quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Lula expressa preferência por avião francês Rafale para renovar frota

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou, em entrevista à AFP, a preferência de seu governo pelo avião francês Rafale para renovar a frota de caças do Brasil em função da disposição da França de compartilhar tecnologia.

O Rafale, da empresa francesa Dassault, compete com o avião Gripen, da sueca Saab, e o F/A18 Super Hornet, da americana Boeing, por um contrato de aquisição de 36 aparelhos no valor de 4 bilhões de dólares.

"Um país do tamanho do Brasil não pode comprar um produto de outro país se esse país não passar a tecnologia", afirmou Lula.

"Eu, sinceramente, até por decoro presidencial, não posso dizer qual é o meu favorito", ressaltou. Mas acrescentou: "Nós sabemos que os franceses são o único país importante que está disposto a discutir conosco a transferência de tecnologia".

"A França se mostrou como o país mais flexível na questão da transferência de tecnologia, e obviamente essa é uma vantagem comparativa excepcional", assinalou.

Lula disse ainda que deve conversar nesta quinta com o presidente francês Nicolas Sarkozy depois de uma reunião com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o comandante da Força Aérea, Juniti Saito.

Sarkozy chegará no domingo a Brasília para uma visita de 24 horas, na qual será convidado de honra nas comemorações de Sete de Setembro.

Em dezembro passado, durante uma visita oficial ao Brasil do presidente francês, os dois países assinaram um protocolo de acordo dentro de uma associação estratégia de defesa.

O protocolo estipulava a compra de 50 helicópteros de transporte franceses e a construção de quatro submarinos convencionais de ataque Scorpene com cooperação francesa, assim como outro de propulsão nuclear, cujo motor será construído pelo Brasil. Os helicópteros também serão construídos no Brasil.

Estes acordos serão formalizados durante a visita de Sarkozy a Brasília na próxima segunda.

Fonte: UOL Notícias

Paraquedista filma a própria queda de 3 mil metros

Equipamento não abriu da forma correta, mas Paul Lewis sobreviveu.

Imagem do vídeo gravado durante a queda

Um paraquedista britânico filmou a própria queda de mais de 3 mil metros de altura, depois que seu equipamento não abriu da forma correta.

Paul Lewis, de 40 anos, caiu no telhado de um galpão no condado de Shropshire, na Inglaterra, no dia 14 de agosto.

Ele deslocou o ombro e teve que passar por uma operação para recolocar sua coluna cervical no lugar, mas deve se recuperar completamente, segundo os médicos.

Clique aqui e assista ao vídeo

"É incrível que eu não tenha quebrado nenhum osso naquela queda", disse Lewis.

"Isso pelo que eu passei é praticamente impossível de se sobreviver."

'Milagre'

Lewis tentou abrir o paraquedas 40 segundos depois de saltar do avião. Quando o equipamento não funcionou de forma adequada, ele soltou o primeiro paraquedas e acionou o reserva, mas encontrou o mesmo problema.

Ele explicou que os dois paraquedas abriram, mas estavam enrolados, o que, segundo ele, "é muito incomum".

Ele acredita que uma série de circunstâncias ajudaram a salvar sua vida, incluindo a velocidade do vento e o fato de que ele caiu sobre uma parte flexível do telhado do galpão.

O paraquedista, que estava trabalhando como câmera freelancer filmando o salto, foi então resgatado por bombeiros usando equipamentos especiais.

Depois da experiência, Lewis disse que não pretende mais saltar de paraquedas, mas ele ainda quer pilotar aviões para os saltos, já que ele tem 20 anos de experiência como piloto.

Fonte: BBC via G1 - Foto: Reprodução/BBC

Queda de helicóptero mata político indiano

Y.S. Rajasekhara Reddy era ministro-chefe do estado de Andhra Pradesh.

Outros quatro ocupantes também morreram.


Foto: AP

Destroços do helicóptero Bell 430 que levava o ministro-chefe do estado indiano de Andhra Pradesh, Y.S. Rajasekhara Reddy, nesta quinta-feira (3) no local de sua queda, a cerca de 275 km da cidade de Hyderabad. Reddy e outras quatro pessoas morreram no desastre.

Os destroços do helicóptero foram encontrados em uma montanha na remota região das florestas de Nallamalla, nesta quinta-feira, um dia depois de ter desaparecido.

O ministro-chefe é o equivalente ao primeiro-ministro do Estado, que também tem um governador, apontado pelo presidente.

As operações de buscas envolveram 11 aeronaves e mais de duas mil pessoas.

Reddy, de 60 anos, era um influente político do Partido do Congresso e havia sido eleito para um segundo mandato nas eleições gerais deste ano.

As autoridades disseram não saber ainda o que teria causado o acidente. Cinco corpos - do ministro, de seu assistente, de seu segurança e dos dois pilotos - já foram retirados do local do acidente.

O Estado de Andra Pradesh é um dos vários Estados indianos com significativa presença de rebeldes maoístas, mas as autoridades descartaram a possibilidade de o helicóptero ter sido atacado.

Fontes: G1 / BBC Brasil / ASN

Voo 447: EUA ordenam troca de sensor de Airbus

Autoridades dos Estados Unidos ordenaram hoje a troca de sensores de velocidade de Airbus do mesmo tipo do avião da Air France que caiu no Oceano Atlântico, quando fazia o trajeto Rio de Janeiro-Paris.

A Administração Federal de Aviação informou, em nota, que as companhias norte-americanas operando aviões dos modelos Airbus A330 e A340 devem substituir pelo menos dois dos três sensores feitos pela gigante europeia do setor eletrônico Thales Corp.

As peças de reposição aprovadas são feitas pela Goodrich Corp, sediada nos EUA. A ordem afeta 43 aviões operados pela Northwest Airlines e pela US Airways. A agência apontou que os sensores podem ficar bloqueados por cristais de gelo, em grandes altitudes. A agência europeia de segurança na aviação emitiu ordem similar em 31 de agosto.

No dia 31 de maio deste ano, a aeronave do voo 447 da Air France desapareceu dos radares e caiu no Oceano Atlântico. Todas as 228 pessoas a bordo - 216 passageiros e 12 tripulantes - morreram no acidente. Apenas 50 corpos foram encontrados e resgatados pelas equipes de busca. As caixas-pretas da aeronave, porém, continuam perdidas.

Fonte: Agência Estado via UOL Notícias

Foto do Dia

O bombardeiro Avro Lancaster, o melhor e o mais famoso quadrimotor britânico da II Guerra Mundial

Foto: single.coil

Boeing da Air New Zealand é obrigado a pousar após cheiro de queimado na cabine

Nesta quarta-feira (2), o Boeing 737-300, da Air New Zealand, que fazia o voo NZ-535 de Auckland para Christchurch, na Nova Zelândia, com 95 passageiros e 5 tripulantes a bordo, foi desviado para Wellington, também na Nova Zelândia, após a tripulação perceber um forte cheiro de borracha queimada a bordo.

O avião pousou em segurança às 15:35 (hora local) no Aeroporto Internacional de Wellington. O cheiro foi atribuído a um selo defeituoso em um aparelho de ar condicionado.

Fontes: NZPA / ASN / Aviation Herald

Queda de helicóptero mata um nos EUA

Aeronave chocou-se contra casa em Jackson, no Mississippi.

Uma pessoa ficou gravemente ferida.


Agentes federais observam nesta quarta-feira a trajetória do helicóptero que caiu no dia anterior (1) em Jackson, Mississippi. A aeronave, um Robinson R44, prefixo N33PX, da Webb Group FLP, chocou-se contra uma casa desocupada próximo ao aeroporto Hawkins, mas não chegou a pegar fogo - Fotos: AP

Uma das pessoa que estava a bordo morreu e a outra ficou gravemente ferida, segundo as autoridades. Não houve vítimas no solo. Os motivos do acidente ainda são desconhecidos.

Mais fotos do acidente:

Fotos: Kenny Short (The Clarion-Ledger)

Fontes: The Clarion-Ledger / AP via G1 / ASN

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Cauda de Airbus atinge a pista no momento da decolagem da Itália

Na terça-feira (1) o Airbus A320-200, prefixo LZ-BHC, em nome da Air Vallée (Balkan Holidays Air) para realizar o voo DO-5379 de Verona a Roma Fiumicino (Itália), a cauda da aeronave atingiu a pista do aeroporto de Verona durante o procedimento de decolagem, causando pânico a bordo. Em seguida, a tripulação decidiu retornar para o aeroporto.

O Agência Nacional para a Segurança da Aviação (ANSV) da Itália, abriu um inquérito afirmando que os danos ao avião levou a agência a taxar a ocorrência como um acidente. Segundo ANSV o avião estava fazendo a rota Verona-Roma-Hurghada.

Segundo o aeroporto de Roma Fiumicino, o avião deveria chegar a Hurghada (Egito) após uma escala em Verona.

Fontes: Lunione Sarda (Itália) / Aviation Herald / ASN

Sata Handling assinou com Primera Air Scandinavian

A direção-geral de “handling” da SATA Air Açores assinou um contrato de serviços de assistência em terra com a Primera Air Scandinavian, companhia aérea escandinava do Primera Travel Group.

O contrato é para serviços de “handling” no Aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada. O Primera Travel Group inclui os operadores Solresor e Bravo Tours, com atividade nos Açores. Em 2008 o grupo faturou mais de 850 milhões de Euros e transportou mais de 1,3 milhões de passageiros para diversos destinos.

Quanto à Sata Handling, foi recentemente distinguida com a certificação ISO 9001:2008, atestando a qualidade do seu serviço às companhias aéreas e aos passageiros, tendo sido a primeira empresa de handling portuguesa a ser certificada pela APCER com a nova norma.

Fonte: Turisver (Portugal)

Senado aprova empréstimo externo de 1,76 bilhão de euros visando a aquisição de 50 helicópteros de médio porte

O plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira, o Projeto de Resolução do Senado (PRS) 55/09 que autoriza a contratação de empréstimo externo de 1,76 bilhão de euros visando a aquisição de 50 helicópteros de médio porte para emprego das três Forças. As aeronaves serão fornecidas pelo consórcio Helibras e Eurocopter, entre 2010 e 2016. Ao Comando da Aeronáutica caberão 18 unidades, e aos Comandos do Exército e da Marinha, 16 unidades cada.

O plenário aprovou ainda o PRS 54/09, que autoriza a contratação de um empréstimo externo pelo Brasil no valor total de 4,32 bilhões de euros. Os recursos, fornecidos por um consórcio de bancos, destinam-se ao programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha.

O Prosub prevê a construção em série de quatro submarinos convencionais no Brasil, com aquisição de tecnologia de projeto e de construção dessas embarcações; o projeto e a construção de um estaleiro dedicado à construção de submarinos nucleares e convencionais; o projeto e a construção de uma base de apoio de submarinos convencionais e nucleares; e o projeto e a construção de um submarino nuclear.

Em audiência na semana passada na Câmara, Jobim defendeu a compra dos submarinos franceses pelo Brasil e disse que serão necessários 6,9 bilhões de euros para que o Brasil se torne autônomo na construção de submarinos. O governo financiará esse valor em cerca de 20 anos. Esse é o tempo necessário para que o primeiro submarino fique pronto.

O ministro disse ainda que a França foi o único país que se dispôs a transferir tecnologia. E explicou na ocasião por que não optou pela proposta da Alemanha, de valor mais baixo:

- Os franceses foram os únicos que se dispuseram a isso, a transferir tecnologia. E os alemães não têm experiência na construção de submarinos de propulsão nuclear.

Fonte: Agência Senado via O Globo

Duas novas companhias devem começar a voar no Brasil ainda este ano

Sol Linhas Aéreas, do Paraná, diz estar pronta para decolar ainda este mês

O aumento de 6,57% no volume de passageiros de voos domésticos brasileiros de janeiro a julho deste ano - em comparação com o mesmo período de 2008 - incentiva investimentos no setor e o surgimento de novas companhias aéreas nacionais. Duas empresas devem começar a operar ainda este ano, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A Sol Linhas Aéreas, de Cascavel (PR), teve a concessão operacional autorizada e terá voos domésticos regulares de passageiros, carga e mala postal. Agora, só falta assinar o contrato de concessão para que a empresa solicite rotas e horários de voos e comece a vender passagens. Ainda assim, a companhia já informa em seu site que começará a voar ainda este mês.

Inicialmente, a rota atendida pela Sol deve atender às cidades paranaenses de Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu e Maringá. Mas já está nos planos da empresa a ampliação do serviço para o restante do estado, além de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul e do Paraguai.

A segunda nova companhia brasileira é a Nordeste Aviação Regional Linhas Aéreas (Noar). Ela também já tem autorização de funcionamento jurídico, mas ainda precisa obter o Certificado de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo (Cheta) para começar os trabalhos efetivamente.

Fonte: Veja.com - Foto: Divulgação

Sol Linhas Aéreas obtém concessão para operar voos regulares

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou ontem a concessão para a Sol Linhas Aéreas operar voos regulares de passageiros, carga e mala postal. A empresa paranaense, da cidade de Cascavel, poderá solicitar rotas e horários de voos, além de iniciar a venda de bilhetes, assim que assinar o contrato de concessão, que será válido por 10 anos.

A Sol, que será a 20ª companhia aérea brasileira de voos regulares de passageiros, teve sua concessão aprovada depois de cumprir todos os requisitos legais, desde a Autorização de Funcionamento Jurídico, expedido pela Anac para a empresa em 15 de outubro de 2008, até a obtenção do Certificado de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo (Cheta), obtido em 31 de julho de 2009.

Em nota, a Anac ressaltou que, embora o cenário externo seja de dificuldades no setor aéreo, no Brasil a aviação regular mantém o crescimento. O volume de passageiros transportados em voos domésticos acumula 6,57% de crescimento de janeiro a julho de 2009, comparado ao mesmo período de 2008.

Fonte: Valor Online via O Globo

Legacy 600 é exibido pela Embraer na Asian Aerospace Expo 2009

Aeronave seguirá para uma turnê de demonstração na China continental após o evento

A Embraer participará da Asian Aerospace EXPO 2009 (www.asianaerospace.com/en/Home), entre os dias 8 e 10 de setembro, no Aeroporto Internacional de Hong Kong. Os representantes da Empresa atenderão ao público na Suíte 2, no Business Aviation Centre do aeroporto, enquanto o jato executivo Legacy 600, da categoria super midsize, estará em exibição na exposição estática número 9.

Localizado no principal destino de negócios da Ásia, Hong Kong, o lema do evento é: O Lugar Certo. As Pessoas Certas. O Valor Certo. Realizada em conjunto com a Pacific Aviation Training (APATS), Aircraft EXPO interiors, Air Freight Asia (AFA), e Asian Business Aviation (ABA), a Asian Aerospace tem como foco o desenvolvimento de assuntos relacionados com a aviação comercial na China e no restante da Ásia.

Imediatamente após a exposição aeronáutica, o Legacy 600 seguirá para uma turnê de demonstração em quatro cidades da China continental. De 10 a 15 de setembro, o avião estará em Pequim, Xangai, Nanquim e Kunming, como parte da maior turnê asiática já anunciada pela Empresa. O alcance do Legacy 600 permite cobrir toda a China, Japão, Coréia e o Sudeste Asiático, partindo de Pequim, Xangai, Hong Kong ou Kunming.

Fonte: Diário do Turismo - Imagem: Divulgação

Participação acionária nas empresas aéreas

Em recente sentença inédita no país, o juiz Paulo Ricardo de Souza Cruz, da 5ªVara Federal do Distrito Federal, julgou que empresas brasileiras prestadoras de serviços aéreos públicos podem ser integralmente detidas por estrangeiros, porquanto o artigo 181 do Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA), que limita a participação estrangeira a 20% do capital com direito a voto, estaria revogado pelo artigo 3º da Emenda Constitucional nº 6.

Essa sentença, que confirmou liminar concedida em mandado de segurança, pode ser considerada o início de um novo paradigma da aviação brasileira, porquanto direcionará sólidos mecanismos de investimento na infraestrutura aeronáutica do país. Com razão o magistrado.

Com efeito, o artigo 181 do CBA determina que a concessão para exploração de serviços aéreos públicos somente será outorgada a pessoa jurídica brasileira que tiver sede no Brasil, direção confiada exclusivamente a brasileiros e, por fim, pelo menos 4/5 do capital com direito a voto pertencentes a brasileiros. A mesma regra se aplica às sociedades anônimas que explorem o transporte aéreo não-regular ou de serviços especializados.

Como o artigo 181 do CBA é anterior à Constituição, poder-se-ia entender que ele foi recebido, em parte, pelo artigo 171 desta - porquanto seu comando exigia unicamente o controle efetivo do capital votante pertencente a brasileiros - e não os 4/5 previstos no CBA, que, de forma supostamente protecionista, permitia a atribuição de tratamento jurídico diferenciado para a empresa brasileira de capital nacional em comparação à de capital transnacional. É o que igualmente entende o magistrado acima referido: o dispositivo teria sido inicialmente recepcionado pela Constituição de 1988, já que essa, em seu artigo 171, conceituou a empresa brasileira de capital nacional, permitindo que fosse exigido que determinado setores fossem reservados a essas empresas.

O primeiro ponto que se nota é que o artigo 171 da lei maior eliminou a dicotomia empresa nacional x empresa não-nacional, em discussão infraconstitucional à época, para instituir um novo debate, desta feita acerca da abrangência das definições empresa brasileira x empresa brasileira de capital nacional. Fato inegável é que, ao serem criados novos conceitos em 1988, a matéria foi constitucionalizada, de maneira que se eliminou qualquer possibilidade de a lei ordinária ir além do quanto estabelecido pela Constituição, é dizer, não mais do que o texto constitucional poderia o legislador ordinário.

Contudo, o discrimen outorgado à empresa brasileira de capital nacional parece ter-se mostrado, em pouquíssimo tempo, contrário ao fenômeno jurídico pátrio, de modo que foi expressamente revogado pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995.

Realmente, em bom tempo o poder soberano, por meio do Congresso Nacional, conscientizou-se de que a discriminação do capital estrangeiro não somente deixava de proteger o mercado brasileiro, como o enfraquecia perante o desenvolvimento global e o dinamismo inerente ao sistema econômico mundial. De conseguinte, desde então não é possível ao legislador ordinário estabelecer diferenças de tratamento entre empresas aéreas brasileiras no que tange à origem de seu capital. Iniciou-se uma nova filosofia.

Acrescente-se que o artigo 172 da Constituição não tem o condão de recepcionar o artigo 181 do CBA, uma vez que ele tão somente determina à lei ordinária disciplinar os investimentos de capital estrangeiro no país, mas não restringir sua participação, como o fazem, "exempli gratia", o artigo 192, com relação às instituições que compõem o sistema financeiro nacional, o artigo 190, quanto à aquisição ou arrendamento de propriedade rural, o artigo 199, parágrafo 3º , acerca da assistência à saúde no país, o artigo 222, caput, com relação às empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens e, ainda, o parágrafo 1º desse dispositivo, quanto à participação estrangeira nessas companhias.

Esse mesmo raciocínio é exteriorizado pelo magistrado, ao declinar que é certo que o artigo 172 da Constituição estabelece que "a lei disciplinará, com base no interesse nacional, os investimentos de capital estrangeiro, incentivará os reinvestimentos e regulará a remessa de lucros", mas não como admitir que o mesmo possa ser interpretado para permitir restrições a esse capital em setores não explicitamente previstos na Constituição, pois essa interpretação nulificaria, em termos práticos, a revogação do artigo 171 pela Emenda nº 6, de 1995.

E conclui o magistrado: com essa revogação, portanto, caíram todas as discriminações contra empresas brasileiras em virtude da origem do seu capital. Em outras palavras, a lei não mais pode discriminar entre empresa brasileira de capital nacional e empresa brasileira de capital estrangeiro, ou seja, desde que uma empresa seja brasileira (constituída no Brasil e sujeita às leis brasileiras) a origem do seu capital seria irrelevante. Tal tipo de discriminação, assim, só seria possível, hoje, nos casos previstos na própria Constituição, como ocorre com as empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens, objeto de tratamento especial no artigo 222 da Constituição. Assim, tenho que o artigo 181 do CBA não mais está em vigor.

Ora, caso o serviço de transporte aéreo público seja tido por estratégico para a independência, interesse e soberania nacionais, esse serviço deve ser sim disciplinado e fiscalizado, mas não em seu critério subjetivo (relacionado à natureza do capital da pessoa que o exerce), e sim em seu critério objetivo (prestação do serviço público), sob pena de intervenção, ex vi do que preconiza o artigo 188 do CBA.

Outrossim, há de se considerar ainda - ao lado do normativismo legal - que, quanto aos aspectos sociais e econômicos, a revogação do artigo 181 é aplaudida pela Secretaria de Acompanhamento Econômico, para a qual o aporte de capital estrangeiro em maior grau proporcionaria às empresas acesso a importantes recursos financeiros. A mesma secretaria, já no ano de 2008, descreve que tal limitação se reflete na capacidade de financiamento das empresas nacionais. Em se tratando de um mercado com diversos custos atrelados à moeda estrangeira, a impossibilidade de se obter parceiros estrangeiros com maior acesso aos recursos financeiros se apresenta como uma barreira ao desenvolvimento de novas empresas, ao fortalecimento das atuais e, por conseguinte, do setor. Outro aspecto negativo dessa restrição é a impossibilidade de contar com a experiência internacional na gestão da empresa aérea por parte de um eventual acionista estratégico atuante no setor.

Se a própria ANAC reconhece que as empresas aéreas estrangeiras já transportam mais de 2/3 dos passageiros para ou do país, os respectivos investimentos no setor e, consequentemente, geração de riquezas, continuarão - caso essa situação se perpetue - a ser implementados no exterior ao invés de no Brasil. Se por um lado as empresas aéreas estrangeiras trazem e levam o passageiro, por outro lado os proventos desses serviços ficam em sua grande maioria em solo alienígena.

Por outro lado, reconhecida a revogação do artigo 181 do CBA, os investidores estrangeiros direcionarão seus olhares às empresas aéreas e à infraestrutura aeronáutica do País (muito distante, portanto, do capital especulativo). A concorrência seria instigada e o custo das passagens fatalmente reduzido, com pagamento de tributos locais nas mais diversas atividades secundárias ao negócio principal. Aeronautas, aeroviários e trabalhadores brasileiros em geral seriam, ao lado dos passageiros, claramente favorecidos, combatendo-se a pobreza e os fatores de marginalização e se promovendo, ainda, a integração social dos setores desfavorecidos. Aí estão as reais bases da soberania nacional, que não pode ser hoje encarada enquanto princípio positivo e irretorquível desatrelado do ser e do surgimento de novas formas de interconexão e interdependência entre os povos. Como bem discorreu o magistrado, não desconheço que muitos países importantes impõem restrições ao controle das suas companhias aéreas com base na origem do capital controlador, mas a questão tem de ser solucionada à luz da nossa própria Constituição, que não mais aceita discriminação contra o capital estrangeiro, salvo quando ela mesma dispõe em sentido contrário.

Em que consiste hoje, pois, o artigo 181 do CBA? Ele inexiste. Não pode gerar e não gera quaisquer efeitos.

Fonte: Guilherme Abdalla (advogado e vice-presidente da Comissão de Direito Aeronáutico da Ordem dos Advogados do Brasil, da seccional de São Paulo) via Diário do Turismo

Trator em Sertãozinho (SP) corta cabo e tira Cindacta-1 do ar

Corte de fibra ótica também aconteceu em MG e deixou parte do país sem controle aéreo

Obra em galeria pluvial em Sertãozinho encontrou os cabos

O rompimento de cabos de fibra ótica da Embratel por um trator em Sertãozinho e um caminhão em Sete Lagoas (MG) tiraram do ar os radares do controle aéreo do Cindacta-1, em Brasília. O sistema ficou fora do ar por 27 minutos. A Aeronáutica não informou se o apagão trouxe riscos para os aviões entre 11h15 e 11h42 de ontem, mas decolagens tiveram de ser adiadas.

Em Sertãozinho, uma retroescavadeira contratada pela prefeitura rompeu acidentalmente um dos cabos de fibra ótica pela manhã, na Cohab 7. O veículo escavava o chão para a colocação de galerias de águas pluviais. Chamadas interurbanas com o uso do código da Embratel foram afetadas para usuários de Sertãozinho.

Já em Sete Lagoas, o rompimento do cabo foi provocado por um caminhão que trabalhava em obras para duplicação de rodovia.

Com os dois acidentes, o Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) teve a operação de rádio afetada e precisou buscar frequências alternativas. O sistema só foi totalmente restabelecido às 15h15. O Cindacta-1 controla 45% do tráfego aéreo do País.

O secretário de Obras de Sertãozinho, Alberto Dominguez Canovas, afirmou que o rompimento dos cabos foi acidental. "O local não estava sinalizado", disse Canovas.

Fonte: Ricardo Canaveze (Jornal A Cidade) - Foto: Matheus Urenha (A Cidade)

MAIS

No mapa, a localização do município de Sertãozinho, em São Paulo
Mapa: Raphael Lorenzeto de Abreu

Anac desconhece projeto de nova cia. aérea de Brasília

A agência de notícias Comex-DF, voltada aos segmentos diplomático e de comercio exterior, anunciou que a partir de dezembro deste ano, começarão a pousar nas pistas do Aeroporto Internacional de Brasília os aviões da Clean Air Transportes Aéreos, primeira companhia brasiliense. Com voos diários, a empresa faria três rotas ligando Brasília a Natal, a Porto Alegre e a Manaus e as operações começariam com aeronaves L410 de fabricação tcheco-russa com 19 assentos, dois Tu-204 com capacidade de até 210 passageiros e um cargueiro. A matéria indicava como fonte o diretor comercial da nova empresa, Mohamad Said.

A assessoria de imprensa da Agência Nacional de Aviação Civil informou que as áreas técnicas responsáveis pelos processos de autorização para as companhias requerentes desconhecem a notícia e que não houve nenhuma entrada de processos relacionados à Clean Air. A agência acrescenta que o trâmite para que uma empresa aérea comece a voar é demorado, o que já inviabilizaria o incício das operações de uma nova empresa até dezembro.

Fonte: Panrotas

Avião do vice-presidente sul-africano aterrissa de emergência na República Democrática do Congo

O avião do Vice-Presidente da África do Sul, que regressava da Líbia, teve de aterrissar de emergência, sem obstáculo, segunda-feira (31), num aeroporto não sinalizado do nordeste da República Democrática do Congo (RDC), na sequência de um problema de combustível, soube-se hoje, terça-feira, junto das autoridades congolesas.

O avião, um DC 9 que devia dirigir-se à África do Sul teve de fazer uma escala técnica prevista em Bangui, na República Centro Africana (RCA) por causa do mau tempo.

"Não lhe restava mais que 35 minutos de vôo. O piloto foi obrigado a aterrar no aeroporto mais próximo", foi o que fez de "emergência sobre a pista não sinalizada de Gbadolite", próximo da fronteira com a RCA, explicou à AFP o ministro congolês dos Transportes, Mathieu Pita.

Não houve prejuizos nem feridos, acrescentou.

O Vice-Presidente sul-africano, Kgalema Motlanthe, que viajava com o seu ministro da Defesa Lindiwe Sisulu, regressava da Cimeira extraordinária da União Africana (UA) em Tripoli.

Eles passaram a noite em Gbadolite e serão levados de Kinshasa para Bangui por um jacto que nós colocamos à sua disposição esperando o abastecimento do avião pela Missão da ONU na RDC", segundo Pita.

O aeroporto de Gbadolite (província do Equador), utilizado no seu tempo pelo antigo presidente Mobutu Sese Seko que que tinha uma residência na cidade, não é mais sinalizada há dez anos.

Fonte: Angop

Licitação do Aeroporto de São Gonçalo atrasa novamente e sairá apenas em novembro

Croqui do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante
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A governadora Wilma de Faria apostava que seria setembro, a ministra Dilma Roussef anunciou outubro, mas o edital de licitação do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante deverá sair mesmo apenas em novembro.

Depois de passar pelo BNDES, o processo está agora na Agência Nacional de Aviação Civil e ainda retornará para a instituição financeira.

Resultado, mais atraso para o início do processo licitatório.

Fonte: Anna Ruth Dantas (Tribuna do Norte) - Imagem: natalmetropole.rn.gov.br

Copa Airlines e Singapore Technolgies Aerospace firmam acordo

A Copa Airlines, subsidiária da Copa Holdings, renovou por mais três anos o acordo para serviços de manutenção de sua frota com a Panama Aerospace Engineering (PAE), subsidiária da ST Aerospace, companhia dedicada à manutenção, reparo e revisão de aeronaves em escala mundial. A assinatura do acordo permite incrementar a excelência da frota da Copa Airlines e da Aero República, que consiste em 54 aviões - 28 Boeing 737-Next Generation e 26 Embraer 190.

Para o Panamá, o acordo movimenta em torno de US$ 18,5 milhões e 220 profissionais, além de acarretar mais oportunidades de desenvolvimento profissional de panamenhos interessados em seguir carreira técnica na aviação, especialmente na área de manutenção de aeronaves.

"Temos grande satisfação em renovar este contrato, já que desde o início dos trabalhos com a ST Aerospace no Panamá, a Copa Airlines obteve um grau ainda maior de eficiência na manutenção das aeronaves. E isto não se traduz apenas em ganho de tempo e redução de custos, como também nos possibilita ter uma melhor disposição de aeronaves para nossa operação", relata Pedro Heilbron , presidente executivo da Copa Airlines. "Com a parceria, o Panamá continua a ser um dos principais centros de manutenção aeronáutica na América Latina".

Em relação à Copa Airlines, a iniciativa representa notáveis benefícios no que se refere à manutenção e revisão constante de seus aviões, o que inclui desde inspeções maiores como Chequeos C, modificações coordenadas con os fabricantes, pintura externa, entre outros trabalhos. Essas atividades são realizadas nas instalações da PAE, situadas na antiga base aérea de Howard na Cidade do Panamá. A PAE disponibiliza à Copa Airlines ter assistência técnica para suas aeronaves próxima ao seu centro de conexões, o Hub das Américas no Aeroporto Internacional de Tocumén.

Fonte: Diário do Turismo

Expressjet, dos EUA, Chega a 5 milhões de horas de vôo com a frota de jatos ERJ 145

Maior operadora da aeronave em todo o mundo comemora marco histórico.

A Embraer celebra junto com a ExpressJet Airlines, cliente com base na cidade de Houston, nos Estados Unidos, que opera exclusivamente mais de 240 jatos ERJ 145, mais um momento histórico desta parceria: cinco milhões de horas de vôo com sua frota de aeronaves ERJ 145, em operação desde 1996.

“Na qualidade de primeiro cliente da frota ERJ 145 da Embraer, nós realmente valorizamos nosso relacionamento com a Empresa”, disse Jay Perez, vice-presidente de Pessoal e Material de Serviços da ExpressJet Airlines. “Nos tornamos a operadora do equipamento Embraer mais confiável do mundo e estamos orgulhosos por completar cinco milhões de horas de vôo com uma taxa de término na manutenção de mais de 99,9%”, acrescentou Perez.

“Em nome dos empregados da Embraer, em todo o mundo, parabenizamos a ExpressJet por este feito extraordinário. O relacionamento e o sucesso mútuo que dividimos com este cliente especial nos honra e orgulha profundamente”, afirmou Bruce Peddle, diretor para América do Norte – Aviação Comercial, durante breve cerimônia no hub da ExpressJet, na qual foi oferecida uma placa comemorativa às equipes de gerenciamento e manutenção da companhia aérea.

Perfil da ExpressJet Airlines

A ExpressJet Holdings (NYSE: XJT) opera diversas divisões destinadas a potencializar a experiência de gerenciamento, eficiência e economia de escala presente nas suas subsidiárias, incluindo a ExpressJet Airlines, Inc., e a ExpressJet Services, LLC. A ExpressJet Airlines atende a 128 destinos regulares na América do Norte e no Caribe, com aproximadamente 1.160 partidas diárias. As operações incluem um contrato de capacidade de compra com a Continental, fornecendo aos clientes opções de vôos fretados personalizados, com 41 e 50 assentos (www.ExpressJet.com/charter), além de serviços de aviação e de solo a terceiros. www.ExpressJet.com.

Fonte: Portal Fator Brasil - Foto: Divulgação