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segunda-feira, 22 de abril de 2024

Pista com trem, neve, túmulo: 11 aeroportos esquisitos (inclui brasileiro!)


O aeroporto de Gisborne, na Nova Zelândia, cruza uma estrada de ferro. Os horários de pousos e decolagens deve ser bem coordenado com a passagem dos trens (Imagem: Reprodução)

Enquanto aeroportos no mundo todo procuram ampliar sua gama de confortos para ganhar os passageiros — há opções com simuladores de realidade virtual, cervejaria, spa e até cachoeira —, existem aqueles que se destacam por esquisitices muitas vezes ancestrais.

Do Japão à Antártica, passando pelo Caribe e pelo Brasil, estes aeroportos têm muita história para contar por trás de características para lá de peculiares.

No entanto, uma visita não é para todo turista: para desembarcar em alguns deles, é preciso uma boa dose de coragem, seja por terrenos íngremes, clima hostil ou arquitetura desafiadora.

Conheça a seleção de Nossa dos 11 aeroportos mais curiosos do mundo e entenda por que eles vieram parar nesta lista:

Em uma ilha artificial


Aeroporto Internacional de Kansai, no Japão (Imagem: Hirotsugu Kurobe/Getty Images/iStockphoto)
Onde? Aeroporto Internacional de Kansai, no Japão.

Para solucionar a falta de espaço urbano para terminais nas suas ilhas, os japoneses construíram entre 1987 e 1994 um aeroporto flutuante para servir à região de Grande Osaka.

Kansai está localizado sobre uma ilha artificial e, por isso, possui um paredão rochoso que garante sua estabilidade e o protege do oceano, para minimizar o risco de exposição a terremotos e tsunamis, além de uma ponte que o liga a cidade de Rinku. Seu terminal 1, assinado pelo renomado arquiteto italiano Renzo Piano, é o mais longo do mundo com 1,7 km.

Fechando a rua


Aeroporto Internacional de Gibraltar, Território Ultramarino Britânico (Imagem: Allard1/Getty Images)
Onde? Aeroporto Internacional de Gibraltar, Território Ultramarino Britânico.

Enquanto em alguns lugares você tem que esperar o trem passar (conforme verá abaixo) para voar, em Gibraltar você não pode seguir de carro porque o avião vai passar. Isto porque a pista de pousos e decolagens cruza uma das principais avenidas da cidade — a Winston Churchill, que leva à fronteira com a Espanha — e, portanto, quando aviões chegam ou partem, é preciso fechar a rua, literalmente.

De propriedade do Ministério da Defesa do Reino Unido, sua pista é de uso da Força Área Real — operadores civis só podem usar o terminal destinado a eles. Por isso, quem está atrapalhando o tráfego é Sua Majestade.

No meio da neve no Polo Sul


Aeródromo Phoenix, na Antártica (Imagem: Domínio Público)
Onde? Aeródromo Phoenix, na Antártica.

Este aeroporto serve apenas à base McMurdo dos Estados Unidos no continente gelado. Construído em 2017, o aeródromo tem pista não de terra, mas de neve compactadas, segundo o exército americano. Todo o projeto demorou 16 meses para ficar pronto.

Rolos compressores de até 72,6 toneladas possibilitaram criar uma fundação de neve densa e forte o suficiente para suportar o peso da aterrissagem de um Boeing C-17 Globemaster, um avião militar usado pelos EUA. No total, o aeródromo tem capacidade para até 60 voos por ano.

Pista na praia


Aeroporto de Barra, na Escócia (Imagem: FedevPhoto/Getty Images)
Onde? Aeroporto Barra, na Escócia.

Aberto em 1936, este aeroporto escocês serve a um único destino: Glasgow. Mas esta não é sua única peculiaridade. O Barra também é o único aeroporto do mundo que usa como pista a faixa de areia de uma praia.

São três as "pistas", dispostas em um triângulo marcados por três mastros de madeira permanentes. Quando a maré sobe, as pistas as recobrem — por isso, os horários de voos variam de acordo com as marés.

Aos pés do Everest


Aeroporto Tenzing-Hillary, no Nepal (Imagem: gagarych/Getty Images)
Onde? Aeroporto Tenzing-Hillary, no Nepal.

Construído em 1964, o aeroporto em Lukla fica em terreno que antes pertencia aos sherpas (os guias do Himalaia). Segundo o jornal The Himalayan Times, ele foi comprado pelo montanhista Edmund Hillary na época, que teria dado bebida aos locais para que dançassem na terra batida e aplainassem a área — o aeroporto não possuiu pista pavimentada até 2001.

Ponto de partida dos turistas para as trilhas até o Campo Base do Monte Everest — a montanha mais alta do mundo a 8.848 metros —, o Tenzing-Hillary já foi considerado o mais perigoso aeroporto do mundo, assim como outros nesta lista, graças ao terreno extremamente íngreme e por possuir uma única pista para o pouso e outra para decolagem.

Cuidado, lá vem o trem


Aeroporto de Gisborne, na Nova Zelândia (Imagem: Divulgação/Aeroporto de Gisborne)
Onde? Aeroporto de Gisborne, na Nova Zelândia.

O trânsito é um tanto único em Gisborne. O aeroporto regional no subúrbio de Elgin, na ilha do norte do país, é um dos únicos no mundo que possui sua própria linha de trem, a Palmerston North-Gisborne Line.

O problema? Ela cruza a principal pista de pousos e decolagens do aeroporto. Portanto, pilotos e condutores precisam estar atentos ao cronograma uns dos outros antes de decidir dar partida em suas viagens. Já passageiros podem aproveitar a vista insólita da operação e o museu de aviação dentro dos seus 160 hectares de área, especializado em equipamentos vintage.

Quase um bunker de guerra


Túnel da Esperança sob o Aeroporto Internacional de Sarajevo, na Bósnia e Herzegovina
(Imagem: Elias Bizannes/Creative Commons)
Onde? Aeroporto Internacional de Sarajevo, na Bósnia e Herzegovina.

Durante a Guerra da Bósnia, o aeroporto de Sarajevo se tornou uma espécie de linha divisória entre campos de batalhas: de um lado, a cidade inteiramente sitiada era controlada pelos sérvios, do outro estava o território sob a bandeira da ONU (Organização das Nações Unidas).

Para conseguir chegar à cidade de Sarajevo, o exército bósnio criou uma passagem subterrânea sob as pistas do aeroporto, conhecida como Túnel da Esperança, por onde passavam suprimentos para soldados, ajuda humanitária para os cidadãos e também servia de rota de fuga para os bósnios escaparem dos sérvios. Hoje, ele segue aberto sob o aeroporto e há um museu na sua saída.

Entre arranha-céus


Aeroporto de Congonhas, no Brasil (Imagem: caio acquesta/Getty Images)
Onde? Aeroporto de São Paulo/Congonhas, no Brasil

O representante brasileiro da lista apresenta um desafio para pilotos e deleite para viajantes mais corajosos: a possibilidade de admirar de muito perto — mesmo — o horizonte de São Paulo. Localizado no meio da zona urbana e a apenas 11 km do centro, ele possui pista mais curta que aeroportos mais novos e grande proximidade com a Avenida Washington Luís.

Em 2006, um voo da extinta companhia BRA derrapou ali e por pouco não caiu na avenida. No ano seguinte, aconteceu em Congonhas o maior acidente da aviação brasileira, quando um avião da TAM teve problemas para frear, passou sobre a Washington Luís e colidiu com outro prédio da aérea. Todos os passageiros morreram, além de outras 12 vítimas no solo. Desde então, Congonhas opera tráfego reduzido em relação àquele período, em que era o mais movimentado aeroporto do país.

Acordando os mortos


Aeroporto Internacional de Savannah/Hilton Head, nos EUA (Imagem: Domínio Público)
Onde? Aeroporto Internacional de Savannah/Hilton Head, nos EUA

A pista 10 do aeroporto que serve aos estados da Geórgia e Carolina do Norte guarda uma curiosidade — e o descanso eterno de dois americanos agora ilustres. Isto porque suas terras pertenceram a uma família local no século 19, os Dotsons, que foram enterrados a pedido na propriedade da família — a mais antiga sepultura é de 1857.

Parte dos terrenos foram cedidos para a construção dos terminais, mas a necessidade de expansão nos anos 40, devido à Segunda Guerra, fez com que as pistas invadissem a área das covas. Como a lei federal americana proíbe a mudança de túmulos sem autorização da família — e os descendentes não a aprovaram, segundo o jornal Savannah Morning News — a pista é marcada pelas lápides famosas.

Meio a meio (e uma estátua torta de bônus!)


Busto de Cristiano Ronaldo no Aeroporto da Ilha da Madeira (Imagem: Reuters/Rafael Marchante)
Onde? Aeroporto Internacional da Madeira/Cristiano Ronaldo, em Portugal.

Um dos mais movimentados do país, Madeira já passou por diversas extensões para comportar o intenso tráfego, mas sua localização próxima ao mar apresentava desafios — não havia terreno suficiente para continuar crescendo, Em 2000, contudo, sua pista foi estendida usando um recurso interessante: parte dela fica suspensa sobre o mar graças a 180 pilares.

Além de estar meio sobre a água e meio sobre a terra, o aeroporto ainda oferece uma atração um tanto única aos visitantes: um busto de Cristiano Ronaldo, que hoje também batiza seus terminais. O resultado da obra, contudo, foi polêmico — tanto que sua contestável semelhança com o jogador já resultou em substituições da escultura.

Olha a cabeça!


Aeroporto Internacional Princesa Juliana, em São Martinho (Imagem: Divulgação)
Onde? Aeroporto Internacional Princesa Juliana, em São Martinho

O lado holandês da ilha de São Martinho conta com o aeroporto mais movimentado de todo o Caribe, que impõe aos pilotos aquela que é considerada a aterrissagem mais difícil de todo o mundo, sobrevoando (bem baixo) a praia de Maho antes de pousar na única pista de 2.300 metros por 45 metros.

Sua decolagem é igualmente famosa entre turistas, que costumam segurar nas grades próximas à pista para assistir aos aviões levantando voo. A prática, no entanto, é desaconselhada e perigosa: em 2017, uma neozelandesa morreu após ser atingida por um forte jato da turbina de uma aeronave e bater sua cabeça contra o concreto.

Vídeo: Como os aviões não se batem no ar voando no mesmo lugar?


22 de abril - Dia da Aviação de Caça


A formação do Oficial Aviador da Força Aérea Brasileira começa na Academia da Força Aérea (AFA), localizada em Pirassununga (SP), onde o cadete recebe diversas instruções durante quatro anos, entre elas as de pilotagem nas aeronaves de treinamento T-25 Universal e T-27 Tucano.

Após a conclusão do curso na AFA, o cadete se torna Aspirante a Oficial e segue para Parnamirim, região metropolitana de Natal (RN), onde permanece recebendo instruções por um ano. Durante dois meses, o piloto passa pelo Curso de Preparação de Oficiais de Esquadrão (CPROE), realizado no Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE), quando aprende os princípios teóricos para atuar em combate e recebe orientações que o preparam para assumir as responsabilidades como Oficial da FAB.

Em seguida, os futuros caçadores são direcionados para o Esquadrão Joker (2°/5° GAV), também em Parnamirim (RN), para receberem instruções no Curso de Especialização Operacional na Aviação de Caça (CEO-CA). É nesta etapa que eles aprendem a operar o A-29 Super Tucano.

Com a conclusão do CEO-CA, os oficiais se tornam pilotos de combate da FAB e prosseguem para os três Esquadrões operacionais de A-29, localizados em Boa Vista (RR), Porto Velho (RO) e Campo Grande (MS). Nesse período, além de defender o espaço aéreo brasileiro e as fronteiras do País, o caçador recebe instruções importantes de Liderança de Elemento, Esquadrilha e Esquadrão.

Na sequência, o piloto pode ser transferido para os Esquadrões de primeira linha, localizados em Anápolis (GO), Santa Cruz (RJ), Manaus (AM), Santa Maria (RS) e Canoas (RS), onde irão operar as aeronaves F-5M, A-1M e, futuramente, o F-39 Gripen, - uma unidade já chegou ao Brasil em setembro de 2020 e, foi apresentada para a sociedade brasileira no Dia do Aviador, em Brasília (DF), em 23 de outubro de 2020. Também poderão ser movimentados para o Esquadrão Joker ou para a Academia da Força Aérea, assumindo a função de instrutor de voo. A última etapa de progressão operacional ocorre nos Esquadrões de primeira linha da Aviação de Caça, sendo eles:
  • 1° GDA - Esquadrão Jaguar – Anápolis/GO
  • 1° GAVCA - Esquadrão Jambock e Esquadrão Pif-Paf - Santa Cruz/RJ
  • 1°/4° GAV - Esquadrão Pacau - Manaus/AM
  • 1°/10° GAV - Esquadrão Poker - Santa Maria/RS
  • 1°/14° GAV - Esquadrão Pampa - Canoas/RS
  • 3°/10° GAV - Esquadrão Centauro - Santa Maria/RS
A Força Aérea Brasileira (FAB) produziu um vídeo ano passado em homenagem ao Dia da Aviação de Caça, celebrado no dia 22 de abril. A data relembra o esforço e a audácia dos militares do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA) que, no auge da Segunda Guerra Mundial, a bordo dos caças P-47 Thunderbolt, cumpriam missões no norte da Itália.

Este vídeo destaca, ainda, a campanha institucional 'FAB 80 Anos – Nossa Jornada Continua Rumo ao Futuro', trazendo imagens da evolução da aviação e dos caças da FAB, com foco especial no F-39 Gripen.


Continue lendo sobre a aviação de caça brasileira clicando AQUI.

Via FAB e Defesanet

domingo, 21 de abril de 2024

Cinco programas estranhos de aeronaves militares que os EUA abandonaram

Ao longo dos anos, muitas aeronaves peculiares foram desenvolvidas nos Estados Unidos.

Um B-36 carregando um McDonnell Douglas XF-85 Goblin (Foto: USAF)
Embora tradicionalmente fabricantes como Boeing ou Lockheed Martin respondam a propostas de vários ramos de serviços dos Estados Unidos para desenvolver programas de aeronaves militares comercialmente bem-sucedidos, alguns desses programas acabam sendo descartados por um motivo ou outro. Normalmente, esse motivo será o dinheiro, uma vez que os programas experimentais podem tornar-se bastante caros.

1. Lockheed YF-12A

  • Nome do Projeto: Parte do Projeto Oxcart
  • Contrato: década de 1950, anunciado oficialmente em 1964
  • Projeto abandonado: 1979 (como interceptador em 1968)
Com o desenvolvimento do SR-71 Blackbird e seu antecessor, o Lockheed A-12, como parte do Projeto Oxcart, os EUA também exploraram o uso do tipo como aeronave caça-interceptadora. Segundo o Museu Nacional da USAF, a aeronave foi desenvolvida na década de 1960 como um interceptador de alta altitude capaz de atingir velocidades de até Mach 3.

Lockheed YF-12A (Foto: USAF)
O objetivo principal do YF-12A teria sido interceptar bombardeiros supersônicos, com o primeiro YF-12A subindo aos céus em agosto de 1963. No entanto, apenas cinco anos depois, o projeto foi cancelado devido aos altos custos, à guerra em curso. no Vietnã, e uma menor prioridade na defesa aérea dos EUA contribuindo para essa decisão.

No entanto, a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA) continuaria operando o Lockheed YF-12A até 1979, perdendo até uma aeronave devido a um incêndio durante o voo em 1971. Segundo a administração, utilizou a aeronave para estudar “a térmica, efeitos estruturais e aerodinâmicos do voo Mach 3 sustentado em alta altitude. Como foi pintado de preto liso e fabricado em titânio, isso permitiu que a aeronave suportasse temperaturas de superfície superiores a 500 ºF (260°C).

2. Lockheed AC-130J Ghostrider com armas laser

  • Nome do Projeto: Airborne High Energy Laser (AHEL)
  • Contrato: 2019
  • Projeto abandonado: 2021
Um dos projetos mais recentes da lista é o plano Airborne High Energy Laser (AHEL), que foi finalizado com a Lockheed Martin sendo autorizada a explorar a capacidade de colocar armas a laser no AC-130J Ghostrider, desenvolvido a partir do Lockheed AC-130. aeronave. Segundo a empresa, ela adquiriu o contrato para integração, teste e demonstração da aeronave em janeiro de 2019.

Lockheed AC-130J Ghostrider (Foto: USAF)
Em outubro de 2021, a Lockheed Martin anunciou que concluiu com sucesso um teste de aceitação de fábrica para o projeto AHEL em preparação para os testes de solo e voo do sistema. No entanto, conforme relatado pela primeira vez pelo site Military, um meio de comunicação que cobre os desenvolvimentos do complexo militar dos EUA, um porta-voz do Comando de Operações Especiais da USAF (AFSOC) confirmou que a janela para iniciar os testes aéreos havia fechado, encerrando o programa.

O principal objetivo do AHEL era fornecer cobertura às tropas terrestres, atingindo vários alvos terrestres hostis com um laser. A principal vantagem teria sido a sua dissimulação, sendo muito mais silenciosa do que as bombas lançadas de um drone ou de uma aeronave.

3. Convair X-6 movido por um reator nuclear

  • Nome do Projeto: Nuclear Energy for the Propulsion of Aircraft (NEPA)
  • Contrato: 1951
  • Projeto abandonado: 1961
Vários anos depois do início da Guerra Fria, ambos os lados do conflito começaram a explorar um conceito impensável: equipar aeronaves com um reator nuclear. Nos EUA, a Energia Nuclear para Propulsão de Aeronaves (NEPA) deu início a esse processo de pesquisa e desenvolvimento, com o governo dos EUA dando à Convair o contrato para converter um de seus B-36 Peacemakers no X-6, criando uma aeronave para NEPA.

Um Convair B-36 Peacemaker em produção (Foto: Lockheed Martin)
A União Soviética lançou um projeto semelhante sob a designação de Tupolev Tu-95LAL. O plano era modificar aeronaves Tu-95 com motores nucleares. No entanto, nenhuma das aeronaves atingiu esse estágio, e os reatores nucleares de bordo foram ligados apenas para testar os efeitos da radiação na tripulação que estava no Convair X-6 ou no Tupolev Tu-95LAL.

4. Aeronaves Boeing YC-14 e McDonnell Douglas YC-15 de decolagem e pouso médio curto (STOL)
  • Nome do Projeto: Advanced Medium STOL Transport (AMST)
  • Contrato: 1972
  • Projeto abandonado: 1980
No início da década de 1970, a USAF buscava sua próxima aeronave de transporte, com o objetivo de melhorar a mobilidade tática do ramo de serviço. O contrato resultou na Boeing e McDonnell Douglas, duas empresas que se fundiriam em 1997, desenvolvendo suas aeronaves STOL: o Boeing YC-14 e o McDonnell Douglas YC-15.

McDonnell Douglas YC-15 (Foto: USAF)
No entanto, em 1980, a USAF cancelou o programa AMST, pois a filial determinou que deveria dar maior ênfase à mobilidade estratégica em vez da tática. No entanto, o McDonnell Douglas YC-15 continuou sua história, com a fabricante de aviões remodelando-o para o C-17, que agora é fabricado pela Boeing.

5. McDonnell XF-85 Goblin

  • Nome do Projeto: MX-472
  • Contrato: 1945
  • Projeto abandonado: 1949
Embora alguns projetos previam que os bombardeiros fossem movidos por reatores nucleares, alguns tinham como objetivo desenvolver caças parasitas que seriam implantados no ar por bombardeiros. Como tal, foi assim que surgiu o McDonnell XF-85 Goblin.

De acordo com o Museu Nacional da USAF, a fabricante de aviões desenvolveu o Goblin para proteger os bombardeiros Convair B-36 Peacemaker que voam além da cobertura dos caças convencionais. O projeto da aeronave foi feito de forma que o XF-85 ficasse dentro do compartimento de bombas do B-36 e, após o avistamento de aeronaves inimigas, o caça parasita fosse baixado em um trapézio e liberado para proteger os bombardeiros.

XF-85 Goblin (Foto: USAF)
Duas aeronaves de teste foram encomendadas, com testes de voo começando em 1948. No entanto, embora os pilotos tenham conseguido implantar o McDonnell XF-85 Goblin com sucesso, o ar turbulento sob a fuselagem do bombardeiro os impediu de se conectar com segurança ao bombardeiro, forçando várias emergências. desembarques.

Como tal, nenhum bombardeiro B-36 transportou com sucesso qualquer XF-85, com o programa terminando em 1949, quando o avanço das tecnologias de reabastecimento aéreo se mostrou muito promissor. Um XF-85 foi levado ao museu no ano seguinte para exibição.

Com informações do Simple Flying

Por que o Lockheed SR-71 Blackbird foi tão difícil de voar?

O SR71 é a aeronave militar operacional mais rápida de todos os tempos. Pilotar foi um desafio por vários motivos.

(Foto: PJSAero/Shutterstock)
O Lockheed SR-71 Blackbird é uma aeronave única. Continua a ser a aeronave operacional mais rápida já construída e a que voou mais alto. Não é de surpreender que tal aeronave fosse um desafio para voar. Este artigo examina por que isso aconteceu.

Aeronave militar mais rápida e mais alta


A Força Aérea dos EUA projetou o Lockheed SR-71 Blackbird como uma aeronave de reconhecimento estratégico de alta velocidade e altitude, capaz de superar qualquer míssil terra-ar disponível. Foi introduzido em 1966 e permaneceu voando até o final da década de 1990. Naquela época, sua operação havia se tornado cara e outros métodos de reconhecimento estavam assumindo o controle.

SR71 (Foto: USAF Judson Brohmer/Wikimedia Commons)
A aeronave poderia atingir velocidades de até Mach 3,2, tornando-se o avião a jato mais rápido em serviço. Tecnicamente, a aeronave mais rápida até o momento foi o norte-americano X-15, construído para a NASA realizar pesquisas aeronáuticas em alta velocidade, que atingiu Mach 6,7. Esta era apenas uma aeronave experimental, no entanto. O Blackbird também poderia operar em altitudes extremas, atingindo um recorde em julho de 1976 de 85.069 pés (25.929 m).

O SR-71 Blackbird era difícil de controlar


Vários fatores tornaram o Blackbird uma aeronave difícil de controlar pelos pilotos. A aceleração nos estágios iniciais do vôo criaria grandes forças nos pilotos. E em alta velocidade e altitude de vôo, o controle era muito mais difícil. As entradas de controle nessas condições seriam muito mais sensíveis. Os pilotos também teriam que monitorar continuamente os sistemas e as leituras – o menor erro ou problema poderia se desenvolver rapidamente nessas condições.

(Foto: Keith Tarrier/Shutterstock)
Um ex-piloto do Blackbird, Buz Carpenter, fez um relato de suas experiências de vôo ao Museu Nacional do Ar e do Espaço em Washington , EUA. Ele explicou: "Era uma aeronave delicada, pois era preciso manusear cuidadosamente os controles em altas velocidades. Quanto mais rápido você voava, mais sensível a aeronave se tornava e exigia mais concentração e cuidado."


Temperaturas extremamente altas


Ao voar a Mach 3, a pele e a capota do Blackbird podem aquecer até cerca de 600 graus Fahrenheit. É claro que os pilotos usariam roupas de proteção, mas isso ainda poderia ser um desafio. Os pilotos usariam trajes pressurizados e capacetes à prova de calor e um sistema de oxigênio especialmente projetado para suportar altitudes tão elevadas. Eles também teriam que proteger o piloto se fosse tentada a ejeção em alta altitude/velocidade. Tal equipamento restringiria o movimento e a visão do piloto mais do que para outras aeronaves.

Tripulação de um SR71 (Foto: NASA/Jim Ross/Wikimedia Commons)
As altas temperaturas também trouxeram desafios significativos de projeto e operacionais. A aeronave foi construída utilizando principalmente titânio para suportar altas temperaturas (não utilizado na maioria das aeronaves devido ao custo), e a fuselagem foi projetada para permitir a expansão em voo.

Diferente das operações piloto normais


Seus aspectos únicos de desempenho preparados para o voo também são um grande desafio. Em primeiro lugar, os critérios e a seleção para se tornar um piloto do Blackbird foram difíceis. Houve seleção e treinamento especiais superiores aos de outros pilotos militares. Os padrões físicos eram supostamente muito rígidos e apenas alguns pilotos foram selecionados para pilotar a aeronave.

Em segundo lugar, a preparação para cada voo era complexa. A aeronave teve que passar por uma preparação especializada, incluindo aquecimento e abastecimento complexo (os tanques supostamente vazariam no solo - um elemento de design para auxiliar no desempenho em voo). A manutenção pós-voo também levaria vários dias – limitando significativamente as operações e, sem dúvida, colocando mais pressão sobre os pilotos e a tripulação de terra.

(Foto: NASA/Wikimedia Commons)

Substituindo o Blackbird


A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) aposentou o SR-71 Blackbird em 1998 e tem contado com satélites e drones não tripulados para vigilância aérea. Uma nova proposta de veículo aéreo não tripulado (UAV) chamado "SR-72" está sendo desenvolvida pela Lockheed. As estimativas atuais são de que ele fará seu voo inaugural em 2025 e poderá entrar em serviço em 2030.

Grande parte do desenvolvimento e das capacidades das aeronaves permanecem em segredo. Sabemos que planejou aproveitar o desempenho do Sr-71, oferecendo o seguinte:
  • Velocidade estimada: Até Mach 6/4.000 mph (6.437 km/h)
  • Altitude estimada : 85.000 pés (25.900 m)
Esta aeronave será mais fácil de voar? Teremos que esperar que os relatórios sejam vistos. No entanto, como não é tripulado e está sendo desenvolvido 60 anos depois, será uma fera muito diferente.

Veja no vídeo abaixo o primeiro voo do SR-71A Blackbird, em 22 de dezembro de 1964:


Com informações de Simple Flying

Não aperte o botão! O que mais irrita os comissários de bordo durante voo


O famoso botãozinho para chamar um tripulante está ali na cabine sempre à mão — e é para ser usado. No entanto, nem sempre nas ocasiões que todo passageiro imagina.

Não à toa, é comum atualmente ver vídeos e publicações de comissárias de bordo desabafando nas redes sociais ou até à plataformas especializadas sobre os comportamentos mais inconvenientes com que lidam durante o voo.

A ex-comissária da Delta Air Lines, Kat Kamalani, já reclamou do problema no TikTok. "Isso deixa as comissárias totalmente loucas: quando você aperta o botão se nós estamos na pista ou durante a subida ou descida da aeronave. E a razão para isso é que uma enorme questão de segurança para nós porque podemos nos machucar", explicou.

Ela ainda avisou que, caso não seja uma emergência, a comissária deve voltar imediatamente para o assento dela nestas circunstâncias. O vídeo já teve 213 mil curtidas. Assista:


Em um fórum no Reddit também da Delta, o usuário ianisboss123 fez então a "pergunta de um milhão": quando deve-se apertar o botão? Uma comissária identificada apenas como juneballoon na plataforma elencou então as situações que mais detesta.

Entre elas está uma mostra de egoísmo: quando os comissários estão atendendo a uma emergência médica e outro passageiro aperta o botão para pedir um lanche ou bebida. "Sério? Você está redirecionando a atenção de um dos membros da tripulação para si mesmo porque quer um refrigerante?".

O botão deve ser usado para chamar os comissários em situações em que o passageiro realmente precisa de ajuda ou enfrenta emergência, salientaram as tripulantes (Imagem: Getty Images)
Ela ainda considera rude quando viajantes usam o botão simplesmente para lhe entregar lixo. "Faz com que eu me sinta uma lata de lixo humana". Ela pede então que os passageiros coloquem o material no bolso que fica na porção de trás da poltrona à sua frente e espere até que a tripulação passe com a lixeira para recolher as embalagens, guardanapos e outros descartes.

Para ela, é desnecessário também o chamado para pedir um item — como, por exemplo, fones de ouvidos — que ela acabou de passar oferecendo, "deliberadamente tentando fazer contato visual com todo mundo".

O dilema da ida ao banheiro


A comissária ainda reclama de passageiros que recorrem ao botão emergencial para perguntar se podem ir ao banheiro pouco depois da aterrissagem ou decolagem.

"Apenas vá se você não consegue segurar. Você não precisa da minha permissão". Apesar disso, ela salienta que o uso do banheiro deve ser evitado após o acender das luzes para a descida, por exemplo, porque o piloto não poderá pousar — ele terá que se manter no ar e perder sua posição, o que acarretará em atrasos e relatórios da equipe de bordo.

Não é preciso avisar os comissários que vai ao banheiro, mas é preciso respeitar as
 normas de segurança (Imagem: Getty Images)
No entanto, se for inevitável a necessidade de usar o banheiro, o passageiro deve ir — exceto quando o procedimento de descida já tiver sido iniciado, o que representa um perigo também para o viajante. A comissária juneballoon ainda reclama de passageiros que usam o botão repetidas vezes, apenas para reclamar de diversos serviços (e até roubar itens do carrinho).

Annette Long, comissária da United Airlines, reforçou ao Insider que passageiros que usam o botão apenas para conseguir que o comissário retorne para pedir algo que ele acabou de oferecer são considerados rudes e irritam os tripulantes. No entanto, ela salientou que os viajantes devem, sim, recorrer ao botão quando houver mesmo uma necessidade premente.

Uma boa regra, segundo experts, é chamar os tripulantes apenas quando não puder
fazer algo você mesmo (Imagem: Getty Images)
"Se você é diabético e está em uma situação de emergência, precisa apertá-lo — duas ou três vezes até. Nos avise. Nós estaremos com você. E às vezes quando as pessoas ficam 'presas' no assento da janela com as duas pessoas ao lado deles dormindo, e tudo o que querem é um copo de água, não tem problema".

Mas a última situação deve ser a exceção, de acordo com Sara Nelson, presidente internacional da Association of Flight Attendants (Associação de Comissários de Bordo), porque você pode estar redirecionando a atenção de comissários que poderiam estar auxiliando uma mãe com um bebê, por exemplo, ou lidando com o procedimento técnico de segurança.

As profissionais concordam: quando o passageiro chama para pedir o que acabaram de oferecer, geralmente não contará com a boa vontade da tripulação (Imagem: Getty Images)
"Como regra geral, não pense nele como o seu botão de vodca tônica. Não é para pedir bebidas. Ele é realmente para uso emergencial, em primeiro lugar", disse ao site especializado The Points Guy. O botão ainda pode ter usos operacionais, segundo Sara.

"Já pedi para pessoas que farão conexão para apertarem o botão". Assim, todos os passageiros podem ver facilmente quem está com pressa para desembarcar e facilitar para que eles desçam primeiro, mantendo a saída do avião organizada.

Via Nossa/UOL

A importância dos óculos de sol para os pilotos

Por que os óculos de sol são necessários e que tipos os pilotos podem usar?

(Foto: Jacob Lund/Shutterstock)
Os óculos de sol podem fazer muito pelos pilotos . Eles podem ser uma declaração de moda, mas, mais importante, servem como corretores e protetores da visão. Vamos falar brevemente sobre por que os óculos de sol são importantes para os pilotos.

O sol emite radiação nas formas infravermelha e ultravioleta. A radiação infravermelha é considerada inofensiva, mas a radiação ultravioleta (UV) é prejudicial aos tecidos, como a pele e os olhos. De acordo com um boletim da Federal Aviation Administration, a quantidade de radiação UV aumenta em 5% para cada 1.000 pés de altitude ganha devido à diminuição da quantidade de proteção disponível na atmosfera.

Dado esse valor, a quantidade de radiação UV experimentada pela luz solar direta a 20.000 pés é o dobro da superfície. Os conveses de vôo geralmente têm tingimento nas janelas que ajudam a evitar que parte dessa radiação passe, mas os pilotos estão bem cientes do aumento da exposição aos raios UV durante o trabalho. Dada a opção, alguns pilotos optam por voar em altitudes mais baixas para limitar a quantidade de exposição aos raios UV. Os pilotos também usam telas de sombra e, principalmente, óculos de sol para proteger sua visão.

Uma tela de sombra na cabine de comando de um Airbus (Foto: Santi lumubol/Shutterstock)
Embora inicialmente contraditório, os pilotos não usam óculos de sol polarizados. A polarização ajuda a reduzir o brilho de superfícies brilhantes porque permite que a luz apenas de uma direção (geralmente vertical) passe pelas lentes. A luz emitida pelos visores da cabine de pilotagem, como os visores primários e multifuncionais, é emitida horizontalmente.

Isso faz com que as exibições apareçam como caixas pretas, a menos que você incline a cabeça para o lado. Você pode ter experimentado algo semelhante com um telefone celular ou tablet enquanto usava lentes polarizadas. Para garantir que os monitores sejam visíveis, os pilotos devem usar óculos de sol não polarizados.

Muitos pilotos usam óculos de sol para atender aos requisitos legais de visão. Ao contrário do pensamento popular, os pilotos não precisam de uma visão perfeita. Os padrões médicos da FAA exigem que os pilotos tenham visão de perto 20/40, e isso pode ser alcançado por meio de medidas corretivas, como cirurgia Lasik, lentes de contato ou óculos convencionais.

Óculos corretivos são aceitáveis ​​desde que uma máscara de oxigênio de colocação rápida possa ser usada sem interferência. Para os pilotos que utilizam óculos convencionais como forma de corrigir a visão, o uso de óculos graduados durante as operações diurnas é uma exigência legal para a posse do atestado médico.

Uma consideração para os pilotos da aviação geral é a utilidade dos óculos de sol para proteger os olhos no caso de colisão com um pássaro. Colisões com pássaros são relativamente comuns, especialmente nas altitudes mais baixas em que as aeronaves da aviação geral operam exclusivamente. Há uma abundância de vídeos e depoimentos de colisões com pássaros que resultaram na falha do pára-brisa de plástico ou fibra de carbono e soprando de volta no rosto do piloto.

Em um avião monomotor, o vento gerado pelas hélices é adicionalmente abrasivo para os olhos caso a janela falhe por qualquer motivo, colidir com um pássaro ou outro. Por esses motivos, a FAA reconhece o aprimoramento da segurança proporcionado pelo uso de óculos.

Os óculos de sol geralmente servem a mais propósitos do que tornar o voo mais confortável em um dia ensolarado. Seja corrigindo a visão, protegendo a visão ou parando detritos voadores, os óculos de sol fazem uma diferença mensurável para a comunidade de vôos.

Fonte: FAA.gov

Por que as aeronaves têm janelas pequenas e arredondadas?

Aeronaves em todo o mundo tendem a ter quase o mesmo design de janela, que é pequeno e arredondado. A resposta não é apenas estética, mas também de segurança.

(Foto: Divulgação/GOL)
Do menor ao maior avião no céu hoje, um elemento-chave para os passageiros é o mesmo: o formato das janelas. Os pequenos recortes redondos na fuselagem são pontos cobiçados, mas por que não têm uma forma diferente? As janelas grandes e quadradas não oferecem melhores oportunidades de visualização. A razão está enraizada na aerodinâmica do avião e um exemplo perigoso.

Gerenciando a pressão


A razão para as janelas arredondadas nos aviões de hoje é gerenciar a pressão do ar dentro e fora do avião. Ao cruzar acima de 10.000 pés, as cabines das aeronaves são pressurizadas a 11-12 psi, enquanto a pressão do ar externo pode ser de apenas 4-5 psi. Essa grande variação causa estresse nas janelas, que precisam lidar com repetidos ciclos de pressurização.

A razão pela qual as janelas redondas foram escolhidas como norma é porque sua forma permite uma distribuição uniforme da pressão pelo painel. Isso é extremamente importante, como discutiremos em breve. Além disso, o design também suporta melhor a deformação, tornando-o mais forte para uso a longo prazo.

Dada a sua capacidade de distribuir a pressão uniformemente, as janelas redondas são a
escolha mais segura para aeronaves (Foto: Getty Images)
Isso explica por que todos os aviões usam janelas redondas há mais de 70 anos. No entanto, não era assim no início da era do jato, e foram necessários dois acidentes para adotar um novo design.

Janelas quadradas no início


Enquanto as aeronaves começaram a ser pressurizadas em 1940, sua importância aumentou com o início da era do jato na década de 1950. Até então, os passageiros estavam acostumados com janelas quadradas, parecidas com as do dia a dia. No entanto, isso mudou com o de Havilland Comet, o primeiro avião a jato.

Dois Comet's se partiram no ar em 1954, matando 56 passageiros e levantando uma necessidade urgente de respostas. A razão foi encontrada para ser o design da janela quadrada. Em particular, a borda do quadrado estava recebendo muita pressão, fazendo com que rachassem e destruíssem a aeronave. As quatro arestas afiadas levaram até 70% do estresse, fazendo com que elas se desfizessem em meio ao uso repetido.

O desenho da janela quadrada do Comet pode ser visto aqui (Foto: Getty Images)
Para evitar mais incidentes desse tipo, os designers se mudaram para encontrar uma nova forma para resistir à pressão, levando ao layout da janela circular que surgiu desde então.

Camadas de proteção


No entanto, não é apenas a forma que os engenheiros usam para garantir que as janelas se mantenham firmes durante os voos. Você deve ter notado que as janelas são feitas de três camadas de acrílico. O mais externo é o mais grosso e recebe toda a pressão do lado de fora, enquanto o do meio também é grosso e possui um pequeno orifício usado para equalizar a pressão e proteger o painel interno. Aquele que enfrentamos como passageiros na camada mais fina e leva apenas a pressão relativamente menor da cabine.

Em 2018, uma falha de motor da Southwest viu as lâminas rasgarem uma janela , sugando um passageiro parcialmente e, eventualmente, levando à sua morte. Hoje, incidentes de abertura de janelas são extremamente raros, mas as janelas continuam sendo uma parte essencial das verificações de segurança.

Para uma explicação mais esclarecedora e visual sobre por que as janelas dos aviões são redondas e não quadradas, confira o vídeo do YouTube abaixo.


Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu, com informações de Engineering World Channel e Simple Flying

sábado, 20 de abril de 2024

Vídeo: veja como o Gripen pode operar em bases dispersas

Em vídeo, Saab mostra como a Suécia opera os caças Gripen a partir de bases improvisadas em rodovias
Grandes bases permanentes são parte da infraestrutura básica – e até mesmo símbolo – de uma força aérea. No entanto, em caso de guerra, também se tornam alvos fáceis e prioritários. A Suécia tem isso em mente e há anos treina o uso de bases dispersas, operando seus aviões de caça a partir de instalações ao lado de estradas, espalhadas pelo território sueco. Seu avião de caça mais moderno, o Saab JAS-39 Gripen, foi desenvolvido com essa cultura.

O Gripen é “descendente” direto do Saab Viggen, outro lendário caça que também incorporava elementos que o permitiam ser operado com facilidade a partir destas bases. O JAS-39, por sua vez, trouxe essas e outras características ao seu design. A aeronave pode pousar em uma rodovia e taxiar para uma área mais recuada. Nesse ponto, o Gripen pode ser completamente rearmado e reabastecido em apenas 10 minutos.

Em um vídeo publicado nesta sexta-feira (10), a Saab mostra como a Força Aérea Sueca explora a capacidade do caça de operar em pistas curtas e com infraestrutura de apoio reduzida. Confira o vídeo pelo player abaixo.


Via Gabriel Centeno (Aeroflap) - Foto: Saab/Divulgação

sexta-feira, 19 de abril de 2024

Como o programa de pesquisa hipersônica X-15 estabeleceu todos os tipos de recordes na aviação

O recorde de velocidade do X-15 permanece ininterrupto e (por algumas definições) seu recorde de altitude não foi quebrado até 2004.


Hoje em dia, quando as pessoas ouvem falar de experimentação hipersónica , normalmente, a discussão envolve mísseis hipersónicos, mas na década de 1960, o avião hipersónico movido a foguete X-15 teria vindo à mente. O X-15 da América do Norte ultrapassou os limites da ciência e foi um passo crucial no programa espacial da América e na ida à Lua. Antes de Neil Armstrong pisar na lua, ele voou no experimental X-15. O X-15 foi um avião-foguete que contornou os limites do espaço e continua a deter o recorde mundial de avião mais rápido que já voou.

Um avião-foguete no espaço


A NASA e a Força Aérea dos Estados Unidos trabalharam juntas para desenvolver o avião-foguete X-15 enquanto a corrida espacial esquentava. O X-15 foi o primeiro a usar traje pressurizado para o piloto. Sendo o primeiro a cruzar os limites do espaço exterior e voar a velocidades hipersónicas, regressou com uma riqueza de dados inestimáveis. 

A intenção era preencher a lacuna entre o voo tripulado na atmosfera e o voo tripulado no espaço. As informações coletadas no desenvolvimento desta aeronave e no voo em velocidades nunca vistas antes contribuíram para o desenvolvimento dos programas de voo espacial Mercury, Gemini e Apollo e do programa do ônibus espacial.

X-15 em exibição no Smithsonian National Air and Space Museum
(Foto: Museu Nacional do Ar e do Espaço Smithsonian/Flickr)
"... talvez o mais crítico é que [o X-15] forneceu um importante trampolim tecnológico para o espaço. em um ambiente sem ar, reentrar na atmosfera e realizar um pouso de precisão em um local pré-determinado." - NASA​
  • Primeiro voo: Junho de 1959
  • Introdução: Setembro de 1959
  • Aposentado: Dezembro de 1968
  • Voos: 199
  • Quantidade fabricada: 3
O X-15 foi projetado para ser transportado sob a asa de uma nave-mãe (um B-52). Dois B-52 foram adaptados para transportar o X-15 - NB-52A, "The High and Mighty One" e NB-52B, "The Challenger". Os X-15 foram lançados a uma altitude de cerca de 13,5 milhas e a uma velocidade de cerca de 500 mph.

Hoje, dois dos três estão preservados. O Museu Nacional do Ar e do Espaço possui um (X-15#1), e o Museu da Força Aérea na Base Aérea de Wright Patterson possui outro (X-15#2). A terceira aeronave (X-15#3) caiu na reentrada, matando o piloto, Capitão Michael Adams.

Um X-15 norte-americano voando bem acima das nuvens (Foto: Força Aérea dos EUA)

Um recordista


De acordo com a NASA, o X-15 estabeleceu os recordes mundiais não oficiais de velocidade e altitude, atingindo 4.520 mph (Mach 6,7) e voando a 354.000 pés (67 milhas). Para referência, a linha Karman está 62 milhas acima do nível do mar (uma fronteira proposta entre a atmosfera da Terra e o espaço sideral). 

Alguns dos voos do X-15 foram tão elevados que qualificaram os pilotos como astronautas (embora a União Soviética já tivesse colocado o primeiro homem no espaço em 1961). Os atuais voos espaciais turísticos da Blue Origin nem chegam a essa altura. As cápsulas da Blue Origin são elevadas logo acima da linha Karman (62,4 milhas), onde os passageiros podem experimentar alguns minutos de ausência de peso.

Um X-15 norte-americano em exibição no Pima Air and Space Museum (Foto: Joseph Creamer/Shutterstock)
O X-15 não apenas se tornou a primeira aeronave tripulada a atingir Mach 4 e o primeiro a atingir Mach 5 (mais rápido que Mach 5 é hipersônico) e Mach 6. O recorde de Mach 6,7 foi alcançado em 3 de outubro de 1967, por William J. Cavaleiro a uma altitude de 102.100 pés. Nenhuma aeronave tripulada hoje pode igualar esta velocidade fenomenal. Isto é muito mais rápido do que o famoso XR-71 Blackbird, às vezes chamado de aeronave tripulada rápida , voando a velocidades de até Mach 3,3.
  • Altitude máxima: 354.200 pés (67 milhas)
  • Primeiro a atingir Mach 4, 5 e 6
  • Velocidade máxima: Mach 6,72 (4.534 mph) (ininterrupto)
  • Primeiro traje espacial: traje espacial pressurizado
Depois que seus voos de teste iniciais foram concluídos em 1959, o X-15 foi equipado para ser a primeira aeronave alada a registrar Mach 4, 5 de março e Mach 6. À medida que a velocidade aumenta, aumenta também o atrito, e com o atrito vem o calor, então o X-15 foi construído para suportar temperaturas aerodinâmicas de 1.200 F.


A NASA lista 25 realizações específicas do X-15. Eles vão desde ser os primeiros a usar controles de reação para controle de atitude no espaço até desenvolver 'trajes espaciais' de proteção de pressão total. O X-15 também levou a muitas descobertas, incluindo o fluxo hipersônico da camada limite sendo turbulento em vez de laminar e pontos quentes gerados por irregularidades superficiais.

A questão da altitude


Robert White levou o X-15 a uma altitude de 314.688 em julho de 1962, e Joseph Walker subiu ainda mais alto, para 354.200 pés em 1963. Dito isto, o recorde mundial para o voo mais alto é tecnicamente detido por um jato soviético. 


Em 31 de agosto de 1977, o piloto russo Alexandr Fedotov voou com seu MiG E-266M a 123.523 pés. Isso é considerado um recorde porque as duas aeronaves eram incomparáveis. O X-15 era uma aeronave parasita que não tinha a intenção de decolar por conta própria (os B-52 o carregavam). Por outro lado, o recorde soviético foi o recorde de um avião lançado no solo.

Um X-15 em exibição no Museu Nacional do Ar e do Espaço (Foto: Ad Meskens/Wikimedia Commons)
O Smithsonian National Air and Space Museum afirma que em outubro de 2004, a SpaceShipOne atingiu uma altitude de 70 milhas acima da superfície da Terra, pilotada por Brian Binnie. Esta foi a primeira vez que uma aeronave no "Ganho de altitude, avião lançado de um porta-aviões" quebrou o recorde do X-15. A SpaceShipOne também estabeleceu um novo recorde mundial para a aeronave particular que voa mais alto.

Com informações do Simple Flying