quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Hoje na História: 4 de novembro de 1933 - Fundação da VASP - Viação Aérea São Paulo


A VASP (Viação Aérea São Paulo), foi fundada em 04 de Novembro de 1933, por 72 empresários que tomaram a decisão de subscrever o capital inicial. Em 12 de Novembro do mesmo ano, 8 dias após, a empresa começou a operar efetivamente.

O Monospar da VASP

Os dois primeiros aviões da empresa, foram os ingleses bimotores Monospar, batizados numa cerimônia simples no Campo de Marte, em São Paulo. Eles tinham capacidade para três passageiros e tiveram como madrinhas, a Dª Olívia Guedes Penteado que batizou o VASP-1 (denominado Bartholomeu de Gusmão) e a Dª Antonieta Caio Prado que batizou o VASP-2 (denominado Edu Chaves).

As duas rotas iniciais foram São Paulo-Rio Preto, com escala em São Carlos e São Paulo- Uberaba, com escala em Ribeirão Preto. Cada um fazia três frequências semanais em cada rota - eram os primeiros voos regulares da empresa. 

De Havilland Dragon da VASP - Imagem: Reprodução/Naval.com.br

Mas a empresa crescia e os pequenos Monospar não davam conta do recado. Logo depois foi adquirido um De Havilland Dragon, com capacidade para dois tripulantes e oito passageiros, que tinha 8 metros de comprimento e 18 metros de envergadura. Era o maior avião a operar no país em campos de pouso terrestre (os demais eram hidroaviões).

Voo inaugural da Vasp no Campo de Marte - Foto: Arquivo Aeroclube de SP

A VASP precisava investir, o aeródromo Campo de Marte precisava de uma reforma - as enchentes e outros problemas dificultavam a operação de aviões maiores. Acionado o Governo do Estado de São Paulo, a VASP conseguiu que ele se interessasse pela empresa e o interventor Armando Salles de Oliveira, vislumbrou na companhia um ótimo negócio para o futuro e resolveu investir nela. 

Foto aérea histórica Aeroporto de Congonhas – pista e hangares (década de 1940/1950)

Foi assim, que o Governo do Estado subscreveu 21 milhões de cruzeiros em ações, passando a deter 91,6% do capital da VASP - agora estatal. Paralelamente, esse mesmo governo, desapropriou uma grande área no Parque de Congonhas e iniciou a construção do Aeroporto de São Paulo, onde hoje está localizado o Aeroporto Internacional de Congonhas.

Construída a primeira pista e levantada provisoriamente uma edificação para servir como estação de passageiros, a VASP mudou imediatamente para o novo aeroporto, que passou a ser chamado durante muito tempo de "Campo da VASP". 

O novo campo virou atração turística e o dono de uma fazenda próxima, abriu uma estrada de chão batido dentro de sua propriedade a que chamou de "Autoestrada Washington Luís" e passou a cobrar pedágio de 400 réis por pessoa, para quem quisesse chegar até perto do aeroporto para ver os aviões.

No final de 1935, contando com um campo mais adequado, de pista maior e já com infraestrutura melhor, a empresa comprou o mais moderno avião de passageiros da época, o Junker JU-52, fabricado na Alemanha. Tinha a capacidade para três tripulantes e 17 passageiros, tinha grande autonomia de voo e atingia 250 km/hora. 

Nesta época a empresa decidiu voar também para o sul (já voava para o oeste) e também já estava decidido voar para o Rio de Janeiro. Em meados de 1936 chegaram mais dois novos Junker de uma encomenda total de oito, ampliando muito os horizontes da empresa. Os dois novos aviões, batizados de "Cidade de São Paulo" e "Cidade do Rio de Janeiro", entraram logo em serviço entre Rio de Janeiro e São Paulo, com um vôo diário em cada sentido. 

A viagem durava 1 hora e 40 minutos, depois foi reduzida a pontuais 1 hora e 15 minutos - uma viagem de trem no mesmo percurso, quando não ocorria atrasos era de 15 horas e as estradas para carros praticamente não existiam. Estava assim, inaugurada, verdadeiramente, a ponte-aérea Rio-São Paulo.

Dois anos mais tarde, em 1938 chegou o terceiro Junker da encomenda de oito, e suas rotas chegavam agora a todos os estados da região sul, enquanto o De Havilland Dragon, fazia voos para Goiânia. 

Junker JU-52 - Foto: Wikipedia

Os Junkers JU-52 eram trimotores (nas asas e no bico) e tinham 18,9 metros de comprimento por 29,25 metros de envergadura. Foram os primeiros a chegar no Brasil equipados com sistemas para voos com instrumentos, os chamados "voos cegos" e vieram acompanhados por três comandantes alemães que deram uma contribuição bastante valiosa para a aviação comercial brasileira.

Chegava o final de 1939, quando estourou a II Guerra Mundial e a VASP, como todas empresas do setor, sofreram graves problemas, pois suas aeronaves de maioria alemã, não teriam mais peças de reposição. 

A VASP não teve outra alternativa a não ser começar a fabricar suas próprias peças de reposição, que contava com a valiosa ajuda do Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT. As peças produzidas eram de tal perfeição e qualidade que começaram a ser exportadas para outros países da América Latina, iniciando-se assim, a exportação de peças aeronáuticas produzidas no Brasil.

Assim que terminou a II Guerra Mundial, a VASP encomendou à fábrica norte-americana Mc Donnell Douglas (hoje absorvida pela Boeing), novos aviões Douglas DC-3. Apesar da guerra, a VASP havia se planejado. Eram aeronaves extremamente resistentes e muito testadas durante a segunda guerra mundial, expandindo suas rotas então para o norte e nordeste do país. 

Douglas DC-3 da VASP - Foto: Wikipedia

O DC-3 tinha capacidade para 28 passageiros e era equipado com duas turbinas de 1.200 HP cada uma. Aos poucos os valiosos Junker JU-52 foram sendo substituídos pelos DC-3, chegando a VASP em determinado período a possuir 28 dessas aeronaves.

Na década de 50, a VASP já era uma das maiores empresas aéreas do país e resolveu modernizar sua frota com novas e modernas aeronaves Scandia A-90, produzidas na Suécia. Era o primeiro fabricado no pós-guerra, destinado ao uso de passageiros. Era um bimotor com 1.650 HP de potência em cada motor com capacidade para 36 passageiros e autonomia de 5 horas de voo a uma velocidade máxima de 330 km/hora. 

Essas aeronaves chegaram a fazer 15 (quinze) voos diários entre o Rio de Janeiro e São Paulo. E justamente com esses aviões, a VASP começou a voar, em 1957, para a nova capital em construção - Brasília, onde a primeira coisa a ser construída foi uma pista para pousos e decolagens.

Imagem do aeroporto de Brasília em 1960 — Foto: Arquivo Público do DF

Em 11 de Novembro de 1958, a VASP começou a operar os turbohélices ingleses Vickers Viscount, com quatro reatores de 2 mil HP cada, capacidade para 56 passageiros e seis tripulantes, cabina pressurizada, música a bordo e 600 km/hora. Com esses Viscount, a VASP iniciou suas linhas regulares para Brasília.

Vickers Viscount da VASP - Foto: Wikipedia

A companhia também foi a primeira a efetuar rotas Rio de Janeiro - Manaus, em apenas um dia de viagem, utilizando essa aeronave. Posteriormente a VASP operou o Viscount 701, o Viscount 827, Convair e o YS-11 "Samurai" japoneses. O Viscount foi o primeiro avião a jato a voar no Brasil (não de jato puro, mas sim turbohélice).

YS-11 "Samurai" - Foto: Aviões e Músicas

Em 1962, a VASP assumiu o controle do Grupo Lloyd, constituído pelo Lloyd Aéreo Nacional, Navegação Aérea Brasileira, Lemke S.A. (empresa especializada em revisão de motores) e a Transportes Aéreos Bandeirante. Essa operação, considerada muito vantajosa para a empresa, custou cerca de Cr$ 600 mil à época. 

Curtiss Comander C-46 - Foto: Vito Cedrini

Com essa compra a VASP recebeu toda frota de aviões que pertencia ao grupo Lloyd que era constituída de oito DC-4 de quatro motores, quatro DC-6, seis DC-3 e 13 Curtiss Comander C-46. A empresa passou a servir, 72 cidades de 21 estados e dois territórios, respondendo por mais de 25% de todo tráfego aéreo interno no Brasil.

BAC One Eleven

A impressionante expansão da demanda que ocorreu no Brasil no final dos anos 60, obrigou a VASP a comprar dois BAC One Eleven modelo 400, puro jato, de fabricação inglesa. Eles entraram em serviço em dezembro de 1967 e voaram pela empresa até 1973. 

Três EMB-110 Bandeirante da VASP

Em novembro de 1973, a VASP iniciou os voos com a aeronave brasileira EMB-110 Bandeirante, fabricados pela Embraer, num total de 10 (dez) aeronaves.

Os primeiros Boeing voados pela VASP foram os Boeing 737-100, que iniciaram seus voos no país em 1969 (5 aeronaves, com capacidade para 109 passageiros - de prefixos PP-SMA, SMB, SMC, SMD e SME). Até 1973 a VASP já voava com nove B-737 em voos internos. 

O Boeing 737 PP-SMA - Foto: Aviões e Músicas

Entretanto, um estudo desenvolvido pela VASP demonstrava que as turbinas perdiam rendimento onde a temperatura média era bastante elevada e a sustentação oferecida pelo ar era bem menor, criando problemas para a estabilidade do avião. 

Baseado nesses estudos, a Boeing alterou suas aeronaves que receberam turbinas mais potentes, sistemas de freios mais adequados e outras modificações de menor porte. Surgia o Boeing 737-200 Super Advanced, especialmente para atender ao mercado brasileiro aos países tropicais. Em 1976, a VASP era uma das maiores operadoras do mundo de B-737, num total de 22 aeronaves - a maior frota da América do Sul para esse tipo de avião.

O Boeing 737-2A1 (A) PP-SMV - Foto: Rémi Dallot

Em 1975, a VASP adquiriu os novíssimos Boeing 727-200 Super, com capacidade para 152 passageiros e alta performance. Eram trijatos e faziam rotas densas e algumas longas como São Paulo-Brasília-Manaus. Um pouco depois, em 1977, a VASP desativou os YS-11A Samurai.

A VASP queria mais e após diversos estudos entre os novos B-767, 757 e Airbus A-300, a empresa optou por esse último modelo, adquirindo três do modelo A-300/B4-200, que foram entregues em 1982 e 1983, aeronaves com capacidade para 234 passageiros em duas classes, de cabina larga "wide-body".

Posteriormente, a mudança dos rumos políticos, a necessidade da "desestatização" de empresas com a consequente transferência para a iniciativa privada, mais competitiva e menos burocrática, fez com que a empresa fosse vendida, adquirida pelo Grupo Canhedo, de Brasília, que, pelas mãos do Dr. Wagner Canhedo, assumiu a administração da empresa, trazendo consigo administradores de fora do então quadro da companhia. Uma parte do capital foi adquirida pela fundação dos funcionários da empresa, a "VOE". Isso ocorreu em 01 de Outubro de 1990.

Boeing 727-200, PP-SFG, da VASPEX - Foto: Bruno Orofino

A empresa conseguiu autorização para rotas internacionais (iniciou realizando voos para Seul na Coréia do Sul, Toronto (Canadá), Bruxelas na Bélgica e para os Estados Unidos), estando bastante atuante também no mercado de carga aérea, tendo implantado um excelente projeto, denominado de VASPEX, para pequenas encomendas de entrega urgente porta a porta com um custo bastante competitivo. 

A sede da VASP continua em São Paulo e hoje a empresa vem trabalhando de forma a equilibrar seu passivo - apesar de já ter obtido lucro operacional em 2000 e 2001 - problemas enfrentados por todas as empresas do setor no Brasil e no exterior. 

Foto via hinouye.wordpress.com

Um dos maiores problemas da VASP, que era de faturar em moeda brasileira e dever em moeda estrangeira (dólar), foi em parte regularizado com a implantação dos voos internacionais e com a estabilização do Real. 

Entretanto, novamente a empresa viu-se obrigada a retrair para sobreviver e suspendeu os voos internacionais. Em 2003 perdeu mercado para a GOL e se tornou a 4ª maior empresa aérea brasileira (após VARIG, TAM e GOL).

Foto via hinouye.wordpress.com

A VASP paralisou suas atividades em fevereiro de 2005, com intervenção federal em razão de dívidas trabalhistas e fiscais e hoje negocia um retorno as atividades. Quando a companhia paralisou ela possuía uma frota composta por 02 Airbus A300-B2-203, 04 Boeing 737.3L9 (série 300) e 18 Boeing 737.200 de passageiros, além de mais 04 cargueiros, sendo 02 Boeing 737.200F e 02 Boeing 727.200F, num total de 28 aeronaves. As rotas foram suspensas e parte de sua malha aérea absorvida pela GOL, TAM e VARIG.

* Esta matéria foi publicada originalmente do site www.portalbrasil.net

Edição de Texto e imagens: Jorge Tadeu

O que acontece quando uma aeronave é destruída?

A maioria dos aviões são sucateados por peças quando chegam ao fim de seu ciclo de vida (Foto: Getty Images)
Quando uma aeronave chega ao fim de seu ciclo de vida, ela ainda contém muito valor, apesar de perder sua navegabilidade. A maioria das aeronaves aposentadas acaba no ferro-velho - essas instalações costumam ser chamadas de 'cemitérios de aeronaves'. A partir daqui, o avião pode ser reciclado e suas peças ainda têm muitas aplicações potenciais. Exploramos o que exatamente acontece quando uma aeronave é descartada.

Uma última cavalgada para o cemitério


Depois que um avião é reservado para a aposentadoria , ele geralmente fará sua jornada final até o cemitério de uma aeronave . Embora algumas aeronaves aposentadas possam ser adquiridas em segunda mão e colocadas de volta em serviço, muitas serão retiradas das peças e recicladas.

Todos os tipos de materiais e componentes valiosos podem ser recuperados de uma aeronave. Os motores são considerados a parte mais valiosa de um avião desativado e muitas vezes encontram uma segunda casa em outra aeronave. Outras peças lucrativas incluem unidades de energia, trens de pouso, geradores, sistemas de navegação e controles de voo.

Um velho Embraer 170 da Delta desmontado de cima a baixo (Foto: Aeroprints.com)
De acordo com Sven Daniel Koechler, da North American Aerospace Industries Corporation (NAAI), até 90% de uma aeronave geralmente é reciclável.

Koechler disse: “Uma aeronave comercial média tem de 800 a 1.000 peças que podem ser recicladas. Os mais valiosos são o motor, o trem de pouso, a aviônica e a eletrônica. Depois de removidos, revisados, testados e recertificados, eles podem ser reaproveitados para a aviação. Os materiais restantes, incluindo alumínio, cobre e várias ligas, podem ir para instalações de reciclagem e devolvidos à cadeia de abastecimento de matéria-prima.”

Os proprietários de aeronaves têm muito a ganhar reciclando seus aviões, ajudando-os a recuperar parte de seu custo. De acordo com a subsidiária da Airbus, Satair, o mercado global de peças recicladas de aeronaves atingirá US $ 6 bilhões em 2022.

Sangrando o avião


Uma aeronave contém vários fluidos e produtos químicos, como lubrificantes, baterias líquidas e repelentes, que a mantêm operacional. Uma das primeiras etapas para demolir um avião é sangrar seus fluidos e materiais perigosos.

Os A380s da Singapore Airlines desativados aguardam o desmantelamento (Foto: Getty Images)
Este é um processo especializado que deve ser feito com cuidado para garantir a segurança ambiental. Quase todos os fabricantes e recicladores, incluindo Boeing, Embraer e Rolls-Royce, fazem parte da Aircraft Fleet Recycling Association (AFRA). Este coletivo global sem fins lucrativos declara que sua missão é “desenvolver e promover a gestão segura e sustentável da circularidade de componentes e aeronaves no setor de aviação”.

Muitas peças são vendidas em segunda mão


Cada componente em uma aeronave tem potencial para reutilização, especialmente peças mais novas. Há um mercado ativo de peças de segunda mão para essas peças, com companhias aéreas e compradores privados em busca de componentes acessíveis para integrar em suas frotas.

Os motores, em particular, são muito lucrativos. Satair revelou que 70% do mercado de usados ​​é de motores e suas peças.

Os motores de aeronaves são geralmente a mercadoria mais valiosa em um avião sucateado
(Foto: Getty Images)
David Treitel, ex-executivo do Apollo Aviation Group, disse à CNN: “A maior parte do valor está nos motores, mas existe um mercado ativo para todos os tipos de peças usadas e sobressalentes. Muitas vezes, é mais interessante para uma companhia aérea substituir uma peça quebrada por uma usada, em vez de consertá-la.”

Uma proporção considerável dos aviões desativados do mundo é encontrada nos estados do sudoeste dos Estados Unidos, que oferecem um clima desértico ideal para armazenamento e sucateamento. O maior cemitério do mundo em Davis-Monthan, Arizona, tinha cerca de 4.400 aeronaves em 2020 estacionadas em 2.600 acres de deserto.

Boeing 787 é mais silencioso graças à 'capa do Batman'; veja curiosidades

Boeing 787-10 durante seu lançamento: avião é um dos mais modernos da atualidade
(Imagem: Divulgação/Boeing)
O Boeing 787, que completou dez anos de seu primeiro voo comercial na terça-feira (26), tem tecnologias inovadoras. Ele é 50% mais silencioso que outros modelos, graças ao desenho do motor, conhecido como "capa do Batman". Além disso, suas janelas funcionam como óculos escuros e o ar interno é mais úmido, o que dá mais conforto aos passageiros.

A reportagem do UOL visitou o Centro de Manutenção de Linha da Latam no aeroporto de Guarulhos (SP) para conhecer de perto esse avião. Veja a seguir detalhes e curiosidades sobre esse que é considerado um dos jatos mais modernos da atualidade.

Só agora foi autorizado no Brasil 


O modelo tem mais de mil unidades voando mundo afora. Apesar dos dez anos em operação, apenas no sábado (23) um exemplar do modelo foi certificado para voar com passageiros por uma empresa brasileira. 

Operado pela Latam, o 787 decolou de Guarulhos (SP) com destino a Manaus (AM), marcando o fim do processo de certificação no país. Batizado de Dreamliner, o avião conta com diversas inovações para o setor, como o uso de fibra de carbono para compor a fuselagem e a presença de mais sistemas elétricos do que nos antecessores.


Materiais compostos


Interior de um 787 na linha de montagem da Boeing: avião é rico em
materiais compostos (Imagem: Divulgação/Boeing)
Uma das tecnologias mais inovadoras na fabricação do 787 são os materiais compostos, que representam 53% do total da aeronave. Sua fuselagem, por exemplo, é feita de fibra de carbono, material mais leve e resistente que o alumínio, utilizado em outros aviões do mesmo tipo. 

Assim, o avião fica mais leve e economiza combustível. Junto a isso, os motores escolhidos para equipar o modelo (GEnx-1B ou Rolls-Royce Trent 1000, no caso da Latam) emitem 25% menos gás carbônico que outros similares.

Mais conforto


Ao lado: Motor Rolls-Royce Trent 1000, com a saída do ar em formato especial para diminuir o ruído (Imagem: Divulgação/MilborneOne)

Os motores usados no 787 fazem 50% menos ruído em comparação com outros modelos segundo a fabricante. Isso diminui a poluição sonora e torna a viagem dentro da cabine de passageiros mais silenciosa, gerando menos incômodo em trajetos de longa distância. 

Essa redução no ruído se deve, principalmente, ao desenho da saída de ar do motor. Em formato ondulado, ela dispersa melhor as partículas de ar, e foi apelidada de "capa do Batman" ou "roupa dos Flintstones", devido à sua semelhança com os adereços desses personagens.

Assentos da cabine Premium Business do 787 da Latam que irá operar a rota
entre São Paulo e Madri (Espanha) (Imagem: Alexandre Saconi)
A umidade dentro da cabine também é maior que em outros aviões, chegando a 15% frente a 4% de outras aeronaves em geral. Como há o uso de materiais que não são tão suscetíveis à corrosão, como a própria fibra de carbono da fuselagem, é possível manter a umidade levemente mais alta, o que melhora a sensação de conforto a bordo. 

O material composto da fuselagem também aguenta melhor a diferença de pressão entre o lado de dentro e o de fora da aeronave. Com isso, o interior da cabine reproduz a pressão atmosférica de um local a uma altitude de 1.800 metros, frente a 2.400 metros de outros aviões. Como resultado, o passageiro sente-se mais confortável devido à sensação de estar um pouco mais próximo do nível do mar.

Assentos do Boeing 787 da Latam, que foi certificado para voar no Brasil (Imagem: Alexandre Saconi)

Janelas são como óculos escuros 


As janelas são maiores que a de outros aviões similares, com 46,7 centímetros de altura por 27,2 de largura, e não contam com cortinas (ou persianas) tradicionais. Cada janela tem um controle individual eletrônico para ser escurecida ou clareada de acordo com a vontade do passageiro. 

Isso se torna útil em momentos em que o passageiro quer manter a visão do lado de fora, mas a claridade é muito alta, funcionando como óculos escuros. Em voos noturnos, por exemplo, quando o dia nasce e um passageiro esqueceu sua janela "aberta", os comissários podem escurecer cada uma individualmente, evitando que o clarão acorde as pessoas a bordo. 

Veja o acionamento da janela do 787:


Pilotagem simples


Cabine de comando do Boeing 787: semelhanças com o 777 facilitam a adaptação
de pilotos ao novo modelo (Imagem: Alexandre Saconi)
Pilotar o 787 é quase igual ao 777, requerendo apenas um curso breve sobre as pequenas diferenças entre um modelo e outro para que pilotos e comissários estejam aptos a operar esse avião. Isso economiza em treinamentos teóricos e em simuladores, o que reduz o custo da operação. 

O modelo ainda conta com um sistema chamado HUD (Head up Display, ou, monitor de alerta, em tradução livre) de fábrica. Ele ajuda os pilotos a voarem projetando as informações mais importantes bem à frente de suas cabeças, e não apenas nas telas logo abaixo nos painéis do avião.

HUD projeta informações aos pilotos (Imagem: Alexandre Saconi)

Sistemas elétricos


Outra grande inovação do 787 é a utilização ampla de sistemas elétricos no lugar de sistemas pneumáticos, ou seja, aqueles movidos a ar. A partida do motor, por exemplo, é feita com um sistema elétrico, o que agiliza o acionamento. 

Além de ser uma partida mais rápida, o mecanismo elétrico é mais eficiente quando comparado com o pneumático, permitindo que os dois motores sejam acionados simultaneamente e não um de cada vez, como no sistema antigo. Isso economiza combustível, já que o piloto não precisa esperar um motor estar pronto para, depois, acionar o outro, como nos aviões com partida pneumática.

O ar-condicionado também passa a ser elétrico, deixando de funcionar com o ar do motor. Essa melhora na potência é similar a um carro, onde o ar-condicionado tira um pouco da potência do motor quando está em funcionamento. 

Certificação


Boeing 787 da Latam no hangar da empresa em Guarulhos (SP): o primeiro
com matrícula brasileira (Imagem: Alexandre Saconi)
Por ser a primeira empresa a operar o 787 no Brasil, a Latam precisou participar do programa de certificação do modelo na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Inicialmente, a agência tem de analisar todos os manuais do avião, algo que pode levar de seis meses a um ano. 

Em seguida, é preciso que a empresa que quer usar aquele modelo passe por todo o processo que demonstre sua capacidade operacional para treinar equipes, operar a aeronave e receber o avião nos aeroportos. No caso da Latam, os comandantes foram treinados em simuladores no Chile, e se formaram para capacitar outros pilotos da companhia.

Além de toda a parte de pilotagem, é preciso, também, verificar se as equipes de comissários de bordo estão adaptadas ao modelo. Um dos exames para garantir a certificação, por exemplo, é uma evacuação de emergência feita à noite, sem iluminação alguma dentro da cabine. Na simulação, é preciso garantir que a escorregadeira (equipamento utilizado para abandonar o avião) seja inflada em até 15 segundos.

Compartimento utilizado pelos pilotos para descanso enquanto se revezam
no comando em voos longos (Imagem: Alexandre Saconi)
Apenas após essas etapas (entre outras) é que são realizados os voos de avaliação operacional. No caso da Latam, o voo de certificação foi feito entre os aeroportos de Guarulhos (SP) e Manaus (AM), mas o avaliador da Anac pediu que os pilotos desviassem e pousassem em Belém (PA). 

Essa mudança teve a finalidade de garantir que, caso fosse necessário pousar em outro lugar, as equipes (tanto em voo quanto em solo) estariam preparadas para lidar com a situação. 

O widebody (nome dado aos aviões de fuselagem larga, com dois corredores) realizará voos dentro do Brasil até estrear sua primeira rota internacional, ligando São Paulo a Madri (Espanha), o que está previsto para acontecer em dezembro. 

Ficha Técnica do Boeing 787

  • Capacidade (duas classes): 248 passageiros (787-8), 296 passageiros (787-9) ou 336 passageiros (787-10) 
  • Altura: 17 metros 
  • Envergadura (distância de ponta a ponta das asas): 60 metros 
  • Comprimento: 57 metros (787-8), 63 metros (787-9) ou 68 metros (787-10) 
  • Distância máxima de voo: 13.530 km (787-8), 13.950 km (787-9) e 11.750 km (787-10) 
  • Peso máximo de decolagem: 254 toneladas (787-10) 
  • Velocidade: cerca de 1.000 km/h
Por Alexandre Saconi (UOL)

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Aconteceu em 3 de novembro de 1950: Voo 245 da Air India - Colisão contra o terceiro pico mais alto da Europa


Em 3 de novembro de 1950, o Lockheed L-749A Constellation, prefixo VT-CQPda Air India, batizado "Malabar Princess", estava em realizando o voo 245 de Bombaim, na Índia, para Londres, na Inglaterra, com escalas intermediárias no Cairo (Egito) e em Genebra (Suíça). 

A aeronave estava sob o comando do Capitão Alan R. Saint, com o copiloto Vijay Yeshwant Korgaokar, três navegadores, um operador de rádio e duas aeromoças. 

A bordo, 40 passageiros completavam a ocupação do avião naquele dia. Todos os passageiros eram fuzileiros navais indianos e paquistaneses indo se juntar a sua embarcação baseada no porto de Newcastle Upon Tyne. 

Cerca de 20 minutos antes da hora estimada de chegada ao aeroporto de Genebra-Cointrin, durante um cruzeiro a uma altitude de 15.500 pés, a tripulação informou ao ATC que ele estava sobrevoando Grenoble. 

O oficial de rádio no Aeroporto de Genebra não acreditou nessa posição e pediu à tripulação que ligasse 333 kHz para uma verificação de direção. A tripulação nunca contatou esta frequência e a aeronave desapareceu pouco depois. 

Às 9h43, o "Malabar Princess" colidiu com o Rochers de la Tournette (Tournette Spur) no lado oeste do Mont Blanc, na França, a uma altitude aproximada de 15.344 pés (4.677 metros). Todas as 48 pessoas a bordo morreram.

Como o avião não conseguiu chegar ao Aeroporto de Genebra, as operações SAR foram conduzidas pelos franceses, Autoridades suíças e italianas.

O clima tempestuoso impediu esforços de resgate imediatos. Os destroços foram localizados por um avião suíço em 5 de novembro, e equipes de resgate chegaram ao local dois dias depois, a cerca de 300 metros do Refúgio Vallot

A última transmissão da aeronave, recebida às 10h43 pelos controladores em Grenoble e Genebra, foi "Estou na vertical com Voiron, a 4700 metros de altitude".

Destroços do avião espalhados pelo Mont Blanc

Como causa provável, foi apontado que, no momento do acidente, soprava forte vento de oeste e acredita-se que a tripulação tenha interpretado mal sua posição. A tripulação acreditava que ele estava sobrevoando Grenoble quando, na realidade, a aeronave estava a aproximadamente 111 km a nordeste de Grenoble, na vertical até a cordilheira do Mont-Blanc. 

Em 1950, o centro de controle de área de Geneva-Cointrin não estava equipado com um sistema de radar de vigilância. Os únicos sistemas disponíveis eram um localizador de direção de média frequência e transmissores em ondas curtas (HF) com 4 frequências disponíveis. 

Naquela época, a Air India não usava a rota Gênova - Torino - Genebra para evitar os Alpes e preferia voar o trajeto Nice - Gap - Grenoble - Genebra marcado por emissoras (BC) que infelizmente não transmitiam 24 horas por dia.

A face oeste do Mont Blanc. O cume foi medido mais recentemente em 4.810,06 metros (15.781,04 pés). 18 metros (59 pés) de neve e gelo cobrem o pico da rocha real, a 4.792 metros.

Parte da correspondência a bordo do voo foi recuperada após o acidente e foi anotada com "Retardé par suite d'accident aerien"; outros itens do correio foram encontrados em 1951 e 1952. 

Em 8 de junho de 1978, uma patrulha da polícia de montanha francesa encontrou cartas e um saco ao pé da geleira Bossons. Cinquenta e sete sobrescritos e cinquenta e cinco cartas (sem sobrescritos) foram recuperados e todas as cartas, exceto oito, foram encaminhadas para seus destinatários originais.

Em 24 de janeiro de 1966, o voo 101 da Air India, um Boeing 707-437, VT-DMN, denominado "Kanchenjunga", caiu quase no mesmo local no Monte Blanc. Todas as 117 pessoas a bordo morreram.

Em setembro de 2013, um alpinista descobriu um esconderijo de joias que se acredita ter estado a bordo de um desses dois voos. Elas foram descritas na mídia francesa como rubis, safiras e esmeraldas, valendo algo entre US$ 175.000 e US$ 331.600. As autoridades francesas tentaram rastrear a propriedade das joias. Se a prova de propriedade não pudesse ser estabelecida, o montanhista de 20 e poucos anos poderia receber uma parte de seu valor.

Um memorial às vítimas dos dois acidentes envolvendo aviões da Air India no Mont Blanc, foi inaugurado em 2019 em Nid d'Aigle, no sopé do Mont Blanc

A Air India International era a companhia aérea nacional da Índia, tendo sido formada a partir da Tata Airlines. Em 8 de junho de 1948, o primeiro voo programado da Air India partiu de Bombaim com destino ao Cairo, Genebra e Londres. O avião era a Princesa Malabar .

O voo 245 da Air India serviu de base para um romance, "La neige en deuil" (“The Snow in Mourning”), escrito por Henri Troyat, que por sua vez inspirou Edward Dymtryk a realizar em 1956 o filme “A Montanha" ("The Mountain")

Este filme foi estrelado por Spencer Tracy, Robert Wagner e Anna Kashfi (a primeira Sra. Marlon Brando). Tracy - que estrelou como o guia de montanha alpina "Zachary Teller" - foi indicado pela Academia Britânica de Cinema e Televisão para um prêmio por sua atuação.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia / ASN / thisdayinaviation.com / BBC)

Hoje na História: 3 de novembro de 1957 - Morre na órbita da Terra a cadela Laika

Laika, confinada em sua cápsula em teste de ambientação antes do lançamento. Ela não tinha espaço para se mover, ficar de pé ou se virar. Nenhuma condição foi dada para devolvê-la em segurança à Terra

Em 3 de novembro de 1957, Laika, uma cadela de 3 anos, morreu na órbita da Terra, confinada em uma pequena cápsula chamada Sputnik 2. A causa de sua morte foi relatada de várias maneiras como eutanásia ou falta de oxigênio, mas relatórios recentes afirmam que ela morreu de superaquecimento quando o sistema de resfriamento do satélite falhou.

Laika durante sua fase de treinamento

Laika era um cachorro vira-lata encontrado nas ruas de Moscou. Ela foi treinada para aceitar gaiolas progressivamente menores por até 20 dias de cada vez e comer um alimento gelatinoso. 

Ela foi colocada em uma centrífuga para expô-la a altas acelerações. Finalmente incapaz de se mover devido ao confinamento, suas funções corporais normais começaram a se deteriorar.

Dois dias antes de ser lançada em órbita, Laika foi colocada dentro de sua cápsula espacial. As temperaturas no local de lançamento eram extremamente baixas.

O traje espacial experimental usado por Laika em exibição no Museu Memorial da Cosmonáutica em Moscou

O Sputnik 2 foi lançado às 02h30 (UTC) de 3 de novembro de 1957. Durante o lançamento, a respiração de Laika aumentou para quatro vezes o normal e sua frequência cardíaca subiu para 240 batimentos por minuto.

Depois de atingir a órbita, o sistema de resfriamento da cápsula foi incapaz de controlar o aumento da temperatura, que logo atingiu 40°C. A telemetria indicava que o cão estava sob alto estresse. Durante a quarta órbita, Laika morreu.

O sistema de suporte de vida da cápsula espacial soviética era completamente inadequado. As condições às quais Laika foi exposta durante seu treinamento e voo espacial real foram desumanas. Não havia meio de devolvê-la em segurança à Terra.

Monumento dedicado à Laika na Rússia

Laika figura entre os grandes nomes da conquista espacial soviética

Oleg Gazenko, um dos cientistas responsáveis ​​por seu sofrimento e morte disse: “Quanto mais o tempo passa, mais lamento por isso. Não deveríamos ter feito isso... Não aprendemos o suficiente com esta missão para justificar a morte do cachorro.”

O governo soviético ocultou a informação sobre a morte de Laika. Por uma semana, os jornais locais publicaram boletins informativos sobre a saúde da cadelinha que, na verdade, já estava morta. A informação repassada dava margem para que a população pensasse que ela poderia retornar.

A mídia mundial se admirava do feito soviético e manifestava preocupação com o viajante de quatro patas. Mas quando a agência de notícias soviética informou que Laika fora sacrificada em órbita "por motivos de humanidade" , os aplausos se transformaram protestos de defensores de animais.

Centenas de cartas foram enviadas a Moscou e às Nações Unidas denunciando a "crueldade" do programa espacial. Algumas argumentavam que teria sido melhor mandar Khrushchev ao espaço em vez do cachorro.

Por Jorge Tadeu com thisdayinaviation.com e BBC

Hoje na História: 3 de novembro de 1926 - Acidente com avião de Charles A. Lindbergh

O piloto-chefe Charles A. Lindbergh na cabine do De Havilland DH-4 modificado da Robertson Aircraft Corporation, Número 109, 15 de maio de 1926 (Swenson Studio)

3 de novembro de 1926: Charles Augustus Lindbergh, piloto-chefe da Robertson Aircraft Corporation, St. Louis, Missouri, estava voando em uma rota aérea noturna entre St. Louis e Chicago, Illinois. Seu avião era um De Havilland DH-4B modificado, Avião do Correio Aéreo dos EUA Número 109.

Lindbergh estava voando pela rota 2 do correio aéreo contratado, ou “CAM No. 2”. Ele partiu de St. Louis às 4:20 pm e fez sua primeira parada em Springfield, Illinois, às 17:15. Ele então continuou no segundo estágio, Springfield para Peoria, Illinois.

Charles A. Lindbergh, por volta de 1926 (San Diego Air & Space Museum)

A visibilidade era ruim, cerca de meia milha (800 metros) no nevoeiro. Lindbergh voou a 600 pés (183 metros), mas não conseguiu ver o solo. Perto do campo de pouso em Peoria, ele podia ver luzes de 200 pés (61 metros) de altitude, mas não conseguiu pousar.

Depois de circular por 30 minutos, ele continuou em direção a Chicago. Lindbergh ocasionalmente via luzes no solo através da névoa, mas com o combustível acabando, ele decidiu que teria que abandonar o avião. Ele se dirigiu para um campo mais aberto e subiu a 14.000 pés (4.267 metros).

Robertson Aircraft Corporation DH-4 No. 109, 15 de maio de 1926 (Swenson Studio/Minnesota Historical Society)

Às 20h10, o suprimento de combustível do De Havilland acabou e o motor parou. Lindbergh desligou a bateria e os magnetos, depois deu um passo para o lado. Ele imediatamente puxou a corda do pára-quedas e desceu em segurança ao solo.

O avião de correio aéreo número 109 caiu na fazenda de Charles e Lillie Thompson, perto de Covell, uma pequena cidade a sudoeste de Bloomington, Illinois. Lindbergh não conseguiu encontrar os destroços na escuridão, mas à luz do dia era claramente visível a apenas 152 metros da casa dos Thompson.

Os quatro de Havilland DH-4 da Robertson Aircraft Corporation, números 109, 110, 111 e 112. As fuselagens dos aviões são pintadas de “Vermelho Toscano” e suas asas e superfícies da cauda são prateadas. As letras nas laterais são brancas. O número 112 é o último avião deste grupo. “Lucky Lindy” saltou fora na noite de 16 de setembro de 1926.

Esta foi a quarta vez que Charles Lindbergh usou um paraquedas para escapar de um avião. A última vez foi apenas seis semanas antes.

Charles A. Lindbergh (quarto a partir da esquerda) com os destroços da Robertson Aircraft Corporation DH-4 No. 112, 16 de setembro de 1926. (Biblioteca da Universidade de Yale)

Ele pediu demissão da Robertson Aircraft e formou um grupo para financiar e construir o Spirit of St. Louis. Charles Augustus Lindbergh pilotou seu novo avião pelo Oceano Atlântico, sem escalas, solo, de 20 a 21 de maio de 1927.

Por Jorge Tadeu com thisdayinaviation.com

Passageiros se revoltam e quebram check-in da GOL após voo atrasado e assistência falha


De acordo com matéria de Carlos Martins, do site Aeroin, uma cena de quebradeira e briga se instalou no check-in da GOL Linhas Aéreas em Guarulhos, após um voo atrasar e a companhia supostamente não prestar assistência. Era tarde da noite e os passageiros não receberam alimentação adequada, não sabiam se teriam o voo ou se seriam realocados em hotéis, o resultado é o vídeo compartilhado abaixo.

O vídeo foi gravado na noite de ontem (1), depois que o voo G3-1324 da GOL, com destino a Confins (BH), partiu no final da tarde, mas teve que retornar a Guarulhos, deixando os passageiros por horas esperando sem informações. Segundo contatos próximos, que estavam nesse voo, já era tarde da noite e os viajantes ainda não tinham sido acomodados em outro avião ou colocados em hotéis.

O que houve

A aeronave decolou às 18h04 de Guarulhos e seguiu rumo à capital mineira. No entanto, com condições meteorológicas desfavoráveis, os pilotos decidiram que o melhor seria retornar a Guarulhos. O pouso na cidade da Grande São Paulo ocorreu normalmente às 20h16 locais, após 2h10 de voo, como mostram os dados do RadarBox.

Após o retorno, a companhia decidiu manter todos embarcados a fim de verificar se as condições melhoravam para que o voo prosseguisse. Nesse ínterim, a tripulação regulamentou (atingiu o máximo de horas que pode voar por dia) e teve que ser trocada.

Duas horas depois, às 22h, os passageiros, irritados, começaram a pedir para desembarcar da aeronave. Com várias pessoas tendo desistido de viajar, a documentação do voo teria que ser alterada e, então, todo o avião foi desembarcado. A irritação aumentou com a demora da GRU Airport de mandar um veículo para retirar os passageiros da aeronave, que estava parada numa posição remota.


Após o desembarque, os passageiros foram orientados a irem se alimentar. No entanto, a confusão continuou, já que a única lanchonete disponível no momento não conseguiu dar conta da demanda e deixou passageiros sem conseguir comer.

Como o aeroporto de Confins seguiu fechado pelo mau tempo, os passageiros foram mantidos no terminal do aeroporto e a falta de informações resultou nas cenas se selvageria disponíveis abaixo.

As cenas

As cenas, divulgadas pelo perfil do Major Bonfim, mostram um casal mais exaltado, que começa a cobrar uma resolução. No vídeo, a mulher começa a quebrar parte do equipamento que está no balcão de check-in da GOL no GRU Airport, em São Paulo, e ameaça chamar a Polícia.

Em seguida, o seu marido pega um poste que serve como divisor de fluxo e ameaça funcionários, antes de usar o objeto para quebrar um acrílico de proteção (instalado na pandemia como bloqueio para o coronavírus). Ao quebrar esse acrílico, acaba atingindo o funcionário da GOL, que estava sentado, que fica sem reação.

Nos dois primeiros vídeos, é possível ver que apenas o casal estava mais exaltado, enquanto os outros passageiros não esboçam reação. Já no último vídeo a mulher aparece dentro da área do check-in, aparentemente passando mal, recebendo assistência de algumas pessoas enquanto outras começam a reclamar com os funcionários da GOL.


Como desfecho da história, as pessoas acabaram sendo realocadas a hotéis e um novo voo foi agendado para 13 horas dessa terça, 2 de novembro.

Nota da GOL: “A GOL informa que, após a decolagem, o voo G3 1324 (Guarulhos – Confins) precisou retornar ao Aeroporto de Guarulhos, por conta das condições meteorológicas adversas em Confins. A Companhia ressalta que ofereceu o suporte necessário a todos os clientes e acomodou os passageiros para seguir viagem em voos programados para esta terça-feira.”

Turboélice da Sita Air atinge javalis durante decolagem no Nepal

Três javalis causaram um incidente com uma aeronave na pista do Aeroporto Nepalgunj (KEP), no Nepal.


A aeronave Dornier 228-202K, prefixo 9N-AHB, da Sita Air, sofreu danos na engrenagem do nariz e na parte inferior da fuselagem após uma colisão com três porcos selvagens durante a aceleração para a decolagem.


O incidente ocorreu em 2 de novembro de 2021, quando o turboélice bimotor, registrado como 9N-AHB, estava prestes a decolar do Aeroporto Nepalgunj (KEP) para um voo para o Aeroporto Simikot (IMK). O avião já estava acelerando quando três javalis apareceram inesperadamente na pista. A tripulação rejeitou a decolagem, mas não foi capaz de evitar a colisão.


Devido ao encontro, o avião sofreu danos no nariz e na barriga e parou completamente com o nariz dobrado para trás. Nenhum ferimento foi relatado pelos 17 passageiros do vôo. No entanto, todos os três javalis morreram com o impacto.

De acordo com dados da aviation-safety.net , foi o segundo incidente a envolver a aeronave 9N-AHB.


O avião já sofreu danos semelhantes ao nariz durante um incidente de pouso no aeroporto IMK em junho de 2013. Na época, o Sita Air Dornier Do-228 deveria operar a mesma rota Nepalganj-Simikot com cinco passageiros e dois membros da tripulação a bordo.

Depois de um pouso forçado em seu destino final, o avião sofreu danos substanciais na asa esquerda e na barriga, além de quebrar o trem de pouso.

Gravadores de voo e destroços do voo 810 da TransAir foram recuperados do Oceano Pacífico

Gravadores de voo e todos os principais componentes de um jato de carga foram recuperados com sucesso do Oceano Pacífico, anunciou o National Transportation Safety Board nesta terça-feira.


Os gravadores e os destroços recuperados eram de um cargueiro Boeing 737-200, operado como voo TransAir 810, quando foi enterrado depois que a tripulação relatou anomalias em ambos os motores logo após a decolagem do Aeroporto Internacional Daniel K. Inouye, Honolulu, Havaí, em 2 de julho , 2021.

Os dois pilotos, os únicos ocupantes a bordo, sobreviveram. Os destroços pararam em uma plataforma oceânica a uma profundidade de 350-450 pés.

Uma pesquisa subaquática do local do acidente realizada em julho revelou que a fuselagem se partiu em dois pedaços: a seção de popa com as asas e cauda fixas, e a seção de proa que inclui a cabine do piloto. Ambos os motores se separaram das asas no momento do impacto. O conjunto do trem de pouso dianteiro também se separou da fuselagem.

Quatro dos seis contêineres de carga permaneceram na seção traseira da fuselagem; os outros dois contêineres foram encontrados separados, mas próximos aos destroços. Um palete de carga foi encontrado durante a operação de busca inicial.

Nos meses que se seguiram ao acidente, a seguradora da TransAir contratou diversas empresas para a recuperação dos destroços e da carga. Isso incluiu o Eclipse Group, que opera o Bold Horizon, um navio de pesquisa baseado em San Diego equipado com um veículo operado remotamente (ROV) e outro equipamento de recuperação subaquático. Uma barcaça com sede na Califórnia, a Salta Verde, foi contratada para içar as duas seções da fuselagem e transportá-las para a costa em Honolulu.

Na manhã de 12 de outubro, o Bold Horizon deixou o porto de Honolulu para o local de recuperação com dois investigadores do NTSB, dois engenheiros da Boeing e uma equipe de especialistas em recuperação. Depois que o ROV foi usado para equipar os motores com cabos e o conjunto do trem de pouso dianteiro com uma correia, todos os três itens foram recuperados e trazidos para a costa em 17 de outubro.

O Bold Horizon partiu novamente em 18 de outubro para recuperar a fuselagem. A seção dianteira da fuselagem, que mede 37 pés de comprimento e pesa cerca de 15.500 libras, foi recuperada na barcaça em 20 de outubro e trazida para a costa em Barbers Point em Kapolei, Havaí, em 22 de outubro.

A seção traseira da fuselagem tem cerca de 63 pés de comprimento e pesa cerca de 48.500 libras vazia e cerca de 60.500 libras com os quatro contêineres de carga. Era significativamente maior e mais difícil de levantar do que a seção dianteira da fuselagem. Depois que os engenheiros e operadores de ROV a manipularam para que as asas e a cauda não se separassem durante o levantamento, a fuselagem foi recuperada para a superfície e colocada na barcaça em 30 de outubro e trazida para terra em Barbers Point em 31 de outubro.


O gravador de dados de voo e o gravador de voz da cabine serão transportados para o laboratório do NTSB em Washington, onde serão limpos, secos, baixados e analisados.

Os investigadores farão uma documentação detalhada de ambas as seções da fuselagem, que permanecerão no Havaí.

Os motores foram documentados, encaixotados e serão devolvidos à barcaça Salta Verde para navegar de volta ao continente, onde cada um será submetido a um exame de desmontagem supervisionado por um investigador do NTSB.

A investigação, que deve ser concluída em 12-24 meses, incluirá um exame abrangente da estrutura do avião, motores, sistemas, manutenção, fatores de sobrevivência, desempenho do veículo, controle de tráfego aéreo, fatores humanos, supervisão federal e resposta a emergências.

Classe média está cada vez mais distante dos aviões

Mulher em frente a painel no aeroporto de Viracopos, em Campinas (Foto: Rahel Patrasso/Reuters)
Nos céus do Brasil do caos econômico e social, não foi o piloto que sumiu, e sim os direitos e a renda do consumidor que viraram fumaça. A classe média está perdendo a opção de transporte aéreo. Quem pretende viajar de avião no final do ano ou nas férias de verão deve pesquisar muito e comprar sua passagem com a maior antecedência possível, porque os preços subiram quase 60% em um ano.

Quem tiver condições físicas de suportar várias horas de estrada talvez possa encarar uma longa viagem de ônibus. Mas nem sempre esta é uma opção, em função da saúde e dos prazos da viagem.

É uma situação que só irá melhorar com estabilidade política e uma gestão pública ao menos razoável, que façam as cotações do dólar cair. Também com mais concorrência, porque três empresas dominam o mercado –Azul, Gol e Latam. Mais recentemente, a Itapemirim, do transporte rodoviário de passageiros, passou a disputar este mercado.

Longos trajetos em outros países costumam ser servidos por bons trens de passageiros, mas isso não ocorre no Brasil. Seria uma excelente e confortável opção, mas não é. Também utilizamos muito mal o modal hidroviário.

Além disso, é uma ironia que cidadãos e cidadãs, que subsidiaram as companhias aéreas nestes meses de pandemia, agora tenham grandes dificuldades para receber o reembolso do que pagaram por voos cancelados.

Subsidiaram porque o apoio às companhias aéreas foi feito com o bolso dos passageiros. Medida provisória, que depois virou lei, deu até 12 meses para as empresas deste segmento reembolsarem clientes.


Os Procons receberam, de janeiro a setembro deste ano, quase 65 mil reclamações relacionadas ao transporte aéreo, 36% a mais do que em igual período de 2020. Os consumidores reclamaram, dentre outras coisas, de dificuldades na remarcação de passagens. O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça, notificou Azul, Latam, Gol e TAP, solicitando esclarecimentos sobre esta situação.

O querosene de aviação, principal insumo deste transporte, ficou quase 92% mais caro no segundo semestre de 2021, em comparação a este período do ano passado. E que parte expressiva das despesas das empresas que atuam neste ramo é paga em dólar.

Nos Estados Unidos, as companhias aéreas fazem promoções mais perto das viagens, com saldos de passagens, mas no Brasil as companhias preferem manter alguns assentos vazios. Atender bem é o mínimo que se deveria fazer por um consumidor empobrecido, que tenta voltar à vida de antes da pandemia.

Via Folha de S. Paulo

Passageiro com Covid morre em voo da Turquia para a Alemanha


Um homem que morreu em um Airbus A320 que realizava o voo da Pegasus Airlines da Turquia para a Alemanha no mês passado tinha coronavírus, confirmaram as autoridades.

O homem russo de 51 anos foi encontrado imóvel em seu assento depois que o voo PC1043 de Istambul pousou no aeroporto de Hamburgo em 25 de outubro.

Ele morreu durante o voo, mas foi totalmente vacinado contra o coronavírus, de acordo com o meio de comunicação alemão Bild. Não há confirmação de que Covid-19 foi a causa da morte.

Os regulamentos exigem que os passageiros forneçam evidências de seu status Covid-19 antes de voar da Turquia para a Alemanha. Os passageiros devem ser totalmente vacinados, recuperados recentemente ou totalmente testados para serem permitidos em um voo.

“Estendemos nossas condolências à família e vizinhos do passageiro”, disse Pegasus Airlines.

Avião de carga com 7 pessoas a bordo cai em Irkutsk, na Rússia, e 2 pessoas morreram


Duas pessoas morreram em resultado da queda de um Antonov An-12 na região russa de Irkutsk. O destino de outras cinco é desconhecido.

Uma equipe de bombeiros está apagando atualmente os destroços da aeronave em chamas no local do incidente.

O avião desaparecido dos radares a caminho de Irkutsk é operado pela companhia aérea belarussa Grodno, informou uma fonte.

A empresa belarussa está verificando a informação sobre o incidente na Rússia, seu avião poderia estar realizando transporte de cargas na Sibéria, informou à Sputnik o representante da Grodno. Ele detalhou que a companhia está tentando comunicar com os serviços aéreos russos.

Conforme contou um representante dos serviços de emergência, o avião de carga poderia ter caído devido a uma falha técnica ou às más condições meteorológicas durante a aproximação para aterrissar em Irkutsk.

"Duas versões principais da queda do An-12 na região de Irkutsk estão sendo consideradas – mau funcionamento da aeronave ou mau tempo", disse ele.

A área total do incêndio no local da queda do An-12 ocupa mais de 300 metros quadrados. Atualmente, 46 pessoas e 12 unidades de equipamentos estão envolvidas na operação de resgate.

De acordo com informações atualizadas do Ministério para Situações de Emergência da Rússia, a bordo do avião se encontravam sete pessoas: cinco membros da tripulação e dois passageiros.

O incêndio que se iniciou no local do incidente foi eliminado, segundo o ministério.

Entre os membros da tripulação do avião que caiu, estavam supostamente cidadãos de Belarus, Rússia e Ucrânia, informou a agência de notícias Belta citando a companhia aérea.

Via Sputnik Brasil

Avião pega fogo ao pousar em pista de terra na Somália

Todos os tripulantes a bordo conseguiram sair da aeronave antes de o incêndio começar e ninguém ficou ferido no acidente.


O avião de transporte Transall C-160NG , prefixo EY-360pegou fogo ao pousar na pista de terra do aeroporto de Delow, na Somália, na manhã desta quarta-feira (3).

Imagens que circulam na internet mostram uma coluna espessa de fumaça negra saindo da aeronave, que não aparentava estar destruída apesar das chamas.

Segundo o site turco de aviação AirTürkHaber, todos os tripulantes a bordo conseguiram sair da aeronave antes do incêndio e ninguém se feriu.


O número de pessoas que viajavam no C-160 não foi divulgado. Ainda não se sabe o que teria provocado o acidente.

O Transall C-160, também conhecido simplesmente por C-160, é um avião de transporte militar de origem franco-alemã, desenvolvido para as forças aéreas dos dois países e também para a África do Sul.

Um Transall C-160 da Luftwaffe
O C-160 foi originalmente concebido para substituir os antigos aviões de transporte Nord Noratlas da Força Aérea Francesa. É um turbo-hélice convencional com asas altas e uma pista de carga na parte traseira da fuselagem. Suas dimensões ficam entre o transportador italiano Aeritalia G.222 e o americano C-130 Hercules.

Via R7, ASN e Wikipedia

Dois Airbus da Bamboo Airways sofrem colisão leve


Na manhã de quinta-feira (28/10), uma aeronave Bamboo Airways A321neo estava sendo empurrada de volta em Hanói quando bateu em outra aeronave estacionada atrás dela. Ambos os aviões sofreram pequenos danos à fuselagem. O CAA vietnamita afirma que o incidente ocorreu como resultado do não cumprimento do protocolo operacional adequado.

Por volta das 07h00 hora local, no Aeroporto Internacional Nôi Bài de Hanói, a cauda de um Airbus A321neo da Bamboo Airways colidiu com o nariz de uma aeronave do mesmo tipo e operador. O incidente ocorreu enquanto o avião estava sendo empurrado para trás no que a companhia aérea chama de 'condições climáticas desfavoráveis'.

O jato, registrado como VN-A222, operava o voo QH1621 para Duong Dong em Phu Quoc. A Bamboo Airways implantou um A321neo substituto, registrado como VN-A888, e os passageiros chegaram ao destino com um atraso de pouco mais de duas horas.

“A Bamboo Airways sinceramente pede desculpas aos passageiros pelo incidente inesperado e, ao mesmo tempo, gostaria de agradecer aos passageiros do voo QH1621 pela compreensão, simpatia e cooperação no processo de troca de aviões para fazer a viagem,” a transportadora focada no lazer disse em um comunicado.

Em nota divulgada pela companhia aérea, informou que as duas aeronaves sofreram leves arranhões na fuselagem e que o procedimento adequado foi seguido imediatamente após o incidente. Enquanto isso, o evento não afetará as próximas partidas.

O diretor da Autoridade de Aviação Civil do Vietnã, Dinh Viet Thang, também compartilhou a declaração de que as investigações iniciais mostraram que o motorista do trator de reboque havia realizado o procedimento incorreto. Recentemente, ocorreram várias colisões em Nôi Bài, especialmente durante mau tempo e visibilidade limitada.

A aeronave na extremidade receptora do encontro próximo foi outro Bamboo Airways A321neo, registrado como VN-A590. Ele não estava em operação e estava estacionado desde a noite de 31 de outubro, quando chegou a Hanói vindo de Huê, no centro do Vietnã.

Ambas as aeronaves têm 3,3 anos e chegaram com a Bamboo Airways em agosto de 2019. Elas são alugadas do Aviation Capital Group e foram inicialmente entregues à extinta Primera Air Scandinavia. O VN-590 foi pintado com cores especiais para celebrar o primeiro milhão de passageiros da jovem companhia aérea.

A aeronave que recebeu um impacto no nariz foi o VN-A590, um A321neo com pouco mais
de três anos (Foto: Melv_L_MACASR via Wikimedia Commons)
A Bamboo Airways tem atualmente 30 aeronaves em sua frota - seis delas são A321neos. Outros seis são A320neos, e as versões atuais com opção de motor do A319, A320 e A321 completam o segmento de fuselagem estreita da frota. Cinco Embraer ERJ-190 compõem a porção do jato regional.

Enquanto isso, para suas aspirações de longo curso de fuselagem larga, a Bamboo escolheu a Boeing e o 787 Dreamliner. Atualmente, ela tem três, mas tem pedidos para mais 11. Um dos Dreamliners da Bamboo operou o vôo inaugural da companhia aérea para o aeroporto de Heathrow, há apenas dois dias.