerra, a Rússia não está utilizando estes equipamentos diretamente no front — atualmente concentrado no Leste e no Sul.

Via GZH

sábado, 17 de setembro de 2022

Lockheed Martin apresenta drone "leal" para o F-35


A Lockheed Martin revelou mais detalhes sobre o Speed ​​Racer: um projeto para criar um drone multifunção feito sob medida para acompanhar o caça F-35 Lightning II.

O drone, anunciado pela primeira vez em 2021, será lançado do ar e modular, desempenhando as funções de plataforma de reconhecimento e guerra eletrônica , ou atuando como isca, dependendo da missão.

Desenvolvido sob o Projeto Carrera, destina-se a concluir o desenvolvimento mais rapidamente e entrar em serviço mais cedo do que outras aeronaves comparáveis.

Um vídeo da Lockheed Martin, postado em 15 de setembro de 2022, retrata o que parece ser um projeto preliminar do drone, completo com asas dobráveis ​​e revestimento furtivo.


O foco principal do Projeto Carrera é a formação de equipes não tripuladas, com o que a empresa chama de design “centrado no ser humano” recebendo atenção especial, enfatizando a facilidade de controle e interação com os drones.

Considerando o aspecto de formação de equipes, o Speed ​​Racer parece ser mais um projeto na linha de alas leais – drones semi-autônomos destinados a acompanhar caças em batalha.

De acordo com o vídeo, a Lockheed Martin já investiu US$ 100 milhões no Projeto Carrera.

domingo, 28 de agosto de 2022

Drones se tornam aliados à segurança no aeroporto de Guarulhos

GRU Airport adquiriu dois drones que servirão para ampliar a segurança operacional no aeroporto.

Drones fabricados na China visam aumentar a segurança e a proteção do
meio ambiente (Foto: GRU Airport/Divulgação)
A concessionária que administra o aeroporto internacional de São Paulo (GRU), em Guarulhos, começou a utilizar drones como parte de um plano de Trabalho de segurança.

A GRU Airport adquiriu dois equipamentos da fabricante chinesa Dahua Technology que visam monitorar e proteger o perímetro do aeroporto, sendo possível identificar e prevenir princípios de incêndios, fiscalizar espécies de animais que vivem no complexo, apoiar as vistorias das pistas de pouso e decolagem, alertar sobre invasões irregulares das áreas e orientar nas decisões de logística e trânsito em casos específicos.


Segundo a concessionária, as operações seguem as regras de segurança operacional e as normas da aviação civil. Os drones foram testados sob a supervisão de técnicos da fabricante e da GRU Airport. Após os testes, eles foram aptos para realizarem inúmeras outras análises preditivas e comportamentais, uma vez que possuem tecnologia de inteligência artificial embarcada.

Os aparelhos possuem câmeras térmicas com zoom óptico de 30X com tecnologia StarLight, que permitem que esses equipamentos sejam utilizados mesmo em ambientes com pouca luz, que são capazes de identificar pessoas, animais e objetos à distância. Os drones são movidos por dois conjuntos de bateria e dois conjuntos de hélices reservas.

A concessionária afirma que os equipamentos suportam as inúmeras rajadas de vento que o local recebe constantemente. Além disso, eles podem ser utilizados em condições de chuva e na escuridão. “A chegada desses drones nos ajudará a identificar possíveis problemas e agir rapidamente para solucioná-los”, segundo Admilson Silva, diretor de operações da GRU Airport.

Via Marcel Cardoso (Aero Magazine)