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sábado, 9 de março de 2024

Queda de helicóptero militar deixa três mortos na fronteira entre EUA e México


Dois soldados e um agente de fronteira morreram na sexta-feira (8) após a queda de um helicóptero que realizava operações de apoio na fronteira entre Estados Unidos e México, e um quarto militar ficou ferido, informou o Exército americano.

“Um helicóptero Eurocopter UH-72 Lakota designado à missão federal de apoio à fronteira sudoeste caiu (…) enquanto realizava operações de aviação perto de Rio Grande City, Texas”, afirmou a instituição em comunicado.

“Dois soldados e um agente da Patrulha de Fronteira americana morreram. Outro soldado ficou ferido (…) As causas do acidente estão sendo investigadas”, acrescentou a nota.

O incidente ocorreu por volta das 14H50 (18H50 em Brasília). Segundo relatos da imprensa, o helicóptero caiu na cidade de La Grulla.

O gabinete do xerife do condado de Starr, no qual estão localizados La Grulla e Rio Grande City, informou em suas redes sociais que prestará apoio à investigação do incidente.

Via AFP e ASN

quinta-feira, 7 de março de 2024

'Oficinas do crime': operação revela esquema de pilotos e mecânicos de helicópteros a serviço do tráfico de drogas e do garimpo ilegal

O Fantástico teve acesso a áudio e vídeos que mostram como funcionava o esquema. Oficinas clandestinas guardavam peças, faziam manutenção e até montavam helicópteros a serviço do crime.


Uma operação da Polícia Federal em cinco estados desmantelou uma quadrilha que atuava em garimpos ilegais e transportava drogas para o tráfico internacional.

O Fantástico teve acesso a áudio e vídeos que mostram como funcionava o esquema. Oficinas clandestinas guardavam peças, faziam manutenção e até montavam helicópteros a serviço do crime. 


A descoberta do esquema

Em um vídeo, um homem, identificado como o piloto Silvio Sant'Anna oferece voo ilegal para as crianças indígenas. De acordo com a polícia, a gravação foi feita na região Norte do Brasil, em uma área de garimpo ilegal. 

As imagens foram encontradas no celular do piloto, depois que ele foi preso em uma operação, no dia 22 de fevereiro. Segundo as investigações, Sílvio faz parte de uma organização criminosa que atua em garimpos ilegais e transporta drogas para o tráfico internacional.

“Pilotos dedicados a esse transporte da cocaína. E contando com a estrutura em solo, contando com o apoio logístico”, ressalta Edmar Rogério Dias Caparroz, delegado da Polícia Civil-SP.

Os planos dessa quadrilha começaram a dar errado em agosto do ano passado, quando a polícia apreendeu mais de 600 quilos de cocaína no interior de São Paulo e em Goiás, pertencentes ao grupo criminoso PCC.

Construção e negociação de aeronaves

Segundo a Polícia Federal, além das atividades de manutenção, a organização criminosa utilizava uma empresa de metalurgia em Goianira, na região metropolitana de Goiânia, como fachada para uma oficina clandestina que também construía aeronaves. No local, a PF encontrou um helicóptero que ainda estava sendo montado e apreendeu várias peças.

Durante as investigações os agentes descobriram a existência de outra oficina clandestina a serviço do crime organizado, equipada com um hangar e um heliponto, operando sem autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

“São aeronaves que já há a suspensão da documentação pela ANAC ou está avariada ou está abatida, ela não pode estar em voo", afirma.

Quase todos os sinais de identificação foram removidos ou foram raspados para evitar rastreamento. Além disso, a quadrilha realizava gambiarras, como a instalação de galões de combustível nas aeronaves para voarem por mais tempo e mais longe, sem a documentação adequada.

Um áudio revelou uma negociação feita pelo piloto Silvio Sant'Anna. Um modelo de helicóptero que custa em média R$ 2,9 milhões é vendido por um valor inferior ao mercado.

Silvio: "O cara quer quanto? R$ 1,4 milhão?"

Homem não identificado: "R$ 1,4 milhão, o mecânico me passou aqui."

Silvio Sant'Anna foi preso quando pousava no aeroporto de Macaé, no Rio de Janeiro.

Apreensões de helicópteros e prisões de suspeitos

Desde o início da investigação, a polícia já apreendeu 8 helicópteros usados pela organização, incluindo uma aeronave que foi furtada no interior do Paraná e apreendida dias depois no Paraguai.

"A cor vermelha que é a cor que ele se encontrava no momento do furto, mais acima características de uma cor azul, que é a cor do fabricante e por sua vez ele já estava todo pintado de branco acinzentado, na semelhança de nuvens para dissimular o seu voo no céu", ressalta Adriana - delegada da Polícia Civil/SP.

Por nota, a defesa do piloto Silvio Sant'Anna diz que ele não praticou e não tem ciência de nenhuma conduta criminosa, alegando que Silvio tem emprego fixo e conduta reconhecida perante a sociedade.

A defesa do mecânico Junior Batista de Oliveira diz que Junior não mantém qualquer vínculo com a organização criminosa, apenas presta serviços de reparação mecânica nas aeronaves.

Na operação realizada há 10 dias, 240 agentes da Polícia Civil e da Polícia Federal foram para as ruas de 13 cidades, em cinco estados do Brasil. Dos 18 mandados de prisão, 16 foram cumpridos. Duas pessoas ainda estão foragidas. Entre elas, o piloto que teria roubado e adulterado um helicóptero.

Exército Brasileiro deverá, em breve, comprar helicópteros de ataque

O Exército Brasileiro caminha para mais uma tentativa de ter uma aviação de ataque para apoio às tropas de solo.

Airbus Tiger (Foto: DepositPhotos)
Durante toda a existência do Exército Brasileiro, nunca um helicóptero foi de fato disposto 100% para o ataque, sendo limitado ao uso do Airbus H125 Esquilo adaptado para lançamento de foguetes não guiados de 70mm, além do uso de canhões.

O mais próximo disso que o Brasil chegou foi com o Mil Mi-35M Hind, a versão de exportação do russo Mi-24V mas com aviônica ocidental, neste caso de Israel. Foi uma compra de oportunidade para fazer contrabalanço comercial com Moscou, que havia tirado as restrições para importação de carne brasileira para o país.

Este foi operado pela Força Aérea Brasileira com base em Boa Vista, em Roraima, em apoio às missões de interceptação do Sistema de Vigilância da Amazônia, o SIVAM. No entanto, devido às complicações conhecidas da logística russa, o helicóptero ficou apenas 10 anos em operação e foi retirado de serviço pouco antes da Rússia invadir a Ucrânia.

No final da década passada várias empresas apresentaram os seus helicópteros para o Exército, incluindo a Airbus com o Tiger e também a TAI (Turkish Aerospace Industries) que levou para o Brasil em um avião Ilyushin IL-76 duas unidades do T129 ATAK, a versão de fabricação local do italiano A129 Mangusta da Leonardo, como mostra o vídeo abaixo:


Inclusive, a Leonardo também já propôs antes o Mangusta para o Brasil, sendo uma das favoritas na provável e futura corrida, dada a grande presença da Leonardo no país e também o fato do substituto do A129, o AW249 Fenice, estar em fase de desenvolvimento, e ser uma grande oportunidade para o Exército comprar uma aeronave novíssima e de um parceiro histórico, a Itália.

Anteriormente, os EUA também ofereceram unidades usadas do Bell AH-1W, o que foi recusado pela força brasileira. Agora, o Exército está de olho novamente para escolher um helicóptero de ataque, como um oficial da força falou durante a International Military Helicopter (IMH) 2024, conferência do setor organizada pela DefenceIQ.

Segundo o Coronel Marco Aurélio de Castro, Chefe do Estado-Maior do Comando de Aviação do Exército Brasileiro, a força irá discutir num encontro no próximo mês a aquisição destas aeronaves.

A grande vantagem para o Exército com as aeronaves é a capacidade de neutralizar blindados e tanques inimigos, canhão rotativo para maior precisão e alcance, diminuindo chance de dano colateral, e olhando para o futuro, lançamento de drones a partir de helicópteros.


Vale destacar que o Exército também deve comprar este ano em torno de 20 helicópteros Sikorsky UH-60 Blackhawk para substituir o Airbus H215 Super Puma e os Blackhawks mais antigos.

domingo, 3 de março de 2024

Acidentes com helicóptero atingem marca de 191 em dez anos

Em dez anos, o Brasil registrou 191 quedas de helicópteros. Veja na reportagem do Cesar Cavalcante.

Via BandTV

Perseverance tira foto de despedida do helicóptero marciano da NASA

Um estudante alemão usou dados da missão Perseverance e compartilhou um conjunto de imagens reprocessadas mostrando o destino do Ingenuity.

(Imagem: NASA/Simeon Schmauß)
O Perseverance, rover planetário da NASA que está em Marte, capturou imagens impressionantes da “despedida” do helicóptero marciano Ingenuity, que foi aposentado no planeta vermelho no começo deste ano.

Imagens tiradas em 25 de fevereiro pelo SuperCam Remote Micro-Imager do Perseverance, localizado no topo do mastro do rover, fornecem a melhor visão dos danos, e podemos ver por que a NASA optou por aposentar o pobre coitado.

Simeon Schmauß, estudante de Design da Universidade de Ciências Aplicadas de Munique (Alemanha), usou os dados brutos publicados no site da missão Perseverance e compartilhou um conjunto de imagens reprocessadas mostrando o destino do Ingenuity com mais clareza.

O fato de todas as pás terem o mesmo dano indica que isso pode ter ocorrido antes da pá do rotor se separar do helicóptero. Porém, ainda não há indicação definitiva do que causou o dano. A distância percorrida pela pá do rotor sugere que ela se soltou durante o voo.

Na foto, é possível ver a pá que se soltou a aproximadamente 15 metros do helicóptero
(Imagem: NASA/Simeon Schmauß)

Fim da missão Ingenuity


Ingenuity concluiu seu 72º voo com um pouso de emergência. Perdendo contato com o rover Perseverance quando ainda estava a cerca de 3 metros do solo. A missão fez história ao superar (de longe) os 5 voos originalmente planejados pela agência.

No X (antigo Twitter), o atual administrador da NASA, Bill Nelson, publicou um vídeo para anunciar o fim da missão do Ingenuity. Ressaltando a resiliência do pequeno helicóptero e as oportunidades que ele trouxe em termos de avanço na exploração.

“É com alegria e tristeza que anuncio que o Ingenuity, o pequeno helicóptero que foi capaz – e ficava repetindo ‘Eu acho que sou, eu acho que sou’ –, fez seu último voo em Marte”, disse Nelson.

Ao todo, o Ingenuity voou por 128 minutos, percorrendo 17 quilômetros, atingindo uma velocidade máxima de 35 km/h e uma altitude máxima de 24 metros.

A expectativa é que o sucesso do Ingenuity possa representar a maior adoção do uso de helicópteros na exploração de outros planetas e luas.

Sobre a missão Perseverance


Desde 18 de fevereiro de 2021, o equipamento viajou mais de 24,8 quilômetros, ultrapassou a marca de mil sóis (dias marcianos), coletou 23 amostras, captou sons de “demônios de poeira” e fez mais de 116 mil fotos da superfície de Marte.

Desde que chegou ao planeta vermelho, o rover busca por evidências de vida microbiana. Como parte da exploração, o veículo recolhe amostras de rocha e solo que serão trazidas à Terra na próxima missão de retorno.

Somente em 2023, o Perseverance encontrou moléculas orgânicas em Marte e sobreviveu a danos causados por uma tempestade de areia. Ele até mesmo gravou um redomoinho varrendo a superfície do planeta vermelho.

O veículo também foi responsável por implantar o drone Ingenuity em Marte. Em abril de 2021, o equipamento fez história ao se tornar a primeira aeronave a realizar um voo motorizado e controlado em outro planeta.

O Ingenuity realizou 72 voos ao longo de quase três anos, antes de parar de funcionar no mês passado, devido a danos em uma das hélices.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Helicóptero com turistas cai após decolar e fica preso a antena na Colômbia

Um helicóptero com quatro turistas, piloto e copiloto, perdeu o controle segundos após a decolagem na Colômbia e ficou preso a uma antena.


A aeronave Bell 206L-3 LongRanger III, prefixo HK-4810, da Volar Colombia, decolou de um heliporto, no alto de um prédio, e caiu segundos depois. Imagens gravadas por vizinhos mostram o início do voo já sem controle, com a aeronave girando no ar e caindo na sequência.


Entre bombeiros, policiais e outras forças de saúde, 70 pessoas participaram do resgate. Acidente aconteceu na tarde de segunda-feira (26), no bairro Manrique, em Medellín. Segundo o prefeito da cidade, Federico Gutiérrez, todos os passageiros foram resgatados vivos.


"O piloto, o copiloto e quatro passageiros viajavam no helicóptero. Estes últimos tiveram que ser resgatados pelo Corpo de Bombeiros oficial de Medellín", disse Carlos Andrés Quintero Monsalve, diretor do Departamento Administrativo de Gestão de Risco de Desastres, ao jornal colombiano El Espectador.


Não há detalhes sobre as causas do acidente. A Direção Técnica de Investigação de Acidentes informou que, junto à Aeronáutica Civil da Colômbia, apura o caso.


Via ASN e UOL - Fotos: @DAGRDMedellin

domingo, 25 de fevereiro de 2024

Helicóptero com vice-governador do RS faz pouso de emergência em estrada

Sistema elétrico apresentou problemas e, por segurança, aeronave pousou às margens da RS-332.

(Foto: Rádio Soledade/Divulgação)
O helicóptero Agusta-Westland AW-119Kx, prefixo PR-RES, da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, que levava o vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, precisou fazer um pouso de emergência às margens da RS-332, entre Soledade e Espumoso, na tarde de sexta-feira (23).

Após compromissos na região, o vice-governador retornava para a Capital quando o sistema elétrico da aeronave passou a apresentar problemas e o piloto do Batalhão da Aviação da Brigada Militar, por segurança, decidiu realizar o pouso.

Souza estava no helicóptero, junto com um assessor, além do piloto e do copiloto. Ninguém se feriu. O vice-governador seguiu viagem de carro para Porto Alegre.


A assessoria do governo do Estado confirmou a informação na manhã deste sábado (24) e disse que o vice-governador está bem.

Confira a nota na íntegra:

"Informamos que na tarde dessa sexta-feira (23/2), o vice-governador Gabriel Souza, equipe e tripulantes, em viagem aérea após agendas em Ibirubá, tiveram o voo interrompido por ação preventiva do piloto, após indicação técnica do sistema elétrico da aeronave. O pouso ocorreu às margens da rodovia ERS-332, entre Espumoso e Soledade, e todos os passageiros saíram em segurança. Após inspeção, o helicóptero seguiu voo para Porto Alegre e foi encaminhado para inspeção técnica."

Via GZH

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Helicóptero cai na Grande São Paulo e deixa sete vítimas

A aeronave caiu em um trecho de mata e não atingiu nenhum imóvel. Nenhuma pessoa morreu no acidente. Vídeo abaixo mostra momento da queda do helicóptero em Barueri.


O helicóptero Helibras AS 350B3 Esquilo, prefixo PR-ENT, da empresa Vortex Holding S.A., caiu na tarde de terça-feira (20) em Barueri, na Grande São Paulo, e deixou sete vítimas. Três delas estão em estado grave, segundo a Polícia Militar.

O piloto foi resgatado entre as ferragens e levado de helicóptero ao Hospital das Clínicas de São Paulo. Ele teve uma fratura no fêmur. Os outros seis feridos foram levados para o PS Central de Barueri.

Segundo o capitão Maycon Cristo, porta-voz do Corpo de Bombeiros, os sete feridos eram ocupantes da aeronave, sendo duas crianças, duas mulheres e três homens.

O acidente ocorreu perto da avenida Marco, próximo ao supermercado Hugão. A área fica a cerca de 2 quilômetros de Alphaville Empresarial.



O motoboy Paulo Henrique Araújo afirmou que presenciou o resgate das vítimas. Segundo ele, todas estavam “acordadas”. “O helicóptero tentou pousar e acho que, devido à neblina, não conseguiu ver, bateu nas árvores e despencou barranco abaixo”, relatou.

Uma outra testemunha afirmou que houve um início de incêndio após o acidente, mas que as chamas foram contidas com extintores de automóveis que estavam nas proximidades. Essa informação não foi confirmada pelos bombeiros.

“A própria população começou a socorrer e tentou tirar [as vítimas]”, disse.

O resgate com vida das vítimas só foi possível graças aos esforços de moradores do entorno do acidente e de bombeiros civis que trabalhavam em um supermercado vizinho ao local.

Vídeos gravados na área da queda antes da chegada das equipes de resgate mostram a mobilização da vizinhança para ajudar no salvamento das crianças e dos adultos envolvidos no acidente.


O bombeiro civil Fabrício Ferreira Lopes foi o primeiro a chegar no local, junto com o dono do supermercado em que trabalha, Adriano Fernando da Silva. Eles narram que, no momento da queda, o helicóptero pegou fogo e uma corrente de ajuda foi necessária para levar extintores da empresa para apagar as chamas.

“Eu saí correndo, gritando para o pessoal pegar os extintores. O Adriano correu também. Quando cheguei na metade da rua, parei para analisar o local, ver se não tinha nenhum fio arrebentado por causa da minha própria segurança também. E para poder ver se não tinha fio na água, nada”, contou Fabrício ao Jornal Hoje, da TV Globo.

“A gente sempre agradece ter fiscalização. Se não fosse isso, talvez não teria extintores ou, se tivesse, estariam vencidos e não iriam funcionar. Então, é importante essa questão da manutenção dos extintores no estabelecimento”, disse o empresário Adriano Fernando da Silva.

O bombeiro Fabrício e o empresário Adriano Fernando, que ajudaram no socorro às vítimas
da queda do helicóptero em Barueri, na Grande SP (Foto: Reprodução/TV Globo)
Ao todo, 15 extintores do supermercado foram usados para apagar as chamas. Os funcionários da empresa e moradores do entorno ainda usaram pallets de madeira, primeiro como ponte para passar pelo córrego, depois, como macas, para retirar as vítimas de perto da aeronave.

"Foi minha primeira experiência de resgate de vítimas nessas condições. Então, é muito gratificante. Sirvo na igreja onde tem o grupo de voluntários e o lema é servir e amar. Então, a gente deve servir e amar as pessoas. E eu faço isso aqui com amor e carinho todos os dias”, declarou o bombeiro civil Fabrício Lopes.

15 extintores do supermercado foram usados para apagar as chamas na aeronave
(Foto: Reprodução/TV Globo)
Três das quatro vítimas levadas ao Pronto-Socorro Central de Barueri, na Grande São Paulo, após a queda de um helicóptero, continuam em estado grave.

Ao todo, sete pessoas estavam a bordo. Mãe e filho, que estão entre as vítimas, foram levados na noite de terça-feira (20) para o Hospital de Barueri. A mulher está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do local, e a criança, na enfermaria.

Outra vítima foi transferida para um hospital particular na cidade de São Paulo. Ela sofreu uma parada cardiorrespiratória, precisou ser reanimada logo após o acidente e está em estado grave. O piloto também está internado em estado grave na UTI do Hospital das Clínicas e passou por uma cirurgia nas pernas.


O helicóptero foi retirado da área da mata nesta quarta (21) com um guincho. Parte da cauda da aeronave quebrou e o restante se soltou.

A aeronave foi levada para o Campo de Marte, onde o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) irá apurar as causas do acidente.

Para especialistas, a habilidade do piloto foi crucial para evitar um acidente ainda mais grave.

"O helicóptero tem um procedimento que se chama autorrotação, ou seja, se você fica totalmente sem motor, sem qualquer tipo de impulso, você consegue fazer um pouso planado. O que ajuda nessa hora é que o helicóptero esteja em maior altura. Quando mais alto melhor porque ele tem mais tempo para fazer esse voo planado e tem mais opções para fazer um pouso, escolher um lugar onde tenha um pouso bem-sucedido, livre de árvores, livre de fios, ou seja, um terreno descampado", afirma Jorge Bitar Neto, empresário de táxi aéreo.

Via ASN, g1, UOL e CNN

Queda de helicóptero deixou três mortos no Pará

Forças de segurança encontraram a aeronave nesta quarta-feira (21), em Goianésia do Pará, no sudeste do estado. Três ocupantes morreram no acidente. FAB já deu início às investigações para apontar as causas da queda.

Helicóptero que estava desaparecido no Pará caiu e deixou três vítimas (Foto: Dione Freires/TV Liberal)
As forças de segurança encontraram na quarta-feira (21), no município de Goianésia do Pará, no sudeste do estado, o helicóptero Robinson R44 Raven II, prefixo PR-BLZ, da Ultra-Planna Táxi Aéreo Ltda, que estava desaparecido desde segunda-feira (19). Os três ocupantes da aeronave morreram no acidente.


O helicóptero saiu de Altamira, no sudeste do Pará, por volta das 19h de segunda (19), com destino à Marabá. O veículo transportava três pessoas. Segundo um familiar do piloto, os três foram até uma fazenda para realizar trabalhos em uma plantação.

Os ocupantes da aeronave eram: Josimar Éneas da Costa (empresário que pilotava a aeronave); Abílio Manoel Figueiredo (analista de Infraestrutura de Transportes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit)); e Nildo Ferreira (prestador de serviços para o analista do Dnit).


As buscas iniciaram no dia seguinte (20). Equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) e da Força Aérea Brasileira (FAB) atuaram na localização da aeronave e dos ocupantes.

Os trabalhos ocorreram por terra, água e também com auxílio de helicópteros. A própria comunidade local também ajudou nas buscas pelos desaparecidos.

O helicóptero foi encontrado submerso na região do lago do Tucuruí, no fim da manhã desta quarta-feira (21), em Goianésia do Pará, no sudeste do estado.


A aeronave foi localizada por volta de 12h com ajuda de pescadores da região. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Corpo de Bombeiros foi acionado para enviar equipes de mergulho até o local.

A corporação informou ainda que o último sinal do piloto foi notificado próximo ao município de Novo Repartimento.

Os três corpos foram encontrados nesta quarta-feira (21) pelas forças de segurança: dois deles estavam na aeronave, que foi retirada da água na tarde desta quarta. As duas vítimas foram levadas para a sede da Polícia Científica (IML) em Marabá para identificação.

Já o corpo do servidor do Dnit foi localizado em uma ilha, distante cinco metros de onde estava a aeronave. O corpo dele já foi reconhecido pela família.

O Dnit emitiu uma nota de pesar, lamentando a morte. Abílio era servidor da autarquia há nove anos.

"Aos parentes, amigos e colegas apresentamos as nossas condolências e desejamos neste momento de profunda tristeza, que todos encontrem conforto e força para enfrentar essa perda. O DNIT dará todo apoio necessário à família neste momento", diz a nota.

Ainda não há informações sobre o que pode ter provocado a queda da aeronave e a morte dos três ocupantes, mas as condições climáticas chegaram a atrapalhar as buscas.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) as condições climáticas, com muita chuva, dificultaram o trabalho da equipe durante esta última terça-feira (20).

As investigações foram iniciadas nesta quarta-feira (21) pelo Primeiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa I), da Força Aérea Brasileira.

Segundo a FAB, a conclusão da investigação terá o menor tempo possível a depender da complexidade da ocorrência e de possíveis fatores contribuintes.

Helicóptero caiu em lago no Pará e deixou três mortos (Foto: Dione Freires/TV Liberal)
O Seripa informou que deve “utilizar técnicas específicas e realizar a coleta e a confirmação de dados, preservação dos elementos da investigação, verificação de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações”.

Via ASN e g1

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Aeronave que caiu em São Paulo é doada para utilização em curso de formação em aviação civil


A Universidade Anhembi Morumbi informou no último dia 15 de fevereiro, que celebrou um marco histórico para seu Curso de Aviação Civil: a doação de um casco e diversos acessórios de uma aeronave Bell 407 GX.

As peças e equipamentos serão utilizados para compor o Laboratório de Mecânica de Manutenção Aeronáutica no Campus Mooca, proporcionando aos alunos uma experiência prática imersiva e enriquecedora.

Para o coordenador do curso, Alexandre Faro Kaperaviczus, a chegada deste material trará experiências ricas e imersivas na formação dos estudantes de Aviação Civil. “É mais do que um simples acréscimo à jornada de aprendizado dos nossos estudantes. É a abertura de asas imaginárias que levará os alunos a voos inexplorados de descoberta e aprendizado”.

A doação foi efetuada pela FAIRFAX Seguradora, que era a responsável pelo seguro da aeronave. Segundo a Universidade, a ação não apenas fortalece os recursos educacionais, mas também reflete o compromisso conjunto de proporcionar aos alunos uma formação abrangente e alinhada com as exigências do mercado, graças à valiosa parceria com a seguradora.

O helicóptero é um Bell 407GX, que voava registrado sob a matrícula PP-BDL. O acidente ocorreu em 2022 no bairro Campo Belo, em São Paulo (SP), poucos minutos depois que o equipamento decolou do Aeroporto de Congonhas. Para ver novamente os detalhes e vídeos sobre essa ocorrência, clique aqui.

Via Murilo Basseto (Aeroin)

sábado, 10 de fevereiro de 2024

Saiba como funciona o controle de helicópteros em São Paulo

Sistema desenvolvido pela FAB é operado na Torre de Controle de Congonhas.

Cidade de São Paulo tem a maior frota de helicópteros do mundo (Foto: Avantto)
O Brasil é um dos maiores detentores de frota de helicópteros do mundo, com mais de 2.000 aeronaves, segundo dados levantados pela Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero (Abraphe) e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Somente a cidade de São Paulo registra, em média, cerca de 2.200 pousos e decolagens todos os dias.

O desafio de gerenciar e controlar esse movimento aéreo específico trouxe soluções pioneiras e da mais alta complexidade. Único no mundo, o sistema Helicontrol, desenvolvido pela FAB (Força Aérea Brasileira), por meio do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), é operado na Torre de Controle de Congonhas e garante a convivência segura de aviões e helicópteros na aproximação do aeroporto — que é o segundo mais movimentado do Brasil.

A área de controle de helicópteros da Torre de Controle de São Paulo foi uma solução criada em 2004 pelo Decea, como uma alternativa para viabilizar o crescente número de operações de helicópteros nesta porção do espaço aéreo.

“O serviço foi criado baseado nos pilares básicos de controle do espaço aéreo, que são a fluidez e a segurança, visando buscar a convivência harmônica entre a circulação de helicópteros e a de aeronaves de asas fixas no aeroporto de Congonhas”, destaca o chefe da Subdivisão de Gerenciamento de Tráfego Aéreo (ATM) do Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste (CRCEA-SE), Major Aviador Roberto Manoel Francisco Júnior.

Confira no vídeo como funciona o Helicontrol e descubra a complexidade do controle de tráfego aéreo de helicópteros na capital paulista.


Por que alguns helicópteros voam com um pedaço de lã preso no para-brisa?

Helicóptero com lã vermelha no para-brisa: acessório é tão pequeno que se torna quase imperceptível (Imagem: Glenn Fawcett/U.S. Customs and Border Protection)
Na aviação, a cada dia, a tecnologia avança e torna os voos mais práticos e seguros. Entretanto, às vezes, soluções simples podem resolver grandes problemas, como um pequeno pedaço de lã preso no para-brisa.

Essa "lãzinha", como é apelidada por alguns pilotos, também é chamada de corda de guinada (yaw string, em inglês). Ela é vista com maior frequência em helicópteros mais antigos, e ajuda o piloto a saber o sentido do vento em relação à aeronave.

Como nem sempre o vento está alinhado com o eixo longitudinal (da frente para a parte de trás) do helicóptero, esse artefato permite que o piloto faça as correções necessárias em sua rota para poder voar na direção certa.

Apenas bússola não basta


A navegação de um helicóptero é feita, principalmente, por meio de bússolas. Ao se definir a rota a ser voada, o piloto deve calcular para onde deve apontar o nariz da aeronave para poder chegar ao seu destino.

Entretanto, ventos mais fortes podem desviar o helicóptero desse caminho, o que requer que sejam feitas correções na hora de voar.

Se o piloto percebe que essa lã está deslocada mais para a esquerda, por exemplo, é sinal que o vento está vindo de sua direita. Com isso, ele vira o nariz do helicóptero para esse lado até que a "lãzinha" fique alinhada novamente com o eixo da aeronave, para compensar a força feita pelo vento.

Fazendo isso, o piloto evita que, após voar por um certo tempo, o helicóptero esteja a quilômetros de distância da rota onde deveria estar voando, já que o vento foi empurrando a aeronave para o lado.

Equipamentos modernos substituem lã


Lá vermelha no para-brisa dos helicópteros: Corda de guinada ajuda pilotos na hora do voo
(Imagem: Helicidade Heliporto e Alexandre Saconi)
Atualmente, existem instrumentos que substituem a corda de guinada nos helicópteros, mas isso não a torna totalmente inútil. Ela ainda é comum de ser vista em várias aeronaves, inclusive em alguns helicópteros da Polícia Militar de São Paulo, que contam com equipamentos mais modernos.

Embora não seja mais necessária em algumas dessas aeronaves, sua presença não atrapalha em nada o voo, e acaba servindo como uma espécie de instrumento reserva.

Outra vantagem que ela promove ao permitir que o piloto possa alinhar o helicóptero com o vento é uma melhora na sensação de voo. Ao voar sendo empurrado para o lado, é comum que o piloto sinta um certo desconforto, e, alinhando a aeronave com o vento, essa sensação tende a passar.

Por Alexandre Saconi (UOL) - Fonte: João Pretti Neto, piloto de helicóptero e executivo de vendas do Helicidade Heliporto

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Ex-presidente do Chile, Sebastián Piñera morre em acidente de helicóptero

O ex-presidente do Chile Sebastián Piñera, de 74 anos, morreu após o helicóptero em que estava a bordo cair no sul do país nesta terça-feira (6). Outras três pessoas ficaram feridas.


Segundo as autoridades, o acidente aconteceu às 14h57, no horário local, no Lago Ranco. O helicóptero Robinson R66 Turbine, prefixo CC-DGV, seria de propriedade privada.

Ainda não há a confirmação que o acidente tenha - de fato - envolvido esse helicóptero, já que sabe-se que o Sr. Piñera possui ou foi proprietário do Robinson R44 Raven II, prefixo CC-PHP.

Piñera tem uma casa na região rural onde aconteceu a queda, que usava durante as férias. Ele voltava de um almoço na casa do empresário José Cox.

A polícia e socorristas foram enviados ao local do acidente. As condições meteorológicas da região eram ruins na hora do acidente, com muita chuva.


Aparentemente, o ex-presidente não conseguiu tirar o cinto de segurança. Junto com o aparelho aéreo, o corpo de Piñera foi depositado no fundo do lago, a cerca de 40 metros de profundidade.

Até o momento, a identidade dos demais ocupantes não foi confirmada. As pessoas que sobreviveram teriam saltado do helicóptero antes que ele caísse.

A Marinha, Bombeiros, Carabineros e Samu chegaram ao local, após o primeiro boletim de ocorrência do acidente, emitido às 14h57. Mergulhadores bombeiros foram quem submergiu para extrair o corpo. Posteriormente, o corpo foi transferido para um barco da Marinha.

Em coletiva de imprensa, a ministra do Interior do Chile afirmou que os feridos estão fora de perigo e que Gabriel Boric, atual presidente do país, decretou luto nacional. Ainda segundo a autoridade, será realizado um funeral de Estado para Piñera.

Quem era Sebastián Piñera



O empresário governou o país duas vezes: entre 2010 e 2014; e entre 2018 e 2022.

Piñera foi candidato da coalizão de centro-direita Chile Vamos, vencendo as eleições presidenciais no país sul-americano pela segunda vez em 2017.

Engenheiro comercial com pós-graduação em Economia na universidade de Harvard, foi considerado um dos maiores empresários do Chile.

Foi docente de várias universidades e consultor de organizações como Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco Mundial.

Em 1976, trabalhou em um projeto para a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

Piñera começou a carreira política como senador, em 1990. Em 2006, disputou a Presidência, ano que Michelle Bachelet ganhou as eleições.

Quatro anos depois, foi Bachelet quem entregou a faixa presidencial a Piñera. Seu governo foi o primeiro de centro-direita eleito democraticamente desde 1958, segundo informações da CNN Espanhol.

Em 11 de março de 2010, assumiu um Chile destruído por um terremoto que deixou mais de 500 mortos e muito prejuízo. Meses depois, também houve o resgate dos 33 mineiros de Copiapó, que ficaram 70 dias presos.

Sua popularidade passou por momentos críticos durante o primeiro governo, em parte por protestos estudantis, que demandavam mais acesso ao sistema educacional do país.

Ao fim do primeiro mandato, tinha 50% de aprovação, segundo a consultoria Adimark. Analistas avaliaram que esse nível se deu pela diminuição do desemprego e recuperação da economia, por exemplo.

Com o lema “Tempos Melhores”, tinha a redução do desemprego, crescimento econômico e melhora da qualidade de vida da classe média entre as propostas para o segundo mandato. Venceu a disputa eleitoral em dezembro de 2017.

Entre 2019 e 2020, o Chile viveu intensos protestos, que começaram contra a alta tarifa do metrô e se desenvolveram na luta por uma nova Constituição, pois a atual remonta à ditadura de Pinochet.

Em 2020, um plebiscito decidiu que uma nova Constituição deveria ser redigida. Entretanto, em 17 de dezembro de 2023, uma nova consulta pública rejeitou a proposta de Carta Magna.

Piñera também comandou a luta contra a pandemia de Covid-19 no Chile. O país, que em maio de 2020 havia atingido as maiores taxas de infecção per capita do mundo junto com o Peru, se tornou um exemplo global com a campanha de vacinação.

Até 9 de fevereiro de 2021, quando alguns países da região ainda não tinham recebido nenhuma vacina contra a Covid-19, mais de um milhão de doses da vacina já tinham sido administradas no Chile.

Piñera se casou em 1973 com Cecília Morel e teve quatro filhos.

Com informações da CNN Chile, CNN Espanhol, El Clarín e ASN

domingo, 4 de fevereiro de 2024

Aconteceu em 4 de fevereiro de 1997: 73 militares mortos na colisão de dois helicópteros em voo sobre Israel


Em 4 de fevereiro de 1997, ocorreu o desastre de helicópteros israelense, quando dois helicópteros de transporte da Força Aérea Israelense transportando soldados israelenses para a zona de segurança de Israel no sul do Líbano colidiram no ar, matando todos os 73 militares israelenses a bordo. O acidente provocou luto nacional generalizado e é considerado um fator importante na decisão de Israel de se retirar do sul do Líbano em 2000.

Após a Guerra do Líbano de 1982 , Israel retirou-se para uma "zona de segurança" no sul do Líbano, onde enfrentou uma insurgência do Hezbollah e outros grupos libaneses.

Israel tinha inicialmente deslocado tropas por terra, mas esta política foi alterada à medida que aumentava a ameaça de bombas nas estradas. Como resultado, Israel começou cada vez mais a transportar soldados por via aérea para o sul do Líbano.

Um Sikorsky CH-53 Yasur 2000 (S-65C-3) similar aos helicópteros que colidiram 
Dois helicópteros Sikorsky S-65C-3 Yas'ur 2000, números de cauda 357 e 903, foram designados em uma missão para transportar soldados e munições israelenses para o sul do Líbano, originalmente agendada para 3 de fevereiro, mas adiada em um dia devido às más condições climáticas. No dia 4 de fevereiro, as condições climáticas ainda eram ruins para voar devido ao nevoeiro, mas à tarde a visibilidade melhorou e a missão foi autorizada a prosseguir.

Os dois helicópteros decolaram da Base Aérea de Tel Nof e voaram para o Aeroporto Rosh Pina, de onde recolheram as tropas. Um helicóptero, de número 903, foi designado para voar até o Posto Avançado "Pumpkin", a leste de Nabatiyeh, e tinha quatro tripulantes e 32 passageiros a bordo. O segundo helicóptero, o 357, deveria voar para uma posição israelense no Castelo de Beaufort , e tinha quatro tripulantes e 33 passageiros a bordo.


Às 18h48, após a aprovação final ter sido dada e os soldados terem sido informados, ambos os helicópteros foram autorizados a decolar. Um minuto após a decolagem, o capitão do helicóptero 903 solicitou permissão ao controle de tráfego aéreo para cruzar a fronteira com o Líbano, mas a permissão foi adiada e os helicópteros acabaram pairando até as 18h56, quando um controlador confirmou que eles tinham permissão para cruzar. Três minutos depois, os helicópteros desapareceram do radar.


Os dois helicópteros colidiram sobre o moshav She'ar Yashuv, no norte de Israel. Uma investigação israelense concluiu que o rotor do helicóptero 357 atingiu a cauda do helicóptero 903. O helicóptero 357 caiu imediatamente, enquanto a tripulação do helicóptero 903 tentou assumi-lo, mas falhou e ele também caiu.

Segundo uma testemunha que observou o acontecimento desde o solo, "os dois helicópteros passaram sobre a minha casa sem as luzes acesas. Depois houve um clarão. Um caiu imediatamente e o outro oscilou durante meio quilómetro... depois também explodiu." 

Um dos helicópteros caiu em uma bola de fogo diretamente sobre She'ar Yashuv, incendiando um bangalô vazio, enquanto o outro caiu no cemitério do kibutz Dafna, a algumas centenas de metros de distância. 


Às 19h03, um piloto da Arkia Israel Airlines, cujo avião estava estacionado em um aeroporto em Kiryat Shmona, viu explosões e contatou a IAF sobre atividades de helicópteros na área. O piloto foi o primeiro a identificar o desastre. 

Incêndios, alimentados por combustível de aviação dos helicópteros, eclodiram no solo, e as munições armazenadas a bordo dos helicópteros explodiram e desencadearam uma série de explosões.

Algumas testemunhas afirmaram que podiam ouvir gritos fracos vindos dos destroços, mas não conseguiram chegar perto deles por causa das explosões, e que os gritos cessaram após as explosões. 


Todos os 73 soldados nos helicópteros morreram, mas não houve vítimas no solo. Uma testemunha afirmou ter visto um soldado atirado de um helicóptero que inicialmente ainda tinha pulso, mas morreu logo depois.

Após o acidente, soldados, bombeiros e equipes de resgate correram para o local. Magen David Adom levou vinte ambulâncias e duas unidades móveis de terapia intensiva ao local. No entanto, logo ficou claro que não havia sobreviventes. 


Temendo que munições adicionais pudessem explodir, as FDI isolaram todas as comunidades da área, declarando-as zonas militares fechadas, fecharam todas as estradas locais e enviaram esquadrões anti-bomba para limpar a área de explosivos. Isto criou enormes engarrafamentos e impediu temporariamente que centenas de pessoas chegassem às suas casas. 

As equipes de resgate recuperaram corpos e equipamentos do local, e alguns dos mortos foram encontrados ainda amarrados em seus assentos. Os corpos foram levados para um necrotério improvisado instalado em uma base militar próxima para identificação. 


As IDF censuraram a notícia do acidente durante mais de duas horas para permitir que as famílias das vítimas fossem informadas, mas a identificação rápida revelou-se impossível. Todos os corpos foram recuperados na manhã de 5 de fevereiro.

O acidente foi o desastre aéreo mais mortal da história de Israel. Uma onda de luto nacional varreu Israel. De acordo com Joshua L. Gleis, “Em um país muito unido onde quase todos ingressam no exército, uma grande parte da população do país conhecia pelo menos um dos soldados mortos no acidente”.


No dia 6 de fevereiro foi declarado dia oficial de luto. Bandeiras foram hasteadas a meio mastro, restaurantes e cinemas fechados, o Knesset observou um minuto de silêncio e os nomes dos mortos foram lidos no início de cada boletim de notícias na televisão e no rádio.

Milhares de israelenses foram orar no Muro das Lamentações e assembleias foram realizadas em escolas em todo o país. Os funerais começaram a ocorrer em 5 de fevereiro. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o presidente Ezer Weizman compareceram aos funerais e visitaram as famílias enlutadas.


O ministro da Defesa israelense, Yitzhak Mordechai, nomeou uma comissão de inquérito chefiada por David Ivry para investigar a causa da colisão. 

A comissão recomendou que o comandante do esquadrão de helicópteros fosse demitido e impedido de quaisquer futuros cargos de comando, o comandante da Base Aérea de Tel Nof e o vice-comandante do esquadrão (que havia informado os pilotos antes de sua missão) fossem repreendidos, e que o oficial encarregado do Aeroporto Rosh Pina seja demitido de seu cargo e impedido de servir em qualquer cargo de comando por três anos. 


Nas suas recomendações para prevenir futuros acidentes, a comissão recomendou que o número de voos por piloto fosse reduzido, que fossem estabelecidos procedimentos claros relativamente ao apagamento das luzes ao cruzar fronteiras, que fosse estabelecido um helicóptero líder quando dois voassem juntos, que esquadrões operassem sob os mesmos procedimentos, e que os helicópteros voem sozinhos durante quaisquer voos noturnos para o sul do Líbano. Também recomendou que a Força Aérea Israelense instalasse caixas pretas em seus helicópteros.


O desastre provocou um debate renovado sobre a ocupação do sul do Líbano por Israel. Mais tarde naquele ano, foi fundado o Four Mothers, um movimento de protesto anti-guerra dedicado a pressionar pela retirada israelense do sul do Líbano. Este evento é visto como um catalisador para a retirada de Israel da zona de segurança no Líbano em 2000.

Memorial às vítimas do desastre do helicóptero (1997), bairro Hadar Ganim, Petah Tikva
Um memorial aos 73 soldados mortos das FDI foi criado perto do local da queda de um helicóptero próximo ao cemitério do kibutz Dafna. Foi inaugurado em 2008. O memorial é composto por vários elementos, sendo os mais visíveis 73 pedras erguidas em torno de uma piscina redonda para a qual a água é direcionada através de um canal. 

Os 73 nomes estão escritos em blocos pretos colocados sob a água da piscina. Um versículo bíblico de Jó 41:17 está inscrito. O monumento foi projetado pelo arquiteto Shlomit Shlomo, pelos arquitetos paisagistas Haim Cohen e Gilad Sharon, pelo escultor Rami Feldstein; o escultor Dani Karavan atuou como consultor do projeto.

Monumento no local do acidente em She'ar Yashuv (não o memorial principal) com Salmos 91:11
Em moshav She'ar Yashuv, onde o segundo helicóptero caiu, outro monumento foi erguido. Na extremidade sudeste do moshav, a "Floresta dos Caídos" foi plantada para memorizar os mortos. A floresta possui 73 árvores, uma para cada vítima do acidente.

Existem vários outros monumentos memoriais em todo Israel que comemoram o desastre. Além disso, existem memoriais para soldados individuais nos locais onde viveram.

Em 15 de fevereiro de 2017, um serviço memorial foi realizado no Kibutz Dafna para marcar o 20º aniversário do desastre. As famílias enlutadas das vítimas compareceram, bem como o presidente Reuven Rivlin, o ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, e o chefe do Estado-Maior das FDI, Gadi Eizenkot.

Abaixo, o documentário "O lado desconhecido do desastre do helicóptero: depois que o céu caiu - 25 anos depois do acontecimento que abalou o país"

Ative a legenda em português nas configurações do vídeo

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipédia e IDF

sábado, 3 de fevereiro de 2024

Como a Hughes Aircraft Company produziu o helicóptero com o maior sistema de rotores de todos os tempos

O barulho do helicóptero era tão alto que podia ser ouvido a 13 quilômetros de distância.

(Foto: Getty Images)
Conhecido como um "guindaste voador", o Hughes XH-17 foi o primeiro projeto de helicóptero assumido pela Hughes Aircraft Company, com sede em Culver City, na Califórnia. A enorme máquina tinha um rotor principal de duas pás com um diâmetro de 134 pés.

Após o fim da Segunda Guerra Mundial , a Força Aérea do Exército dos Estados Unidos queria um helicóptero que pudesse transportar 10.000 libras. O contrato inicial para projetar o helicóptero de carga pesada foi dado à Kellett Aircraft Corporation de Upper Derby, Pensilvânia. Caso a Aeronáutica aprovasse o projeto, o próximo passo seria a construção de um protótipo.

Kellett tinha problemas financeiros


No final do verão de 1947, o projeto do XR-17 havia progredido bem o suficiente para que a luz verde fosse dada para construir um equipamento de teste do sistema de rotor do helicóptero. Kellett estava com dificuldades financeiras e tentou economizar usando componentes retirados de outras aeronaves.

Incapaz de se livrar de seus problemas financeiros, a construção do XR-17 foi vendida para a empresa Hughes Aircraft com a bênção da Força Aérea. Hughes empregou muitos dos engenheiros de Kellett e os mudou para a Califórnia para continuar com o projeto. 

O trabalho no XR-17 foi retomado em março de 1949, e Hughes, assim como Kellett, usou peças de outros aviões. A cabine foi retirada do planador Waco CG-15 e o trem de pouso veio de um bombardeiro norte-americano B-25 Mitchell. O trem de pouso traseiro do helicóptero veio de um Douglas C-54 Skymaster e o tanque de combustível de um Boeing B-29 Superfortress.

O helicóptero era muito barulhento


No verão de 1952, o helicóptero estava completo e pronto para testes de voo. Ele tinha uma velocidade máxima estimada de 90 mph e um alcance de apenas 40 milhas por causa da alta queima de combustível dos dois motores General Electric J35 (TG-180). Os rotores principais de duas pás tinham um pé de espessura e 58 polegadas de largura. Eles pesavam 5.000 libras e giravam apenas a 88 rpm. Ao virar, o barulho era tão alto que podia ser ouvido a 13 quilômetros de distância. Isso levou muitas pessoas a registrar reclamações de ruído contra a Hughes Aircraft Company.

O Hughes XH-17 (Foto: USAF via Wikipedia Commons)
Um rotor de cauda de um Sikorsky H-19 Chickasaw foi adicionado ao XH-17. Era tão pequeno em comparação com os rotores principais que só era adequado para controle direcional diferencial. Por causa do trem de pouso alto e largo do helicóptero, as cargas que precisavam ser levantadas podiam ser conduzidas ou arrastadas sob o XH-17 e presas para levantamento.

No final de 1952, a Força Aérea dos Estados Unidos estava perdendo o interesse no projeto XH-17 e sentiu que seu dinheiro poderia ser melhor gasto no desenvolvimento de aeronaves a jato. A princípio, o Exército se interessou por ver o XH-17 como um tanque e outro veículo de transporte pesado, mas logo decidiu que seu dinheiro seria melhor gasto em helicópteros menores e mais baratos do que o XH-17. Em 17 de agosto de 1953, a Força Aérea cancelou o programa.

Ao longo de três anos, começando em 1952, o XH-17 foi testado e, em 1953, levantou um peso bruto de mais de 50.000 libras. O XH-17 detém o recorde mundial de voar com o maior rotor do mundo, que permanece até hoje. Como o helicóptero era muito ineficiente, com um alcance de apenas 40 milhas e complicado de construir, apenas um protótipo foi produzido.

Projeto do Hughes XH-17 sob três ângulos (Imagem: USAF via Wikimedia Commons)

Características e especificações gerais do XH-17:

  • Capacidade: Cargas de até 10.284 libras foram transportadas
  • Capacidade de combustível: 635 galões americanos
  • Powerplant: 2 × Geradores de gás General Electric 7E-TG-180-XR-17A, 3.480 hp
  • Velocidade máxima: 90 km/h
  • Alcance: 30 milhas com carga útil de 10.284 libras
  • Teto de serviço: 13.100 pés
  • Taxa de subida: 1.650 pés/minuto
Com informações do Simple Flying