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sábado, 21 de janeiro de 2023

Piloto investigado por tráfico internacional de drogas é extraditado da Colômbia e chega a Palmas (TO)

Ricardo de Miranda é suspeito de transportar grandes quantidades de Cocaína em aviões. Ele teve a prisão decretada em 2019, mas só foi detido em 2021 em uma cidade colombiana.

Imagem dos aviões no dia em que foram apreendidos durante a
1ª fase da operação Flak, em 2019 (Foto: Divulgação)
O piloto brasileiro, Ricardo de Miranda, de 47 anos, investigado por tráfico internacional de drogas, foi extraditado da Colômbia e encaminhado a Palmas em um avião, escoltado por agentes da Polícia Federal. Ele chegou na manhã desta quinta-feira (19) e continuará em prisão preventiva na Unidade Penal de Palmas.

Ricardo era um dos alvos da operação Flak da Polícia Federal, deflagrada em 2019 para desarticular uma quadrilha de tráfico de drogas. Conforme a PF, o grupo usava aviões modificados e até um submarino improvisado para levar cocaína produzida na América do Sul para a Europa, América do Norte e África. O caso foi descoberto após a PF do Tocantins identificar pistas de pouso no estado sendo usadas de forma irregular como pontos de apoio para a quadrilha.

Após desembarcar em Palmas o investigado foi levado para exames no Instituto de Medicina Legal de Palmas (IML). Em entrevista à TV Anhanguera ele confirmou ter feito testes no avião adulterado, mas negou ter transportado drogas.

Ricardo no IML de Palmas (Foto: Ana Paula Rehbein/TV Anhanguera)
Ricardo teve a prisão preventiva decretada no ano da operação, mas só foi encontrado e detido em 18 de novembro de 2021, na Colômbia.

O juiz federal do Tocantins, da 4ª Vara Federal, pediu extradição e a Justiça colombiana concedeu. O investigado foi transportado em um avião de carreira da PF.

Segundo a polícia, Ricardo é acusado de transportar grandes quantidades de cocaína para o narcopecuarista João Rocha Soares.

Ricardo é um dos presos na operação Flack (Foto ao lado: Reprodução)

Um dos voos flagrados pelos agentes da PF ocorreu em junho de 2017, período das investigações da Operação Flak contra o transporte e a logística do tráfico de drogas.

Naquela ocasião, Ricargo chegou ao aeroporto de Palmas e foi conduzido por dois homens do grupo de João Rocha até o aeródromo de Porto Nacional, onde ele fez testes com um avião adaptado para carregar cocaína para diversos países.

Segundo as investigações, João Rocha recrutava diversos pilotos para atender as encomendas de clientes para o transporte de grandes remessas de cocaína.

Operação Flak


Na primeira fase da operação Flak, a PF conseguiu mandados para a apreensão de mais de 40 aeronaves de pequeno porte. Na época, mais de 30 pessoas foram presas, mas a maioria delas responde ao processo em liberdade. Em 2021, o Ministério da Justiça e Segurança Pública realizou leilões de nove das aeronaves que foram apreendidas.

Em março do ano passado, a Justiça Federal condenou seis mecânicos de avião que foram alvo da Operação por darem suporte à quadrilha. Eles foram acusados de adaptar aeronaves para que elas pudessem ser reabastecidas em voo. O objetivo era que os pilotos conseguissem realizar grandes deslocamentos de drogas sem precisar pousar em aeroportos ou aeródromos onde há fiscalização.

Todos terão que ressarcir valores que somam R$ 13.430.000,00. Este valor é a estimativa de quanto o grupo criminoso arrecadou com o transporte de drogas no período da investigação.

No ano passado, a Justiça Federal também condenou Rubén Dário Lizcano Mogollón, alvo da mesma operação, a nove anos e nove de prisão. O réu está preso na Colômbia desde 15 de abril de 2021 e chegou a ter o nome incluído na difusão vermelha da Interpol, a Polícia Internacional.

Por Ana Paula Rehbein e Jesana de Jesus (g1 Tocantins)

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Vídeo: Mayday Desastres Aéreos - Trans Colorado 2286 - Aproximação Perigosa

Via Cavok Vídeos

Aconteceu em 19 de janeiro de 1988: Voo 2286 da Trans-Colorado Airlines - Piloto sob efeito de cocaína

No dia 19 de janeiro de 1988, o voo 2286 da Trans-Colorado Airlines estava em aproximação final a Durango, no Colorado (EUA), quando atingiu uma encosta coberta de neve, matando 9 dos 17 passageiros e a tripulação. 

Os sobreviventes foram obrigados a buscar ajuda por conta própria, à noite com mais de um metro de neve no chão. 

Mas a parte mais dramática da história ainda estava para ser contada. Em uma descoberta que inquietou a indústria da aviação, a investigação chegou à perturbadora conclusão de que o primeiro oficial era perigosamente incompetente e o capitão estava sob a influência de cocaína.

A história incomum do voo Trans-Colorado 2286 começa na noite anterior na casa do capitão Stephen Silver. Depois de jantar com os pais, ele não foi dormir, preparando-se para o turno do dia seguinte, que começaria ao meio-dia.

Em vez disso, ele saiu com sua noiva, e os dois passaram a noite usando cocaína. Embora não se saiba quando o capitão Silver foi dormir, ou se ele mesmo dormiu, estava claro que ele estava muito cansado e ainda sentindo os efeitos de sua aventura noturna quando se apresentou ao trabalho na manhã seguinte.

O capitão Silver foi emparelhado com o primeiro oficial Ralph Harvey em quatro voos programados para aquele dia. 

O capitão Silver registrava 4.184 horas de experiência de voo, incluindo 3.028 horas no Metro III. O primeiro oficial Harvey tinha 8.500 horas de voo, com 305 delas no Metro III.

Um Swearingen SA227-AC Metro III similiar ao acidentado
Sua aeronave, o turboélice Swearingen SA227-AC Metro III, prefixo N68TC, pertencente à Trans-Colorado Airlines e operando voos de conexão para a Continental Express, acomodava apenas 19 pessoas e não tinha espaço para um comissário. 

Os primeiros dois voos do dia, de Denver, Colorado a Laramie, Wyoming e depois de Laramie de volta a Denver, passaram sem incidentes, apesar da quantidade significativa de neve em todas as Montanhas Rochosas. Os próximos dois voos formariam um salto de ida e volta semelhante entre Denver e a cidade de Durango, no sudoeste do Colorado. 

O voo 2286 saiu de Denver atrasado devido ao clima. Isso não caiu bem para o capitão Silver, que era conhecido por sua habilidade de ganhar tempo e manter os aviões dentro do cronograma.

A maior parte da hora de voo transcorreu normalmente, até chegar a hora da descida para Durango. Na época, o primeiro oficial Harvey estava no controle. 

O controle de tráfego aéreo deu ao Capitão Silver duas opções de abordagem: uma abordagem guiada do sudoeste usando o Sistema de pouso por instrumentos, ou uma abordagem de não precisão (manual) do nordeste. 

Como dar uma volta para o sudoeste adicionaria dez minutos ao voo, o Capitão Silver escolheu a abordagem de não precisão.

No entanto, Harvey foi seriamente desafiado quando se tratava de gerenciar abordagens de alta tensão e tinha habilidade manual de voo muito pobre em condições apenas de instrumentos. Na verdade, ele havia perdido a promoção a capitão por causa desses problemas e recentemente falhou em um teste de proficiência de voo por instrumentos.

Lutando para lidar com a difícil aproximação em baixa visibilidade e com um forte vento de cauda, ​​o primeiro oficial Harvey começou a descer tarde demais - quando deveriam estar a 10.400 pés, o avião ainda estava a 14.000. 

Para compensar, ele iniciou uma descida íngreme em direção a Durango, mas compensou, enviando o avião a mais de 3.000 pés por minuto - mais de três vezes a taxa de descida normal. 

Harvey, que era conhecido por fazer um péssimo trabalho de escaneamento de seus instrumentos, não percebeu que estava voando em uma abordagem que faria o avião cair antes do aeroporto. 

O capitão Silver deveria ter notado facilmente a alta taxa de descida - na verdade, era seu trabalho como piloto não voador monitorar os instrumentos e ficar de olho no voo de Harvey. 

Mas o Capitão Silver estava passando por abstinência de cocaína, causando fadiga severa, incapacidade de foco e má percepção. Sem condições de voar (ou mesmo monitorar) uma abordagem tão difícil, ele também não percebeu que seu primeiro oficial estava prestes a pousar o avião no solo.

Como o Metroliner não tinha sistema de alerta de proximidade do solo, os pilotos só perceberam que estavam em perigo quando uma crista de floresta apareceu na frente deles. 

Eles tentaram tomar uma atitude evasiva, mas era tarde demais. O voo 2286 atingiu árvores, cortando uma asa e rolou para o telhado. O avião rolou várias vezes e deslizou de cabeça para baixo em seu telhado através da neve, finalmente parando em uma encosta íngreme.

O violento acidente matou instantaneamente 6 dos 17 passageiros e tripulantes, incluindo o capitão Silver e o primeiro oficial Harvey.

O avião caiu em um cume 10 km (seis milhas) a nordeste do aeroporto e cerca de 0,8 km (meia milha) da US Highway 160, a infraestrutura mais próxima de qualquer tipo.

Um sobrevivente saiu sozinho e conseguiu localizar uma casa solitária cerca de uma hora após o acidente. O residente ligou para os serviços de emergência imediatamente, confirmando os relatórios anteriores do controle de tráfego aéreo sobre o desaparecimento da aeronave. 

Enquanto isso, mais cinco sobreviventes, incluindo uma criança de 2 anos, seguiram para o norte e sinalizaram para um caminhoneiro na rodovia 160. Um caminhoneiro transportou os sobreviventes até que eles encontrassem os serviços de emergência. 

O local do acidente em si só foi localizado três horas após o acidente, e demorou mais 48 minutos para que os primeiros socorros chegassem. Dois sobreviventes presos nos destroços morreram durante o resgate e outro morreu no hospital no dia seguinte,

Os investigadores enfrentaram uma tarefa extremamente difícil. Não só os dois pilotos estavam mortos, mas seu avião não tinha nenhuma caixa preta, porque aviões tão pequenos como o Fairchild Metroliner não eram obrigados a tê-los em 1988. 

Ainda assim, usando dados de radar e registros de treinamento de funcionários, eles foram capazes de deduzir como o primeiro oficial voou com o avião até o solo. 

Mas a descoberta final não veio até que um membro do público contatasse a investigação para relatar o uso de cocaína do Capitão Silver. O interlocutor, um colega piloto, afirmou ter falado com a noiva de Silver, que admitiu ter “feito um saco de cocaína” na noite anterior ao acidente. 

Os investigadores nunca conseguiram entrevistar a noiva, que negou toda a história, mas os patologistas encontraram quantidades significativas de cocaína e seus metabólitos no sangue do capitão Silver.

A investigação levou a mudanças na indústria da aviação que superaram em muito a magnitude relativamente pequena do acidente. 

Primeiro, testes de drogas mais rigorosos foram introduzidos para os pilotos. Alguns testes de drogas foram feitos anteriormente, mas não com frequência suficiente para detectar o uso de drogas de maneira confiável, e a maioria da indústria e do público voador presumiram que os pilotos estavam sempre limpos. 

Após a queda do voo 2286, isso não era mais dado como certo. Além disso, pequenos aviões comerciais como o Metroliner eram obrigados a ter gravadores de voo de caixa preta e um sistema de alerta de proximidade do solo, características-chave de aviões maiores que faltavam no voo 2286. Ao todo, essas mudanças contribuíram muito para tornar a aviação mais segura.

Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos)

Com Admiral Cloudberg, ASN, Wikipedia e baaa-acro.com

Avião com mais de 500 kg de cocaína é perseguido por caça da FAB e faz pouso forçado em área rural do interior de SP; tripulação foge

Aeronave de pequeno porte foi parar em uma plantação de soja em Caporanga, distrito de Santa Cruz do Rio Pardo (SP); segundo a polícia, dois ocupantes conseguiram fugir e são procurados.

Avião de pequeno porte fez pouso forçado em área rural de Santa Cruz do Rio Pardo
(Foto: Igor Rosa/TV TEM)
O avião de pequeno porte Neiva/Embraer EMB-720 Minuano, prefixo PT-EYL, que fez pouso forçado na área rural de Caporanga, distrito de Santa Cruz do Rio Pardo (SP), na manhã desta quarta-feira (18), estava transportando mais de 500 quilos pasta base de cocaína e era perseguido por um caça da Força Aérea Brasileira (FAB).

A Polícia Federal (PF) investiga se o avião chegou a ser alvejado, mas a Polícia Civil de Santa Cruz do Rio Pardo confirmou que a queda aconteceu durante um pouso forçado.


Segundo as primeiras informações passadas pela Polícia Militar de Ourinhos, dois homens estariam na aeronave e conseguiram fugir em meio à plantação. Em nota, a PF só confirma por enquanto a existência do piloto no avião.

(Foto: Polícia Rodoviária/Divulgação)
Os suspeitos são procurados pelos policiais que foram ao local, inclusive, com apoio do helicóptero Águia, da base da Polícia Militar de Bauru (SP), e de cães farejadores.

A aeronave e a droga foram levadas para a sede da PF de Marília. Após a contagem da apreensão, a PF informou que foram contabilizados 500 tabletes da droga, sendo 250 de cocaína e outros 250 de pasta base de cocaína. A pesagem final registrou 528,5 quilos de droga.

A reportagem apurou que a aeronave estava com Certificado Aeronavegabilidade (CA) suspenso. O CA é documento emitido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Interior do avião estava totalmente ocupado por fardos com tabletes de pasta base de cocaína
(Foto: Polícia Federal/Divulgação)
A PF de Marília informou em nota que a aeronave sobrevoava o oeste do estado de São Paulo, vindo da região fronteiriça, sendo acompanhada desde então por uma aeronave da FAB, que ordenou que o piloto efetivasse o pouso imediato em um aeroporto ou aeródromo da região.

O piloto, no entanto, não atendeu à determinação e realizou o pouso forçado na área rural, o que danificou o avião.

Sem plano de voo


A FAB confirmou a interceptação na manhã desta quarta-feira da aeronave que vinha do Paraguai e entrou no espaço aéreo brasileiro. Na operação, a FAB utilizou os caças A-29 Super Tucano.

 (Foto: Redes Sociais/Reprodução)
Os radares dos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) detectaram a aeronave entrando no território nacional por volta das 7h20.

Como não havia plano de voo, os caças foram acionados, segundo a FAB, “com todas as suas capacidades de emprego”.

Neste momento, os meios de defesa aérea foram acionados. A PF também foi avisada, segundo a FAB, por se tratar de uma aeronave fazendo uma rota de tráfico de drogas já conhecida.

Na operação de interceptação, FAB utilizou os caças A-29 Super Tucano
(Foto: CB Silva Lopes/FAB/Divulgação)
Via g1, TVTEM, Canal Rural e ANAC

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Avião de Almir Sater roubado em 'arrastão' pode ter sido usado pelo tráfico e estar na Bolívia

Investigações do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) espera autorização do governo boliviano para realizar perícia em aviões apreendidos.

Um dos aviões roubados era de Almir Sater (Foto: Reprodução)
Após mais de um ano do "arrastão" que levou três aviões, incluindo o do cantor e ator Almir Sater, do aeroporto de Aquidauana (MS), o Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) apura a hipótese de que a aeronave do artista esteja na Bolívia e tenha sido usada pelo tráfico internacional de drogas.

O g1 recebeu informações sobre o desenrolar das investigações do roubo da aeronave de Almir Sater. De acordo com a delegada responsável pelas investigações, Ana Cláudia Medina, no fim de 2022 houve uma grande apreensão de aeronaves no aeroporto de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e o avião do cantor pode estar entre os apreendidos.

"As aeronaves apreendidas estavam lá a serviço do narcotráfico. Algumas características das aeronaves roubadas em Aquidauana batem com os aviões que estão apreendidos na Bolívia. Nós fizemos todas as gestões para que pudéssemos ter acesso as aeronaves e periciá-las, pois estavam adulteradas", detalha Medina.

Brasil espera autorização para perícia técnica


No Brasil, a Polícia Civil já estabeleceu todos os trâmites e aguarda a autorização do governo boliviano para que a perícia técnica seja feita nos aviões em Santa Cruz de La Sierra.

"Aguardamos o posicionamento do governo da Bolívia para a nossa entrada lá. A gente não pode afirmar que são os aviões. As características são parecidas, mas para qualquer tipo de constatação existe a necessidade de ir até o local e periciar. Os modelos são muito semelhantes".

A delegada e responsável pela Dracco explica que a hipótese de o avião ter ido para a Bolívia já havia sido levantada. A comparação entre as aeronaves apreendidas na Bolívia e das roubadas em Mato Grosso do Sul foi feita apenas por fotos até agora.

"A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul já adotou junto a Brasília todos os pedidos necessários para que a gente possa ter acesso a essas aeronaves aprendidas. Tiveram 38 pessoas presas na época. A gente tem informações que os aviões estão todos alterados", detalha a delegada.

O g1 entrou em contato com o ministério do governo da Bolívia responsável pela segurança no país e questionou sobre as investigações e por quais motivos a polícia do Brasil ainda não conseguiu realizar a perícia das aeronaves. Até a última atualização desta matéria, nenhuma resposta havia sido dada.

Entenda o caso


O roubo da aeronave ocorreu no aeroporto de Aquidauana por volta das 2h (no horário local de MS) de 6 de setembro de 2021. De acordo com a polícia, ao menos 18 criminosos estiveram no local do roubo.

O grupo rendeu o vigia e o obrigou a abastecer os aviões, além de outras pessoas que trabalhavam no aeroporto. Ao todo, seis pessoas já foram presas pelo crime, sendo um homem localizado na Bolívia.

Foram levados os seguintes aviões:
  1. Um do tipo bonanza v35b, matrícula PTING, de propriedade do pecuarista e ex-prefeito de Aquidauana José Henrique Trindade;
  2. Um do tipo Sky Lane, matrícula PTKDI, do pecuarista Zelito Alves Ribeiro e de seu sócio, Joel Jacques;
  3. Um do tipo Sky Lane, matrícula PTDST, do cantor Almir Sater.
Como não havia iluminação, os homens entraram pelos fundos e, de início, tentaram levar uma aeronave. Na sequência, eles renderam o vigia e o obrigaram a fazer o abastecimento, amarrando o homem em seguida e fugindo.

Uma testemunha conversou com a polícia e disse que chegou a escutar o barulho do momento em que levantavam voo, porém, achou que fosse alguma emergência médica e, por isso, não foi verificar.

Os bandidos que fizeram um arrastão estavam "fortemente armados", sendo que alguns deles falavam "língua espanhola e outros o idioma brasileiro", segundo a polícia.

'Vão os anéis, ficam os dedos'


"Bens materiais a gente trabalha, mas espero que seja recuperado. Mas se não, vão os anéis e ficam os dedos", descreveu o cantor Almir Sater após ter a aeronave roubada.

Almir detalhou ao g1 que trabalhava no campo, em uma das fazendas no Pantanal, pouco antes de saber sobre o roubo. "Estou no Pantanal. Estava no campo trabalhando, cheguei na hora do almoço e tinha por volta de 300 ligações", disse.

Ainda no campo, Almir contou que um rapaz foi em direção a ele, de motocicleta, para dar a notícia. Neste momento, o cantor descreveu o momento de apreensão.

"Quando vemos estas pessoas no campo, ficamos preocupados. Já senti meu coração apertado, pensei que seria algo com a minha família. Aí ele me deu a notícia de que tinham roubado o avião. Dos males, foi o menor. Vi o motoqueiro chegar e fiquei assustado", compartilhou.

Almir usava o avião apenas para as demandas das fazendas que tem no Pantanal. O cantor disse que os períodos de mais uso eram os de cheia. "A aeronave atendia minha fazenda, não era para shows. Atendia nossa vida pantaneira."

Via g1

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

PF deflagra operação contra suspeitos de usar aviões para o tráfico de drogas

Operação Mente de Colmeia cumpre 12 mandados contra suspeitos de utilizarem aviões para o tráfico.

Avião que transportava droga foi interceptado pela PF em fazenda no interior de Roraima
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (21) a operação Mente de Colmeia, com o objetivo de desarticular a atuação de grupo criminoso que seria especialista no transporte de drogas por via aérea.

Mais de 40 policiais cumprem 7 mandados de busca e apreensão e 5 mandados de prisão, expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Mucajaí, no Sul de Roraima.

A operação é um desdobramento da ação que resultou na apreensão recorde de mais de meia tonelada de Skunk, uma aeronave, veículos e armas de fogo em uma pista clandestina em uma fazenda em Mucajaí.

A pista clandestina, segundo a PF, serviria de apoio logístico tanto para o tráfico de drogas quanto para o garimpo ilegal operacionalizado dentro da Terra Indígena Yanomami.

O avião de pequeno porte, que transportava a droga, foi interceptado pela Força Aérea Brasileira (FAB), que determinou o pouso no Aeroporto Internacional de Boa Vista.

A ordem não foi atendida pelo piloto, que pousou o avião em uma pista clandestina em Mucajaí.

Agentes da Força-Tarefa de Segurança Pública do Estado de Roraima (FTSP-RR) e da Polícia Federal realizaram a interceptação da aeronave em solo, mas quatro pessoas e se esconderam em uma região de mata, abandonando no local os bens apreendidos.

Um inquérito policial foi instaurado e identificou cinco suspeitos de participarem do esquema.

Entre os alvos da operação estão dois pilotos de aeronave. Um deles, inclusive, possui passagem por homicídio e porte de arma de fogo de uso restrito e já foi alvo se outra operação da FTSP-RR, deflagrada em abril deste ano.

Desde a sua criação, em julho de 2019, a FTSP-RR já apreendeu 4 aeronaves utilizadas em apoio ao transporte de drogas. Em outubro de 2020 foi apreendida uma aeronave no município de Amajari que estava transportando 400Kg de cocaína.

Em setembro de 2021 outra aeronave foi apreendida, além de um fuzil calibre .762.

Em fevereiro de 2022 um avião que tinha sido furtado em Boa Vista-RR foi apreendido com 165Kg de droga em Presidente Figueiredo-AM, após ação conjunta da FTSP-RR, Polícia Federal e Força Aérea Brasileira (FAB).

Apenas no ano de 2022 a FTSP-RR apreendeu 40Kg de cocaína, 779Kg de Skunk, mais de 500 comprimidos de droga sintética, 41 armas de fogo e mais de 2000 munições de variados calibres, cujas destinações seriam não apenas o tráfico de drogas mas, também, o apoio ao garimpo ilegal no estado.

O nome da operação remete à forma de atuação das forças de segurança no contexto da FTSP-RR, agindo com sincronicidade na busca do atingimento de objetivos comuns a todas as esferas governamentais.

Via g1 RR

sábado, 17 de dezembro de 2022

Trem de pouso não aciona e avião interceptado no interior faz pouso de barriga em Campo Grande (MS)

Justiça decreta prisão de piloto que ia levar cocaína de MS para SP. Dona do avião, moradora de Ponta Porã, alega não saber que tinha aeronave em seu nome.


A Justiça Federal em Mato Grosso do Sul decretou a prisão preventiva do piloto de avião André Acosta, 34, detido sábado (10) na pista do aeroclube de Fátima do Sul (a 239 km de Campo Grande) por ligação com o crime organizado.

Ele estava com o avião Embraer EMB-810C Seneca II, prefixo PT-WKZ. No momento em que foi preso, André afirmou que veio a Mato Grosso do Sul para levar 300 quilos de cocaína para São Paulo, mas ao ser interrogado na delegacia acompanhado por dois advogados, ficou em silêncio.

As licenças do piloto estavam vencidas há quatro anos e desde então ele comandava aeronaves de maneira clandestina. O avião também estava suspenso para operações, segundo a Anac (Agência Nacional de Avião Civil).

Acosta foi autuado em flagrante por associação ao tráfico e por ter praticado atentado à segurança de voo por comandar aeronave com licença vencida e ainda pilotar sob influência de entorpecentes.

Responsável pelas investigações, o Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) pediu a preventiva do piloto, acatada pelo Poder Judiciário. Com isso, André Acosta deve ser levado da carceragem da Polícia Civil em Fátima do Sul para o presídio de Jateí.

Proprietária


Comprada em Goiânia (GO), a aeronave está registrada em nome de uma moradora de Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Ela já foi ouvida pelos investigadores e alegou nem saber que era proprietária de um avião avaliado em pelo menos R$ 1,2 milhão.

O Dracco investiga se ela foi paga para servir de “laranja” da organização criminosa ou se apenas teve os dados usados pelos traficantes. Segundo os policiais, a mulher não possui condições financeiras de ser dona de um avião.

A prisão – Natural de São Paulo, André Acosta voava a serviço de garimpeiros em Roraima. No sábado (10), ele cortava o espaço aéreo de Mato Grosso do Sul quando foi interceptado por avião Super Tucano da FAB (Força Aérea Brasileira).

Já a par do voo clandestino, o Dracco acionou a Polícia Militar e equipe da Força Tática foi até o aeroclube onde encontrou o avião e o piloto. André Acosta disse aos policiais que havia decolado de Campo Grande com destino à fronteira.

O piloto informou que pousou em Fátima do Sul para reabastecimento e depois levantou voo com destino à fronteira, onde a cocaína seria carregada e depois levada para São Paulo.

Entretanto, interceptado pelos aviões da FAB, ele decolou com urgência antes de pegar a droga e voltou para a pista do aeroclube de Fátima do Sul, onde foi preso.

Viaturas da delegacia de Fátima do Sul e do Dracco na pista onde avião foi apreendido
Durante revista pessoal antes de ser colocado na carceragem da delegacia, os policiais encontraram 15 gramas de maconha nas partes íntimas do piloto. No momento da abordagem, ele disse que receberia R$ 80 mil para levar a carga de cocaína até São Paulo.

Via Campo Grande News - Fotos: Reprodução

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

PF investiga se traficantes usam mesmas pistas clandestinas que garimpeiros que exploram Terra Yanomami

Suspeita de relação entre o tráfico e o garimpo ocorreu após duas apreensões seguidas de grandes quantidades de drogas. Nos dois casos, entorpecentes foram encontrados em regiões com intensa atividade e apoio a garimpos ilegais.

Avião que transportava droga foi interceptado pela PF em fazenda no interior de Roraima
A Polícia Federal apura se traficantes têm usado as mesmas pistas clandestinas que garimpeiros ilegais que exploram minérios na Terra indígena Yanomami, em Roraima. A suspeita surgiu após duas grandes apreensões de skunk em regiões do estado com intensa atividade de garimpos.

As duas apreensões ocorreram em menos de cinco dias no estado. Em uma delas, a PF fez a apreensão recorde de meia tonelada da droga. Na outra, a Polícia Civil apreendeu 234 kg. Nas duas ocasiões as drogas foram apreendidas em fazendas de Mucajaí, no Sul do estado, em regiões com apoio logístico para garimpos.

Agora, a PF tenta descobrir se há a relação entre o tráfico e o garimpo, conforme explica o delegado da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado (DRCOR), João Paulo Correia.

"Há indicativos fortes de que o tráfico de droga está usando o modal aéreo que serve para o apoio ilegal ao garimpo na terra indígena Yanomami", afirma o delegado.

O delegado disse que a PF agora "vai tentar ampliar [as investigações] e entender esse cenário: se há a a utilização dessa logística, desse modal aéreo que é utilizado por garimpo, se também está migrando para o tráfico de drogas."

Na avaliação dele, as duas grandes apreensões de drogas em Roraima "demonstra que estão utilizando aqui como rota" para o tráfico.

Apreensões recordes de droga


Somadas, as duas apreensões chegam a 734 kg de maconha do tipo skunk em Roraima. A primeira, registrada na quarta-feira (7), foi numa ação da Polícia Civil. Na ocasião, agentes apreenderam 234 kg da droga que tinha um rótulo da animação 'Os Simpsons'. Foram presos dois pilotos, de 67 e 42 anos, e um técnico de segurança, de 43.

Meia tonelada de entorpecentes e armas apreendidos pela PF (Foto: PF/Divulgação)
A droga apreendida estava escondida em área de mata na fazenda. No momento da ação policial uma aeronave tentava pousar em uma pista clandestina, mas, ao ver o movimento, arremeteu e deixou o local. Até então, estava foi uma apreensão recorde de droga pela Polícia Civil. A delegada do caso investiga se há ligação com o garimpo ilegal.

Já na apreensão da meia tonelada de skunk feita pela PF, a droga estava dentro de um avião de pequeno porte, modelo Cessna. A aeronave foi interceptada numa pista clandestina localizada na fazenda com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB). A pista é usada com frequência por garimpeiros que exploram ilegalmente a região.

Apreensão de skunk feita pela Polícia Civil (Foto: Polícia Civil/Divulgação)
O avião foi apreendido. A droga estava distribuída em vários pacotes individuais. "Esta é a maior apreensão de drogas de todos os tempos no Estado de Roraima e a maior do ano de 2022", informou a PF.

Além da droga, a PF também apreendeu um rifle calibre 22, uma espingarda calibre 36, um revólver, uma pistola 99 milímetros, dois carregadores de munição com 12 unidades cada, um rifle de ar comprimido, além de 29 munições.

O município de Mucajaí faz divisa com os municípios de Alto Alegre e Iracema, onde há forte presença de garimpos ilegais na Terra Yanomami. Para acessar a reserva, que é maior do Brasil, os invasores usam aviões de pequeno porte que fazem voos clandestinos.

A TI Yanomami é alvo constante de garimpeiros que destroem a floresta amazônica em busca de ouro e cassiterita. Neste contexto, além da degradação ambiental, a atividade ilegal impacta o modo de vida e a saúde dos indígenas.

Via Valéria Oliveira, Marcelo Marques e Camila Costa (g1 RR e Rede Amazônica)

domingo, 11 de dezembro de 2022

Piloto é preso e avião que seria usado para transportar droga é apreendido em MS

Aeronave saiu de Campo Grande e fez pouso forçado em Fátima do Sul. Segundo a PM, piloto estava com a licença vencida.

Aeronave seria usada para transporte de drogas (Foto: Dracco/Reprodução)
Um piloto de avião foi preso em flagrante pela Polícia Militar no sábado (10), após realizar um pouso forçado na pista de um aeroclube de Fátima do Sul (MS) - a 243 quilômetros de Campo Grande - por associação ao tráfico e por estar com a licença para voar vencida. De acordo com a polícia, a aeronave seria usada para o tráfico de cocaína.

A PM informou que a aeronave Embraer EMB-810C Seneca II, prefixo PT-WKZ, de cor branca, foi interceptada por volta das 10h45, por um avião Super Tucano da Força Aérea Brasileira (FAB), realizando um pouso forçado em um aeroclube de Fátima do Sul.

Em depoimento, o piloto relatou que pegou a aeronave em Campo Grande e foi até a fronteira com o Paraguai, onde iria carregar o avião com 300 quilos de cocaína e transportar até São Paulo, pelo valor de R$ 80 mil. Contudo, a missão acabou frustrada e ele teve que decolar com urgência, sem o entorpecente, após ser avisado que teria sido flagrado por forças policiais e a droga seria interceptada.

Durante a checagem da documentação do suspeito, foi descoberto que a licença para pilotar o avião estava vencida desde 2018. A PM identificou também que a aeronave estava suspensa para operações, visto estar com certificado de aeronavegabilidade suspensa, o que foi confirmado nos sistemas da agência reguladora.

A polícia encontrou ainda um pedaço de maconha de aproximadamente 15 gramas nas partes íntimas do piloto.

Por envolver aeronave, uma equipe do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) foi acionada e efetuou a apreensão da aeronave em razão das irregularidades e prendeu o piloto em flagrante por associação ao tráfico e por ter praticado atentado à segurança de voo.

Via Rafaela Moreira, g1 MS e ANAC

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

PF faz operação para combater grupo que usava pilotos de avião sem habilitação para transportar drogas e contrabando

Contas de suspeitos foram bloqueadas e carros de luxo, apreendidos. São cumpridos nove mandados de prisão e 16 de busca e apreensão.

Carro apreendido em operação da PF contra tráfico de drogas em Goiás
A Polícia Federal faz uma operação nesta quinta-feira (3) para combater um grupo que usava pilotos de avião sem habilitação para transportar drogas e produtos contrabandeados. São cumpridos nove mandados de prisão e 16 de busca e apreensão. Contas de suspeitos foram bloqueadas e carros de luxo, apreendidos.

Os mandados são cumpridos em Goiânia, Trindade e Inhumas. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados e, com isso, o g1 não conseguiu identificar as defesas deles até a última atualização dessa reportagem.

A operação foi batizada de Manicaca, nome dado a pessoas que sabem pilotar aviões, mas não têm autorização dos órgãos reguladores para fazer os voos. A PF informou que um grupo de Goiás especializado em tráfico internacional de drogas contratava essas pessoas para transportar cocaína da Bolívia para o estado.

Casa alvo de operação da Polícia Federal contra tráfico de drogas, em Trindade
Para fugir da fiscalização, os voos eram feitos em aeronaves pequenas, registradas em nomes de terceiros, com rotas incomuns e sem plano de voo registrado. Quando a droga chegava a Goiás, era distribuída em várias regiões do país.

Além do tráfico de drogas, a polícia identificou que o grupo também fazia contrabando de mercadorias do Paraguai. As cargas eram, em sua maioria, de celulares, que entravam no país sem o pagamento de impostos e eram vendidas em várias lojas.

Os investigados respondem por crimes como organização criminosa, tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e descaminho.

Via g1 Goiás - Fotos: PF/Divulgação

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

MP Militar denuncia ex-sargento e mais 6 acusados de tráfico de drogas em aviões da FAB

Segundo procuradores, além de Manoel Silva Rodrigues, dois sargentos da Aeronáutica e quatro civis atuavam em esquema. Crimes foram descobertos em 2019, quando ex-militar foi preso, na Espanha, com 37 quilos de cocaína pura em voo da comitiva presidencial.

Sargento Manoel Silva Rodrigues é acusado de transportar cocaína em avião da FAB (Foto: Reprodução)
O Ministério Público Militar (MPM) denunciou o ex-sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) Manoel Silva Rodrigues, dois sargentos da Aeronáutica, e quatro civis por tráfico internacional de drogas, associação ao tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.

A denúncia é referente ao esquema de transporte de drogas em voos da FAB, descoberto depois que Manoel Silva Rodrigues foi preso, em 2019, após ser flagrado com 37 quilos de cocaína pura em um avião da comitiva presidencial.

Manoel Silva Rodrigues já foi condenado pela Justiça comum brasileira e pela Justiça espanhola, por tráfico, e segue preso no país europeu (relembre abaixo). Caso a nova denúncia seja aceita, ele vai responder pelos crimes também no âmbito militar, que tem normas próprias.

A denúncia aponta que os envolvidos — entre eles, a esposa de Rodrigues — estavam associados de "forma estável e permanente" na prática do crime. Para o Ministério Público Militar, os ajustes previamente estabelecidos e a divisão de tarefas evidenciam o vínculo entre os denunciados.

Segundo os procuradores, os civis denunciados tinham uma relação antiga e viram o uso das aeronaves militares como uma oportunidade de transporte mais seguro das drogas, já que comitivas oficiais de autoridades públicas recebem deferências de Estados estrangeiros. Eles seriam ainda os fornecedores das drogas.

Denunciados


A procuradoria aponta que as provas colhidas, em inquéritos da Polícia Militar e da Polícia Federal, evidenciam que o então segundo sargento Manoel Silva Rodrigues transportou drogas para Madri e Sevilha, na Espanha, em duas ocasiões: 30 de abril e 25 de junho de 2019.

Na segunda tentativa, Rodrigues foi preso em flagrante. Não há, no entanto, prova da materialidade do primeiro transporte, já que não houve apreensão de droga na ocasião, segundo os promotores.

Durante as investigações, foi identificado o segundo sargento da Aeronáutica que teria "recrutado" Rodrigues, e que atuava como intermediário dos donos dos entorpecentes. O terceiro militar envolvido teria mantido contato com os demais envolvidos no esquema e é acusado de associação ao tráfico.

Segundo a denúncia, a esposa de Rodrigues, que é uma das civis denunciadas, tinha conhecimento das atividades ilícitas. Outro civil era responsável pela entrega dos entorpecentes transportados pelo ex-sargento, diz o MPM. O homem possui histórico de envolvimento com tráfico internacional de drogas.

Ele também tinha relacionamento com o segundo sargento que atuava como "recrutador", segundo os procuradores. De acordo com o documento, o suspeito adquiriu diversos imóveis e cotas sociais de empresas em valores incompatíveis com a própria renda. Para a procuradoria, isso prova o retorno financeiro da atuação com o tráfico.

O terceiro civil denunciado é citado em investigações da Polícia Civil do Distrito Federal como "Barão do Ecstasy". Ele já havia sido denunciado por tráfico internacional de drogas, mas foi absolvido. Já o quarto civil suspeito de envolvimento no esquema já foi preso e condenado por envio de cocaína a Amsterdã, na Holanda, e compra de ecstasy para distribuição na capital holandesa.

Lavagem de dinheiro


De acordo com as investigações, em pelo menos três oportunidades, o ex-sargento preso e a esposa fizeram transações — compra de motocicleta e móveis, além de depósitos bancários — para dissimular valores obtidos por meio do tráfico de drogas.

Logo após a prisão de Rodrigues na Espanha, foram encontrados ainda R$ 40 mil em espécie na residência do casal, segundo a denúncia. O valor seria referente ao transporte das drogas.

O Ministério Público Militar pediu à Justiça o sequestro de bens do casal: um veículo, uma motocicleta e um imóvel em Taguatinga.

Condenações


Mala e os 37 kg de cocaína apreendidas com militar da FAB preso na Espanha
(Foto: Guarda Civil de Sevilla)
A partir da descoberta da cocaína no avião da comitiva do presidente da República, a Polícia Federal (PF) deflagrou, pelo menos, cinco fases da operação batizada de "Quinta Coluna", que investiga o grupo suspeito de traficar drogas em aeronaves da FAB.

Manoel Silva Rodrigues foi condenado pela Justiça Militar da União em 15 de fevereiro deste ano. A pena é de 14 anos e seis meses de prisão. Na ocasião, a defesa do ex-sargento alegou que a droga não foi transportada no avião da FAB, e sim, passada a ele depois do pouso, na Espanha.

Os advogados pediram a troca da acusação de tráfico internacional para crime com pena menor: o de recebimento, venda, fornecimento ou transporte de substâncias entorpecentes. No entanto, o pedido foi rejeitado.

Em fevereiro de 2020, a Justiça espanhola já havia condenado o então sargento a seis anos e um dia de prisão. Além disso, ele foi sentenciado a pagar multa de 2 milhões de euros.

Quando foi sentenciado, Rodrigues fez um acordo com a promotoria da Espanha e, às autoridades, contou que "se aproveitou da condição de militar" para cometer o crime. Ele disse ainda que deixaria a droga em um centro comercial de Sevilha.

Em setembro de 2020, a Justiça da Espanha negou um pedido de transferência do militar para o Brasil. Com a decisão, ele precisa cumprir a pena integralmente no país europeu.

Via g1 DF

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Piloto é preso e avião apreendido em Quixadá, Interior do Ceará

Ainda não há informações se há drogas dentro da aeronave. O piloto tem histórico criminal por tráfico.

A aeronave de pequeno porte deve passar por vistoria especializada (Foto: VC/Repórter)
Um piloto foi preso na tarde desta quinta-feira (8), em Quixadá, município do Interior do Ceará. O homem, de identidade ainda não revelada, foi detido por não ter a devida documentação para pilotar. Ele já tem antecedentes criminais por tráfico de drogas.

A aeronave é o Piper PA-28-235, prefixo PT-NJXZ, fabricada em 1974. No registro, consta que não há autorização para taxi aéreo.

A reportagem do Diário do Nordeste apurou que a aeronave, um avião monomotor, está apreendida e deve passar por vistoria. Até às 15h desta quinta-feira, só tinham sido encontrados tambores de combustível, no interior da aeronave de pequeno porte.

Agentes da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) foram deslocados ao local e devem participar da vistoria, quando autorizada. O bem móvel está no nome de uma mulher.

Uma fonte que participa das diligências disse que o piloto não tem registro na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar este tipo de equipamento.

O suspeito já tinha sido flagranteado no ano de 2015, no Estado do Piauí. Na ocasião, ele foi preso por transportar drogas em uma aeronave.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que na ocasião do pouso, os operadores da Ciopaer verificaram que a aeronave estava com registro suspenso pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e o piloto, que inicialmente apresentou um código de piloto falso, com licença suspensa há quase dez anos.

"O suspeito foi autuado na Delegacia Regional de Quixadá, unidade da PC-CE responsável pela área, por falsidade ideológica, periclitação à segurança aeroviária e transporte irregular de combustível. Mais informações serão repassadas em momento oportuno para não atrapalhar as investigações policiais", disse a Pasta.

Via Diário do Nordeste

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

PF conclui que houve associação criminosa no uso de avião da FAB para tráfico de drogas

Em 2019, sargento Manoel Silva Rodrigues foi preso em Sevilha, na Espanha, com 39 quilos de cocaína em aeronave da comitiva presidencial. Relatório da PF tem 392 páginas e foi enviado para Justiça Federal.

Mala e os 39 kg de cocaína apreendidas com militar da FAB preso na Espanha (Foto: Guarda Civil de Sevilla)
A Polícia Federal concluiu que houve associação criminosa no uso do avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para tráfico de drogas pelo ex-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues. O militar foi preso em Sevilha, na Espanha, em 2019, ao transportar 39 quilos de cocaína pura em um voo da comitiva presidencial.

O relatório final tem 392 páginas e foi concluído no dia 15 de agosto pela Delegacia Regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado. O documento foi divulgado em primeira mão pelo Estúdio I, da Globo News.

"Os fatos envolvendo a utilização de aeronaves militares é que consolidam um conjunto probatório sólido dos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes e associação para o tráfico não havendo outras diligências que, no momento, permitam a continuidade das investigações", diz relatório da Polícia Federal.
 

Clique aqui para assistir a reportagem

O inquérito foi remetido para a Justiça Federal com sugestão de envio para a Justiça Militar. O g1 tenta contato com a defesa de Rodrigues.

Via g1

domingo, 28 de agosto de 2022

Fardos de cocaína foram arremessados de avião bimotor incendiado em Mirante do Paranapanema

Droga foi apreendida pela Polícia Federal, que instaurou inquérito para investigar crime de tráfico internacional de entorpecentes.

Fardos de cocaína que foram arremessados de avião incendiado em Mirante do Paranapanema
(Foto: Polícia Federal)
A droga lançada do avião perseguido por um caça da Força Aérea Brasileira (FAB) e possivelmente incendiado pelos envolvidos, em Mirante do Paranapanema (SP), foi apreendida pela Polícia Federal. Segundo os agentes, tratavam-se de fardos de cocaína, que pesaram cerca de 75 kg. Um inquérito foi instaurado e investiga o crime de tráfico internacional de entorpecentes.

A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou, a pedido da Polícia federal, o acompanhamento de uma aeronave que realizava um voo irregular no espaço aéreo nacional. Após contatos iniciais da FAB para pouso imediato, a aeronave suspeita realizou arremessos de cargas em áreas rurais existentes na cidade de Terra Rica (PR).

(Foto: Polícia Federal)
Policiais federais, com apoio da FAB, da Polícia Civil e Polícia Militar do Paraná, realizaram diligências e conseguiram localizar e recolher cerca de 75 kg de cocaína, que foram arremessados da aeronave.

O avião bimotor pegou fogo em meio a um canavial em Mirante do Paranapanema (SP). O piloto e eventuais tripulantes não foram localizados e há indicativo de que os próprios teriam ateado fogo na aeronave, pois um maçarico foi encontrado na área. A situação será aprofundada nas investigações.

A Polícia Federal abriu inquérito policial para investigar crime de tráfico internacional de entorpecentes.

O abate


Avião pegou fogo em canavial em Mirante do Paranapanema (SP) (Foto: Paula Sieplin/TV Fronteira)
Um avião bimotor pegou fogo em meio a um canavial em Mirante do Paranapanema (SP) na tarde de quinta-feira (25).

A Polícia Militar foi chamada por funcionários de uma usina próxima que relataram ter ouvido uma explosão e encontraram a aeronave já em chamas no solo.

Não foi possível saber se o incêndio foi causado por uma eventual queda ou se o avião foi incendiado após o pouso. O piloto da aeronave não foi encontrado e, ainda de acordo com a Polícia Militar, não há, no local, vestígios de vítimas.

Um caça da Força Aérea Brasileira (FAB) foi visto sobrevoando a área logo após a ocorrência.

Quando os policiais militares chegaram ao local, a aeronave estava no solo, em chamas, e já não tinha mais nenhum ocupante.

Os policiais obtiveram informações de que o avião estava sendo acompanhado por um caça da FAB desde o Estado do Paraná e que o piloto desobedeceu a uma ordem de pouso.

Ainda segundo a Polícia Militar, antes do pouso forçado no meio da plantação de cana-de-açúcar em Mirante do Paranapanema, os ocupantes do avião teriam jogado para fora da aeronave uma carga de entorpecentes quando sobrevoavam a região da cidade de Terra Rica (PR).

A suspeita da polícia é a de que os ocupantes do avião tenham feito um pouso forçado em meio ao canavial em Mirante do Paranapanema e em seguida tenham incendiado a aeronave por conta própria, já que um maçarico foi encontrado nas proximidades de onde o aparelho foi destruído pelo fogo.

Os ocupantes da aeronave abandonaram o avião incendiado em meio ao canavial e fugiram a pé. Equipes das polícias Civil, Militar e Federal fizeram buscas nas proximidades, mas ninguém foi preso.

Via g1

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Em fuga de caça da FAB, ocupantes abandonam avião usado no transporte de droga e incendeiam aeronave em canavial em Mirante do Paranapanema (SP)

Um maçarico foi encontrado próximo ao local onde a aeronave foi destruída pelo fogo. Policiais militares obtiveram informações de que ocupantes teriam jogado entorpecentes no Paraná.


Um avião bimotor pegou fogo em meio a um canavial em Mirante do Paranapanema (SP) na tarde desta quinta-feira (25).


A Polícia Militar foi chamada por funcionários de uma usina próxima que relataram ter ouvido uma explosão e encontraram a aeronave já em chamas no solo.

Não foi possível saber se o incêndio foi causado por uma eventual queda ou se o avião foi incendiado após o pouso. O piloto da aeronave não foi encontrado e, ainda de acordo com a Polícia Militar, não há, no local, vestígios de vítimas.

Um caça da Força Aérea Brasileira (FAB) foi visto sobrevoando a área logo após a ocorrência.

O g1 entrou em contato com a FAB, em Brasília (DF), às 14h57, por e-mail, e até a última atualização desta reportagem não havia recebido resposta.

Quando os policiais militares chegaram ao local, a aeronave estava no solo, em chamas, e já não tinha mais nenhum ocupante.

Os policiais obtiveram informações de que o avião estava sendo acompanhado por um caça da FAB desde o Estado do Paraná e que o piloto desobedeceu a uma ordem de pouso.

Ainda segundo a Polícia Militar, antes do pouso forçado no meio da plantação de cana-de-açúcar em Mirante do Paranapanema, os ocupantes do avião teriam jogado para fora da aeronave uma carga de entorpecentes quando sobrevoavam a região da cidade de Terra Rica (PR)..


A suspeita da polícia é a de que os ocupantes do avião tenham feito um pouso forçado em meio ao canavial em Mirante do Paranapanema e em seguida tenham incendiado a aeronave por conta própria, já que um maçarico foi encontrado nas proximidades de onde o aparelho foi destruído pelo fogo.

Maçarico foi encontrado próximo à área onde o avião pegou fogo (Foto: Paula Sieplin/TV Fronteira)
Os ocupantes da aeronave abandonaram o avião incendiado em meio ao canavial e fugiram a pé. Equipes das polícias Civil, Militar e Federal fizeram buscas nas proximidades, mas ninguém foi preso.


Via g1 - Fotos do local do acidente via Polícia Militar Ambiental (Atualizado às 18h33)