quinta-feira, 29 de abril de 2010

Aérea canadense compra parte da uruguaia Pluna

A companhia aérea canadense Jazz Air é a nova investidora da companhia uruguaia Pluna. A informação está no site da empresa canadense, que adquiriu 25% da uruguaia Pluna por US$ 15 milhões depois de um acordo com o sócio privado Leadgate da Pluna .O acordo será concluído em Montevidéu na próxima semana, assim que encerrados os aspectos formais da transação. Com a entrada da Jazz Air no capital da Pluna, a Leadgate passa a ter 50% de participação na Pluna e o governo uruguaio, outros 25%.

Para o presidente da Jazz Air, Joseph Randell, o investimento possibilita que a companhia canadense comece a participar em “um dos mercados aéreos de crescimento mais rápido em todo o mundo”. Segundo diz o comunicado publicado no site da Jazz Air, “trata-se do primeiro investimento da empresa fora do Canadá e, para tomar a decisão, consideramos a boa reputação do Uruguai no mercado internacional”, diz. O gerente geral da Pluna, Matias Campiani, defendeu a venda de parte da empresa como o melhor para o desenvolvimento da Pluna, “tendo como novo sócio que aporta experiência no desenvolvimento do mercado de voos regionais.”

Fonte: Portal Panrotas

Embraer tem lucro de R$ 44,1 milhões no 1o trimestre

A Embraer, terceira maior fabricante mundial de aviões comerciais, teve lucro líquido de 44,1 milhões de reais no primeiro trimestre, contra ganho de 38,3 milhões de reais um ano antes, pelos padrões brasileiros de contabilidade.

Uma pesquisa da Reuters com seis analistas previa lucro de 78 milhões de reais no trimestre.

A companhia apontou receita líquida de 1,78 bilhão de reais de janeiro a março, queda diante dos 2,66 bilhões de reais um ano antes devido a "um menor número de aeronaves entregues" no período.

A Embraer informou ter entregue 41 aeronaves no primeiro trimestre de 2010, sendo 21 jatos comerciais, 19 executivas e uma para o transporte de autoridades no segmento de defesa.

Fonte: Reuters via O Globo

Aeroporto de Marília (SP) tem várias de irregularidades, diz MPF

Vistoria comprova falta de condições de segurança no local

A falta de ferramentas para uso em resgates, tais como lanternas manuais, gancho ou garra para salvamento, manta à prova de fogo, corda, além da ausência de sistema de alarmes (sonoro e luminoso), estão entre as irregularidades constatadas nesta quinta-feira em vistoria realizada pelo MPF (Ministério Público Federal) no Aeroporto de Marília.

Segundo o MPF, a vistoria técnica foi baseada em portarias da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), órgão que regulamenta o setor de aviação civil no país.

As condições de segurança para funcionários e passageiros do terminal aeroviário foram postas em dúvida quando o MPF recebeu denúncia anônima, há quase dois meses.

Entre as irregularidades constatadas por servidor do MPF, também está a ausência de sala exclusiva para comunicação (rádio e telefone) e visão da área de pouso, decolagem e taxiamento, além de não haver equipamento de proteção respiratória.

De acordo com o procurador da República responsável pelo caso, Jefferson Aparecido Dias, o relatório da vistoria será encaminho à Anac para que agência aprecie. Só a partir da resposta da Anac, segundo o procurador, o MPF poderá tomar providências.

Dias entende que, além da prefeitura, o Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo) também tem responsabilidades sobre o local. A prefeitura não foi notificada oficialmente da vistoria, por isso não quis comentar o assunto. Ninguém no Daesp foi encontrado.

Fonte: Talita Zaparolli (Agência Bom Dia) - Foto: Daesp

Bombeiros retiram destroços de monomotor que caiu no Rio

O Corpo de Bombeiros deu início na noite de terça-feira à retirada dos destroços do avião monomotor, prefixo PR-EBM, utilizado em combate a incêndio florestal, que caiu por volta das 16 horas do mesmo dia na Vila Santa Isabel, após decolar do Campo de Aviação da cidade. O acidente aconteceu na Rua José Estevan da Motta e matou o major Jasper Sanderson, 31 anos, piloto do Grupamento Aéreo do Corpo de Bombeiros, e o aspirante Guilherme Augusto Rocha Neto, 28, do 23º Grupamento de Bombeiro Militar de Resende, que ficaram carbonizados.

Até o fechamento desta edição homens do 23º Grupamento prosseguiam com o trabalho de remoção dos destroços da aeronave, modelo AT 802F, fabricada pela AIR Tractor, com o apoio de outros órgãos de segurança pública. Os corpos dos tripulantes foram retirados por volta das 23h30min, após técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos da Aeronáutica (Cenipa) realizarem uma perícia preliminar no local do acidente. A necropsia foi realizada no Instituto Médico Legal (IML) de Resende. As vítimas foram enterradas às 16 horas de ontem, no Rio.

Na manhã de ontem, uma comissão de três investigadores, designados pela Aeronáutica, ainda atuava na cena da tragédia que abalou os bombeiros e os moradores do Residencial Thomaz Fonseca. A partir das informações obtidas pela equipe um Relatório de Ações Iniciais deverá ficar pronto em 30 dias. O Relatório Final tem o prazo de até 12 meses para ser concluído.

As causas do acidente ainda são desconhecidas, mas o coordenador operacional do aeroporto de Resende, que está interditado, Nélio Silva Sampaio, aponta que os pousos e decolagens do monomotor foram realizados irregularmente. “O monomotor saiu do aeroporto não-comercial Jacarepaguá, no Rio, e pousou no Campo de Aviação, no início da tarde. O piloto, responsável pelo plano de voo, tinha consciência de que o aeroporto estava interditado. Existem dois ‘x’ pintados em amarelo nas cabeceiras da pista que indicam essa situação. Recebemos uma notificação 45 minutos antes da decolagem em Jacarepaguá. Eu avisei ao piloto sobre as condições do aeroporto, quando ele chegou. Perguntei se era uma missão oficial e ele negou. Era apenas um reconhecimento da área. Não constava do plano de vôo essa informação. Entrei em contato com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que confirmou que, nessas condições, o pouso e a decolagem no Campo de Aviação são irregulares. Se não era missão, é irregular. Nesses casos, eu não tenho o poder de policiamento, somente de coordenação e informação. Em sequestros, por exemplo, eu posso intervir e chamar a polícia”, acrescenta o coordenador.

De acordo ainda com Nélio Silva Sampaio, que também exerce a função de piloto, o aeroporto de Resende está interditado desde setembro de 2009, para corrigir algumas falhas de segurança.

Moradores fora da rotina

O estrondo da queda do avião assustou os moradores do Residencial Thomaz Fonseca, na Vila Santa Isabel. O avião caiu entre uma casa e o prédio. De acordo com a subsíndica, a psicóloga Andréa Brandão, o prédio estremeceu na hora do acidente. “Estava com a minha filha de dez anos no apartamento quando escutei a explosão. Vi muita fumaça e o prédio tremeu. A sensação era de que a colisão tinha sido no prédio. Todo mundo descendo a escada e gritando ‘fogo’ e ‘avião’. Poderia ter atingido o meu bloco. Eu moro no Bloco 3. Só que é o lado inverso do acidente.

Ficamos preocupados, o prédio tem encanamento de gás. Além disso, vários carros poderiam ter explodido com o alastramento do fogo. Imagine se tivesse colidido?!”, conta.

Guilhermina Oliveira, 71 anos, chorou ao relembrar o desespero na hora de sair do Bloco 3. “Moro do outro lado, no quarto andar. Mas fiquei apavorada com o barulho da queda e a fumaça. Estou usando bengala, pois tenho artrose e dificuldade para me locomover. Desci a escada desesperada. Moro sozinha e tenho pressão alta. Ainda bem que tive a ajuda da babá da minha neta que mora no terceiro andar”, diz emocionada.

A síndica Érica Coutinho da Rocha fala sobre os danos causados no prédio. “Estamos esperando a perícia da seguradora Marítima. A equipe deve vir esta semana ainda. De acordo com informações de um bombeiro, eu devo pegar o registro de ocorrência e abrir um processo no Corpo de Bombeiros para avaliar um possível ressarcimento. A Defesa Civil disse que está tudo perfeito por aqui. No primeiro andar, os dois apartamentos tiveram grandes prejuízos nas salas e nos quartos”, revela.

Até a conclusão desta edição a Ceg-Rio foi informada sobre um provável rompimento na tubulação de gás próximo ao acidente, e já havia mandado uma equipe para verificar a situação.

Fonte: A Voz da Cidade - Foto: Celso Sellmer

Aeroporto de Maringá (PR): Choque entre aviões e aves é maior este ano

A proporção é de duas vezes em relação aos quatro primeiros meses do ano passado.

Superintendente do aeroporto descarta que a causa seja a proximidade do lixão.


Os choques entre aves e aviões, registrados no Aeroporto Regional Silvio Name Junior, de Maringá, nos quatro primeiros meses de 2010 já são duas vezes mais numeros que as ocorrências de todo o ano passado.

A informação é do Centro de Controle de Perigo Aviário (CCPAB), órgão do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), e confirma a preocupação manifestada pelo 5º Comando Aéreo Regional (Comar), publicada ontem por O Diário, de que a instalação do aterro sanitário na Pedreira Ingá, dentro da Aérea de Segurança do Aeroporto (ASA), põe em risco a segurança dos voos.

Para o superintende do aeroporto, Marcos Valêncio (foto), o aumento dos casos não tem relação com o aterro mas com o crescimento no volume de pousos e decolagens.

“Nosso aeroporto foi o terceiro que mais cresceu no Brasil, e este crescimento, caso realmente houvesse problemas com os urubus do aterro, certamente já teria provocado algum acidente de grande monta”, acredita Valério. Segundo ele, nenhum dos casos de choques entre aves e aviões, registrados em Maringá, envolveu urubus ou aves de grande porte.

“Os casos registrados foram com pombinha-amargosa, quero-quero e corujas, aves pequenas que vivem no entorno do aeroporto. E são ocorrências sazonais, por ser época de colheita. Pode ser que até o final do ano não tenhamos mais ocorrências”, justificou.

Autorização

Valêncio também lembrou que o 5º Comar, que está pedindo providências à prefeitura sobre o aterro, foi o órgão que autorizou a instalação do aeroporto naquele local. “O lixão já estava lá. Está lá há 30 anos ou mais. Naquela época já havia o vazadouro instalado onde está”, disse.

Apesar de contestar a advertência, o superintendente afirmou que a Prefeitura de Maringá resolverá o problema com o aterro para evitar futuros problemas. “A prefeitura vai tomar as medidas cabíveis a fim de colaborar com a aplicação das normas internacionais de aviação, pois é parte do esforço constante do poder público para o bem estar de todos, principalmente dos usuários do Aeroporto Regional de Maringá”, completou.

Fonte: Edmundo Pacheco (O Diário Maringá)

RS: Repórter sobre susto no helicóptero: "Em poucos minutos, neblina tomou conta"

"Em 14 anos, nunca enfrentei nada parecido", afirma Mauro Saraiva Júnior

A neblina que tomou conta da Região Metropolitana assustou a equipe de reportagem da Rádio Gaúcha que cobre o trânsito nesta manhã. O helicóptero deixou o Aeroporto Salgado Filho às 6h55 e partiu em direção à Avenida Assis Brasil, na Zona Norte.

— Não conseguimos visualizar nada e fomos até o acesso da ERS-040, mas também não havia visibilidade. Em poucos minutos, a neblina se tornou mais espessa e tomou conta da cidade — descreve o repórter Mauro Saraiva Júnior.

Apesar da dificuldade na visualização das vias, o comandante do helicóptero se dirigiu à Avenida Ipiranga, nas proximidades do acesso à Silva Só. De lá, o repórter transmitiu um boletim com as informações sobre o trânsito e partiu em direção ao Parque Marinha do Brasil, onde seria realizado o pouso.

— O aeroporto estava fechado e precisávamos pousar no parque, mas também não havia visibilidade. Em 14 anos, nunca enfrentei nada parecido — conta.

Minutos depois, auxiliado por controladores de voo, o comandante Ivan Faral conseguiu pousar o helicóptero com segurança no Aeroporto Salgado Filho.

Fonte: Rádio Gaúcha via Zero Hora - Fotos: Mauro Saraiva Júnior

Insumos acumulados no aeroporto de Manaus causam prejuízos de R$ 500 milhões à indústria

O impacto sofrido por pelo menos 30 empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) por conta de insumos acumulados no Aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus, foi discutido ontem (28) entre a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e o Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares (Sinaees).

A reunião com parlamentares da bancada amazonense no Congresso Nacional aconteceu em Brasília. Na ocasião, o presidente da Infraero, Murilo Barboza, admitiu que a empresa enfrenta um momento atípico devido ao aumento em 200% nas cargas direcionadas ao Estado do Amazonas.

O motivo para tantos pedidos seria a Copa do Mundo deste ano, que aqueceu principalmente o setor de eletrônicos, em especial a produção de televisores de LCD, Plasma e Led.

Segundo o presidente do Sinaees, Wilson Périco, os prejuízos à indústria local somam R$ 500 milhões, e atingiram principalmente a linha de produção das empresas Samsung, LG, Semp Toshiba, Nokia, Panasonic e Thomson.

Para solucionar o problema, o presidente da Infraero exigiu que as empresas passem a informar, por meio de relatório completo, a movimentação dos próximos seis meses das encomendas no Terminal de Cargas (foto acima).

Murilo Barboza não soube informar um prazo para a regularização da liberação das cargas.

Fonte: Portal Amazônia - Foto: Infraero

Editora de listas telefônicas indenizará empresa aérea, diz STJ

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) concedeu indenização à empresa aérea Lufthansa AG por uso indevido de seu nome pela Listel – Listas Telefônicas – e pela Via Jajah Turismo.A decisão a favor da empresa aérea foi da 4ª Turma do Tribunal de Justiça.

A Lufthansa havia entrado com uma ação de indenização contra a Listel e a Via Jajah por apropriação irregular de seu nome. A empresa de turismo usou o nome da empresa aérea associado ao seu telefone em anúncio na lista telefônica (Listel). Desse modo, desviou clientela da empresa.

Em primeira instância, decidiu-se parcialmente a favor da Lufthansa. O juiz concedeu indenização por danos materiais pelo desvio de clientela, mas não concedeu os danos morais por entender que pessoas jurídicas não poderiam sofrer esse tipo de dano.

Todas as empresas recorreram. A Lufthansa afirmou que haveria possibilidade de receber reparação moral. Já a Via Jajah sustentou a inexistência da alegada vinculação de seu nome ao da empresa aérea, alegando, ainda, que estava tacitamente autorizada a trabalhar em favor da Lufthansa.

A Listel, por outro lado, afirmou não poder ser parte no processo já que a irregularidade foi cometida só pela Via Jajah e que não haveria nenhum dispositivo legal obrigando vigilância na inserção de nomes em listas telefônicas, tendo em vista que a responsabilidade é dos anunciantes.

O TJ-DF (Tribunal de Justiça do Distrito Federal) rejeitou os pedidos das empresas.

A Listel e a Lufthansa recorreram ao STJ. A Listel insistiu que não há norma legal que obrigue a editora a checar regularidade de cada nome utilizado, até porque seria inviável. Também afirmou que seria impossível para pessoa jurídica sofrer dano moral.

Já a empresa aérea reafirmou a possibilidade de receber reparação por prejuízo moral, havendo inclusive jurisprudência no STJ sobre o tema.

O ministro Fernando Gonçalves considerou que a conduta da Listel foi o suficiente para obrigá-la a compensar a empresa aérea. Afirmou que os autos do processo indicam que a editora teria o dever de recusar o anúncio.

Ele destacou ainda que a editora estava ciente do uso irregular de marca pela Via Jajah, por ter sido informada por duas vezes pela própria Lufthansa e também pela Varig, outra empresa vítima do esquema.

Os autos também apontaram com clareza o uso indevido dos nomes das companhias aéreas no anúncio. Por fim, apontou que já havia anúncio da própria Lufthansa na lista telefônica, indicando a irregularidade.

Sobre a questão dos danos morais, o ministro apontou que, apesar de apenas pessoas físicas poderem pleitear reparação de danos à honra subjetiva, houve proteção legal à honra objetiva de uma empresa, que incluiria a sua reputação perante a sociedade.

Com essa fundamentação, o magistrado determinou que fosse arbitrado o valor da indenização por danos morais.

Fonte: Última Instância

Anac fecha postos de atendimento em aeroportos

Os passageiros que tiverem alguma reclamação não poderão fazê-la no aeroporto. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) está fechando os postos de atendimento que mantinha nos aeroportos do país. As informações são da colunista do BandNews FM Mônica Bergamo.

De agora em diante, as queixas deverão ser enviadas pela internet ou feitas pelo telefone. A agência alega que a baixa demanda pelo serviço não é suficiente para que arque com os custos da operação.

No entanto, manterá dez postos, nos aeroportos de Brasília, Guarulhos, Congonhas, Galeão, Curitiba, Porto Alegre, Confins, Salvador, Recife e Fortaleza.

Fonte: Helton Gomes (eBand)

“Até julho, liberamos a cabeceira para a nova pista do aeroporto”

Foto: Jorge Dusso, diretor-geral substituto do Demhab

A pior parte da novela de ampliação do aeroporto Salgado Filho, com desapropriações empacadas e licitações contestadas, passou. Quem garante é Jorge Dusso, diretor-geral substituto do Demhab e encarregado da remoção de duas vilas situadas na cabeceira da pista de aviação, cujas casas impedem a instalação de equipamentos necessários para voo sob neblina. Sem essa aparelhagem, atrasos são constantes em Porto Alegre. Até agora, foram transferidas apenas 152 famílias, das 2,9 mil que devem ser removidas.

Zero Hora – Desde 1997 autoridades projetam a ampliação do Aeroporto Salgado Filho. Passados 13 anos, menos de 10% das casas situadas na área destinada ao aumento da pista e terminais de carga foram removidas. Qual o motivo?

Jorge Dusso – Por diversas razões. Em qualquer obra, leva-se mais tempo no planejamento, orçamento e licitação, do que na construção em si. Dia desses, para retirar uma árvore situada onde planejávamos uma casa, levamos mais de seis meses. Hoje, todo projeto arquitetônico de grande porte exige demorada análise de licenciamento ambiental. A escolha de um terreno depende disso e muitas vezes não existe essa área livre de empecilhos. Um segundo ponto é o orçamento. Para remover a Vila Dique, tivemos de refazer três vezes a licitação. É que orçamos as obras de acordo com uma tabela de gastos exigida pela Caixa Econômica Federal (CEF), considerada defasada pelos construtores, já que o mercado está aquecido. O resultado é que os interessados não apareceram para disputar a concorrência ou se retiraram, após participar. Só depois de três tentativas chegamos ao preço final e as obras começaram, em outubro passado. Depois de iniciar as primeiras 152 novas casas, orçadas em R$ 33 milhões, ainda tivemos de aditar mais R$ 6 milhões para construção de muros e chapas no lugar de estacas, porque o dinheiro orçado inicialmente não as contemplava.

ZH – Mas dinheiro existe? E não existia antes?

Dusso – Dinheiro existe e acho que nunca foi o problema, porque o governo federal sempre se comprometeu com repasses. Afinal, o aeroporto é obra federal. Toda a remoção deve sair por menos de R$ 500 milhões. O que mais atrapalha, realmente, são os licenciamentos e as licitações, tudo muito demorado e tudo muito contestado. Para dar uma ideia, uma das vilas situadas nas proximidades de onde construiríamos as novas residências da Dique se levantou contra a remoção do pessoal para aquele lugar. E tivemos de mudar o lugar. Agora pretendemos concluir a remoção das 1.469 casas da Dique até junho de 2011.

ZH – Isso é metade das remoções previstas. Como fica a outra metade? Até a Copa sai?

Dusso – Sai, com certeza. Já temos três áreas, perto do limite de Porto Alegre com Alvorada, que serão destino de 1,3 mil famílias da Vila Nazareth. Até o fim deste ano, vamos começar a licitação para construir as casas. Quando a Nazareth for removida, será ali o terminal de carga da nova pista do aeroporto. E aí o Estado terá de remover outras casas, boas, do Jardim Floresta. Tudo estará terminado em 2013, pode anotar.

ZH – O senhor sabe que a população ouve essa promessa há 13 anos. Que garantias existem?

Dusso – Como eu disse, o problema é muito maior no início, para deslanchar projetos, licenças, áreas e licitações. As áreas são densamente povoadas, desapropriações têm de ser pagas aos donos dos terrenos que foram invadidos por essas vilas...Tudo findo, fica fácil. As obras são rápidas. E até julho liberamos a cabeceira para a nova pista do Salgado Filho, pode anotar. É o miolo das vilas, aí a ampliação do aeroporto pode começar.

Fonte: Humberto Trezzi (Zero Hora)

Por que é importante

- Ao retirar casas de vilas e liberar a cabeceira, será possível ampliar a pista do aeroporto em 920 metros

- Ao ampliar a pista, será possível instalar equipamentos mais modernos para voo em neblinas que compõem o ILS-2

“Abortamos o voo para não bater no muro do trensurb”

Bruno André Kohlrausch, um dos pilotos do avião que teve paneApesar de ter levado ontem o maior susto desde que decidiu se tornar piloto, Bruno André Kohlrausch, 22 anos, pretende continuar a voar. O quanto antes, pois essa é sua paixão. Ele e o colega do curso de Ciências Aeronáuticas da PUCRS Guilherme Bilche tinham começado a decolagem no Cessna 152, para um giro pelo Interior, quando o motor perdeu força.

Abortaram o voo, antes que o avião se espatifasse na cabeceira da pista. A aeronave se partiu, mas os dois conseguiram sair apenas com escoriações da aventura não-planejada. Nessa entrevista a Zero Hora, feita por telefone, Bruno relata o que ocorreu:

Zero Hora – O que aconteceu?

Bruno Kohlrausch – Íamos a Vacaria, Capão da Canoa e depois voltaríamos a Porto Alegre. Ao contrário do que tem sido dito por aí, não percorremos a pista até o fim. O avião decolou. O problema é que, assim que começamos a voar, ainda sobre a pista, o motor perdeu muita potência. Estávamos a 300 pés (cerca de cem metros de altitude). Aí abortamos o voo para não bater nos muros do trensurb (situados próximo à cabeceira da pista).

ZH – Quem estava nos controles, você ou o Guilherme?

Bruno – Os dois. Ambos temos o brevê, ambos cursamos Ciências Aeronáuticas. Eu me formo logo na faculdade e estou me preparando para ser piloto de linha aérea, aí faço essas horas de voo. Eu pago por elas.

ZH – Por que o avião perdeu potência?

Bruno – Não tenho ideia. Agora será feita investigação.

ZH – O senhor pensou em desistir de voar?

Bruno – De maneira alguma pensei em desistir de voar. Fiquei só com um corte na boca e um braço machucado, nada demais. Eu decidi ser piloto, sou piloto, não faço outra coisa na vida. Vou continuar.

Fonte: Zero Hora - Foto: Fernando Gomes

Mais sobre o avião que fechou o Salgado Filho ontem

Problema no motor fez Cessna se arrastar pela grama, quebrando cauda

Um acidente com um avião monomotor deixou o Aeroporto Internacional Salgado Filho fechado na manhã de ontem. A pista foi liberada pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) 50 minutos após o episódio, ao meio-dia, apenas para decolagens. Os pousos só foram autorizados às 12h35min, uma hora e meia após o incidente.

O avião, o Cessna 152 prefixo PT-WQP, ultrapassou o ponto de decolagem e se arrastou pela grama, quebrando parte da cauda. A aeronave percorreu toda a pista, mas não conseguiu decolar e parou na cabeceira, perto do sistema de iluminação e da cerca que separa o aeroporto da Avenida dos Estados. O motivo da abortagem do voo seria uma falha no motor.

O Cessna era usado em treinamentos. Quem recebia lições de voo eraBruno André Kohlrausch, 22 anos, aluno do curso de Ciências Aeronáuticas da PUCRS, acompanhado pelo colega Guilherme Bilche. Ambos sofreram escoriações leves. Eles pretendiam se deslocar para o Interior.

Conforme familiares de Bruno, os dois têm brevê de pilotos, mas estavam adquirindo mais horas de voo, necessárias ao currículo de quem pretende se tornar piloto comercial.

A aeronave pertence à Escola de Aviação Born to Fly, que emitiu nota oficial, dizendo que o pouso forçado ocorreu em função de perda de potência do motor. Assegura também que a manutenção da aeronave está “rigorosamente em dia”, e que o relatório definitivo sobre causas do acidente só ocorrerá após investigação da Aeronáutica. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informa que é normal o uso da pista do aeroporto por aviões destinados a treinamento.

O acidente provocou atrasos em nove voos e cancelamento de três.

Fonte: Zero Hora

United Airlines amplia serviços internos nos EUA

A United Airlines vai operar a partir de (09/06) mais um voo diário sem escalas entre o aeroporto O’Hare, em Chicago, e o La Guardia, em Nova York. O novo voo, operado por um avião Airbus A319 de 120 lugares, sairá de Chicago às 8h30 e chegará a Nova York às 11h42. Na volta, partirá de Nova York às 12h30 e pousará em Chicago às 14h04.

A partir de (24/04), os três voos operados pela United Express entre Chicago e o aeroporto La Guardia serão substituídos por aviões da própria United Airlines. Com isso, a United passará a ter até 18 voos diários entre os dois aeroportos.

Também no dia (24/04), começarão voos sem escalas entre Houston e Los Angeles, operados pela SkyWest, parceira do sistema United Express, com aviões CRJ de 66 lugares. Os voos sairão de Los Angeles às 11h40, chegando a Houston às 16h53, e de Houston às 17h40, chegando a Los Angeles às 19h15.

Fonte: Mercado & Eventos

Europa deve abolir restrições para quantidade de líquidos em bagagens de mão

A União Europeia deve abolir até 2013 todas as restrições para liquídos carregados por passageiros de companhias aéreas em suas bagagens de mão. É o fim das dificuldades para levar remédios, garrafinhas d'água ou mesmo cosméticos dentro da bolsa na hora de viajar.

De acordo com Helen Kearns, porta-voz da comissão de Transporte da União Europeia, afirma que os aeroportos trocarão suas restrições por máquinas que escaneiam líquidos.

A medida faz parte do novo pacote de regulamentações da União Europeia para segurança nos voos, que tem o objetivo de racionalizar as rigorosas medidas de segurança adotadas depois dos ataques terroristas ao World Trade Center, em setembro de 2001.

- Essa deve ser uma melhora significativa em termos de conveniências na hora de viajar - afirmou Kearns à agências de notícias AP.

A restrição de líquidos dentro das bagagens de mão é considerada, atualmente, uma das maiores frustações de passageiros de companhias aéreas no mundo inteiro. Muitos passageiros se esquecem de despachar os recipientes que ultrapassam os limites de medidas impostos e se veem obrigados a se livrar de produtos de uso pessoal, como vidros de xampus e tubos de pasta de dente na hora de embarcar no avião.

Atualmente, em voos internacionais, segundo o Guia de Passageiro distribuído pela Anac e Infraero nos aeroportos, os líquidos, géis, pastas devem ser conduzidos em saco plástico de até 20cm x 20cm e apresentados separadamente na inspeção de raios-X. Cada recipiente pode conter no máximo o volume de 100ml. Os frascos que excedam esta medida não podem ser transportados na bagagem de mão mesmo que estejam parcialmente cheios. As bebidas e líquidos comprados nas lojas da rede dufry nos aeroportos podem ser conduzidas pelo passageiro durante o voo, mas é indispensável que estejam embalados e selados, e acompanhados da nota fiscal de compra da data do voo.

Fonte: O Globo (com informações de agências internacionais) - Foto: AFP

Voo inaugural da Iraqi Airways para Londres vira pesadelo

O primeiro voo entre o Iraque e o Reino Unido em 20 anos acabou se transformando em uma confusão após a tentativa de confisco do avião e apreensão do passaporte do diretor-geral da companhia aérea.

O problema foi motivado por uma questão financeira entre a Iraqi Airways e a companhia Kuweiti Airways (KAC), originado ainda em 1990, quando o ex-ditador Saddam Hussein invadiu o Kuweit.

A KAC reclama US$ 1,2 bilhão ao Iraque por ter se apoderado de 10 aeronaves comerciais do emirado e ter saqueado o aeroporto local.

"Em sua chegada a Gatwick [aeroporto londrino], no último dia 25, um advogado da KAC tentou confiscar o avião, mas não pôde fazê-lo pois o aparelho pertence a uma companhia sueca", explicou nesta quinta-feira, em um comunicado, o porta-voz do ministério iraquiano dos Transportes, Akil Kawthar.

"O advogado iniciou então um procedimento contra a empresa britânica que alugou o avião por conta da Iraqi Airways e obteve também junto às autoridades britânicas a apreensão do passaporte e dos documentos pertencentes ao diretor-geral da companhia iraquiana", acrescentou.

O ministro dos Transportes, Amer Abdel Jabbar Ismaïl, e o diretor-geral da Iraqi Airways, Kifah Hassan, estavam no voo inaugural.

Em novembro de 2008, o Iraque anunciou estar disposto a pagar US$ 300 milhões à KAC para pôr fim à questão.

Voo histórico

Os voos entre o Iraque e o Reino Unido estavam proibidos desde a imposição de um embargo ao Iraque pela ONU (Organização das Nações Unidas), em 1990.

O voo IA237 pousou no aeroporto de Gatwick, em Londres, às 23h08 (19h08 no horário de Brasília), após uma viagem de dez horas, com escala em Malmoe (Suécia).

O Boeing 737/400 pertence à companhia Iraqi Airways. A partir de agora serão dois voos semanais, que passarão por Malmoe na ida e farão uma viagem direta na volta.

O voo inaugural estava previsto para 16 de abril, mas foi adiado pela nuvem de cinzas vulcânicas procedente da Islândia que forçou o fechamento de boa parte do espaço aéreo europeu na semana passada.

Fonte: France Presse via Folha Online - Foto: AFP

Lufthansa se prepara para lançar novo avião em junho

O novo avião-símbolo vai decolar pela primeira vez em 11 de junho de Frankfurt para Tóquio e, a partir de novembro, serão 34 voos A380 por semana. As passagens para as rotas intercontinentais operadas pelo maior avião do mundo já podem ser reservadas, inclusive pelos brasileiros que quiserem embarcar daqui para Tóquio, por exemplo, fazendo conexão em Frankfurt ou Munique.

O primeiro Airbus A380 recebido pela Lufthansa, batizado de "Frankfurt am Main", partirá às terças, sextas e aos domingos sob número de voo LH710 de Frankfurt para Narita, o aeroporto de Tóquio, substituindo o Boeing 747-400 atualmente em operação. Os voos de volta para Frankfurt estão programados para segunda, quarta e sábado sob número de voo LH711. Com a entrega do segundo avião no dia 4 de agosto, o A380 passará a servir a rota Tóquio diariamente.

Conforme os últimos planos, a Lufthansa passará a voar três vezes por semana de Frankfurt para Pequim com seu terceiro A380 a partir do dia 25 de agosto. O avião de grande porte partirá para a capital da China às segundas, quartas e sextas, com volta prevista para os respectivos dias seguintes. No final de outubro, quando o quarto A380 integrar a frota da Lufthansa, essa rota será servida diariamente com este modelo de avião. A partir de 25 de outubro, a empresa aérea também operará a rota entre Frankfurt e a metrópole sul-africana Joanesburgo três vezes por semana com seu avião-símbolo. Os dias de voo para a África do Sul serão segunda, quarta e sábado, a volta do A380 de Joanesburgo para Frankfurt no respectivo dia seguinte.

Fonte: Mercado & Eventos

Zeca Pagodinho ganha R$ 30 mil por horas preso em avião

Episódio aconteceu em 2008 durante uma escala em Buenos Aires.

Justiça condenou companhia aérea e agência de turismo por danos morais.

A Justiça do Rio concedeu uma indenização de R$ 30 mil para o cantor Zeca Pagodinho esta semana. Ele havia processado a companhia aérea e a agência de turismo que o traziam com a família de volta ao Brasil de uma viagem de férias de Bariloche, na Argentina, em 2008, por ter sofrido com atraso de quatro horas. Duas delas, dentro do avião, em Buenos Aires, sem direito a comida e com banheiro interditado.

No ano passado as empresas já haviam sido condenadas a pagar R$ 10 mil, mas o advogado de Zeca recorreu do valor. “Na decisão, o desembargador afirmou ter verificado que a sentença anterior foi “acanhada, devendo ser fixada em atenção estrita aos princípios da razoabilidade”, que foi o que eu sustentei”, contou Sylvio Guerra, autor da ação.

A decisão foi do desembargador Roberto Guimarães, da 11ª Câmara Cível do Rio, já em segunda instância, e os réus, agora, se quiserem recorrer, deverão procurar o Superior Tribunal de Justiça. O processo conta que o pacote fechado por Zeca “incluía a parte aérea em voos fretados, hospedagem, traslados, passeios e outros serviços”, que ele pagou à vista para as sete pessoas da família. O documento diz ainda que o cantor afirmou que, durante o período, sua filha, de 4 anos, “chorava de fome, sede e frio”.

As outras versões

No processo, a agência de viagem alegou que providenciou “recepção especial de boas vindas e serviço particular de transporte para todos os passeios” e que “não mediu esforços para assegurar ao autor e seus familiares a máxima privacidade possível, instalando-os em um hotel de primeira categoria”.

Já a companhia aérea disse que foi obrigada a substituir uma das aeronaves que costuma voar para Bariloche por causa das “constantes erupções do vulcão Chaitén, que propagaram na atmosfera suas cinzas à altitude de voo, o que poderia provocar graves problemas nas turbinas, o que comprometeria em muito a segurança dos voos”.

A empresa afirma ainda que, por isso, os passageiros foram acomodados em “um avião de menor capacidade de transporte, altitude e autonomia de voo”, e, por isso, teve que fazer escala para reabastecimento em Buenos Aires. Lá, “os passageiros permaneceram dentro do avião para evitar uma maior dispersão dos mesmos e demora para as operações de embarque e desembarque”.

Como foi o caso

O avião que trazia o cantor e dezenas de outros brasileiros partiu com quatro horas de atraso e deixou os passageiros esperando por quase duas horas durante a escala em Buenos Aires, sem que eles pudessem descer da aeronave.

Na época, o cantor contou que faltou água, os banheiros não tinham condição de uso e o avião apresentava sinais de deterioração, além de ser tripulado por pessoas que não falavam português e nem tentavam responder às perguntas dos brasileiros. Zeca explicou ainda que, em determinado momento, o avião passou a receber novas cargas para transporte e um passageiro começou a discutir com a aeromoça, dizendo que não tinha pagado para viajar em avião cargueiro. "Os banheiros entupiram, o avião entrou em pânico", resumiu o cantor.

Fonte: Alícia Uchôa (G1) - Foto: Alexandre Durão/G1

Polônia divulga resultados da investigação preliminar sobre acidente aéreo do presidente

O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, divulgou ontem (28) os resultados da investigação preliminar sobre o acidente aéreo que matou o presidente, Lech Kaczynski.

Na primeira fase da investigação, especialistas da Polônia e da Rússia analisaram o local do acidente, as condições meteorológicas, e os destroços, caixas pretas, computares, celulares e outros pertences das vítimas. Tusk revelou que, de acordo com os resultados já obtidos, podem ser excluídas as possibilidades de que explosivos ou falhas técnicas tenham causado a queda do avião. No entanto, segundo ele, ainda são necessárias investigações mais profundas para encontrar a causa do acidente.

Tusk pediu que o povo polonês aguarde com paciência o resultado final, e garantiu que as investigações do governo são transparentes e merecem confiança.

Fonte: Shi Liang (CRI - China Radio International) - Foto: RIA Novosti

Avião à disposição do "Lulinha"

Em dezembro, o deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP) pediu explicações ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, sobre denúncia feita pela Folha de S.Paulo. A reportagem apontava que um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) transportou, no dia 9 de outubro, Fábio Luís Lula da Silva, filho de Lula, conhecido como Lulinha, e mais 15 acompanhantes, de São Paulo até Brasília, “a pedido da Presidência”.

O avião transportava alguns militares vindos do interior de São Paulo, que tiveram de ser deslocados para o fundo da aeronave. Segundo o tucano paulista, Jobim não se explicou “a contento” sobre o caso. Por isso, Nogueira entrou com outro pedido de informações e alertou o ministro gaúcho, que poderá entrar com uma queixa no Ministério Público caso ele não explique o caso.

Fonte: Edgar Lisboa (Jornal do Comércio)

MAIS

O avião utilizado pelo filho do presidente foi o Boeing 737-2N3, prefixo FAB 2116, da Força Aérea Brasileira (acima) - Foto: Fernando Valduga.

Brasil é prioridade de gigantes da fabricação de aviões

As grandes fabricantes de aeronaves prometem uma boa disputa pelo mercado brasileiro nos próximos anos. Ainda que a Embraer planeje aumentar sua participação na venda de jatos com até 100 assentos para as grandes companhias aéreas locais, as concorrentes estrangeiras Airbus e Boeing também pretendem lutar por sua fatia no bolo.

A própria Airbus divulgou ontem um levantamento onde afirma ter identificado um potencial de negócios próximos aos US$ 60 bilhões no Brasil, o que significaria adicionar 510 novos aviões com capacidade entre 110 e 140 assentos à frota local nos próximos 20 anos — considerando tanto a renovação quanto inclusão de novas unidades.

“O mercado de aviação no Brasil está crescendo como um todo, onde continuará sendo necessária a adição de aviões de maior capacidade, que possibilitem um custo por assento menor”, avaliou Rafael Alonso, vice-presidente sênior da Airbus para a América Latina. Na conta feita pela fabricante norte-americana, a frota deve saltar das atuais 248 aeronaves para mais de 590 até 2028, ou seja, o dobro da atual.

O executivo lembrou que o tráfego aéreo brasileiro vem crescendo acima da média de outros países. “Somente no mês passado houve um incremento de mais 30% no número de passageiros transportados, em relação ao mesmo período do ano anterior”, disse Alonso ao acrescentar que a tendência ocorre mesmo antes da realização de eventos mundiais por aqui como a Copa do Mundo de Futebol e as Olimpíadas de 2016.

A Airbus também aposta na ascensão das viagens internacionais do turista brasileiro e pretende vender para companhia brasileiras, pelo menos nove aviões da família A 380, hoje a maior aeronave mundo, o que a empresa acredita ser uma boa solução para aeroportos como o de Guarulhos, em São Paulo.

No Brasil, o vice-presidente sênior da Airbus contabiliza 70 pedidos de aviões a serem destinados à TAM Linhas Aéreas e outros três para a Avianca Brasil. Atualmente a frota brasileira da marca Airbus é constituída por 130 aeronaves na TAM, uma da Avianca e outra de propriedade do governo federal. Em toda a América Latina, as aeronaves da Airbus atendem 22 companhia aéreas, o equivalente a 42% da frota em serviço pela região.

Promissor

A Boeing também deve seguir a rota do incremento na aviação brasileira, já que ontem, executivos de sua principal cliente local, a Gol Linhas Aéreas, projetaram que o nosso mercado doméstico deve dobrar até 2016, especialmente por conta da ascensão de renda da população que começa a ter mais acesso as viagens aéreas. A Gol mantém hoje uma frota aproximada de 100 Boeings.

De acordo com Michael J. Tull, gerente de comunicação e vendas da Boeing para América Latina, o continente apresenta mercados emergentes estáveis, com fortes taxas de crescimento. “Só o Brasil representa pelo menos 40% dos nossos negócios na região”, respondeu ao DCI, a partir da sede da empresa em Seatle.

Além disso, nos céus brasileiros é que circula a maior frota da Boeing, entre os países latino-americanos. “As companhias aéreas do Brasil também estão entre as maiores e mais rentáveis do mundo”, ressaltou Tull.

Para o executivo, a perspectiva de estabilidade econômica, a longo prazo, aliada à facilidade de acesso ao capital são outros fatores que favorecem a empresas aéreas brasileiras, o que as coloca com capacidade de competitiva diante de outras grandes companhias de aviação pelo resto do mundo.

Em relação à disputa do mercado com outros fabricantes de aviões, a Boeing afirma estar confiante quanto ao futuro positivo da empresa, que já “compete agressivamente por novos negócios”, conforme respondeu à reportagem.

Nacional

Em recente reportagem publicada no DCI, a nacional Embraer reafirmou seu desejo em cavar espaço dentro do mercado nacional, inclusive, com o objetivo de fornecer aeronaves para as grandes companhias aéreas do País, habituadas a comprarem aeronaves tanto da Boeing, como da Airbus. Por aqui a Embraer é fornecedora de toda a frota da Azul Linhas Aéreas.

Segundo afirmou Luiz H. Lima, diretor de Aviação Comercial da Embraer para América Latina, mesmo entre as companhias que operam com aviões de grande porte podem surgir novos negócios. “Não temos dúvida que haverá necessidade de adicionar jatos de 70 a 100 assentos não só no mercado regional, mas também nas grandes empresas”, afirmou.

País provoca disputa entre Airbus, Boeing e Embraer

As grandes fabricantes de aeronaves prometem uma boa disputa pelo mercado brasileiro nos próximos anos.


A Embraer planeja aumentar sua participação na venda de jatos com até 100 assentos às grandes companhias aéreas locais e as concorrentes estrangeiras de peso, como Airbus e Boeing, também pretendem lutar por sua fatia no bolo.

Um levantamento realizado pela Airbus alega ter identificado um potencial de negócios de cerca de US$ 60 bilhões no Brasil, o que corresponderia a adicionar 510 novos aviões com capacidade de 110 a 140 assentos à frota local nos próximos 20 anos — considerando-se tanto a renovação quanto a inclusão de novas unidades.

No Brasil, a Airbus contabiliza 70 pedidos de aviões a serem destinados à TAM Linhas Aéreas, e três, à Avianca Brasil.

A Boeing também confirma o interesse no País e informa que o Brasil representa pelo menos 40% dos seus negócios na região.

Fonte: DCI