segunda-feira, 29 de junho de 2009

Mais de 30 mortos em ataques aéreos nas zonas tribais do Paquistão

Os bombardeios do Exército e os confrontos com os talibãs se intensificaram nas últimas 24 horas no noroeste do Paquistão, principalmente nas zonas tribais, deixando pelo menos 27 insurgentes e cinco civis mortos, de acordo com as autoridades locais.

A aviação paquistanesa continuou bombardeando os distritos tribais do Waziristão do Norte e do Sul, redutos do chefe talibã Baitulah Mehsud, contra o qual o Exército anuncia há várias semanas uma ofensiva iminente.

Nenhum dos balanços fornecidos pelas autoridades pôde ser verificado com uma fonte independente.

Fonte: AFP

Comunicação sobre acidente com voo AF447 é alvo de críticas

A comunicação de informações relativas à investigação sobre o acidente com o vôo 447 da Air France entre Rio e Paris vem sendo criticada no Brasil e na França por uma parte da comunidade aeronáutica e das famílias das vítimas, para as quais a Air France e o BEA vêm minimizando a responsabilidade das sondas Pitot na catástrofe.

O Escritório de Investigações e Análises (BEA, na sigla em francês), que até agora deixou vazar poucos elementos sobre o avanço das investigações, vai divulgar na quinta-feira um primeiro relatório sobre a investigação, um mês após o acidente. O Airbus A330 da Air France caiu no oceano Atlântico em 31 de maio, deixando 228 mortos, dos quais 72 franceses.

"Todas as respostas serão fornecidas a partir do momento em que estiverem disponíveis. Os únicos elementos sobre os quais podemos nos basear são os que levamos a público", repetiu o presidente do BEA, Paul-Louis Arslanian, precavendo-se contra "aqueles que constroem explicações com base nesse conjunto instável".

O site da Internet Eurocockpit (www.eurocockpit.com), alimentado por pilotos, mecânicos, funcionários de navegação e controladores aéreos, propôs diversas explicações.

Com base nas 24 mensagens do sistema automático (Acars) transmitidas nos últimos quatro minutos de vôo do A330 e que o site diz ter recuperado, ele afirma que não há dúvida alguma quanto ao fato de que o congelamento das sondas Pitot tornou a aeronave impossível de pilotar à noite e numa zona de tempestade.

As mensagens Acars não foram divulgadas na íntegra pela BEA. Numa coletiva de imprensa dada em 6 de junho, Paul-Louis Arslanian mostrou apenas extratos das mensagens, que podiam ser interpretados de diversas maneiras.

INCOERÊNCIA NAS VELOCIDADES

A análise dessas mensagens, diz o BEA, indica realmente uma "incoerência nas diferentes velocidades medidas", mas esta não seria forçosamente uma causa do acidente.

A Air France e a Airbus descartaram a tese das sondas Pitot em suas intervenções sobre o assunto. O diretor geral da Air France, Pierre-Henri Gourgeon, "não está convencido" de que elas tenham tido envolvimento no acidente.

"O problema das sondas não pressagia as causas reais do acidente", diz seu homólogo da Airbus, Fabrice Brégier.

Para a BEA, a tempestade atravessada pelo A330 entre o Rio de Janeiro e Paris é um elemento tão válido quanto a perda de informações sobre a velocidade, porque foi "confirmado".

As condições meteorológicas "muito difíceis" foram mencionadas por Arslanian desde 3 de junho e lembradas em cada encontro com a imprensa.

Esse elemento é igualmente citado pelo diretor do Museu do Ar e do Espaço de Le Bourget, Gerard Feldzer, em artigo publicado no Le Monde em 14 de junho.

"Como e quando o avião entrou nessa tempestade?", perguntou o ex-comandante de bordo e instrutor de Airbus na Air France. Os tubos Pitot "não podem explicar sozinhos as razões da tragédia", ele acrescentou.

Menos de dez horas após o acidente, a Air France, através de seu diretor de comunicação, aventou a probabilidade de um relâmpago ter atingido o avião. Os sindicatos de pilotos lembram que nenhum acidente na história da aviação civil foi atribuído a um relâmpago e que um avião é atingido por relâmpago em média uma vez a cada 1.500 horas de vôo.

Em 6 de junho, depois de fazer uma análise da situação na zona no momento da passagem do avião, a Météo France declarou que as condições meteorológicas gerais tinham sido "normais para um mês de junho".

Um meteorologista norte-americano, Tim Vazques (www.weathergraphics.com/tim/af447) observou que nenhum clarão de relâmpago foi observado na zona, e o mesmo foi dito por um co-piloto do vôo AF459 de São Paulo a Paris que passou pelo local 20 minutos após o AF447.

O comandante desse vôo disse ao Le Figaro que "os mapas por satélite indicavam uma zona de tempestade, mas nada de preocupante". Para evitar uma massa de nuvens particularmente ativa, ele precisou, entretanto, manipular seu radar, coisa que nem todos os pilotos fazem sistematicamente.

"FILTRAGEM" DAS INFORMAÇÕES

Quando, após as primeiras análises das mensagens automáticas, a Airbus lembrou os procedimentos a serem seguidos quando as indicações de velocidade contêm erros, os pilotos se revoltaram. Esse lembrete foi visto como um questionamento da atuação do comandante do vôo AF447.

O sindicato minoritário Alter exigiu a substituição das sondas Pitot em todos os aviões A330 e A340, o que foi feito muito rapidamente pela Air France, mas sem comunicar o fato ao sindicato ou à imprensa. O Alter e a mídia tomaram conhecimento da substituição das sondas pelo sindicato majoritário dos pilotos, o SNPL.

Um dos advogados da associação de famílias das vítimas disse que as famílias não estão chocadas com a escassez de informações divulgadas sobre a investigação, mas com a falta de acompanhamento psicológico.

"Posso compreender o fato de o BEA não divulgar informações. Posso compreender as tentativas de fazer com que isso não tenha desdobramentos comerciais. Humanamente, porém, não houve apoio", disse o advogado Sylvain Maier.

Stéphanie Bottai, advogada da primeira família a ter aberto uma ação cível, afirma que "certas famílias de vítimas sentem que nem toda a verdade vem sendo dita" e "constatam uma manifesta filtragem das informações".

Fonte: Clément Guillou (Reuters/Brasil Online) via O Globo

Air France tem até amanhã para antecipar indenização a família de vítima de voo 447

A Air France tem até esta terça-feira (30) para depositar o valor de 30 salários mínimos - R$ 13.950 - mensais para a mulher e filhos do engenheiro Walter Nascimento Carrilho Junior, 42, morto no acidente com o Airbus da empresa, o dia 31 de maio deste ano. O avião transportava 228 pessoas quando caiu no oceano atlântico.

Veja nomes de passageiros que estavam no avião

A decisão é do juiz Magno Alves de Assunção, da 28ª Vara Cível do Rio, divulgada no último dia 17. Ele acatou parcialmente o pedido de antecipação da quantia, feito pela viúva em seu nome e de três filhos menores de idade. Caso a companhia aérea descumpra a decisão, válida até o julgamento final da ação, está sujeita à multa diária de R$ 1.000. A empresa já foi intimada e não apresentou recurso, de acordo com o TJ (Tribunal de Justiça).

Segundo o tribunal, os 30 salários mínimos foram calculados com base na renda bruta mensal da vítima e deverão ser disponibilizados para os autores por 24 meses, por meio de depósito judicial mensal. Na ação, a viúva alega que ela e os filhos dependiam financeiramente do engenheiro para despesas domésticas, entre elas, o pagamento de mensalidades escolares. Também foi anexado ao processo um laudo de psiquiatra que conclui que ela e os filhos têm necessidade de tratamento pelo período inicial de dois anos.

"Não havendo dúvida de que a vítima ingressara no avião da empresa ré [Air France], que se obrigou a prestar o serviço de transporte, daí porque se aplicam, além dos dispositivos do Código Civil, as normas do Código de Defesa do Consumidor", disse o juiz.

A primeira audiência entre a companhia e a família de Walter Carrilho foi designada para o dia 30 de julho de 2009. Segundo o TJ, a decisão aceita recurso.

Fonte: Folha Online

Aniversário da Apollo 11 inspira Moonbounce

Operadores de rádio e astrônomos amadores passaram o fim de semana conversando por mensagens que chegavam até a Lua, para comemorar os 40 anos da aterrissagem da Apollo 11.


Vista da Lua: átomos de mensagens atingiam superfície lunar e voltavam à Terra


Embora tenham conseguido se comunicar claramente por muitas horas, os participantes da comemoração tiveram que ser pacientes. Demora aproximadamente dois segundos e meio para um sinal de rádio chegar até a Lua e ser retransmitido a outro local na Terra, por isso as respostas só chegavam ao destinatário após no mínimo cinco segundos.

Organizado há poucos meses por australianos e americanos amantes da ciência, o Moonbounce terminou no domingo após 24 horas e com a esperança de se tornar um evento anual.

Segundo Robert Brand, um dos idealizadores da comemoração, o Moonbounce reuniu centenas de operadores de rádio de diferentes países.

Inicialmente o evento foi programado para acontecer na data do aniversário de 40 anos da aterrissagem da nave espacial Apollo 11 na Lua, no próximo dia 20 de julho. Entretanto, como a Lua não orbita ao redor da linha do Equador, este final de semana foi o mais adequado para o evento por razões práticas.

Um dos participantes do Moonbounce foi Bill Anders, astronauta da tripulação da Apollo 8, um dos primeiros homens a ir ao espaço e autor da famosa foto da Terra conhecida como "Earthrise".

Apesar de a maioria dos participantes ser amadora, instituições emprestaram equipamentos para o evento, incluindo um telescópio de rádio de 26 metros em Mount Pleasant, na Tasmânia, e outro de 45 metros na Universidade de Stanford, nos EUA.

"Os sinais são emitidos desses telescópios em direção à Lua e chegam a tocar os átomos do solo lunar, voltando em seguida para a Terra", explicou Brand.

Cerca de mil pessoas no mundo possuem os equipamentos necessários para enviar uma mensagem desse tipo e, segundo Brand, que com 17 anos de idade colaborou com as missões da Apollo, instalando aparelhos de telecomunicações usados pela NASA na Austrália, os resultados da experiência amadora foram excelentes.

Fonte: Reuters via Info Plantão

Video: O avanço do Programa Constellation para levar o homem à lua e Marte

A Agência Espacial dos Estados Unidos, a NASA, está fazendo avanços no desenvolvimento do Constellation, programa espacial que deve conseguir levar o homem à lua e até a Marte até 2020. O programa é constituído pelas naves Orion, Ares I e Ares V e Altair.

A Orion será usada como a nave para a tripulação da missão espacial, e já está em fase de construção e testes. Já o Ares I será usado como veículo de lançamento da missão, e a Ares V servirá como nave de carga. A Altair levará quatro astronautas à lua, usando um design semelhante às naves da missão Apollo, porém, elas têm grandes diferenças. Confira no vídeo (em inglês) como serão as estruturas das naves nas realísticas simulações em computação gráfica.

A Constellation permitirá a exploração de qualquer lugar da lua, diferentemente da Apollo, e poderá ficar o dobro de tempo na Lua, além de comportar duas vezes mais astronautas. Esta nova geração de naves permitirá viagens espaciais com distâncias muito maiores, e a NASA afirma que componentes das naves estão sendo testados, e já têm todos os hardwares e softwares necessários em vários estágios de desenvolvimento.



Fonte: Gizmodo via hypescience.com

EADS nega precisar de aumento de capital para financiar A350

A European Aeronautic, Defense & Space (EADS) não precisa de um aumento de capital para financiar o seu avião A350, adiantou o chefe de operações da empresa, Marwan Lahoud, ao jornal francês “La Tribune”.

Ao contrário do que foi anteriormente especulado, a dona da Airbus vem assim negar que precise de financiamento para o desenvolvimento do A350.

O responsável informou que não está convencido que os acionistas recusariam um aumento de capital no caso de uma “boa oportunidade” de aquisição, enquanto acrescentar crescimento interno é a prioridade.

Lahoud disse ainda que a companhia não tem planos para vender qualquer parte da sua posição na Dassault Aviation SA.

Fonte: Jornal de Negócios (Portugal)

Familiares não participam de homenagem a vítimas do AF 447

A fragata Bosísio (foto acima), onde ocorreu uma cerimônia em homenagem às vítimas do voo AF 447 partiu do porto do Recife (PE), pouco depois das 9h, sem nenhum familiar das pessoas que estavam no avião da Air France. Os parentes dos 58 brasileiros que estavam na aeronave foram convidados por e-mail, mas apenas agradeceram e informaram não poderem comparecer ao evento, segundo a assessoria de imprensa da Marinha.

A cerimônia ecumênica acabou por volta das 11h no mar a 14 km do Recife. Três coroas de flores foram lançadas na água e uma missa foi rezada pelo capelão da fragata. Um helicóptero ainda jogou pétalas na água. A embarcação participou de praticamente todo o processo de busca às vítimas, que terminou com a localização de 51 corpos.

Sobre as críticas de familiares em relação à paralisação das buscas, o contra-almirante Domingos Sávio Nogueira, do setor de comunicação da Marinha, disse que foram apenas declarações isoladas. "É uma pessoa que vem questionando muito. Só essa pessoa falou. Passamos os últimos nove dias das buscas sem achar nada", disse.

No total, foram achados 51 corpos e mais de 600 partes do Airbus A330 da companhia francesa.

Fonte: Artur Rodrigues (Terra) - Foto: Poder Naval

Aviação do Exército adapta helicóptero 'Pantera' para guerra

Por meio de um acordo de cooperação assinado no ano passado com a Helibrás, o Cavex (Comando de Aviação do Exército) de Taubaté (SP) inicia este mês os primeiros testes com um protótipo de um helicóptero modelo Pantera com o objetivo de modificá-lo para missões de ataque.

O helicóptero Pantera

Atualmente, as aeronaves são utilizadas no transporte de tropas em operações aeromóveis. Os Pantera também podem atuar em missões secundárias, a exemplo de reconhecimento, apoio à guerra eletrônica, busca e salvamento, evacuação aérea e transporte de carga. A frota do Exército é composta por 32 modelos Pantera.

A ideia do Projeto Demonstrador é instalar nas aeronaves um braço que permitirá a utilização de armamentos a exemplo de uma metralhadora .50 e um lançador de foguete Sbat 70.

Fonte: Plugados News – Foto: Exército Brasileiro

Prazo para caixas-pretas de Airbus da Air France emitirem sinais acaba amanhã

Se confirmadas as previsões do Escritório de Investigação e Análise francês (BEA), as caixas-pretas do Airbus A-330 devem parar de emitir sinais sonoros entre esta segunda e terça-feira (30). O BEA é responsável pelas investigações das causas do acidente com o avião que fazia o voo 447 da Air France. A aeronave caiu no oceano Atlântico no dia 31 de maio com 228 pessoas a bordo, quando fazia o trajeto Rio-Paris.

Na última sexta-feira (26) a FAB (Força Aérea Brasileira) e a Marinha suspenderam as buscas por corpos e destroços do voo AF 447. Em 26 dias de buscas, foram localizados e resgatados 51 corpos de vítimas da tragédia; 14 foram identificados.

Enquanto as buscas ficaram sob responsabilidade do Brasil, o trabalho de busca das caixas-pretas e a investigação cabe ao governo francês.

O último comunicado do BEA a respeito do acidente data da última quinta-feira (25). Segundo nota constante no site do escritório, na próxima quinta-feira (2) ocorre a publicação de um relatório preliminar sobre as causas do acidente com o voo 447.

Nesta segunda-feira ocorre uma homenagem às vítimas. A cerimônia será feita a bordo da fragata Bosísio com a participação de outros navios da Força, que foram empregados nas buscas realizadas.

Fonte: Folha Online

Morre Billy Mays, rei das televendas nos EUA

Apresentador de TV estava a bordo do Boeing da US Airways que se acidentou no sábado. Informações dão conta que ele sofreu uma pancada na cabeça durante a aterrissagem.

O americano Billy Mays, popular apresentador de programas de televendas, morreu neste domingo (28) aos 50 anos, segundo a imprensa local. Mays estava na cidade de Tampa, na Flórida, horas após gravar um anúncio. As causas ainda não são conhecidas.

No sábado, o apresentador chegou à Flórida em um avião que teve problemas na aterrisagem (leia a postagem anterior), e sofreu uma pancada na cabeça, segundo o site "TMZ". "Todas as coisas começaram a cair do teto, algo bateu na minha cabeça, mas tenho uma cabeça dura", disse Mays a uma televisão local após desembarcar.

Aparentemente, o apresentador continuou trabalhando durante o final da tarde de sábado. A esposa de Mays, Deborah, encontrou o corpo. A polícia não achou indícios de delito ou suicídio na residência.

Assista a um comercial do apresentador que criou o jargão "mas, espere!" das televendas:



Fontes: EFE via G1 / MND

domingo, 28 de junho de 2009

Boeing da US Airways faz aterrissagem "dura" na Flórida e assusta passageiros

Um avião da US Airways deixou seus passageiros bastante assustados ao fazer uma aterrissagem "dura" ao tocar a pista do Aeroporto Internacional de Tampa (TPA/KTPA), na Flórida, EUA, no sábado (27) às 14:30 (hora local).

O Boeing 737-4B7, prefixo N443US, aterrissou na pista 18R do aeroporto e houve uma explosão nos pneus dianteiros em razão do forte impacto contra a pista, causando um colapso no trem de pouso.

A tripulação conseguiu manter o avião na pista, enquanto a estrutura do trem de pouso era moída para baixo até o avião parar com o nariz a poucos centímetros do chão, apoiado no que sobrou do trem dianteiro. Os passageiros foram retirados pela parte traseira da aeronave 30 minutos após o incidente.

O voo 1241 decolou do Aeroporto Internacional de Filadélfia (PHL/KPHL) pouco antes do meio dia.

"Ouvimos uma explosão e vimos faíscas pela janela", disse o passageiro Ken Jacobson.

O porta-voz da US Airways disse que o avião levava 138 pessoas a bordo, além de cinco membros da tripulação e que ninguém se feriu.

O avião permaneceu na pista por oito horas até ser rebocado e ser realizada a limpeza da pista.

O tráfego aéreo foi desviado para a pista leste do aeroporto, mas não ocasionou atraso a qualquer voo, embora residentes do sul de Tampa Sul tiveram que aturar o aumento dos ruídos dos aviões devido à mudança na rota aérea.

Fontes: Chad Cookler e Carson Chambers (ABC Action News) / avherald.com - Tradução: Jorge Tadeu - Fotos: reprodução da TV ABC

Entenda o que limita queda de preços de passagem ao exterior

Valores sofreram queda leve depois que Anac iniciou eliminação gradual das tarifas mínimas

Cobrança mínima será extinta definitivamente a partir de 2010

Concentração de mercado, baixo grau de atratividade do Brasil, encargos tributários e gastos com combustível são apontados por especialistas como justificativas para a tímida redução dos valores das passagens internacionais ocorrida após a eliminação dos preços mínimos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Em abril, a agência passou a reduzir de forma gradual o preço mínimo das tarifas. Desde então, todas as passagens internacionais partindo do Brasil podem ser vendidas com desconto de até 20% em relação à base. A partir de julho, o desconto pode ser de até 50%, e em outubro, de 80%. Seis meses depois, não haverá mais piso.

Mercado

“A desregulamentação é vital, mas não é suficiente”, afirma Carlos Ari Sundfeld, professor de direito administrativo da escola de direito da Fundação Getúlio Vargas. Para ele, a desregulamentação rompe apenas uma das barreiras para o crescimento do mercado, que ainda precisa ser menos concentrado e mais atraente para empresas e passageiros estrangeiros. Atualmente, apenas a TAM voa para destinos além da América do Sul.

“O Brasil está na ponta do mundo, não está no centro dele. Não é passagem necessária. Fazer um grande investimento aqui dependeria de ter um grande mercado e o Brasil ainda não é um grande mercado”, diz Sundfeld.

O número de cidades atendidas no Brasil é reduzido e isso prejudica a atratividade do país, detalha Respício do Espírito Santo, presidente geral Instituto Brasileiro de Estudos Estratégicos e de Políticas Públicas em Transporte Aéreo (CEPTA). “Os Estados Unidos são um país muito mais atrativo para o brasileiro do que o Brasil é um país atrativo para o americano”, afirma Respício, citando o maior número de empresas e destinos no mercado doméstico americano.

Jorge Honório, assessor de imprensa do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, reforça a tese de Respício e afirma que o peso do mercado brasileiro para as companhias estrangeiras também é limitado. “A American Airlines, que é uma das maiores empresas do mundo, é a que mais voa entre Brasil e Estados Unidos. No faturamento global dela no mundo todo, o Brasil não representa 1%.”

Honório diz ainda que a carga tributária e o custo do combustível travam o fortalecimento do mercado brasileiro e a competitividade das companhias nacionais. “Se tivesse havido uma queda brutal de preços”, diz ele, “realmente ia haver um problema nas finanças e na economia das empresas, principalmente da TAM”. O assessor complementa: “lá no exterior, eles têm uma taxa tributária muito mais barata do que a nossa. Combustível e encargos tributários. É muito mais barato”.

Diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Ronaldo Ceroa da Mota argumenta, no entanto, que as companhias não podem reclamar de carga tributária direta. Segundo Mota, o setor “não paga ICMS, não paga imposto de importação e o imposto que paga sobre leasing é o menor que tem para todos os serviços”.

Segundo ele, o custo de capital das empresas é mais alto no Brasil que no exterior, mas o custo da mão-de-obra é mais barato. “Se você comparar um com o outro, a vantagem da redução do custo da mão de obra é muito maior do que o custo de capital”. Mota diz ainda que o custo do querosene pago pelas companhias brasileiras e estrangeiras é o mesmo no país.

Ele afirma, no entanto, que o governo federal devia estar empenhado em uma “política industrial para o setor do mercado doméstico, onde a riqueza dos serviços aéreos do Brasil é gerada”. Na avaliação de Mota, “as empresas brasileiras ainda não têm um programa de governo especifico. São coisas pontuais que a gente consegue fazer, na mudança da precificação do querosene de aviação, na redução de alguns impostos”.

A queda de preços, embora pequena, é um sinal positivo, na avaliação do professor Sundfeld. “Mostra que a regulamentação estava aumentando o preço. A queda que mostra que a regulamentação estava sendo negativa. É uma queda limitada pela situação de mercado concentrado.”

Fonte: Clarice Sá (Abril.com)

Apesar de recomendação de ministério, empresa anuncia viagem para o Chile

Propaganda bem-humorada circulou pela orla do Rio no sábado (27).

Governo quer que brasileiros evitem o país por causa da nova gripe.

Apesar da recomendação do Ministério da Saúde para que os brasileiros evitem viajar ao Chile, esta bem-humorada propaganda de uma empresa de aviação chilena (LAN) circulou pela orla do Rio de Janeiro na manhã deste sábado (27).

Fonte: G1 - Foto: Marcelo Piu (Ag. O Globo)

Lançado novo satélite de observação meteorológica, o GOES-O

O satélite GOES-O partiu do Complexo de Lançamento 37 da Estação da Força Aérea do Cabo Canaveral, na Flórida às 6:51 (EDT) deste domingo (28) a bordo do foguete Delta IV, após ter o primeiro lançamento adiado na sexta-feira devido às condições meteorológicas desfavoráveis.

A partir de uma posição de aproximadamente 22.300 milhas acima da Terra, o avançado satélite meteorológico irá observar as condições atmosféricas da área leste dos Estados Unidos e do Oceano Atlântico.

Fonte: NASA - Tradução: Jorge Tadeu

Famílias de vítimas de voo da TAM cobram Ministério da Defesa

Acidente aconteceu em 2007 no Aeroporto de Congonhas e deixou 199 mortos; familiares querem respostas

Parentes das vítimas do voo TAM 3054 distribuíram hoje (28) um manifesto cobrando respostas do Ministério da Defesa sobre segurança no transporte aéreo brasileiro. Eles também reivindicam a divulgação do relatório final do Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa), já concluído.

O acidente ocorreu em julho de 2007, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e deixou 199 mortos, entre os ocupantes do avião (todos morreram) e pessoas que estavam em terra, quando o aparelho se chocou com um hangar da empresa, durante a aterrissagem.

"Desde fevereiro de 2008 aguardamos respostas a várias questões apresentadas ao Ministério da Defesa: Por que alguns aeroportos não seguem as normas internacionais de segurança propostas pela OACI (Organização da Aviação Civil Internacional), entre eles, Congonhas?", diz o texto do manifesto da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do voo TAM JJ 3054 (Afavitam).

"Por que os investimentos feitos no setor deram prioridade às lojas de conveniência, aos estacionamentos e ao embelezamento das salas de espera, ao invés de priorizar os investimentos em segurança e modernização dos equipamentos que garantem um eficiente controle do tráfego aéreo?", questiona o manifesto.

A reportagem não conseguiu contato hoje com a assessoria de imprensa do Ministério da Defesa para falar sobre o assunto.

Fonte: Agência Brasil via Estadão.com.br

Novo avião comemora os 75 anos da Continental Airlines

O Boeing 737-900 ER, prefixo N75436, com o esquema de pintura usado pela Continental em 1947 comemora os 75 anos da Continental Airlines.

Foram os colaboradores da Continental que escolheram a pintura do novo avião, que foi o centro das comemorações nos três “hubs” da companhia. O Boeing passou por Houston, Nova Iorque, e Cleveland, no final da semana passada.

Fundada em 1934 com o nome de Varney Speed Lines, companhia dedicada ao transporte postal, foi a partir de 1937 que a Continental adotou o atual nome. Hoje a empresa conta com 43 mil colaboradores e voa para mais de 260 destinos, realizando mais de 2.750 voos por dia. É a quinta maior companhia aérea do mundo.

Fonte: Turisver - Fotos: p.csizmadia

Sem Gol e TAM, Embraer quer crescer com aéreas menores

Dezessete companhias aéreas operam no mercado doméstico, mas apenas duas (TAM e Gol) são responsáveis por cerca de 87% dos passageiros transportados, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). E nenhuma delas é cliente da única fabricante nacional de aviões, a Embraer. Para ganhar espaço com um cenário como este, o presidente da empresa, Frederico Fleury Curado, quer crescer junto à aviação regional.

Nesta semana, a Embraer entregou mais um jato à brasileira Trip e anunciou um novo avião para a Azul, na semana que vem. Enquanto Gol e TAM optaram por Airbus e Boeing, a fabricante brasileira abastece as aéreas menores com esperança que o modelo de negócios destas empresas prospere.

"O Brasil tem uma concentração muito grande de transporte nessas rotas (maiores). Qualquer coisa como 80% do tráfego passa pelos dez aeroportos principais. O Brasil tem mais de 200 aeroportos. Cerca de 100, 150, nem são utilizados no transporte regular. O Brasil precisa muito disso, de capilaridade", defende Curado. "E você não consegue fazer isso com avião grande".

Para ele, a melhor forma de o mercado doméstico crescer é com aviões menores voando para aeroportos menores que ainda não são atendidos comercialmente. Curado cita como como exemplo países onde a aviação já está consolidado para justificar seu discurso. "Nos Estados Unidos e Europa, um terço da frota é de aviões regionais. No Brasil, é 8%, 10%. Tem muito espaço".

A Embraer vê o mercado de aviação regional como oportunidade para deixar de ser majoritariamente exportadora e ter mais força no fornecimento às companhias brasileiras. Atualmente, no Brasil, apenas Trip e Azul são clientes da fabricante em aviação comercial - segmento que representa 75,3% da receita da empresa.

Queda na atividade

No mesmo momento que a Embraer vê suas vendas a companhias aéreas brasileiras aumentarem, sofre com a crise financeira internacional e a queda da demanda como um todo.

Curado projeta que a empresa venda cerca de 240 aviões em 2009. Ele afirmou que a Embraer deve ter perdas nesse ano e estabilidade em 2010.

"Estamos... tendo uma redução (de crescimento). Apesar de a quantidade de aviões (vendidos) este ano ser maior que no ano passado, são aviões de pequeno porte. Nós efetivamente temos uma redução de cerca de 30% da atividade industrial da empresa. 2010 deve ser um ano relativamente estável em relação a 2009. Nós não vemos crescimento antes de 2011 de nenhuma forma", disse.

As consequências da crise na empresa já são conhecidas. Em fevereiro, a empresa anunciou a demissão de 4,2 mil funcionários, ou 20% do quadro de empregados. As despesas relacionadas aos cortes de pessoal foram de US$ 50 milhões, com impacto no resultado do primeiro trimestre.

O caso chegou à Justiça, mas as demissões foram mantidas, diante de um acordo em que a empresa se comprometeu a indenizar os demitidos, garantia assistência médica até março de 2010 e dar prioridade aos ex-empregados que se apresentem para a participação em eventuais futuros processos de seleção.

Para Curado, ainda é cedo para falar no retorno dos trabalhadores. "É muito cedo (para falar em recontratar), porque enquanto não houver crescimento, a gente não pode pensar nisso", explica.

Fonte: Daniel Ottaiano (Invertia) via Terra

Em atividade nos anos 50, fábrica de Botucatu foi comprada pela Embraer

A indústria aeronáutica em Botucatu é muito anterior à Embraer, informa o historiador João Carlos Figueiroa, atualmente secretário de Descentralização e Participação Comunitária do município. Em meados da década de 1950, já existia na cidade a Indústria Aeronáutica Omareal, que começou como oficina para manutenção de aeronaves.

Seu proprietário, Antonio Azevedo, era um empreiteiro ligado à construção de túneis em estradas, conta o historiador. Como tinha concessões em vários trechos paulistas e em Minas Gerais, precisava da oficina para manter um conjunto de aviões. “Montou aqui uma oficina para resolver o problema dele e passou a produzir algumas aeronaves”, comenta Figueiroa.

Ele relata que Azevedo tentou várias homologações, em vão. “Comissões do Ministério da Aeronáutica estiveram em Botucatu testando o primeiro modelo dele. Ele juntou vários profissionais da aeronáutica. Um deles era um engenheiro alemão que tinha uma planta para produzir um pequeno avião de quatro lugares. Parece que foram produzidos dois aviões, mas não foram homologados. Não conseguiram uma produção em série”, comenta.

Depois, Azevedo decidiu dedicar-se exclusivamente à empreiteira e os galpões foram ocupados por José Carlos Neiva, seu sócio. “Quando a Omareal quebrou, o Neiva usou as instalações em Botucatu”, acrescenta Paulo Urbanavicius, atual secretário adjunto da indústria de Botucatu e ex-diretor da Neiva e da Embraer. Ele conta que, desde a década de 40, Neiva já fabricava planadores para a Força Aérea Brasileira (FAB), usados no treinamento de pilotos.

O governo, então, pediu a regulamentação da empresa para evitar compras particulares. “Aí, foi fundada a Neiva, em Manguinhos, no Rio de Janeiro. Não sei de que maneira se associou a Omareal e veio para Botucatu. Depois, pegou um contrato da FAB para fabricar o Paulistinha. Até que, com a fundação da Embraer, o ministério passou a direcionar os contratos. Ele acabou vendendo a própria empresa em março de 1980”, conta Urbanavicius.

Por sua vez, a Embraer destinou à unidade de Botucatu a fabricação dos aviões de pequeno porte.

Idéia de indústria aeronáutica nasce na Segunda Guerra

Os princípios político-militares do Estado Novo e as exigências de ampliação da defesa nacional decorrentes da Segunda Guerra Mundial nutriram o ambiente no qual a Aeronáutica começou a planejar seu futuro, já prevendo a criação de uma indústria aeronáutica brasileira.

Segundo artigo publicado pela revista “Tempo Social”, da USP, a Embraer foi a concretização de um antigo projeto de militares da Aeronáutica. A questão estava ligada à problemática da segurança nacional e relacionava-se com o amplo engajamento dos militares no processo político brasileiro.

Nesse sentido, em sua origem, a Embraer assemelha-se às indústrias petrolífera e siderúrgica, que também contaram com ativa participação dos militares em sua instalação. Segundo o artigo a que o JC teve acesso via Internet, desde 1932 lideranças militares associadas a Vargas intuíam os vínculos entre potência industrial e militar. Perceberam que a segurança nacional, em grande medida, dependia de um projeto mais amplo de industrialização conduzido pelo Estado.

Deste modo, entre 1940 e 1950, foram criados a Força Aérea Brasileira (FAB), o Ministério da Aeronáutica, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Centro Tecnológico de Aeronáutica (CTA). As instituições se tornaram o embrião da Embraer e demonstram o elo entre indústria aeronáutica e projeto político.

Empresa recupera segundo protótipo do Bandeirante

O segundo protótipo da aeronave Bandeirante foi recuperado pela Embraer e entregue, na última semana, ao Memorial Aeroespacial Brasileiro, em São José dos Campos. O gesto integra as comemorações de 40 anos da função da empresa. O avião, desenvolvido pelo CTA antes da criação da empresa, teve três protótipos. O número um está recuperado e exposto no Museu Aeroespacial, no Rio de Janeiro.

O terceiro também está exposto, mas no Parque Santos Dumont, em São José dos Campos, informa Pedro Ferraz, diretor-superintendente da Fundação Embraer. Ele relata que o protótipo número 2 não pertence à Embraer, mas à Fundação Santos Dumont. A comemoração dos 40 anos ainda contemplará uma exposição itinerante, que mostrará a história da aviação brasileira.

“A mostra vai rodar vários aeroportos do Brasil, inclusive Botucatu e Gavião Peixoto. Em agosto, no aniversário da Embraer, faremos o que a gente chama de ‘portões abertos’. Convidamos os empregados e seus familiares para conhecer a fábrica. Só que também vamos fazer uma exposição estática de aviões antigos, todos os que a gente já produziu”, acrescenta Ferraz.

O diretor-superintendente do Instituto Embraer adianta ainda que a programação festiva contará com um concurso de miniplanadores entre escolas de ensino fundamental de municípios como São José dos Campos, Botucatu e Gavião Peixoto. Cada equipe terá de desenvolver um planador com material reciclável. O vencedor será o que voar mais longe e ficar mais tempo no ar.

Fonte: Luciana La Fortezza (Jornal da Cidade de Bauru)

40 anos de EMB-110 Bandeirante. Voo em 1968 precede indústria aeronáutica do País

O bimotor Bandeirante precede a criação da Embraer. Apenas após o primeiro voo do avião, em 1968, é que o governo brasileiro decide fundar a empresa, ao antever as possibilidades de comercialização da aeronave. Porém, até a indústria aeronáutica brasileira tornar-se competitiva em termos globais, foi um longo período, informa a própria Embraer por meio de material histórico já publicado.

E conseguiu por conta do esforço anterior e determinante do setor aeronáutico. Um dos passos decisivos para a criação da Embraer foi a instituição do Centro Técnico de Aeronáutica (CTA), posteriormente rebatizado como Centro Técnico Aeroespacial - núcleo de excelência em conhecimentos na área. Oriundo do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), foi responsável por formar profissionais capazes de levar adiante o projeto de indústria aeronáutica no País.

Foi justamente um grupo do CTA que propôs a elaboração de um projeto de bimotor turboélice capaz de transportar cerca de 20 passageiros e operar nas condições vigentes na grande maioria das cidades brasileiras, na ocasião. O grupo, segundo a própria Embraer, era formado, essencialmente, por técnicos do ITA, sob a liderança de Ozires Silva, na oportunidade major da FAB. O Ministério da Aeronáutica, então, encomendou um estudo sobre a viabilidade de ser criada no Brasil uma linha de produção de bimotores turboélice de transporte.

Em 12 de junho de 1965, o então ministro da Aeronáutica, brigadeiro Eduardo Gomes, assinou documento básico de aprovação do projeto do que viria a ser conhecido posteriormente como o Bandeirante. Para a construção do primeiro protótipo, decorreram três anos e quatro meses - entre os estudos preliminares e o vôo do dia 22 outubro de 1968.

Para isso, foram gastos 110 mil horas de projeto, tendo sido executados 12 mil desenhos de fabricação; 22 mil horas de cálculo estrutural e aerodinâmico e 282 mil horas de fabricação do avião e do seu ferramental.

Demanda nacional

Embora o Bandeirante preceda a criação da Embraer, ele ainda é a aeronave adequada ao perfil da demanda do Brasil, onde o volume de passageiros é pequeno. No entanto, os poucos com disponibilidade para gastar com passagens aéreas no País exigem o conforto que o bimotor não tem. A difícil equação foi confirmada pelo próprio Ozires Silva, ex-presidente da Embraer.

“O grande problema do avião muito pequeno é que tem poucos passageiros. Não cobre todos os custos para operar”, explica. Pior quando a aeronave é grande. Nesse caso, nem linhas são oferecidas. “Nos Estados Unidos, em particular, muitas dessas linhas pequenas chegaram a ser subsidiadas pelo governo. Não só pelo governo federal”, comenta Silva. Mas ainda que os vôos regionais fossem estimulados, o passageiro aceitaria viajar um avião não pressurizado, mais barulhento e diversas vezes comparado a uma Kombi?

“O passageiro brasileiro tem mais posses. Voa nos aviões mais modernos do mundo. Não se sujeita. Os Estados Unidos transportaram, no ano passado, 900 milhões de passageiros. Ou seja, um pouco mais de três vezes a população americana. No ano passado, no Brasil, voaram 50 milhões. Eu me arriscaria a dizer que grande parte deles viaja, pelo menos, de cinco a dez vezes por ano, cada um. Então, se dividir, são só 10 milhões que voam. É pouquíssimo”, avalia

Não por acaso, o mercado nacional tem pouca significância para a Embraer ainda hoje. “No ano passado, a Embraer vendeu 3% da produção aqui no Brasil. O resto é tudo no Exterior”, finaliza Silva.

Primeiro voo do Bandeirante

Projeto de avião econômico

Com baixo padrão de vida e pobre em combustíveis na época, o Brasil teria de desenvolver tipos de avião cuja principal característica fosse a economia. Os aviões norte-americanos e ingleses eram dispendiosos, consta em artigo publicado pela revista “Tempo Social”, da Universidade de São Paulo (USP), e disponibilizada via Internet.

De acordo com o texto, o Brasil não deveria receber, mesmo que gratuitamente, material aeronáutico de guerra, a não ser para atender necessidades imediatas. Caso contrário, ficaria com material antiquado, caro para manter, além de tornar-se dependente de país estrangeiro para solicitar peças sobressalentes. Tal situação ainda acarretaria atraso no desenvolvimento da indústria aeronáutica brasileira. O CTA desenvolve, então, o protótipo da aeronave Bandeirante.

No entanto, informa o artigo publicado na “Tempo Social”, o modo de viabilizar sua produção em série e sua comercialização ainda era incerto. Dúvidas à parte, a Embraer já estava sendo gestada.

Ainda de acordo com o artigo, no final do anos 1960, o parque industrial brasileiro já havia amadurecido. A indústria automobilística propiciava ampla e complexa rede de apoio, que removia parcialmente o obstáculo da produção doméstica de materiais e componentes requerida para a manufatura de aeronaves.

“Nesse momento, o novo salto no projeto da indústria aeronáutica brasileira passou a ser apoiado pelo regime militar de 1964, possibilitando as condições para a criação da Embraer”, conclui o texto disponibilizado na rede. O autor do artigo pediu para não ter o nome divulgado.

O primeiro Bandeirante hoje no Museu do CTA

Fonte: Luciana La Fortezza (Jornal da Cidade de Bauru) / TV Vanguarda / aereo.jor.br

PF volta a apurar acidente com avião da TAM em Congonhas

A Polícia Federal (PF) informou nesta sexta-feira que retomará as investigações sobre o acidente com o Airbus da TAM que não conseguiu frear na pista do Aeroporto de Congonhas, Zona Sul da capital, em julho de 2007, e explodiu no prédio da TAM Express, matando 199 pessoas. A apuração ficou parada porque o inquérito estava na 1ª Vara Criminal Federal de São Paulo havia seis meses.

A retomada da investigação ocorre dois dias depois de o jornal "Diário de S.Paulo" conclusões do relatório sobre o acidente elaborado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Aeronáutica que apura as causas da tragédia.

Segundo a PF, os documentos deixaram o órgão em 29 de janeiro, quando foram remetidos à Justiça para serem anexados ao inquérito da Polícia Civil sobre o caso, concluído em novembro de 2008. O caso foi remetido à PF devido à decisão do Ministério Público de que o crime em questão é de atentado contra a segurança do transporte aéreo, cuja apuração é de competência federal.

No período em que a investigação ficou parada, o delegado da PF responsável pelo caso, Pedro Serzi Junior, foi destituído da apuração. A PF não informou qual foi o motivo da mudança, dizendo apenas que o processo número 1-062/2007, sobre a tragédia, está no cartório aguardando distribuição a novo delegado. O caso está sob responsabilidade da Delegacia de Defesa Institucional (Delinst).

- Vamos à PF hoje pedir explicação sobre a mudança. Queremos que o doutor Pedro (Serzi Junior) fique no caso. Um novo delegado vai demorar um tempo para conhecer a investigação - diz Dario Scott, presidente da Associação dos Familiares de Vítimas do Acidente da TAM.

O procurador da República Rodrigo de Grandis diz que a investigação da PF está bem avançada.

- A perspectiva é que se encerre ainda neste ano toda a apuração - afirma.

Fonte: Tahiane Stochero (Diário de S.Paulo) via O Globo