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domingo, 17 de setembro de 2023

Embraer Super Tucano ganha pintura especial de 100 mil horas de voo em esquadrão da FAB


Um avião camuflado da Força Aérea Brasileira (FAB) recebeu uma pintura especial e comemorativa. A aeronave, que tem designação oficial Embraer A-29B Super Tucano é do Esquadrão Joker, baseado em Natal e que completa 70 anos este ano.

Este esquadrão é responsável pela formação de todos os pilotos de caça da Força Aérea Brasileira, sendo o primeiro contato com a aviação de combate após o oficial recém-graduado sair da Academia da Força Aérea.


A aeronave recebeu uma pintura na cauda com as cores do Brasil, além do Avestruz e do Pinguim, símbolos do esquadrão, numa alusão de Instrutor e Aluno. Também são comemoradas as 100 mil horas de voo da unidade no Super Tucano.

sábado, 19 de agosto de 2023

Hoje na História: 19 de agosto de 1969 - A Fundação da Embraer

A Embraer completa 54 anos e segue como referência na aviação mundial.

Família ERJ 145 se tornou um divisor de águas na aviação regional e deu novo impulso para a Embraer
A Embraer está completando 54 anos hoje, dia 19 de agosto, mantendo a posição de referência nos segmentos de aviação comercial regional, aviação executiva e defesa.

Em 1953, o oficial da Aviação do Exército, Casimiro Montenegro convida o engenheiro aeroespacial e fundador da Focke-Wulf em Bremen, o alemão Henrich Focke e seus engenheiros, para que atuassem no CTA. Isto ocorre após Montenegro tomar conhecimento dos projetos inovadores que esses engenheiros vinham realizando na Alemanha, desenvolvendo desde 1939 helicópteros como o Focke-Wulf Fw 61 e aeronaves como Focke-Wulf Fw 190 e Focke-Wulf Fw 200.

A Embraer nasceu como uma iniciativa do governo brasileiro dentro de um projeto estratégico para implementar a indústria aeronáutica no país, em um contexto de políticas de substituição de importações.

Neste contexto, foi aprovado em 25 de junho de 1965, o projeto governamental IPD-6504, para a produção de uma aeronave que atendesse as necessidades do transporte aéreo comercial brasileiro, principalmente em pequenas cidades, visando a produção de um avião que se adaptasse à infraestrutura aeroportuária do país na época. A especificação técnica do projeto era para a produção de uma aeronave pequena, com capacidade para oito passageiros, de asa baixa, turbopropelida e bimotor. 

Embraer EMB-100, projeto IPD-6504, primeiro protótipo do Bandeirante, cujo primeiro voo foi em 22 de outubro de 1968. A aeronave foi restaurada e encontra-se preservada no Museu Aeroespacial, na cidade do Rio de Janeiro
O projeto e montagem foram realizados nas instalações do CTA e o primeiro protótipo teve seu voo inaugural em 22 de outubro de 1968. Sua produção envolveu cerca de trezentas pessoas, lideradas pelo engenheiro aeronáutico e então major da FAB, Ozires Silva.

No ano seguinte seria criada a Embraer com a finalidade de produzir o modelo em série, denominado Embraer EMB-110, sendo Ozires Silva o primeiro presidente da empresa, cargo que exerceria até 1986.

Mais dois protótipos foram produzidos pela Embraer, com a denominação EMB 100 Bandeirante, passando depois as aeronaves a receber a denominação EMB 110, para a produção em série.

Além do CTA, criado em 1946, mas que em 30 de abril de 2009 passou a ser denominado Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), é considerado outro precursor da Embraer, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Criado também por Casimiro Montenegro em 1950, a proposta para sua criação havia sido apresentada por ele em 1945 a um grupo de oficiais do Estado Maior da Aeronáutica.

Fundada no ano de 1969, como uma sociedade de economia mista vinculada ao Ministério da Aeronáutica, seu primeiro presidente foi o engenheiro Ozires Silva, que havia liderado o desenvolvimento do avião Bandeirante.

Criatura e criador: o avião Bandeirante em inspeção com Ozires em primeiro plano
O fabricante brasileiro, criado em 1969, para produzir o Bandeirante em série, foi um dos raros casos de uma empresa criada para viabilizar um avião. Coincidentemente, 1 ano e um mês depois, a Airbus foi criada com o mesmo objetivo, produzir um avião em desenvolvimento, no caso, o A300.

Inicialmente, a maior parte de seu quadro de funcionários formou-se com pessoal oriundo do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que fazia parte do CTA. De certo modo, a Embraer nasceu dentro do CTA. 

No ano de 1980, adquiriu o controle acionário da Indústria Aeronáutica Neiva, que se tornou sua subsidiária, atual divisão de aviação agrícola. Durante as décadas de 1970 e 1980, a empresa conquistou importante projeção nacional e internacional com os aviões Bandeirante, Xingu e Brasília.

A Embraer e Bandeirante ainda hoje se destacam como um dos mais ambiciosos projetos brasileiros, especialmente na área do transporte aéreo, assim como no segmento industrial de tecnologia de ponta.

O EMB-110 Bandeirante foi o primeiro avião produzido pela Embraer
Ao longo de cinco décadas a Embraer desenvolveu diversos aviões que se tornaram referência ao redor do mundo, como o EMB-120 Brasília, EMB-312 Tucano, as famílias ERJ-145 e E-Jet, Phenom 300, Praetor 600, entre outros.

Em dezembro de 1994, a Embraer foi privatizada e iniciou um novo ciclo de crescimento, fortalecendo sua presença e competitividade nos mercados de Aviação Comercial, Aviação Executiva, Defesa & Segurança e Aviação Agrícola. Por duas décadas a Embraer foi líder mundial na aviação comercial, com aviões a jatos de até 150 assentos. Atualmente, o Phenom 300 segue sendo o avião executivo leve mais entregue do mundo, título que mantém há dez anos consecutivos. Por vários anos ainda foi o jato executivo mais vendido, entre todos os segmentos e modelos.

O EMB-110 Bandeirante e o EMB-120 Brasília foram referência na aviação regional, viabilizando o crescimento do segmento nos Estados Unidos, Europa e Brasil. Na Europa, o Bandeirante foi o avião que deu início a gigante de ultrabaixo custo Ryanair.

Na segunda metade da década de 1990 a família ERJ-145 protagonizou uma intensa disputa pela liderança do mercado de aviação regional norte-americano, levando ao embate internacional entre Brasil e Canadá, que se acusavam mutuamente se apoio ilegal a seus respectivos fabricantes aeronáuticos. Na ocasião, a Embraer liderava a balança comercial brasileira, como a empresa com maior valor de exportação.

E-Jet se tornou líder no mercado de aviação comercial regional em todo o mundo
Nos anos 2000 o lançamento da família E-Jet se tornou um divisor de águas para a Embraer e para a própria aviação comercial. O E175 se tornou o jato de até 80 lugares mais vendido dos Estados Unidos, onde lidera praticamente sozinho o mercado de aviação regional. O período foi marcado pelo surgimento de diversos projetos similares, mas a crise criada pelos atentados de 2001, nos Estados Unidos, levou ao fim da totalidade dos futuros concorrentes, mantendo os E-Jets sozinhos no mercado por mais de 15 anos.

Outra mudança importante ocorreu no início dos anos 2000, com o lançamento do Legacy, o primeiro jato executivo da Embraer, baseado na plataforma do ERJ-135. O modelo abriu o caminho para a criação da Embraer Aviação Executiva, que em 2005 lançou a família Phenom, que revolucionou o mercado e se tornou referência entre jatos leves.

Há 10 anos o Phenom 300 é o avião executivo leve mais entregue do mundo
O Tucano, lançado na década de 1980, por vários anos estabeleceu os padrões no treinamento avançado entre forças aéreas de diversos países, incluindo Brasil, Egito, França e Reino Unido. O Super Tucano, lançado dez anos depois, viabilizou o avanço dos aviões turboélices de ataque leve e de treinamento avançado ao redor do mundo. O mais ambicioso projeto da Embraer, o C-390 Millennium, surgiu para rivalizar com nada menos que o veterano e bem-sucedido C-130 Hercules, da Lockheed Martin e que é empregado por mais de 60 países e conta com aproximadamente 2.600 aviões produzidos. O avião sofreu uma redução no pedido formalizado com a Força Aérea Brasileira, mas obteve vendas simbólicas no exterior, com Portugal, Holanda e Hungria se destacando por sua presença na Otan.

Criado para a FAB, o C-390 disputa o mercado mundial de cargueiros táticos e
obteve vendas na Holanda, Portugal e Hungria
Mais recentemente, a Embraer estabeleceu uma estrutura dedicada para a área de Serviços e Suporte, criou a EVE, especializada no conceito de aeronaves urbana elétricas (eVTOL, em inglês) e atua também áreas de radares, embarcações, espaço e ciberespaço.

Em 2022, após 53 anos, a Embraer entregou aproximadamente 8.000 aviões. Em média, a cada 10 segundos uma aeronave fabricada pela Embraer decola de algum lugar do mundo, transportando anualmente mais de 145 milhões de passageiros.

Via Edmundo Ubiratan (Aero Magazine), Forbes e Wikipédia

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Por dentro do jato particular Embraer Legacy de US$ 20 milhões de Jackie Chan

Jackie Chan possui dois jatos Embraer Legacy, incluindo o Legacy 500.

(Foto: Embraer)
Jackie Chan, o renomado astro do kung fu e filantropo, recebeu um novo Embraer Legacy 500 em 2016. Como embaixador da marca Embraer, ele foi o primeiro cliente da China a receber esta aeronave, após sua aquisição anterior do Legacy 650 em 2012.

Em uma declaração anunciando a entrega, Chan expressou sua empolgação com esta adição à sua frota, destacando como o Legacy 650 melhorou sua atuação global e empreendimentos filantrópicos.

"Estou muito feliz em receber este Legacy 500, um jato executivo de última geração. Nos últimos anos, meu Legacy 650 me trouxe experiências fantásticas de viagem e grande comodidade, permitindo-me fazer mais atividades filantrópicas funciona em todo o mundo. Tenho certeza de que o desempenho do novo Legacy 500 novamente superará minhas expectativas e se tornará uma confortável casa móvel e um escritório para mim."

Recursos do Legacy 500


Este jato executivo de médio porte possui uma cabine de piso plano de 1,80 m, rivalizando até mesmo com aeronaves supermédios, e abriga oito poltronas que podem ser transformadas em quatro camas. O sistema de entretenimento oferece vídeo de alta definição, som surround e várias opções de entrada de áudio e vídeo. O sistema de gerenciamento de cabine e várias opções de comunicação e conectividade aprimoram ainda mais a experiência a bordo .


Uma das características tecnológicas mais significativas do Legacy 500 são seus controles de voo digitais baseados na tecnologia fly-by-wire, incluindo side sticks para controle. O conjunto de aviônicos incorpora o sistema Rockwell Collins Pro Line Fusion, exibido em quatro telas LCD de alta resolução de 15 polegadas. Esta suíte facilita o planejamento gráfico de voo e oferece recursos como capacidade de operações sem papel, freios automáticos e o Embraer Enhanced Vision System (E2VS), que inclui um Head-up Display (HUD) com o Enhanced Vision System (EVS).

O Legacy 500 pode voar a uma altitude de 45.000 pés e é movido por motores Honeywell HTF7500E. Suas impressionantes capacidades de decolagem, incluindo a capacidade de operar em aeródromos de até 4.084 pés, permitem atingir um alcance de 3.125 milhas náuticas com quatro passageiros e reservas de combustível NBAA IFR.

Encaixe na frota de Chan


A escolha do Legacy 500 por Jackie Chan para viagens mais curtas se alinha com sua exigente agenda de viagens, necessidades de desenvolvimento de negócios e seus contínuos esforços de caridade em todo o mundo.

O presidente e CEO da Embraer Aviação Executiva, Marco Tulio Pellegrini, enfatizou as capacidades avançadas do jato em comunicado por ocasião da entrega da aeronave. "O Legacy 500 apresenta nossas melhores tecnologias e incorpora designs que maximizam o conforto do passageiro e a economia de combustível."

Como embaixador da marca da Embraer, a ligação de Chan com a empresa o levou a ser o primeiro cliente na China a possuir tanto o Legacy 650 – construído sobre o Legacy 600 – quanto o Legacy 500. Essas aeronaves representam algumas das capacidades mais avançadas em tecnologia de jato executivo, combinando controles de voo avançados, sistemas de entretenimento e capacidades de desempenho impressionantes.


O entusiasmo de Chan com o Legacy 500 ecoa suas experiências supostamente positivas com o Legacy 650 e parece indicar que o jato se alinha bem com suas necessidades de viagem, permitindo que ele continue seus esforços filantrópicos e atuações em todo o mundo.

Via Simple Flying, Forbes e Business Insider

sábado, 8 de julho de 2023

Conheça o 'Tucano T 27', avião utilizado em treinamento aéreo na Colômbia

Modelo é produzido pela Embraer e está em atividade desde 1983.

Modelo brasileiro Tucano T-27 em pista da base militar de Apiay, na Colômbia,
em junho de 2005 (Foto: Juan Herrera/AP)
Duas aeronaves da Força Aérea Colombiana se chocaram durante um treinamento aéreo no sábado passado (1) deixando uma pessoa morta, o tenente-coronel Mario Andrés Espinosa González.

O avião utilizado durante o treinamento é um modelo "Tucano T 27". Fabricado pela empresa brasileira Embraer, ele foi desenvolvido para substituir os jatos Cessna T-37, sendo que seu protótipo voou pela primeira vez em 16 de agosto de 1980.

A primeira remessa produzida entrou em atividade em 1983 quando 133 aeronaves foram enviadas para a Força Aérea Brasileira (FAB) em Pirassununga, no interior de São Paulo.

Segundo a FAB, o equipamento faz parte das forças Aéreas da Argentina, Colômbia, Egito, França, Honduras, Irã, Iraque, Paraguai, Peru e Venezuela.

No entanto, atualmente o T-27 Tucano, é um avião de treinamento avançado, utilizado no Brasil para a instrução dos Cadetes Aviadores no último ano de formação. Devido sua cabine ser similar à de um avião de caça, o que ajudaria a familiarizar os Cadetes a esse tipo de aeronave.

Além do Brasil, diversos outros países também utilizam o T-27 como aeronave de instrução devido a sua manobrabilidade.

O Tucano T-27 tem 9,86 metros de comprimento e pode atingir até 528 km/h e com isso sobe cerca de 810 metros a cada minuto podendo atingir até 9.936 metros.

Ele é um avião monoplano de asa baixa e monomotor turboélice.

Via g1

sexta-feira, 30 de junho de 2023

46 anos do EMB-111 Bandeirante Patrulha


O projeto do EMB-100 Bandeirante, iniciado antes mesmo do nascimento da Embraer, deu base ao desenvolvimento de diferentes aeronaves, incluindo o modelo militar EMB-111 “Bandeirante Patrulha”, apelidado nacionalmente por “Bandeirulha”.

Apresentado em 1977, o avião foi concebido para protagonizar missões de esclarecimento marítimo, busca e salvamento.

Seu desenvolvimento foi pensado a partir da necessidade da Força Aérea Brasileira (FAB) de substituir antigos modelos estrangeiros. A primeira entrega dessa versão foi direcionada à Marinha do Chile, já em 1977.

A FAB recebeu suas unidades em 11 de abril de 1978, na Base Aérea de Salvador. No mesmo ano, o “Bandeirulha” foi apresentado publicamente durante o Farnborough Airshow, uma das mais importantes feiras expositivas de aviação do mundo, realizada na Inglaterra.

Bandeirante + Patrulha = Bandeirulha


O Bandeirante Patrulha possuía calibragem de auxílio à navegação, com capacidade para até cinco passageiros – dois pilotos, um operador de radar e dois bservadores. Equipado com dois motores turboélice Pratt & Whitney PT6A-34, de 750 SHP, podia atingir a velocidade de cruzeiro de 385 km/h. Seu tanque de combustível era maior que o do Bandeirante convencional, e por isso apresentava maior autonomia de voo.

Para o projeto do EMB-111, o Bandeirante teve seu nariz modificado, coberto pelo radome de fibra de vidro que protege a antena do radar AN/APS – 128. Esta antena tinha como função promover vigilância costeira, busca, salvamento, navegação, e apoio na elaboração de cartas meteorológicas. O radar era capaz de detectar um alvo de 150 m² a cerca de 100 quilômetros de distância, mesmo em mares agitados. 


Estas características foram essenciais para uma das primeiras missões do “Bandeirulha” na FAB: descobrir barcos pesqueiros clandestinos nas linhas de cardume da costa norte do Brasil. Para as buscas noturnas, o “Bandeirulha” possuía, ainda, um farol de longo alcance na asa direita.

À época de seu lançamento, seus equipamentos eletrônicos lhe conferiam um conjunto sem precedentes, o que possibilitou o comando automático, além de outras vantagens que nenhum outro avião de sua categoria dispunha.

Via Poder Aéreo com informações da Embraer

domingo, 18 de junho de 2023

Embraer inaugura simulador de voo para avião cargueiro C-390

O cargueiro é a maior aeronave já produzida no Brasil e principal produto da divisão de Defesa da fabricante brasileira.


A Embraer inaugurou, nesta quinta-feira (15), o primeiro simulador de voo para o avião cargueiro C-390 Millennium, em São José dos Campos, no interior de São Paulo.

A cerimônia de inauguração contou com a presença de representantes da Força Aérea Brasileira (FAB), da Força Aérea Portuguesa, assim como representantes da Rheinmetall, fabricante do simulador com sede na Alemanha.

O cargueiro é a maior aeronave já produzida no Brasil e principal produto da divisão de Defesa da fabricante brasileira. Além da Força Aérea Brasileira, a Embraer tem como clientes do cargueiro países como Portugal, Hungria e Holanda.


Segundo a empresa, o simulador atenderá a demanda de clientes atuais e futuros por treinamento básico e avançado de pilotos. O equipamento permite a prática segura de manobras e procedimentos de emergência, além de simular condições adversas de voo.

De acordo com a Embraer, o simulador de voo do C-390, com qualificação de nível D, inclui a operação em condições normais e emergenciais, pacote para suporte em operações militares e conta com mais de 350 simulações de falhas. Brasil, Portugal e Hungria serão os primeiros países a utilizar o equipamento.

Como é o cargueiro?



A aeronave C-390 é um projeto da FAB com a Embraer para produção de um avião de transporte militar tático que representa um avanço significativo em termos de tecnologia e inovação para a indústria aeronáutica brasileira.

A Embraer oferece também a versão do cargueiro com reabastecimento em voo, como é o caso dos modelos entregues à Força Aérea Brasileira. Nestes casos, as aeronaves são batizadas como KC-390.

A aeronave foi usada, por exemplo, no resgate de brasileiros que deixaram Ucrânia após o início da guerra com a Rússia em 2022.

O cargueiro começou a ser desenvolvido em 2009, na unidade da Embraer em Gavião Peixoto (SP). Ele foi projetado para estabelecer novos padrões em sua categoria, com menor custo operacional e flexibilidade para executar uma ampla gama de missões: transporte e lançamento de cargas e tropas, reabastecimento aéreo, busca e resgate e combate a incêndios florestais, entre outras.


Com turbinas a jato, o C-390 pode alcançar a velocidade de 850 km/h. Uma aeronave poderá decolar de Brasília e chegar sem escalas a qualquer capital brasileira com 23 toneladas de carga, sua capacidade máxima.

O compartimento de carga tem 18,54 metros de comprimento, um pouco maior que uma quadra de vôlei. A largura é de 3,45 metros e a altura é de 2,95 metros. O espaço é suficiente para acomodar equipamentos de grandes dimensões, além de blindados, peças de artilharia, armamentos e até aeronaves semi-desmontadas.


Também poderão ser levados 80 soldados em uma configuração de transporte de tropa, 64 paraquedistas, 74 macas mais uma equipe médica ou ainda contêineres, carros blindados e outros equipamentos.

Via g1 - Fotos: Embraer/Divulgação

Embraer entrega sexto KC-390 à FAB

Aeronave foi a primeira entregue com a certificação FOC, que cumpre todos os requisitos de projeto.

Dois esquadrões da FAB operam o KC-390, um em Goiás e outro no Rio de Janeiro
A Embraer entregou à Força Aérea Brasileira (FAB) o sexto KC-390 Millennium, ampliando a frota do avião cargueiro multimissão.

A aeronave em questão é a primeira entregue na configuração Full Operational Capability (FOC, na sigla em inglês), o que atesta que o projeto cumpre todos parâmetros definidos em projeto e exigidos pela FAB. A entrega foi feita pela Embraer na planta de Gavião Peixoto, interior de São Paulo. O novo avião será operado pelo 1º Grupo de Transporte de Tropas – Esquadrão Zeus, em Anápolis, Goiás.


"É especial entregar à FAB a primeira aeronave na configuração FOC. Ainda que a FAB já tenha empregado a aeronave nas mais diferentes missões, dentro e fora do Brasil, poderá agora usufruir de forma completa e definitiva da capacidade total do C-390, mostrando ao mundo tudo o que essa aeronave é capaz de entregar", disse Bosco da Costa Junior, presidente e CEO da Embraer Defesa e Segurança.

A FAB terá uma frota de 19 unidades do cargueiro que tem múltiplas capacidades, como reabastecimento em voo, transporte de tropas, lançamento de paraquedistas, transporte de diversas cargas e de veículos blindados. Ainda somam-se à lista, a capacidade de operar em pistas não preparadas, evacuação aeromédica e combate à incêndios.

Além do Brasil, já adquiriram o C-390 Portugal, Hungria e Holanda. Os portugueses adquiriram cinco delas, com a primeira já entregue; os húngaros, dois e os holandeses, cinco. No caso da Holanda a compra foi da versão C-390, sem a capacidade de reabastecimento em voo, caracterizado pela letra "K".

Via Aero Magazine - Foto: Embraer/Divulgação

quinta-feira, 8 de junho de 2023

Quais são os aviões comerciais da Embraer?


Aviões militares, jatos executivos e aeronaves comerciais. A lista de opções que a Embraer tem à disposição de seus clientes espalhados pelos quatro cantos do mundo é enorme. Não a toa, todos seguem padrões de excelência internacional e são muito bem conceituados dentro e fora do país.

Depois de mostrarmos quais os principais jatos executivos e aeronaves militares que fazem parte do portfólio da Empresa Brasileira de Aviação, chegou a hora de elencarmos quais são os aviões comerciais da Embraer.

São muitas opções, quase todas voltadas para o transporte de passageiros. Há, também, dois cargueiros entre as opções listadas atualmente no site da Embraer, ambos da família E-Jet: o E190F e o E195F.

E195F é um dos aviões comerciais da Embraer voltado para o transporte de cargas
Estes aviões se diferem apenas pelo tamanho e são apresentados pela empresa brasileira como as melhores opções para quem precisa de um transporte aéreo rápido e eficiente, pois “têm total flexibilidade para se adaptar às mudanças nas tendências do mercado”.

“Os E-Jets convertidos para carga carregam palete padrão para facilitar o carregamento. As aeronaves têm um custo por viagem no mínimo 20% menor do que os jatos maiores, o que significa que podem acessar mercados menores de forma mais econômica”, diz a Embraer.


Aviões comerciais da Embraer


Os demais aviões comerciais da Embraer fazem parte de duas famílias distintas: a E-Jet, formada por quatro modelos; e a ERJ, que também tem 4 aeronaves sob sua asa (com o perdão do trocadilho).

E-Jet


A divisão E-Jet da Embraer tem 4 aviões comerciais diferentes, definidos da seguinte maneira pela empresa:

E170: Aeronave projetada para “redefinir a aviação regional”. Oferece mais espaço e conforto.

E175: Geração mais evoluída do E-170, é um dos aviões executivos mais modernos da Embraer. A aeronave tem assentos flexíveis, para que possam se adaptar à demanda, e apresenta melhor desempenho com mais economia.

Passageiros do E190 e do E195 têm ainda mais espaço a bordo
E190: Oferece ainda mais espaço aos ocupantes, graças ao seu corredor único. Pode ser utilizado em rotas curtas ou de médio alcance.

E195: “Revolucionou o modelo de jato regional”, segundo a Embraer, pois alia eficiência, conforto e desempenho com o máximo de economia.

Cabine de jato comercial da Embraer é o "escritório" do piloto e do copiloto

ERJ


A divisão ERJ também conta com 4 tipos diferentes de aviões comerciais, assim descritos pela Embraer em seu site oficial.

ERJ135: “Durável e confiável”, esse avião comercial da Embraer oferece desempenho, velocidade e economia, e é ideal para “abrir novas rotas”.

ERJ140: Segundo a Embraer, o ERJ140 oferece “a mesma eficiência” do modelo anterior, mas com mais assentos e maior autonomia de voo.

ERJ140: mais assentos e maior autonomia de voo que o irmão menor
ERJ145: Maior avião comercial da família ERJ, o ERJ145 tem 20 anos de serviços prestados e impressionantes 26 milhões de horas de voo por 36 companhias aéreas de 26 países diferentes. Por tudo isso, a Embraer o classifica como “uma lenda comprovada nas pistas”.

ERJ145XR: Fechando a lista de aviões comerciais da Embraer temos o ERJ145XR. Segundo a fabricante, o alcance de voo de 2.000 milhas náuticas, equivalente a 3.704 km, é o grande destaque dessa aeronave que chega a alcançar velocidades de até mach 0,80 — 987,8 km/h.

Via Paulo Amaral | Editado por Jones Oliveira (Canaltech) - Imagens: Divulgação/Embraer

terça-feira, 16 de maio de 2023

Embraer faz testes em túnel de vento para avião elétrico de pouso vertical

Protótipo de carro voador da Eve, empresa da Embraer (Imagem: Divulgação)
A Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer, concluiu com sucesso os testes em túnel de vento de sua aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL). A empresa utilizou um modelo em escala do veículo, que tem previsão de entrar em operação a partir de 2026.

Os testes em túnel de vento são fundamentais no processo de desenvolvimento de aeronaves, pois permitem analisar o fluxo de ar em torno do veículo e de seus componentes individuais, além de medir as forças aerodinâmicas e as diversas situações que afetam o veículo durante o voo.

Essas análises possibilitam que os engenheiros avaliem a elevação, eficiência e desempenho do voo da aeronave. O principal objetivo do teste foi examinar e validar o comportamento dos componentes da aeronave em voo, incluindo fuselagem, rotores, asa, cauda e outras superfícies.

O teste em túnel de vento oferece uma visão detalhada do comportamento aerodinâmico de geometrias complexas e confirma as características do projeto do veículo. A equipe de engenharia da Eve coletou dados experimentais durante os testes para validar soluções de produção, ferramentas e modelos de desenvolvimento, além de outros artigos de teste, como plataformas fixas e móveis, veículos voadores e outros testes em túnel de vento.

Os engenheiros da Eve utilizarão os dados obtidos nos testes em túnel de vento para aprimorar as leis de controle do eVTOL, otimizando a performance e proporcionando maior conforto aos passageiros.

A aeronave é totalmente elétrica e tem um alcance de 60 milhas (100 quilômetros), sendo adequada para diversas missões de mobilidade aérea urbana. Seu design focado na experiência humana garante segurança, acessibilidade e conforto para passageiros, pilotos e comunidade, reduzindo o ruído.

A aeronave possui uma configuração de decolagem e voo de cruzeiro com rotores específicos para voo vertical e asas fixas para voo em cruzeiro, sem necessidade de componentes de transição durante o voo. Inicialmente, a aeronave será pilotada, mas foi projetada para operações autônomas no futuro.

Via Estado de Minas

domingo, 14 de maio de 2023

Hoje na História: Esquadrilha da Fumaça - 71 anos de legado na aviação brasileira

A Esquadrilha da Fumaça faz parte da história de muitos brasileiros incentivando e abrindo caminhos para a aviação.

A-29 Super Tucano é o mais mais moderno que já operou nas cores da fumaça
Ao logo destes 71 anos, o Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), popularmente conhecido como Esquadrilha da Fumaça, colecionou muitas histórias e aeronaves. Tudo começou quando instrutores de voo da FAB, em suas horas de folga, treinavam acrobacias nos lendários T-6 Texan para incentivar os jovens cadetes da força aérea.

Coronel Braga, um dos pioneiros da fumaça, colecionou recorde mundial em horas voados no T-6
No dia 14 de maio de 1952, aconteceu a primeira exibição dos lendários T-6 pilotados por experientes pilotos. A partir dali uma história ímpar na aviação militar brasileira começava. Nesta época surgiram nomes que hoje regem a história como Mário Sobrinho Domenech, Martins da Rosa e o lendário Coronel Braga.

A iniciativa deu certo e logo começaram as primeiras apresentações e no ano seguinte foi instalado nos aviões um tanque de óleo exclusivo para a produção de fumaça, surgindo assim o nome de Esquadrilha da Fumaça.

Com o passar dos anos a Esquadrilha ganhou destaque não só no Brasil, mas também no exterior onde realizou diversas demonstrações. Em 1969, houve a primeira troca de aeronaves, passando para a celebrada Era ado Jato, quando foram utllizados os aviões franceses Fouga Magister.

Porém, o desempenho limitado dos jatos, incluindo uma autonomia baixa para as apresentações, levaram o Magister ser retirado de serviço em poucos anos.

Jato francês foi o único avião a reação utilizado pela equipe
O já lendário T-6 voltou para a Esquadrilha no ano de 1974, e voou na fumaça até 1976, após 1.272 demonstrações.

Após um período inativo, o EDA retornou com um novo avião, o brasileiro T-25 Universal, usado ainda hoje na formação básica dos cadetes. Assim como o Magister o Universal era limitado, mas neste caso por um desempenho fraco, o que tornava as apresentações lentas.

Após nova pausa, em 1983 a Esquadrilha da Fumaça voltou a pleno e com uma aeronave que consagrou o time, o icônico T-27 Tucano. O avião de treinamento avançado havia sido recém-lançado pela Embraer e na Esquadrilha se tornaria o maior garoto propaganda do genial projeto nacional. Até hoje o Tucano foi responsável pelo maior número de apresentações do EDA.

Na época do Universal a fumaça ficou conhecida como "Cometa Branco'
Nos anos 2000, as aeronaves ganharam novas cores, substituindo o vermelho e branco por cores inspiradas da bandeira nacional, com destaque para o azul que se tornou a cor predominante.

Os T-27 Tucano ficaram à frente do EDA até 2013, quando houve a troca para o A-29 Super Tucano, que entraram em operação na Fumaça em 2015. O novo avião teve uma pintura repaginada, com destaque para a bandeira brasileira pintada na cauda. Com o Super Tucano a Esquadrilha da Fumaça refez parte de seu show, tornando ainda mais complexo para os pilotos e mais empolgante para o público.

T-27 Tucano representou um grande salto para o EDA e foi o primeiro avião brasileiro no EDA
A equipe de habilidosos pilotos militares têm a companhia dos mecânicos que são carinhosamente chamados de Anjos da Guarda. O EDA tem um grupo oficial de médicos, oficial de relações públicas e demais servidores que coordenam áreas administrativas.

Ao todo, o EDA realizou 3.946 demonstrações desde sua criação em 14 de maio de 1952, que ao longo de 70 tem encantando o público no Brasil e no exterior, cumprindo a missão de incentivar a aviação aos mais jovens, divulgar o trabalho da FAB e ressaltar a eficiência dos aviões fabricados no Brasil.

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A Esquadrilha da Fumaça está há quase vinte anos no Guiness Book. Em 2006, doze T-27 Tucano fizeram um voo com o maior número de aeronaves voando em formação de dorso (investido) simultaneamente. Foram utilizados 12 aviões, superando a própria marca anterior da Esquadrilha, feito ainda hoje não superado por nenhuma outra força aérea do mundo.

O voo de doze aeronave em dorso e próximas exigiu muita técnica dos pilotos
"A margem de erro era menor e era necessário um trabalho mais preciso nos comandos e motor, por isso, a maior exigência nos treinamentos”, relatou Marcelo Gobett, ex-piloto da fumaça, em 2019.

Via André Magalhães (Aero Magazine) - Fotos: Arquivo FAB

sábado, 6 de maio de 2023

Embraer quer usar ‘carro voador’ para acelerar transição para aviões elétricos

Expectativa é de que o chamado eVTOL receba certificação em 2026, mas faça um voo de teste em escala real ainda até 2024. Fabricante de aeronaves tem planos para aeronaves com fontes de energia renovável.

Conceito de eVTOL da Eve, empresa da Embraer (Imagem: Divulgação/Eve)
Os eVTOLs (sigla em inglês para "veículo elétrico de pouso de decolagem virtual") podem contribuir com um futuro sem emissões de carbono em todo o setor de aviação. A partir deles, pode ser mais fácil desenvolver aviões movidos a energia elétrica ou a hidrogênio, por exemplo.

Esta é a aposta da fabricante de aeronaves Embraer, que trabalha na criação de um eVTOL por meio da startup Eve. A expectativa é que a aeronave possa seja certificada em 2026, mas faça seu primeiro voo de teste em escala real até o início de 2024.

"Este conceito vai parecer um drone grande, porque ainda não é para levar ninguém a bordo. Ele será o ponto culminante de um monte de outros ensaios ", disse o diretor-executivo da Embraer-X, Daniel Moczydlower, em entrevista ao g1, durante o Web Summit Rio.

A Embraer-X funciona como uma área de inovação que trabalha com projetos que, depois de alguns anos, serão incluídos nos negócios da Embraer ou se transformarão em novas empresas.

"Enxergamos o eVTOL como um primeiro passo numa jornada de descarbonização da aviação", declarou Daniel Moczydlower, diretor-executivo da Embraer-X.

O projeto vai ao encontro da meta da Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO), que, desde outubro de 2022, tem um plano de zerar as emissões de gás carbono no setor de aviação até 2050.

"Para isso acontecer, teremos que desenvolver muita tecnologia nova. Uma delas é a eletrificação", afirmou Daniel. "A Eve está sendo importante para trazermos para a Embraer esse conhecimento supervalioso de como é projetar, operar e fazer manutenção numa aeronave totalmente elétrica".

Os aviões com fontes de energia renovável estão há alguns anos no radar da Embraer, que já apresentou conceitos de aeronaves movidas a energia elétrica e a hidrogênio.

Conceito da área interna do eVTOL mostra cidade do Rio de Janeiro, mas primeiros testes
na cidade usarão helicópteros (Imagem: Divulgação/Embraer)

Como será a viagem de eVTOL?


A Eve espera que, depois da certificação da aeronave, a operação comercial do serviço seja feita por parceiros a partir de 2027. No início, viagens de cerca de 15 minutos deverão custar entre US$ 50 e US$ 100 (R$ 250 a R$ 500, na cotação de 4 de maio), mas a ideia da empresa é reduzir os valores.

"Nosso parâmetro de comparação é quanto você gastaria para fazer o mesmo trajeto de táxi, só que ficando preso duas ou três horas no engarrafamento. Queremos que seja possível usar esse mesmo dinheiro para fazer um voo de 10 ou 15 minutos", disse Daniel.

A startup da Embraer tem cartas de intenção, isto é, acordos prévios de compra para cerca de 2.800 eVTOLs, o que vai representar um faturamento em torno de US$ 8 bilhões (R$ 40 bilhões).

No futuro, a empresa acredita que será possível permitir a operação simultânea de até 200 eVTOLs na cidade do Rio de Janeiro e até 300, na cidade de São Paulo. As aeronaves, que poderão voar sem piloto, serão gerenciadas por um sistema de controle de tráfego exclusivo para elas.

As diferenças entre helicóptero, eVTOL e avião elétrico (Imagem: Daniel Ivanaskas/Arte g1)
Via Victor Hugo Silva, g1 

terça-feira, 25 de abril de 2023

Como são os aviões com padrão da Otan que Embraer quer produzir em Portugal

A-29N é uma versão do A-29 Super Tucano com equipamentos e
funcionalidades na configuração da Otan (Imagem: Divulgação)
A Embraer vai produzir em Portugal uma versão do A-29 Super Tucano, um avião de ataque leve, para atender aos requisitos operacionais da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a aliança militar ocidental.

A parceria consta de um memorando assinado pelos governos brasileiro e português durante a cúpula Brasil-Portugal, ocorrida no último sábado (22/4).

Nesta segunda-feira (24/4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visita nos arredores de Lisboa a sede da OGMA, empresa aeroespacial portuguesa da qual a Embraer detém 65% do capital e que fabricará o avião.

Mas como é essa aeronave e por que ela será produzida em Portugal?

O A-29N é uma versão do A-29 Super Tucano com equipamentos e funcionalidades na configuração da Otan e havia sido lançado pela Embraer no dia 12 de abril.

O objetivo, segundo a Embraer, é atender às necessidades de nações da Europa — a empresa quer se aproveitar do aumento dos gastos de defesa desses países por medo da Rússia após a invasão à Ucrânia.

Entre as funcionalidades, estão um novo datalink (tecnologia que permite a troca de informações simultâneas entre a aeronave, outra aeronave ou uma base no solo) e o single-pilot operation (quando apenas um piloto comanda o avião).

Conhecido por sua versatilidade, o A-29 Super Tucano pode ser usado para ataque leve, vigilância e interceptação aérea e contra-insurgência. Além disso, consegue operar a partir de pistas remotas e não pavimentadas em bases operacionais avançadas com pouco apoio logístico, segundo a Embraer.

O avião tem preço estimado inicial de US$ 10 milhões (R$ 50 milhões), mas o valor sobe dependendo da configuração. Tem velocidade máxima de 590 km por hora e pode alcançar uma altitude de 35 mil pés. Além das funções de combate, a aeronave é amplamente utilizada como treinador avançado, devido à sua capacidade de simular missões de combate.

Segundo a Embraer, o avião é equipado com sensores e armas de última geração, incluindo um sistema eletro-óptico/infravermelho com designador de laser, óculos de visão noturna, comunicações seguras de voz e dados.

Já foram entregues 260 unidades do A-29 Super Tucano em todo o mundo. Atualmente, a aeronave é usada por 15 diferentes forças aéreas, incluindo a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF).

Na sexta-feira (22/4), em entrevista a jornalistas, o ministro da Defesa, José Múcio, disse que a certificação dos aviões da empresa pela Otan pode abrir portas no mercado europeu e outros. Segundo ele, a produção em Portugal é "importante porque já cumpre os pré-requisitos da Otan". "Vamos fabricar aeronaves brasileiras com características da Otan", disse Múcio, que integra a comitiva de ministros do presidente Lula em visita oficial a Portugal.

Em Portugal, a Embraer também fabrica o cargueiro militar KC-390. Nesta segunda-feira (24/4), Lula deve voltar para Lisboa a bordo dessa aeronave. Ele havia viajado mais cedo ao Porto, no norte de Portugal, para abertura de um fórum empresarial na vila de Matosinhos.

Em 2019, o governo português disse que compraria cinco aeronaves de transporte militar KC-390 da Embraer e um simulador de voo por 827 milhões de euros. Países como Suécia e Colômbia recentemente também manifestaram interesse em comprá-lo.

Segundo a agência de notícias Reuters, a Áustria está em negociações com a Embraer para a compra de quatro ou cinco aeronaves de carga militar KC-390.

Na sexta-feira, Múcio disse que a Embraer quer exportar o KC-390 para mais países europeus. "O presidente (Lula) quer incentivar a indústria de defesa brasileira e aumentar os investimentos no setor", disse Múcio.

Já o primeiro-ministro português, António Costa, disse no sábado (22/4) que o A-29 Super Tucano "passará a ser adaptado para os padrões da Otan. E Portugal passará a acolher todo o processo de formação de pilotos na Europa e na África para este caça brasileiro".

Via Luís Barrucho (BBC)

domingo, 16 de abril de 2023

Suécia e Colômbia têm interesse em cargueiro KC-390 da Embraer, diz ministro


O ministro da Defesa, José Múcio, disse na quinta-feira que países como Suécia e Colômbia manifestaram interesse na compra do avião cargueiro militar KC-390, fabricado pela Embraer durante reuniões bilaterais realizadas na Laad, feira do setor de defesa no Rio de Janeiro.

Múcio disse ter realizado quase 20 reuniões bilaterais durante a feira e, em algumas delas, o KC-390 esteve na pauta das discussões.

"Muitos países (falaram do KC-390). Evidentemente que essas vendas precisam ser planejadas, estudadas e avaliadas, ter fonte de financiamento, garantia. Mas o conceito do KC-390 é muito grande com todos o países", disse ele à Reuters.

"A própria Suécia falou do KC-390, outros também falaram e ele é um grande sucesso. Suécia ficou de dar uma posição, a Colômbia também interessada em fazer aquisição", acrescentou.

Até agora, a Força Aérea Brasileira (FAB) já encomendou 19 unidades do cargueiro à Embraer. Portugal, com cinco unidades, e Hungria, com duas, estão entre outros países que já firmaram acordos para adquirir a aeronave. No ano passado, a Holanda também selecionou o KC-390 para a compra de cinco unidades.

A Reuters noticiou, citando fontes, que a Áustria enviou delegação à Laad deste ano e tem mantido conversas com a Embraer para uma potencial compra. Na feira, a Embraer também assinou memorando de entendimento com a Saab para oferecer o avião à Suécia.

O presidente da unidade de Defesa e Segurança da Embraer, Bosco da Costa Júnior, já havia dito à Reuters no início deste ano que a companhia possui o objetivo de em 2023 de materializar sua internacionalização, com foco especialmente no aumento das vendas do KC-390.

Em nova entrevista durante a feira na quarta-feira, Costa Júnior reiterou que "vários países" estavam em conversas para possíveis compras do cargueiro, embora não tenha especificado quais.

Múcio avaliou que a certificação do cargueiro pela aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pode abrir portas para a Europa e outros.

"A produção em Portugal é importante por que já atende pré-requistos da Otan. Fabricando aqui para vender lá tem pré-requisitos que não são preenchidos. A partir daí, a Embraer vai fazer com todas exigências da Otan", disse.

Via Rodrigo Viga Gaier e Gabriel Araujo (Terra) - Foto: Divulgação/Embraer

sexta-feira, 14 de abril de 2023

Embraer lança A-29N Super Tucano em configuração OTAN

A Embraer lançou o Super Tucano A-29N (Imagem: ©Embraer)
Durante a LAAD Defence & Security 2023, a Embraer anunciou o lançamento da aeronave A-29 Super Tucano, aeronave de ataque leve, reconhecimento armado e treinamento avançado, na configuração da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), com foco inicial em atender necessidades das nações da Europa. A nova versão da aeronave, o A-29N, incluirá equipamentos e recursos para atender aos requisitos operacionais da OTAN, como um novo datalink e operação de piloto único.

Esses recursos aumentarão ainda mais as possibilidades de emprego da aeronave, permitindo, por exemplo, seu uso em missões de treinamento JTAC (joint terminal attack controller). Os dispositivos de treinamento também serão atualizados para os padrões mais exigentes do mundo, incluindo realidade virtual, aumentada e mista.

“Esta é uma nova etapa na vida operacional do A-29 Super Tucano”, disse Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa e Segurança. “Vemos muitas possibilidades de aplicação para o A-29N no momento. Vários países europeus mostraram interesse em capacidades específicas de aeronaves que agora introduzimos com esta versão.”

Com mais de 260 unidades entregues em todo o mundo, a aeronave foi selecionada por mais de 15 forças aéreas em todo o mundo, incluindo a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF).

Desenvolvido como uma aeronave altamente versátil, o A-29 Super Tucano pode desempenhar uma ampla gama de missões, incluindo ataque leve, vigilância aérea e interceptação e contrainsurgência. O A-29 é robusto e versátil, operando em pistas remotas e não pavimentadas em bases operacionais avançadas com pouco suporte, tudo com baixo custo operacional e alta disponibilidade (acima de 90%).

Além das funções de combate, a aeronave é amplamente utilizada como um treinamento avançado. Sua capacidade de simular missões de combate e carregar e baixar dados de voo o tornou uma plataforma de treinamento altamente eficaz. Como uma verdadeira aeronave multimissão, o A-29 tem a flexibilidade de fornecer às forças aéreas uma única plataforma para ataque leve, reconhecimento armado, apoio aéreo aproximado e treinamento avançado, otimizando assim suas frotas.

Via Avitrader

quarta-feira, 5 de abril de 2023

Avião C-390 Millenium, da Embraer, recebe da FAB Certificação Final

Trata-se da mais moderna aeronave mundial de transporte tático militar de nova geração, e sua plataforma multimissão oferece mobilidade incomparável.

Dois C-390 Millenium, da Embraer, em plena operação de reabastecimento no ar (Foto: Embraer/Divulgação)
Em comunicado transmitido a esta coluna, a Embraer informa: o programa do seu jato multimissão C-390 Millennium alcançou nesta segunda-feira, 3, um marco histórico na aviação mundial.

Em cerimônia realizada na Unidade Gavião Peixoto, em São Paulo, com a presença do Alto Comando da Força Aérea Brasileira (FAB), a aeronave recebeu o Certificado de Tipo Final, refletindo a sua Capacidade Operacional Completa (Full Operational Capability – FOC, na sigla em inglês).

Emitido pelo IFI (Instituto de Fomento Industrial), organização militar vinculada ao DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) e órgão responsável pela certificação de aeronaves de uso militar, o certificado FOC confirma que o projeto cumpre todos os requisitos definidos pela FAB e que a aeronave é capaz de realizar todas as missões para as quais foi projetada.

“Este certificado coloca o C-390 em um seleto grupo de aeronaves no mundo”, disse Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa e Segurança. Ele acrescentou:

“É um momento ímpar na história da Embraer. O C-390 está redefinindo o transporte aéreo militar e de reabastecimento, desafiando o pensamento por trás das plataformas atualmente disponíveis. As forças aéreas de todo o mundo estão focadas em otimizar a relação entre suas necessidades operacionais e seus orçamentos, e o C-390 é a aeronave certa para atender a esta equação.”

Desenvolvido sob os rígidos requisitos operacionais da FAB, a gênese do C-390 está no modelo da tripla hélice, o ponto culminante da união das maiores mentes da academia, da indústria e do estado. Como parte do processo de desenvolvimento e certificação, cerca de 3.500 horas foram voadas nas aeronaves protótipos sob as mais diferentes condições operacionais, e outras 85.000 horas foram realizadas usando bancadas e dispositivos de testes em laboratório. O resultado, após anos de desenvolvimento, testes e certificação, é um projeto estabelecido de acordo com os mais altos padrões do mercado.

“Esse é o KC-390, a aeronave que materializa o verdadeiro significado da palavra perseverança. Onde ela estiver, aí estará o Estado Brasileiro; aí estarão a ordem e o progresso de uma nação que se alinha com a ideia de que o pleno desenvolvimento da democracia não pode prescindir da inviolável soberania. Finalizando, desejo que estes sentimentos de brasilidade e de orgulho, que ora experimentamos, aflorem, em cada cidadão, ao contemplar os céus e constatar que as “asas que protegem e integram o país” e a Embraer rumam unidas no propósito de assegurar um futuro condizente com a estatura estratégica do nosso querido Brasil”, disse na cerimônia o comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno.

No mesmo evento, a Embraer deu início ao processo de entrega à FAB da sexta unidade do C-390, primeira na configuração FOC. As demais aeronaves já entregues à FAB serão agora atualizadas para poderem operar com suas capacidades completas. Além disso, todas as aeronaves a serem exportadas poderão receber essas capacidades.

O C-390 é a mais moderna aeronave de transporte tático militar de nova geração, e sua plataforma multimissão oferece mobilidade incomparável, aliando alta produtividade e flexibilidade de operação a baixos custos operacionais, o que é uma combinação imbatível.

O C-390 pode transportar mais carga (26 toneladas) em comparação com outras aeronaves militares de carga de médio porte e voa mais rápido (470 nós) e mais longe, sendo capaz de realizar uma ampla gama de missões como transporte e lançamento cargas e tropas, evacuação aeromédica, busca e resgate, combate a incêndios e missões humanitárias, operando em pistas temporárias ou não pavimentadas (ou seja, incluindo terra compactada, solo e cascalho).

Em sua versão de reabastecimento, a aeronave já comprovou sua capacidade de reabastecimento aéreo, assim como aeronave recebedora de combustível de outro KC-390 a partir de pods instalados sob as asas, sendo a única aeronave no mundo no segmento a realizar tal operação.

Desde a entrada em operação na FAB, em 2019, o C-390 comprovou sua capacidade, confiabilidade e desempenho. A atual frota de cinco aeronaves, todas na versão de reabastecimento aéreo, denominada KC-390, já acumula mais de 8.200 horas de voo e números recentes mostram uma disponibilidade operacional de cerca de 80%, com taxa de conclusão de missão acima de 99%, demonstrando uma produtividade excepcional na categoria.

O C-390 Millennium tem encomendas de Portugal e Hungria, ambos países membros da OTAN. A Holanda, também membro da OTAN, selecionou o C-390 Millennium em 2022.