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terça-feira, 2 de abril de 2013

Seleção fecha acordo com a Gol e estreia avião que usará na Copa

Gol é a nova patrocinadora da seleção.

Parceria, com duração de quatro anos, será anunciada nesta semana.

A Gol é a mais nova patrocinadora da seleção brasileira de futebol e da CBF. O acordo vai ser divulgado esta semana pela entidade e pela companhia área, que apresentará um de seus boeings pintado com as cores da equipe nacional. O avião com a logomarca da CBF transportará a seleção em suas viagens. A estreia será no próximo sábado, com o voo para Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, onde a equipe treinada por Luiz Felipe Scolari disputará o “Amistoso pela Paz”, contra a seleção local, com parte da renda revertida para a família do falecido torcedor boliviano Kevin Douglas Beltrán Espada.

O contrato com a Gol tem a duração de quatro anos, com possibilidade de renovação por mais quatro. A companhia será a transportadora oficial da seleção principal também na Copa das Confederações (de 15 a 30 de junho próximo) e na Copa do Mundo-2014.

O antigo avião da seleção brasileira, com a logomarca da TAM

A nova patrocinadora substitui a TAM, que decidiu rescindir o contrato de R$ 13 milhões anuais com a CBF em janeiro passado. A Gol enfrentava turbulência interna, devido a prejuízos, que provocaram demissões na companhia. A companhia espera alavancar sua marca patrocinando a seleção e também associando sua marca à equipe durante as duas grandes competições da Fifa no Brasil.

A CBF também vai anunciar esta semana que o procurador criminal licenciado e deputado estadual paulista Fernando Capez será o novo assessor da entidade para assuntos de segurança nos estádios. A nomeação de Capez atende a uma exigência da FIFA, que passou a cobrar de cada uma das 209 federações filiadas a criação do cargo para cuidar do tema. Capez ficou conhecido por ter conseguido a extinção das torcidas organizadas Mancha Verde, do Palmeiras, e Independente, do São Paulo, por causa da morte do torcedor Márcio Gasparin, em 1995, no Pacaembu, durante uma partida da Copa São Paulo de Juniores. Polêmico, Capez sofreu forte contestação em São Paulo.

Fonte: Jorge Luiz Rodrigues (O Globo) - Foto: Arquivo

quinta-feira, 21 de março de 2013

Infraero desiste de novo terminal em Confins e fará "puxadinho"

Obras no Aeroporto de Confins deverão prosseguir até fevereiro de 2014, segundo novo cronograma

A Infraero, estatal que controla os aeroportos brasileiros, não vai mais construir um terminal que ampliaria em 5,8 milhões de passageiros a capacidade anual do Aeroporto de Confins, na Grande Belo Horizonte.

O projeto, que constava na Matriz de Responsabilidades da Copa do Mundo de 2014 desde janeiro de 2010, dentro de um um conjunto de obras orçado em R$ 100 milhões, foi abandonado após duas tentativas fracassadas de licitação feitas pela Infraero no fim do ano passado, quando a estatal não conseguiu contratar nenhuma construtora para executar a obra pelo preço desejado pela companhia aeroportuária.

Assim, a obra, que tinha conclusão prevista para outubro deste ano, foi substituída por outro projeto, mais modesto, de construção de um "terminal remoto", feito com instalações provisórias (apelidado de "puxadinho"), aproveitando a estrutura já existente do terminal de aviação geral, com capacidade para 3,9 milhões de passageiros por ano.

O edital de licitação foi publicado no último dia 12. Os envelopes com as propostas deverão ser abertos no dia 25 de abril. A previsão da Infraero é a de que a empreitada termine em fevereiro de 2014, a tempo de o terminal ser colocado em uso até a Copa, que começa em junho de 2014.

Por se tratar de uma contratação realizada no modelo de RDC (Regime Diferenciado de Contratações), no qual não há valor previsto para a obra, as concorrentes fazem as propostas baseadas em cálculos próprios e vence quem apresentar o menor orçamento. Nas duas licitações fracassadas do ano passado, para o terminal de maior porte, os valores apresentados foram de R$ 79 milhões a R$ 141 milhões.

O Aeroporto de Confins está na lista dos que serão entregues à iniciativa privada através de contratos de concessão feitos pelo governo federal. É com essa perspectiva que a Infraero trabalha para justificar a substituição de projetos.

"A decisão ocorreu em virtude da futura concessão do Aeroporto de Confins à iniciativa privada. No lugar desse empreendimento, a Infraero optou por construir um terminal remoto, de menor porte, para adequar a capacidade e demanda até 2017, liberando o futuro concessionário para elaborar seu próprio planejamento", informa nota da estatal enviada ao UOL Esporte.

Ocorre, porém, que a perspectiva de conceder a administração do terminal de Confins à iniciativa privada já existia quando as tentativas frustradas de licitação da obra do Terminal 3 aconteceram, e nada mudou no planejamento federal desde então.

Ainda de acordo com a Infraero, a terminal provisório que será construído "contará com infraestrutura completa para o atendimento aos passageiros, como área para check-in, salas de embarque e desembarque, banheiros e sistema informativo de voos".

Fonte: Vinícius Segalla (UOL) - Foto: Divulgação/Portal da Copa

quarta-feira, 20 de março de 2013

Copa pode dar certo por razões erradas, diz especialista em logística

"Imagina na Copa!" O bordão, evocado nos últimos meses por brasileiros presos em congestionamentos ou nas filas dos aeroportos, reflete uma expectativa de que esses problemas se agravem durante o torneio do ano que vem, com a chegada de centenas de milhares de visitantes estrangeiros.

Mas Paulo Resende, um dos maiores especialistas em logística do Brasil, acha esses temores infundados. 

Após uma recente pesquisa com cerca de 20 grandes empresas e agências de viagem, Resende chegou à conclusão de que durante a Copa os aeroportos e estradas terão na verdade um tráfego inferior ao de dias úteis normais.

Isso porque, de tanto imaginarem o que pode acontecer na Copa, as empresas vão evitar viagens a negócios, as famílias vão alterar as datas das férias e algumas pessoas vão simplesmente preferir ficar em casa o máximo que puderem, vendo os jogos, segundo Resende.

"Que sorte: nossa incompetência vai nos salvar", disse Resende, um dos diretores da Fundação Dom Cabral, uma escola de administração em Belo Horizonte. "As pessoas estão tão preocupadas com a Copa que algumas vão se fechar dentro de casa."

Em 2010, cerca de 300 mil turistas estrangeiros foram ver a Copa na África do Sul, segundo a consultoria Grant Thornton. O Brasil também espera números expressivos, já que a o conhecido fanatismo futebolístico do país - e seus cinco títulos mundiais - deve ser um grande chamariz.

Resende disse que 100 por cento das empresas brasileiras por ele consultadas planejam adiar viagens durante a Copa, que terá jogos em 12 cidades. As agências de viagens também informaram que os clientes estão solicitando explicitamente que os pacotes de férias para 2014 não coincidam com o evento, e pessoas que já haviam reservado para essa época estão tentando remarcar, segundo ele.

Observadores citaram uma tendência semelhante na Olimpíada de 2012 em Londres, quando a população abandonou a cidade, e muitos dos problemas antevistos não aconteceram. A África do Sul também teve um tráfego aéreo doméstico inferior ao habitual durante a Copa de 2010, segundo Resende.

Mas essa desaceleração não aconteceu na Alemanha durante a Copa de 2006, disse o especialista. E também está claro que, sob muitos aspectos, o Brasil é um caso à parte.

Rede obsoleta

O Brasil não está só tentando se preparar para a Copa do Mundo e para a Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro. O país também luta para modernizar sua infraestrutura, que se tornou obsoleta depois do boom econômico da última década.

Por exemplo, o número de passageiros em voos domésticos mais do que triplicou desde 2000, já que milhões de brasileiros ascenderam à classe média e andaram de avião pela primeira vez.

O Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, o mais movimentado do país, recebeu no ano passado 34 milhões de passageiros - quase o dobro da sua capacidade oficial. As filas e atrasos por lá são lendárias.

O governo originalmente esperava usar os dois eventos esportivos como uma espécie de pretexto para promover uma reforma ampla e duradoura na rede de transportes. Mas a burocracia e a falta de recursos fizeram com que sucessivos projetos fossem adiados.

Cuiabá (MT), uma cidade-sede de porte médio, provavelmente não concluirá antes da Copa o seu sistema de veículo leve sobre trilhos, segundo relatório apresentado em dezembro por auditores do governo. Uma linha de monotrilho atendendo ao aeroporto de Congonhas (São Paulo) também só ficará pronta depois da Copa, disse em novembro o governado estadual.

"É uma pena", disse Resende. "A realidade será distante do que se esperava originalmente."

A Fifa já manifestou preocupações de que o Maracanã e outros estádios não fiquem prontos a tempo da Copa das Confederações deste ano. Outras questões logísticas, como a capacidade das redes de telefonia celular para atender ao tráfego adicional dos visitantes estrangeiros, também permanecem em aberto.

Para compensar a falta de progresso nos transportes, o governo brasileiro anunciou que irá declarar feriados nas cidades sedes nos dias de jogos.

Isso significa, por exemplo, cinco feriados em São Paulo, principal polo econômico do país, o que leva alguns economistas a preverem uma perda de produtividade. Outros argumentam que, num país tão louco por futebol quanto o Brasil, provavelmente o mês da Copa não teria mesmo como ser muito produtivo.

Resende planeja realizar uma versão mais detalhada da pesquisa no começo de 2014 para prever exatamente qual será a queda no tráfego de passageiros. Mas ele disse que a decretação de feriado, mais o fator medo, claramente levarão a uma queda de atividade.

"A gente vai ver todas essas fotos de grandes ruas vazias, e as pessoas da Europa vão dizer: ‘Puxa, o Brasil é um país rico, olha como a infraestrutura deles é boa'", disse Resende, rindo. "É perverso. Mas parece que é isso que vai acontecer."

Fonte: Brian Winter (Reuters) via G1

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Serviço aéreo no país 'é de baixa qualidade' e preocupa, diz Embratur

O serviço aéreo prestado no Brasil é "de baixa qualidade" e o tema deve ser tratado pelo governo junto às companhias aéreas para não prejudicar o crescimento do turismo, disse nesta segunda-feira (25) o presidente interino da Embratur, Paulo Guilherme de Araújo.

As reclamações relativas a atraso de voos, cancelamentos, espera em aeroportos, preços de tarifas e atendimento inadequado são frequentes, segundo Araújo.

O tema também preocupa o governo no momento em que o país se prepara para sediar uma série de grandes eventos internacionais, como a Jornada Mundial da Juventude da Igreja Católica e a Copa das Confederações neste ano, a Copa do Mundo em 2014 e a Olimpíada em 2016.

"A qualidade do serviço aéreo é de baixa qualidade e isso é uma preocupação nossa", disse. "O primeiro contato do turista é com a companhia aérea. Se ele tem uma impressão ruim, fica difícil".

A Embratur e outros órgãos do governo federal pretendem se reunir com as principais companhias aéreas para cobrar um serviço de melhor qualidade aos usuários nacionais e estrangeiros.

O órgão é favorável à abertura do mercado brasileiro a companhias aéreas estrangeiras para aumentar a concorrência --e, possivelmente, a qualidade do serviço. Segundo Araújo, há preocupação também com as altas tarifas praticadas por alguns hotéis, que ele chamou de "oportunismo".

Recorde

O presidente interino disse que a Embratur espera um número recorde de turistas neste ano: 6 milhões de pessoas, ante 5,7 milhões em 2012. A meta é chegar a 10 milhões de turistas em 2020. "Seis milhões é uma boa projeção, mas nosso potencial é ainda maior", disse.

Os argentinos continuam sendo os estrangeiros que mais visitam o país. Só no ano passado, foram cerca de 1,5 milhão.

Latino-americanos

Com a Europa em crise e os Estados Unidos em recuperação econômica, a estratégia da Embratur é focar mais na atração de turistas latino-americanos com o calendário de grandes eventos no Brasil nos próximos anos.

"Reduzimos a quantidade de feiras na Europa e aumentamos ações nos nossos países vizinhos. É uma grande chance para a América do Sul", disse Araújo. Outros alvos no médio prazo são os turistas dos países em desenvolvimento do grupo dos Brics --Rússia, Índia, China e África do Sul--, disse.

Fonte: Reuters via jornal Folha de S.Paulo

MAIS

● Embratur projeta 6 milhões de turistas estrangeiros no Brasil em 2013.

● Gol critica proposta para que estrangeiras operem voos domésticos.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Ministra diz que reforma de aeroportos é um desafio para antes da Copa

A reforma dos aeroportos brasileiros é um 'desafio' que não pode esperar a Copa do Mundo 2014, disse nesta quarta-feira a ministra de Planejamento, Miriam Belchior. 'Nosso desafio não é a Copa, é hoje, é atender nossa demanda atual', disse a ministra em entrevista coletiva com jornalistas estrangeiros.

A ministra explicou que o número de passageiros em voos internos cresce a um ritmo de 12 % ao ano, o que obriga o governo a 'resolver o problema agora'.

'Neste processo de redução de desigualdades, a população pobre está começando a mudar do ônibus para o avião', disse a ministra, que garantiu que já estão sendo tomadas 'grandes medidas' para otimizar as infraestruturas atuais.

O governo está investindo na 'profissionalização' da mão-de-obra da Infraero, a empresa operadora aeroportuária, e além disso, está tomando medidas para melhorar os processos de embarque, desembarque e check in, segundo a ministra.

'Temos gordura para queimar com a atual estrutura, que pode ser potencilizada para seu uso imediato', afirmou Belchior.

Na mesma entrevista coletiva, o vice-ministro de Esportes, Luis Fernandes, disse que durante a Copa serão realizadas operações especiais e além disso, os dias em que o Brasil entrar em campo serão decretados feriados para contribuir na melhoria do transporte de passageiros.

Fonte: EFE via G1

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Força Aérea usará aviões não tripulados na segurança da Copa do Mundo de 2014

Avião não tripulado da Força Aérea realiza voo experimental no Rio Grande do Sul

A FAB (Força Aérea Brasileira) irá utilizar aviões não tripulados no auxílio das ações de segurança e vigilância durante a Copa das Confederações no ano que vem e na Copa do Mundo de 2014. O Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado), ou ARP (Aeronave Remotamente Pilotada), como a aeronave é conhecida, é um pequeno avião pilotado por "controle remoto" utilizado no Brasil desde 2011 em missões de reconhecimento e inteligência nas áreas de fronteira. Em outros países, como Israel, a ARP é utilizado também em missões de ataque com mísseis, mas os modelos da FAB não carregam armas, apenas equipamentos de vigilância.

Hoje o Brasil possui três ARPs israelenses do modelo Hermes 450, dois da FAB e um da Polícia Federal. As aeronaves são equipadas com sistemas eletro-ópticos capazes de localizar e acompanhar alvos tanto de dia quanto de noite. São câmeras infravermelhas, equipamento de visão noturna, rastreamento e filmagem em alta definição coloridas, com grande capacidade de aproximação do solo nas imagens capturadas. É possível, por exemplo, filmar pessoas à noite ou escondidas sob a copa de árvores. Outra vantagem é que a aeronave pode fazer isso a uma distância onde se torna impossível de ser vista ou escutada.


O Hermes 450 pesa 450 quilos, tem seis metros de comprimento e 10 metros de envergadura (da ponta de uma asa à outra). Voa a 110 quilômetros por hora e chega a 5,5 mil metros de altitude. A aeronave aguenta 150 quilos de carga e pode embarcar vários sensores simultaneamente.

Rio+ 20

De acordo com a FAB, as ARPs podem cumprir missões de busca, controle aéreo avançado, reconhecimento e Garantia da Lei da Ordem, dentre outras. As ARP têm autonomia para voos de até 16 horas e as tripulações em terra, além de não ficarem expostas às ameaças, podem se revezar durante as missões. Os dois aviões da FAB foram adquiridos por R$ 48 milhões, valor que inclui também uma estação de pilotagem em solo, sensores e apoio logístico.

A utilização da ARP no auxílio da segurança em grandes eventos foi testado pela primeira vez no país durante a Rio+20, conferência sobre o meio ambiente que reuniu chefes de Estado do mundo inteiro no Rio de Janeiro, em julho deste ano. Na ocasião, a aeronave realizava voos de vigilância sobre o centro de convenções que abrigava os eventos. A FAB repassava as imagens e informações colhidas à central que coordenava todas as ações de segurança do evento.

Segundo o Ministério da Defesa, os aviões podem ser utilizados durante a Copa das Confederações, no ano que vem, e na Copa do Mundo de 2014. A aeronave deve ser utilizada, por exemplo, para ajudar na vigilância nas cidades-sede em dias de jogos importantes, com a presença de chefes de Estado, em partidas de abertura e nas finais dos campeonatos, além de eventuais ações de contraterrorismo.

Em tempo real

A FAB repassará em tempo real as imagens e informações obtidas pela aeronave ao Centro Integrado de Comando e Controle, que coordenará as ações de segurança entre Forças Armadas, polícias estaduais e federal e outras instituições durante a Copa das Confederações e a Copa do Mundo de 2014. Na Copa do Mundo, serão 12 centros de controle, um em cada cidade-sede, além de um nacional.


De acordo com a assessoria de imprensa da FAB, o uso da ARP durante a Rio+20 foi considerado um sucesso e as aeronaves estão prontas para prestar apoio à realização de qualquer outro grande evento. A FAB informa que a missão original do equipamento são missões de defesa do território nacional, como vigilância das fronteiras. E que o deslocamento da aeronave para o apoio nas competições futebolísticas depende de requisição formal do governo federal, que ainda não foi oficializada. Apesar disso, oficiais da FAB ligados ao assunto afirmam que o uso das ARTs nestes eventos está garantido.

Foi criada uma equipe específica para a operação dos aviões não tripulados, o Esquadrão Hórus, em Santa Maria (RS). Segundo a FAB, há planos para que novas unidades sejam adquiridas e esquadrões criados nos próximos anos em bases aéreas nas regiões Norte e Centro-Oeste. O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacional também desenvolve, em parceria com a empresa Avibrás, um projeto nacional de ARP.


Fonte: Aiuri Rebello (UOL) - Fotos: Divulgação/FAB

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Cumbica terá hotel, shopping e monotrilho entre os terminais

O novo terminal do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), terá hotel, terminal de ônibus e uma espécie de shopping exclusivo para passageiros.

O terminal 3, com capacidade para 12 milhões de pessoas/ano, não saiu do chão. Por exigência do governo federal, que o concedeu à iniciativa privada, tem de ser estar pronto até a Copa-2014.

A fundação começa nas próximas semanas; o prédio inteiro acaba em março de 2014, segundo a Concessionária Aeroporto Internacional de Guarulhos S.A., que ontem oficialmente passou a fazer parte da administração de Cumbica, com a Infraero. Em fevereiro, a estatal deixará a gestão e a concessionária assume sozinha.

O novo terminal será só para os voos internacionais.



A principal mudança em relação aos terminais 1 e 2 é que as lojas e o hotel ficarão depois da imigração -ou seja, só passageiros terão acesso; quem levar os parentes para se despedir, não.

O conceito é comum no exterior. O modelo para o terminal 3 é o de uma espécie de shopping de luxo, com grifes nacionais e internacionais.

O hotel será destinado aos passageiros em conexão. A operadora não está definida. O terminal de ônibus, uma espécie de rodoviária, servirá a linhas municipais e ao turismo, diz a concessionária.

A inspiração para o projeto sairá de aeroportos como Changi (Cingapura), entre os mais modernos do mundo.

A proposta é que o terminal 3 seja automatizado e que o passageiro faça check-in e despache a bagagem sem ir ao balcão. Poderá fazer a partir do estacionamento, segundo a concessionária, por meio de uma esteira. Outra esteira, de cerca de 500 metros, conectará os passageiros do terminal 3 aos terminais 1 e 2.

Monotrilho

O investimento até 2014 será de R$ 2 bilhões. Entre os planos também está um monotrilho entre o terminal 4, hoje usado pela Webjet, ligando-o aos outros terminais, em um trajeto de pouco mais de 1 km. A intenção é levar os passageiros que desembarquem do trem da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) -haverá uma parada no local; o trem da CPTM está previsto para 2014.

Leia, também: Aeroporto de Guarulhos ampliará estacionamento e irá barrar pedintes.

Fonte: Ricardo Gallo (jornal Folha de S.Paulo)

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Construtora usa maior guindaste do país no Itaquerão e pode atrapalhar aviões e helicópteros


Um megaguindaste usado nas obras do estádio do Itaquerão, na zona leste de São Paulo, está dando dor de cabeça para os pilotos de helicóptero e para o Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRVP-SP).

O equipamento tem 114 metros de altura, o equivalente a um prédio de 40 andares, e está montado em um local com cota de terreno de 790 metros – ou seja, um total de 904 metros, segundo a Odebrecht, empreiteira responsável pelas obras do estádio.

A Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero (Abraphe), porém, afirma que o guindaste está quase 100 metros acima da altura informada e fica no meio do caminho de helicópteros que sobrevoam a região. 

Por causa disso, o grupo de comandantes da associação foi alertado para ter “atenção redobrada” na área. 

“Tivemos um helicóptero que sobrevoou a região, passou bem próximo do guindaste e viu que está mais alto do que o informado às autoridades aeronáuticas”, disse o comandante Rodrigo Duarte, presidente da Abraphe.

“Durante o dia, com tempo bom, tudo bem, você vê e desvia. O problema é à noite, com tempo ruim e restrição de visibilidade. E não é ruim só para helicóptero.”


O megaguindaste também está na rota do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, segundo o Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo. Por isso, e também para orientar os helicópteros, a Aeronáutica expediu um Notam – espécie de alerta sobre determinada região do espaço aéreo – para informar oficialmente os pilotos da presença do obstáculo na área.

“O guindaste em apreço viola superfície horizontal do Aeroporto de Guarulhos. Para o caso, requer-se unicamente a publicação do obstáculo, a fim de que as empresas aéreas tomem conhecimento e estabeleçam seus procedimentos de contingências. Até agora nenhuma operadora ofereceu qualquer reclamação.”

A Odebrecht afirma que o guindaste “segue instalado no canteiro até o término do assentamento de todos os módulos que vão constituir a cobertura” do estádio. “O equipamento é importante por oferecer a instalação com precisão e segurança das estruturas metálicas da cobertura das arquibancadas, um imponente teto de aço e vidro cuja altura máxima chegará a quase 60 metros em relação ao gramado na obra.”

A previsão é de que o futuro estádio do Corinthians fique pronto em dezembro do ano que vem, a tempo da Copa.

Como a própria Aeronáutica recomenda que os helicópteros mantenham uma distância de mais de 150 metros de qualquer obstáculo quando sobrevoam “cidades, povoados e lugares habitados”, depois da denúncia da associação, o órgão vai averiguar qual a real altitude do guindaste.

A autorização solicitada pela Odebrecht foi para erguer um equipamento que, no total, chegaria a 910 metros. Mas “a associação está afirmando que este guindaste teria 975 metros no topo. Será verificada a necessidade de sinalização do equipamento”, disse a Aeronáutica.

A Abraphe quer ainda que o Notam seja estendido para todo o espaço aéreo de São Paulo, não apenas para quem tem como origem ou destino o Aeroporto de Guarulhos. “Ali é ponto de chegada para o Campo de Marte e rota para quem vem do interior. O alerta precisa ser abrangente”, afirmou Rodrigo Duarte.

O presidente da Abraphe garantiu ainda que há outros casos de obras em São Paulo cujos guindastes são obstáculos no espaço aéreo. A região do Itaim-Bibi, zona sul, é uma das que mais têm megaguindastes, alguns sobre prédios.

“Na cidade, há vários equipamentos em cima de prédios que, erguidos, interferem nos voos”, disse. “Tem uma obra na Avenida Juscelino Kubitschek, no Itaim-Bibi, por exemplo, em que o guindaste está bem iluminado, tem Notam expedido, tudo certo. Mas em outras eles simplesmente ficam apagados.”

Fontes: Nataly Costa (Jornal da Tarde) / UOL Esporte - Fotos: Clayton de Souza (AE) / Divulgação

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

São Roque, SP, terá aeroporto executivo em megaempreendimento

Aeroporto servirá como suporte durante a Copa e Olimpíadas.

Mercado brasileiro neste segmento é o segundo maior do mundo.

Empreendimento terá um investimento de aproximadamente R$ 1,6 bilhão

O município de São Roque (SP), distante a 55 km de São Paulo, deverá ganhar um aeroporto até a Copa do Mundo no Brasil, em 2014. O projeto encabeçado pela empresa JHSF em parceria com a CFly Aviation reunirá, além do aeroporto executivo localizado no km 60 da Rodovia Castello Branco, um shopping center, residências e um centro empresarial de alto padrão, centro de convenções, campus universitário até um centro médico-hospitalar.

O empreendimento ocupará uma área de 7 milhões de m2 e terá um investimento de aproximadamente R$ 1,6 bilhão. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) informou que recebeu o pedido de autorização prévia de construção do aeroporto, que foi concedida em fevereiro deste ano.

O aeroporto deverá servir de suporte durante os movimentados períodos da Copa do Mundo e Olimpíadas. O empreendimento terá duas pistas: uma de 2.470 metros e outra de 2 mil metros, que atenderão também voos intercontinentais. Segundo a JHSF, a extensão destas pistas permite peso máximo de decolagem de 99% dos modelos dos jatos corporativos existentes.


A empresa estima que serão gerados cerca de cinco mil empregos diretos e indiretos na fase de construção e operação do 'Catarina', nome dado pela empresa ao megaempreendimento. Ainda segundo a construtora responsável pelo projeto, o aeroporto contará com áreas capazes de abrigar diversos hangares de pernoite, oficinas de manutenção, locais para indústria aeronáutica e sistemas que permitem realizar procedimento de instrumentos de aproximação de precisão.

Fonte: Mariana Lanfranchi Do G1 Sorocaba e Jundiaí - Imagem: Divulgação/Assessoria de impresa JHSF

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Plano para Cumbica descarta projeto da Infraero que custou R$ 22 milhões

Projeto contratado em 2010 previa terminal em formato de avião.

Aeroporto está em processo de terceirização.

Antigo projeto de terminal lembrava desenho de um avião; desenho foi abandonado
Ilustração: Mario Biselli e Artur Katchborian Arquitetos/Divulgação

O projeto de construção do Terminal 3 de Guarulhos apresentado na quarta-feira (5) pela concessionária que administra o aeroporto simboliza o abandono definitivo do projeto que custou R$ 22,6 milhões e que havia sido encomendado pela Infraero para a construção do novo espaço.

Segundo a Secretaria de Aviação Civil, o contrato de concessão não obriga que o projeto de terminal em formato de avião seja construído. A Secretaria afirmou ainda que a contratação do projeto básico e executivo data de 2010, quando ainda não estava definido que o aeroporto de Cumbica seria terceirizado, e que, por isso, não se poderia falar em prejuízo.

O projeto que previa que o Terminal 3 teria o formato de um grande avião havia sido desenvolvido pelo escritório paulistano de Mario Biselli e Artur Katchborian, juntamente com a arquiteta Gicele Alves.

O aeroporto foi leiloado em fevereiro e está passando gradativamente às mãos da iniciativa privada. A terceirização estará completa em fevereiro de 2013. A Concessionária Aeroporto Internacional de Guarulhos S.A, consórcio que passa a administrar Cumbica é formado pela construtora Invepar e pela operadora de aeroportos sul-africana Acsa.


Elas não comentaram o motivo que levou ao não aproveitar o projeto feito pela Infraero, que também tem parte na nova concessionária (49% da sociedade).

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), uma obrigação prevista em contato diz respeito ao prazo em que o novo terminal tem que ser entregue, que é maio de 2014, um mês antes da Copa.

Obras

A construção do Terminal 3, de acordo com as informações divulgadas na quarta-feira (5) pela concessionária, possibilitará o fluxo de aviões de classe F, de maior porte, como o Airbus A-380 e o Jumbo 747-800. Segundo o presidente da Concessionária Aeroporto Internacional de Guarulhos S.A, Antônio Miguel Marques, as obras em Cumbica contarão com o investimento de R$ 2,6 bilhões até 2014.

No valor já está a adequação da pista 9, que passará de 45 metros para 60 metros de largura para receber aviões de classe F. As aeronaves, segundo Marques, não operam no Brasil devido a restrições aeroportuárias.

Para passageiros em conexão, o Terminal 3 terá um hotel cinco estrelas na área de imigração com 50 quartos para quem precisar esperar por voos no dia seguinte. Também até a Copa, um outro hotel cinco estrelas com mais de 200 quartos deverá ser construído próximo ao aeroporto, ligado ao empreendimento por uma passarela.

O Terminal 3 terá capacidade de 12 milhões de passageiros por ano. As obras, que envolvem reforma nas pistas e dos terminais 1 e 2, deverão afetar a operação em Cumbica. Por isso, a previsão é que as obras sejam executadas, principalmente, na madrugada, período de menor fluxo de passageiros.


Fonte: G1

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Guarujá toma posse de área para construir aeroporto metropolitano

Local irá oferecer, em sua maioria, voos regionais.

Ele deve estar pronto parcialmente para Copa 2014.

Área que será utilizada para construção do aeroporto
Foto: Pedro Rezende/Prefeitura de Guarujá

A Prefeitura de Guarujá, no litoral de São Paulo, irá tomar posse, a partir desta quarta-feira (29), de uma área que será destinada para a construção do Aeroporto Civil Metropolitano. No contrato a Prefeitura terá a cessão por arrendamento de uma área no interior do Núcleo da Base Aérea de Santos.

A área tem aproximadamente 2 milhões e 800 mil m² e fica na Base Aérea de Santos. A autorização de cessão da área para a Prefeitura foi expedida pelo comandante da Aeronáutica e publicada no Diário Oficial da União do dia 31 de julho deste ano. A Companhia Estadual de Tecnologia e Saneamento Ambiental (Cetesb) analisou o local e emitiu, na semana passada, um termo que orienta a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental. Logo após a obtenção das licenças ambientais, a Prefeitura iniciará o processo licitatório para concessão direta à iniciativa privada para a construção, exploração, operação e manutenção do empreendimento.

De acordo com o assessor da Unidade de Projetos Estratégicos da Prefeitura, Dário de Medeiros Lima, a assinatura para a obtenção da área pertencente a Base Área de Santos é o primeiro e mais importante passo para a construção do Aeroporto Metropolitano Civil de Guarujá. “Até então tínhamos os estudos de viabilidade econômica e a confecção de um projeto conceitual. Esse é um marco histórico, um grande passo”, diz o assessor.

O Aeroporto de Guarujá atenderá ao turismo de passeio e de negócios, pequenas cargas, manutenção de aeronaves, aviação offshore e executiva, além de atividades correlatas. Segundo o assessor, o aeroporto disponibilizará voos comerciais regionais, que terão como destino, principalmente, as cidades do interior e algumas capitais como o Rio de Janeiro.

A previsão inicial é de que sejam criadas cerca de 500 vagas de emprego para a construção, e cerca de mil empregos, diretos e indiretos, na futura operação.

No projeto do Aeroporto Civil Metropolitano de Guarujá, o local contará com um terminal de passageiros, com capacidade para 500 mil pessoas por ano, um estacionamento com até 300 vagas de veículos, um pátio de aeronaves para até quatro estacionamentos simultâneos, vias de acesso interno e de serviço, além de áreas para hangares.

Os estudos desenvolvidos apontam para um investimento, por parte da iniciativa privada, de aproximadamente R$ 80 milhões na infraestrutura do Aeroporto Civil Metropolitano de Guarujá. O Aeroporto Civil Metropolitano de Guarujá poderá estar pronto parcialmente na Copa 2014.

Fonte: G1 Santos

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Estrangeiro usa brecha em Cumbica para entrar no País

Uma brecha no sistema de segurança dos aeroportos internacionais brasileiros tem permitido que quadrilhas de tráfico de seres humanos entrem com imigrantes ilegais no País sem passar pelo controle da Polícia Federal e da Receita. A falha acontece nos chamados voos de cabotagem, em que viagens domésticas partem de terminais internacionais, possibilitando que quem vem de outro país se misture aos passageiros domésticos e não seja fiscalizado. Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) alerta para "riscos elevados de crimes" e problemas durante a Copa de 2014.

Portão de embarque internacional do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos

Uma investigação da Polícia Federal revela que o Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, já é usado como porta de entrada, por exemplo, por uma rede chinesa de tráfico de pessoas. "Fiquei surpreso com a organização. Eles estão vindo de avião em um voo da China até Dubai (Emirados Árabes). De lá, vêm a São Paulo e driblam a imigração, cortando caminho e indo para os voos domésticos. Seguem então até o Rio, de onde pegam um ônibus e voltam a São Paulo", afirma o delegado federal André Luiz Martins Epifânio.

Segundo ele, dois coiotes chineses presos em junho, tentando ir para a Argentina com 12 conterrâneos por Uruguaiana (RS), usaram esse esquema para burlar a imigração em Guarulhos. "As pessoas trazidas são muito simples na China, não teriam condição de pagar uma viagem como essa. Obviamente, o crime organizado as obriga a pagar as despesas dessa vinda com trabalhos ilícitos", diz o delegado. A suspeita é de que os clandestinos sejam aliciados para exploração sexual e trabalho escravo.

Clandestinos desembarcam em Cumbica apenas com bagagem de mão. Carregam também a passagem para um voo doméstico, comprada em dinheiro vivo pelos coiotes. Depois que descem do avião em outro Estado, mesmo no desembarque internacional, saem do aeroporto mostrando apenas a passagem. 

Policiais que atuam no aeroporto de Guarulhos afirmam que os ilegais só conseguem passar pela fiscalização quando contam com apoio de funcionários de companhias aéreas. "Às vezes, você pega o estrangeiro que não fala uma palavra em português tentando embarcar no voo doméstico. Quando ele vê que foi descoberto, inventa que veio pedir asilo aqui", afirma um agente. Também há casos de muambeiros brasileiros que usam o jeitinho para tentar escapar dos impostos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo .

Fonte: Agência Estado via G1 - Foto: Werther Santana (Agência Estado/AE)

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Concessionárias de aeroportos devem investir mais que o previsto até Copa

Segundo o ministro-chefe da Aviação Civil, consórcios já projetam ampliar capacidade de terminais além do exigido pelo governo


As concessionárias dos aeroportos de Guarulhos (SP), Brasília (DF) e Viracopos (SP) deverão investir, até a Copa do Mundo de 2014, mais do que foi exigido delas nos contratos de concessão, disse nesta quarta-feira (1) o ministro-chefe da secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt.

"Todas elas estão investindo mais do que as obrigações do caderno de encargos", disse, durante audiência pública na Câmara dos Deputados.

Segundo o ministro, somente em Guarulhos, o consórcio formado pela Invepar e a sul-africana Acsa está projetando, para a Copa, erguer um terminal com capacidade para 12 milhões de passageiros por ano, ante os 7 milhões de ampliação exigidos pelo governo.

Segundo o ministro, as obras deste terminal devem começar ainda neste semestre.

No caso de Viracopos, o ministro disse que os vencedores, o consórcio Aeroportos Brasil, deverão ampliar a capacidade, em 14 milhões de passageiros anuais até a Copa, ante os 5,5 milhões exigidos.

Em Brasília, a expansão até a Copa a ser feita pelo grupo formado por Infravix e Corporación América deve ser de 8 milhões de passageiros por ano, quatro vezes mais do que a previsão inicial, segundo Bittencourt.

Fonte: Reuters via InfoMoney - Foto: Valter Campanato/ABr

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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Governo planeja construir 70 aeroportos regionais até 2014

O governo brasileiro planeja ampliar o número de aeroportos regionais brasileiros de 129 para até 200 dentro de dois anos. Os estudos já começaram e o plano está em andamento, informou nesta segunda-feira (25) o ministro da Aviação Civil, Wagner Bittencourt, durante encontro com empresários do Lide (Grupo de Líderes Empresariais) em São Paulo. 

— Do ponto de vista estratégico, temos que discutir agora, através de investimentos da Infraero [estatal que administra os aeroportos] e dos Estados e municípios. Hoje são 129 aeroportos regionais e atendemos a 74% da população brasileira num raio de 100 km. Queremos nos aproximar de duas centenas e atender a 94% da população brasileira. 

Os aeroportos ficariam prontos antes da Copa do Mundo do Brasil, segundo o ministro, embora o prazo final ainda não tenha sido estabelecido no plano de aviação civil. 

—No trabalho que estamos fazendo, [a meta] é fazer com que os aeroportos sejam cumpridos ate 2014, mas temos que ver o programa final que está sendo desenvolvido e depois verificar esse prazo. 

Apesar de reconhecer que essa espécie de cronograma possa atrasar, já que é necessário “planejar a obra, verificar alternativas para fazer o investimento e depois fazer a construção”, o assegurou que tempo para erguer esses empreendimentos é suficiente.

— Dá [tempo]. Nós somos rápidos. 

A aviação civil brasileira cresceu, em média, 18% ao ano entre 2006 e 2011. O número de embarques nos aeroporto administrados pela Infraero em 2011 chegou a 179,9 milhões. Entre janeiro e maio deste ano, já são 77,1 milhões de embarques em voo domésticos e internacionais. 

Novas concessões 

Em fevereiro deste ano, o governo federal leiloou a maior parte e entregou à iniciativa privada três dos principais aeroportos do País — Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília (DF). O Planalto arrecadou R$ 24,5 bilhões om o negócio. 

Bittencourt, no entanto, descartou por hora novos repasses os terminais brasileiros à empresas particulares. 

— A concessão é uma alternativa ao investimento, mas não existe nenhuma decisão quanto à concessão de novos aeroportos. Existe a possibilidade de construção de novos aeroportos em São Paulo, mas isto esta sendo avaliado pelo Decea. Mas não existe nenhuma definição quanto a concessão de novos aeroportos. 

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Saia justa 

Durante o encontro na capital paulista, o ministro ouviu reclamações dos empresários por causa da infraestrutura aeroportuária do País, sobretudo em Guarulhos. Uma das questões levantadas foi se o ministro já tinha desembarcado no aeroporto de Cumbica, de um voo internacional, no horário de pico. Ele disse que sim e admitiu ter encontrado dificuldades. 

— Já desembarquei e realmente é um problema. É natural que o aeroporto cheio causa problemas e é por isso que estamos fazendo as concessões e novos investimentos. 

Bittencourt também ouviu do próprio organizador do encontro e presidente do Lide, João Doria Jr., uma queixa sobre a negativa da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para a empresa aérea americana Delta Airlines, que tentou substituir uma aeronave que faz a rota Brasil-Estados Unidos por outra de maior porte. 

A troca do avião ampliaria, segundo Doria, em 120 o número de passageiros transportados por dia no voo São Paulo e Atlanta (EUA), o que daria quase mil pessoas a mais sendo transportadas por semana — sem a necessidade de um espaço extra dentro do aeroporto. Bittencourt afirmou que iria interferir junto à Anac e à Infraero para liberar a nova aeronave.

Fonte: R7 - Arte: Editoria de Arte/Folhapress

Secretário-geral da Fifa defende uso de aeroportos militares na Copa

O secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, sugeriu nesta terça-feira, no Recife, o uso de aeroportos militares no caso de haver insuficiência de aeroportos para atender à demanda durante a Copa do Mundo de 2014. Ele lembrou que "nada funciona cem por cento o tempo todo" e garantiu que a Fifa sempre busca soluções para os problemas que podem ocorrer. 

"A ideia é superar qualquer obstáculo", observou ao observar que na Copa da África do Sul a Fifa comprou escadas para sanar uma dificuldade constatada em um dos aeroportos, onde não havia meios para levar as pessoas do avião para o aeroporto. 


O secretário-geral (foto acima) concedeu entrevista no Palácio do Campo das Princesas, depois de ter visitado a Arena Pernambuco, estádio que está sendo construído em São Lourenço da Mata, a 19 quilômetros do Recife. Com 43% das obras executadas, Valcke observou que "ainda faltam 57%, ainda há muito trabalho a ser feito", mas demonstrou confiança que o estádio, com capacidade para 46 mil pessoas, irá abrigar a Copa das Confederações, em junho de 2013. A cidade já consta das seis sedes do evento, mas a decisão só será oficializada em novembro. 

"Quando digo que há muito o que fazer, isto envolve estradas, estacionamento, espaço para a mídia", destacou. "Uma decisão não pode ser tomada a partir das arquibancadas ou porque vai ser o estádio mais bonito do mundo. Envolve mobilidade, hospedagem". 

Cauteloso, depois da polêmica criada com sua declaração de que o Brasil precisava de "um chute no traseiro" para desencalhar as obras da Copa, o secretário-geral preferiu não comentar nem comparar atrasos entre as obras que estão sendo realizadas no Brasil e que possam preocupar a Fifa. 

"Há um processo contínuo na construção, algo pode estar adiantado agora vir a atrasar", afirmou ele, ao observar que a preocupação não é se limita às obras. "É zelar por tudo o que esteja entorno, para que fique pronto". 

Valcke também não quis antecipar o preço dos ingressos da Copa das Confederações, que deverão começar a ser comercializados no final do ano. Apenas adiantou que "não será muito diferente da África do Sul".

Fonte: Agência Estado - Foto: DR

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Jatos executivos podem gerar congestionamentos na Copa

A avaliação de especialistas é que o governo federal está de costas para o segmento de aviação executiva e ainda não tem um plano de investimento em infraestrutura


A previsão de um fluxo de centenas de jatos executivos transportando bilionários, altos executivos, chefes de Estado, convidados VIP de patrocinadores e celebridades durante a Copa do Mundo de 2014 está preocupando o setor aéreo, que teme congestionamento e caos durante o evento.

A avaliação de especialistas é que o governo federal está de costas para o segmento de aviação executiva e ainda não tem um plano de investimento em infraestrutura para atender a esse segmento.

Apesar de a aviação regular ter prioridade nos grandes aeroportos do País, o temor é de que, com o gargalo, as autoridades brasileiras acabem cedendo às pressões dos passageiros influentes dos jatos e os aloquem nos aeroportos centrais, mais próximos aos locais dos jogos.

Sem espaço para pousar ou decolar, os voos regulares teriam de ser direcionados para aeroportos secundários, em outras cidades, exigindo um longo descolamento de ônibus ou táxi para os eventos.

"O governo brasileiro dá preferência à aviação regular, em que um avião carrega 200 passageiros. Eles estão de certa forma 'contra' a aviação executiva", avalia o especialista em transporte aéreo Nelson Riet. "Mas, de algum jeito, isso vai acabar sendo revertido (na Copa), e o agravante é que os donos de aviões executivos são pessoas que detêm poder", diz.

Os alertas são feitos com base no que aconteceu na época de Copa de 2010, na África. Na época, centenas de torcedores que iam para Durban assistir à disputa entre Alemanha e Espanha pelas semifinais perderam a partida porque seus voos não puderam pousar depois que as autoridades fecharam o aeroporto por causa do congestionamento da pista, causado por aeronaves privadas, informou na ocasião o diário Financial Times.

Segundo o jornal britânico, entre as celebridades que chegaram em seus jatos estariam o rei Juan Carlos, da Espanha, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, o ator Leonardo di Caprio e a socialite Paris Hilton.

A aviação executiva cresceu e se sofisticou no Brasil e no mundo nos últimos anos. A palavra jatinho se tornou inapropriada para designar os aviões usados por grandes empresários para se locomover com agilidade. Hoje, eles chegam a ter a mesma dimensão de um avião que em um voo comercial regular acomodaria tranquilamente mais de cem pessoas.

A infraestrutura aeroportuária, no entanto, não avançou no mesmo compasso. Os aeroportos de Campo de Marte, em São Paulo, e de Jacarepaguá, no Rio, voltados para atender à chamada aviação geral, não têm pistas com dimensões amplas o suficiente para suportar o pouso de aeronaves maiores, como o Gulfstream G550, que integra a frota do bilionário Eike Batista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Agência Estado via Época Negócios

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Copa e Olimpíada usarão avião espião

2014/2016

 Aeronave, operada por controle remoto e com autonomia de 37 horas, será arma antiterrorismo

O governo federal vai utilizar o avião espião Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado) na Copa do Mundo de 2014 e na Olimpíada de 2016.

A partir de uma sala de Brasília, será possível monitorar ações de inteligência antiterroristas e acompanhar delegações. Tudo isso ao vivo e por controle remoto.

Adquirido pela Polícia Federal, o equipamento começou a atuar oficialmente na semana passada, em uma discreta operação na região da Tríplice Fronteira (Brasil, Paraguai e Argentina).

O monitoramento detectou ao menos três rotas usadas por contrabandistas e traficantes de armas e drogas. Uma apresentação oficial está prevista para Foz do Iguaçu nos próximos dias. A PF fará um voo simulado na presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Segundo a Folha apurou, o objetivo é fazer uso dos Vants nos locais dos jogos. Com capacidade para operar por até 37 horas sem interrupções e de filmar com precisão movimentos a 40 km de distância, a aeronave, que voa a 5.000 metros de altitude, consegue fazer a vigilância do local sem se aproximar do espaço aéreo dos estádios.

  

 
Equipada com câmeras superpotentes, tem autonomia para acompanhar grandes multidões na entrada ou na saída das partidas da Copa.
 
A operação com o veículo espião permite utilizá-lo de duas maneiras. Na primeira delas, o equipamento voa em linha reta como um avião normal. Com esse trajeto, é possível acompanhar o deslocamento de delegações consideradas sensíveis ou de autoridades que possam correr algum risco de segurança.
 
A outra maneira de pilotar é percorrer, no ar, a forma do número oito, permitindo que as câmeras filmem como se estivessem estáticas, semelhante a filmagens feitas desde um helicóptero. Atualmente, há oito pilotos da PF treinados para manusear o equipamento.
 
"Para comandar o Vant, não basta saber pilotar avião ou helicóptero. É uma mistura dos dois, mas também é uma coisa diferente dos dois", disse um dos pilotos, sob condição do anonimato por questões de segurança.
 
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Uma das funções tecnológicas do veículo espião é a chamada Locked Target: uma cruz na câmera foca o alvo e passa a acompanhá-lo automaticamente, mesmo que este se desloque.
 
A Polícia Federal estuda enviar representantes para a Olimpíada de Londres, no ano que vem, com o objetivo de estudar como os ingleses farão uso de seu próprio Vant em um megaevento. O avião já foi utilizado na Olimpíada de Inverno do ano passado, em Vancouver (Canadá).
 
Além do Vant recentemente inaugurado, a PF comprou outro, previsto para chegar ao Brasil no próximo mês. As duas aeronaves integram projeto de R$ 650 milhões, entre custos de equipamentos, construção de bases e gastos com satélite para transmissão. Até 2015, antes dos Jogos Olímpicos, portanto, a PF deseja ter 14 em operação.
 
Outros países utilizam o mesmo modelo de Vant que a Polícia Federal comprou em Israel. A Índia, por exemplo, conta com 50 aviões iguais.
 
Fonte: Fernando Mello e Natuza Nery (jornal Folha de S.Paulo) - Foto: Divulgação via pacovio.blogspot.com

domingo, 25 de setembro de 2011

Copa 2014: Governo refaz conta e 'amplia' aeroportos

Sem qualquer alteração no plano de investimentos para a Copa, os aeroportos ganharam uma capacidade adicional de 100 milhões de passageiros/ano. A ampliação ocorreu porque a Infraero, estatal que administra os aeroportos, alterou a metodologia usada para calcular a capacidade da infraestrutura.

Pelas contas originais, a capacidade dos 13 aeroportos estratégicos para a Copa (12 cidades-sede mais Campinas) subiria para quase 150 milhões de passageiros/ano com os investimentos de R$ 6,4 bilhões previstos até 2014.

Aplicada a nova metodologia, que leva em conta avanços tecnológicos e a mudança no perfil dos usuários, as mesmas obras agora elevarão a capacidade para 256,8 milhões de passageiros/ano.

Isso dá uma folga de 41% no sistema, considerando uma estimativa de demanda de 152,6 milhões de passageiros em 2014.

Com essa margem, os aeroportos poderiam aguentar de cinco a dez anos além da Copa sem grandes investimentos, dizem especialistas.

A IATA, associação internacional de empresas aéreas, recomenda folga de capacidade de ao menos 20%.

O especialista em transporte aéreo e professor da Coppe/UFRJ, Elton Fernandes, ironizou a mudança de metodologia: "Com uma canetada, todos os problemas do setor acabaram", disse.
Em fevereiro, Fernandes divulgou um estudo que mostra que dos 13 aeroportos, nove chegariam em 2014 com a capacidade esgotada.

Financiado pelo Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas), o estudo foi baseado em dados de capacidade da divulgados pela Infraero.

Em 2010, 104 milhões de passageiros passaram pelos 13 aeroportos, que tinham capacidade para receber 95 milhões de passageiros/ano pelos cálculos antigos.

Pela nova metodologia da Infraero, o aperto vivido hoje por quem viaja de avião desaparece: a capacidade sobe para 140,6 milhões --35% acima da demanda.

Os novos cálculos de capacidade começaram a surgir em apresentações sobre os preparativos para a Copa divulgadas pela Infraero em seminários e na internet ao longo deste ano.

O superintendente de Planejamento da estatal, Walter Américo, diz que o método passou a ser adotado oficialmente no início de 2010, depois de três anos de estudos.

"Hoje você faz check-in pelo celular e isso reduz a necessidade de tantos balcões", exemplificou.

Os voos na madrugada, segundo ele, também influenciaram os cálculos. "Os aeroportos ficam abertos 24 horas, mas não considerávamos a madrugada no cálculo da capacidade. Mas agora há muitos voos."

Fonte:  Rodrigo Mattos e Mariana Barbosa (Folha.com)

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A mil dias da Copa, falta começar obra em cinco aeroportos

Informação foi divulgada durante balanço das ações para a Copa.

5 dos 13 aeroportos das cidades-sede ainda não tiveram obras iniciadas.

Faltando mil dias para o início da Copa de 2014, o governo federal informou nesta quarta-feira (14) que 5 dos 13 aeroportos das cidades-sede dos jogos ainda não tiveram as obras de ampliação e melhoria iniciadas.

A informação foi divulgada durante balanço das ações para a Copa que acontece no Itamaraty, em Brasília. Participam do evento os ministros Orlando Silva (Esporte), Miriam Belchior (Planejamento), Mario Negromonte (Cidades), Leônidas Cristino (Secretaria Especial de Portos) e Wagner Bittencourt (Secretaria de Aviação Civil).

O governo federal aumentou em cerca de R$ 1 bilhão os investimentos em 13 aeroportos nas cidades-sedes da Copa de 2014.

De acordo com o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, o investimento total do governo nos aeroportos até 2014 deve chegar a R$ 6,462 bilhões. A previsão divulgada no primeiro balanço, divulgado no início do ano, era de cerca de R$ 5,5 bilhões.

Bittencourt disse que foram “incluídos novos investimentos para aumentar a capacidade dos aeroportos”, devido ao crescimento da demanda por voos no país.

O ministro voltou a garantir que todas as obras de aeroportos vão ficar prontas até o início da Copa. “Todos estarão prontos para a Copa do Mundo, não tenho dúvida disso”, afirmou.

Fonte: Fábio Amato (G1) - Imagem: booksports.com.br

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Aeroportos da Copa terão R$ 5,6 bilhões em investimentos, diz Infraero

Presidente da Infraero diz que todos aeroportos estarão prontos até 2014.

Gustavo Vale participa de audiência pública na Câmara dos Deputados.

Com investimento previsto de R$ 5,6 bilhões, o presidente da Infraero, Antônio Gustavo Matos do Vale, afirmou nesta quarta-feira (1º) que todos os aeroportos em cidades que sediarão a Copa de 2014 terão capacidade adequada ao movimento previsto de passageiros no evento.

As 12 cidades-sede são Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

"Vemos no Brasil um aumento do fluxo de passageiros de mais de 10% ao ano, o que deve continuar nos próximos quatro anos. Mesmo com alguns terminais já estando em situação preocupante, acima de suas capacidades, teremos folga em 2014 em todos os casos", afirmou Matos durante comissão .

Entre as principais obras, o presidente destacou a ampliação do embarque de passageiros do Aeroporto de Guarulhos com investimento de R$ 3,4 milhões, que terá 1,2 mil m² e aumentará, em julho de 2011, a capacidade em 1 milhão de passageiros por ano.

No aeroporto de Campinas, a construção de um espaco para check-in de passageiros, orçado em R$ 5,0 milhões, elevando a capacidade em 2,5 milhões de passageiros/ano, em julho de 2011.

Em Cuiabá, R$ 2,2 milhões deverão proporcionar um aumento de Capacidade: 0,8 milhões de passageiros/ano com obras dedicadas ao desembarque dos passageiros, com conclusão prevista para novembro deste ano.

Fonte: Tiago Falqueiro (G1)