domingo, 1 de novembro de 2009

Você tem medo de ser barrada?

O momento é tenso. Você, cidadã exemplar com uma ficha tão limpa que se bobear brilha, começa se sentir culpada por...por...por... nada! Já sentiu isso? Eu já. É como se nos minutos antes de passar pela imigração da Comunidade Européia ou dos Estados Unidos, você tivesse culpa por não ter um passaporte emitido no mundo desenvolvido. Das fronteiras pelas quais já entrei na Europa foi Madri, sem dúvida, a mais tensa. Vinda da Ásia eu tinha uma conexão na Espanha, onde aproveitaria para passar alguns dias antes de voltar ao Brasil. Achei que não fosse haver tensão, pois estava claramente em trânsito. Convenhamos que, geralmente, quem quer imigrar ilegalmente sai direto do Brasil para a Europa – não vai antes dar uma voltinha na Ásia. O oficial do guichê tinha sido "bacana" com todos à minha frente, mas, ao olhar meu passaporte brasileiro, começaram as perguntas. Veio por quê? Não está acompanhada? Ah, vai ficar em quarto categoria luxo? Essa foi a pergunta mais irritante, pois ele parecia insinuar que alguém, que não eu, iria pagar o hotel. Só depois de uma canseira, e de eu provar que tinha emprego fixo no Brasil, ele finalmente me liberou.

Nada foi mais complicado, no entanto, do que a viagem para Israel. Por segurança, cada mala é minuciosamente revistada antes do embarque. No meu caso, que estava embarcando de Barajas (Madri), foi necessário descer alguns subsolos daquele gigantesco aeroporto, cruzar portas, pegar elevador, ficar beeem assustada para, enfim, chegar à salinha onde as malas são revistadas. Uma vez nessa sala você deve entrar em outra salinha, onde passa por outro detector de metal (além dos que já passou no aeroporto). Eu apitei. Minha calça tinha oito (!) botões de metal – confesso que esqueci completamente desse detalhe antes de embarcar – e, obviamente, esse era o problema. Claro, quando a questão é segurança nenhum governo ou companhia aposta (e nem deve!) somente no óbvio. Eles tinham direito de me revistar (como fizeram), de interrogar e de me fazer passar pelo detector quantas vezes fossem necessárias. Mas o fato de deixar uma passageira vigiada numa salinha perdida num subsolo, com a porta quase fechada, ordem de permanecer sentada e rodeada por oficiais que pareciam fazer questão de conversar em hebraico, quando estamos na Espanha, soa a abuso. Ao chegar, finalmente, em Israel (sem a minha mala) ainda tive de responder a mais perguntas de outros dois oficiais diferentes. Dessa vez a questão me pareceu ter a ver com o fato de eu ser brasileira, porém ter o nome russo. Como há muitas imigrantes russas no país, imaginei que eles estavam desconfiando que o passaporte não fosse legítimo... Enfim, depois de passar por situações assim nas fronteiras, só resta se perguntar até onde e em nome de quê é legítimo intimidar, humilhar?

Eu tenho a impressão (já confirmada por um amigo que trabalhou no aeroporto) de que mulheres viajando sozinhas ficam mais expostas. Mulheres jovens ficam mais ainda, pois são as que supostamente têm mais chances de conseguir empregos informais como garçonete, hostess, vendedora. Não dá, portanto, pra vacilar. Na grande maioria das vezes, as pessoas passam pela imigração sem problemas. Pode ser que sequer te perguntem nada – que foi o que aconteceu quando entrei esse ano na França, porém, coincidentemente, eu estava acompanhada. Mas o friozinho na barriga faz todo sentido, já que as fronteiras estão mesmo cada vez mais tensas. É por isso que a nossa parte a gente tem de fazer direitinho. Pra voltar com um monte de lembranças felizes. Afinal, pra que é que a gente viaja?

Não vacile:

* Seguro-viagem, cartão de crédito, comprovante de reserva de hotel é o básico do básico.

* Ajuda muito também ter em mãos um documento que comprove que você tem trabalho no Brasil (pode ser o crachá da empresa ou a carteira profissional) e outro que você tem residência fixa (pode ser uma conta de luz, por exemplo).

* Não chegue perto do guichê da imigração de óculos escuros – o guarda quer, claro, ver seu rosto.

* Quanto ao modelito, é bem melhor algo sóbrio, básico. Lembre-se que a idéia, definitivamente, não é chamar atenção.

Fonte: Ludmila Vilar (Marie Claire) - Imagem: Shutterstock

Lista do FBI tem 400 mil nomes de possíveis terroristas

Dados do FBI indicam que, durante um período de 12 meses que acabou em marco deste ano, as autoridades americanas incluíram, diariamente, cerca de 1,6 mil nomes em uma lista de possíveis terroristas. A lista do FBI conta com aproximadamente 400 mil nomes de pessoas que apresentam uma "suspeita razoável" para serem acompanhados. As informações são do jornal Washington Post.

Segundo a reportagem, os dados foram entregues ao Comitê Judiciário do Senado americano em setembro e divulgados na semana passada. Os oficiais do FBI dizem, contudo, que cada nome na lista "não representa necessariamente um indivíduo, mas pode ser um apelido ou uma variante de um nome de uma pessoa anteriormente listada".

De acordo com o jornal, o comitê afirma que diariamente cerca de 600 nomes foram removidos da lista e cerca de 4,8 mil registros foram modificados. Menos de 5% das pessoas são cidadãos americanos ou imigrantes legais.

Fonte: Terra

Ações terroristas menores são novas ameaças, dizem oficiais

Após desmantelar duas recentes conspirações terroristas, oficiais da inteligência americana estão cada vez mais preocupados que grupos extremistas no Paquistão ligados à Al-Qaeda estejam planejando operações menores nos Estados Unidos, mais difíceis de detectar e com maior probabilidade de êxito do que os ataques espetaculares que costumavam privilegiar, dizem oficiais seniores contraterrorismo.

Os dois casos - um envolvendo dois homens de Chicago acusados na semana passada de planejar um ataque a um jornal dinamarquês que publicou quadrinhos do profeta Maomé, e o outro de um motorista de ônibus de 24 anos em Denver, acusado de uma conspiração para o uso de explosivos improvisados - estão entre os mais sérios em anos, segundo oficiais.

Em ambos, dizem os oficiais, os principais réus são residentes de longa data dos Estados Unidos, com laços substanciais na comunidade, que viajaram para áreas tribais do Paquistão, onde eles aparentemente treinaram com grupos extremistas afiliados à Al-Qaeda. Os oficiais do Exército americano e das agências de polícia e inteligência falaram com a condição de que não fossem identificados porque não tinham autorização para discutir os casos.

Segundo documentos do FBI, David Coleman Headley, 49 anos, principal réu no caso de Chicago, se encontrou com Ilyas Kashmiri, que é considerado por autoridades ocidentais um dos militantes islâmicos em operação mais perigosos das áreas tribais instáveis do Paquistão. Kashmiri se voltou ao terrorismo após servir no comando de operações especiais paquistanês e atraiu atenção de oficiais dos EUA após sobreviver a um ataque aéreo americano em setembro.

"Ele é um total oportunista e um hábil estrategista que possui profundo conhecimento local e um plano global cruel", disse Jarret Brachman, autor de Global Jihadism e consultor de terrorismo para o governo dos EUA.

Nas conspirações de Denver e Chicago, as autoridades ficaram impressionadas pelos papéis centrais desempenhados por homens que parecem ter mais conhecimento de segurança e melhor organização e treinamento do que muitos dos envolvidos em casos de terrorismo desde 2001, incluindo a última leva de prisões das semanas recentes. Boa parte destes presos eram homens jovens encolerizados pelo ardor militante, mas com poucas habilidades para conduzir um ataque.

Alguns oficiais dizem que, embora os casos de Chicago e Denver se destaquem em relação a processos de terrorismo de nível inferior nos Estados Unidos, não é novidade aspirantes a terrorista viajarem ao Paquistão e outros centros de treinamento e retornarem aos EUA para se engajar em atividade militante. Eles disseram que as atividades de Najibullah Zazi, o homem de Denver, lembram muito a metodologia dos atentados a bomba nos trens de Madri em 2004 e no metrô de Londres em 2005.

Um caso no ano passado sugere que homens jovens dos Estados Unidos também estão indo ao Paquistão para combater as forças americanas. Bryant Neal Vinas, 26 anos, cresceu em Long Island, Nova York, e trabalhou como caminhoneiro para a ferrovia de Long Island antes de ir para o Paquistão. Ele contatou um grupo da Al-Qaeda e participou de um ataque a míssil a uma base americana no Afeganistão antes de ser capturado no Paquistão e trazido de volta aos Estados Unidos em novembro de 2008. Desde então, Vinas tem cooperado com as autoridades americanas, ajudando a identificar outros extremistas que foram treinados para operações no Ocidente.

Esse padrão de comportamento - homens jovens que vivem nos Estados Unidos por anos, viajam ao exterior e se ligam a grupos de militantes extremistas - não se limita ao Paquistão.

Em outubro de 2008, por exemplo, um adolescente somali-americano de Minneapolis conduziu um ataque suicida no norte da Somália. O adolescente, Shirwa Ahmed, chegou aos Estados Unidos nos anos 1990 e se tornou cidadão americano. Nos meses antes do ataque, ele havia viajado ao Chifre da África e aparentemente se juntou ao Al Shabab, um grupo muçulmano militante que combate os etíopes.

Analistas contraterrorismo do governo disseram ser significante o fato dos casos de Chicago e Denver envolverem conspirações que parecem menos ambiciosas que os ataques ao World Trade Center e ao Pentágono ou supostas conspirações no passado, como as que objetivavam atacar o aeroporto internacional de Los Angeles ou a torre da loja Sears em Chicago.

Oficiais de inteligência ocidentais acreditavam que a liderança da Al-Qaeda se concentrasse em ataques espetaculares com mortes em massa, de modo a construir sua credibilidade no mundo islâmico. Analistas americanos disseram que a dificuldade de conduzir conspirações tão grandiosas ofereceria certa proteção aos Estados Unidos.

J. Patrick Rowan, que já foi o advogado principal da divisão de segurança nacional do Departamento de Justiça dos EUA, disse que os casos recentes poderiam significar uma mudança em relação a essas conspirações de grande escala. "Sempre houve a visão de que a Al-Qaeda deseja repetir ou fazer algo ainda mais substancial do que o 11 de setembro", disse Rowan.

"A hipótese tem sido de que eles focam seus recursos na condução de um ataque espetacular e decidiram não realizar conspirações menores", ele disse. "Esses casos parecem minar essa hipótese e sugerem que eles talvez estejam repensando sua estratégia, o que é obviamente preocupante, porque operações menores podem ser mais difíceis de detectar e impedir."

Uma das figuras mais importantes nessa nova tendência é Kashmiri, o comandante operacional do Harakat-ul Jihad Islami, um grupo terrorista paquistanês afiliado à Al-Qaeda, alguém descrito por um oficial americano como um "pesadelo de sujeito", porque ele era "um operador que poderia fazer as coisas acontecerem".

Kashmiri, 45 anos, tem uma longa história na condução de operações de guerrilha. Como um treinador do Exército paquistanês de mujahidin afegãos, ele perdeu um olho combatendo forças russas no Afeganistão nos anos 1980. Posteriormente, enquanto trabalhava com militantes da Caxemira em um ataque à Índia, arqui-inimiga do Paquistão, ele ganhou fama no Paquistão após escapar de uma prisão indiana onde ficou preso por dois anos.

Mas Kashmiri se virou contra o Estado paquistanês quando o presidente Pervez Musharraf baniu seu grupo após os ataques de 11 de setembro. Ele foi preso quatro anos mais tarde por ter ligações com uma tentativa de assassinato de Musharraf em dezembro de 2003, mas acabou sendo solto por falta de provas.

Após o governo paquistanês levantar cerco contra militantes islâmicos na Mesquita Vermelha em Islamabad em 2007, Kashmiri transferiu suas operações para o Waziristão do Norte e uniu armas com a Al-Qaeda e o Talibã paquistanês na região. Ele está listado como o quarto homem mais procurado pelo Ministério do Interior paquistanês, segundo relatos da mídia do Paquistão.

Oficiais de inteligência e contraterrorismo americanos dizem que Kashmiri está entre os líderes militantes mais perigosos no Paquistão hoje, por causa de suas habilidades de treinamento, experiência de comando e visão estratégica para conduzir ataques contra alvos ocidentais, como o jornal dinamarquês.

Brachman disse que embora militantes como Kashmiri não estejam sob o controle direto da Al-Qaeda, eles respondem ao clamor da organização terrorista em prol do ataque ao Ocidente.

"Por anos a Al-Qaeda tem chamado seu movimento às armas - lançando sementes pelo movimento global", Brachman disse. "O que está claro, no entanto, é que as sementes estão começando a brotar agora."

Fonte: David Johnston e Eric Schmitt (The New York Times) via Terra - Tradução: Amy Traduções - Charlie Savage e Kitty Bennett contribuiram com a reportagem

Morre pioneiro da tecnologia espacial chinesa

O cientista chinês pioneiro na tecnologia espacial, Qian Xuesen, morreu neste sábado (31) aos 98 anos em Pequim, segundo informações da agência estatal Xinhua News. Ele nasceu na província de Hangzhou e estudou nos Estados Unidos no Instituto de Tecnologia de Massachusetts e no Instituto de Tecnologia da Califórnia, onde ajudou a criar o Laboratório de Propulsão.

De acordo com o livro "Thread Of The Silkworm", de Iris Chang, que conta a vida do cientista, Qian pediu a cidadania norte-americana no início dos anos 50, mas depois de se tornar alvo de investigações anticomunistas, ele retornou à China em 1955, seis anos após Mao Tsé-tung levar o partido comunista ao poder.

Qian foi ministro da Defesa na China no período em que o país iniciou seu programa estratégico de mísseis. Ele criou o primeiro instituto de pesquisa em foguetes e mísseis que ajudou a China a dar início ao programa espacial. Em 1956, o cientista escreveu artigo que estimulou a Comissão da Indústria Aeronáutica a supervisionar as pesquisas científicas de mísseis guiados.

De acordo com a agência estatal, o cientista também participou das pesquisas para a criação da primeira bomba atômica da China, testada com sucesso em outubro de 1964; do desenvolvimento do primeiro satélite, em 1970; e da primeira nave espacial, em 2003. Em agosto, o premiê chinês Wen Jiabao homenageou Qian por ter dedicado sua vida à defesa da tecnologia na China.

Fonte: Agência Estado - Foto: Gang Lee

Helicóptero Águia da PM salva dez vidas por semana em SP

Vem dos ares a ajuda que muitos motoqueiros recebem para sobreviver a acidentes graves, todos os dias, nas ruas de São Paulo. A cada semana, pelo menos dez vidas são salvas na capital pelo helicóptero Águia da Polícia Militar. Ao todo, foram mais de 6.500 pessoas resgatadas em 25 anos de atuação do Grupamento de Radiopatrulha Aérea João Negrão, que possui hoje 16 helicópteros e seis aviões.

Segundo o capitão Marcelo Tasso, comandante do Águia há nove anos, 80% das ocorrências de salvamento do grupo são de acidentes de trânsito, sendo os motoqueiros 80% das vítimas.

Contando com 70 pilotos, o grupamento possui cinco bases no interior do estado. Outras três serão instaladas ainda neste ano em São José do Rio Preto, Piracicaba e Sorocaba. Desde 1984, foram mais de 151 mil missões e 74 mil horas de voo. Cada hora do uso do Águia custa R$ 870 ao governo.

As aeronaves militares não atuam somente em resgate ou transporte de órgãos para transplante. Na história do grupo, 57% das missões foram de ocorrências criminais - como perseguições, rebeliões e apoio às viaturas em terra, transmitindo em tempo real imagens dos confrontos ao quartel-general da Polícia Militar.

Há sempre três equipes do Águia disponíveis. Se uma sirene soa na base, é o helicóptero preparado para o confronto que deve decolar. Se há dois sinais, voa a equipe de resgate, que conta com uma médica civil e um enfermeiro policial.

- Atuamos nos confrontos na Favela Paraisópolis, na Zona Oeste, em fevereiro, quando vândalos colocaram fogo em barricadas para impedir a entrada dos policiais. Com um sensor infravermelho, identificamos os focos de incêndio no chão, para ajudar a Tropa de Choque a entrar lá pelas vias liberadas e conter o tumulto - explica Tasso.

O capitão Wander Satil de Souza, Piloto do helicóptero da PM há nove anos, diz que toda missão é imprevisível e que a maior dificuldade é o pouso.

- Temos que escolher um local perto da vítima a resgatar sem que isso atrapalhe o trânsito. É difícil. O Águia tem autorização para pousar em qualquer lugar. Paramos sobre lajes de prédios, garagem de ônibus, campos de futebol, rodovias. Onde o Águia couber com segurança - diz ele.

O capitão conta que, há dois anos, estava voltando de uma missão de perseguição à noite quando sobrevoou uma mata. O flyer (câmera com infravermelho que denuncia a presença de calor) mostrou que havia um corpo dentre as árvores.

- Achamos que podia ser um bandido em fuga e acionamos o policiamento em terra para investigar o caso e entender do que se tratava. Para a nossa surpresa, era um homem bem vestido, de classe média, que disse estar dormindo no matagal. Achamos estranho, devia ser algum maluco para dormir no mato - lembra.

Fonte: Tahiane Stochero (Diário de S.Paulo) via O Globo - Foto: Rostev

Embraer negocia montagem de aviões médios na China

A Embraer está negociando com a China a montagem de aviões maiores naquele país. O objetivo é convencer o governo chinês a concluir a compra de 45 jatos brasileiros, discutida já há mais de três anos, além de garantir a sobrevida da fábrica que a empresa mantém na cidade chinesa de Harbin.

O acordo seria um dos temas da reunião bilateral entre Brasil e China que aconteceria em novembro e que acabou cancelada. O cancelamento adiou os planos da Embraer de garantir presença em território chinês. A empresa espera dar continuidade às negociações no fim do mês, quando uma autoridade chinesa deve visitar o Brasil.

A Embraer monta em Harbin, desde 2003, seus jatos ERJ-145, com capacidade para 50 passageiros. A fábrica surgiu de uma parceria com a estatal chinesa Avic II para atender a encomendas do modelo feitas por empresas aéreas da China.

Desde 2006, a Embraer não registra novas vendas do ERJ-145 para a China. A última encomenda, de 50 unidades do jato, foi feita pela empresa Hainan. Neste ano, porém, a Hainan reduziu os pedidos pela metade - e surgiram rumores de que a fábrica de Harbin pode ser fechada em 2011, quando terminam as entregas.

Para impedir que isso aconteça, a Embraer decidiu oferecer ao governo chinês a montagem no país também dos jatos da família 190, os maiores produzidos pela empresa, com capacidade para até 122 pessoas.

Seriam montadas na China, a princípio, as 45 unidades negociadas há três anos com a chinesa KunPeng. A saída permitiria à brasileira manter presença no disputado mercado chinês. Em previsão divulgada em 2008, a Embraer estimou que, nos próximos 20 anos, a China demandará 875 jatos entre 30 e 120 assentos, o que equivale a 13% do mercado mundial.

Executivos da Embraer mostram preocupação quanto ao futuro da fábrica de Harbin. Em maio, quando o presidente Lula esteve em Pequim, ele conversou com o presidente chinês, Hu Jintao, para tentar destravar a venda dos 45 aviões da Embraer à KunPeng, mas não teve sucesso.

Outro desafio para o produto da empresa brasileira é que a China acaba de lançar um jato de tamanho médio, o primeiro de uma estatal chinesa sem associação com estrangeiros. O ARJ-21 tem dois modelos, com 105 e 90 assentos, que concorrem diretamente com as aeronaves da Embraer.

A pesquisa para a produção do ARJ-21 levou dez anos. Ele começou a ser fabricado no ano passado por uma estatal em Xangai. Já há 210 encomendas para o avião chinês.

"Para estimular a produção local, é claro que a China vai dificultar a entrada de modelos similares médios, o que afeta a Embraer", disse o especialista em aviação comercial Lao Xin, da consultoria KRC.

"Como a China vai levar muito tempo para produzir seus próprios aviões grandes, Boeing e Airbus, que já têm fábricas na China, não são afetadas", diz. A Embraer disse que não comentaria o assunto.

O mercado de aviação chinês é o que mais cresce no mundo. Segundo o consultor Lao Xin, a China irá adquirir mais 3.000 aviões na próxima década.

Fontes: Fábio Amato (Agência Folha) e Raul Juste Lores (jornal Folha de S. Paulo)

Veja simulação do acidente com avião da FAB na Amazônia

Passageiros teriam ouvido estrondo e sentido cheiro de fumaça.

Sobreviventes passaram a noite na mata, em cabanas improvisadas.



Sobreviventes do acidente com o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) contam o que aconteceu momentos antes da queda na Região Amazônica.

Os passageiros afirmam que ouviram um estrondo e sentiram cheiro de fumaça durante o voo. O piloto pediu a todos que rezassem, porque não havia como manter o avião no ar.

O piloto tentou, então, fazer um pouso forçado. Segundo os passageiros, a aeronave bateu na água, subiu um barranco e voltou a cair no rio. O avião teria começado a afundar de lado.

As nove pessoas que saíram da aeronave passaram a noite no meio da mata, fizeram uma fogueira e improvisaram cabanas para dormir.

Cerca de 24 horas depois do acidente, um avião da FAB sobrevoou a região. O grupo usou roupas coloridas para acenar e pedir socorro.

A equipe de resgate abriu uma clareira no local do acidente para facilitar o acesso de helicópteros. As vítimas foram resgatadas por guinchos e levadas ao hospital, em Cruzeiro do Sul (AC).

Fonte: G1 (com informações do Jornal Nacional)

Helicóptero da Guarda de Fronteiras da Polônia cai e mata seus três ocupantes

Foi encontrado hoje pela manhã, a 200 metros da fronteira do lado bielorrusso, o helicóptero PZL Kania, prefixo SN-26XG, da Guarda de Fronteiras da Polônia (Podlaski Oddzia³ Stra¿y Granicznej) que havia desaparecido no sábado (31).

Os três ocupantes, todos tripulantes, foram encontrados mortos.

"O helicóptero caiu no território da Bielorrússia (Belarus) e ficou de tal modo danificado que a tripulação não tinha chance de sobrevivência", disse em uma entrevista coletiva em Czeremcha, o vice-ministro do Interior, Adam Rapacki.

Uma comissão de inquérito bielorussa da promotoria local e, pelo lado polonês, uma comissão de inquérito de acidentes de aviação, irão trabalhar juntas na apuração das causas do acidente.

O vice-ministro Rapacki disse que as razões do acidente são difíceis de informar no momento. As famílias dos mortos foram atendidas por psicológos e, também, receberão "toda a assistência necessária".

A tripulação realizava um voo de patrulha de rotina de Bialystok para Melnik. O helicóptero havia desaparecido no sábado antes das 18:00 (hora local), depois de fazer seu último contato.

Fontes: wiadomosci.gazeta.pl / ASN - Fotos: Guarda de Fronteiras

Queda de avião de carga mata 11 na Rússia

Acidente ocorreu pouco depois da decolagem em Mirny.

Todos os que estavam a bordo morreram.




A queda de um avião de carga logo após a decolagem matou todas as 11 pessoas que estavam a bordo neste domingo (1º) na cidade russa de Mirny, leste do país.

Os ocupantes da aeronave eram sete tripulantes e quatro passageiros.

O avião era um Ilyushin 76 (IL-76) que pertencia ao Ministério do Interior. Ele caiu a cerca de 1 km de Mirby, no início de um voo rumo a Irkutsk, segundo as autoridades.

A Rússia tem um dos piores índices mundiais de segurança nos transportes aéreos, por usar aeronaves velhas do tempo soviético. Também contribuem para o problema as instalações aeroportuárias precárias, a falta de manutenção e a legislação frouxa.

Fontes: G1, com agências internacionais / ASN - Foto: EPA

Resgate encontra corpo de último ocupante da aeronave que se acidentou no AM

O Comando da Aeronáutica informou em nota oficial que o corpo do suboficial Marcelo dos Santos Dias, último desaparecido do avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que se acidentou na quinta-feira (29) na Amazônia, foi encontrado neste domingo por volta das 11h34 (horário de Brasília). O corpo foi encontrado próximo da aeronave acidentada.

FAB divulga imagem que mostra local onde sobreviventes foram encontrados e onde ocorreram as buscas

O avião Cessna C-98 Caravan fazia o trajeto entre as cidades de Cruzeiro do Sul (AC) e Tabatinga (AM) quando desapareceu na manhã da última quinta-feira. O monomotor fez um pouso forçado no rio Ituí, no Amazonas, e foi encontrado por índios na sexta-feira, dez milhas fora de sua rota.

Onze pessoas estavam a bordo. Nove foram resgatadas com vida e já voltaram para casa. O corpo do técnico da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) João de Abreu Filho foi encontrado ontem, dentro da aeronave que está submersa a 6 metros de profundidade. Segundo o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, o avião deve ser içado do rio apenas na terça-feira (3).

O monomotor transportava técnicos da Funasa que faziam o trabalho de vacinação em aldeias indígenas do vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas. Entre os nove sobreviventes, seis eram funcionários da Funasa - entre eles uma grávida de 3 meses - e três militares, incluindo o piloto.

Veja mais imagens dos sobreviventes

Os sobreviventes do acidente são: os militares tenente Carlos Wagner Ottone Veiga, tenente José Ananias da Silva Pereira e sargento Edmar Simões Lourenço; e os civis Josiléia Vanessa de Almeida, Maria das Graças Rodrigues Nobre, Maria das Dores Silva Carvalho, Marina de Almeida Lima, Diana Rodrigues Soares e Marcelo Nápoles de Melo.

Uma clareira foi aberta para facilitar o resgate já que a região é de difícil acesso. A aeronave foi localizada por mergulhadores da Aeronáutica e do Exército, que participam das buscas.

O Comando da Aeronáutica não soube informar para onde o corpo de Marcelo dos Santos Dias seria levado.

Suboficial ajudou colegas

Segundo os sobreviventes que foram levados ao Hospital Geral do Juruá após o resgate, o suboficial Marcelo dos Santos Dias teria salvado a vida de várias pessoas que estavam no voo, mas perdido as forças e afundado junto com a aeronave.

A história foi contada ao diretor técnico do hospital, Marcos Melo. De acordo com os relatos, depois de ajudar várias pessoas, o suboficial teria ficado preso no avião após a correnteza ter fechado a porta, impedindo sua saída. Ele ainda teria tentado sair pela frente da aeronave, sem sucesso.

Investigações

A FAB deu início às investigações sobre as causas do acidente. Os pilotos da aeronave já foram ouvidos extraoficialmente, mas as causas da queda ainda não foram divulgadas. O major-brigadeiro Jorge Cruz de Souza e Mello não deu informações sobre os primeiros depoimentos. Ele disse que o resultado final das investigações pode demorar até um ano para ser concluído.

Leia mais

Sobreviventes foram resgatados por guincho de helicóptero

Homem salvou colegas, mas afundou com avião

Do exterior, Jobim envia nota de solidariedade pelo acidente


O major-brigadeiro disse que os tripulantes terão de dar outro depoimento, este oficial, para uma comissão que será formada nos próximos dias e que irá investigar as causas do acidente.

Questionado sobre a possibilidade de uma pane mecânica, já que as condições climáticas na região e no momento do voo eram favoráveis, Mello foi cauteloso. "Seria leviano de minha parte dizer ou insinuar que o acidente aconteceu por pane mecânica. Ainda é prematuro, mas o caso será esmiuçado", explicou.

Fonte: UOL Notícias (com informações do colaborador especial em Manaus, da Agência Estado e da Agência Brasil) - Foto: Divulgação/FAB

sábado, 31 de outubro de 2009

Foto do Dia

Clique sobre a foto para ampliá-la

Cockpit do Boeing 777-381/ER, prefixo JA734A, da ANA - All Nippon Airways, fotografado no Aeroporto Internacional de Frankfurt, na Alemanha, em 24 de outubro de 2009.

Foto: Thomas Merkl (Airliners.net)

SAE Brasil Aerodesign: Campeão de disputa de pequenos aviões recusa o termo 'aeromodelo'

"A gente nem chama de aeromodelo, porque não é lazer. A gente chama de avião radiocontrolado", explica Bruno Marcolini, capitão da equipe Charlie Open, da Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo.

No alto, avião radiocontraldo da equipe Charlie Open, vencedora da classe aberta

A equipe de Marcolini foi a campeã na categoria aberta, na 11ª edição do SAE Brasil Aerodesign. A disputa, ocorrida no final de semana passado, em São José dos Campos (91 km de São Paulo), reuniu 81 equipes de estudantes de engenharia (engenharia física, mecânica, mecatrônica, robótica, metalúrgica, eletrônica, eletro-eletrônica, automobilística, produção, automação industrial, aeronáutica, materiais ou agronômica), de Brasil, Venezuela, México e Índia. A equipe indiana, a Pushpak, recebeu a menção honrosa pelo voo válido mais emocionante.

O avião da equipe Charlie Open custou cerca de R$ 7.000 - R$ 4.000 deles apenas com os quatro motores, que têm, cada um, cilindrada de 1,22 polegada cúbica. Com esses quatro motores, a aeronave, pesando 6,8 kg, carregou mais 20,6 kg de carga útil.

O volume carregado foi o principal componente da pontuação da Charlie Open. Segundo Marcolini, o segundo colocado na categoria carregou pouco mais de 12 kg de carga útil.

"Essa competição é importante para a gente porque podemos colocar em prática, desde os primeiros anos da faculdade, o que aprendemos em sala de aula. Às vezes, até o que ainda nem aprendemos", diz Marcolini, aluno do terceiro ano de engenharia.

Segundo ele, a maior parte do investimento no projeto vem de recursos de patrocinadores. O mesmo ocorre com várias outras equipes.

O evento também conta com o patrocínio de grandes empresas do setor da aviação, como EADS (controladora da Airbus), Embraer e Dassault Aviation (fabricante, entre outros, do caça Rafale, que concorre pela preferência do governo brasileiro).

Também conquistaram primeiros lugares as equipes Cefast, do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet MG), na classe regular, e Mike, na classe micro. A Mike também é formada por estudantes da USP São Carlos.

Na classe aberta, não há restrições geométricas às aeronaves ou ao número de motores instalados, mas há um limite para o total de cilindradas do motor e uma distância máxima de decolagem de 61 m.

Na classe regular, os aviões são monomotores. O regulamento também prevê as dimensões máximas das aeronaves.

A classe micro não conta com restrições geométricas ou quanto ao número de motores, mas a aeronave tem de caber dentro de uma caixa de 0,125 m³. Os motores podem ser elétricos e a decolagem deve ocorrer em no máximo 30,5 m.

Clique aqui e veja mais imagens da disputa

Fonte: Haroldo Ceravolo Sereza (UOL Notícias) - Fotos: Sérgio Fujiki (Divulgação)

Veja reconstituição do acidente com avião da FAB na Amazônia

Passageiros teriam ouvido estrondo e sentido cheiro de fumaça.

Sobreviventes passaram a noite na mata, em cabanas improvisadas.




No vídeo acima, sobreviventes contam como aconteceu o acidente.

Os passageiros contam que ouviram um estrondo e sentiram cheiro de fumaça durante o voo. O piloto pediu a todos que rezassem, porque não havia como manter o avião no ar.

O piloto tentou, então, um pouso forçado. Segundo os passageiros, a aeronave bateu na água, subiu um barranco e voltou a cair no rio. O avião teria começado a afundar de lado.

As nove pessoas que saíram da aeronave passaram a noite no meio da mata, fizeram uma fogueira e improvisaram cabanas para dormir.

Cerca de 24 horas depois do acidente, um avião da FAB sobrevoou a região. O grupo usou roupas coloridas para acenar e pedir socorro.

A equipe de resgate abriu uma clareira no local do acidente para facilitar o acesso de helicópteros.

Reencontro

Após o resgate, os sobreviventes foram levados para um hospital em Cruzeiro do Sul, no Acre. No local, passaram por exames. Todos passam bem receberam alta na manhã deste sábado.



As vítimas reencontraram as famílias e voltaram para casa. “Nós estamos bem, obrigado pela preocupação de vocês e de todo mundo que torceu pela gente”, disse um sobrevivente.

Dos onze ocupantes da aeronave, nove foram resgatados com vida. Continua desaparecido o mecânico da FAB, Marcelo dos Santos Dias. Equipes de resgate prosseguem com as buscas.

No total, 150 homens participam das buscas com a ajuda voluntária de índios.

Fonte: G1 (com Jornal Nacional)

Avião bimotor cai no mar em Angra dos Reis

Duas pessoas estavam a bordo mas não se feriram.

Bombeiros estão retirando a aeronave da água.

Um avião bimotor caiu na tarde deste sábado (31) no mar, próximo à praia do Frade, em Angra dos Reis, região Sul Fluminense do Rio. Duas pessoas estavam a bordo, mas não se feriram, segundo informações da Capitania dos Portos e do Corpo do Bombeiros.

Equipes da capitania e bombeiros estão no local para retirar a aeronave da água. Ainda não há informações sobre o que teria causado a queda.

Fonte: G1 (com informações da TV Globo)

FAB confirma morto em acidente na Amazônia

Equipes continuam com as buscas por outro desaparecido.

Segundo FAB, corpo da vítima será levado para Cruzeiro do Sul (AC).




O Comando da Aeronáutica confirmou, neste sábado (31) a morte de uma das vítimas do acidente com o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) na Região Amazônica. O corpo de João de Abreu Filho, funcionário da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), foi encontrado dentro da aeronave por mergulhadores da equipe de resgate.

De acordo com a FAB, o suboficial Marcelo dos Santos Dias permanece desaparecido. As equipes de resgate prosseguem com as buscas.

O corpo da vítima será levado para Cruzeiro do Sul (AC) para procedimentos formais. Depois, segundo o Comando da Aeronáutica, o corpo deve seguir depois para Tabatinga (AM).

Leia a nota oficial

"O Comando da Aeronáutica e a Fundação Nacional de Saúde informam que as equipes de busca encontraram o corpo do Sr. João de Abreu Filho dentro da aeronave C-98 Caravan da Força Aérea Brasileira (FAB), que está submersa a 6 metros de profundidade no igarapé Jacurapá, no Amazonas.

Prosseguem as buscas ao Suboficial Marcelo dos Santos Dias. "

Fonte: G1

Familiares das vítimas do voo 3054 da TAM reclamam de relatório da PF

Eles não aceitam a conclusão da PF que culpou os pilotos.

Cenipa apresenta relatório 27 meses após o acidente.


Os familiares e amigos das vítimas do voo JJ 3054 da TAM conheceram neste sábado (31) o relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), mas ao sair da apresentação se mostraram indignados com outro relatório, o da Polícia Federal.



A PF vazou informações que indicavam que os únicos culpados pelo acidente que vitimou 199 pessoas em 17 de julho de 2007 foram os pilotos.

Presidente da Associação dos Familiares

Segundo o presidente da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM 3054, Dario Scott, os familiares não descartam culpa dos pilotos, mas não aceitam que eles sejam os únicos responsáveis pelo acidente.

“Se falarmos simplesmente que a culpa é dos pilotos, estaremos tirando a responsabilidade da empresa aérea, da Airbus, da Anac, que é o órgão fiscalizador”, argumentou. Dario perdeu seu filho Henrique Scott no voo.

Outro familiar, Roberto Gomes, disse que o relatório da Polícia Federal “é pífio”. “Nós não admitimos a culpabilidade apenas dos pilotos a única provável causa apontada pela PF é baseada em probabilidades e não em fatos”, salientou. Segundo ele, os familiares não têm dúvidas que um dos fatores que contribuiu para o acidente foram os problemas mecânicos da aeronave da TAM.

Relatório do Cenipa

O relatório do Cenipa, que não tem por objetivo apontar culpados pelo acidente, produziu 83 recomendações para a Airbus, outras companhias aéreas, para a TAM, para a ANAC, para a Infraero e para o próprio Cenipa.

A maior parte das recomendações do relatório produzido pelos militares da Aeronáutica foi para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), para quem 33 mudanças foram pedidas. A TAM recebeu pedido de 23 mudanças em seus programas de treinamentos de pilotos, revisão das aeronaves, entre outras.

Falta de treinamento

Aos familiares, o coronel Fernando Camargo, que presidiu a investigação do Cenipa, disse que a TAM cometeu falhas no treinamento dos pilotos. “Um dos pilotos tinha pouca experiência de voo nesse tipo de aeronave”, disse o militar na apresentação do relatório à imprensa fazendo referência ao co-piloto Henrique Di Sacco.

Christophe Haddad, que perdeu sua filha Rebeca Haddad no voo da TAM, disse que neste sábado completa 13 anos do acidente com o avião Focker 100 da mesma companhia e que o relatório do Cenipa sobre aquele acidente já havia recomendação para que a TAM melhorasse o treinamento dos pilotos.

“Há 13 anos tivemos o acidente com o Focker 100 da TAM e a recomendação de melhorar o treinamento dos pilotos foi feita pelo mesmo Cenipa. Recomenda-se, recomenda-se, recomenda-se, mas a companhia TAM não muda”, dizia indignado após a apresentação dos militares.

Segundo ele, o coronel foi claro ao dizer aos familiares que “o treinamento dos pilotos da companhia é deficiente”. “Milhares de pessoas estão voando em aviões da TAM com treinamento deficiente para os pilotos. Até quando isso vai continuar”, concluiu.

Pai do copiloto

Rafael Di Sacco, pai do copiloto Henrique Di Sacco, também assistiu a apresentação do Cenipa e criticou o relatório da Polícia Federal. “É uma canalhice e quem produziu o relatório é um canalha”, disse. Segundo ele, o Cenipa “fez um trabalho muito sério”, mas não pode apontar culpados “porque senão os militares não conseguem promoções”.

Fonte: Jeferson Ribeiro (G1)

Acesse o Relatório Final do acidente com o Airbus da TAM


RELATÓRIO FINAL A - 67/CENIPA/2009

ACIDENTE AERONÁUTICO

AERONAVE PR-MBK

MODELO AIRBUS A-320

DATA 17 JULHO 2007

Relatório da Aeronáutica sobre acidente da TAM faz 83 recomendações de mudanças

O relatório final do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) sobre o acidente com o Airbus A-320 da TAM, ocorrido em julho de 2007, faz 83 recomendações a órgãos de fiscalização e companhias aéreas para que implementem mudanças no setor aéreo nacional. Apesar do relatório sugerir mudanças, os órgãos e companhias áereas não são obrigados a implementá-las pela legislação brasileira.

"Nós não temos como impor alguma coisa a ninguém. Então, nós recomendamos. É da responsabilidade de quem receber a recomendação cumpri-la ou não. Por isso a organização vai analisar cada recomendação e nos informar a respeito do que pretende fazer", disse o presidente da comissão de investigação do acidente da TAM no Cenipa, coronel Fernando Camargo.

Entre as recomendações listadas pelo Cenipa, estão melhores treinamentos para os pilotos de companhias aéreas e equipamentos eletrônicos que possibilitem maior controle dos pilotos sobre as aeronaves. Segundo o coronel, de todas as recomendações já expedidas pelo Cenipa desde o início das investigações do acidente com o Airbus da TAM, 23 foram acatadas pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), companhias áreas, Infraero e Airbus. No total, o Cenipa fez 23 recomendações à TAM, 13 à Infraero e 33 à Anac, entre outras.

Com a conclusão das investigações, o relatório do Cenipa será encaminhado ao Ministério Público Federal, que dará prosseguimento às investigações. O MP já está com o relatório da Polícia Federal sobre o acidente, que responsabilizou o piloto e o co-piloto do Airbus pelo acidente. Os familiares das vítimas, que acompanharam hoje a divulgação do relatório do Cenipa, reagiram ao trabalho da PF.

"Isso é canalhice, não tem outro nome. É fácil fazer isso, os culpados morreram. O Cenipa é um órgão sério, mas não tem como ultrapassar alguns limites", reagiu o pai do co-piloto Henrique Di Sacco, Rafael Di Sacco. Os familiares das vítimas do voo argumentam que a Polícia Federal agiu de forma rápida e sem condições técnicas para apurar o acidente, enquanto a Aeronáutica investigou tecnicamente a tragédia no aeroporto de Congonhas.

Relatório

O relatório final do Cenipa sobre o acidente, divulgado neste sábado, não aponta os responsáveis pela tragédia. O relatório mostra que um dos manetes do avião estava em posição de aceleração, quando deveria estar em ponto morto, mas não deixa claro se houve falha mecânica ou humana como causa do acidente.

O relatório aponta duas principais hipóteses para o acidente. Na primeira delas, teria havido falha no sistema de controle de potência dos motores do avião --o que teria mantido o manete em aceleração, independente da sua real posição. Nessa hipótese, teria havido falha mecânica da aeronave.

Na segunda hipótese levantada pelo Cenipa, o piloto teria executado um procedimento diferente do previsto no manual ao colocar o manete numa posição irregular, numa configuração de falha humana para o acidente.

"Nós conseguimos êxito em explicar a dinâmica do acidente por meio de duas possibilidades. Uma delas centralizada numa falha do equipamento e a outra centralizada na execução de um procedimento diferente do que está em vigor. Cada uma delas poderia ter resultado na mesma dinâmica", disse Camargo.

Fonte: Gabrila Guerreiro (Folha Online)

Hoje é Dia Mundial do Comissário de Bordo

Comemora-se neste sábado, 31 de Outubro, o Dia Mundial do Comissário de Bordo ou Assistente de Bordo, em homenagem ao surgimento da profissão, em 1930.

A profissão de comissário de bordo ou aeromoça surgiu em 1930, devido a reivindicação de uma mulher enfermeira, Ellen Church (foto acima), apaixonada pela aviação e impossibilitada de pilotar uma aeronave por ser mulher.

Por este motivo, Ellen Church propôs à Boeing Air Transport que colocasse enfermeiras a bordo dos aviões para cuidar da saúde e segurança dos passageiros durante o voo.

A Boeing Air Transport, que era até então uma linha aérea e fabricante de aeronaves, contratou oito enfermeiras por um período de experiência de três meses.

Essas novas assistentes, que foram chamadas de "aeromoças" logo se tornaram parte integral de todas as linhas aéreas. Elas não precisavam mais ter formação em enfermagem, mas o caráter maternal era considerado como um elemento chave na profissão.

As primeiras moças contratadas deveriam ser solteiras, não terem filhos, obedecer a um padrão de peso e altura, porém possuiam salários muito baixos.

A ideia fez muito sucesso, pois as mulheres a bordo passavam segurança aos passageiros, já que a mulher era consideradas uma figura de fragilidade, e tendo mulheres trabalhando a bordo, passava-se a ideia aos viajantes de que o avião não era tão perigoso quanto pensavam.

Devido a Segunda Guerra Mundial, as enfermeiras foram convocadas para os campos de batalha, as companhias aéreas então começaram a colocar mulheres de nível superior a bordo, contudo sem perder o charme e a elegância, já que essa profissional representaria a empresa.

A profissão popularizou-se e perdeu o símbolo sensual que possuia. Foi então que surgiu o "aeromoço", já que as funções do comissário aumentaram devido ao aumento do fluxo de passageiros, o que exigia mais do profissional.

A partir do momento em que o passageiro entra no avião, a sua segurança e conforto são de responsabilidade do comissário de bordo.

O comissário demonstra os procedimentos de emergência adotados pela empresa, faz o serviço de bordo e cuida dos passageiros durante a viagem. Além disso, o comissário está preparado para trabalhar em horários incomuns.

Pelas razões acima, concluí-se que a profissão de comissário de bordo requer um conjunto de características pessoais, físicas e psicológicas diferenciadas.

O comissário de voo é o profissional que auxilia o comandante da aeronave. Ele é encarregado do cumprimento das normas relativas à segurança e ao atendimento dos passageiros.

Fontes: Angop / Notícias sobre Aviação - Foto: National Air and Space Museum Archives

Passageira descontrolada faz escândalo no check-in da GOL e ofende funcionários

Após ser comunicada de que não embarcaria por ter chegado atrasada para fazer o check-in, médica agrediu verbalmente funcionário do aeroporto de Aracaju

O escândalo protagonizado por uma médica no Aeroporto Santa Maria, em Aracaju, esta semana (26/10) foi gravado por um cinegrafista amador e o vídeo, intitulado "Passageira descontrolada faz escândalo no check-in da GOL e ofende funcionários", já soma mais de 30 mil visualizações no Youtube até a hora de publicação desta reportagem.

Ela teria chegado ao guichê atrasada para fazer o check-in e após ser avisada que devido a isso não poderia embarcar para a Argentina, onde passaria lua-de-mel, a moça se alterou, quebrou equipamentos da companhia aérea e agrediu verbalmente o funcionário da empresa.

"Quem vai pagar minha passagem? Esse morto de fome que não tem nem onde cair morto?", questiona a médica, extremamente alterada. "É um 'povo bando de analfabeto' [sic] que não tem nem onde cair morto", grita. Dando continuidade à série de de insultos e na tentativa de humilhar o funcionário que a comunicou que não poderia embarcar, a moça o chama de 'nêgo'.

Diante da cena, que pela Lei pode ser configurada como racismo, o servidor da companhia aérea agredido procurou a Polícia, mas o delegado Washington Okada, que estava de plantão, entendeu que não havia provas suficientes para deter a médica.

Fonte: Infonet

MAIS

Veja o vídeo da "doutora" patricinha e racista (detalhe: O voo decolava as 04:45 ela chegou as 04:37):