segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Cepta pede mudanças no sistema de administração dos aeroportos do país


O presidente do Instituto Brasileiro de Estudos Estratégicos e de Políticas Públicas em Transporte Aéreo, Respício Espírito Santo criticou a burocracia que impede o desenvolvimento dos aeroportos do país. Em carta aberta o Cepta lembra "que cada dia que passa sem a definição do modelo de concessão/autorização dos principais aeroportos à iniciativa privada não é apenas mais um dia perdido, mas sim meses e meses jogados fora sem uma efetiva modernização na administração aeroportuária brasileira e de uma grande parte da infraestrutura do setor aéreo nacional".

Segundo ele "o ingresso de capital privado nacional e estrangeiro nos principais aeroportos brasileiros não fará muito bem apenas aos passageiros, acompanhantes, visitantes, empresas aéreas ou ao comércio e às outras atividades inseridas e atuantes nestes aeroportos; tenho certeza que o ingresso de consórcios privados na administração de alguns dos nossos principais aeroportos terá um impacto extremamente positivo também na Infraero".

Para o presidente do Cepta a empresa precisa ter concorrentes diretos para progredir, para melhorar, para ser mais eficiente, mais moderna, mais capaz. "Como podem o Ministério da Defesa, a Anac e a sociedade reclamarem de forma tão veemente sobre um quase duopólio nas ligações aéreas domésticas, se não reclamam com a mesma intensidade de um total monopólio de uma única empresa na administração dos principais aeroportos do País? Onde estão a coerência e a lógica de algumas autoridades que condenam a polarização do mercado doméstico entre duas empresas aéreas, se estas mesmas autoridades não condenam o monopólio na administração dos principais aeroportos?"

Sugere a entrada de novos administradores para os nossos principais aeroportos que poderia garantir maior eficiência à Infraero. "Sem dúvida a Infraero poderia ficar mais eficiente e moderna com o surgimento de concorrentes diretos; o mercado de trabalho ampliar-se- ia em uma série de segmentos por ocasião destas novas administrações concorrentes; instaurar-se-ia um ambiente de concorrência direta entre alguns aeroportos brasileiros; os aeroportos sob nova administração tenderiam a passar por um grande choque de gestão e de tecnologia.

Pede ainda que Infraero modernize seu estatuto, permitindo que a empresa pudesse atuar fora do País com mais força e intensidade. "Desde já é bom esclarecer: ninguém aqui está condenando a Infraero por nada, nem está a favor de que todos os principais aeroportosbrasileiros passem a ser administrados por consórcios privados; muito menos aqui pensamos na extinção da Infraero, não se trata disso, muito pelo contrário. Em nossa visão, a manutenção, a modernização e
o fortalecimento da Infraero são de destacada importância para a implementação de um ambiente competitivo positivo. Em verdade, neste novo cenário, a Infraero seria um player extremamente importante."

A carta defede quatro pontos para melhoria da infraestrutura aeroportuária:

1) mais rapidez e compromisso das principais autoridades de aviação no Brasil para implementar um modelo moderno de concessão/autorização para os principais aeroportos;

2) uma maior descentralização na administração dos principais aeroportos brasileiros (podendo incluir, até, mediante detalhado leque de estudos e análises prévios, o repasse da administração de determinados aeroportos atualmente sob a administração da Infraero para estados e/ou municípios);

3) a manutenção, a modernização e o fortalecimento da Infraero;

4) um setor de infraestrutura aeroportuária brasileira muito mais seguro, mais eficiente, mais moderno, verdadeira e continuamente com foco nos clientes e voltado para o futuro.

Fonte: Mercado & Eventos

Gol amplia voos entre Campinas e Nordeste

A Gol Linhas Aéreas resolve voltar sua atenção ao mercado do interior paulista, onde encontra o crescimento forte de sua concorrente Azul Linhas Aéreas.

Por isso, a empresa anunciou que lançará a partir de 15 de outubro duas novas frequências diárias (voos de ida e volta) que ligarão Porto Alegre (RS) a Salvador (BA) e Recife (PE), passando por Campinas (SP).

Com as novas opções, a cidade do interior paulista ganhará quatro novos voos diretos para as capitais do Rio Grande do Sul, Bahia e Pernambuco.

No mercado internacional, a empresa anunciou semana passada que passou a oferecer mais de voos na América Latina e Caribe. A companhia opera uma frota jovem e moderna de Boeing 737 Next Generation

Fonte: DCI

Pilotos europeus protestam por redução de jornada de trabalho

Pilotos da aviação comercial devem realizar nesta segunda-feira uma série de manifestações em toda a Europa para protestar contra leis da União Europeia que permitem que a jornada de trabalho diárias desses profissionais se estenda para até 14 horas.

Os sindicatos argumentam que a legislação representa um perigo, já que o cansaço dos tripulantes é um fator em 15% dos acidentes aéreos.

Os profissionais também reclamam que as condições de trabalho pioraram de uma maneira geral por causa dos cortes de custos das companhias aéreas.

"Só especialistas em fadiga entendem o impacto no organismo de cruzar tantos fusos horários, ter que alternar horários consecutivamente e todos os outros aspectos da vida de um piloto", disse à BBC Jim McAusland, secretário-geral da Associação Britânica de Pilotos Comerciais (Balpa, na sigla em inglês).

Resposta

Segundo McAusland, cientistas acreditam que o limite deveria ser de 13 horas.

"Qualquer carga acima disso faz aumentar 5,5 vezes o risco de acidentes", disse.

Mas um porta-voz do Departamento de Transportes da Grã-Bretanha insistiu que a segurança de voo não será comprometida pela legislação, que já está em vigor em alguns países europeus e deverá ser adotada pelo bloco inteiro em 2012.

"A Agência Europeia de Segurança na Aviação está avaliando as respostas dadas por consultores ao primeiro rascunho da proposta de lei", disse o porta-voz.

Segundo ele, a avaliação terminaria em 2011.

Espera-se protestos em cerca de 35 países, mas ainda não há uma previsão se a paralisação vai atrapalhar o tráfego aéreo nesta segunda-feira.

Fonte: BBC Brasil via O Globo

Galiza cria comité para retirar a liderança ao aeroporto Sá Carneiro

O Comité de Desenvolvimento de Rotas Aéreas da Galiza é a resposta à fuga de passageiros para o Aeroporto do Porto, que, em 2008, pela primeira vez, transportou mais pessoas do que os três aeroportos galegos juntos.

Enquanto o CEO da Ryanair aterrava no aeroporto portuense para inaugurar a 33ª base aérea da companhia de baixo custo, os vereadores do Turismo de Vigo, Santiago de Compostela e Corunha reclamavam um plano estratégico da Junta da Galiza para resolver "a situação critica dos aeroportos".

Os representantes dos três municípios chamaram a comunicação social para dizer que estavam unidos na procura de uma solução para devolver protagonismo às infra-estruturas galegas, criticando, em uníssono, o desinvestimento nos aeroportos da Galiza.

Fonte: Jennifer Mota (Agência Lusa) via EPA

Um em cada dez passageiros do Aeroporto do Porto é galego

Um em cada dez passageiros do Aeroporto do Porto é galego e a abertura de novas rotas pode trazer ainda mais clientes do país vizinho, disse à Lusa o gestor operacional daquela infra-estrutura.

"No ano de 2008, cerca de dez por cento do tráfego do aeroporto foram galegos", disse à Lusa Rui Alves, que está convicto que "o aumento da oferta nos destinos contribui para que o aeroporto se torne mais atractivo para a zona de influência onde a Galiza se insere".

"Nós estamos preparados e queremos receber mais galegos", acrescentou o responsável do Aeroporto Sá Carneiro, no Porto, que, com 4,5 milhões de passageiros em 2008, é líder na região do noroeste peninsular.

Em declarações à Lusa, Rui Alves explicou que "os passageiros galegos têm vindo a aumentar muito devido à oferta do aeroporto do Porto bem como às campanhas de promoção e divulgação realizadas na Galiza".

Há três anos, foi lançado um serviço de autocarros para fazer a ligação directa, quatro vez por dia, entre Vigo e o Sá Carneiro, que é operado por uma empresa com sede em Vigo.

"Este serviço numa primeira fase foi co-financiado por nós, mas agora o mercado tem conseguido suportá-lo uma vez que a procura dos passageiros galegos tem sido crescente", reforçou o gestor operacional.

Em hora e meia de viagem e por dez euros, os galegos têm acesso a 22 rotas internacionais que não estão disponíveis em nenhum dos três aeroportos galegos (Vigo, Corunha e Santiago de Compostela), como as ligações directas com o Brasil (Rio de Janeiro e São Paulo), Estados Unidos (Nova Iorque), Venezuela (Caracas) e Suíça (Genebra, Basileia e Zurique).

Para estar mais perto dos clientes galegos, o Sá Carneiro criou a página da Internet www.voyporoporto.com onde são disponibilizadas informações, em espanhol, sobre os voos, de como chegar ao aeroporto e as novas rotas.

Mal se entra na página, o Aeroporto do Porto dá conta do seu último trunfo face aos concorrentes galegos: a inauguração da base da Ryanair e o lançamento de três novos destinos - Dusseldorf, Baden-Baden e Faro -, totalizando já 22 rotas de baixo custo, através da companhia aérea irlandesa.

Ainda a pensar nos clientes do país vizinho, o Aeroporto do Porto criou uma sala de espera com canais de televisão e jornais galegos para que os cerca de 450.000 clientes anuais se sintam em casa, onde se podem ler "o aeropuerto de todolos galegos".

O Aeroporto do Porto registou, em 2008, um total de 4,5 milhões de passageiros e 56 mil movimentos, operando actualmente 51 destinos oferecidos por 13 companhias aéreas.

Segundo dados da ANA - Aeroportos de Portugal, que gere os aeroportos portugueses, entre 2004 e 2008 o tráfego de passageiros no Sá Carneiro aumentou 54 por cento e o número de movimentos subiu 28 por cento.

Fonte: Jennifer Mota (Agência Lusa) via Destak.pt - Foto: António Rilo/Destak

Os gastos com diárias dos três poderes

De janeiro a julho de 2009

Entre janeiro e maio foram gastos R$ 8,1 milhões com viagens do presidente da República. O valor inclui passagens no país e no exterior, diárias no país e no exterior e meios de transporte. Nesse total, estão as despesas do gabinete pessoal de Lula, da Casa Civil, da Secretaria-Geral, da Secretaria de Relações Institucionais, da Secretaria de Comunicação Social, da Secretaria de Assuntos Estratégicos e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). No ano passado, no mesmo período, o gasto foi de R$ 8,7 milhões.

Os gastos com cartão corporativo da Presidência duplicaram em 2009, se comparados com o ano anterior. Até o final de julho foram torrados R$ 34.975.225,45, dos quais R$ 15.721.590,91 foram "despesas secretas" (OESP, 17/08/09).

Fonte: Félix Maier (Mídia Sem Máscara)

Uma gigante em crise

Vai decolar?

Após obter crédito de US$ 2,9 bilhões, a American Airlines refaz estratégia de negócios e vai às compras

Uma gigante em crise: a empresa perdeu US$ 390 milhões no primeiro semestre e enfrenta o momento mais difícil de sua história
Foto: Tony Gutierrez (AP)

A Companhia Aérea americana American Airlines vive um dos períodos mais desafiadores de seus 79 anos de existência. Devido à alta do preço do petróleo e à crise financeira, que reduziu a ocupação dos voos, a empresa se viu outra vez em maus lençóis. A mais recente foi em 2001, com os atentados de 11 de Setembro e seu quase pedido de concordata. Em 2008, reduziu rotas, demitiu 6.500 funcionários e contabilizou perdas superiores a US$ 1 bilhão.

Em 2009, o balanço continua no vermelho (prejuízos de US$ 390 milhões no último trimestre), mas um acordo assinado há alguns dias em sua sede localizada na cidade de Fort Worth, no Texas (Estados Unidos), pode significar a retomada de uma gigante que chegou a ser a número 1 do mundo, posição ocupada agora pela também americana Delta. A American firmou um pacote de financiamento com a General Electric (GE) e o Citigroup que vai garantir a liberação de US$ 2,9 bilhões, montante que assegura uma liquidez imediata para uma corporação que enfrenta problemas para honrar seus compromissos financeiros.

Frizzel, da American Airlines: "O dinheiro vai ajudar a empresa a recuperar a liderença mundial"

"Com esse crédito, passamos a ser uma empresa muito mais forte", disse à DINHEIRO Roger Frizzel, diretor institucional da companhia, em entrevista concedida no dia do anúncio da parceria. O reforço de caixa aumentará em breve. A AMR Corp, controladora da companhia, anunciou que fará uma emissão de US$ 250 milhões em notas conversíveis em ações.

Embora não a confirme oficialmente, analistas acreditam que o destino do dinheiro já foi definido: a aquisição de uma fatia minoritária da companhia aérea japonesa Japan Airlines (JAL), também em crise. Ambas possuem um acordo de compartilhamento de voos desde os anos 90 e, segundo fontes do mercado, as negociações para a compra de parte da JAL se desenrolam há um mês. Se concretizada, a aliança permitirá à American ter maior presença na Ásia, território em que a concorrente Delta é mais forte (entre as aéreas americanas, a American ocupa o terceiro lugar em presença na Ásia). Frizzel confirma o interesse de sua empresa pela JAl. "Ainda estamos em negociação e acreditamos que a American seja a melhor escolha para ser parceira da Japan Airlines", diz o diretor. A companhia tem pressa em assinar o contrato. Nos últimos dias, a Delta teria entrado na briga para se associar à japonesa.

Segundo o executivo Frizzel, o dinheiro captado junto à GE e ao Citigroup também será utilizado para reforçar a qualidade dos serviços oferecidos pela companhia. O objetivo é melhorar especialmente a classe executiva e a primeira classe. "Sempre tivemos como foco os clientes premium, mas, infelizmente, perdemos isso", diz o diretor da empresa. "Agora teremos a oportunidade de recuperar esses consumidores." As pessoas que compram as passagens mais baratas, da classe econômica, continuarão pagando tarifas extras por qualquer serviço oferecido durante o voo. Refeições já são cobradas em viagens domésticas e, nas rotas para a Europa, os passageiros pagam taxas para cada item extra da bagagem. "Nesse momento, não ganhamos dinheiro com o valor das passagens que vendemos", diz Frizzel. "Nossos preços continuam praticamente os mesmos de 2000 e o consumidor não aceita pagar mais." Para fechar essa conta, a American quer faturar com as vendas online e upgrades para classes superiores, além da oferta de produtos a bordo.

No Brasil, a companhia inaugurou três rotas em 2008 e não há previsão de novos destinos nos próximos meses. "O Brasil é um dos mais importantes para o nosso negócio e, por isso mesmo, estamos de olho em oportunidades", afirma Frizzel.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

Queda de helicóptero deixa três mortos no Peru

Os três ocupantes de um helicóptero que foi tido como desaparecido na quinta-feira passada (1º) no sudeste do Peru foram encontrados mortos por militares, afirmaram no domingo autoridades locais.

Equipe de resgate da Força Aérea encontrou os corpos e a aeronave, da empresa Air Coyote, na zona onde contatou a torre de controle pela última vez, na Província de Convención, Departamento (Estado) de Cusco, a cerca de 700 km de Lima.

As causas do acidente serão investigadas, afirmou o policial Raúl Luque. As vítimas são o piloto, um mecânico e um executivo da Air Coyote, todos peruanos.

Fonte: France Presse via Folha Online

domingo, 4 de outubro de 2009

Foto do Dia

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De longe, uma incrível decolagem do Aeroporto Internacional Mariscal Sucre (UIO/SEQU), localizado em Quito, capital do Equador, com forte vento cruzado tirando do eixo da pista o Boeing 747-2U3B(SF), prefixo N923FT, da TradeWinds Airlines. À esquerda, alguns fotógrafos registram a imagem.

Foto: Stefano Rota - Ecuadorian Spotters (JetPhotos)

Especialista vê "burrice" em estudo da Anac sobre acidentes

O relatório de segurança de voo da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que coloca o índice de acidentes fatais na aviação regular do Brasil quatro vezes acima da média mundial é contestado por especialistas. O diretor de segurança de voo do sindicato dos aeronautas no País, Carlos Camacho, afirma que o resultado representa uma "deformação estatística".

De acordo com o Relatório Anual de Segurança Operacional, enquanto o indíce de acidentes com mortes no País foi de 1,76 em 2008, a média internacional foi 0,4 para cada 1 milhão de voos no mesmo período. A Organização de Aviação Civil Internacional (Icao, na sigla em inglês) indica como "aceitável" um índice até duas vezes maior que a média mundial, hoje em 0,4.

Acidentes como o da Gol, em 2006, e da Tam, em 2007 - com 353 mortes somadas -, pioraram o índice brasileiro. "Foram estes dois acidentes que deformaram o resultado, mas o Brasil ainda está bem abaixo da média mundial", afirmou. O aeronauta acredita que o País está "dentro dos padrões" da segurança aérea internacional e tende a melhorar.

O ex-ministro da Aeronáutica, brigadeiro Mauro Gandra, foi mais duro em suas críticas. Ele questionou o critério dos dados da Anac. "É uma das maiores burrices que já foram feitas. Devem ser consideradas apenas aeronaves de médio e grande porte, nunca helicópteros. Misturaram alhos com bugalhos", disse.

O gerente-geral de Análise e Pesquisa de Segurança Operacional da Anac, Ricardo Senra, defende o relatório dizendo que a média histórica realmente teve seu valor "majorado" quando ocorrem acidentes fatais no período analisado. "Se avançarmos um ano, compondo o período 2001-2008, o indicador cai de 2,06 para 1,76.

Senra afirma ainda que o setor de helicópteros é "parte importante da aviação civil brasileira" e que apresenta "um forte crescimento", merecendo especial atenção por parte da Anac.

Fonte: Terra

Preço de ponte aérea tem diferença de 662%

Considerada a rota mais rentável da aviação brasileira e disputada pelas empresas, a ponte aérea Rio-São Paulo apresenta diferenças de até 662% nos preços das tarifas.

Tamanha variação é explicada pela antecedência de compra, pelo horário da viagem e pelo tipo da passagem adquirida, que, muitas vezes, tem restrições de uso. Dependendo dos aeroportos de origem e destino, o valor também oscila. Assim, pesquisar é a palavra de ordem para quem pode programar a viagem, afirmam especialistas e as próprias empresas.

A diferença de 662%, o equivalente a R$ 523, foi encontrada em uma pesquisa realizada sexta-feira pelo "O Globo" para a rota Galeão (Tom Jobim)-Congonhas, com partida no dia 9 e retorno no dia 13 deste mês. A tarifa mais barata dessa rota é a da Gol, de R$ 79, de São Paulo para o Rio, às 8h30m. A mais cara para o mesmo destino é a da TAM: R$ 602, para ida ou volta.

As tarifas promocionais, como a oferecida pela Gol, representam uma pequena parcela dos assentos do aviões. As mais caras permitem o uso do bilhete a qualquer momento e são ideais para executivos que viajam sem planejamento prévio. Esses bilhetes não têm custo na remarcação de horários ou dias. Outra recomendação é evitar os horários entre 6h e 9h e após as 17h.

Apesar de o domínio da ponte aérea ser de TAM e Gol, vale olhar preços e horários de outras empresas, como a Webjet, que cobra R$ 110 a tarifa mais barata na rota Santos Dumont-Guarulhos para o dia 9, e R$ 85 se o bilhete for comprado para novembro. Já a OceanAir tem tarifas de R$ 97 em apenas dois horários para 9 de outubro, e de R$ 81 em vários horários para o mesmo dia de novembro.

Fonte: O Globo

Pioneirismo feminino na segurança aérea do Rio

Duas oficiais são as primeiras mulheres da PM a concluir curso de piloto de aeronaves

Daniela (E) e Raquel são as primeiras mulheres da PM do Rio que se formaram como pilotos de aeronaves

O Grupamento Aéreo e Marítimo (GAM) da Polícia Militar ganhou ontem um pouco de charme feminino. Dos 18 alunos que passaram pelo Curso Teórico de Piloto Privado e Comercial, duas são oficiais da PM: Daniela Rhaddour, 25 anos, e Raquel Ventura, 26. Depois de rigorosas provas escritas e exames físicos, elas se tornaram as primeiras mulheres aptas a conduzir as aeronaves da unidade, criada em 2002.

A frota do GAM é de dois aviões e três helicópteros. A formatura aconteceu ontem de manhã no Hangar do grupamento, em Niterói, onde foram realizadas demonstrações de atividades de intervenção tática com tropa. Além das duas oficiais, participaram também do curso, ministrado pela Escola de Aviação da PM (EsAv), mais dez oficiais da PM do Rio, sete oficiais da Polícia Militar de Tocantins e um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O curso durou oito meses. Nesse período, os alunos tiveram aulas de navegação aérea, meteorologia aeronáutica, teoria de voo, regulamentos de tráfego aéreo e conhecimentos técnicos das aeronaves — todas as disciplinas obrigatórias para o curso de formação de pilotos, por exigência da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Os exames médicos e psicotécnicos foram aplicados por profissionais do Centro de Medicina Aeroespacial do Comando da Aeronáutica.

COPA DO MUNDO E OLIMPÍADA

Segundo a PM, a instituição tem investido na formação de novos pilotos e em tecnologia não apenas para agir no combate à criminalidade. A corporação já está se preparando também para garantir a segurança durante as duas maiores competições internacionais das quais o Rio será sede: a Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016.

O GAM — unidade subordinada ao Batalhão de Operações Especiais (Bope) — passou a contar com a EsAv, em 2006. O objetivo inicial foi formar os pilotos que atuaram durante os Jogos Pan-Americanos, em 2007.

Fonte: O Dia Online - Foto: Divulgação

Aeroporto regional de Jaguaruna (SC), um aeroporto para 2010

Terminal de cargas do aeroporto regional ficará pronto em até quatro meses

Pelo ritmo das obras parece mesmo que em dezembro de 2010 o aeroporto regional de Jaguaruna estará pronto, talvez em operação, segundo a Associação Comercial e Industrial de Tubarão (Acit).

Esse empreendimento teve capítulos de novela mexicana: primeiro foi a escola do local mais adequado, depois a resistência de parte da comunidade empresarial de Criciúma que preferia o aeroporto Diomício Freitas (Forquilhinha), em seguida veio a problemática desapropriação de terras, depois a demora na construção da pista, demora na elaboração dos projetos da etapa seguinte...

Agora está em construção o terminal de passageiros e pelo que pude ver tudo está em ordem e os operários trabalhando em ritmo acelerado.

As coisas seguem por um caminho teoricamente promissor em nossa região. A BR-101 já está duplicada em algumas partes, o aeroporto ficará pronto em 2010, o porto de Imbituba está construindo um grande terminal de contêineres e as praias atraem turistas de toda parte.

Em Imbituba o turismo de observação de baleias está em crescimento, as águas termais de Tubarão e Gravatal também fazem sucesso e na região de Braço do Norte a suinocultura e indústria da moldura geram milhares de empregos e renda.

Potencial econômico a região tem, vamos ver se o Poder Público e empresários conseguem fazer esse trem andar. E de preferência em alta velocidade.

Fonte e foto: Marcelo Becker (Diário do Litoral Sul)

Pilotos e tripulantes europeus alertam para os riscos da fadiga na profissão

Pilotos e tripulantes de cabine portugueses juntam-se segunda-feira a uma iniciativa europeia que pretende chamar a atenção para os riscos da fadiga na actividade destes profissionais.

"Vamos distribuir aos passageiros em Lisboa, no aeroporto da Portela, um 'faxsimile' de um bilhete de avião, no qual estão informações sobre os motivos desta contestação que une pilotos e tripulantes de cabine em toda a Europa", disse à Lusa fonte da organização da iniciativa.

Organizada pelas associações europeias ECA (pilotos) e EFT (tripulantes de cabine), a acção visa lutar contra aquilo que consideram ser a "apatia" da Comissão Europeia face as estudos que comprovam os riscos da actual legislação referente aos tempos de utilização destes profissionais.

Fonte: Agência Lusa via Expresso

Navegantes não terá novos voos

Aeroporto tem quatro carros contra incêndio, mas apenas cinco bombeiros, quando seriam necessários entre oito e nove

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciou que não irá mais aprovar novos voos nem aumentar a frequência de aeronaves no Aeroporto Internacional Ministro Victor Konder, em Navegantes.

O parecer negativo da agência é para todas as aeronaves cujo nível de proteção contra incêndio seja superior a cinco, o que corresponde a todos os voos das três principais operadoras que atuam em Navegantes: TAM, Gol e Azul.

O superintendente da Infraero, Marcos das Neves, que administra o aeroporto, afirmou que ainda não recebeu informação a respeito da decisão da Anac e que o nível de proteção foi rebaixado para cinco em fevereiro. Isso porque o local deveria contar com oito a nove bombeiros por dia, conforme prevê a agência reguladora, mas atualmente possui cinco.

– Não fomos informados oficialmente e precisamos dessa certeza para tentar, mais uma vez, o aumento de efetivo junto ao governo do Estado. Já tivemos informações de que uma operadora solicitou novas linhas e a Anac negou, mas não temos nada oficial – explicou.

Companhias deslocarão as linhas para outras cidades

De acordo com Neves, quando a empresa solicita novas linhas, o pedido deve ser feito primeiramente para a Anac. Se for autorizado pela agência, ele chega ao conhecimento da administração do aeroporto. A Gol teria solicitado novos voos para Navegantes e a Anac teria negado.

– Quem perde é a região, já que uma vez negado o pedido para cá, a operadora deslocará a linha para Florianópolis, Joinville ou Curitiba.

O convênio entre o Aeroporto de Navegantes e o governo de SC, que disponibiliza os bombeiros, termina no final do ano, mas existe encaminhamento para que o serviço seja terceirizado. Até que ocorra a terceirização, um acordo entre as partes foi feito para que o efetivo seja mantido.

Fonte: Fernando Arruda (Diário Catarinense)

Pilotos e empresas prometem lutar pelo Campo de Marte

Entidades que representam pilotos e empresas de aviação com sede no Campo de Marte, zona norte, o mais antigo aeroporto paulistano, prometem partir para a briga para tentar barrar a transformação do espaço na estação paulistana do trem de alta velocidade (TAV), São Paulo-Rio. O edital de licitação do TAV deve ser lançado no fim do mês, após o término da consulta pública. Especialistas avaliam que a obra, a ser 70% custeada com dinheiro público, não ficará pronta a tempo da Copa do Mundo de 2014, somente para os Jogos Olímpicos, em 2016.

Hoje as duas principais entidades, a Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag) e a Associação dos Concessionários, Empresas Aeronáuticas e Usuários do Campo de Marte (Acecam), fazem uma reunião que deve definir um plano de ação contra a proposta federal, de reduzir o local a um heliponto, para liberar espaço para a estação e pátios de manobras do TAV. Não estão descartadas ações na Justiça e no Ministério Público contra a proposta.

Há consenso de que o governo está "esquecendo" do principal setor interessado: a aviação geral. "É equívoco sem tamanho transformar o aeroporto em heliponto, mais um dos 480 da capital Estamos falando da paralisação dos negócios", diz o comandante Ricardo Nogueira, vice-presidente da Abag. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deve se pronunciar sobre após a consulta pública sobre o TAV, que termina no dia 15. Mas o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse na semana passada que o "destino de Marte deve ser os helicópteros".

Segundo Nogueira, aeronaves, hangares e empresas, se "despejados" de Marte, o quinto maior aeroporto do País em movimento (atrás de Cumbica, Congonhas, Santos Dumont e Galeão) não terão para onde ir. Atuando no limite, com 283 operações de pousos e decolagens por dia em 2008 (ano em que registrou 103 mil movimentos), o Marte foi o aeroporto que absorveu praticamente todo o movimento de pequenos aviões e helicópteros após o acidente com o A320 da TAM em Congonhas, em 2007, onde as operações de pequenas aeronaves foram limitadas de dez para quatro por hora.

"O Aeroporto Internacional de Guarulhos não tem vocação para essa atividade e nem espaço para recebê-la", diz o piloto. Pequenos jatos e turboélices particulares descem lá caso haja cancelamento de voos por parte das grandes empresas aéreas. "Outras opções não existem: Jundiaí tem pistas e terminal saturados; Campinas, Viracopos e Campos dos Amarais não têm estruturas específicas. O aeroporto de Sorocaba, idem. E São José dos Campos é longe". O Campo de Marte foi selecionado em agosto pela ANTT para sediar a estação paulistana do TAV - obra que custará R$ 34,6 bilhões - em detrimento de outra opção, o Terminal Barra Funda, que não teria espaço para abrigar os pátios dos trens.

Fonte: AE via Cruzeiro On Line - Foto: usp.br

Problemas no Aeroporto de Joinville (SC)

Com poucas opções e restrições a voos, movimento encolhe no aeroporto de Joinville

Entre a esperança e a realidade

A Infraero é otimista e acredita que os problemas com os voos no aeroporto de Joinville podem se reverter nos proximos meses, trazendo de volta o passageiro que está viajando por Curitiba. “Com o corte das árvores e o tempo colaborando, teremos uma melhora gradual no movimento”, diz o superintendente regional da Infraero, Sérgio Santiago Ribeiro.

A realidade é outra. A situação de 2000 (veja abaixo evolução do movimento), quando quatro companhias chegavam à cidade e havia voos para dez cidades, está bem distante. Além de depender da liberação da Aeronáutica tão cedo não há possibilidade de novos voos para a cidade.

Joinville está, no momento, fora dos planos da Trip e da Azul, as empresas que mais estão crescendo no País. TAM e Gol que voam para a mais populosa cidade catarinense não têm expectativas de ampliar o número de frequências. O argumento é que a cidade sempre esteve com a oferta de voos adequada à demana,

Ao mesmo tempo, o movimento cresce em cidades da região Sul, com perfil parecido ao de Joinville. As operações em Londrina cresceram 2,65% nos oito primeiros meses do ano, comparativamente ao mesmo período de 2008, mesmo contando com um forte concorrente a 100 quilômetros (Maringa).

O fluxo de passageiros em Navegantes, que serve a Blumenau e Itajaí, aumentou 29,43%. Em um raio de 100 quilômetros, há outros dois aeroportos: Joinville e Florianópolis.

A concorrência com Curitiba preocupa Ribeiro. Há alguns meses foi encomendado um estudo para saber quantos passageiros o terminal perde para Curitiba. De acordo com o superintendente, o trabalho foi suspenso por causa do problema do corte das árvores.

“Primeiro vamos resolver este assunto”, diz. Com as questões estruturais resolvidas e a liberação de toda a pista, Ribeiro acredita que fica afastado o risco de eventuais desculpas das empresas aéreas.

E os passageiros?

Com poucas opções e restrições a voos, movimento encolhe no aeroporto de JoinvilleA maioria dos aeroportos brasileiros está mais movimentada. Os aviões estão partindo mais cheios. Mas, em Joinville, a situação é a inversa.

No ano, até agosto – um mês antes de a Aeronáutica proibir o pouso de aeronaves à noite e com tempo chuvoso – passaram 149,3 mil passageiros, entre os que embarcavam e desembarcavam pelo terminal local. É uma queda de 14,63%, em relação a 2008, segundo a Infraero. No País, o movimento cresceu 5,01% (veja gráfico abaixo).

A determinação da Aeronáutica em suspender voos noturnos por conta da falta de poda nas árvores no entorno da pista acentuou ainda mais o problema. Hoje, partem três voos pela manhã e um no início da tarde para o aeroporto de Congonhas. Em 2000, eram oito frequências diárias.

A melhor saída, por enquanto, é Curitiba. A consultora Ivonette Cardozo é uma das moradoras de Joinville que encontra problemas. “Temos muitas empresas de grande porte e um aeroporto que não funciona. “Para ela, enquanto os horários de voos não forem normalizados, a solução será recorrer à capital paranaense para poder chegar nos compromissos fora da cidade.

O empresário Ricardo Vogelsanger viaja com frequência para São Paulo e Porto Alegre e, além de ter de conciliar a agenda de compromissos com a dos clientes, precisa ficar atento aos horários dos voos que partem e chegam a Joinville. “Quando tenho que marcar uma reunião em São Paulo perco o dia todo mesmo que o compromisso dure apenas uma hora.”

Uma das soluções encontrada por ele e por muitos que usam o terminal como ponto de partida é seguir até Curitiba e voar por lá. “O valor das passagens são muito mais interessantes, o que é um diferencial bem significativo. Mesmo com o combustível, tarifa de estacionamento e uma hora de viagem a mais, ainda vale a pena.”

Quem também se sente prejudicado pela situação do aeroporto é o consultor Pedro Mandelli. Morador de Joinville, ele tem um escritório em São Paulo e usa o terminal pelo menos duas vezes por semana. Se o destino é ir para outros Estados, ele nem pensa duas vezes e embarca direto por Curitiba. “O problema dos voos diurnos está na incerteza do tempo. Tenho negócios e não posso ficar a mercê disso”, explica.

Clique e veja (em .pdf):

Os problemas

Embarques pelo Aeroporto de Joinville

Movimento nos Aeroportos

Fonte: Ana Paula Fanton (A Notícia)

Crianças carentes voam pela primeira vez em Carazinho (RS)

Ação ocorreu em parceria da FAB com o Aeroclube local

Crianças de Carazinho andaram pela primeira vez de avião neste final de semana

Crianças que participam de projetos sociais em Carazinho, no norte do Estado, tiveram a chance de voar pela primeira vez neste final de semana. Uma parceria entre o Aeroclube local e a Força Aéra Brasileira (FAB) levou 104 delas para seu primeiro voo.

Durante toda a tarde de sábado, um avião Brasília da FAB realizou sobrevoos sobre as redondezas da zona urbana do município. Com duração de 20 minutos, os passeios emocionaram a turma que viu o mundo do alto. Foram quatro viagens para levar todos os participantes.

Fonte: Leandro Belles (Zero Hora) - Foto: Jean Pimentel

Novo relatório aponta sondas Pitot como causa do acidente do voo Rio-Paris

As sondas Pitot, que medem a velocidade, provocaram o acidente do voo AF447 entre Rio de Janeiro e Paris, afirma um sindidato de pilotos após uma nova investigação que terá os resultados anunciados nesta semana à justiça, informa o jornal francês Journal du Dimanche (JDD).

O Bureau de Investigações e Análises (BEA), responsável pela investigação técnica na França da tragédia do Airbus A330, que matou 228 pessoas em 1º de junho entre Rio e Paris, afirmou em suas primeiras conclusões em 2 de julho que uma falha das sondas Pitot era "um elemento, mas não a causa do acidente".

No relatório, dois pilotos, Gérard Arnoux, comandante de bordo em aviões A320 e presidente do Sindicato de Pilotos da Air France (SPAF), e Henri Marnet-Cornus, também comandante de A330, já aposentado, afirmam que o acidente "sem dúvida poderia ter sido evitado".

"Tal acontecimento não se resume a uma causa única. Mas é uma verdade incontestável que devemos repetir sem cessar: sem a falha das sondas Pitot, o acidente não teria acontecido", afirmou Arnoux em entrevista ao JDD, que dedica a primeira página ao relatório.

As sondas Pitot, que forneceram dados incoerentes no caso do AF447, permitem ao piloto controlar a velocidade do avião, um elemento crucial para o equilíbrio do voo.

"O BEA tenta minimizar o papel desempenhado pelas Pitot porque não fez as fiscalizações que as leis e regulamentos exigem, pelo menos desde o alerta feito pelo seu equivalente alemão em 1999 e, de qualquer modo, desde os incidentes de 2008", completou Arnoux.

Em uma nota interna divulgada em junho aos pilotos, a Air France registrou nove incidentes com sondas Pitot congeladas entre maio de 2008 e março de 2009, oito deles em aviões de longo alcance A340 e um em uma aeronave A330.

"Todos subestimaram o problema das sondas", conclui Arnoux.

Fonte: AFP

FAB quer cocluir neste mês relatório sobre caças

Na sexta, as três empresas apresentaram as melhorias de suas propostas, reabertas no dia 8 de setembro

O Comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, afirmou na manhã deste domingo, 4, que até o final de outubro a Comissão Gerencial do Projeto F-X2, deverá concluir os trabalhos de avaliação das propostas enviadas pelas empresas concorrentes à venda dos caças para a Força Aérea Brasileira. "Pretendemos concluir até o final de outubro", disse o comandante, referindo-se à finalização do relatório da comissão apontando qual a melhor opção entre o F-18, SUPERHORNET, da BOEING, o RAFALE, da Dassault e o GRIPEN NG, da SAAB. "Se Deus quiser até lá teremos o relatório final", comentou. As declarações do comandante foram dadas à imprensa, ao final da cerimônia de troca da bandeira, na praça dos Três Poderes.

Na última sexta-feira, as três empresas apresentaram as melhorias de suas propostas, reabertas no dia oito de setembro, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reunião com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, no dia sete de setembro, ter classificado a França como "parceiro estratégico" e ter anunciado a abertura das negociações com a Dassault. Diante do problema criado, com insatisfação das demais concorrentes, já que o processo de avaliação técnica da FAB ainda estava em curso, o governo resolveu abrir um novo prazo com a possibilidade de todas as empresas apresentarem melhorias em suas ofertas.

Com as antigas e novas propostas em mãos, a comissão da FAB, composta por mais de 60 especialistas em diversas áreas,e presidida pelo brigadeiro Dirceu Nôro,fará uma nova avaliação e irá elaborar o relatório final de análise técnica das aeronaves concorrentes. Este relatório, então, será apresentados aos Oficiais Generais integrantes do Alto Comando da Aeronáutica. Em seguida, a Aeronáutica encaminhará seu relatório ao Ministério da Defesa, que o entregará ao presidente da República.

O brigadeiro Juniti Saito acredita que o presidente Lula deverá convocar, então, o Conselho de Defesa para definir a questão. Mas Lula já manifestou a sua preferência estratégica pelo caça francês, embora tenha se queixado diretamente a Sarkozy do preço do avião, pedindo que ele fosse objeto de revisão. O relatório de análise técnica, no entanto, é pautado pela valorização dos aspectos comerciais, técnicos, operacionais, logísticos, industriais, compensação comercial (Offset) e transferência de tecnologia.

Fonte: Tânia Monteiro (O Estado de S. Paulo)