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quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Vídeo: Caça israelense F-35 “Adir” destrói míssil de cruzeiro em voo

(Imagem: Forças de Defesa de Israel / Youtube.com)
Pela primeira vez, um caça F-35 “Adir” (“Mighty One”) da Força Aérea Israelense (IAF) abateu um míssil de cruzeiro em pleno voo.

Um míssil de cruzeiro, lançado do Iémen, presumivelmente pelos rebeldes Houthi apoiados pelo Irão, foi detectado pela IAF em direcção ao espaço aéreo israelita. Embora a data precisa do incidente não seja divulgada pela IAF, vários lançamentos de mísseis do Iêmen foram relatados em 31 de outubro de 2023.

Depois de detectar a ameaça iminente, a IAF enviou caças para interceptar o míssil. Imagens da cabine da interceptação foram divulgadas, mostrando o que provavelmente é um míssil de cruzeiro Hoveyzeh (ou Soumar) sendo abatido em vôo por um míssil ar-ar, provavelmente um AIM-9X Sidewinder.


Mais tarde naquele mesmo dia, a IAF informou que o Sistema de Defesa Aérea “Arrow” entrou em ação quando interceptou um míssil superfície-superfície na área do Mar Vermelho.

Em Maio de 2018, a IAF ganhou as manchetes quando revelou ter utilizado o seu F-35 para ataques direcionados na Síria e no Líbano, tornando Israel a primeira nação a empregar esta aeronave numa operação de combate.

Via Aerotime Hub

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Hoje na História: 16 de outubro de 1964 - A República Popular da China testa sua primeira bomba atômica


596 ou Projeto 596, (Miss Qiu) é o codinome do primeiro teste nuclear da República Popular da China, detonado em 16 de outubro de 1964, sendo o motivo de festa do exército daquela nação, como também pegou de surpresa os Estados Unidos e a União Soviética.

Era um dispositivo de fissão por implosão de urânio-235 feito de urânio para armas (U-235) enriquecido em uma usina de difusão gasosa em Lanzhou.

A bomba atômica fazia parte do programa "Duas Bombas, Um Satélite" da China. Ela tinha um rendimento de 22 quilotons, comparável à primeira bomba nuclear RDS-1 da União Soviética em 1949 e à bomba americana Fat Man lançada em Nagasaki, Japão em 1945. 

Com o teste, a China se tornou a quinta potência nuclear no mundo e a primeira nação asiática a possuir capacidade nuclear. Este foi o primeiro de 45 testes nucleares bem-sucedidos que a China conduziu entre 1964 e 1996, todos ocorridos no local de teste Lop Nur.

Maquete da bomba. Observe a semelhança geral no formato com Fat Man e RDS-1 
A China começou a estudar e desenvolver armas nucleares a partir da década de 1950 sendo por causa da crença do presidente da China que sem uma arma nuclear a China não seria levada a sério como potência nuclear por outras e também estaria a mercê de chantagem nuclear por parte de outras nações principalmente pelos Estados Unidos.

A União Soviética estava ajudando a China lhes dando geradores de processamento de urânio, cíclotrons até que as suas relações foram rompidas nas décadas de 50-60 porém a China continuou o seu programa e se esforçou ainda mais com o teste francês Gerboise Bleue de 60 quilotons.

A China usou urânio pois era mais fácil enriquecê-lo do que produzir plutônio. O plutônio possui rendimento menor porém sem uma fonte de nêutrons originária da fissão é impossível produzi-lo. Três anos depois a China detonou a sua primeira bomba termonuclear.

Especificações
  • Horário: 07h00 GMT de 16 de outubro de 1964
  • Local do ttste: Lop Nur, 40° 48′ 45″ N, 89° 47′ 24″ L, cerca de 70 km a noroeste do lago seco Lop Nor
  • Tipo de teste e altura: Torre, 102 metros
  • Potência: 22 quilotons
Por Jorge Tadeu com informações da Wikipédia

sexta-feira, 2 de junho de 2023

Como os caças F-16 poderiam mudar a guerra na Ucrânia

As Forças Aéreas Ucranianas poderiam, em breve, voar com o F-16 Fighting Falcon nos céus dos territórios ocupados, já que o presidente estadunidense Joe Biden apoiou seu repasse, por países europeus, ao país invadido pela Rússia.


O F-16 Fighting Falcon é um avião de combate multiuso, desenvolvido pela empresa norte-americana General Dynamics (atualmente Lockheed Martin). É um caça leve e ágil, projetado para executar uma variedade de missões, incluindo superioridade aérea, ataque ao solo, interdição, reconhecimento e apoio aéreo aproximado.

O F-16 entrou em serviço na Força Aérea dos Estados Unidos em 1979 e foi posteriormente adotado por várias nações em todo o mundo. Ele se tornou um dos caças mais amplamente utilizados e bem-sucedidos da história, com mais de 4.600 unidades produzidas. A aeronave também é conhecida como “Viper” devido à sua semelhança com a serpente cascavel, além de ser chamada de “Falcão de Combate”.

Uma das características distintivas do F-16 é sua configuração monomotor, o que o torna mais leve e manobrável em comparação com muitos caças bimotores. Ele possui uma asa em delta, uma fuselagem compacta e um design aerodinâmico altamente eficiente. O avião é equipado com um motor a jato Pratt & Whitney F100 ou General Electric F110, que proporcionam um desempenho excepcional em termos de velocidade e capacidade de subida.

O F-16 é altamente manobrável e possui um sistema de controle de voo eletrônico fly-by-wire, o que significa que os comandos do piloto são transmitidos eletronicamente aos sistemas de controle da aeronave, em vez de serem transmitidos por cabos mecânicos. Essa característica torna a aeronave mais ágil e responsiva.

O avião possui uma ampla variedade de armamentos, incluindo mísseis ar-ar, mísseis ar-solo, bombas e foguetes. Também pode ser equipado com um canhão de 20 mm para combate a curta distância. Além disso, o F-16 pode ser equipado com pods externos que fornecem capacidades adicionais, como designação de alvos a laser, reconhecimento e guerra eletrônica.

Ao longo dos anos, o F-16 passou por várias atualizações e variantes, aprimorando suas capacidades. Algumas das variantes notáveis incluem o F-16C/D Block 50/52, F-16E/F Block 60 e o F-16V (Viper), este último sendo uma atualização de cockpit e sistemas para versões mais antigas do F-16.

Nota: os pilotos americanos também se referem ao F-16 pelo apelido “Viper”. Esse apelido é derivado da semelhança do avião com a serpente cascavel, conhecida como “viper” em inglês. A denominação “Viper” é amplamente utilizada como uma forma mais informal e encurtada de se referir ao F-16 Fighting Falcon entre os pilotos e entusiastas da aviação.

Como o F-16 pode impulsionar a capacidade da Ucrânia para uma Vitória na Guerra

Comentários do General Mark Milley: "O F-16 é um caça supersônico, desenvolvido na década de 1970, nos Estados Unidos, que atinge a velocidade de 1.235 quilômetros por hora. Entretanto, o presidente do Joint Chiefs General dos EUA, Mark Milley, afirmou, recentemente, que não seria uma “arma mágica”.":

“Os russos têm 1.000 caças de quarta geração”, disse o general Milley a repórteres do Pentágono, após terminar uma reunião virtual com o Grupo de Contato de Defesa Ucraniano.

Milley explicou que para obter superioridade aérea diante da Rússia, a Ucrânia precisaria de muitos caças de quarta e quinta geração.

Para ele, a coisa mais inteligente que os aliados da Ucrânia poderiam ter feito foi exatamente o que fizeram: fornecer as armas de defesa aérea certas.

Dois recursos principais


Em uma conversa com Amna Nawaz, da PBS News Hour, o tenente-general reformado Doug Lut explicou que havia duas capacidades que o F-16 poderia fornecer às forças ucranianas.

“Em primeiro lugar, no lado ofensivo, daria o apoio aéreo aproximado de precisão às tropas terrestres”, disse Lut.

Ele acrescentou ainda que isso seria muito importante para recuperar o território perdido em futuras ofensivas ucranianas.

“A segunda coisa que [o F-16] pode fazer no lado ofensivo é fornecer fogos profundos”, continuou Lut. Em outras palavras, a arma daria à Ucrânia a capacidade de ultrapassar as linhas inimigas.

Assim, segundo Lut, os ucranianos poderiam atingir importantes centros de comando e controle russos, bem como sedes-chave e locais de logística, em lugares que, atualmente, não podem alcançar, como a Crimeia e o Mar Negro.

No lado defensivo, os F-16 poderiam ser usados para enfrentar aeronaves não tripuladas, mas seriam muito mais úteis contra alvos como mísseis de cruzeiro direcionados à infraestrutura.

“Então, tanto no lado ofensivo quanto no lado defensivo, o F-16 pode realmente fazer a diferença”, explicou Lut, embora reconheça que a arma demoraria meses até ser usada.

Sem batalhas frente a frente

Onde não veríamos os caças F-16 fazendo a diferença seria nas trocas frontais com os sistemas de defesa aérea mais modernos da Rússia, como o S-400, de acordo com o Business Insider.

Em entrevista para o referido site, o Diretor Executivo do Mitchell Institute for Aerospace Studies, Douglas Birkey, observou que os ucranianos, provavelmente, teriam que ser criativos com seus novos caças para ver resultados reais no campo de batalha.

“As costas da Ucrânia estão contra a parede. Eles não podem vencer em uma guerra de desgaste centrada no solo”, explicou Birkey, acrescentando que a Rússia “acabaria vencendo essa luta e sangrando a Ucrânia até secar”.

Birkey disse também que o F-16 poderia quebrar o impasse no solo, mas depois observou que, para a aeronave ser eficaz, a Força Aérea Ucraniana precisaria adotar um conjunto de táticas muito específicas, que poderiam explorar as vulnerabilidades das defesas aéreas russas.

“Ninguém está a defender que a Ucrânia voe os F-16 cegamente contra as defesas russas. O uso eficaz do poder aéreo requer uma mistura de estratégia, tática, capacidade e tecnologia para obter os efeitos desejados”, disse Birkey.

Ele observou ainda que aeronaves não tripuladas podem ser usadas para sobrecarregar as defesas, dando aos F-16 da Ucrânia a oportunidade de atingir seus alvos.

sexta-feira, 12 de maio de 2023

A feroz batalha pelo controle dos céus da Ucrânia

Pilotos ucranianos como Juice dependem de jatos da era soviética em sua batalha para controlar os céus do país.

Pilotos ucranianos como Juice dependem de jatos da era soviética em sua batalha
para controlar os céus do país
"Um lançamento foi detectado. Manobre!"

A ordem da equipe ucraniana em terra é clara — um avião de combate russo Su-35 disparou um míssil contra a aeronave de Silk. Ele sabe que tem que abortar a missão para sobreviver.

Silk, codinome do piloto, rapidamente mergulha seu caça bimotor MiG-29 tão baixo que consegue ver as copas das árvores. A antiga aeronave da era soviética começa a trepidar ao ser levada ao limite. Silk passa por torres e colinas que estudou meticulosamente no mapa enquanto se preparava para esta missão.

"Esses voos próximos à superfície são os mais difíceis", diz Silk. "Você tem que se concentrar muito. E, por causa da baixa altitude, você não tem tempo ou espaço para ejetar com segurança."

Jatos de combate como o pilotado por Silk acompanham aeronaves ucranianas de ataque ao solo durante suas missões de combate na linha de frente. O trabalho de Silk é fornecer cobertura contra mísseis ar-ar russos. Mas não há muita coisa que os jatos ucranianos possam fazer para detê-los.

"Nosso maior inimigo são os caças russos Su-35", diz outro piloto de MiG-29 cujo codinome é Juice.

"Conhecemos as posições da defesa aérea [russa], sabemos seus alcances. É bastante previsível, então conseguimos calcular quanto tempo podemos ficar [dentro da sua zona]. Mas no caso de caças, eles são móveis. Eles têm uma boa imagem aérea, e eles sabem quando estamos voando para a linha de frente."

Os mísseis russos podem voar muito mais longe do que os usados por pilotos ucranianos
As patrulhas aéreas russas são capazes de detectar a decolagem de um jato nas profundezas do território ucraniano. Seus mísseis R-37M podem atingir um alvo aéreo a uma distância de 150-200 km, enquanto os foguetes ucranianos só conseguem percorrer até 50 km.

Assim, os aviões russos podem ver as aeronaves ucranianas e derrubá-las muito antes de representarem qualquer ameaça.

Desde o início da invasão russa, a Força Aérea Ucraniana sofreu fortes baixas — embora não revele os números exatos.

A alegação da Rússia de que eles destruíram mais de 400 aviões ucranianos não parece plausível, dado que estimativas independentes do tamanho da frota ucraniana apontam para pelo menos metade desse número.

O relatório Military Balance 2022, do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês), afirma que a Força Aérea Ucraniana tinha 124 aeronaves com capacidade de combate antes da invasão russa em grande escala.

Para acabar com a superioridade da Rússia no ar, a Ucrânia quer que seus parceiros ocidentais forneçam jatos mais modernos, como o F-16 fabricado nos Estados Unidos.

"Nossos pilotos voam no fio da navalha", diz o coronel Volodymyr Lohachov, chefe do departamento de desenvolvimento de aviação da Força Aérea Ucraniana.

"Mas os jatos F-16 nos permitiriam operar além dos sistemas de defesa aérea do inimigo."

E seus mísseis podem ser eficazes em uma distância de até 150 km, o que permitiria a eles atacar também jatos russos.

"É claro que ainda seremos alvos", diz Juice. "Mas será uma luta igualitária. No momento, não temos nenhuma resposta a eles."

Os F-16 possuem radares melhores que podem detectar mísseis disparados contra eles. Atualmente, a equipe que monitora os radares em solo precisa comunicar verbalmente os pilotos sobre as ameaças que eles enfrentam.

"Nossos jatos não têm um sistema para avisar sobre lançamentos [de foguetes russos]", diz um piloto de jato de ataque Su-25 cujo codinome é Pumba.

"É tudo baseado no visual. Se você os vê, simplesmente tenta escapar disparando armadilhas de calor e manobrando."

A superioridade aérea da Rússia significa que a Ucrânia pode se dar ao luxo apenas a uma mobilização limitada da sua aviação militar perto da linha de frente, o que pode ter um grande impacto no sucesso de qualquer futura operação de contra-ataque. De acordo com Juice, eles realizam até 20 vezes menos missões do que a Força Aérea Russa.

E as armas que as aeronaves de ataque ucranianas possuem são do estoque de antigas bombas e foguetes não guiados da era soviética, que estão se esgotando rapidamente devido aos suprimentos limitados.

Mas não se trata apenas de apoio aéreo para tropas terrestres. Os jatos ocidentais também poderiam melhorar os sistemas de defesa aérea da Ucrânia, de acordo com os pilotos.

"Nossas aeronaves têm radares antigos que não detectam mísseis de cruzeiro [russos]. Somos como gatos cegos quando tentamos derrubá-los", explica o coronel Lohachov.

O alcance das armas ocidentais do F-16 permitiria que eles interceptassem mísseis de cruzeiro "de longa distância diretamente em nossas fronteiras, em vez de tentar pegá-los em algum lugar em áreas centrais da Ucrânia", observa Juice.

Os caças MiG-29 que a Polônia e a Eslováquia transferiram para a Ucrânia recentemente não resolvem seus principais problemas, dizem os pilotos ucranianos. Esses aviões têm as mesmas armas antigas e capacidade limitada da frota ucraniana.

Mas o governo dos EUA descartou o envio de jatos F-16 para a Ucrânia. Muitos temem que fornecer aeronaves ocidentais à Ucrânia só vai escalar o conflito, atraindo os EUA e a Europa diretamente para a guerra.

Nem sequer o treinamento de pilotos ucranianos para pilotar esses aviões foi aprovado. Na verdade, Colin Kahl, subsecretário de políticas de defesa do Pentágono, disse que "o cronograma mais rápido" para a entrega dos F-16 seria de 18 meses e, portanto, não fazia sentido treinar pilotos com antecedência.

No entanto, as autoridades ucranianas esperam obter esses jatos de países europeus, o que ainda exigiria o consentimento dos EUA, mas seria muito mais rápido de entregar.

Quanto ao treinamento de pilotos, "só conseguimos enviar um certo número de pessoas por um período limitado num dado momento. Precisamos evitar reduzir nossas capacidades militares aqui", diz o coronel Lohachov.

Portanto, a melhor opção, segundo ele, é começar a enviar pequenos grupos agora para ter pilotos treinados suficientes quando os aviões chegarem.

Está claro, no entanto, que esses jatos não serão entregues a tempo para a esperada contra-ofensiva da Ucrânia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já anunciou que esta operação vai seguir adiante sem esperar pelas aeronaves ocidentais.

Alguns especialistas questionam o impacto que os F-16 poderiam ter nesta guerra.

A Ucrânia precisaria reformar todos os seus aeródromos para receber os jatos F-16,
 já que essas aeronaves precisam de pistas mais longas para decolar
O professor Justin Bronk, pesquisador do Royal United Service Institute (RUSI), diz que esses jatos forneceriam uma camada extra de defesa, mas "não reverteriam a guerra por conta própria".

Até mesmo com os jatos F-16, "os pilotos ucranianos ainda teriam que voar muito baixo em qualquer lugar perto das linhas de frente por causa da ameaça terrestre da Rússia, e isso limitaria o alcance efetivo dos mísseis", explica Bronk.

"E também significa que empregar o poder aéreo da maneira que o Ocidente fez em guerras como do Iraque, Líbia, Afeganistão, não é possível na Ucrânia."

Os desafios logísticos levantam questões sobre se vale a pena enviar os jatos F-16 para a Ucrânia. Não se trata apenas de treinar pilotos e mecânicos — a infraestrutura precisa ser aprimorada também.

Os F-16 são projetados para pistas muito suaves e longas. A Ucrânia terá que adaptar seus aeródromos atuais para atender a esses requisitos — pavimentá-los, esvaziá-los e ampliá-los.

"Mas fazer isso será visível para os russos do espaço e por meio de fontes de inteligência humana", argumenta Bronk.

"E se você fizer apenas uma ou duas bases e tentar estabelecer apoio terrestre para operar os F-15 ou F-16, os russos vão ver e vão atacá-las."

"Você teria que fazer então várias delas. E esbarra na seguinte questão — vale a pena o número de profissionais qualificados e a quantidade de esforço político e apoio logístico que poderia ser usado para outras coisas, como tanques e artilharia, ou sistemas de defesa aérea terrestres?"

Por enquanto, pilotos ucranianos como Pumba, Silk e Juice vão ter que contar com seus antigos caças e jatos de ataque da era soviética.

Quando um alarme convoca para uma nova missão de combate, eles correm em direção a sua aeronave. Fazem um sinal de joia para os mecânicos para confirmar que todos os sistemas a bordo estão funcionando.

Alguns deles participaram de mais de 100 missões de combate. Mas eles sabem que cada voo pode ser o último.

Via BBC

sábado, 22 de abril de 2023

China desenvolve drone supersônico para possível ataque a Taiwan, dizem documentos secretos dos EUA

Aeronaves não tripuladas voam numa velocidade 3 vezes maior que o som e são capazes de obter dados em tempo real em missões de espionagem, além de executar ataques com mísseis.

Pequim deixou clara sua ambição de implantar drones avançados em 2019, quando dois drones pretos desfilaram pela Praça da Paz Celestial. Poucos analistas consideraram os drones totalmente operacionais na época (Foto: Greg Baker/AFP/Getty Images)
As Forças Armadas da China desenvolveram um esquadrão de drones supersônicos preparados para voar em altitudes altas, de olho em um possível ataque aéreo a Taiwan, indicam documentos ultrassecretos do Pentágono vazados no aplicativo Discord pelo piloto da Guarda Nacional de Massachusetts Jack Teixeira.

Um desses documentos, da Agência Nacional de Inteligência Geoespacial dos Estados Unidos, mostra que os chineses já desenvolveram uma tecnologia militar capaz de atingir navios de guerra americanos ao redor de Taiwan, bem como bases militares na região.

Imagens de satélite gravadas em 9 de agosto mostram dois drones WZ-8, movidos por propulsão de foguetes, numa base aérea na China a 350 km de Xangai. Essas aeronaves não tripuladas voam numa velocidade 3 vezes maior que o som e são capazes de obter dados em tempo real em missões de espionagem, além de executar ataques com mísseis.

Os papéis secretos também descrevem possíveis rotas de voo para o drone, bem como para o bombardeiro bimotor H6-M Badger usado para lançá-lo. Depois de decolar de sua base aérea, o avião de guerra voaria para a costa leste da China antes de liberar o drone furtivo, que poderia então entrar no espaço aéreo taiwanês ou sul-coreano a uma altitude de 100.000 pés (30 mil metros) , em velocidade supersônica. O documento não detalha como o drone é impulsionado, mas diz que “os recursos do motor estão associados principalmente a combustível de foguete”.

Esta imagem faz parte do material classificado vazado que circulou em uma sala de bate-papo do Discord e foi obtido pelo The Washington Post. O Post informou ao Departamento de Defesa que essas imagens seriam publicadas com esta história. Um documento, marcado como segredo, destaca as capacidades e rotas de voo nocionais do drone de reconhecimento supersônico da China, juntamente com imagens de satélite de sua base no aeródromo de Liuan. (Obtido pelo Washington Post)
Um mapa de rotas possíveis do drone, rotulado como “não necessariamente confiável”, sugere maneiras pelas quais as câmeras e sensores eletro-ópticos do avião podem coletar informações sobre a ilha de Taiwan e a Coreia do Sul, incluindo Seul. O uso de radar de abertura sintética também permitiria mapear o território à noite e com neblina.

Tensão militar no Pacífico


A descoberta do drone supersônico dá uma nova dimensão às ambições militares chinesas e à corrida armamentista no Pacífico. No mês passado, o líder chinêsXi Jinping afirmou em um discurso aos comandantes militares chineses na semana passada que a modernização das Forças Armadas do país é uma das principais estratégias do governo nos próximos anos. A meta é que as Forças Armadas se modernizem até 2035para se tornarem uma potência militar “capaz de lutar e vencer guerras” até 2049, disse Xi.

Também em março, Taiwan apresentou novos modelos de drones militares, usados para fortalecer as suas defesas para caso sejam invadidos pela China. O plano é inspirado no sucesso da Ucrânia no uso de drones em ataques contra a Rússia e conta com a experiência de ponta de Taiwan na produção de semicondutores para controlar essas armas.

Os Estados Unidos, por sua vez, realizaram neste mês exercícios militares nas Filipinas, como parte de sua expansão militar no Pacíficopara conter a expansão chinesa na região. Desde então, os EUA instalaram quatro novas bases militares no Pacífico, intensificaram treinamentos, criaram novas alianças e convenceram países da região a aumentarem seus gastos de defesa.

Uma imagem de satélite feita em 17 de abril mostra a expansão de uma base aérea
na cidade chinesa de Lu'an (Planet Labs)
Outros papéis do Pentágono mostram ainda que os americanos sabem que o nível das habilidades militares e de espionagem da cima estão em um grau de desenvolvimento muito avançado e o programa que usa balões espiões já era conhecido antes de vir a público. Além disso, a inteligência americana trabalha com a hipótese de Taiwan estar mal preparado para suportar um ataque aéreo chinês em uma eventual invasão.

Recentemente, o diretor da CIA, William J. Burns, disse que Xi Jinping quer que a China seja capaz de tomar Taiwan até 2027, embora tenha acrescentado que isso não significa que o líder chinês ordenará um ataque naquele momento.

Uma ameaça cada vez maior


Para analistas, a aeronave representa um novo risco no já complicado teatro do Indo-Pacífico. O uso principal do drone não será contra Taiwan, mas contra os Estados Unidos e suas bases militares no Pacífico, disse Chi Li-pin, diretor da divisão de pesquisa de sistemas aeronáuticos do Instituto Nacional Chung-Shan de Ciência e Tecnologia, que pertencem ao exército de Taiwan. “São drones difíceis detectar e interceptar. As armas ar-ar existentes dos EUA não são boas o suficiente”, disse.

Dean Cheng, do Potomac Institute for Policy Studies, disse que a divulgação mostra que a China está desenvolvendo uma capacidade de monitorar toda a região indo-pacífica.

“Isso não visa apenas os Estados Unidos ou a Coreia do Sul”, disse Cheng. “O Japão tem que se preocupar com isso. A Índia tem que se preocupar com isso. Todo o Sudeste Asiático tem que se preocupar com isso.”

A China, observou ele, está criando uma variedade de sistemas de alta tecnologia para uso militar – desde armas hipersônicas até armas antissatélite que eles poderiam usar para tentar cegar a capacidade de monitoramento dos Estados Unidos. “Individualmente, nenhuma dessas coisas muda o jogo”, disse ele. “Juntos, estamos olhando para um Exército chinês que está desenvolvendo um complexo de ataque de reconhecimento: encontre o inimigo, acerte o inimigo, mate o inimigo.”

Dezenas de documentos altamente confidenciais vazaram online, revelando informações confidenciais destinadas a líderes militares e de inteligência. Em uma investigação exclusiva, o Washington Post também revisou dezenas de documentos secretos adicionais, a maioria dos quais não foi tornada pública.

O Washington Post obteve a avaliação do programa WZ-8 a partir de um tesouro de imagens de arquivos classificados publicados no Discord, um serviço de bate-papo em grupo popular entre os jogadores de videogame. O Ministério da Defesa Nacional da China não respondeu a um pedido de comentário enviado por fax.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Como pilotos ucranianos com falta de armas estão combatendo a Rússia em antigos helicópteros soviéticos: “É melhor que nada”


O horizonte desaparece por um momento à medida que o nariz do helicóptero recua. Há um barulho ligeiro à medida que os mísseis traçam o arco de fumo castanho à frente. Os bancos da aeronave são como que atirados para o lado por uma força exterior.

Mergulhando de volta para terra, ele lança chamas da sua cauda para “distrair” mísseis que procuram calor.

Em algum lugar na batalha pela cidade ucraniana oriental de Bakhmut, soldados russos estão a ser despedaçados, e queimados, à medida que o próprio solo irrompe quando os mísseis encontram o seu alvo. Não há tempo para refletir - o resultado dos mísseis será passado aos pilotos mais tarde. A sua tarefa agora é permanecerem vivos.

As perdas da Ucrânia são um segredo nacional. Mas os pilotos e a tripulação aérea da Brigada Sikorsky, todos perderam amigos próximos para os russos SAM (Mísseis Superfície Aéreos). Muitas vezes lançados aos ombros, os mísseis portáteis podem atirar um helicóptero para uma bola de chamas em segundos.

Eles estão a ser caçados. Quer seja por via aérea ou não. A força aérea e os pilotos do exército da Ucrânia, juntamente com os seus aviões e helicópteros, são presas prioritárias para os mísseis da Rússia. Eles estão provavelmente no topo da lista do Kremlin.

Um helicóptero do exército ucraniano regressa de uma missão de combate perto de Bakhmut, descrita pelo residente Zelensky como sendo, atualmente, “a mais difícil de todas” as áreas na Ucrânia (Foto: Sarah Dean/CNN)
A CNN passou algum tempo integrada na Brigada Sikorsky, no leste da Ucrânia, operando a partir de uma base secreta. Lá existe um punhado de helicópteros e pilotos, conduzindo missões de combate contra as forças russas.

Dada a enorme vantagem que a Rússia goza sobre a Ucrânia em termos de aviões e pilotos, é espantoso que a Ucrânia ainda possa ameaçar as forças russas. Na verdade, é desconcertante que quase um ano após o início do conflito, a Ucrânia ainda tenha uma força aérea e uma frota de helicópteros, dado o esforço para os destruir.

“Ficamos sempre surpreendidos por estarmos aqui. Mas, bem, estamos e nunca vamos parar”, diz o vice-comandante da Brigada Sikorsky - o seu nome e localização são segredos militares.

Os pilotos de helicóptero da Ucrânia têm de voar tão baixo que estar a bordo de um deles é como andar sobre uma pedra atirada a saltar sobre a água.

Serhiy e Hennady são ambos pilotos de meia-idade com mais de duas décadas de voo atrás de si. Passaram grande parte do início dos anos 2000 a voar para as Nações Unidas em missões de manutenção da paz na Libéria, Serra Leoa, Sul do Sudão e na República Democrática do Congo (RDC).

Mísseis carregados dentro das cápsulas estão prontos para a missão destes pilotos
do exército ucraniano (Foto:. Sarah Dean/CNN)
A experiência, dizem eles, tinha sido inestimável. Ela manteve as suas horas de voo atualizadas e deu-lhes a experiência de voar baixo e em circunstâncias difíceis - como a guerra civil em curso na RDC.

Ainda esta semana, Serhiy, que comanda um voo de dois Mi-8 cada um voando cerca de três combates por dia, disse à CNN que “cortou” uma árvore. Três das cinco lâminas do rotor foram danificadas e causaram uma aterragem forçada - uma queda de cerca de seis metros. Os veneráveis Mi-8s - todos produzidos antes do colapso da União Soviética - têm mais de três décadas, os seus lados estão cobertos de preto, com fumo de escape e óleo.

Perigosamente perto da linha da frente, ele não podia ficar no chão, pelo que, após uma rápida inspeção, descolou usando as lâminas danificadas. Voou para um local na retaguarda onde os engenheiros podiam trocar o equipamento danificado por três outros retirados a um helicóptero diferente.

As forças armadas da Ucrânia estão a fazer o mesmo. Recebe mais equipamento ao capturá-lo das tropas russas do que ao ser doado pelos aliados.

Depois de terem atingido uma árvore, os engenheiros trabalham para substituir as lâminas
do helicóptero Mi-8 de construção soviética (Foto: Sarah Dean/CNN)
O Presidente Volodymyr Zelensky pediu à NATO e a outros aliados, entre outras coisas, jatos e outros aviões. Até agora, a resposta tem sido quase nula.

O Reino Unido ofereceu-se para impulsionar a frota de helicópteros da Ucrânia com um punhado de antigos aviões Sea King que foram desativados pelos militares. Portugal, entretanto, deu seis aviões de fabrico russo Ка-32А11VS - nenhum dos quais é sequer aeronavegável e que, segundo o seu ministro da defesa, a Ucrânia teria de arranjar.

“O que mais podemos nós fazer?”


Para Serhiy, o piloto ucraniano, o equipamento pode não chegar a tempo. Falando à CNN na base de operações da brigada, ele diz: “É claro que precisamos de helicópteros mais recentes porque temos naves da era soviética. Estamos os espremendo com tudo o que é possível e impossível.”

“Seria bom se nos fossem dados alguns novos tipos de helicópteros, incluindo os Apaches. Aprenderíamos a usá-los muito rapidamente, porque temos a motivação”.

A sua equipe montou locais temporários perto da linha da frente, onde escondem combustível e munições. As tripulações de apoio escondem-se de vista. A segurança de perímetro existe, mas é invisível.

“São aviões velhos, com certeza. Mas são melhores do que nada - que mais podemos fazer?” pergunta Hennady.

Ao regressar de uma missão, Serhiy, um piloto com 22 anos de experiência, diz que a Ucrânia precisa de novos helicópteros de ataque e de novos jatos com armas de longo alcance para que possam atingir a defesa aérea e os jatos da Rússia (Foto: Sarah Dean/CNN)
Os pilotos ucranianos perderam muitos amigos nesta guerra de atrito. A sua principal arma é, sem dúvida, uma motivação maior do que a dos seus inimigos russos. Eles querem aviões ocidentais como se as suas vidas dependessem disso – coisa que fariam.

Yuri é um piloto mais jovem, que está emparelhado com um copiloto mais experiente, mas no entanto tem um total de mais de 100 missões de combate só este ano. “Tudo o que temos são pilotos habilidosos que pilotam helicópteros velhos”, diz ele. “Se tivéssemos novas máquinas, seríamos capazes de cumprir muito melhor as tarefas. Apoiaríamos melhor a infantaria durante o combate, e é claro que haveria menos baixas. Porque o sistema que protege o helicóptero é muito melhor nos modelos ocidentais de helicópteros”.

Os Mi-8s neste voo foram concebidos como helicópteros de transporte nos anos 60, mas são agora montados com mísseis. Ao contrário dos helicópteros de ataque modernos, ou mesmo da era soviética, eles não têm armadura para proteger os pilotos.

Também não dispõem de sistemas sofisticados de mira. A utilização eficaz dos seus mísseis é uma combinação de esperança e experiência.

O piloto de helicóptero ucraniano Hennady obteve a sua formação na Rússia e serviu como oficial russo durante três anos. Nunca imaginou que um dia precisaria de lutar contra eles. (Foto: Sarah Dean/CNN)
Depois de uma saída esta semana contra as tropas russas que se reuniam para um ataque perto de Bakhmut, Serhiy disse: “Atingimos o alvo - estou satisfeito”.

Mas ele teve de esperar 24 horas para saber isto com os operadores de drones ucranianos que o chamaram para lhe dar a notícia. Porque quando os seus mísseis atingiram o chão, ele já estava a correr abaixo da altura das árvores.

“Os russos podem encontrar-nos e atingir-nos a mais de 30 km de distância. Temos radares que podem segui-los, por isso por vezes sabemos que estão a disparar contra nós e que podem aterrar ou esconder-se atrás de colinas”, explica ele.

“Contra-medidas eletrônicas” para distrair os SAM modernos da Rússia e foram instalados mísseis ar-ar - mas esses sistemas também são antigos.

“Não sabemos se funcionam de todo", diz Hennady, "mas se funcionam a 2%, isso é melhor do que nada".

“É melhor do que nada” terá de chegar por agora aos pilotos que se veem a si próprios como defensores da Europa contra os invasores russos.

A dor do luto, no entanto, permanece crua. “Em Dezembro, morreu um amigo muito chegado”, diz Serhiy. “Muitas pessoas que eu conhecia, amigos, já morreram, infelizmente. É muito doloroso, estou muito incomodado... Não posso seguir em frente”.

Via CNN Portugal

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Kinzhal: como é o míssil hipersônico que a Rússia alega ter usado na Ucrânia

Lançado do ar por um caça MiG-31K ou um bombardeiro Tu-22M3, artefato é uma adaptação de um míssil balístico e teria capacidade de atingir Mach 10.

O MiG-31 com o enorme míssil Kinzhal: novas missões para o antigo caça (Foto TASS/Alexei Nikolsky)
A Rússia afirmou ter disparado mísseis hipersônicos Kinzhal na sexta-feira, 18, em direção a um armazém de armamentos na parte ocidental da Ucrânia, numa clara demonstração de intimidação contra as forças de defesa do país e a OTAN.

Transportado por um imenso caça MiG-31K ou um bombardeiro Tu-22M3, o Kinzhal, também conhecido pela designação Kh-47M2, é uma adaptação do míssil balístico Iskander-M, de curto alcance.

Ele é transportado sob o MiG-31K e tem cerca de 8 metros de comprimento e um metro de diâmetro. A Rússia projetou o artefato como uma arma capaz de atingir alvos de grande importância como instalações militares, embarcações já que ele pode transportar uma ogiva nuclear – o país insinua que o Kinzhal poderia ser usado até para derrubar satélites no espaço.

Kinzhal: o míssil hipersônico usado pela Rússia na Ucrânia
Graças a sua enorme velocidade, de Mach 10 (10 vezes a velocidade do som), o Kinzhal pode em tese driblar defesas anti-aéreas por não permitir tempo hábil para uma reação.

Desde 2018, a Força Aérea da Rússia demonstra o míssil em voo, que teria um alcance de até 2.000 km se disparado do MiG-31 ou de 3.000 km se for transportado pelo Tu-22M3.

Falso míssil hipersônico


A despeito de ser classificado pela Rússia como um míssil ar-terra “hipersônico”, para muitos analistas ocidentais o Kinzhal é uma arma mais simples, cujo desempenho é o mesmo de mísseis balísticos, projetados para atingir altas velocidades.

Um míssil hipersônico moderno utiliza um sistema de propulsão “scramjet”, em que o motor queima uma mistura de combustível com ar comprimido em alta temperatura em vez de usar um propulsor semelhante a um foguete.

O míssil balístico Iskander-M, que teria dado origem ao Kinzhal
Seja como for, é uma arma a ser temida e que demonstra a intenção de Vladimir Putin de continuar a escalar o conflito.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Lançador de foguetes encontrado em bagagem por agentes da TSA no aeroporto de San Antonio, no Texas


Os oficiais da Transportation Security Administration (TSA) descobriram uma arma antitanque de calibre 84 mm na bagagem despachada de um passageiro no Aeroporto Internacional de San Antonio (SAT), Texas. A arma não foi declarada.

Uma foto da descoberta, juntamente com um lembrete de que os viajantes precisam declarar armas ao viajar, foi publicada na conta do Twitter da TSA South West.


De acordo com a NBC, a arma foi descoberta em 16 de janeiro de 2023, levando ao envolvimento do Departamento de Polícia de San Antonio.

O objeto em questão parece ser um rifle sem recuo Carl Gustaf M4, também conhecido como Sistema de Arma Antipessoal Multifuncional (MAAWS) nos EUA. É um lançador portátil projetado para disparar uma variedade de projéteis de foguete e foi adotado nos EUA no final dos anos 80.

A arma foi projetada pela sueca Saab e exportada para mais de três dezenas de países, incluindo Japão, Arábia Saudita, Alemanha, Austrália, Índia e Ucrânia.

As informações fornecidas pela TSA não especificam explicitamente se a descoberta é uma arma real ou uma réplica, bem como se estava carregada com um projétil quando encontrada.

No entanto, em resposta a um inquérito da NBC, a TSA afirmou que a bagagem despachada pode incluir armas “desde que não sejam explosivos, réplicas de explosivos ou certos dispositivos incendiários”, inferindo que o objeto encontrado de fato atende à definição de arma. ainda não continha nenhum elemento explosivo, como munição.

Via Aerotime Hub

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Aviões da OTAN rastreiam fragata russa armada com mísseis hipersônicos

Desde que deixou sua base, a fragata russa Admiral Gorshkov tem sido monitorada de perto pelos países da OTAN.


Em 4 de janeiro de 2022, a fragata voltou ao serviço na base naval de Severomorsk em Murmansk durante uma cerimônia com a presença do presidente russo Vladimir Putin e do ministro da Defesa russo Sergey Shoygu.

Do Mar de Barents, espera-se que o navio de guerra navegue até o Oceano Índico, passando pelo Oceano Atlântico e pelo Mar Mediterrâneo. No caminho, realizará diversos exercícios de treinamento.

“Os principais esforços durante a campanha serão focados em combater as ameaças da Rússia, mantendo a paz e a estabilidade regional junto com os países amigos”, explicou Shoygu.

Enquanto navegava para o sul ao longo da costa da Noruega em 6 de janeiro de 2022, a fragata foi monitorada de perto por uma aeronave de patrulha marítima P-3C Orion embaralhada pela Marinha Real Norueguesa.

“Ela está legalmente em águas internacionais – mas, como sempre, estamos monitorando de perto todos os movimentos e o faremos enquanto a fragata estiver em nossas áreas”, declararam as Forças Armadas da Noruega em um tweet.

A declaração foi acompanhada por uma foto em que o almirante Gorshkov pode ser visto exibindo um “Z” branco, símbolo da invasão russa da Ucrânia, pintado em seu funil.


Então, enquanto a fragata russa e seu petroleiro de apoio da classe Kaliningradneft “Kama” navegavam em direção ao Canal da Mancha, a Marinha Real Britânica substituiu a Marinha Real Norueguesa.

A fragata Type 23 HMS Portland foi implantada junto com seu helicóptero marítimo Merlin, “equipado com sonares de ponta, sensores e torpedos para operações especializadas”.

“Ao manter uma presença visível e persistente, a Marinha Real garante o cumprimento da lei marítima e impede atividades malignas para proteger os interesses de nossa nação”, disse o comandante de Portland, Ed Moss-Ward, em comunicado. “Escoltar o grupo de trabalho russo ao lado de forças de nossos aliados da OTAN demonstrou o compromisso do Reino Unido com a aliança e com a manutenção da segurança marítima.”

Como esperado, os dois navios russos finalmente chegaram ao Oceano Atlântico em 12 de janeiro de 2022. Ao entrarem no Golfo da Biscaia, a fragata multimissão francesa (FREMM) Bretagne e uma aeronave de patrulha marítima Atlantique 2 (ATL2) foram enviadas para rastrear eles.


A fragata supostamente deixou a área de responsabilidade da França em 13 de janeiro de 2022, ao se aproximar da costa da Espanha. A AeroTime enviou um pedido de comentário à Marinha Espanhola.

O que é a fragata russa Almirante Gorshkov?



A fragata russa Admiral Gorshkov é o navio líder de sua classe, que deverá eventualmente compreender dez fragatas. Encomendado em 28 de julho de 2018, com a Frota do Norte da Rússia, é um dos navios de guerra mais modernos da Marinha Russa.

Com uma velocidade máxima de 30 nós, a fragata está armada com 16 células de sistema de lançamento vertical. Essas plataformas podem lançar o míssil de cruzeiro hipersônico movido a zircon scramjet que pode atingir velocidades de até Mach 9 (mais de 11.000 quilômetros por hora).

“O navio está equipado com o mais recente sistema de mísseis hipersônicos”, disse Putin em uma transmissão antes da viagem. “Tenho certeza de que essas armas poderosas protegerão a Rússia de forma confiável de possíveis ameaças externas.”

Além do míssil Zircon, o comandante de Gorshkov, capitão Igor Krokhmal, disse que o navio também transporta mísseis de cruzeiro subsônicos Kalibr. Essas armas foram fortemente utilizadas durante os bombardeios da Ucrânia pelos militares russos.

Com informações do Aerotime Hub

sábado, 14 de janeiro de 2023

Rússia intensifica uso de drone kamizake: como funciona arma 'suicida'?

Drone kamikaze derrubado pela Ucrânia (Imagem: Ministério da Defesa da Ucrânia)
Os russos estão usando drones "suicidas" para aterrorizar os civis da Ucrânia. Fabricados no Irã e com custo baixo, essas armas impõem desafios para as defesas da Ucrânia, já ocupadas com os campos de batalha. Eles vêm principalmente à noite. Os moradores de cidades ucranianas vêm ouvindo as explosões dos drones kamikazes russos com mais frequência.

Como funciona?

  • O mais usado na Ucrânia é o Shahed-136. Ele é fabricado no Irã, embora a Rússia e o Irã neguem estarem negociando os equipamentos.
  • O Shahed-136 tem cerca de 3,5 metros de comprimento com asas que se estendem por 2,5 metros e pode transportar 50 kg de explosivos. Ainda conta com uma hélice traseira movida a gasolina para propulsão.
  • Sua velocidade máxima de 200 quilômetros por hora é relativamente baixa.
  • Tem um alcance, no entanto, de até 2 mil km. Ou seja, podem alcançar todas as cidades ucranianas a partir da Rússia.

Como funciona o ataque?


Ao contrário dos drones kamikaze Switchblade de fabricação americana, um alvo deve ser inserido no Shahed-136 com antecedência. O drone voa em direção ao alvo por conta própria e ele não pode ser alterado retroativamente. A partir daí, o drone opera de forma totalmente autônoma.

Os drones kamikaze são muitas vezes referidos como "munições de vadiagem" porque eles vagam em torno de áreas-alvo por algum tempo e atacam apenas quando um alvo é localizado.

Outros drones como o Switchblade podem pairar sobre uma área específica antes que um operador no solo atribua um alvo. Os alvos podem até ser móveis. O drone então voa em direção ao alvo após um comando e é destruído durante o ataque.

Vale a pena derrubar drones kamikaze?


O Shahed-136 não tem chance contra a moderna tecnologia de defesa aérea. Especialistas militares também argumentam que ele não é adequado para uso nas linhas de frente.

O uso dos drones kamikaze tem claramente outro objetivo: destruir infraestruturas civis e edifícios residenciais para espalhar o medo entre a população.

Com um preço de cerca de US$ 20.000 cada, os drones Shahed kamikaze são relativamente baratos. Como suas peças também são fáceis de encontrar, levanta-se o dilema se a implantação de um sistema de defesa antimísseis moderno contra eles faz sentido, considerando que cada míssil individual custa várias vezes mais do que um drone kamikaze.

Para complicar ainda mais, os russos têm usado "enxames" de drones Shahed. Mesmo que alguns deles sejam abatidos, outros ainda atingem seus alvos. Pior ainda, lutar contra os drones mantém as defesas militares e aéreas da Ucrânia ocupadas, afastando-as da frente de batalha onde são mais necessárias. Isso também parece fazer parte da estratégia da Rússia.

Especialistas militares ocidentais acreditam que os drones kamikazes servem como um substituto para os mísseis de cruzeiro, muito mais caros, que estão cada vez mais escassos na Rússia.

Termo enganador


Os ataques Kamikaze foram missões suicidas realizadas durante a Segunda Guerra Mundial por jovens pilotos japoneses que colidiam com suas aeronaves contra navios aliados para causar o máximo de dano possível. A morte do piloto era parte intrínseca de todo o conceito.

Os drones, por outro lado, não têm pilotos humanos. O termo "de uso único" seria mais adequado, porque, ao contrário dos drones Bayraktar turcos, que retornam após ataques ou voos de reconhecimento, os chamados drones kamikazes são destruídos durante os ataques.

Via UOL

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Veículo aéreo não tripulado de combate atinge rede elétrica e cai na Rússia


O UAV russo Forpost-RU produzido na Rússia sob licença da Israel Aerospace Industries, armado com uma bomba KAB-20, caiu nesta quarta-feira (11) a noite após colidir com linhas de energia perto da vila de Severny, região de Belgorod, na Rússia.

Esse tipo de Veículo Aéreo Não Tripulado de Combate (UCAV) vem sendo utilizado pela Rússia nos combates na Guerra da Ucrânia.


Via liveuamap.com e Clash Report

Avião C-17 Globemaster III pode transportar bombas nucleares para a Europa

Bombas nucleares da série B61 poderão ser enviadas para bases estratégicas nos EUA e na Europa através dos C-17 Globemaster III.

Bombas nucleares da família B-61 podem ser lançadas por caças e bombardeiros dos EUA (Foto: USAF)
A força aérea norte-americana (USAF, na sigla em inglês), vai usar o cargueiro C-17 Globemaster III para transportar armas nucleares para bases na Europa e no próprio território dos Estados Unidos.

De acordo com um domumento da USAF, as bombas B61-3, B61-4, B61-7, B61-11 e B61-12 podem ser transportadas pelo avião cargueiro até os respectivos locais designados.

No entanto, apenas os C-17 da 62ª Ala de Transporte Aéreo, sediada na base conjunta Lewis-McChord, no estado de Washington, são aptos para este transporte considerado especial.

Documento detalha transporte dos artefatos nucleares pelos C-17 Globemaster III
As bombas B61-12, usadas a partir caças e bombardeiros, como os B-2A Spirit e o F-35 Lightning II, já realizaram testes de lançamento sem cargas explosivas, garantindo sua aplicabilidade operacional.

As bombas táticas também podem ser lançadas pelos bombardeiros B-1B, e os caças F-15, F-16 e Tornado, este último operado com capacidade nuclear pela força aérea da Alemanha (Luftwaffe, em alemão).

A bomba B61-12 tem guiamento por um Sistema de Navegação Inercial (INS), o que aumenta bastante sua precisão, ampliando sua capacidade destrutiva.

É previsto que o emprego de armas nucleares táticas aconteça para destruir alvos militares ou estratétigicos, como bases e indústrias, mas com área bastante limitada.

A intenção é permitir não apenas aniquilar a capacidade de resposta inimiga, mas aproveitar dos efeitos psicológicos causados por uma destruição nuclear para encerrar um eventual conflito.

Via André Magalhães (Aero Magazine)

sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Conheça a arma antidrone que derrubou drone na posse de Lula

A Polícia Federal usou o equipamento para abater drone suspeito durante a cerimônia de posse presidencial, no domingo (1º).

(Foto via Metrópoles)
Durante a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no domingo (1º), a Polícia Federal derrubou um drone suspeito que sobrevoava uma área não autorizada, em Brasília, com a ajuda de uma “arma especial”.

O produto, chamado DroneGun Tatical, tem tecnologia que intercepta e "rouba" o controle de drones suspeitos. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que o modelo aéreo foi abatido por "precaução".

A empresa australiana DroneShield, desenvolveu a pistola, que causa interferência em drones. E para manusear o equipamento, é necessário um treinamento especial.

Como funciona


O produto inclui antenas direcionais de alto desempenho em um design estilo rifle e leve; apresenta na parte de trás alguns botões para selecionar a frequência de interferência contra o alvo.

Arma utilizada para abater drones durante a posse de Lula (PT) (Foto: DroneShield/Divulgação)
O que difere a arma antidrone das de fogo, por exemplo, é que em vez de um projétil, o gatilho da primeira dispara sinais de radiofrequência que fazem o drone perder a comunicação com o controlador.

Segundo a fabricante, a DroneGun consegue alcançar drones que estejam a mais de um quilômetro de distância e pode ser usado por até duas horas seguidas.


Via Ingrid Oliveira (Byte/Terra)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

História: Crise dos mísseis de Cuba: como os EUA prepararam áreas para ataque soviético

O nome dos mísseis - Nike - não tem relação com a marca de roupas esportivas
 (criada em 1964), mas sim com a deusa grega da vitória, Niké (Crédito: HM69 NIike Missile Base)
Quando o presidente americano John F. Kennedy denunciou a instalação de mísseis nucleares soviéticos em Cuba, em 22 de outubro de 1962, o mundo ficou à beira de uma guerra atômica.

Naquele momento, nenhum lugar do território americano estava a salvo de um possível ataque com armas nucleares soviéticas.

A primeira linha de fogo era a península da Flórida. Seu ponto mais próximo de Cuba fica a apenas 145 km de distância de algumas das plataformas de mísseis secretamente instaladas pela União Soviética na ilha.

"As pessoas em Miami tinham consciência de que os mísseis em Cuba eram ofensivos e estavam apontados para os Estados Unidos. E esta era a grande metrópole americana mais próxima da ilha", afirma à BBC o principal historiador do Museu Histórico de Miami, Paul S. George.

Na época, Miami tinha 1,5 milhão de habitantes - hoje, sua área metropolitana abriga 6,2 milhões de pessoas - e eles sabiam que eram o provável alvo de um primeiro ataque atômico soviético.

"As gôndolas dos supermercados ficaram vazias e algumas pessoas começaram a construir bunkers nas suas casas", segundo George.

A defesa da Flórida


Edifícios da Flórida foram transformados em quartéis improvisados por alguns dias (Crédito: HM69 NIike Missile Base)
As autoridades deslocaram rapidamente milhares de soldados, armas, veículos e equipamentos militares de todo o país para o sul da Flórida.

O historiador recorda que "naqueles dias, chegavam constantemente trens cheios de soldados e as ruas foram tomadas por tanques e jipes. A cidade de Miami e a Flórida, como um todo, estavam em pé de guerra."

O campus da faculdade de Miami-Dade, localizado em antigas instalações do Exército, tornou-se novamente uma base militar, de forma provisória.

Na época, George tinha apenas 19 anos e estudava naquela faculdade quando começou a crise. Ele relata um episódio pessoal que ilustra o ambiente de tensão vivido em Miami naqueles dias.

"Eu tinha uma namorada que morava longe e estávamos tristes, porque realmente achávamos que poderia ser o fim do mundo e não iríamos nos ver mais", ele conta.

Enquanto isso, autoridades locais avaliaram com a máxima urgência a solidez dos edifícios da cidade e selecionaram mais de 100 deles como refúgios em caso de ataque nuclear.

Mas, diferentemente de outras cidades americanas, como Nova York e Washington DC, a defesa de Miami enfrentava uma grande dificuldade: o solo.

Construída sobre terreno pantanoso, a cidade não tem metrô, nem instalações subterrâneas profundas que pudessem abrigar seus habitantes em situações de alerta, como ataques aéreos ou disparo de mísseis.

De toda forma, a prioridade dos Estados Unidos era evitar que um único projétil, especialmente com carga nuclear, chegasse a atingir a Flórida. E, para isso, nos dias de tensão que se seguiram ao anúncio de Kennedy, foram rapidamente instaladas quatro bases defensivas provisórias, para complementar e proteger as bases já existentes no Estado.

Uma unidade de elite — o regimento 52 de artilharia — foi destacada para essas quatro bases. E, em poucos dias, ela instalou o que seria o principal recurso defensivo dos Estados Unidos contra soviéticos e cubanos: os mísseis Nike Hércules.

Dentro da base Nike


A base HM69 tinha três pavilhões prontos para lançar os mísseis Nike Hércules (Crédito: HM69 NIike Missile Base)
Para reviver os acontecimentos ocorridos há 60 anos, a BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, visitou a única dessas quatro bases antigas que não foi totalmente desmantelada.

Situada no parque natural de Everglades, no extremo sul da península da Flórida, a base de mísseis Nike HM69 era considerada fundamental para a defesa dos Estados Unidos se o conflito realmente avançasse.

"A Flórida foi o marco zero da crise dos mísseis [nos Estados Unidos] e este parque foi o marco zero na Flórida", segundo afirmou o guarda-florestal Daniel Agudelo, durante a visita da BBC às instalações da antiga base.

Os soldados do regimento 52 chegaram à base no final de outubro de 1962. "Sem tempo para despedir-se, eles tomaram um trem à meia-noite com todo o necessário, incluindo equipamento, máquinas, veículos e as peças dos mísseis, para instalar uma base de mísseis provisória."

A apenas 100 metros do edifício de montagem, foi construída o primeiro dos três enormes pavilhões que alojavam até 18 mísseis Nike Hércules. E, na esplanada em frente ao portão, observa-se um emaranhado de trilhos e plataformas conectadas ao interior do hangar.

"Caso surgisse um alerta, os soldados abririam as portas e empurrariam o míssil pelos trilhos para colocá-lo na plataforma de lançamento, movê-lo em ângulo de 87 graus e disparar", explica Agudelo.

Com alcance limitado de cerca de 150 km e viajando a três vezes a velocidade do som, os mísseis Nike Hércules eram puramente defensivos. Seu propósito era interceptar projéteis de grande porte que entrassem em espaço aéreo americano, como os mísseis atômicos soviéticos.

"Alguns deles tinham ogivas nucleares e, por exemplo, se 15 ou 20 aviões inimigos carregados de bombas atômicas viessem ao mesmo tempo, eles poderiam destruir a todos no céu", afirma o guarda.

A natureza defensiva da base Nike não significava que o sul da Flórida não tivesse recursos para atacar solo cubano ou mesmo soviético. A apenas 15 km dali, a base aérea de Homestead abrigava todo um conjunto de aviões bombardeiros B-52 carregados com projéteis atômicos e prontos para entrar em ação.

"Durante a crise, havia aviões B-52 no ar a todo momento, com armas nucleares para responder a um ataque soviético de surpresa. A URSS sabia disso, de forma que não iria atacar porque não tínhamos apenas mísseis, mas também aviões que poderiam realizar ataques atômicos", explica Paul S. George.

Depois da crise


Instalações do exército em Homestead, ao sul de Miami, foram pintadas de rosa para despistar o inimigo em caso de ataque e não serem identificadas como construções militares (Crédito: HM69 NIike Missile Base)
Após a crise dos mísseis, a base HM69 continuou operando como instalação militar provisória por mais três anos.

Em 1965, as tendas onde os soldados se alojavam foram substituídas por edifícios de concreto e o local foi consolidado como base permanente das forças armadas. Mas ela só foi mantida em operação por mais 13 anos, até 1979, quando suas instalações foram retiradas de serviço e ficaram abandonadas em meio ao parque natural.

Somente na década de 2000, um veterano que havia servido na base como soldado durante a crise dos mísseis, chamado Charles Carter, apresentou às autoridades locais um projeto para preservá-la e abri-la ao público por alguns meses por ano.

Desde então, entre dezembro e março, os visitantes do parque natural de Everglades podem ver não apenas crocodilos, jacarés, aves e peixes-bois-marinhos, mas também essa relíquia insólita da Guerra Fria.

Via BBC