segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Obras do Aeroporto de Ijuí em processo de licitação

Algumas obras com as esperadas melhorias no aeroporto João Batista Bós Filho de Ijuí finalmente estão em processo de licitação pelo Governo do Estado.

Os serviços nesta fase envolvem a construção de nova casa de passageiros e calçamento da área que circunda a nova sede.

Outras etapas ainda a serem confirmadas, prevêem sinalização visual e iluminação da pista, além da ampliação e alargamento desta. Igualmente vem acontecendo tratativas da Administração Municipal com representantes de empresas privadas para a ativação de futuras linhas.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí - Mapa: ijuivirtual.com.br

Nota do Autor:

Se você tiver uma foto do Aeroporto de Ijuí, mande para nós divulgarmos.

Estacionamento eleva custo no Aeroporto Afonso Pena

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), administradora do Aeroporto Internacional Afonso Pena, reconhece que a atual capacidade do pátio de estacionamento de aeronaves impede os aviões procedentes de outras cidades de pernoitarem em Curitiba. Para a Infraero, no entanto, as 14 vagas existentes hoje atendem à demanda atual e não impedem a operação de novas rotas, “desde que não haja solicitação de pernoite”, ressalva.

Em audiência pública na Câmara dos Deputados no dia 24 de novembro, o Sindicato Na­cional das Empresas Aero­viárias (Snea) apontou para a falta de pátios de estacionamento em 12 aeroportos brasileiros de cidades que sediarão a Copa do Mundo em 2014– incluindo o Afonso Pena.

“Curitiba é um dos aeroportos do Brasil em que não temos condições de pernoitar por falta de vagas no estacionamento das aeronaves. Já é um aeroporto que está pequeno para a demanda existente”, avalia o presidente do Snea, José Márcio Mollo.

Para o consultor aéreo Paulo Bittencourt Sampaio, essa limitação cria um custo adicional para as empresas. “Quando um avião não pode pernoitar nestes aeroportos, a companhia opta por rotas inviáveis e não cria um serviço eficiente, alinhado aos interesses dos passageiros”, diz.

Atualmente, o pátio de estacionamento de aeronaves do Afonso Pena possui 14 posições, divididas em pátio principal – com 6 posições com pontes de embarque – e pátio remoto – com mais 8 posições. Entre os investimentos previstos para a Copa 2014 no Afonso Pena está a ampliação do pátio de estacionamento, que possibilitará o aumento na capacidade em mais 7 posições, de acordo com a Infraero

Fonte: Gazeta do Povo - Foto: www.luizbocian.blogger.com.br

À beira de um novo caos aéreo

Investimentos em infraestrutura não acompanham crescimento do fluxo de passageiros; analistas falam em “colapso” em 2011

Aeroporto Afonso Pena: aeronaves procedentes de outras cidades não podem pernoitar no local

De janeiro a outubro deste ano, o fluxo de passageiros em voos nacionais e internacionais cresceu cerca de 10% nos principais aeroportos do país controlados pela Infraero. A movimentação de aero­­naves também aumentou na mesma proporção, com quase 200 mil pousos e decolagens. Apenas em outubro, o movimento de passageiros cresceu 33% em relação ao mesmo período de 2008. Mas o descompasso entre o crescimento nas taxas de ocupação nos voos e o ritmo dos investimentos federais na infraestrutura aeroportuária preocupa analistas do setor, que indicam a possibilidade de que o sistema volte a apresentar sinais de esgotamento nos próximos anos, semelhantes aos ocorridos no auge da crise aérea – que causou atrasos e filas nos aeroportos brasileiros entre o fim de 2006 e primeiro semestre de 2007.

Desde então, pouca coisa foi feita para solucionar o principal problema do setor: a falta de infraestrutura. “De um modo geral, as providências da Anac [Agência Nacional de Aviação Civil], como órgão regulador, para controlar o apagão, foram no sentido de readequar a malha aérea com o remanejamento dos voos. Nada de investimentos pesados em infraestrutura”, avalia o consultor em aviação da Multiplan, Paulo Bittencourt Sampaio.

Nem mesmo o anúncio de que o governo deve investir cerca de R$ 5 bilhões na modernização e ampliação de 16 aeroportos até 2014 – ano em que o Brasil sediará a Copa do Mundo – tranquiliza os agentes do setor. As reformas devem ampliar em 45% a capacidade de atendimento de passageiros nestes aeroportos – passando dos atuais 114,6 milhões para 166,8 milhões ao ano –, mas o tempo de execução dessas obras pode não acompanhar a explosão na demanda.

Com isso, os mais otimistas preveem aeroportos cheios e filas nos terminais de passageiros nos horários de pico, podendo culminar em pequenos atrasos por questões pontuais. Já os pessimistas falam em um eminente colapso do sistema, com data marcada para 2011.

“O apagão de 2007 vai ser uma brincadeira perto do que pode ocorrer nos próximos anos”, prevê Sampaio. “No curto prazo, o investimento anunciado vai contemplar apenas o que não foi feito até hoje. Estamos atrasados em duas décadas”, ressalta o diretor de Segurança de Voo e Relações Internacionais do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), comandante Carlos Camacho.

Para o professor da Escola Politécnica da UFRJ e presidente do Instituto Brasileiro de Estudos Estratégicos e de Políticas Públicas em Transporte Aéreo (Cepta), Respicio Antônio Espirito Santo, o principal problema do setor não é a carência de recursos, mas a falta de planejamento na gestão do sistema.

“Constatamos que o Brasil não planeja o setor aéreo. Falta uma diretriz estratégica. Hoje temos problemas de acesso aos aeroportos, de pátio para estacionamento das aeronaves, de pistas e terminais de passageiros. São várias prioridades e, quando só se tem prioridades, é que é o problema”, avalia.

Segundo ele, se tudo o que o governo anunciou nos últimos anos para o setor aéreo tivesse sido realmente aplicado, a situação hoje seria mais confortável.

O diretor-técnico do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), comandante Gentis, aponta para a possibilidade de que, na falta de infraestrutura adequada para expansão do setor, os órgãos que regulam a aviação civil optem por limitar a operação de novas rotas nos aeroportos mais saturados. “No momento em que uma empresa aérea fica impedida de crescer – e este é um setor que necessita de crescimento permanente – a situação fica realmente preocupante”, afirma.

Confira: aeroportos operam além da sua capacidade

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Fonte: Alexandre Costa Nascimento (Gazeta do Povo) - Foto: Divulgação

Segundo relatório do acidente com avião da Air France sairá em 17 de dezembro

O Escritório de Pesquisas e Análise (BEA, em francês), encarregada da investigação técnica do avião da Air France que se acidentou em 1º de junho quando fazia o voo entre Rio de Janeiro e Paris, publicará seu segundo relatório em 17 de dezembro, anunciou hoje a organização.

O BEA apresentará também os avanços da investigação aos representantes das associações de vítimas do acidente, afirmou o organismo, em comunicado.

Além disso, o diretor do BEA, Jean-Paul Troadec, se reunirá em 12 de dezembro, no Rio de Janeiro, com o responsável da investigação, Alain Bouillard, e com as famílias das vítimas brasileiras para transmitir as mais recentes informações do acidente do Airbus A330.

No acidente com o Airbus A330, morreram os 228 ocupantes do avião operado pela companhia Air France.

Fonte: EFE via G1

Aeroporto de Bissau, Guiné-Bissau, vai ter nova torre de controle e depósito de combustível

A Agência para a Segurança e Navegação Aérea em África e Madagáscar lançou sexta-feira a primeira pedra para a construção de um novo edifício de serviços técnicos no aeroporto internacional Osvaldo Vieira na Guiné-Bissau.

A obra avaliada em 10 milhões de dólares ocorre por comemoração dos 50 anos de existência daquela agência.

No âmbito do projecto vai ser construída uma torre de controlo, um depósito de armazenamento de combustíveis e um edifício para a segurança contra incêndios.

A Agência para a Segurança e Navegação Aérea em África e Madagáscar, da qual fazem parte 18 países, controla um espaço aéreo de 16,1 milhões de quilómetros quadrados, onde estão incluídos 25 aeroportos internacionais.

A obra deverá ficar pronta até 2013.

Fonte: MacauHub

Anac e Infraero farão inspeção nos aeroportos no final de ano

A Anac, em conjunto com a Infraero, fará uma ação nos principais aeroportos brasileiros neste final de ano. Os inspetores irão acompanhar os procedimentos de check-in, de pista, desembarque e de controle da Aeronáutica sobre os voos.

As principais companhias brasileiras também se comprometeram a colaborar com a ação, evitando a prática de overbooking, aceitando passageiros de outras companhias com voos cancelados e manter mais funcionários nos aeroportos, bem como aeronaves reservas.

Fonte: Mercado & Eventos

07 de Dezembro - Dia Internacional da Aviação Civil

Em 7 de dezembro de 1944, foi aberta a Convenção Internacional sobre a Aviação Civil, em Chicago, nos Estados Unidos. O evento criou a Organização da Aviação Civil Internacional - OACI - e discutiu questões como a segurança de voo e os direitos dos aeronautas. A data é comemorada desde 1994.

Anac e Cade firmam acordo de cooperação técnica

A Anac e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) assinaram um acordo de cooperação técnica. O objetivo da parceria é empreender ações conjuntas voltadas para a promoção da concorrência e para a prevenção e repressão às infrações contra a ordem econômica, com relação às atividades de aviação civil e de infraestrutura aeronáutica e aeroportuária.

O acordo firmado entre as duas autoridades prevê a troca de informações, a comunicação sobre indícios de condutas das empresas que possam ferir a concorrência e a disseminação de conhecimento sobre o mercado. Em junho, a agência também assinou acordo semelhante com a secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) e já há contatos para nos próximos meses firmar outro documento de cooperação com a secretaria de Direito Econômico (SDE).

Fonte: Portal Panrotas

Nasa ganhará um reforço para observar o céu

Telescópio Wise vai procurar Estrela X, asteroides ameaçadores e muito mais

A pesquisa do Wise é considerada exploratória porque, ao catalogar centenas de milhões de objetos celestes, seus dados servirão como mapas de navegação para outras missões

Telescópio de infravermelho

Está pronto para o lançamento, previsto para a próxima sexta-feira, 11 de Dezembro, o mais novo telescópio espacial da NASA.

O WISE é um telescópio na faixa do infravermelho que ficará circulando em volta da Terra ao longo dos pólos para fazer um mapa completo do universo, detectando galáxias longínquas, estrelas frias demais para que sua luz seja captado com precisão por outros telescópios e até asteroides escuros, escondidos nas profundezas do Sistema Solar, de onde podem surgir "repentinamente" para se chocar com a Terra.

"Nós vamos descobrir milhões de objetos que nunca foram vistos antes. Os olhos do Wise representam uma melhoria enorme em relação aos mapeamentos de infravermelho já feitos até hoje," disse Edward Wright, cientista chefe da missão.

Mapa exploratório do universo

WISE, que também significa sábio, é um acrônimo para Wide-field Infrared Survey Explorer - uma expressão de difícil tradução que poderia ser melhor entendida como pesquisa exploratória em infravermelho com visão de campo largo.

A pesquisa do Wise será exploratória porque, ao catalogar centenas de milhões de objetos celestes, seus dados servirão como mapas de navegação para outras missões, apontando os alvos mais interessantes para serem pesquisados de maneira mais aprofundada.

Os telescópios espaciais Hubble, Spitzer, Herschel e o tão esperado James Webb, assim como o telescópio aéreo Sofia, todos farão observações com base nos achados e nos mapas criados pelo Wise.

"Estamos em uma época incrível para os telescópios espaciais. Vários deles vão trabalhar em conjunto, cada um contribuindo com diferentes peças para os mais intrigantes quebra-cabeças do universo," afirmou Jon Morse, diretor de astrofísica da NASA.

Comparação das dimensões da Terra, Júpiter, uma anã-marrom, uma estrela pequena e o Sol.

Asteroides e Estrela X

A luz visível é apenas uma fatia do "arco-íris" eletromagnético do universo. A luz infravermelha, que os sensores biológicos humanos, também conhecidos como olhos, não conseguem detectar, tem comprimentos de onda mais longos e é excelente para enxergar objetos que são muito frios, empoeirados ou que estejam longe demais da Terra.

Mas não é só o que está muito distante que interessa. Asteroides circulando pelo Sistema Solar, escuros e frios, indetectáveis pelos telescópios ópticos, poderão ser descobertos, ampliando o monitoramento dos objetos com possibilidades de colisão com a Terra.

Entre as estrelas mais frias, há uma grande expectativa com relação às anãs-marrons. O telescópio Wise descobrirá milhares delas.

Mas alguns astrônomos especulam que há uma anã-marrom bem debaixo dos nossos narizes, mais próxima do Sol do que a Próxima Centauro, a estrela mais próxima de nós, além do Sol, a apenas quatro anos-luz de distância.

Se essa "estrela X" realmente existir, o Wise será capaz de detectá-la.

Fonte: Site Inovação Tecnológica - Imagens: NASA/JPL/Caltech/UCB

Abetar quer otimizar aeroporto de São José dos Campos

O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar), Apostole Lazaro Chryssafidis e o vice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Transporte Aéreo Regional, deputado Carlos Zarattini foram recebidos hoje (07/12) pelo Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Tenente-Brigadeiro-do-Ar Cleonilson Nicácio Silva, na sede do Comando em São José dos Campos, no interior de SP.

Na pauta da reunião, marcada pelo deputado Carlos Zarattini, esteve a necessidade de estímulo da demanda no aeroporto da cidade, que pode ser utilizado como alternativa para o esgotamento da infraestrutura nos aeroportos paulistas. Atualmente, o terminal é utilizado pela Trip Linhas Aéreas, para testes da Embraer e pelo Comando da Aeronáutica.

"Na próxima semana, o diretor do DCTA, vai estar com o Comandante da Força Aérea para apresentar as alternativas e sugestões que possam dar ao aeroporto de São José dos Campos um ritmo mais adequado às exigências de infraestrutura", disse o presidente da Abetar, lembrando a necessidade da implantação do plano diretor

"Com a implantação do plano diretor e com a construção de um novo terminal de passageiros do lado oposto ao atual, nós acreditamos que o terminal tenha todas as condições para se tornar um aeroporto regional, abrigando voos de aeronaves de até 90 ou 100 assentos no máximo. Temos que entender que a destinação deste aeroporto deve incluir a Embraer e o Grupo de ensaios em voo, mas deve continuar sendo administrado pela Infraero", disse Lack.

Fonte: Mercado & Eventos - Foto: aerosjc.com.br

Bauruenses (SP) perdem voo e criticam aeroporto

Trinta e quatro pessoas são obrigadas a viajar de ônibus para São Paulo

Impacientes e revoltados. Assim estavam 34 passageiros que iriam embarcar no avião da Pantanal que sairia às 7h desta segunda-feira, do aeroporto Moussa Tobias, em Bauru, com destino a São Paulo, mas que não conseguiram devido ao mau tempo.

O terminal aeroviário já tem os equipamentos para operar em situação adversa – os instrumentos de navegação –, porém eles ainda não funcionam (antes, precisam passar por testes da Aeronáutica).

Os passageiros iriam fazer conexão com outro voo na Capital para Brasília, onde participariam do primeiro dia da VIII Conferêcia Nacional dos Direitos da Crianças e do Adolescente. A Pantanal fretou ônibus para levá-los até São Paulo.

“O que mais me revolta é que Bauru perderá, pois podemos não chegar a tempo e perdemos o direito à voto”, conta a presidente do Conselho Tutelar, Roberta Maria Almeida de Oliveira. Ela era uma das 34 delegadas eleitas para representar o Interior do Estado no evento.

Um outro delegado, Israel Marchiori Junior, veio de Ribeirão Preto para embarcar em Bauru. Ele ficou surpreso com o funcionamento do aeroporto de Bauru. “Tive despesa com hospedagem para não sair do lugar. Na minha cidade tem aeroporto bom e com voo direto para Brasília”, reclama.

Fonte: Rede Bom Dia

domingo, 6 de dezembro de 2009

Foto do Dia

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O Boeing 757-200, prefixo G-DAJB, da Monarch Airlines, em decolagem difícil, mas de "rotina", devido ao terreno circundante, ao lado dos Alpes, a partir do Aeroporto de Innsbruck (INN/LOWI), na região do Tirol, na Áustria, no dia 26/01/2008, indo em direção a Inglaterra.

Foto: bianrobi (Airplane-Pictures.net)

IATA: acidentes aéreos diminuíram em 2009

A Índia experimentou diversas situações de quase acidente, mas não teve nenhum acidente aéreo em 2009, num indicativo de que o desempenho da segurança das companhias aéreas a nível mundial em 2009 foi melhor do que no ano passado, segundo informe da IATA (International Air Transport Association).

"Se você tivesse que tomar um voo a cada dia, as probabilidades seriam que você poderia voar por 5.058 anos sem sofrer um acidente", de acordo com a taxa de acidentes da indústria em outubro, publicada pela International Air Transport Association.

Até 31 de outubro, o número total de acidentes, o que significa perda de casco, em que a aeronave é substancialmente danificada ou destruída, é de 56 contra 97 no mesmo período em 2008. No entanto, a mortalidade foi maior este ano, registrando 669vítimas, contra 495 ano passado.

Na região Ásia-Pacífico, houve três acidentes, incluindo um fatal. Os acidentes envolveram aviões de Lion Air, Mandiri Aviastar (ambas as transportadoras indonésias) e Myanma Airways, de Mianmar, mas nenhuma transportadora indiana esteve envolvida em acidentes com mortes e perdas de de aeronaves.

Sustentando que a taxa de perda de casco da indústria foi menor em relação a 2008, a IATA, informou que houve um acidente por 1,85 milhões voos até outubro deste ano em comparação com um por 1,2 milhões no mesmo período do ano passado.

A IATA, que iniciou auditorias de segurança obrigatórias em todos os membros associados, disse que a taxa de acidentes entre seus membros foi menor do que um acidente por 1,9 milhões voos.

Fonte: PTI (Índia) via mydigitalfc.com

Setor aéreo poderá ter US$ 11 bilhões nos prejuizos de 2009

O ano de 2009 poderá representar um período de consideráveis prejuízos para o setor aéreo mundial. A última previsão monitorada por parte da IATA indica que o setor deverá ter perdas de até US$ 11 bilhões, embora amenizados neste último trimestre com leves indícios de melhoras em US$ 700 milhões lucrativos.

O informe da associação internacional indica que as empresas conseguiram uma leve recuperação neste período mais recente, menos no caso da Europa. Durante o primeiro semestre do ano, a situação foi bem pior e a melhora obedece principalmente a uma situação mais favorável que deverá ser mantida no quatro trimestre do ano fiscal, analisados os resultados das 75 principais companhias mundiais. Nas atividades do setor de cargas, a evolução ainda esta lenta mas tem indícios para progredir.

A IATA reconhece que a demanda do transporte aéreo está voltando a níveis consistentes como no ano de 2008 e para tal a manutenção do preço de combustível no terceiro trimestre foi decisiva.

Um bom indicio de que os tempos aéreos podem melhorar está no movimento de fabricação e vendas de equipamentos. Até com agradáveis surpresas como esta que ocorreu com o consórcio Airbus, na venda de 52 jatos A320 por um valor de US$ 4 bilhões, negociação completada em novembro durante a feira de Dubai, com uma empresa aérea que não pode ter o seu nome divulgado.

Nos primeiros 11 meses do ano a Airbus vendeu 225 aeronaves, superando de forma expressiva a Boeing que anunciou 91 unidades até 24 de novembro. A Airbus pretende atingir 300 pedidos até mo final do ano, entregando 437 aviões neste ano, embora a meta anual fosse de 490. Problema principal, os atrasos na entrega do A380, apenas 6 unidades em comparação com o número previsto de 13.

Fonte: Brasilturis

Ataques cardíacos nos voos matam mais que desastres

Você sabia que morrem mais pessoas de ataques cardíacos dentro de aviões do que nos desastres aéreos? De acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), em 1950 viajavam por ano no mundo todo perto de 10 milhões de pessoas. Atualmente, esse número é calculado em quatro bilhões. Existe uma taxa de um problema grave de saúde a bordo para cada 1,3 milhão de passageiros, o que dá um total de aproximadamente três mil ocorrências graves de saúde a bordo. Dessas, aproximadamente 60% são ataques cardíacos, ou seja, perto de 1.800 pessoas por ano em todo mundo.

Por outro lado, também de acordo com a IATA, houve, em 2009, cerca de 60 acidentes aéreos, com aproximadamente 750 mortes. Com esses números conclui-se que os ataques cardíacos em pleno voo matam mais pessoas do que os acidentes aéreos. Existem alguns agravantes para a saúde durante um voo como a pressão atmosférica, uma vez que a baixa pressão dentro das cabines provoca uma expansão dos gases de até 30% de seu volume. Outro problema é a umidade do ar, pois ela, durante um voo, é de 10-20%, quando o ideal é de no mínimo 40%.

Por outro lado, é sabido que durante uma parada cardíaca o pronto atendimento é fundamental. A legislação não obriga nenhuma empresa de transporte aéreo a prestar serviços médicos a seus passageiros durante o transporte, e essas, quando muito, mantêm seus kits de emergência. Quando há um problema, a comissária simplesmente solicita a ajuda de algum médico que eventualmente esteja a bordo. Esse, muitas vezes, quer ajudar a salvar uma vida, mas não encontra as condições mínimas necessárias. Um simples desfibrilador automático, que é um aparelho que emite choques elétricos para recompor o ritmo dos batimentos cardíacos e que custa no mercado algo em torno de R$ 6.500,00, pode salvar uma vida, mas, infelizmente, a vida humana não vale este investimento para algumas empresas.

Fonte: Célio Pezza (jornal do Comércio)

Passageiros relatam fogo em asa e avião faz pouso de emergência na Flórida

Na manhã (hora local) deste domingo (6), um voo da American Airlines que realizava o voo AA-2460, do Aeroporto Chicago O'Hare, em Illinois, para o Aeroporto Fort Myers, na Flórida, ambos nos EUA, com 95 pessoas a bordo, ao descer para 5.000 pés na abordagem para Fort Myers, declarou emergência após os passageiros relatarem terem visto um pequeno incêndio na asa direita, a aproximadamente um metro da fuselagem. O comandadante, então, solicitou uma aterrissagem de emergência imediata.

Os pilotos informaram que estavam tendo problemas mecânicos com a McDonnell Douglas MD-82 e foram autorizados a aterrissar antes de outras aeronaves, informou Vicki Moreland, porta-voz do aeroporto.

Oito minutos depois, cerca de 10:15 hs., o avião pousou em segurança na pista 06 do aeroporto. Os bombeiros se aproximaram para verificar a asa. Eles comunicaram à torre não terem visto vestígios de chamas ou fumaça.

Não houve feridos.

Fontes: naplesnews.com / Aviation Herald

Avião da Lufthansa faz pouso não programado após rachadura no para-brisa

Após apresentar uma rachadura no para-brisa em pleno voo, o Airbus A319-100, prefixo D-AILY, da Lufthansa, foi obrigado a realizar um pouso não programado no Aeroporto de Budapeste, na Hungria, neste domingo (6).

Um porta-voz da companhia aérea disse que o Airbus A319 estava realizando o voo LH-3435, de Sofia, a capital da Bulgária, até Munique, na Alemanha a partir de 13:20 (hora local alemã).

Os para-brisas das janelas do cockpit do avião são compostas por diferentes camadas e, em uma delas, uma rachadura foi notada. O incidente não foi considerado relevante em termos de risco à segurança do voo.

No entanto, o procedimento padrão da Lufthansa, em tal caso, determina que o comandante procure a base técnica da empresa mais próxima, no caso, em Budapeste, para realizar a substituição do vidro.

Os 44 passageiros a bordo foram levados por outras aeronaves para Munique.

Fontes: rp-online.de / Aviation Herald - Tradução: Jorge Tadeu - Foto: AP

Diretor do Museu da Paz de Hiroshima alerta que risco de uma bomba cair nas mãos de terroristas e ser detonada é alto

AMEAÇA NUCLEAR

Em 2009, o mundo lembrou os 70 anos do início da Segunda Guerra Mundial, o maior conflito armado da história, responsável pela morte de cerca de 50 milhões de pessoas. O episódio reservou dois de seus capítulos mais dramáticos para seus instantes finais. Às 8h15 de 6 de agosto de 1945, uma segunda-feira, com Adolf Hitler já morto e a Alemanha rendida, o mundo conheceu uma nova face do terror. A primeira bomba atômica (1)usada contra seres humanos explodiu a 600 metros acima da cidade japonesa de Hiroshima, lançada por um avião B-29 norte-americano, apelidado de Enola Gay pelo coronel Paul Tibbets, piloto da missão. Cerca de 70 mil pessoas morreram entre a detonação e os dias que se seguiram. Até dezembro daquele ano, o número de vítimas chegaria a 140 mil, ou 40% das 350 mil pessoas que estavam na cidade naquela manhã.

Sobre Nagasaki foi lançada uma bomba ainda mais poderosa do que aquela que varreu Hiroshima. Apelidada de Fat Man (homem gordo), ela tinha 3,25m de comprimento, 1,52m de diâmetro e 4500kg. Em seu núcleo, havia plutônio-239, o gerador de uma explosão equivalente a 21 mil toneladas de TNT.

Apenas três dias depois daquele horror, às 11h02 de 9 de agosto, foi a vez de Nagasaki, distante 320km de Hiroshima, experimentar o inferno. Também lançada por um bombardeiro B-29 dos Estados Unidos, uma segunda bomba atômica — de poder ainda mais destrutivo que a primeira — varreu a cidade, matando 74 mil dos 240 mil habitantes e ferindo outros 74 mil.

Durante quatro dias, o Correio visitou Hiroshima e Nagasaki, hoje grandes e modernas cidades, que mantêm vivas as lembranças daquelas experiências devastadoras. A reportagem ouviu relatos de sobreviventes e conversou com o diretor do Museu da Paz de Hiroshima, Steven Leeper, que fez um alerta: o risco de uma nova bomba atômica assombrar o planeta parece iminente.

Aos 62 anos, completados em 20 de novembro, Leeper viveu quase a metade de sua vida no Japão. Ele chegou a Hiroshima em 1984 e, rapidamente, se envolveu com o Museu da Paz. Em 1986, começou a atuar como tradutor no museu. Nomeado diretor em abril de 2007 pelo prefeito de Hiroshima, Tadatoshi Akiba, Leeper é um dos principais ativistas da ONG Mayors For Peace (Prefeitos pela paz), que luta pela abolição das armas nucleares do mundo. Segundo ele, a única forma de evitar uma nova catástrofe é extinguir todas as ogivas. Caso contrário, será muito difícil conter o desastre. “Nossa principal preocupação é que grupos terroristas consigam acesso a armas nucleares”, explicou. “Se fizerem isso, certamente irão utilizá-las”, advertiu.

Leeper lembrou que já foram descobertos planos no Afeganistão em que grupos terroristas planejavam detonar uma bomba atômica nos Estados Unidos. “Os militares descobriram esse plano, que foi batizado de ‘Hiroshima americana’”, contou o diretor.

Corrida armamentista

“Se as armas nucleares continuarem se multiplicando, esses grupos (terroristas) certamente, em algum ponto, terão acesso a elas, e o controle vai se tornar impossível”, afirmou Leeper. Oficialmente, nove países possuem armamentos nucleares (veja quadro), incluindo a Coreia do Norte, que, em maio deste ano, realizou um teste “com sucesso”, segundo os militares daquele país. A polêmica sobre a proliferação dessas armas ganhou força com a iniciativa do Irã de tentar enriquecer urânio em seu país.

O presidente Mahmud Ahmadinejad garante que a ação tem fins pacíficos. Sob esse pretexto, Teerã obteve apoio do governo brasileiro. “Nesse sentido, nossa maior preocupação é com Israel. Como o país possui armamentos atômicos, os vizinhos se sentem ameaçados e também querem desenvolver essas armas. Isso leva a uma corrida armamentista”, disse o diretor do museu.

Mobilização

Em 1985, em Hiroshima, a Mayors For Peace organizou sua primeira conferência mundial. Quase 25 anos depois, o movimento conta com o apoio de 3.241 prefeituras, de 134 países. No Brasil, as cidades de Belém, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Canoas e Novo Hamburgo (RS), Santos e Osasco (SP) já se juntaram à ONG. “A nossa ideia é unir o apoio do máximo de cidades em nossa causa. E por que cidades? Porque elas são as que verdadeiramente sofrem com as guerras e os bombardeios, e não os governos”, esclareceu o norte-americano.

Apesar disso, Leeper sabe que, no fim das contas, são os governos que decidem. Por isso, todas as atenções da Mayors For Peace estão voltadas para maio do próximo ano, quando Nova York sediará uma conferência para discutir o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), criado em 1970. Para ele, existem dois caminhos sendo traçados simultaneamente no planeta. “Estamos nos movendo em duas direções. Tem gente trabalhando para eliminar as armas nucleares e gente querendo continuar a desenvolvê-las.” Segundo o ativista, apenas nos EUA são gastos US$ 55 bilhões ao ano no desenvolvimento de armas nucleares e em sistemas para operá-las.

De acordo com o diretor do Museu da Paz de Hiroshima, o planeta caminha rumo a um futuro de graves problemas nas próximas décadas. Aquecimento global, superpopulação, escassez de recursos, fome e por aí vai. A lista é longa. Nesse sentido, Leeper destacou que a abolição das armas nucleares é o primeiro dos desafios. “Sei que é difícil, mas temos que conseguir. Caso contrário, faremos desse planeta um lugar inabitável”, advertiu. “Acabar com as armas nucleares é fácil. Depende de poucas pessoas (presidentes) quererem.”

O apelo é coerente. O risco nuclear, que aterrorizou Hiroshima e Nagasaki há quase 65 anos, ainda existe, mesmo com o fim da Guerra Fria. O tema já foi abordado em diversos filmes. Em um dos mais recentes, O pacificador, um homem, sedento de vingança, quase explode uma bomba em Nova York. Nicole Kidman e George Clooney salvam a América. Em um diálogo, a loura dispara, em tom profético: “Não temo um homem que deseja 10 bombas atômicas. Fico aterrorizada com o que quer apenas uma”.

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Fonte: Luiz Roberto Magalhães (Correio Braziliense) - Foto: Wikipédia

O ataque dos drones

Nas guerras do Iraque e do Afeganistão, ganharam fama os aviões americanos sem piloto encarregados de vigiar territórios e bombardear alvos inimigos. O uso dos “drones”, como são conhecidos (o termo técnico correto é vant, “veículo aéreo não tripulado”, ou UAV em inglês), valeu críticas a Barack Obama pelos danos colaterais – entenda-se: baixas civis – que provoca. Essa tecnologia que parece saída de um filme de ficção científica já está entre nós. Em dezembro, começam a voar nas fronteiras do sul do país 15 aeronaves da Polícia Federal equipadas com tecnologia similar à dos drones de Obama. Os vants Heron TP, fabricados pela israelense IAI (Israel Aerospace Industries), ajudarão a combater o tráfico de drogas sem colocar em risco a vida de policiais. No começo de 2010, os vants vão sobrevoar São Paulo e Rio de Janeiro.

Com autonomia de voo de quase 40 horas, um vant pode voar a uma altura de até 13.000 metros, acima da altitude da aviação comercial. Apesar da altitude, suas câmeras especiais conseguem mostrar “um nome num crachá a 5.000 metros de altura”, diz o delegado responsável pelo projeto, Alessandro Moretti, diretor do Centro de Inteligência Policial da PF. “Ela envia as imagens em tempo real, com ótima definição e referências geográficas.” O custo? Cerca de R$ 345 milhões pela frota de 15 aparelhos.

O poder invasivo dessa tecnologia pôde ser confirmado em agosto, quando agentes da CIA, nos Estados Unidos, viram de sua base em Langley, na Virgínia, a imagem de Baitullah Mehsud, líder do Taleban no Paquistão, aplicar uma injeção de insulina. Em uma semana, a aeronave pode escanear todo o território brasileiro. Com seu sistema infravermelho, detecta túneis a até 7 metros de profundidade e identifica embarcações submersas usadas pelos traficantes para transportar drogas a profundidades de até 5 metros. A base de controle e recepção de imagens do avião é móvel, uma espécie de contêiner (leia no infográfico). O aparelho atua com um plano de voo pré-traçado, guiado por satélite e programado numa “memória” na parte dianteira do avião.

As primeiras 15 unidades custaram US$ 200 milhões.
A estreia da operação será em dezembro, no sul do país.


A Polícia Federal diz que o objetivo prioritário é melhorar a vigilância na maior porta de entrada de contrabando, armas ilegais e drogas do país: a “tríplice fronteira” de Brasil, Paraguai e Argentina, na região de Foz do Iguaçu, no Paraná. Outros alvos são as divisas com Colômbia, Bolívia, Peru e Paraguai, territórios livres para o tráfico e o contrabando. A PF afirma não haver risco de violação de fronteiras com países vizinhos porque o avião permite filmar e monitorar ações humanas a 30 quilômetros de distância.

O combate aos traficantes em favelas do Rio de Janeiro e em São Paulo será uma extensão desse trabalho. A aeronave terá condições de identificar traficantes e possibilitar prisões em flagrante, além de fiscalizar a rota da droga. “Sem dúvida poderemos trabalhar em conjunto com outras forças policiais para combater o tráfico”, diz Moretti. E, mesmo que os traficantes se irritem com a fiscalização, será difícil derrubar a aeronave como fizeram com um helicóptero da Polícia Militar do Rio, em outubro. “A aeronave vai operar a 7.000 metros de altura. Apenas armamento de guerra, como um canhão antiaéreo, poderia derrubá-lo”, afirma Moretti.

Além de funcionar como um Big Brother do céu, o vant pode atirar para matar. Os Estados Unidos têm um modelo próprio, o MQ-1 Predator, usado em programas de combate ao terrorismo. Os militares americanos chamam essas operações de “3D”: “dull” (enfadonhas), “dangerous” (perigosas) e “dirty” (sujas). O Predator identifica áreas de risco potencial para os soldados no Iraque e no Afeganistão. A inteligência dos EUA se nega a fornecer dados sobre os alvos e as baixas que o Predator já tenha causado. Recentemente, um deles teve de ser abatido no ar por estar fora de controle. Pelo menos por enquanto, a Polícia Federal afirma não ter a intenção de equipar os vants com armas.

Os críticos da robotização das armas de guerra dizem que a ideia de um combate a distância e “sem custo humano” só para um dos lados é perigosa. Em entrevista à revista New Yorker, o ex-procurador da CIA Jeffrey Smith disse que o Predator “pode sugerir que assassinar pessoas é aceitável”. Como a batalha virtual não exige coragem nem heroísmo, a linha entre ação de guerra legítima e assassinato é tênue.

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Fonte: Rodrigo Turrer (Revista Época)

Carona VIP nas asas da FAB

A história do voo do avião da Presidência que levou Fábio Luís da Silva, filho do presidente Lula, e mais 15 amigos para um feriado em Brasília

PROBLEMA EM CASA
Lulinha desembarca de um avião da Presidência em viagem ao Chile, em fevereiro de 2008. A Presidência teve dificuldades para explicar a carona para os amigos do filho de Lula

A primeira grande controvérsia em que o protagonista foi Fabio Luís da Silva, o Lulinha, um dos cinco filhos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocorreu em 2005. Em meio ao escândalo do mensalão, descobriu-se que a Gamecorp, produtora de jogos de celular e programas de TV da qual ele é sócio, havia recebido R$ 5 milhões de investimento da Telemar (atual Oi), a maior empresa de telefonia do país. Lulinha embarcou agora em nova polêmica. Na semana passada, o jornal Folha de S.Paulo revelou que o filho do presidente usou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir a Brasília com mais 15 amigos, no dia 9 de outubro deste ano. O avião, um Boeing 737-200 usado pela Presidência e apelidado de Sucatinha, havia saído de São Paulo com militares para ir a Brasília. Ele já estava a dez minutos de seu destino quando recebeu ordem para voltar a São Paulo para embarcar autoridades.

O pedido de um avião oficial fora feito pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que estava a trabalho em São Paulo, ao Grupo de Transportes Especiais, o esquadrão da FAB responsável pelo transporte de autoridades federais. Segundo a assessoria do Banco Central, Meirelles só soube que Lulinha e seus amigos iriam junto com ele de carona na hora do embarque. “Ele não sabe precisar quantas pessoas estavam com o filho do presidente naquela hora”, disse a assessoria do BC. A Presidência da República se negou a divulgar a lista de passageiros, com o argumento de que a identidade de convidados do presidente é uma informação de caráter “reservado”. Disse também que é normal que nessas ocasiões seja requisitado transporte oficial e que Lulinha foi até Brasília para passar o feriado de 12 de outubro (Dia de Nossa Senhora de Aparecida) com o pai. Mas recusou-se até mesmo a dizer quantos eram os amigos de Lulinha e o que eles foram fazer em Brasília. Numa primeira versão, negou também que o avião tivesse mudado seu percurso original e voltado para São Paulo para embarcar Meirelles, Lulinha e seus amigos. Mas assim como o Sucatinha, a assessoria de Lula também deu meia volta no discurso e acabou admitindo que a história publicada pelo jornal era a verdadeira.

Em meio à falta de respostas e versões desencontradas, ÉPOCA teve acesso a registros internos da Aeronáutica. O banco de dados do tráfego aéreo, sistema que colhe informações dos voos e que fica no subsolo do Cindacta 2, de Curitiba, no Aeroporto de Bacacheri, armazenou dados sobre o voo do Sucatinha. Ele mostra que naquele dia o avião saiu de Gavião Peixoto, interior de São Paulo, e chegou a Guarulhos às 15h37. Em seguida, o Sucatinha decolou de Guarulhos para Brasília, às 16h40, 20 minutos atrasado em relação ao horário previsto. Em Guarulhos, a decolagem foi feita do 4º Esquadrão de Transporte Aéreo. Segundo os registros, o avião saiu de Guarulhos em direção a Brasília pela aerovia UW2 (são como se fossem nomes de ruas no céu) e sobrevoou a cidade de Poços de Caldas, Minas Gerais, a uma altitude de 10 mil metros.

O Sucatinha usava o transponder 4404 para ser identificado pelo radar. Os registros mostram que o avião não chegou a Brasília, como previsto. Voltou para São Paulo e chegou às 18h54 em Guarulhos. De lá, seguiu às 20h38 para Congonhas. Já passava das 23 horas quando o avião decolou de Congonhas para Brasília, com 22 pessoas, segundo registro da Aeronáutica. Até Congonhas, o Sucatinha tinha a bordo 17 pessoas, entre passageiros e tripulantes. Sabe-se que em São Paulo 18 pessoas esperavam o avião: Lulinha e 15 amigos mais o presidente do Banco Central e seu assessor de imprensa. Se os números do registro da Aeronáutica estão corretos, isso significa que alguém teve de deixar o avião em São Paulo para dar lugar a Lulinha e seus amigos. Se ninguém desembarcou, o Sucatinha deveria ter decolado com pelo menos 35 pessoas. ÉPOCA perguntou à Presidência e à FAB se houve desembarque de militares, mas nem uma nem outra quiseram responder.

A oposição ao governo Lula viu no episódio uma chance de fazer barulho. A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados pediu ao Ministério da Defesa o acesso à lista com os nomes dos 15 amigos de Lulinha e detalhes do plano de voo do Sucatinha. Em resposta, os petistas ameaçaram deflagrar uma investigação sobre os voos oficiais no governo Fernando Henrique Cardoso. “O caso demonstra uma extensão inadequada para outras pessoas dos privilégios que os familiares do presidente têm”, diz Cláudio Weber Abramo, diretor do Transparência Brasil. “O filho do presidente viajar em um avião do governo é aceitável, mas carregar amigos é uma desfaçatez.” O episódio é mais um sinal revelador de que a falta de noção das autoridades sobre os limites no uso com o dinheiro público é um fenômeno persistente no Brasil.


Fonte: Wálter Nunes (Revista Época) - Foto: Sérgio Lima